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Ministerio 00 Meio Amsiente Consetno Nacional 00 Meio AmsienTe RESOLUCAO N* 430, DE 13 DE MAIO DE 2011 Correlagoes: + Complementa e altera a Resolugao n° 357/205 Dispée sobre as condigaes e padroes de lanca- mento de efluentes, complementa e altera a Reso luctto r# 357, de 17 de marco de 2005, do Conse- Tho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA © CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, u0 uso das competéncias que lhe so conferidas pelo inciso VII do art. 8° da Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto n® 99.274, de 6 de junho de 1990 e suas alteragses, tendo em vista o disposto em seu Regimento Intemno, Anexo 4 Portaria u° 168, de 13 de junho de 2005, resolve: Art. 1° Esta Resolugao dispoe sobre condigdes, parametros, padrdes e diretrizes para gestio do langamento de efluentes em corpos de agua receptores, alterando parcialmente ¢ complementando a Resolugao 2° 357, de 17 de margo de 2005. do Conselho Nacioual do Meio Ambiente-CONAMA. Paragrafo tico. O langamento indireto de efluentes no corpo receptor deverd observar © disposto nesta Resolugao quando verificada a inexisténcia de legislacao ou normas especificas. disposigdes do orgao ambiental competente, bem como diretrizes da operadora dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto sanitirio. Art, 2° A disposigao de efluentes no solo, mesmo tratados, nao est sujeita aos parametros ¢ padrdes de langamento dispostos nesta Resolugao, nao podendo, todavia, causar pohuigao oul contaminacao das Aguas superficiais e subterraneas. Art. 3° Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderao ser langados diretamente nos corpos receptores apos o devido tratamento e desde que obedegam as condicdes, padres e exigéncias dispostos nesta Resolugao e em outras normas aplicaveis Paragrafo tinico. © orgao ambiental competente poderd, a qualquer momento, mediante fundamentacdo técnica: T- actescentar outras condigdes e padrées para o langamento de efluentes, ou toré-los mais resttitivos, tendo em vista as condigdes do corpo receptor; ot II - exigir tecnologia ambientalmente adequada e economicamente vidvel para o tratamento dos efluentes, compativel com as condigdes do respective corpo receptor CAPITULO DAS DEFINIGOES Art. 4° Para efeito desta Resolugao adotam-se as seguintes definigdes, em complementagao aquelas contidas no art, 2° da Resoltig’o CONAMA n° 357, de 2005 1 - Capacidade de suporte do corpo receptor: valor méximo de determinado poluente que 0 corpo hidrico pode receber, sem comprometer a qualidade da agua e seus usos determinados pela classe de enquadramento; II - Concentragao de Efeito Nao Observado-CENO: maior concentragio do efluente que nao causa efeito deletério estatisticamente significativo na sobrevivéncia e reprodugao dos organismos, em um determinado tempo de exposigao, nas condigdes de ensaio: IIL - Concentragao do Efhiente no Corpo Receptor-CECR, expressa em porcentagem: a) para corpos receptores confinados por calhas (tio, céregos, ete): 1. CECR = [(vazio do efluente) / (vazio do efluente + vazio de referéneia do corpo receptor)] x 100. b) para dreas marinhas, estuarinas e lagos a CECR é estabelecida com base em estudo da dispersao fisica do efluente no corpo hidrico receptor, sendo a CECR limitada pela zona de mistura definida pelo orgao ambiental: IV - Concentragao Letal Mediana-CL50 ou Concentragéo Efetiva Mediana-CES0: é a concentragao do efluente que causa efeito agndo (letalidade ou imobilidade) a 50% dos organismos, em determinado periodo de exposicio, nas condigdes de ensaio; V - Efluente: é 0 termo usado para caracterizar os despejos liquidos provenientes de diversas atividades on processos; VI_- Emissirio submarino: tubulagao provida de sistemas difisores destinada ao Iangamento de efluentes no mar, na faixa compreendida entre a linha de base e o limite do mar temitorial brasileiro: VII - Esgotos sanitarios: denominagio genérica para despejos liquidos residenciais comerciais, aguas de infiltragao na rede coletora, os quais podem conter parcela de efluentes industriais e efluentes no domésticos: VIII - Fator de Toxicidade-FT: niimero adimensional que expressa a menor dilnigao do efluente que nao causa efeito deletério agudo aos organisms, num determinado periodo de exposicao, nas condigdes de ensaio IX - Langamento direto: quando ocorre a condugao direta do efluente a0 corpo receptor: Langamento indireto: quando ocorre a condugao do efluente, submetido ow nao a tratamento, por meio de rede coletora que recebe outras coniribuigdes. antes de atingir 0 corpo receptor: XI - Nivel tréfico: posigao de um organismo na cadeia trdfica; XII - Parametro de qualidade do efluente: substancias ou outros indicadores representativos dos contaminantes toxicologicamente e ambientalmente relevantes do efluente; XIII - Testes de ecotoxicidade: métodos utilizados para detectar e avaliar a capacidade de um agente toxico provocar efeito nocivo, utilizando bioindicadores dos grandes grupos de uma cadeia ecologica: € XIV - Zona de mistura: regido do corpo receptor, estimada com base em modelos tedricos aceitos pelo drgio ambiental competente, que se estende do ponto de langamento do efluente, e delimitada pela superficie em que é atingido 0 equilibrio de mistura entre os paramettos fisicos e quimicos, bem como o equilibrio biolégico do efluente e os do corpo receptor, sendo especifica para cada parametro. CAPITULO IT DAS CONDIGOES E PADROES DE LANG AMENTO DE EFLUENTES SegioT Das Disposigies Gerais Art. 5° Os efluentes nao poderiio conferir ao corpo receptor caracteristicas de qualidade em desacordo com as metas obrigatorias progressivas, intermedidrias e final, do seu enquadramento. § 1° As metas obrigatérias para compos receptores serdo estabelecidas por parunetros especificos § 2° Para os pardmetros nao incluidos nas metas obrigatorias € na auséncia de metas intermedisrias progressivas, os padrdes de qualidade a serem obedecidos no corpo receptor sio os que constam na classe na qual o corpo receptor estiver enquadrado Ait, 6° Excepcioualmente e em cariter temporirio, 0 rgd ambiental competente poderé, mediante andlise técnica fundamentada, autorizar o langamento de efluentes em desacordo com as condigdes © padrdes estabelecidos nesta Resolugdo, desde que observados os seguintes requisites. 1 comprovagao de relevante interesse piblico, devidamente motivado IL - atendimento ao enquadramento do corpo receptor e as metas intermediirias e finais, progressivas e obrigatorias; UL = realizagdo de estudo ambiental tecnicamente adequado, as expensas do empreendedor responsavel pelo langamento. IV - estabelecimento de tratamento e exigéncias para este langamento: V = fixagdio de prazo maximo para o langamento, promogavel a critério do érgao ambiental competente, enquanto durar a situagao que justificon a excepcionalidade aos limites estabelecidos nesta norma; & VI - estabelecimento de medidas que visem neutralizar os eventuais efeitos do langamento excepeional. Art. 72 O érga0 ambiental competente deverd, por meio de norma especifica ou no licenciamento da atividade ou empreendimento, estabelecer a carga poltidora maxima para o langamento de substincias passiveis de estarem presentes ou serem formadas nos processos produtivos, listadas ou no no art. 16 desta Resolugao, de modo a nao comprometer as metas progressivas obrigatorias, intermedidrias e final, estabelecidas para enquadramento do corpo receptor. § 10 érgio ambiental competente poderd exigir, nos processos de licenciamento ou de suta renovagio, a apresentagio de estudo de capacidade de suporte do corpo receptor § 20 estudo de capacidade de suporte deve considerar, no minimo, a diferenga entre os padres estabelecidos pela classe e as concentragdes existentes no trecho desde a montante, estimando A concentragao apés a zona de mistura § 3° 0 empreendedor, no processo de licenciamento, informara ao érgdo ambiental as substancias que poderio estar contidas no efluente gerado, entre aquelas listadas ou nao na Resolugao CONAMA if 357, de 2003 para padrdes de qualidade de agua, sob pena de suspensio ‘ou cancelamento da licenga expedida. § 4° O disposto no § 32 nao se aplica aos casos em que o empreendedor comprove que nao dispunha de condigdes de saber da existéncia de uma ou mais substincias nos efluentes gerados pelos empreendimentos ou atividades. Art. 8° E vedado, nos efluentes, o langamento dos Poluentes Orginicos Persistentes- POPS, observada a legislagao em vigor. Paragrafo tmico. Nos processos nos quais possam ocorrer a formago de dioxinas e firanos deverd ser utilizada a tecnologia adequada para a stia redugdo, até a completa eliminagao. Art. 9° No controle das condigdes de langamento, é vedada, para fins de diluigio antes do seu langamento, a mistura de efluentes com

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