Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Crack
Crack
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
OBJETIVO:
Atualizar sobre as especificidades na detecção precoce e na abordagem do usuário
de crack.
CONFLITO DE INTERESSE:
Nenhum conflito de interesse declarado.
Introdução
Quadro 1
Fatores de proteção e risco nos diferentes campos da vida
Fatores de risco Fatores de proteção
Indivíduo Indivíduo
* Predisposição genética * Crenças, valores morais e religiosidade
* Baixa autoestima, senso de desesperança em * Orientação voltada para a saúde e percepção dos
relação à vida riscos do uso de drogas
* Percepção de que amigos aprovam o uso de dro- * Percepção dos controles e sanções sociais, into-
gas lerância com comportamentos desviantes e bom
* Problemas com a vinculação social, rebeldia, per- relacionamento com os adultos
sonalidade desafiadora e resistente à autoridade
* Habilidades sociais assertivas e competentes,
* Padrão de comportamento sensation seeking,
curiosidade, problemas no controle dos impulsos tais como empatia, pragmatismo e bom controle
* Habilidades deficitárias para lidar com as situações interno
Amigos Amigos
* Usuários de substâncias psicoativas e/ou adeptos * Adeptos de modelos convencionais de comporta-
de comportamentos desviantes mento e normais sociais
* Atitudes favoráveis ao uso de drogas * Intolerantes com condutas desviantes
Família Família
* Ambiente doméstico caótico e conflituoso * Ambiente familiar suportivo, harmônico, estável e
* Apego inseguro e mau relacionamento entre os seguro, com regras claras de conduta e envolvi-
membros mento dos pais na vida dos filhos
* Consumo ou atitudes favoráveis ao uso de substân-
* Vínculos e relações de apego fortes, seguras e
cias por parte dos pais ou outros membros
* Cuidados providos de modo irregular e pouco estáveis
suportivo, ausência de monitoramento * Normas e valores morais sólidos
* Expectativas altas e irrealistas entre os membros
Escola Escola
* Fracasso acadêmico * Políticas de integração entre os alunos e monito-
* Baixo envolvimento e ajustamento ramento do desempenho escolar
escolar * Normas que desencorajem a violência e o uso de
* Rejeição por colegas / bullying substâncias psicoativas
* Expectativas irrealistas e falta de apoio institucional * Clima positivo, voltado para o estabelecimento de
vínculos
Comunidade Comunidade
* Disponibilidade, incentivo ao consumo e ausência * Acesso a serviços de saúde e bem-estar social
de políticas e controle – para substâncias licitas * Segurança, organização e normas comunitárias
* Violência, pobreza e ausência de suporte social contra a violência e o uso de drogas
* Desorganização social e ausência do Estado * Atividades de lazer, vínculos comunitários e práti-
cas religiosas
* Identidade cultural e orgulho étnico
Fonte: UNO – United Nations Organization. Adolescent substance use: risk and protection. New York35(D).
A família é uma das principais áreas capazes de 3. Quais são os sinais e sintomas en-
influenciar a vulnerabilidade do indivíduo para ini- contrados em situações de intoxica-
ciar e atingir padrões problemáticos de consumo, ção aguda/abuso por crack e como
tanto de forma direta – por transmissão genética manejá-las?
ou pela exposição ao consumo dentro do ambiente
familiar – quanto indireta, por meio da violência, O consumo de crack encontra-se frequente-
abuso e estresse continuados, muitas vezes decor- mente associado a padrões graves de dependên-
rentes de estruturas familiares caóticas ou demasia- cia, mas que variam ao longo de um continuum
do rígidas, carentes de comunicação entre os seus de gravidade42(B). Estudos demonstram usuá-
membros e dotadas de relações de apego marcadas rios eventuais43(B).
pela insegurança e/ou pelo abandono36-38(B).
Por outro lado, relacionamentos positivos com o As complicações agudas relacionadas ao
ambiente familiar são sempre protetores e estrutu- consumo de cocaína capazes de levar o indiví-
rantes, reduzindo a vulnerabilidade dos indivíduos duo à atenção médica são individuais44(D). As
para o consumo de drogas, tentando impedir que complicações psiquiátricas são frequentes, ocor-
o consumo transforme-se em dependência36,39(B). rendo em 35,8% dos casos20(B), destacando-se,
Portanto, a família e as demais áreas da vida dos entre elas, episódios de pânico, a depressão e
usuários de substâncias de abuso devem ser sempre psicose45(B)46(C). Os sintomas psicóticos (delí-
e continuamente investigadas em busca de vulne- rios paranoides, alucinações) podem desaparecer
rabilidades e potencialidades, visando ao melhor espontaneamente após algumas horas (ao final
planejamento e sucesso das ações preventivas e da ação da cocaína), mas agitações extremas
também terapêuticas40(D). podem necessitar de sedação com os benzodia-
zepínicos intramusculares (midazolam 15 mg).
Observa-se crescente prevalência do início O haloperidol 5 mg pode ser utilizado nessas
do consumo de crack, especialmente em situa- ocasiões, mas neurolépticos fenotiazínicos, tais
ções como jovens em festas, grupos sociais mar- como a clorpromazina e a levomepromazina,
ginalizados, sem moradia e prostitutas, pacientes devem ser evitados, pela redução significativa
dependentes de opiáceos e/ou cocaína41(B). do limiar de convulsão.
significantes, apesar da tendência de manuten- consumo88,89(B), além de ter as mais baixas taxas
ção em abstinência82(A). Já o topiramato, na de adesão ao tratamento em relação às pacientes
dose de 200 a 400 mg ao dia, até o momento, de outras substâncias90(D).
não demonstrou benefícios no tratamento de
dependente de cocaína73,74(A). 6. Quais são as comorbidades psiquiá-
tricas relacionadas ao consumo de
5. Como deve ser feita a avaliação inicial crack?
do usuário de crack?
A prevalência de transtornos mentais é maior
Os usuários de crack são os que menos entre usuários de crack se comparados aos usuá-
buscam ajuda entre os que utilizam drogas rios de cocaína inalada e correlaciona-se com a
ilícitas 83 (B) 84 (C). Buscam em situações idade (r=0,124), dias de uso de cocaína no mês
agudas, na vigência das quais preferem (r=0,370), número de anos em uso regular de
abordagens em ambientes de interna- crack (r=0,109) e gravidade da dependência da
ção, com baixa adesão na fase posterior cocaína (r=0,502), todos significativos92(B). Este
ambulatorial 23,85,86(B). A chegada ao tra- achado está relacionado à gravidade da dependência
tamento dos usuários de cocaína acontece e aos fatores psicossociais combinados93(B). Quan-
por volta do 6 o e 7 o ano de uso, porém mais do o usuário de crack é portador de transtorno
precoce entre os consumidores de crack87(B). mental primário a vulnerabilidade é maior e asso-
ciação com outras comorbidades esteve presente
A avaliação inicial é um momento muito em 36,4%26(B) a 42,5% dos casos94(B).
importante e depende do nível de especialização
do profissional ou do serviço, mas necessita de A depressão (26,6%) e a ansiedade (13%)
abordagem intensiva, pelo grau de desestrutu- são as comorbidades psiquiátricas mais recorren-
ração ocasionado pelo consumo88,89(B). Deve-se tes, atingindo quase metade dos usuários94(B).
privilegiar a avaliação de risco, visando à resolu- Os sintomas depressivos secundários ao
ção dos problemas prementes, que favoreçam o consumo são os mais prevalentes94,95(B). A
equilíbrio mental do paciente, por meio de uma intensidade do consumo do crack parece estar
postura ativa, antecipando situações de risco ou diretamente relacionada ao risco de desenvolvi-
resolvendo-as prontamente, a fim de evitar a mento do transtorno depressivo em até 64% dos
reinstalação do consumo90(D). casos96(B). A depressão atingiu quase a totali-
dade dos usuários de crack que consume álcool
Como o consumo de crack tem sido direta- e está infectada pelo HIV, chegando a 73,5%
mente associado à infecção pelo HIV, é impres- dos casos97(B). Aumento do risco de ideação ou
cindível realizar tal investigação91(B). tentativa de suicídio foram observados entre os
usuários brasileiros98(B).
Recomendação
O dependente de crack necessita de abor- O usuário de crack utiliza o álcool de modo
dagens mais intensivas em função de seu menos frequente e pesado do que o usuário de
grau de desestruturação ocasionado pelo cocaína inalada14(B). O consumo de álcool
• O emprego temporário de métodos compul- e cocaetileno, pois seu principal metabólito, ben-
sórios de controle e monitoramento (teste zoilecgonina, pode gerar casos falso positivo e, por
e o uso de medicamentos aversivos) tem isso, não participa do método118(D). A análise do
como objetivo romper o comportamento cabelo é realizada de duas formas: por radioimu-
da dependência para retificar, restaurar e noensaio e por espectrometria de cromatografia
aprimorar a capacidade de autonomia. Seria de massa117(C). O primeiro método apresenta
como “forçar o tratamento em nome da sensibilidade de 67,8% e especificidade 80,5%.
autonomia”111(D). Considerando-se a mesma probabilidade pré-teste
(prevalência) de 42% e razão de verossimilhança
A dosagem de cocaína na urina é indicada de 3,54 (IC 95% 2,31-15,42), a análise do
para a detecção do uso recente de cocaína e cabelo positiva por radioimunoensaio aumenta a
crack, com a presença da substância e seus me- certeza diagnóstica para 72%. O segundo método
tabólitos, até chá de coca, por até cinco dias após apresenta sensibilidade de 75%, especificidade de
o último consumo112,113(D). Utiliza anticorpo 97,4%, razão de verossimilhança de 37,13 (IC
anti benzoilecgonina (BZE), um dos principais 95% 9,27-147,06) e, dessa forma, a análise do
metabólitos da cocaína114(A), considerando-se cabelo por espectrometria aumenta a probabili-
verdadeiro positivo quando a presença de BZE dade de doença de 42% para 96%119(B).
for igual ou superior a 40%115(A). É indicada
para o manejo de situações de alto risco, que Há alguns cuidados na análise do teste de
demandam monitoramento constante por curtos cabelo: (1) os metabólitos da cocaína podem ser
períodos, pois a testagem constante costuma encontrados até três meses após a abstinência,
perder eficácia e gerar atritos com o paciente versus testes negativos e consecutivos de cocaína na
quando se prolonga demasiadamente113(D). urina até 90 dias; (2) o cabelo não cresce unifor-
Quando a dosagem da BZE é feita por meio memente em todo o couro cabeludo, o que daria a
de espectrometria de cromatografia de massa, falsa impressão de consumo no último mês; (3) há
há sensibilidade de 97,6%, especificidade de possibilidade de contaminação externa do fio pelo
60,5%, fornecendo valor preditivo positivo de contato com suor de terceiros ou diminuição ou
71% e valor preditivo negativo de 97%. Consi- uso de produtos para tratamento capilar, possibi-
derando-se probabilidade pré-teste (prevalência) lidades extremamente remotas. Não há diferenças
de 42%, razão de verossimilhança de 2,5 (IC estatisticamente significante na análise de cabelo
95% 1,95-3,20), quando a dosagem de BZE for do homem em relação à mulher, apresentando
positiva, há aumento da probabilidade pós-teste meia-vida mediana de cocaína no cabelo de 1,5
(ou certeza diagnóstica) em 64%116(B). meses (IC 95% 1,1-1,8 para homens) e 1,5 meses
(IC 95% 1,2-1,8 para mulheres)120(B).
A análise do cabelo é um método para a
investigação do consumo pregresso de cocaína e A neuroimagem aplicada à dependência é
para o monitoramento da abstinência prolongada, constituída por um conjunto de técnicas não-
detectando com maior sensibilidade o consumo invasivas utilizadas em pesquisas das disfunções
durante os 120 dias pregressos, com exceção dos cerebrais secundárias ao uso de drogas. Os
últimos 30117(C)113(D). É específico para cocaína principais achados relacionados ao consumo
Quadro 2
Alterações neurobiológicas decorrentes do uso agudo e crônico de cocaína
1. O uso agudo de cocaína diminui o consumo médio de glicose pelo cérebro. Provoca diminuição aguda do fluxo
sanguíneo para regiões como o córtex pré-frontal e os núcleos da base, todos esses envolvidos com os com-
portamentos de reforço da dependência.
2. A intensidade dos efeitos euforizantes da cocaína é diretamente proporcional ao bloqueio da recaptação de
dopamina pela substância. Tal bloqueio é mais intenso quando a via de administração escolhida é a pulmonar
(crack), seguida pela endovenosa e pela intranasal – o que em parte explica a capacidade do crack em gerar
mais dependência. A partir dessa constatação, fármacos que ocupam as proteínas transportadoras de dopami-
na, como o modafinil, têm sido estudados com o intuito de reduzir os efeitos positivos e fissura da cocaína.
3. Entre os usuários crônicos, a redução do consumo médio de glicose pelos neurônios e a hipoperfusão
sanguínea podem durar semanas, meses ou mesmo por período indeterminado. Observa-se, também,
diminuição de receptores dopaminérgicos, especialmente do tipo 2 (D2). Há diminuição da integridade
da substância branca na região do córtex frontal, alteração relacionada ao aumento da impulsividade nos
usuários.
4. A neuroimagem tem contribuído para o entendimento da fissura124-126(C).
Sabe-se que a cocaína aumenta a replicação divididas em dois grupos: com e sem acom-
do HIV in vitro e que as células de usuários crô- panhamento pré-natal. Em relação à média
nicos de cocaína favorecem tanto a replicação populacional, houve retardo do crescimento
viral, quanto a entrada de infecções oportu- intrauterino e baixo peso ao nascer, indepen-
nistas, quando comparados aos não-usuários. dentemente da presença de pré-natal 133(B).
A transmissão perinatal pode se dar por três Nas crianças nascidas de usuárias de crack,
mecanismos: há 19% de nascimentos de prematuros, menor
1. Antes do nascimento, por infecção trans- peso (536 gramas), menor altura (2,6 cm) e
placentária; menor circunferência da cabeça (1,5 cm)134(B).
2. Durante o trabalho de parto, pelo contato Alterações do sistema nervoso central são
com os líquidos maternos; observadas com maior frequência, como estar
1. Depois do nascimento, por meio do sempre alerta (OR=7,78 IC 95% 1,72-
aleitamento materno. 35,06), sugar excessivo (OR= 3,58 IC 95%
1,63-7,88), instabilidade autonômica, como
A cocaína parece aumentar o risco de taquicardia, sudorese, pressão lábil, hipertermia
transmissão pelo menos nas duas primeiras com (OR=2,64 IC 95% 1,17-5,95), choro
formas, uma vez que aumenta a replicação frequente (OR=2,44 IC95% 1,06-5,66),
viral e afeta o desenvolvimento imunológico nervosismo e/ou tremores (OR=2,17 IC 95%
fetal127(D). Crianças nascidas de usuárias de 1,44-3,29) e irritabilidade (OR=1,81 IC 95%
crack apresentam maior exposição às infec- 1,18-2,80)128(B).
ções, com OR=3,09 (IC 95% 1,76-5,45),
incluindo hepatites, com OR=13,46 (IC Busca de alterações neurológicas no recém-
95% 7,46-24,29); síndrome da imunodefi- nascido de gestantes usuárias demonstrou rela-
ciência adquirida, com OR=12,37 (IC 95% ção entre a intensidade do consumo de cocaína
2,20-69,51) e sífilis, com OR=8,84 (IC 95% e a presença de alterações neurológicas, tais
3,74-20,88)128(B). como anormalidades no tônus muscular e na
postura135(B), além de alterações significativas
Os resultados referentes ao impacto da de comportamento até 5 anos de idade136(B).
exposição do feto à cocaína ainda são pouco
consistentes129(D). Não há evidência de uma Há poucos estudos que detectaram di-
síndrome teratogênica130(D). Parece que o uso ferenças entre os filhos de mães usuárias e
de crack na gestação não leva, invariavelmen- não-usuárias de crack, tanto no tocante às
te, ao nascimento de neonatos com prejuízos complicações ao nascimento137(B), quanto do
graves, persistentes e incomuns – os crack desenvolvimento138(C). Não há convincentes
babies131(D). relações entre uso de cocaína/crack no período
pré-natal e alterações tóxicas no desenvolvi-
A maior evidência de danos relacionados à mento infantil, observando que as variáveis
cocaína na gestação é o risco de nascimentos socioambientais e psicossociais da gestante
prematuros e o baixo peso ao nascer128,132(B). – poliuso de drogas, escolaridade, estado nu-
Um estudo acompanhou usuárias de crack tricional da gestante, etc – têm papel determi-
nante para a ocorrência dos prejuízos físicos e ao nascer 128(B), aumenta o risco de parto
comportamentais observados139,140(A)141,142(B). prematuro134(B) e expõe a criança a infecções
As condições socioambientais e psicossociais como hepatite, síndrome da imunodeficiência
da mãe também pareceram exercer influência adquirida e sífilis128(B).
sobre a gestação e o feto, juntamente com o
consumo de cocaína143(B). As crianças nas- Síndrome de abstinência de cocaína
cidas de mães usuárias de crack são menos neonatal está relacionada com o consumo
amamentadas, com OR=0,26 (IC 95% de cocaína pela mãe no período imediato ao
0,15-0,44), utilizam mais serviços de proteção parto146(C), não é frequente145(B) e caracte-
infantil, com OR=48,92 (IC 95% 28,77- riza-se por irritabilidade, hipertonicidade, tre-
83,20) e, frequentemente, não é criada pela mores, alteração de humor e impossibilidade
mãe biológica, com OR=18,70 (IC 95% de consolo144(C).
10,53-33,20)128(B).
Crianças nascidas de mães usuárias de crack
A síndrome de abstinência de cocaína estão sempre alertas, apresentam sugar excessi-
neonatal é caracterizada pela presença de vo, instabilidade autonômica, choro frequente,
irritabilidade, hipertonicidade, tremores, tremores e irritabilidade128(B). Também apre-
alterações do humor e impossibilidade de sentam anormalidades no tônus muscular e na
consolo144(C). Sintomas de abstinência pa- postura135(B), além de alterações de comporta-
recem não ser tão frequentes entre os filhos mento até o período pré-escolar136(B).
de usuárias cocaína145(B). Um estudo com
gestantes usuárias de cocaína e crack realizou 9. Filhos de usuários de crack apresen-
dosagem urinária em todos os recém-nascidos tam prejuízos no desenvolvimento
e observou o seguinte: (1) neonatos cujas mães neuropsicomotor e cognitivo?
utilizaram cocaína pela última vez há sete dias
ou mais provavelmente apresentaram sinto- A evidência disponível sobre a relação entre
mas de abstinência in útero, sem repercussão a exposição à cocaína/crack durante a gestação
após o parto; (2) já aqueles positivos para a e a presença de prejuízos no desenvolvimento
substância por um dia ou menos também não neuropsicomotor ainda é inconsistente e con-
apresentaram sintomas de abstinência; (3) por troversa.
fim, os positivos para cocaína entre o segun-
do e sexto dia de nascimento apresentaram A evolução de filhos de usuárias de co-
maior incidência de sintomas de abstinência caína do nascimento aos sete anos de idade
neonatais, os quais estariam condicionados demonstra maior incidência de baixo peso ao
ao consumo de cocaína pela mãe no período nascer, crianças com duas vezes mais chance
imediato ao parto146(C). de estarem abaixo da estatura-média para sua
idade147(B). Crianças de dez anos, expostas ao
Recomendação consumo de crack no primeiro trimestre da
O uso de crack na gravidez leva a retardo gestação, comparadas a controles de mesma
do crescimento intrauterino e baixo peso idade, nunca expostos à droga, apresentam
12. Duailibi LB, Ribeiro M, Laranjeira R. 20. Hamid A. Crack: new directions in drug
Profile of cocaine and crack users in Brazil. research. Part 1. Differences between the
Cad Saúde Pública 2008;24:545-57. marijuana economy and the cocaine/crack
economy. Int J Addict 1991;26:825-36.
13. Guindalini C, Vallada H, Breen B, La-
ranjeira R. Concurrent crack and powder 21. Nappo SA, Galduróz JC, Noto AR. Uso
cocaine users from Sao Paulo: do they do “crack” em São Paulo: fenômeno emer-
represent a different group? BMC Public gente? Rev ABP-APAL 1994;16:75-83.
Health 2006;6:10.
22. European Monitoring Centre for Drugs
14. Oliveira LG, Nappo SA. Characterization and Drug Addiction (EMCDDA). Study
of the crack cocaine culture in the city of to obtain comparable national estimates
the São Paulo: a controlled pattern of use. of problem drug use prevalence for all EU
Rev Saude Publica 2008;42:664-71. member states. Lisbon:EMCDDA;2007.
Disponível em: http://www.emcdda. euro-
15. Malta M, Monteiro S, Lima RM, Bauken pa.eu/attachements.cfm/att_44748_EN_
S, Marco A, Zuim GC, et al. HIV/AIDS TDSI07002ENC.pdf
risk among female sex workers who use cra-
ck in Southern Brazil. Rev Saude Publica 23. Ribeiro M, Dunn J, Sesso R, Lima M,
2008;42:830-7. Laranjeira R. Crack cocaine: a five year
follow-up study of treated patients. Eur
16. Carvalho HB, Seibel SD. Crack cocaine Addict Res 2007;13:11-9.
use and its relationship with violence and
HIV. Clinics 2009;64:857-66. 24. Hser YI, Huang D, Brecht ML, Li L,
Evans E. Contrasting trajectories of he-
17. Dunn J, Laranjeira R, Silveira DX, Formi- roin, cocaine, and methamphetamine use.
goni MLOS, Ferri CP. Crack cocaine: an J Addict Dis 2008;27:13-21.
increase in use among patients attending
clinics in São Paulo: 1990-1993. Subst 25. Carlini EA, Galduróz JC, Silva AABS,
Use Misuse 1996;31:519-27. Noto AR, Fonseca AM, Carlini CM, et
al. II Levantamento domiciliar sobre o uso
18. Derlet RW, Albertson TE. Emergency de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo
department presentation of cocaine into- envolvendo as 108 maiores cidades do
xication. Ann Emerg Med 1989;18:182- país. Brasília: SENAD/CEBRID; 2005.
6. Disponível em: http://www.cebrid.epm.br
19. Brody SL, Slovis CM, Wrenn KD. 26. Falck RS, Wang J, Carlson RG. Among
Cocaine-related medical problems: conse- long-term crack smokers, who avoids and
cutive series of 233 patients. Am J Med who succumbs to cocaine addiction? Drug
1990;88:325-31. Alcohol Depend 2008;98:24-9.
27. Gorelick DA. Progression of dependence in 34. Paquette C, Roy E, Petit G, Boivin JF.
male cocaine addicts. Am J Drug Alcohol Predictors of crack cocaine initiation
Abuse 1992;18:13-9. among Montreal street youth: a first look
at the phenomenon. Drug Alcohol Depend
28. Chen K, Kandel D. Relationship between 2010;110:85-91.
extent of cocaine use and dependence
among adolescents and adults in the 35. United Nations Organization. Adolescent
United States. Drug Alcohol Depend substance use: risk and protection. New
2002;68:65-85. York: UNO; 2003.
29. Chen CY, Anthony JC. Epidemiologi- 36. Kliewer W, Murrelle L. Risk and protec-
cal estimates of risk in the process of tive factors for adolescent substance use:
becoming dependent upon cocaine: co- findings from a study in selected Central
caine hydrochloride powder versus crack American countries. J Adolesc Health
cocaine. Psychopharmacology (Berl) 2007;40:448-55.
2004;172:78-86.
37. Rodríguez Funes GM, Brands B, Adlaf
E, Giesbrecht N, Simich L, Wright Mda
30. Wagner FA, Anthony JC. Male-female
G. Factores de riesgo relacionados al uso
differences in the risk of progression from
de drogas ilegales: perspectiva crítica de
first use to dependence upon cannabis, co-
familiares y personas cercanas en un cen-
caine, and alcohol. Drug Alcohol Depend
tro de salud público en San Pedro Sula,
2007;86:191-8.
Honduras. Rev Lat Am Enfermagem
2009;17:796-802.
31. Werb D, Debeck K, Kerr T, Li K, Monta-
ner J, Wood E. Modelling crack cocaine use 38. Beyers JM, Toumbourou JW, Catalano RF,
trends over 10 years in a Canadian setting. Arthur MW, Hawkins JD. A cross-national
Drug Alcohol Rev 2010;29:271-7. comparison of risk and protective factors
for adolescent substance use: the United
32. Confederação Nacional dos Municípios. States and Australia. J Adolesc Health
Pesquisa sobre a situação do crack nos mu- 2004;35:3-16.
nicípios brasileiros. Brasília:CNM;2010.
Disponível em: http://portal.cnm.org.br/ 39. Stronski SM, Ireland M, Michaud P, Nar-
sites/5700/5770/14122010 Mapeamento_ ring F, Resnick MD. Protective correlates
do Crack _nos_municipios_brasil_geral.pdf of stages in adolescent substance use: a
Swiss National Study. J Adolesc Health.
33. Schenker M, Minayo MCS. Fatores de 2000;26:420-7.
risco e de proteção para o uso de drogas
na adolescência. Ciência Saúde Col 40. Arthur MW, Hawkins JD, Pollard JA, Ca-
2005;10:707-17. talano RF, Baglioni AJ Jr. Measuring risk
and protective factors for substance use, 48. Boghdadi MS, Henning RJ. Cocaine:
delinquency, and other adolescent problem pathophysiology and clinical toxicology.
behaviors. The communities that care youth Heart & Lung 1997;26:466-83.
survey. Eval Rev 2002;26:575-601.
49. Stevens DC, Campbell JP, Carter JE,
41. Haasen C, Prinzleve M, Zurhold H, Rehm Watson WA. Acid-base abnormalities with
J, Güttinger F, Fischer G, et al. Cocaine cocaine toxicity in emergency department
use in Europe: a multi-centre study. Me- patients. Clin Toxicol 1994;32:31-9.
thodology and prevalence estimates. Eur
Addict Res 2004;10:139-46. 50. Hollander JE, Hoffman RS, Gennis P.
Prospective multicenter evaluation of co-
42. Hatsukami DK, Fischman MW. Crack caine-associated chest paim. Acad Emerg
cocaine and cocaine hydrochloride. Are Med 1994;1:330-9.
the differences myth or reality? JAMA
1996;276:1580-8. 51. Baumann BM, Perrone J, Horning SE,
Shofer FS, Hollander JE. Cardiac and
hemodynamic assessment of patients with
43. Oliveira LG, Nappo SA. Characterization
cocaine-associated chest pain syndromes.
of the crack cocaine culture in the city of
Clin Toxicol Clin Toxicol 2000;38:283-90.
São Paulo: a controlled pattern of use. Rev
Saude Publica 2008;42:664-71.
52. Hollander JE, Hoffman RS, Gennis P. Co-
caine associated chest pain: one-year follow-
44. Gawin FH. Cocaine addiction: psycho-
up. Acad Emerg Med 1995;2:179-84.
logy and neurophysiology. Science
1991;251:1580-6. 53. Feldman JA, Fish SS, Beshanky JR, Gri-
ffith JL, Woolard RH, Selker HP. Acute
45. Lowenstein DH, Massa SM, Rowbotham cardiac ischemia in patients with cocaine-as-
MC, Collins SD, McKinney HE, Simon sociated complaints: results of a multicenter
RP. Acute neurologic and psychiatric com- trial. Ann Emerg Med 2000;36:469-76.
plications associated with cocaine abuse.
Am J Med 1987;841-6. 54. Kaku DA, Lowenstein DH. Emergence of
recreational drug abuse as major risk factor
46. Wetli CV, Fishbain DA. Cocaine-induced for stroke in young adults. Ann Intern Med
psycose and sudden death in recrea- 1990;113:821-7.
tional cocaine users. J Forensic Sci
1985;30:873-80. 55. Restrepo CS, Carrillo JA, Martınez S,
Ojeda P, Rivera AL, Hatta A. Pulmonary
47. Haskell RM, Frankel HL, Rotondo complications from cocaine and cocaine-
MF. Agitation. AACN Clin Issues based substances: Imaging manifestations.
1997;8:335-50. Radio Graphics 2007;27:941-56.
61. Gawin FH, Kleber HD. Abstinence 69. Pani PP, Trogu E, Vacca R, Amato L,
symptomatology and psychiatric diagnosis Vecchi S, Davoli M. Disulfiram for the tre-
in cocaine abusers. Arch Gen Psychiatry atment of cocaine dependence. Cochrane
1986;43:107-13. Database Syst Rev 2010;(1):CD007024.
62. Epstein DH, Preston KL. Daily life hour 70. Barth KS, Malcolm RJ. Disulfiram: an old
by hour, with and without cocaine: an therapeutic with new applications. CNS
ecological momentary assessment study. Neurol Disord Drug Targets 2010;9:5-12.
Psychopharmacol 2010;211:223-32.
71. Morgan PT, Pace-Schott E, Pittman
63. Negrete JC, Emil S. Cue-evoked arousal B, Stickgold R, Malison RT. Norma-
in cocaine users: a study of variance and lizing effects of modafinil on sleep in
predictive value. Drug Alcohol Depend chronic cocaine users. Am J Psychiatry
1992;30:187-92. 2010;167:331-40.
72. Soares B, Lima Reisser AA, Farrell M, 79. Skinner MD, Coudert M, Berlin I, Pas-
Silva de Lima M. Dopamine agonists for seri E, Michel L, Aubin HJ. Effect of the
cocaine dependence. Cochrane Database threat of a disulfiram-ethanol reaction on
Syst Rev 2010;(2):CD003352. cue reactivity in alcoholics. Drug Alcohol
Depend 2010;112:239-46.
73. Alvarez Y, Farré M, Fonseca F, Torrens M.
Anticonvulsant drugs in cocaine dependen- 80. Jerônimo A, Meira C, Amaro A, Cam-
ce: a systematic review and meta-analysis. J pello GC, Granja C. Choque cardiogê-
Subst Abuse Treat 2010;38:66-73. nico por dissulfiram. Arq Bras Cardiol
2009;92:43-5.
74. Minozzi S, Amato L, Davoli M, Far-
rell M, Reisser RAL, Pani PP, et al. 81. Karila L, Gorelick D, Weinstein A, Noble
Anticonvulsants for cocaine depen- F, Benyamina A, Coscas S, et al. New
dence. Cochrane Database Syst Rev treatments for cocaine dependence: a fo-
2010;(4):CD006754. cused review. Int J Neuropsychopharmacol
2008;11:425-38.
75. Kampman KM, Pettinati H, Lynch KG,
Dackis C, Sparkman T, Weigley C. A pilot 82. Castells X, Casas M, Pérez-Mañá C,
trial of topiramate for the treatment of Roncero C, Vidal X, Capellà D. Efficacy
cocaine dependence. Drug Alcohol Depend of psychostimulant drugs for cocaine
2004;75:233-40. dependence. Cochrane Database Syst Rev
2010;(2):CD007380.
76. Martell BA, Orson FM, Poling J, Mitchell
E, Rossen RD, Gardner T, et al. Cocai- 83. Carlson RG, Sexton R, Wang J, Falck R,
ne vaccine for the treatment of cocaine Leukefeld CG, Booth BM. Predictors of
dependence in methadone-maintained substance abuse treatment entry among
patients: a randomized, double-blind, rural illicit stimulant users in Ohio,
placebo-controlled efficacy trial. Arch Gen Arkansas, and Kentucky. Subst Abus
Psychiatry 2009;66:1116-23. 2010;31:1-7.
77. Johnson BA. Recent advances in the deve- 84. Metsch LR, McCoy HV, McCoy CB,
lopment of treatments for alcohol and co- Miles CC, Edlin BR, Pereyra M. Use
caine dependence: focus on topiramate and of health care services by women who
other modulators of GABA or glutamate use crack cocaine. Women Health
function. CNS Drugs 2005;19:873-96. 1999;30:35-51.
78. Gorelick DA, Gardner EL, Xi ZX. 85. Dias AC, Ribeiro M, Dunn J, Sesso R, La-
Agents in development for the ma- ranjeira R. Follow-up study of crack cocaine
nagement of cocaine abuse. Drugs users: situation of the patients after 2, 5, and
2004;64:1547-73. 12 years. Subst Abuse 2008;29:71-9.
86. Falck RS, Wang J, Siegal HA, Carlson RG. dy of psychiatric symptomatology among
The prevalence of psychiatric disorder among cocaine-dependent men. Addict Behav
a community sample of crack cocaine users: 2006;31:1974-87.
an exploratory study with practical implica-
tions. J Nerv Ment Dis 2004;192:503-7. 94. Herrero MJ, Domingo-Salvany A, Tor-
rens M, Brugal MT; Itinere Investigators.
87. Dunn J, Laranjeira R. Desenvolvimento de Psychiatric comorbidity in young cocaine
entrevista estruturada para avaliar consu- users: induced versus independent disor-
mo de cocaína e comportamentos de risco. ders. Addiction 2008;103:284-93.
Rev Bras Psiquiatr 2000;22:11-6.
95. Rosenblum A, Fallon B, Magura S,
88. Gottheil E, Weinstein SP, Sterling RC, Handelsman L, Foote J, Bernstein D.
Lundy A, Serota RD. A randomized con- The autonomy of mood disorders among
trolled study of the effectiveness of intensive cocaine-using methadone patients. Am J
outpatient treatment for cocaine dependen- Drug Alcohol Abuse 1999;25:67-80.
ce. Psychiatr Serv 1998;49:782-7.
96. Schönnesson LN, Williams M, Atkinson
89. Agosti V, Nunes E, Ocepeck-Welikson K.
J, Timpson S. Factors associated with
Patient factors related to early attrition from
depressive symptoms in African Ameri-
an outpatient cocaine research clinic. Am J
can crack cocaine smokers. J Subst Use
Drug Alcohol Abuse 1996;22:29-39.
2009;14:161-74.
90. National Treatment Agency for Susbtance
97. Vogenthaler NS, Hadley C, Rodriguez AE,
Misuse. Models of care for the treatment
of adult drug misusers – update 2006. Valverde EE, Del Rio C, Metsch LR. De-
London DH;2006. Disponível em: http:// pressive symptoms and food insufficiency
www.nta.nhs.uk. among HIV-infected crack users in Atlanta
and Miami. AIDS Behav 2010 Jan 23.
91. Malbergier A. Trantornos psiquiátricos em [Epub ahead of print]
usuários de drogas injetáveis infectados
pelo HIV. J Bras Psiq 1998;48:253-62. 98. Zubaran C, Foresti K, Thorell MR,
Franceschini P, Homero W. Depressive
92. Haasen C, Prinzleve M, Gossop M, Fischer symptoms in crack and inhalant users
G, Casas M. Relationship between cocaine in Southern Brazil. J Ethn Subst Abuse
use and mental health problems in a sam- 2010;9:221-36.
ple of European cocaine powder or crack
users. World Psychiatry 2005;4:173-6. 99. Carroll KM, Rounsaville BJ, Bryant KJ.
Alcoholism in treatment-seeking cocaine
93. Herbeck DM, Hser YI, Lu AT, Stark abusers: clinical and prognostic significan-
ME, Paredes A. A 12-year follow-up stu- ce. J Stud Alcohol 1993;54:199-208.
104. Prinzleve M, Haasen C, Zurhold H, Matali 110. Stitzer ML, Petry N, Peirce J, Kirby K,
JL, Bruguera E, Gerevich J, et al. Cocaine Killeen T, Roll J, et al. Effectiveness of
use in Europe: a multi-centre study: pat- abstinence-based incentives: interaction
terns of use in different groups. Eur Addict with intake stimulant test results. J Con-
Res 2004;10:147-55. sult Clin Psychol 2007;75:805-11.
105. Stinson FS, Grant BF, Dawson DA, Ruan 111. Caplan AL. Ethical issues surrounding
WJ, Huang B, Saha T. Comorbidity be- forced, mandated, or coerced treatment. J
tween DSM-IV alcohol and specific drug Subst Abuse Treat 2006;31:117-20.
use disorders in the United States: results
from the National Epidemiologic Survey 112. Moeller KE, Lee KC, Kissack JC. Urine
on Alcohol and Related Conditions. Drug drug screening: practical guide for clini-
Alcohol Depend 2005;80:105-16. cians. Mayo Clin Proc 2008;83:66-76.
106. Tang Yl, Kranzler Hr, Gelernter J, Farrer 113. Moller M, Gareri J, Koren G. A review
LA, Cubells JF. Comorbid Psychiatric of substance abuse monitoring in a social
Diagnoses And Their Association With services context: a primer for child pro-
115. Cone EJ, Sampson-Cone AH, Darwin 122. Verdejo-García A, Pérez-García M, Sán-
WD, Huestis MA, Oyler JM. Urine testing chez-Barrera M, Rodriguez-Fernández A,
for cocaine abuse: metabolic and excretion Gómez-Río M. Neuroimaging and drug
patterns following different routes of ad- addiction: neuroanatomical correlates of
ministration and methods for detection cocaine, opiates, cannabis and ecstasy
abuse. Rev Neurol 2007;44:432-9.
of false-negative results. J Anal Toxicol
2003;27:386-401.
123. Gosseries O, Demertzi A, Noirhomme
Q, Tshibanda J, Boly M, Beeck MO, et
116. Preston KL, Huestis MA, Wong CJ, Um-
al. Functional neuroimaging (fMRI, PET
bricht A, Goldberger BA, Cone EJ. Mo-
and MEG): what do we measure? Rev Med
nitoring cocaine use in substance-abuse-
Liege 2008;63:231-7.
treatment patients by sweat and urine
testing. J Anal Toxicol 1999;23:313-22.
124. Kilts CD, Schweitzer JB, Quinn CK,
Gross RE, Faber TL, Muhammad F, et
117. Klein J, Karaskov T, Koren G. Clinical al. Neural activity related to drug craving
applications of hair testing for drugs of in cocaine addiction. Arch Gen Psychiatry.
abuse: the Canadian experience. Forensic 2001;58:334-41.
Sci Int. 2000;107:281-8.
125. Kilts CD, Gross RE, Ely TD, Drexler
118. Spiehler V. Hair analysis by immunologi- KP. The neural correlates of cue-induced
cal methods from the beginning to 2000. craving in cocaine-dependent women. Am
Forensic Sci Int 2000;107:249-59. J Psychiatry 2004;161:233-41.
119. Moore C, Deitermann D, Lewis D, Fe- 126. Volkow ND, Fowler JS, Wang GJ, Telang
eley B, Niedbala RS. The detection of F, Logan J, Jayne M, et al. Cognitive con-
cocaine in hair specimens using micro- trol of drug craving inhibits brain reward
plate enzyme immunoassay. J Forensic Sci regions in cocaine abusers. Neuroimage
1999;44:609-12. 2010;49:2536-43.
127. Cook JA. Associations between use of ultrasonography findings in neonates with
crack cocaine and HIV-1 disease progres- exposure to cocaine during pregnancy.
sion: research findings and implications Pediatr Radiol 2009;39:232-8.
for mother-to-infant transmission. Life
Science 2011;88:931-9. 135. Chiriboga CA, Kuhn L, Wasserman GA.
Prenatal cocaine exposures and dose-related
128. Bauer CR, Langer JC, Shankaran S, Bada cocaine effects on infant tone and behavior.
HS, Lester B, Wright LL, et al. Acute Neurotoxicol Teratol 2007;29:323-30.
neonatal effects of cocaine exposure du-
ring pregnancy. Arch Pediatr Adolesc Med 136. Bada HS, Das A, Bauer CR, Shankaran
2005;159:824-34. S, Lester B, LaGasse L, et al. Impact of
prenatal cocaine exposure on child behavior
129. Schiller C, Allen PJ. Follow-up of infants problems through school age. Pediatrics
prenatally exposed to cocaine. Pediatr Nurs 2007;119:e348-59.
2005;31:427-36.
137. Frank DA, Jacobs RR, Beeghly M, Augustyn
130. Curet LB, His AC. Drug abuse during M, Bellinger D, Cabral H, et al. Level of pre-
pregnancy. Clinical Obstet Ginecol
natal cocaine exposure and scores on the Bay-
2002;45:73-88.
ley Scales of Infant Development: modifying
effects of caregiver, early intervention, and
131. Haasen C, Krausz M. Myths versus evi-
birth weight. Pediatrics 2002;110:1143-52.
dence with respect to cocaine and crack:
learning from the US experience. Eur
138. Scher MS, Richardson GA, Day NL.
Addict Res 2001;7:159-60.
Effects of prenatal cocaine/crack and other
drug exposure on electroencephalographic
132. Eyler FD, Behnke M, Conlon M, Woods
NS, Wobie K. Birth outcome from a sleep studies at birth and one year. Pedia-
prospective, matched study of prenatal trics 2000;105:39-48.
crack/cocaine use: I. Interactive and dose
effects on health and growth. Pediatrics 139. Messinger DS, Bauer CR, Das A, Seifer
1998;101:229-37. R, Lester BM, Lagasse LL, et al. The ma-
ternal lifestyle study: cognitive, motor, and
133. Richardson GA, Hamel SC, Goldschmidt behavioral outcomes of cocaine-exposed and
L, Day NL. Growth of infants prenatally opiate-exposed infants through three years
exposed to cocaine/crack: comparison of of age. Pediatrics 2004;113:1677-85.
a prenatal care and a no prenatal care
sample. Pediatrics 1999;104:e18. 140. Ackerman JP, Riggins T, Black MM. A
review of the effects of prenatal cocaine
134. van Huis M, van Kempen AA, Peelen M, exposure among school-aged children.
Timmers M, Boer K, Smit BJ, et al. Brain Pediatrics 2010;125:554-65.
141. Frank DA, Augustyn M, Knight WG, Pell 148. Richardson GA, Goldschmidt L, Larkby
T, Zuckerman B. Growth, development, C. Effects of prenatal cocaine exposure on
and behavior in early childhood following growth: a longitudinal analysis. Pediatrics
prenatal cocaine exposure: a systematic 2007;120:e1017-27.
review. JAMA 2001;285:1613-25.
149. Singer LT, Minnes S, Short E, Arendt
142. Hurt H, Betancourt LM, Malmud EK, R, Farkas K, Lewis B, et al. Cogni-
Shera DM, Giannetta JM, Brodsky NL, tive outcomes of preschool children
et al. Children with and without gestatio- with prenatal cocaine exposure. JAMA
nal cocaine exposure: a neurocognitive 2004;291:2448-56.
systems analysis. Neurotoxicol Teratol
2009;31:334-41. 150. Chiriboga CA, Starr D, Kuhn L, Wasser-
man GA. Prenatal cocaine exposure and
143. Behnke M, Eyler FD, Garvan CW, Wobie prolonged focus attention. Poor infant in-
K, Hou W. Cocaine exposure and develop- formation processing ability or precocious
mental outcome from birth to 6 months. maturation of attentional systems? Dev
Neurotoxicol Teratol 2002;24:283-95. Neurosci 2009;31:149-58.
144. M ayes LC, Granger RH, Frank MA. 151. Morrow CE, Bandstra ES, Anthony JC,
Neurobehavioral profiles of neonates Ofir AY, Xue L, Reyes MB. Influence of
exposed to cocaine prenataly. Pediatrics prenatal cocaine exposure on early langua-
1993;91:778-3. ge development: longitudinal findings from
four months to three years of age. J Dev
145. Eyler FD, Behnke M, Garvan CW, Woods Behav Pediatr 2003;24:39-50.
NS, Wobie K, Conlon M. Newborn eva-
luations of toxicity and withdrawal related 152. Bandstra ES, Vogel AL, Morrow CE, Xue
to prenatal cocaine exposure. Neurotoxicol L, Anthony JC. Severity of prenatal cocai-
Teratol 2001;23:399-411. ne exposure and child language functioning
through age seven years: a longitudinal
146. O gunyemi D, Hernández-Loera GE. latent growth curve analysis. Subst Use
The impact of antenatal cocaine use on Misuse 2004;39:25-59.
maternal characteristics and neonatal
outcomes. J Matern Fetal Neonatal Med 153. Singer LT, Arendt R, Minnes S, Farkas K,
2004;15:253-9. Salvator A, Kirchner HL, et al. Cognitive
and motor outcomes of cocaine-exposed
147. Covington CY, Nordstrom-Klee B, Ager infants. JAMA 2002;287:1952-60.
J, Sokol R, Delaney-Black V. Birth to age
7 growth of children prenatally exposed to 154. Lohoff FW, Bloch PJ, Weller AE, Nall
drugs: a prospective cohort study. Neuro- AH, Doyle GA, Buono RJ, et al. Genetic
toxicol Teratol 2002;24:489-96. variants in the cocaine- and amphetamine-