Você está na página 1de 17
| leet ee ald | os seres vivos ora Oe ered cote A . Dee eae eeu re ecco ec Ore ie PO ee eee cue eee eee ce ecu ey peixe-palhaco, que se protege vivendo entre os tentaculos da anémona. Sua pele possui uma prote- 40 especial, que impede que ele seja atingido pelo veneno dos tentaculos da anémona. Esta se bene- ficia comendo restos de alimento do peixe-palhaco. Vamos conhecer agora outros tipos de relacao Seen ies = . Como vocé se relaciona com outros seres vivos? ° Vocé sabe 0 que é um ser parasita? © Por que alguns animais se confundem com a paisagem, enquanto outros se destacam e chamam atensao? @ Tipos de relacées Em uma comunidade ha varios tipos de rela- Ges (interacdes ou associagdes) entre os seres vivos, Algumas ocorrem entre seres da mesma espécie: sao as relagées intraespecificas (do latim intra = dentro); outras, entre seres de espécies di- ferentes: sao as relacées interespecificas (do latim inter = entre). Em alguns casos, ambos os participantes da relacao sao beneficiados, ou seja, suas chances de sobrevivéncia e reproducdo aumentam; em outros casos, um participante é beneficiado e 0 outro so- fre algum prejuizo (suas chances de sobrevivéncia € reproducao diminuem) ou nao tem nenhum be- heficio, mas também nao sofre nenhum prejuizo Quando ha prejuizo para algum participante da relacao, ela é considerada negativa ou desarmé- nica (termo em desuso); caso nao haja prejuizo para nenhum dos associados, a relacao é conside- rada positiva ou harménica (termo em desuso) Esses efeitos costumam ser representados por /" quando houver beneficios para o partici- quando houver prejuizo; "0" quando nao houver beneficio nem prejuizo para o participante Uma interacao entre o parasita e seu hospedeiro, por exemplo, é representada por "+ -", jé que o pa- rasita é beneficiado ¢ 0 hospedeiro, prejudicado. Veja abaixo os diversos tipos de associagio. teens (Sociedade Relasdesem | intoespectfias{ isa que naoha Prete pare mutualismo participante comensalismo ee intraespecificas { competicio prejuizopara pelomenos competicio participantes parasitismo 7 Reunides e sociedades S40 muitos os casos de individuos da mesma espécie que vivem em grupo, obtendo algumas van- tagens, Por exemplo, muitas aves se retinem nos locais de reproducao (figura 16.1), 0 que facilita 0 encontro de machos e fémeas ea protecao da prole. Chamados reuniées ou bandos, esses agrupamentos sao instaveis e podem se desfazer quando as condi- Ges que os favoreceram deixam de existir. Figura 16. ColGnia de atobis-do-cabo (Morus capensis). Essa espécie se reine em bandos e os indvduos tém cerca de 6 m de envergadura As vantagens da vida em grupo sao ainda maio- res quando os animais se mantém unidos de modo permanente, Esses agrupamentos sao chamados sociedades e caracterizam-se pela divisao do traba- Iho e por cooperacao entre seus membros. So en- contrados em alguns grupos de insetos (que, por isso, sao chamados de insetos sociais: formigas, cupins e varias espécies de abelhas e vespas), nos castores, nos gorilas e na espécie humana. Entre os insetos sociais, a divisio do trabalho é ‘tao grande que o corpo dos individuos est modi- ficado e adaptado de acordo com as funcées que realizam. O resultado dessa extrema especializacao éa existéncia, na mesma espécie, de grupos de in- dividuos com caracteristicas diferentes, fenémeno chamado polimorfismo morfolégico (do grego polys = muitos; morphé = forma); cada grupo dife- rente forma uma casta. Veja nos itens a seguir al- guns exemplos de sociedade. >= Sociedade das abelhas Varias espécies de abelhas formam sociedades altamente organizadas (figura 16.2), nas quais cada individuo coloca a sobrevivéncia da colmeia acima de sua prépria. 0 trabalho é feito, exclusivamente, pelas operarias, fémeas estéreis com ovarios atro- fiados. Elas vivem apenas cerca de um més e so as tinicas que possuem especializagées para a colheita do pélen, sendo encarregadas de colher também o néctar das flores, alimentar as larvas e produzir a cera para construir a colmeia. A conservacao ea lim- peza da colmeia sao funcées das operarias. Figura 16.2 Abelha opera (cerade 15cm de compriments) celhendo néctarem flr embaixo,clmela com operas e uma raina ro centro daft). Na maioria das colmeias, ha apenas uma fémea fértil, a rainha, cuja Ginica funcao é ser fecundada botar ovos. Com alguns dias de idade, ela executa 0 vo nupcial e é fecundada por um ou mais zangoes, (05 machos (figura 16.3), Figura 16.3 Zango (cerca de cmd compriment) copuland com ‘aia erplenoveo. Quando fecundados, os évulos resultam em. ovos, que originam as larvas femininas. Os évulos nao fecundados se desenvolvem por partenogénese (do grego parthenos = virgem; genesis = origem) e originam zangées. Como vimos no Volume, na par tenogénese, os vulos desenvolvem-se sem a parti- cipacao de espermatozoides, nao havendo, portanto, mistura de genes de dois gametas diferentes. Todas as larvas que saem dos ovos sao alimen- tadas pelas operérias durante os dois primeiros dias com geleia real, secrecao glandular produzida pelas operarias jovens. As larvas que se desenvolverao.em operarias e em zangées passam entao a ser alimen- tadas com mel e pélen; aquelas que se desenvolverao ‘em rainhas continuam recebendo geleia real Sociedade das formigas Ha, aproximadamente, 20 mil espécies de formi- gas descritas. Em uma sociedade de formigas sativas (do género Atta), por exemplo, ha fémeas férteis(rai- nhas ou igds; pode haver mais de uma rainha por for- migueiro), machos férteis (reis ou bitus) e soldados e operarias estéres (igura 16.4). As operarias defendem a sociedade e coletam folhas para alimentar o fungo que hes serve de alimento. Em certas épocas do ano, as rainhas e os machos, ambos dotados de asas, saem para 0 voo nupcial. Apés a fecundacao, os machos morrem e as rainhas vao fundar novos formigueiros. Figura 16.4 Sociedade de formigasopersria (era de6 mma 8mm de comprimenta)carregando flrs. eacnsene assess 99) Biologia e ambiente a Sociedade dos cupins Entre os cupins, os operarios sao machos e fé- meas estéreis. Os soldados também sao machos e fémeas estéreis, mas que apresentam pernas e mandibulas muito fortes, e sao encarregados de defender a sociedade (figura 16.5). Em certas épocas do ano, podemos ver machos e fémeas alados, conhecidos como siriris ou aleluias, formando nuvens em toro das lampadas, mas 0 ato sexual realiza-se no solo, depois que ambos perdem as asas. Ao contrario dos zangdes e dos machos de formiga, 0 cupim macho permanece com a rainha na cimara nupcial (cavidade feita na madeira pelo casal) e a fecunda periodicamente. A rainha pode botar milhares de ovos por dia, e seu abdome au- ‘menta centenas de vezes. Figura 16.5 Tamandus-bandeira(Myrmecophago ridactyia) alimentando-se em um cupinzeiroNa fat diret, cup imaturo {oranc) ecpim soldado (Comitermessp_),com cerca de 8mm de comprimento Urbanizacao e cupins Existem 2 mil espécies de cupins encontra- das principalmente em pafses tropicais. !4 foram encontrados fosseis de 55 milhées de anos des- ses insetos. Na lingua tupi, cupim significa "monticuto’, em referénciaa forma de seus ninhos;etérmita” ou “térmite’, em latim, significa “verme da ma- deira’. A maioria das espécies alimenta-se de madeira, raizes, folhas e matéria organica do Solo, o que contribui para a reciclagem da maté: ria, além demanter diversas relacées ecolégicas, com outras espécies. Os tineis canstrufdos nos cupinzeiros favorecem a aerarao do solo. Com o aumento das cidades e do desmata- mento, algumas espécies instalaram-se noam- biente urbano e destroem papéis, madeira, fia~ 40 elétrica e outros materiais usados na construgao civil. Controtar cupins é tarefa para profissionais especializados: muitos pradutos sao téxicos e precisam ser usados e manipulados com cui- dado. Cooperacao nas sociedades de mamiferos Figura 16.6 Aguas surat (Surat suriata;cerca de 22.

Você também pode gostar