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PROVA de perio.

1) De na o que é defeito combinado e cite e explique os fatores anatomicos para o


diagnóstico
As características anatômicas são as seguintes:

Nível da crista óssea alterado, presença de bolsa periodontal facilmente sondável, presença de
bio lme/in amação gengival; presença de cárie ou restauração profunda, necrose pulpar, lesão
periapical e perda óssea marginal.

📌 DEFEITOS COMBINADOS : Recessão gengival + lesão cervical não cariosa.

Estão classi cadas de acordo com a presença ou ausência da JCE e presença/ausência de


degrau.

2) Explique o princípio (conceito) de regeneração tecidual guiada

A TGR tem como objetivo a reinserção das bras à super cie radicular e promover a
regeneração, ou seja, a recuperação tecidual completa do tecido ósseo e do ligamento
periodontal.

Sabe-se que as células epiteliais levam menos tempo no processo de migração celular. Desse
modo, faz-se necessário o isolamento das células epiteliais para que as células do ligamento
periodontal migrem anteriormente às do epitélio e possam realizar a regeneração.

O isolamento das células epiteliais se dá por meio da colocação de uma membrana que pode ser
de origem biológica, como prp e prf / autógeno/ alógeno…ou de origem sintética.

Passo a passo

1. Adaptação da membrana;

2. Colocação da membrana (3-5mm da borda óssea);

3. Sutura da membrana;

4. Sutura do retalho.

É necessário considerar os seguintes fatores em relação ao paciente:

1. Tabagismo;

2. Doenças sistemicas (diabetes);

3. Estresse;

4. Higiene.

E em relação ao tipo de defeito ósseo: mais estreito e profundo, resultados melhores.

Avaliação regenerativa: análise histopatológica!

*Regeneração tecidual guiada*

📌 É uma parte do tratamento cirúrgico

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*📌 Objetivo da terapia periodontal*

🧷 Reduzir a profundidade da bolsa

🧷 Reconstruir o aparelho de inserção destruído

*📌 Explique o princípio (conceito) de regeneração tecidual guiada*

No tecido periodontal, tem-se uma área de sulco gengival (tecido não aderido a superfície do
dente), área de epitélio juncional (camadas super ciais aderidas a superfície do esmalte), inserção
conjuntiva (epitélio juncional mais inserção conjuntiva é denominado tecido de inserção
supracrestal - espaço biológico). Tratamento básico periodontal é a remoção de bio lme.
Portanto, o objetivo da terapia periodontal é reduzir a profundidade da bolsa, reconstruir o
aparelho de inserção destruído. A terapia básica periodontal é a terapia de raspagem e
aplainamento radicular. A ideia da regeneração periodontal seria resolver a doença avançada sem
perda tecidual (evitar a sequela do problema associado a própria técnica cirúrgica). A técnica
regenerativa é indicada a demandas estéticas, para melhorar a função e prognóstico dos dentes
tratados periodontalme, reduzir a profundidade de bolsa para uma faixa mais sustentável, reduzir
os componentes vertical e horizontal dos defeitos de furca. De ne-se como sendo a reprodução
ou reconstrução de uma parte perdida ou lesada, de tal forma que a arquitetura e a função
desses tecidos sejam completamente recuperadas (conceito diferente da ideia de reparo). As
técnicas regenerativa são de regeneração tecidual guiada, enxertos ósseos, materiais
biologicamente ativos e avanços. A técnica de regeneração tecidual guiada tem por objetivo
propiciar uma reinserção de bras à superfície radicular, impedindo a migração epitelial e
promovendo a regeneração de tecido ósseo e ligamento periodontal. Os fatores a serem
considerados em relação ao paciente são o controle de placa e sangramento, tabagismo (maior
que 10 cigarros por dia, estresse, doenças sistêmicas (diabetes mellitus). Os fatores a serem
considerados em relação aos defeitos são os seguintes: não existem evidências de que defeitos
supraósseos (horizontais) ou furca grau III possam ser tratados com previsibilidade; defeitos mais
profundos e estreitos parecem apresentar melhores resultados clínicos de ganho de inserção. A
técnica consiste na adaptação da membrana, colocação da membrana (3 a 5mm além da borda
óssea), manutenção do espaço e estabilização do coágulo sanguíneo, sutura da membrana,
sutura do retalho. Os cuidados pós operatório seriam os seguintes: antibiótico terapia, evitar
cimento cirúrgico, bochecho com clorexidina 0,12% duas vezes ao dia, retirada das suturas do
retalho com uma semana, controle semanal do paciente, retirada da membrana após 6 a 8
semanas

3. Tratamento lesão de furca 2

Os tratamentos aconselhados para o tratamento de lesões de furca grau II são a plastia de furca,
a hemissecção radicular, amputação, tunelização, a regeneração tecidular guiada (RTG) e a
exodontia dentária.

A disparidade de possibilidades terapêuticas para estas lesões revela a di culdade da decisão


clínica.

Numa lesão de furca grau II terá ocorrido perda óssea horizontal superior a 1/3 da profundidade
de furca, sem o seu total envolvimento. Isto é, o grau de perda óssea desta lesão enquadra-se
num intervalo bastante amplo.

Em casos de que a lesão é um pouco maior que 1/3 da profundidade da furca, a plastia poderá
ser uma boa opção, assim como a RTG.

A RTG apresenta melhor previsibilidade, e com reduzida perda de osso interproximal, sendo
preferencialmente utilizada nessas situações clínicas. Além de excelentes resultados clínicos
(taxa de sucesso) e estabilidade a longo prazo.

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📌 hemissecção apenas deverá ser realizada se a anatomia for favorável e as raízes não
apresentarem mobilidade. Caso contrário, a tunelização será mais aconselhável.

4. O que acontece se não induzir a regeneração?

Caso a regeneração não seja induzida haverá a migração das células epiteliais para a área do
defeito. Segundo a teoria de Melcher (1976)as células que primeiro vão repovoar aquela região,
são as células que determinarão a natureza da cicatrização. As células epiteliais não possuem a
capacidade de neoformação de tecidos periodontais. Logo não ocorrerá a formação de novo
ligamento periodontal, osso ou cemento. somente a reparação do epitélio, sendo formado o
epitélio juncional longo, não havendo ganho de função.

📌 tunelizacao: exposição da furca para facilitar higienização

Consequências: sensibilidade e possibilidade de fórnice da furca

5. Tratamento lesão de furca 3


Nas lesões de furca grau III os procedimentos com memelhores resultados a longo prazo são, a
hemisseccao radicular, a tunelização e por último a extração.

📌 hemissecção apenas deverá ser realizada se a anatomia for favorável e as raízes não
apresentarem mobilidade. Caso contrário, a tunelização será mais aconselhável.

6. No que se baseia a escolha do tratamento das lesões de furca?

A escolha do tratamento periodontal será condicionada pelo grau de envolvimento de furca,


perda óssea na profundidade da furca, lateral e apical ao defeito; mobilidade; anatomia dentária;
acesso para realização do procedi- mento; localização dentária; capacidade e acessibilidade na
higienização pelo paciente; condicionantes económicas; e experiência do pro ssional.

7. No que se deve o prognóstico da lesão de furca?


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8. Quais resultados esperar da terapia para tratamento de furca?
- Redução dos sinais clínicos da in amação, da profundidade clínica de sondagem e de
bio lme.

- Estabilização ou ganho clínico de inserção

- Resolução radiogra ca da lesão

9. Qual o tratamento para lesão de furca grau 1?


A raspagem e alisamento radicular (RAR) e a plastia de furca são os procedimentos aconselhados
para o tratamento das lesões de furca grau 1.

A plastia de furca é um procedimento ressectivo que tem como primordial objetivo a eliminação
de defeitos interradiculares, restabelecendo a arquitectura óssea.

A RAR e/ou plastia de furca são tratamentos altamente viáveis para o tratamento de lesões de
furca grau I.

10. Explique a classi cação atual das recessos genvivais comentando o prognóstico de
cada classe ( é aquilo de rt1,rt2 e rt3)

Recessão gengival é classi cada em:

RT1- Não há perda de reinserção interproximal.

O prognóstico é excelente, podendo haver 100% de recobrimento.

RT2- O nível de inserção (NIC) é igual ou menor que o vestibular.

O prognóstico é bom, porém com perspectiva de recobrimento parcial.

RT3- O NIC proximal é igual ou maior que o vestibular. Prognóstico ruim.

O recobrimento é contraindicado. O prognóstico vai depender do tratamento cirúrgico utilizado e


da cooperação do paciente.

11. Cite e explique 3 fatores anatomicos que implicam na escolha do tratamento cirúrgico
de ressecção/hemissecçao

Modalidade ressectiva: A ressecção leva em consideração o comprimento do tronco radicular


(mais curtos são mais favoraveis), divergência das raizes (raizes mais afastadas facilitam a
técnica), comprimento das raizes (longas e retas são mais favoráveis).

📌 Essa modalidade inclui possibilidades terapêuticas como: tunelizacao, hemisseccao e


amputação radicular.

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- REQUISITOS PRA ESSA MODALIDADE: conhecimento anatômico, acesso cirúrgico viável,
reconstrução protética adequada, possibilitar o controle do bio lme, se enquadrar no per l do
paciente.

- HEMISSECÇÃO - LESÃO DE FURCA

- Indicações para o procedimento: dentes com lesão de furca grau II ou III; dentes os quais não é
possível realizar RTG; recessão gengival; extensa perda óssea.

- Contraindicações: pacientes com contra indicações gerais para cirurgias periodontais; raízes
fusionadas; arquitetura tecidual desfavorável.

BONUS: CLASSIFICAÇÃO DAS L. DE FURCA

Perda horizontal (HEMP 1975)

- GRAU I: Perda horizontal menor que ⅓ da largura do dente.

- GRAU II: Perda horizontal maior que 1/3 da largura do dente sem comprometimento total.

- GRAU III: Perda horizontal lado a lado.

Perda vertical:

- SUBCLASSE A: Perda óssea vertical até 3mm.

- SUBCLASSE B:Perda óssea vertical entre 4 a 6 mm.

- SUBCLASSE C: Perda óssea vertical maior que 7mm.

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11. Como os estudos de Lindhe, Karring e Nyman concluíram que as células do ligamento
periodontal são as responsáveis pela regeneração periodontal. Descreva esses estudos.*

Segundo Melcher, o tipo celular que repovoa a superfície radicular, após a cirurgia periodontal,
determina a natureza da inserção que irá se formar. Inicialmente, a maioria das tentativas para
recuperar o tecido perdido do dente focava na regeneração do osso alveolar. Nyman e Karring ,
em 1979, realizaram estudos em cães onde zeram elevação de retalhos mucoperiósteos,
removeram de 5 a 7mm do osso alveolar vestibular do dente, marcaram uma incisura no nível da
crista óssea, aguardaram 8 meses de cicatrização, eutanasiaram os animais e veri caram
histologicamente que houve reinserção de tecido conjuntivo, contudo, a quantidade de
neoformação óssea não estaria relacionada ao estabelecimento da inserção de tecido conjuntivo
(não houve regeneração, mas também não houve perda de tecido mole). Então, numa nova
pesquisa onde Nyman, 1980, colocou células do tecido conjuntivo em contato com a raiz dental
para veri car se ocorreria neoformação óssea. Utilizou-se dentes com DP, extraídos e inseridos
no alvéolo, em cavidades óssea (metade no tecido ósseo e metade em contato com tecido
conjuntivo gengival). Após 3 meses, veri cou-se, na porção em contato com tecido mole, a
formação de bras paralelas a superfície, reabsorção radicular em alguns dentes e, a porção
apical manteve o ligamento periodontal. Em 1984, Nyman realizou novos testes com a extração
de dentes de macacos e inseria nos alvéolos em 4 situações diferentes: em uma, só era inserido
o dente no alvéolo; em outra, raspava metade coronal do dente e inseria no alvéolo; na terceira
situação, abaixava a margem óssea pela metade, sem interferir na raiz; e, na quarta situação,
abaixava o alvéolo pela metade e removia a superfície da raiz pela metade para observar se a
presença do osso poderia estimular a formação de nova inserção conjuntiva. Após 6 meses de
cicatrização veri cou-se que a cicatrização ocorria independente da presença ou não de osso e
que o restabelecimento da inserção de tecido conjuntivo não estaria relacionada a presença de
osso; a área onde o ligamento periodontal teria sido removido, o epitélio migrava até onde foi
feita a instrumentação; ocorria união brosa em área onde o ligamento periodontal teria sido
mantido - importância do ligamento periodontal. Portanto, após pesquisas, concluiu- se que as
células que teriam a capacidade de resgatar a união brosa seriam as células do ligamento
periodontal - células com capacidade regenerativa.

12. Porque realizar a regeneração periodontal?


- Melhora a função e prognóstico dos dentes tratados periodontalmente

- Reduz a profundidade de sondagem das bolsas

- Reduzir os componentes horizontal e vertical dos defeitos de furca

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12. Diagnóstico diferencial das lesões de furca


Lesoes de origem Endodontica - ausência de vitalidade pulpar, ausência de sondagem
periodontal, presença de grandes restaurações e sem perda óssea

Lesoes de origem traumática - presença de vitalidade pulpar, aumento do ESPAÇO do LP, com o
ajuste oclusão o defeito desaparece

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