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Relagdes Internacionais (SRI), Superintendéncia de Comunicagdo (Supec), Superintendéncia de Contabilidade e Finangas (SCF) e Superintendéneia de Educagdo a Distdncia (Sead), A Administragao é constituida, ainda, pelas assessorias ¢ pelos Conselhos Superiores: CCUR, CUn e Cepe. 3 PROJETO PEDAGOGICO INSTITUCIONAL O Projeto Pedagégico Institucional (PPI) da Ufes é elemento estruturante do PDI 2021-2030, conforme estabelecido pelo Decreto n° 9.235/2017, por definir as politicas de ensino, pesquisa e extensdo, devendo ser analisado e apreciado pelo Cepe. O contetido ea formatagao do PPI podem ser modificados, fundamentando-se em alteragdes na legislagdo ¢ nas necessidades institucionais, O PPI é documento norteador de diretrizes gerais para o ensino, a pesquisa, a extenso e demais ages e servigos pedagégicos e de suporte a0 estudante desenvolvidos na instituigdo. Deve orientar a organizagao do trabalho pedagégico em seus diferentes tempos e espagos, com fins 4 qualificagdo dos processos formativos e profissionais. Enfatiza os principios do trabalho democratico, da valorizagio de todos os envolvidos no proceso educativo, da democratizacZo, do acesso e da permanéncia do estudante, bem como da inclusio social. Também destaca o compromisso com a formagio socialmente referenciada, formagio continuada de profissionais e de professores para atuar na educagdo bisica e nas diferentes Areas profissionais, e a articulago necesséria entre as licenciaturas e os bacharelados, a pesquisa e a extensio, O presente documento apresenta, assim, a partir de um processo amplo e dialégico de construgdo, as diretrizes norteadoras que deverdo subsidiar a formulagdo de agdes, projetos, priticas e servigos no ambito do ensino, da pesquisa e da extensio na Universidade Federal do Espirito Santo. 3.1 INSERCAO REGIONAL, A Ufes tem como principais mecanismos de insergdo regional: 0 ensino de graduagio e de pés-graduago (nas modalidades presencial e a distancia); a pesquisa cientifica e tecnolégica, o desenvolvimento ¢ a € a assisténcia a populagao. ova Para além dos camp localizados em Vitéria, o processo de interiorizagao presencial e a distancia da Universidade constitui-se em forte me de insergdo regional, de fundamental importincia ¢ altamente relevante para a sociedade espirito-santense, principalmente para as comunidades que sofrem influéncia direta desse processo, nismo 61 Lo A Ufes conta com outros importantes mecanismos de insergao regional, como a pesquisa cientifica, o desenvolvimento tecnolégico ¢ a inovagio, constantemente alinhados as demandas regionais e 4 extensdo universitaria, seus pilares indissocidveis. A insergo regional da Ufes na area de pesquisa e desenvolvimento tem como premissas basicas a exist cia e tecnologia, ¢ de um sistema de apoio ao desenvolvimento cientifico-tecnolégico ¢ a inovagdo, determinantes para o desenvolvimento do Espirito Santo e do Brasil icia de um sistema estruturado de ci 3.2 PRINCIPIOS FILOSOFICOS E TECNICO-METODOLOGICOS QUE ORIENTAM AS PRATICAS ACADEMICAS DA INSTITUIGAO Conforme define a Constituigdo Federal de 1988, as universidades piblicas federais gozam de autonomia didético-cientifica, administrativa e de gestio financeira ¢ patrimonial, obedecendo ao principio essencial de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensio, O exercicio da autonomia didatico-cientifica prevista na Carta Constitucional permite & Universidade Federal do Espirito Santo considerar com absoluta prioridade © principio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa ¢ extensio na planificagao e realizagdo de suas atividades-fim. Assim, so estabelecidas abaixo diretrizes, entendidas como linhas gerais que sustentardo essas atividades, incluindo também a assi estudantil, como politica que transversaliza 0 compromisso ¢ 0 esforgo por democratizagio do acesso ¢ da permanéncia no ensino superior, por acessibilidade e incluso de grupos e populagdes (indigenas, quilombolas, negros/as, mulheres, LGBTQIA+, pessoas com deficiéneia e populagdo do campo) que, historicamente, estiveram excluidos dos processos educativos desenvolvidos/realizados pelas universidades piblicas e gratuitas. Destaca-se também o compromisso com a valorizagdo dos saberes populares e tradicionais, a ser estabelecido em constante movimento dialagico com a comunidade académica e a sociedade. 3.2.1 Ensino © ensino superior brasileiro tem sido objeto de estudo ¢ de intensas discussdes por parte da comunidade universitiria e académica e pela comunidade civil organizada com relagdo & democratizagao, 4 internacionalizagio e 4 qualidade, bem como as incidéncias das reflexdes politicas ¢ epistemolégicas das diferentes areas de conhecimento sobre o cotidiano das universidades, sobre o curriculo e sobre as priticas de ensinar e aprender na graduagdo e na pés-graduagdo (CUNHA, 2016). Esses estudos indicam, cada vez mais, a necessidade de construgio de projetos pedagégicos — particularmente os curriculos de formagao profissional dos cursos de graduagdo e de pos-graduacao, as praticas pedagégicas ¢ as politicas de ensino ~ numa perspectiva social ¢ emancipatéria, comprometida com a equidade social ¢ com uma formagdo profissional humanizada ¢ transformadora, pluriétnica, socialmente referenciada, nao 2 Lo reprodutora das discriminagdes de género e diversidade sexual, antirracista e inclusiva, capaz de desenvolver nos estudantes a capacidade de pensar ¢ problematizar criticamente a realidade. Nesse sentido, o projeto pedagégico da Ufes, tinica universidade piblica do Espirito Santo, preconiza o ensino de graduagio e de pés-graduagao como expresso de proceso ¢ mediagZo, assumindo 0 compromisso de romper com o saber-fazer meramente técnico, instrumental. Nessa perspectiva, a instituigdo busca cumprir sua responsabilidade social, de promover uma educago superior para a cidadania e de formar profissionais que sejam conscientes das suas diversas e diferentes responsabilidades sociais e profissionais. Em sintese, a Ufes prima pelos seguintes principios para o ensino de graduaco e de pés-graduaco: ‘* Formago com responsabilidade social e profissional; ‘© Formagdo para uma cidadania auténoma ¢ critica dos sujeitos, articulada & sociedade; ‘+ Ensino com construgao ¢ sistematizagao de saberes proprios; \démicas, ar * Ensino pautado no interedmbio entre as dreas a s disciplinares e modalidades de ensino-aprendizagem; ‘© Ensino e aprendizagem critica dos saberes das éreas; ‘© Ensino voltado para a perspectiva inclusiva, garantindo o pleno direito da pessoa com deficiéncia de realizar seu percurso formativo; ‘© Ensino como ferramenta de transformagao social e de enfrentamento das desigualdades e dos processos discriminatérios; ‘© Ensino com valorizagdo das diversidades socioculturais e com curriculo e produgdo de conhecimento ndo epistemicidas; ‘* Ensino que oportunize o intercdmbio entre o conhecimento cientifico ¢ os saberes dos povos tradicionais; ‘* Ensino articulado a pesquisa ¢ a extensiio como possibilidade real de aprendizagem; * Ensino que estimule aprendizagens significativas ¢ atitudes para criar, transformar e superar os desafios educacionais/profissionais contemporaneos; * Formago com e para o respeito 4 diversidade e a pluralidade étnico-racial, de género e de sexualidades, e linguistica; ‘© Ensino que se mantenha atualizado ¢ que considere aspectos de inovacdo e desenvolvimento tecnolégico Em dialogo com as demandas histéricas dos diversos grupos sociais, tais como os povos indigenas ¢ a populagdo do campo, trazer a concepgio das licenciaturas intercultural indigena e em Educago do Campo, como boas priticas institucionais a serem fortalecidas ampliadas. 3.2.2 Pesquisa A pesquisa é uma das atividades fundamentais da Universidade e proporciona a produgao de conhecimentos cientificos, tecnoldgicos, educacionais, culturais ¢ sociais, a partir do didlogo com os variados saberes ¢ conhecimentos produzidos na sociedade, particularmente os saberes indigenas ¢ tradicionais. ‘Nos iltimos anos, a Ufes ampliou de forma significativa o mimero de programas de pés-graduacio, 0 que tem proporcionado um crescimento da pesquisa nas areas das ciGncias da natureza, da saiide, das ciéneias humanas, das cigncias exatas, das cigncias juridicas ¢ econdmicas, das artes ¢ das tecnologias. Esse crescimento, tendo em vista o cariter piiblico da Universidade, requer a afirmagao de diretrizes gerais para a pesquisa: Autonomia na pesquisa; Integragdo com a sociedade para produgao e socializagdo dos conhecimentos; Constante renovago dos programas de formagio, de modo a proporcionar um didlogo continuo com problemas atuais; Internacionalizagdo da pesquisa a partir da integragio de agdes com outros paises e, em especial, com paises da América Latina e paises falantes da lingua portuguesa; Regionalizagdo da pesquisa, buscando solugdes para o desenvolvimento local, regional nacional; Integragdo com o ensino de graduagio e com a educaciio basica; Reafirmagao de principios éticos na produgao ¢ na divulgagdo dos conhecimentos cientificos Pluralismos de ideias e concepgdes metodoldgicas; Adogio de indicadores avaliativos socialmente referenciados; ‘+ Adogao de politicas afirmativas que fomentem a equidade para o acesso a pés-graduagao; ¢ * Incentive 4 produgdo de conhecimentos nas temiticas étnico-raciais, de género, de sexualidades, de pessoas com deficiéncia ¢ de comunidades indigenas e quilombolas, compartilhando saberes diversos. 2.3 Extensio A extensio & uma atividade académica identificada com os fins da Universidade, desenvolvendo processos educativos, artisticos, culturais ¢ cientificos articulados com o ensino e a pesquisa. Tem como propésito contribuir com a promogao da interagdo intema a Universidade e desta com a sociedade, favorecendo o surgimento de respostas inovadoras aos desafios locais, regionais ¢ nacionais, promovendo didlogos entre saberes académicos e saberes tradicionais. As atividades de extensio deverdo atender as diretrizes de natureza académica, ter relevancia social, cultivar relagdes multilaterais ¢ contribuir na formagao dos estudantes. Sao diretrizes da extensio: «© Indissociabilidade entre extensio, ensino e pesquisa; ‘© Interdisciplinaridade e transdisciplinaridade; + Formagio integral do estudante, articulando os aspectos técnico-cientificos com os aspectos pessoais e sociais; * Democratizagaio do acesso ao conhecimento, contribuindo para a incluso de grupos sociais vulnerabilizados; ‘* Relagio dialégica com a sociedade na interagdo do conhecimento ¢ da experiéncia acumulados na academia com o saber popular, em estreita articulago com organizagdes sociais; * Valorizagio de espagos dialogicos e de convivencia entre saberes diversos; * Previsio e valorizagio de atividades de extensio nos Projetos Pedagégicos dos Cursos (PPCs); ‘© Parcerias com organizagdes da sociedade civil; © Adogao de politica de ages afirmativas para inclusdo de estudantes pobres, negros, indigenas, LGBTQIA‘ e quilombolas em programas de extensiio, dialogando com o critério de renda socioeconér ica; Fomento de projetos e programas de extensio que oportunizem o fortalecimento da diversidade étnico-racial, da diversidade de género de sexualidades, ¢ das comunidades indigenas ¢ quilombolas, bem como a inclusdo das pessoas com deficiéneia; ¢ Promogio de didlogos entre saberes académicos e saberes tradicionais e, ao faz saberes dos mestres tradicionais e populares. -los, envidar esforgos no sentido de reconhecimento dos 3.2.4 Assisténcia A assisténcia estudantil é uma politica que visa dar respostas as expresses da questdo social no ambiente universitdrio, via 0 atendimento aos estudantes pobres e outras parcelas excluidas da sociedade, que historicamente foram alijados do acesso & universidade publica brasileira. As ages de assisténcia estudantil que objetivem viabilizar a permanéncia dessa parcela da populagdo na Universidade necessitam centrar esforgos numa perspectiva de assisténcia estudantil ampliada e que contemple as mais diversas questdes que impactam a permanéncia estudantil. Para tal, destacamos os seguintes prineipios: Compromisso com o fortalecimento e cumprimento da politica de assisténcia estudantil que atenda as reais necessidades de permanéncia dos estudantes; ‘Compromisso com a eliminago de todas as formas de preconceito e discriminago de qualquer natureza em todas as instincias da Universidade; Fortalecimento da politica em todos os seus principios e diretrizes, bem como garantia orgamentdria para sua ampliagdo e qualificagao permanente; Defesa permanente de um projeto de universidade democratico, laico, piblico ¢ socialmente referenciado; ¢ ‘Compromisso com o coletivo, a pluralidade, a acessibilidade, as ages afirmativas ¢ a democratizagio do acesso ¢ da permanéncia estudantil 66 3.2.5 Ages afirmativas e diversidade Transversalizando as dimensdes do ensino, da pesquisa ¢ da extensio, ¢ a politica de assisténcia estudantil, aparece a diretriz. de contribuir com o enfrentamento as barreiras materiais ¢ simbélicas que impactam 0 acesso ¢ a permanéncia de sujeitos indigenas, negros ¢ negras, mulheres, quilombolas, pessoas com deficiéneia, povos do campo ¢ populagdo LGBTQIA+, ¢ contribuir com o fortalecimento das ages afirmativas como principio norteador das praticas na Universidade, Nesse sentido, foi realizada a I Conferéncia de Agdes Afirmativas da Ufes em 2018, da qual resultou um relatério e uma agenda de apontamentos € propostas no sentido de fortalecimentos das ages afirmativas por meio e no Ambito das politicas de ensino, pesquisa, extenso, permanéncia, curriculo e produgao de conhecimento na Ufes. POLITICAS DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSAO, ACESSIBILIDADE E ACOES AFIRMATIVAS, E ASSISTENCIA A Ufes compreende que, no Projeto Pedagégico Institucional, é necessirio apresentar os principios e eixos organizadores das politicas académicas, com fins de explicitar o manancial da inspiragdo das ages institucionais, das atividades pedagégicas e das priticas de formagao diversas que os docentes, estudantes e técnicos-administrativos, intencionalmente, produzem e desenvolvem. Pensar e planejar principios filoséficos e politicas institucionais para os pilares-chave da instituigdo — ensino, pesquisa, extensdo e assisténcia — impe uma dificil tarefa de enfrentar 0 desafio de estabelecer as articulagées intrinsecas © necessérias ao desenvolvimento das pritieas universitérias, seja na graduagdo, seja na pos-graduagao. 3.3.1 Politica de Ensino As modalidades de ensino da U! , estdio voltadas ministradas na forma de cursos ou programas de gradua para a busca, a producio, a socializagao e a democratizagao do acesso ao conhecimento. , de pos-graduagao e de exten: A instituigo oferece 101 cursos de graduagdo em todas as Areas do conhecimento, nas habilitagdes de bacharelado e de licenciatura, nas modalidades presencial e a distincia, Oferece cursos de pés-graduagao, também em diferentes areas do conhecimento, em nivel de lato sensu, nos formatos de cursos de especializagio e de aperfeigoamento, ¢ em nivel de stricto sensu, mestrado académico e profissional e doutorado acad Os cursos de extensio universitaria constituem-se em ago pedagégica, de cariter teérico e/ou pratico, planejada e organizada de modo sistematico, podendo desenvolver- se em nivel universitario ou nao, nico. 0 Lo A Politica de Ensino & concebida e desenvolvida na sinergia entre o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensio ¢ as pro-reitorias de Graduagao, de Pesquisa e Pés-graduagio ¢ de Extensdo. Nesse sentido, sdo indicados seus eixos organizadores a seguir: 1 IL. UL. WV. Vi. VILL VIL Ix, XI. XII. Promogdo de educagio superior para a cidadania ¢ a formacdo de profissionais conscientes das suas responsabilidades sociais ¢ profissionais; Promogao de insergdo de contetidos curriculares que contemplem a diversidade étnico-racial, de género, de sexualidades ¢ de acessibilidade; Promogio de insergdo de referenciais tedricos que ampliem a matriz epistemoldgica do conhecimento académico e cientifico; na perspectiva étnico-racial, de género, de sexualidades ¢ de acessibilidade; Investimento na democratizagdo do acesso ¢ da permanéncia dos estudantes com sucesso, por meio de agdes humanizadas de ensino- aprendizagem, de acolhimento aos alunos durante 0 desenvolvimento do curso ¢ de acompanhamento da inserg4o no mundo do trabalho; Investimento na valorizagdo e na melhoria da qualificagdo do trabalho docente ¢ de demais profissionais que atuam na infraestrutura ena gestdo dos cursos, especialmente, de graduago; Investimento nas infraestruturas que impactam as condigdes de ensino, estudo e convivéncia na Universidade no que tange as agdes de acessibilidade e agées afirmativas; Difusio do conhecimento produzido por meio da oferta de cursos de extensdo as comunidades interna e extema, com o propésito de divulgagdo ¢ criagdo de conhecimento, atendendo a necessidades de iniciagdo, de atualizagao ou de aperfeigoamento cientifico e téenico; Promogao da incluso das pessoas com respeito as diferengas, as diversidades e as singularidades dos sujeitos universitérios matriculados nos diversos cursos presenciais ¢ a distancia de graduagdo, de pos-graduagio ¢ de extensio, ¢ daqueles que trabalham na Universidade; basica, por meio dos seus 19 cursos de licenciaturas, bem como com Formagio inicial e continuada de professores para atuar na edu a articulagdo desses cursos com a pesquisa, a extenso ¢ a pos-graduagdo; Promogio de insergo de referenciais teéricos que ampliem a matriz epistemolégica do conhecimento académico ¢ cientifico; na perspectiva étnico-racial, de género, de sexualidades e de acessibilidade. Promogao de insergdo de contetidos curriculares atualizados que contemplem aspectos de inovagdo e de desenvolvimento tecnolégico Construgdo de didlogos e aproximagGes entre os saberes académicos ¢ os saberes tradicionais. 68 Lo 3.3.2 Politica de Pesquisa Entende-se como atividades de pesquisa os esforgos de ampliagdo do saber vigente ea busca da inovagdo técnica e artistica, que geram novos conhecimentos ¢ promovem a educagdo universitaria. A pesquisa na universidade tem como objetivo primario a produgao de conhecimentos, que proporcione o desenvolvimento cientifico, tecnolégico, artistico ¢ cultural local, nacional e internacional. Tal objetivo esta fortemente ligado & formagio de profissionais de alto nivel. Nesse contexto, as atividades de pesquisa atuam como articulagdo entre ensino de graduagdo e de pés-graduagio, estimulando 0 desenvolvimento do pensar cientificamente e da criatividade, decorrentes das condigdes criadas pelo confront direto com as metodologias e os problemas de pesquisa, em todos os niveis da formagdo universitiria, A Pré-Reitoria de Pesquisa ¢ Pés-Graduagdo responde pela gestio da Politica de Pesquisa no ambito da Universidade Federal do Espirito Santo ¢ ‘Amara de Pesquisa um importante aliado no assessoramento quanto & definigao e a implementagao de politicas. tem em sua Nessa diregdo, a Politica de Pesquisa na Ufes compreende os seguintes eixos: 1. _Investigagdo de questdes ou problemas rnicos, cientificos ¢ culturais na busca de respostas inovadoras; IL. Divulgagao das investigagdes, das inovagdes culturais e técnicas por meio de publicagdes, encontros, congressos ¢ outros; III. _Educago de futuros investigadores por meio da iniciagdo cientifica e sua formago mais avangada nos programas de pos-graduagdo; IV. Estabelecimento de convénios, termos de coope cientifico, tecnolégico e artistico; io, contratos ¢ outros instrumentos juridicos ¢ associagdes, visando ao avango V. Desenvolvimento de infraestrutura de apoio as atividades de pesquisa; VI. Fomento de pesquisas que contribuam para o enfrentamento as desigualdades sociais, aos processos de exclusio e discriminagdo, e que fortalegam as agdes afirmativas como principio norteador da sociedade; € VII. Defesa e fomento do fortalecimento da pesquisa na Universidade como politica publica de produgao de conhecimento. VIII. Reconhecimento da importancia da presenga indigena nas agdes de pesquisa, envidando esforgos para garantir sua permanéncia em projetos de pesquisa, bem como da valoriza io dos saberes tradicionais. 69 3.3.3 Politica de Extensiio A extensio constitui em interagdo sistematizada da Universidade com a sociedade e visa 4 socializagdo e ao desenvolvimento da produgio de conhecimentos ¢ tecnologias, contribuindo para o desenvolvimento social, cultural, cientifico e econédmico do estado. A Politica de Extensio da Ufes, conforme preconiza a Constituigdo Federal de 1988, em seu artigo 207, considera a extenso como um dos elementos constitutivos do tripé sobre o qual se fumdam as atividades académicas. Na Ufes, a extensio se organiza a partir dos seguintes eixos: 1. Variagdo dos meios de realizagdo das atividades de extensdo, com a possibilidade de as ages de extenstio serem organizadas sob as formas de programas, projetos, cursos, eventos, prestagdo de servigos e publicagdes originadas em producdo académica; TI, Promogao da interagao dialégica da Universidade consigo mesma e com outros setores da sociedade, favorecendo o surgimento de respostas inovadoras aos desafios locais, regionais ¢ nacionais; III, Democratizagdo do conhecimento ¢ da oferta de extensio com a possibilidade de que docentes, discentes, servidores técnico- administrativos em educagdo e colaboradores externos possam propor agdes de extensio; IV. Valorizagdo de docentes ¢ técnicos-administrativos em Educagio da instituigdo, possibilitando-lhes coordenar ages extensionistas; ¢ V. Desenvolvimento de infraestrutura de apoio as ages de extensio, VI. Promogao de didlogos entre saberes académicos e saberes tradicionais e, a0 fazé-los, envidar esforgos no sentido de reconhecimento dos saberes dos mestres tradicionais e populares. 3.3.4 Politica de Acessibilidade e Ages Afirmativas A efetivagio da Politica de Acessibilidade e Agdes Afirmativas na Universidade Federal do Espirito Santo nao depende apenas de direitos garantidos em legislagdes. Depende, sim, da quebra de paradigmas e preconceitos nos diferentes espagos académicos e/ou sociais. Isso porque so reas que requerem compromisso ¢ envolvimento de todos da nossa instituigao. io da Politica de Acessibilidade e Agdes A firmativas nio esti restrita ao nivel tético e/ou operacional, mas vel estratégico, o que ficou destacado nos desafios institucionais propostos para o Plano de Portanto, a implantagao e a implementa compreende também, de modo essencial, 0 Desenvolvimento Institucional 2021-2030, 70 A incluso no ensino superior pressupde uma nova forma de conceber a educaco, oportunizando a igualdade e atendendo as diversidades. Desse modo, implica incorporar agdes de acessibilidade, incluso e diversidade nfo s6 em relagio a estudantes, como também na formagio de profissionais na perspectiva inclusiva. Assim posto, torna-se relevante afirmar que o compromisso com as ages afirmativas e com a acessibilidade, de modo a qualificar a permanéncia estudantil, apresenta-se como perspectiva de trabalho que precisa transversalizar os diferentes setores € dimensdes de atuagdo da/na Universidade. As legislagdes esto postas, cabe a todos nés, comunidade académica interna, efetivé-las e, assim, ja alcangada em sua plenitude, contribuir para que nossa missio s 3.3.5 Politica de Assisténcia O desenvolvimento da Politica de Assisténcia Estudantil, em uma perspectiva mais ampla, requera diversificagio das agées para além das previsses do Plano Nacional de Assisténcia Estudantil, compreendendo-o enquanto parte, mas nao se limitando a ele. Faz-se das agdes da Proaeci nos diversos espagos da Universidade que impactam a vida estudantil Dessa feita, toma-se fundamental uma articulagdo transversal das ages da Pr6-Reitoria para além das ja realizadas (execugo dos auxilios moradia, material, transporte, alimentagdo, atendimento social e psicolégico, bem como apoio académico). Apresentamese enquanto desafios a qualificagao © a ampliagdo das ages ja re atividades pedagogicas e de extensdo e pesquisa -, todas em alinhamento com as demandas de ages afirmativas e de acessibilidade. iizadas — assim como o desenvolvimento dos trabalhos no ambito dos auxilios creche e moradia estudantil, das 3.3.5 Politica de Acompanhamento de Egressos E considerado egresso “todo discente que tenha frequentado um curso em instituigdo de ensino superior, tendo ou nio concluido seus estudos” (Inep. 2017). No entanto, é imprescindivel avaliar os egressos exitosos, para acompanhar sua jornada e suas contribuigdes para a sociedade. O acompanhamento de egressos € exigido pelos drgios de controle e avaliago como INEP e CAPES. Os eixos para a politica de acompanhamento de egressos no Ambito da Ufes so: 1. Garantir mecanismos de acompanhamento de egressos que permita a atualizagdo sistemética, integrada em todos os niveis de ensino institucionalizada de informagées e estudos comparativos a respeito da formacao recebida, continuidade da vida académica e/ou da insergao profissional; I. _ Estimular ages de melhorias aos cursos da Ufes relacionadas as demandas da sociedade ¢ do mundo do trabalho; IIL. Desenvolver mecanismos para ampliar o relacionamento entre a Universidade e seus egressos por meio de servigos, beneficios, vantagens © oportunidades; IV. Promover a cultura de acompanhamento integrado de egressos. 3.4 POLITICAS DE GESTAO: DO EN: JISA, DA EXTENSAO E DA ASSISTENCIA INO, DA PESQI Na histéria da politica educacional brasileira, destaca-se a luta pela construgdo de condigdes pedagégicas, infraestruturais e normativas que valorizem a gestio democritica da educagdo em seus varios niveis ¢ etapas, ou seja, desde a educagao infantil até o ensino superior. Assim, a participago, a transparéncia, a desconcentragdo ¢ a descentralizagao sdo principios inscritos na Lei n° 9394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educagdo Nacional — LDB). Em seus artigos de 12 a 14, encontram-se alguns contomnos da gestiio democritica, que passam pela autonomia de compor o projeto pedagégico ¢ de ensinar/aprender. No ensino superior, em especial, essa natureza se amplia com a responsabilidade de formagao profissional que the & peculiar. Esse ensinar ¢ aprender, no projeto pedagégico da Utes, ganha contornos especificos com fins & orientagdo para a construgdo de um processo complexo de aprendizagens significativas, via ensino, pesquisa e extensdo, que deem conta de formar cidaddos com comprometimento social, para transformar € enfrentar os desafios contempordneos da sociedade brasileira, por meio da atuagdo profissional Importante lembrar que a gestdio democratica, seus principios ¢ sua pritica so tdo caros & sociedade brasileira que a prépria LDB prevé, em seu artigo 56, que “As instituigdes publicas de educagdo superior obedecerdo ao principio da gestdo democritica, assegurada a existéncia de drgdos colegiados deliberativos, de que participardo os segmentos da comunidade institucional, local ¢ regional” A gestio e a organizago da Universidade, nesse modelo, estabelecem priticas de tomadas de decisio ampliadas, com participagdo de um piblico mais amplo, de interesse coletivo, que integram 0 processo formativo e reconhecem seus sujeitos — docentes, técnicos-administrativos em Educagio € discentes — corresponsiveis pelas agdes e decisdes. Nessa perspectiva, cientes das dificuldades em implementar essa gestdo, a Ufes reafirma seu interesse politico de perpetuar e consolidar essa pratica democratica na sua gestdo do ensino, da pesquisa, da extensio e da assisténcia. Em termos gerais, como explicitado no Plano de Desenvolvimento Institucional 2021-2030, a Ufes se organiza, regimentalmente, por decisées colegiadas em toda a sua estrutura, desde os conselhos superiores até os colegiados dos cursos de graduagdo e de pés-graduagdo. No que trata especificamente do PPI, as instancias diretas, responsdveis por planejar ¢ executar diretrizes politicas ¢ organizacionais para o ensino, a pesquisa, a extensio ¢ a assisténcia, so, respectivamente, as pré-reitorias de Graduagao, de Pesquisa e Pés-Graduagao, de Extensio ¢ de Assuntos Estudantis, R Le © Cidadania. Essa iiltima, recente e em construgio organizacional, criou o Forum de Assisténcia Estudantil com a finalidade de proporcionar a participagdo dos estudantes nas agdes desenvolvidas. As pré-teitorias também efetivam a légica de descentralizagao de poder e decisdo, por meio das suas cAmaras, nas quais os membros discutem e deliberam entre seus pares as matérias pautadas em reunides ordindrias e extraordinarias. Elas funcionam de modo colegiado, com representagdes de docentes, técnicos-administrativos em Educagio e discentes, conforme segue: a. Pré-Reitoria de Graduagdo: possui as cimaras locais e a Camara Central. As primeiras retinem-se ordindria e extraordinariamente, ‘com a participagao de todos os coordenadores dos cursos, ofertados pelos 11 centros de ensino da Ufes, sob a presidéncia de seus diretores ou vice-diretores, bem como as representagSes discentes. A segunda redine-se também ordindria e extraordinariamente, com representagio das coordenagdes dos cursos de graduaco, sendo trés coordenadores representantes para cada Centro com mais de 14 cursos de graduagio, dois coordenadores representantes para Centros que ofertam até sete cursos, bem como representago dos trés diretores da Prograd, sob a presidéncia do pré-reitor de Graduagdo. A regulamentagdo atualizada dessa Camara de Graduago foi aprovada pela Resolugio n° 51/2015 do Cepe. Pré-Reitoria de Pesquisa ¢ Pés-Graduagdo: possui a Cémara de Pesquisa e Pés-Graduagdo, constituida pelos seguintes membros: pro-reitor de Pesquisa e Pés-Graduag&o, como presidente; diretor de Pés-Graduagio da PRPPG; diretor de Pesquisa da PRPPG; coordenadores dos programas de pés-graduagdo stricto sensu; trés representantes dos cursos de pos-graduagao lato sensu; diretor de Inovagao Tecnoldgica; e trés representantes do corpo discente da Ufes. Os representantes mencionados sio indicados pela Camara de Pés-Graduago no inicio de cada ano letivo, dentre os coordenadores desses cursos ativos no momento da indicagdo, para exercerem mandato de um ano, Os representantes discentes sdo indicados pelo DCE, dentre os alunos regulares matriculados em curso de pés-graduagdo na Utes, para exercerem mandato de um ano. Pré-Reitoria de Extenso: possui a Camara de Extensio, como érgio deliberativo, consultivo e fiscalizador das atividades de extensZo universitéria, A Cémara, presidida pelo pré-reitor de Extenso, é composta por um coordenador de extensdo de cada Centro de Ensino, indicado pelo diretor da unidade e aprovado pelo respectivo conselho departamental para mandato de dois anos, podendo ser reconduzido por igual periodo. A Camara de Extensio tem representagdo discente na proporgao de um quinto de seus membros, indicada pelo DCE. A representagio de servidores técnico-administrativos € na proporgdo de um quinto de seus membros, indicada pelo Sintufes, Na auséncia da presidéncia, poder substituir o pré-reitor o diretor de Politica Extensionista ou o diretor de Gestdo da Extensio, Compete a Camara de Extensio: i) analisar e emitir parecer sobre as propostas de atividades de extensio, bem como sobre ‘08 seus respectivos relatorios; ii) analisar e deliberar sobre a proposta de distribuigdo dos recursos orgamentirios do Fundo de Apoio 4 Extensio; iii) selecionar os projetos a serem financiados pelo Fundo de Apoio a Extensio; iv) analisar e emitir parecer sobre questdes pertinentes 4 extensio universitéria; e v) formular as diretrizes das politicas de extensio da Ufes. d. Pré-Reitoria de Assuntos Estudantis ¢ Cidadania: no que diz respeito a democratizagao da parti nao possui uma ipagdo estudantil, a Proacci ainda imara especifica para tomada de decisio, mas, desde 2016, conta com a constituigao e o desenvolvimento do Forum de Assisténcia Estudantil, de carter permanente, com participagio paritiria de estudantes e de técnicos-administrativos ¢ gestores, para pensar e debater a Politica de Assisténcia Estudantil desenvolvida na Ufes. Atualmente, o Forum esta desenvolvendo ‘© regimento interno e, assim, poderd avangar na diregdo de se tomar cada vez mais democratico ¢ de se consolidar como espago de ‘gestdo participativa, com o objetivo de ampliar e fortalecer a participagao dos estudantes no poder decisério. €. Superintendéncia de Ensino a Distincia: a Sead insere-se no ambito da Reitoria da Ufes e sua politica de gestio democritica encontra-se instituida por meio da Portaria n° 1439-R, de 7 de dezembro de 2007, que criou o Forum Colegiado dos Coordenadores de Cursos EaD, Essa instdncia retine-se ordinariamente de 15 em 15 dias e possui o carater de analisar, decidir e propor & Reitoria ages que reconfigurem a politica de EaD ¢ dos cursos ofertados. As reunides do Férum sio presididas pelo superintendente de Ensino a Distancia e, na sua auséncia ou impedimento, pelo diretor Académico da Sead. Essa esfera é composta ainda pelas coordenagdes dos colegiados de cursos de graduago e de pés-graduagdo EaD em oferta, pelas coordenagdes titular ¢ adjunta do Programa UAB da Utes, além de representante dos servidores t ‘nico-administrativos da Sead. 3.5 ORGANIZACAO DIDATICO-PEDAGOGICA DA INSTITUICAO A Universidade Federal do Espirito Santo toma como referéneia, para sua organizagao diditico-pedagdgica, a sua miss4o, qual seja: “Garantir a formagio humana, académica e profissional com excelénci , por meio do ensino, da pesquisa e da extensio, com a produgao de avangos cientificos, tecnolégicos, educacionais, culturais, sociais e de inovagio, e a promogdo dos direitos e da incluso social”, Tendo em vista a sua relevancia no cenario educacional capixaba, por ser a Gnica universidade publica do Espirito Santo, deve buscar mecanismos para garantir igualdade de condigdes, principalmente, aos estudantes nos cursos de graduagio, por meio da adogao de politicas de inclusio, acesso € permanéncia, nas suas diversas pré-reitorias e demais unidades académicas e administrativas. Os curriculos dos cursos de graduago e de pés-graduagao devem ser organizados mediante a construgio coletiva dos seus projetos pedagégicos, respeitando as diretrizes curriculares nacionais do Conselho Nacional de Educagao ¢ os principios da flexibilidade curricular ¢ mobilidade académica, 4 Le Gradativamente, todos os cursos de graduagio e de pés-graduago deverdo incluir em seus curriculos e disciplinas o ensino das relagdes étnico- raciais, da diversidade, dos direitos humanos, dos fundamentos da lingua brasileira de sinais e da acessibilidade, contribuindo para a formagio profissional e humana, baseada no respeito e na valorizagio das diferengas de credo, étnico-raciais e de género, ¢ numa perspectiva inclusiva das pessoas com deficiéncia, ‘A Agenda Afirmativa da I Conferéncia de Agdes Afirmativas da Ufes, realizada em 2018, e sistematizada em relatorio disponivel no site da Proaeci, traz apontamentos e propostas no sentido de fortalecimentos das acdes afirmativas por meio e no 4mbito das politicas de ensino, pesquisa ¢ extensdo na Ufes. Os curriculos dos cursos de graduagao e de pés-graduagio levam em conta a liberdade constitucional de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, a arte e os saberes produzidos no seu interior e na sociedade, de modo a incentivar o pluralismo de ideias e de concepgdes pedagégicas, abrindo espaco para que os estudantes, dentre as varias possibilidades, possam fazer escolhas que os conduzam de forma segura ao mundo do trabalho, Como forma de garantir a articulagdo entre ensino e pesquisa, prinefpio pedagogico basilar da sua organizagdo didatico-pedagogica, a Universidade mantém sistema de bolsas de iniciago cientifica, mas também requer, nos projetos pedagégicos dos cursos de graduagdo, previsio de realizagao de pesquisas pelos graduandos, que os levem ao aprimoramento profissional e 4 promogdo de reflexdes sobre questdes da realidade social, econdmica, politica, cultural e cientifica local € nacional. Considerando as exigéncias avaliativas em nivel nacional e, portanto, pardimetros de qualidade estabelecidos nacionalmente, a Universidade contempla nos projetos pedagégicos dos cursos diretrizes eurriculares nacionais especificas emanadas do Ministério da Educagao. Nessa diregdo, os curriculos dos cursos de graduagdo e de pés-graduago so pensados “{...] como o conjunto de valores propicio a produgio e & socializagio de significados no espago social e que contribui para a construgdo da identidade sociocultural do educando, dos direitos e deveres do cidadio, do respeito ao bem comum e 4 democracia” (Resolugo n° 2/2015-MEC/CNEI/CP). Além disso, os curriculos dos cursos devem ser organizados mediante a construgio coletiva dos seus projetos pedagégicos, as diretrizes curriculares do Conselho Nacional de Educagdo e os principios da flexibilidade curricular ¢ da mobilidade académica. 3.6 PLANO DE ATENDIMENTO AS DIRETRIZES PEDAGOGICAS, A Administragdo Central, por meio de suas pré-reitorias, superintendéncias e secretarias, de maneira integrada e integradora, devera acompanhar © orientar os coordenadores dos cursos quanto ao trabalho pedagégico cotidiano ¢ a efetivaciio das diretrizes indicadas no Projeto Pedagégico Institucional (PPD, incluindo assessoria e acompanhamento téenico aos projetos pedagégicos. Trata-se do compromisso com enfrentamento as barreiras materiais ¢ simbélicas que impactam o acesso ¢ a permanéncia de estudantes pobres, indigenas, negros, quilombolas, mulheres, populago do campo, LGBTQIA+ e pessoas com deficiéncia. Indica-se como relevante considerar as diretrizes politicas indicadas e demais elementos fundamentais que podem garantir coeréncia curricular, tais como: buscar a flexibilidade dos componentes curriculares; estimular as atividades complementares ¢ estudos independentes, transversais ¢ opcionais, permitindo a permanente ¢ contextualizada atualizagdo profissional espeeifica; propor novas metodologias de aprendizagem; articular teoria e pritica, ensino e pesquisa, © estagio e/ou pratica profissional, obrigatério ¢ ndo obrigatério, é considerado momento de aprendizagem ¢ um componente integrante dos projetos pedagégicos dos cursos de graduagdo, de natureza articuladora entre ensino, pesquisa, extensdo e assisténcia, objetivando-se garantir a0 graduando 0 aprimoramento da aprendizagem social, profissional e cultural. O estigio e/ou pritica profissional sera administrado pela Coordenagao de Estagios da Pré-Reitoria de Graduagio ¢ pelas coordenagies de estagio vinculadas aos colegiados de curso. O estagio curricular obrigatério caracteriza-se por disciplina obrigatoria a ser cumprida pelo estudante, com carga horaria estabelecida no projeto pedagégico de cada curso, de acordo com a legislagio em vigor. Considera-se estigio ndo obrigatério a atividade complementar de natureza pritico-pedagigica a ser desenvolvida sob a supervisdo de um docente ¢ de um profissional vinculados as areas de conhecimento do curso, prevista no projeto pedagdgico do curso de graduagio em que o aluno estiver matriculado, sendo compativel com as atividades académicas do discente em complementagao ao ensino e 4 aprendizagem. O estagio obrigatério supervisionado para as licenciaturas, cursos de formagdo de professores para atuar na educagdo basica, funciona como elo entre os componentes curticulares inerentes & formago do docente do ensino bé Jo especifica, de forma a garantir a insergdo dos licenciados na realidade escolar. jico e os da forma: Reforgando seu protagonismo no que se refere aos importantes temas sociais, o PPI contempla o engajamento e a op¢io institucional com a abordagem curricular, em todos seus cursos, das temiticas: direitos humanos, relagdes étnico-raciais, incluso de pessoas com deficiéncia, diversidade, diferengas e meio ambiente. 16 4 AVALIACAO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCION 4.1 A AVALIACAO INSTITUCIONAL NA UFES Realizar 0 planejamento de uma instituicdo tio complexa como uma universidade publica é um exercicio de reflexo continua e de autonomia plena, A Ufes vem aperfeigoando esse processo a0 longo do tempo, com a adogdo de metodologias adequadas para monitoramento dos objetivos estratégicos, que, uma vez. alcangados, impulsionam o desenvolvimento institucional. Compreender como atingimos os resultados alcangados na avaliagdo institucional até aqui, mesmo diante de adversidades no percurso, poder orientar nossas agdes de curto, médio ¢ longo prazos para a proxima década, O ano de 2020, pelas circunstancias diversas causadas pela pandemia de COVID-19, caracterizou-se, sobretudo, por ser um periodo atipico. Se, em circunstincias de “normalidade”, vislumbrar o futuro jé & uma pritica desafiadora, analisar os possiveis cenétios pos pandemia em uma instituigo como a Ufes exige ainda mais empenho. A partir dessa anilise, serio definidos os objetivos estratégicos para 0 desenvolvimento ¢ a avaliagdo da Universidade no periodo de 2021 a 2030. A avaliagio institucional é um processo de pesquisa e de comunicagao que visa proporcionar uma reflexao continua e revisar permanentemente a atuagdo da instituigdo, tendo em vista o aleance de sua missdo, de seus objetivos ¢ o aprimoramento de sua qualidade. Constitui-se em ferramenta fundamental que possibilita perceber fragilidades e ven culos, promovendo, dessa forma, o crescimento da institui académica envolvida. Articulada ao planejamento, pode se constituir em uma ago efetiva que assegure o seu desenvolvimento. O grande desafio da Ufes & consolidar a cultura de avaliagdo como processo eficiente e eficaz, assegurando maior qualidade ao ensino, & pesquisa, 4 extensio, & assisténcia e a gestdo universitiria, 0s ob: o e da comunidade O primeiro Plano de Desenvolvimento Institucional da Ufes, elaborado em 2010, com vigéneia até 2014, j4 trazia premissas para a avaliagdo que perduram até hoje,a saber: “[...] desenvolver agdes que contribuam para o fortalecimento, na universidade, da cultura de avaliagio institucional; sistematizar os resultados da autoavaliago de modo que possam ser considerados no processo de planejamento e gestio institucional; formar quadros para a institucionalizagiio do processo de avaliago continuo ¢ permanente que se pretende na Ufes; oferecer 4 comunidade universitiria, subsidios para a dindmica do processo de reflexdo e transformago de seu proprio projeto académico institucional; e, consolidar a cultura de avaliagao na Ufes” (PDI 2010-2014, p. 68). Tinha como marco referencial os dispositivos contidos na Lei n° 10.861/2004, que institui até hoje 0 Sinaes, e a Resolugdo n° 14/2004 do Cepe/Ufes, que normatizava a estrutura e o funcionamento da Comissio Prépria de Avaliagio (CPA) ¢ a formagiio das Comissées Proprias de Avaliagdio dos Cursos (CPACS} O segundo PDI, vigente entre os anos de 2015 ¢ 2019, aditado para 2020 em fungdo da pandemia, trouxe uma visio mais ampliada da avaliagio institucional, defendendo, também com base na Lei do Sinaes, que “a avaliacao institucional esta relacionada: 4 melhoria da qualidade da educagdo superior; & orientagio da expansto de sua oferta; ao aumento permanente da sua eficd aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais das instituigdes de educagdo superior, por meio da valorizagdo de sua missio publica, da promocao dos valores democraticos, do respeito 4 diferenca e a diversidade, da afirmagdo da autonomia e da identidade institucional” (PDI 2015-2019, p. 68). a institucional e efetividade académica ¢ social; a0 No que tange autoavaliagdo, ha uma nova regulamentagao (Resolugdo n° 49/2016-CUn) que estabelece o Processo Permanente de Avaliagio Institucional e reestrutura a CPA, estabelecendo as disposigdes gerais para o seu funcionamento e criando as Comissdes Proprias de Avaliagio de Centro (CPACs) na Ufes (em substituigio as Comissdes Préprias de Avaliagio de Curso). Nesse sentido, constatamos que a comunidade universititia vem ressignificando o papel politico da avaliagdo, seus atores, scus instrumentos ¢ scus impactos na gestio. As CPACs sio as condutoras do proceso de autoavaliagdo em cada um dos 11 Centros de Ensino da Ufes e devem sensi cadémica para participagdo nas pesquisas realizadas pela CPA, cujos resultados so apresentados no Relatério de Autoavaliagdo Institucional (RAI) e, posteriormente, apropriados pelos Centros. trabalho das Comissées é realizado de forma integrada ao Projeto de Avaliagio Institucional e a0 PDI vigentes. ilizar a comunidade B Figura 4 — Composigao CPA/Ufes a7 DCD zp =D €zD C=D Ep Fonte: Material diditico produzido pela Seavin/Ufes. As dimensdes consideradas no processo de avaliagao institucional da Ufes foram estabelecidas pela Lei n° 10.861/2004, que instituiu o Sinaes. Assim, de acordo com os instrumentos de avaliagio do Instituto Nacional de Estudos ¢ Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep), essas dimensbes deverdo ser organizadas em cinco tépicos, correspondentes aos cinco eixos (Nota Técnica Inep/Dacs/Conae n° 65/2014), conforme relacionado a seguir. 9 Figura 5 — Avaliagao institucional: eixos e dimensdes Fonte: Material didético produzido pela Seavin/Utes. 4.1.1 Metodologia e instrumentos utilizados pela CPA. A Comissio Propria de Avaliagdo (CPA) possui autonomia de atuagao na Universidade, nos termos da legislagao vigente, Seguindo as orientagdes constantes do Projeto de Avaliagdo Institucional (PAN), a CPA propde uma metodologia de pesquisa que contemple agdes ao longo de um triénio. ‘No primeiro ano, so aplicados questionérios a todos os segmentos da comunidade universitéria (docentes, técnicos-administrativos em Educagio, estudantes de graduagao e estudantes de pés-graduagao). No segundo ano, so enviados questiondrios para os gestores de unidades administrativas eacadémicas. No terceiro ano, novamente questionarios para a comunidade universitaria. Os instrumentos sio criados por uma comisso composta por membros da CPA ¢ das CPACS, respeitando as diretrizes preconizadas nos seguintes instrumentos de avaliagdo do Inep: Instrumento de Avaliagdo Institucional Extemna Presencial e a Distancia (recredenciamento e transformago de organizagao académica) e Instrumento de Avaliagio de Cursos de Graduagao Presencial e a Distancia (reconhecimento ¢ renovacao de reconhecimento). Apresentamos a seguir 0 processo anual de trabalho da Comissio Prépria de Avaliagdo. Figura 6 — Processo anual de trabalho da CPA Comunidade gprs CPA PA Atoavaliagio Institucional ec Semintupee PROCESO DE “relamcem TRABALHO " "soar ANUALDA CPAs ani CPA \, Adm. Central Viabiliza agSes para Fonte: Material diditico produzido pela Seavin/Ufes. 81 Le ACPA atua de forma articulada a Seavin ¢ ao Procurador Educacional Institucional (PI). © PL é o responsdvel pelas informagdes da Universidade no Inep/MEC, no ambito da avaliago institucional (interna e externa) e dos demais atos regulatérios previstos na Lei do Sinaes. E ele também que exerce interlocugdo permanente com as diversas instincias da instituigiio visando sistematizar os dados referentes ao Censo da Educagao Superior, a0 cadastro e-MEC e as informagdes necessérias para a realizagao do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 4.1.2 A Secretaria de Avalia¢io Institucional (Seavin) Por influéncia do Relatério de Autoavaliagao Institucional— Ano Base 2013, a gesto universitéria compreendeu a necessidade de maior investimento na avaliagao. E assim, por meio da Resolugio n° 9-C/2014 do Conselho Univer rio, foi criada a Secretaria de Avaliacao Institucional (SAID, cuja sigla foi alterada para Seavin com a Resolugdo n° 44/2014-CUn. A Scavin, de acordo com 0 PDI 2015-2020, “é 0 drgio responsivel por coordenar ¢ articular as diversas ages de avaliagaio desenvolvidas na institui dos pressupostos de uma Avaliagdo Institucional Participativa (AIP), entendendo que a reflexdo de todos os envolvidos no processo educativo contribuird para o aprimoramento ¢ a qualificagdo das atividades e dos cursos da Utes”. [.«] tendo por objetivo precipuo trabalhar dentro A Secretaria de Avaliagao Institucional atua articulada com 0 Procurador Institueional (PI) nos processos de avaliagdo externa, além de oferecer suporte as ages do sistema formado pela CPA ¢ pelas CPACS na avaliagdo interna, Os processos de trabalho da Seavin sio apresentados a seguir. 82 Figura 7 —Processos de trabalho da Seavin AVALIAGAO INSTITUCIONAL INTERNA ‘pole & Comlssbo Prépriade AVALIAGAG INSTITUCIONAL ‘Aveliagbo (CPA) € realzagto EXTERNA ‘de Eventos sobre o tema para ’ comunidade academica Apolo & Renovagioe Reconhecimento de Curses (Gnade e Avaliag3o in locoje Recredencamento Institucional GESTAO Perticipagdo nos pracessos de Gestae da Utes que emvolvem 0 Plano de Desenvelvimanto Inatitucional (PD! e em ConissBes iauratas pela Relioris que se relacionam cam a Avaliagio. Fonte: Material diditico produzido pela Seavin/Ufes. De acordo com a legislagdo proposta pelo Sinaes ¢ coerente com a missio e o PDI vigente, foi atribuida a Seavin as fungdes de: ‘* Promover a participagdo da comunidade académica nos processos de avaliagao institucional e de cursos; ¢ + Orientar © coordenar atividades de preparagdo da Universidade para agdes internas e extemas no Ambito da avaliagdo © regulagdo institucional e de cursos, de forma articulada com Procurador Institucional. Desde 2016, a Seavin realiza anualmente o Seminario AvaliaUfes, em parceria com a CPA, para conscientizar a comunidade académica sobre a importancia do Processo de Avaliagao Institucional Participativa. Também realiza palestras para estudantes de cursos que participam do Enade e oferece cursos em ambientes virtuais de aprendizagem (AVA/Scavin) para coordenadores de cursos e alunos, com 0 objetivo de orienticlos sobre as avaliagdes externas ¢ os procedimentos relativos ao Enade. A implementagio da cultura de avaliagdo na Ufes deve observar alguns aspectos, como: * A necessidade de envolver toda a comunidade académica, de modo a garantir ampla participagdo, trazendo para discussio a realidade do 83 + Permitir um planejamento institucional, com ages voltadas para a melhoria continua da sua qualidade académica. Nesse sentido, a avaliagdo deve ser um processo sistematizado, permanente, continuo ¢ integrador por envolver miiltiplas ¢ complexas tarefas, constituindo-se como instrumento da melhoria da qualidade institucional em todos os seus aspectos, em consonancia com as diretrizes estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional. Desse modo, a integragdo das ages do planejamento com a avaliagdo (externa e interna) permitira verificar a efetivago dos indicadores de qualidade da educagdo superior nos trés segmentos: ensino, pesquisa e extensio da Ufes. 4.2 0 ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL NA UFES Promover a avaliagZo institucional foi uma estratégia listada na drea de Gesto no Mapa Estratégico do PDI 2015-2020. 0 referido Plano estava alinhado ao Plano Nacional de Educagdo (PNE, instituido pela Lei n° 13.005/2015), especialmente Meta n? 13, que inclui “elevar a qualidade da educago superior”. Um dos indicadores do Sinaes utilizados para monitorar a qualidade da avaliago institucional é o indice Geral de Cursos (IGC), calculado a partir dos insumos das avaliagdes de cursos de graduagio e de pés-graduagio, do Enade e da titulagZo de nosso corpo docente. Desde 2012, a Ufes tem alcangado resultados positivos. Em 2018, o crescimento deste indice foi superior a 12% (Inep/MEC), se comparado ao ano de 2014, quando foi criada Secretaria de Avaliagdo Institucional, Esse crescimento deve-se, principalmente, 4 melhoria do desempenho dos estudantes nas provas do Enade es intervengdes realizadas no corpo discente por colegiados de curso, diregdes de Centro e pela propria Seavin. 84 Grafico 9 — Evolugdo IGC 2012-2018 3.600 3500 a 3.400 3300 3200 / 3.100 = 3.000 2,900 211 2012-2013. «2014-2015. 2016-2017 018-2019. Fonte: Inep. Disponivel em: hitp://portal.inep.gov.bri £ importante ressaltar que a mensurago do IGC se refere ao titimo triénio e, dentre os critérios para a graduagdo, o indicador utiliza o Conceito Preliminar de Cursos (CPC) no ano de célculo e nos dois anos anteriores. Também considera a qualificago do corpo docente, as instalagdes fisicas, 08 projetos pedagégicos de cursos ¢ o desempenho dos estudantes no Enade. Dentre os critérios para avaliar a pos-graduagao, esto os conceitos que a Capes atribui aos cursos de mestrado e de doutorado e o ntimero de matriculas de alunos nesses cursos, que, nia Ufes, aumentou cerea de 25% desde 2015. Considera, ainda, a distribuigdo dos estudantes entre os cursos de graduagdo, de mestrado e de doutorado. Além desses indicadores, a Administrago Central tem acompanhado, por meio das instncias de avaliago institucional e intermacionalizat desempenho da Ufes em rankings nacionais e internacionais. No Ranking Universitério Folha de Sdo Paulo (RUF), por exemplo, que mede a qualidade das universidades em aspectos como ensino, pesquisa, inovagao e atuagdo no mercado, a Ufes esté classificada entre as 30 melhores do pais desde 2015, tendo aleangado a 27* colocagdo em 2019, com destaque no indicador “Inovagdo”, em que ficou classificada na 12* posigdo entre as 197 universidades participantes (RUF, 2019) Quanto aos rankings internacionais, a Ufes passou a integrar a lista do Times Higher Education (THE) em 2019. No ano de 2020, a Universidade ficou entre a 401* e a 500* colocagao, juntamente com outras 14 instituigdes brasileiras (46 universidades brasileiras foram classificadas no ranking). Trata-se de um dos principais rankings universitérios do mundo, que utiliza critérios de ensino, pesquisa, citagSes, visio internacional ¢ transferéncia de conhecimento como indicadores de desempenho das universidades. No ano de 2020, a Ufes manteve sua posigio no ranking THE, com uma melhora significativa nas citagdes, o que indica que as pesquisas feitas na Universidade alcangaram maior visibilidade pela comunidade cientifica internacional. Também em 2020, a Ufes foi incluida no THE Golden Age, que avalia instituigées fundadas entre 1950 e 1967, nos indicadores em ensino, pesquisa e citagdes académicas (TIE, 2019). Outro ranking temético do THE é o das Universidades de Nagdes de Economias Emergentes, que utiliza critérios como ensino, pesquisa, citagdes, intemacionalizagdo ¢ transferéncia de conhecimento pata a industria, Neste tiltimo indicador, a Ufes ficou no 20° Tugar entre as brasileiras. Ainda no ambito do THE, obteve terceiro lugar entre as universidades brasileiras no Ranking de Impacto para os Objetivos do Desenvolvimento ustentavel (ODS) da Organizago das Nagdes Unidas (ONU). Cabe destacar aqui que a gestio da avaliagdo institucional intema e extema, orientada por indicadores de desempenho, tem se consolidado na Utes Essa perspectiva reconhece, no monitoramento das informagGes geradas, o estado real da Universidade, acompanha o desempenho e faz proposigdes valorativas que induzirdo 4 methoria da qualidade da gestdo universitiria, As ages de acompanhamento do desempenho institucional em avaliag extemas e rankings so realizadas de forma articulada pelos setores de avaliagdo, intemacionalizagdo e planejamento e desenvolvimento institucional, demonstrando a integragdo dessas reas na busca de melhor desempenho da Universidade no cenério nacional e intemacional s O alcance da exceléncia na oferta de ensino, pesquisa e extensdo é um compromisso da instituigdo para a proxima década e exige, portanto, 0 monitoramento qualificado do desempenho por meio de indicadores ¢ atributos (formula de célculo, periodicidade de medigao, linha de base ¢ metas). Além dos indicadores do Sinaes, que avaliam a instituigo e seus cursos conforme seu Projeto Pedagégico Institucional, a Ufes utilizard outros grupos de indicadores para avaliagdo do desempenho por ela alcangado. 86 4.2.1 Estratégias de apropriacio e utilizacdo dos resultados das avaliacdes externas A Ufes obteve, em 2010, seu recredenciamento institucional da modalidade presencial com o conceito institucional 4, que é vilido por, no maximo, dez anos. Para cumprir todas as exigéncias legais ¢ avaliativas na proxima avaliagdo, prevista para ocorrer a partir de 2021, a universidade preparou um plano de trabalho para coleta das informagdes, 0 qual envolve todas as unidades administrativas e académicas. E importante ressaltar que a Ufes, ciente das fragilidades apontadas no iiltimo Relatorio de Avaliago para o Recredenciamento Institucional presencial, tem investido esforgos para sané-las e, concomitantemente, fortalecer suas potencialidades. Nesse sentido, alguns exemplos de agdes realizadas foram: + Na rea de politicas de atendimento aos estudantes, a Ufes, por meio da Comissio de Acessibilidade, criou 0 Plano de Agdo de Acessibilidade, de curto, médio e longo prazos, com agdes concluidas ¢ outras em andamento, O Plano inclui ages para acessibilidade arquitet6nica, instrumental, atitudinal, metodolégica, programatica, nos transportes, na comunicagdo ¢ digital, que so constantemente monitoradas quanto ao cumprimento pelas unidades responsaveis; + Nadrea de planejamento ¢ desenvolvimento, foi implementada a Politica de Governanga da Utes (Portaria n° 1071/2017), com a criagdo de setor de Governanga para monitorar 0 cumprimento das metas de desempenho estabelecidas, construindo os indicadores pertinentes; ‘© No decorrer da década de 2010 a 2019, a Ufes investiu fortemente em capacitagdo do corpo docente, com ages de formagio pedagégica e concessio de afastamentos para doutorado e pés-doutorado. Em 2015, 71,8% dos docentes da Ufes eram doutores. Em 2019, esse indice aumentou para 85,8%, cerca de 20% a mais, A Universidade incrementou também as capacitagdes do corpo téenico, com 2.110 ages realizadas em 2019, um aumento de 70% em relagdo a 2015, quando foram realizadas 1.135 capacitagdes. Essa evolugdo poder impactar positivamente o préximo proceso de avaliacdo institucional; e * A rea de avaliagio institucional foi consolidada, com a criagdo da Seavin, articulada aos Centros de Ensino, tomando-se estratégica para os processos preparatérios da Ufes para avaliagdes externas. As agdes de sensibilizagdo dos estudantes aliada as ages de capacitagdo ¢ suporte aos coordenadores de cursos para o Enade impactaram positivamente os resultados obtidos. Com isso, a imagem institucional & fortalecida, tornando a Ufes conhecida por oferecer ensino piblico de qualidade. Por fim, houve uma evolugo nos conceitos atribuidos pelos avaliadores extemos designados pelo Inep aos cursos de graduagao, sugerindo que a Ufes esté se apropriando dos resultados da avaliagio externa, utilizando-os como ferramenta de gestdo universitaria, A partir de agdes implementadas pela Seavin ¢ pela Prograd, em 2015, pela primeira vez desde o inicio da aplicago do Enade, a Ufes aleangou em todos os seus cursos de graduagdo CPC maior ou igual a 3. Dentre essas agdes, est a realizagio de semindrios para estudantes visando & sensibilizagdo sobre o Enade e 0 oferecimento de cursos ¢ orientagdes aos coordenadores de cursos, de forma presencial e virtual. A instituigdo passou a pautar 0 processo 87 Lo de planejamento e execugdo de agdes de methoria de seus cursos de graduaco a partir dos resultados das avaliagdes in loco, que demonstram as potencialidades e fragilidades em casa, um dos eixos avaliativos do Inep/MEC, 4.2.2 Estratégias de apropriacio e utilizacao dos resultados das avaliagdes internas Na vigéncia do tltimo PDI, a CPA produziu os Relatérios de Autoavaliagao Institucional (RAIs) de 2016, 2017, 2018 e 2019, que, além das informagdes disponiveis nos sistemas de gestdo universitéria ¢ das providas pelos drgdos intemos, contém pesquisa de opinido da comunidade universitiria € da gestéo sobre os principais ambientes universitérios, além de um plano de ages para sanar as fragilidades apontadas pelos instrumentos de avaliagao. O RAT ano-base 2016 teve como objetivo analisar as fragilidades apontadas nos diversos processos de avaliagdo externa e interna que ocorreram. na Utes, bem como apontar as agdes que foram executadas ¢ planejadas para corrigi-las. Além do levantamento das fragilidades ¢ das agdes realizadas, as diversas insténcias gestoras da Universidade s de curso como nas diregdes dos Centros de Ensino e demais unidades organizacionais que compdem a estrutura da Administragdo Central da instituigdo — indicaram também as possiveis propostas de agdes corretivas a serem desenvolvidas: tanto no ambito dos colegiados/coordena: ORAL ano-base 2017 trouxe uma discussio do contefido relativo aos trés relatérios parciais anteriores, explicitando uma andlise global em relagdo a0 PDI ¢ a todos os eixos do instrumento de avaliagao, de acordo com as atividades académicas e de gestdo. Além disso, apresentou um plano de agdes de melhorias. A CPA tomou como referéncia os Relatérios de Autoavaliagao Institucional dos trés anos anteriores e correlacionou com os relatérios de avaliagdo externa dos cursos de graduagdo, Em 2018, foi elaborado pela CPA o Plano de Ages Estratégicas, parte integrante do RAT de 2017, contemplando as seguintes agdes: reestruturago do parque de laboratérios, dos projetos pedagdgicos dos cursos de graduagdo ¢ dos campos de estigio; Plano de Agdo da Acessibilidade; Plano de Capacitagio sobre as exigéncias do Sinaes; Plano de Integragio da Graduagdo com a Pos-Graduacao; Politica de Sustentabilidade Ambiental e Politica de Seguranga. © RAT ano-base 2018 evidenciou os dados de pesquisa realizada com a comunidade universitaria da Ufes (docentes, técnicos-administrativos em Educagdo, estudantes de graduagio presencial e de pés-graduagdo). J4 no RAI ano-base 2019, foram apresentados os dados de pesquisa realizada com os gestores da Ufes (Reitoria, pré-reitorias, secretarias, superintendéncias, Biblioteca, Prefeitura, diregSes de Centro de Ensino, coordenagdes de cursos de graduagao e de pés-graduagio). As devolutivas desses relatérios foram trabalhadas pelas CPACs com a comunidade académica. A meta-avaliacio € a illtima etapa que completa 0 ciclo de um processo avaliativo, Caracteriza-se por trazer reflexdes sobre as proposigdes de avaliagio da CPA ¢ se os objetivos propostos foram alcangados. Portanto, ¢ de fundamental importincia analisar se o resultado da avaliagdo foi 88 Le apropriado pela comunidade e de que maneira. Sendo assim, devemos nos conscientizar que a avaliagio/autoavaliagdo tensiona e impulsiona a Ufes na superagiio de modelos burocraticos do passado, de modo a incorporar ferramentas gerenciais que permitam ao servigo pablico atuar pautado em noges de planejamento, qualidade e responsabilidade, dentre outras. No Brasil, temos vivenciado crises econémicas e politicas, além da critica situagdo de satide piblica causada pela pandemia. E é nesse cendrio que se constitui o Plano de Desenvolvimento Institucional 2021-2030, em que se faz necessério intensificar ages assertivas nas dreas estratégicas, ajustando os modelos de gestio. Estamos nos preparando para o futuro, mas nao podemos descartar o quanto a Ufes jd caminhou até aqui. Dessa forma, sdo propostas as seguintes ages estratégicas que, embora implantadas, esto em fase de consolidagao: # _Integrar os processos avaliativos, intemos e extemos, ao plano de gestio da Ufes; * Articular os processos de avaliagdo externa de cursos aos atores envolvidos: gesto, docentes, diretores de Centro; * Sensibilizar a comunidade académica para os processos de autoavaliagdo interna; ¢ # Articular os processos de avaliago de desempenho estudantil aos atores envolvidos: gestio, estudantes e docentes. A avaliagdo institucional da Ufes é o resultado de um trabalho desenvolvido ao longo dos anos, buscando envolver cada vez mais a comunidade académica, com a compreensio de que a reflexo de todos os envolvidos nesse proceso contribuiré para o aprimoramento a qualificagdo das atividades ¢ dos cursos. Ao consolidar a avaliagZo como instrumento de gestio, a Ufes produz conhecimentos, identifica fragilidades ¢ potencialidades e, assim, amplia a atuagdo perante as comunidades interna e externa, com compromisso social, relevancia cientifica e prestagio de contas & sociedade. 5.1 DA GESTAO DE PESSOAS © quadro de pessoal da Ufes é composto por servidores técnico-administrativos em Educagao e servidores docentes. © empenho desses atores é¢ fundamental para o aleance dos objetivos institucionais. A Pré-Reitoria de Gestio de Pessoas (Progep) é a unidade responsdvel pelos processos de gestdo, desenvolvimento e atengio A satide dos servidores, por meio de suas diretorias. As atividades correspondentes ao cadastro e pagamento de servidores, aposentadorias e pensdes, € execugdo de concursos so exercidas pela Diretoria de Gestiio de Pessoas (DGP). A Diretoria de 89 Le Desenvolvimento de Pessoas (DDP) é responsivel por todas as agdes relacionadas & avaliagdo de desempenho, a capacitagdo ¢ & qualificagdo de servidores. Os servigos de assisténcia & satide e promogio da qualidade de vida dos servidores, por sua vez, so gerenciados pela Diretoria de Atengio a Saiide (DAS). 5.1.1 Perfil e diretrizes do corpo docente A titulagdo minima exigida para ingresso na Universidade como docente & 0 doutorado, conforme preconiza o §1° do art. 8° da Lei n® 12.772, de 28 de dezembro de 2012. A dispensa do titulo de doutor e sua substituigdo por titulo de menor grau somente poder ocorrer com deliberagdo de Consetho Superior, de acordo com 0 §3° do referido artigo. © Plano de Carreiras ¢ Cargos de Magistério Superior Federal é composto por um cargo isolado, professor titular-livre do magistério superior, estruturado em uma iinica classe ¢ nivel de vencimento, ¢ pelas seguintes classes de carreira: I Classe A, com as denominagées de a) Professor adjunto A, se portador do titulo de doutor; b) Professor assistente A, se portador do titulo de mestre; ou ©) Professor auxiliar, se graduado ou portador de titulo de especialista; IL. Classe B, com a denominagio de professor stente; III, Classe C, com a denominagao de professor adjunto; IV. Classe D, com a denominagao de professor assoviado; ¢ V. Classe E, com a denominagio de professor titular. O servidor docente da Ufes deve: ‘« _Interagir com a comunidade interna e externa com respeito, ética e efetividade, promovendo a cidadania e a incluso social; * Terpleno dominio do conhecimento, mantendo-se atualizado sobre os avangos nas areas do saber nas quais atua; © Comprometer-se permanentemente com a produgao de novos conhe ‘* Disseminar o conhecimento por meio do ensino, da pesquisa e da extensio; ‘+ Estimular a criagdo cultural, 0 desenvolvimento do espirito cientifico ¢ critico e do pensamento reflexivo nos estudantes; + Buscar atender as necessidades dos diversos setores da sociedade e estabelecer com ela uma relagao de reciprocidade; + Discutir com os estudantes os problemas contemporaneos, em particular, os nacionais e regionais; © Contribuir para a gestéo da Universidade; © Contribuir para o desenvolvimento humano sustentavel; e * _Investir permanentemente na sua formagio didético-pedagégica. A selecdo ¢ a admissio de servidores docentes obedecem aos critérios estabelecidos nas leis n° 8.112/1990, n° 8.745/1993, n° 9.394/1996, n° 12.772/2012 e n° 12.863/2013, no Decreto Presidencial n° 6.944/2009 e na Portaria n° 243/2011-MEC, além de outras normas e diretrizes estabelecidas nas portarias editadas pelo MEC e pela Secretaria de Gestio Piblica do Ministério do Planejamento, Orgamento e Gestdio (MPOG); nas portarias interministeriais do MPOG/MEC, que versam sobre a liberagdo de vagas ¢ a contratagdo de docentes; na Resolugdo n° $2/2009-Cepe e alteragdes posteriores, que estabelecem critérios para concurso piblico de provas ¢ titulos para provimento de cargos de professor auxiliar, assistente, adjunto e titular; na Resolugdo n° 41/2011-Cepe e alteragdes posteriores, que estabelecem normas para contratagdo de professor substituto; ¢ na Resolugdo n° 38/2005, alterada pela Resolugdo n° 58/2005, ambas do Cepe, que estabelecem normas para contratagao de professor visitante. As politicas de qualificagdo ¢ plano de carreira do corpo docente obedecem a prinefpios contemplados na Constituigo Federal; nas leis n° 12,772/2012 e n° 9,394/1996 (LDB); na Portaria n° $54/2013-MEC; nas normas estabelecidas pela Capes; e nas resolugdes do Cepe n° 15/1989, que estabelece critérios para avaliagao de desempenho na carreira do magistério por titulagdo e por mérito; n° 44/2004, que estabelece critérios para avaliagdo de docentes em estagio probatério; n° 45/1998, que estabelece critérios para avaliagdo dos docentes do Centro de Educ: Criarte; n° 45/2006 e respectivas alteragdes, que estabelecem critérios para progressio funcional da classe de professor adjunto, nivel IV, para a classe de professor associado. ‘io Infantil A Comissao Permanente de Pessoal Docente, constituida por meio do Decreto n° 94.664/1987 e regulamentada pela Portaria n° 475/1987-MEC, é responsivel pelo assessoramento dos Orgios Deliberativos Centrais na formulaco, no aperfeigoamento ¢ na modificagao de politicas de pessoal docente das Instituigdes Federais de Educagdo Superior (Ifes). 1 Lo O regime de trabalho no ambito da Ufes & norteado pela Lei n” 12.772/2012, pela Medida Proviséria n° 614/2013, pela Portaria n° 554/2013-MEC, pela Resolugdo n° $9/92-Cepe, alterada pela Resolugdo n° 66/2000, que estabelecem: “Toda alteragdo de regime de trabalho sera proposta a0 Conselho Departamental pelo Departamento em que o docente estiver lotado, com base em justificativa fundamentada, devendo ser submetida & Comissio Permanente de Pessoal Docente para parecer final, exceto as alteragdes para 40 horas que deverdo ser apreciadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensio para julgamento da excepcionalidade”; pela Resolugao n° 60/92-Cepe, alterada pelas resolugdes n* 24/1996, 36/2004 € 61/2010, que atribuem carga horétia docente; ¢ pela Resolugdo n° 44/1994-Cepe, alterada pela Resolugdo n° 66/2000, as quais estabelecem critérios para concessio de regime de 40 horas semanais para os docentes da Ufes. As substituigdes esto contempladas nas resolugdes do Cepe n° 41/2011, que estabelece normas para contratagdo de professor substituto; e n° 38/2005, que estabelece normas para contratagdo de professor visitante. Tabela 9 — Perfil do = docente ia = de trabalho ¢ escolaridade Ensino superior 5 1 4 10 ecializas 4 1B 8 26 Mestrado 27 13 106 146 Doutorado 51 38 1.500 L589 ‘Subtotal 87 6 1.619 1771 Especializagio 0 1 0 1 Mestrado o o Doutorado 0 Ensino superior ul 0 4 Especializagio 0 8 o 8 Mestrado 4 104 oO 108 Doutorado 0 8 5 4 Total geral 94 198 1.634 ea Oy Fonte: Progep, 2020, Nota: situaglo em dezembro de 2019, *Dedicagio exclusiva De acordo com os dados de dezembro de 2019, a Ufes conta com 1.771 docentes efetivos no magistério superior € 11 docentes no ensino basico, téenico e teenoligico, além de 144 docentes no magistério superior em contratos temporirios, totalizando 1.926 docentes. Desse total, 47,1% so do género feminino ¢ 52,9%, do género masculino. © corpo docente do magistério superior efetivo, em 98,0% de sua composigao, tem titulagdo em cursos de pés-graduagiio stricto sensu; destes, 89,7% sao doutores. Quanto ao regime de trabalho, 91,4% atua em dedicagdo exclusiva; 3,7%, em tempo integral de 40 horas semanais; ¢ 4,9% tém dedicagdo de 20 horas semanais. No ensino basico, téenico e tecnolégico, dos 11 docentes, 90,9% apresentam titulagdo em cursos de pés-graduagdo stricto sensu; destes, 27,3% correspondem a doutores. Em relagdo ao regime de trabalho, 90,9% dos docentes trabalham em regime de dedicagio exclusiva. 5.1.2 Perfil e diretrizes do corpo técnico-administrativo O servidor técnico-administrativo é 0 agente responsivel pelas atividades/fungdes técnico-administrativas relacionadas ao desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensdo, Os servidores técnico-administrativos devem: ‘* Interagir com a comunidade interna e externa com respeito, ética e efetividade; © Contribuir para a gestéio da Universidade; ‘© Ter pleno dominio do conhecimento, mantendo-se atualizado sobre os avangos nas reas nas quais atuam; + Contribuir para a disseminago do conhecimento por meio do ensino, da pesquisa ¢ da extensio; + Contribuir para a criagdo cultural, o desenvolvimento do espirito cientifico c critico e do pensamento reflexivo nos discentes; lades dos diversos setores da sociedade ¢ estabelecer com ela uma rel do de reciprocidade; ‘© Buscar permanentemente o aperfeigoamento cultural e profissional; © Contribuir para as atividades de pesquisa, o desenvolvimento da ciéneia e da tecnologia ¢ a cri 10 ¢ difusio da cultura ¢ da ciéncia; + Contribuir para ages de extensdo, visando d difusdio das conquistas e dos beneficios resultantes da criagdo cultural e das pesquisas cientifica ¢ tecnolégica geradas na instituigdo; € * Contribuir para as agdes na dirego do permanente aperfeigoamento cultural ¢ profissional de todos os membros da comunidade universitéria, A selegio de pessoal e a estruturago dos cargos dos servidores técnico-administrativos em Educago obedecem aos critérios estabelecidos em leis em decretos presidenciais que normatizam a matéria (Lei n° 8.112/1990 e Lei n° 11.091/2005). A Lei n° 11.091/2005 estrutura o Plano de Cargos € Carreira dos Servidores Técnico-Administrativos em Educagdo e os Decretos n®* 5.824/2006 e 5.825/2006 regulamentaram o referido Plano. A selego é, ainda, orientada pelas normas e diretrizes estabelecidas nas portarias editadas pelo Orgio Central do Sipec e pelo MEC, que versam sobre a liberagdo de vagas ¢ a contratago de servidores. Internamente, a Resolugdo n° 22/2009-CUn aprova o Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educago (PDIC); ja a Resolugdo n° 18/1997-CUn disciplina a concesséo de licenga para capacitagdo dos servidores docentes ¢ técnico- administrativos da Ufes. As resolugdes do CUn n® 08/2007 e 30/2010 estabelecem, respectivamente, as normas de estgio probatério e as diretrizes gerais para o Plano de Avaliagao de Desempenho dos técnicos-administrativos. J4 a Resolugdo n° 01/2019-Cun estabelece normas para afastamento e concessio de carga horéria, visando participagdo dos técnicos em cursos de capacitagdo nas modalidades de qualificagao e de aperfeigoamento. A Comissio Interna de Supervisdio (CIS), criada pela Lei n° 11.091/2005, e instituida pelas Portarias do MEC n° 2.519/2005 e n° 2.562/2005, tem por finalidade acompanhar, orientar, fiscalizar e avaliar a execugdo do Plano de Carreira e propor & Comissiio Nacional de Supervisio as alteragSes necessarias para o aprimoramento do Plano, De acordo com os dados de dezembro de 2019, a Ufes conta com 2.036 servidores técnico-administrativos efetivos. Desse total, 53,8% so do género feminino e 46,2%, do género masculino. Tabela 10 — Perfil do corpo técnico-administrativo por regime de trabalho e escolaridade Regime de trabalho Pa EN fn Alfabetizado slourso regular 0 0 0 0 2 2 Ensino fundamental incompleto o o o 0 14 4 Ensino fundamental 0 0 0 0 21 21 Ensino médio 1 1 0 5 225 232 Ensino superior 18 2 1 1 289 317 Especializagio 9 8 3 2 782 869 Mestrado 21 0 5 443, 502 Doutorado 9 0 0 » Total geral in in A Fonte: Progep, 2020. Nota: situagdo em dezembro de 2019. Do corpo téenico-administrativo, 86,8% possuem titulagdo em nivel de graduagdo ou pés-graduagdo, sendo 3,9% doutores; 24,7% mestres; 42,7% especialistas ¢ 15,1% graduados. Quanto ao regime de trabalho, 90,5% atuam em tempo integral de 40 horas semanais 5.1.3 Perfil e diretrizes dos gestores Para gerir de maneira eficaz e efetiva seu pessoal ¢ seus recursos materiais, financeiros e fisicos, a Ufes deve preocupar-se com a selegao ¢ 0 desenvolvimento dos seus gestores, buscando sempre aqueles que mais se enquadram em um perfil ético, inovador, motivador e de lideranga, qualidades necessirias ao bom desenvolvimento ¢ & gestdo das atividades de ensino, pesquisa, extensdo ¢ assisténcia. Os gestores da Ufes devem: Interagir com as comunidades interna e externa com transparéncia, respeito, ética e efetividade, promovendo a cidadania e a inclusio social; Ter conhecimento, habilidade e atitude para gerir pessoas, recursos materiais e financeiros com responsabilidade; Buscar permanentemente a valorizagdo e o aperfeigoamento profissional; Promover as atividades de ensino, pesquisa e extensio cultural; visando ao desenvolvimento social, ambiental, cientifico, tecnolégico, artis Promover a difusio do saber e a divulgagao de conhecimentos culturais, cientificos e tecnicos; Promover o permanente aperfeigoamento cultural e profissional de todos os membros da comunidade universitaria; ¢ Promover a articulagdo e a interlocugdo interna e externa, buscando parcerias interdisciplinares, institucionais e comunitérias a fim de melhor cumprir a misao da Ufes. 5.1.4 Promogao da saiide, desenvolvimento ¢ valorizacao das pessoas As politicas de promogio & saiide e qualidade de vida para os servidores docentes e técnico-administrativos so construidas tendo por base as seguintes diretrizes: 0 Decreto n° 6.833/2009, que institui o Subsistema Integrado de Atengdo 4 Saiide do Servidor Publico Federal (SIASS); 0 Decreto n° 6.856/2009, que regulamenta 0 artigo 206-A. da Lei n° 8.112/1990, dispondo sobre os exames médicos periddicos de servidores; a Portaria Normativa n° 3/2010-SRH/MP, que estabelece orientagdes basicas sobre a Norma Operacional de Saiide do Servidor (NOSS) aos érgios e entidades do Sipec, com o objetivo de definir diretrizes gerais para implementagdo das agdes de vigilancia aos ambientes e processos de trabalho € promogio a sade do servidor; a Portaria n° 1.261/2010-SRH/MP, que institui prineipios, diretrizes ¢ agdes em saiide mental para os servidores; a Portaria Normativa n° 3/2013-SEGEP/MP, que traz as diretrizes gerais de promogio da saiide dos servidores publicos federais; a Portaria Normativa n° 7/2016-SEGRT/MP, que institui as diretrizes de promogo da alimentago adequada e saudavel nos ambientes de trabalho, a serem adotadas como referéncia nas ages de promogio da satide e qualidade de vida no trabalho dos érgios ¢ entidades integrantes do Sipec; ¢ a Portaria n° 12/2018-SGP/MP, que institui as diretrizes gerais para promogdo da educago para aposentadoria do servidor publico federal. Em face da percepco sobre a importincia e a necessidade de implementar agdes destinadas a proporcionar maior bem-estar fisico € mental aos servidores docentes ¢ técnico-administrativos da Ufes, de modo a prepard-los para os desafios impostos pelo mundo moderno do trabalho, a Diretoria de Atengdo a Satide da Pré-Reitoria de Gestdo de Pessoas, a cada ano, aprimora a politica de oferta de agdes nessa area, com o intuito de possibilitar maior conhecimento da relagZo saiide-doenga ¢ trabalho, objetivando 0 desenvolvimento de priticas de gestio, de atitudes e de comportamentos que contribuam para a proteco da saiide no Ambito individual e coletivo, tudo em consonancia com a Politica de Atengao a Saiide € Seguranga do Trabalho do Servidor Péblico Federal (PASS) O gerenciamento dos quantitativos de lotagdo dos cargos técnicos ¢ docentes segue as diretrizes da Portaria Normativa Interministerial n° 22, de 30 de abril de 2007, e dos decretos n® 7.232/2010 ¢ 7.485/2011, que proporcionaram as universidades federais maior autonomia na gestio de pessoal, a partir da constituigo de bancos de equivaléncia, tanto de servidores técnico-administrativos em Educagdo quanto de professores. Para suportar 0 gerenciamento dos cargos, a Universidade instituiré um programa de dimensionamento das necessidades institucionais de pessoal conforme as direttizes do Decreto n° 5.825/2006. Destaca-se, ainda, na érea de desenvolvimento de pessoas, que a Ufes tem buscado efetivar a nova Politica Nacional de Desenvolvimento de Pessoas, instituida pelo Decreto n° 9.991/2019, visando promover o desenvolvimento dos servidores docentes e técnico-administrativos nas competéncias necessérias ao alcance da exceléncia na atuagio do érgio por meio da capacitagao. 96 5.2 DA GESTAO ORCAMENTARIA E FINANCEIRA 5.2.1 Aspectos orgamentrios ¢ financeiros 0 oramento piblico é um instrumento de planejamento e execugdo das finangas publicas, instituido pela Constituigo Federal Brasileira, em seu artigo 165, a partir de leis e normativas elaboradas pelo Poder Executivo sobre a matéria orgamentiria, quais sejam: (i) o Plano Plurianual (PPA); (i) a Lei de Diretrizes Orgamentirias (LDO); ¢ (ii) a Lei Orgamentéria Anual (LOA). Esses trés instrumentos estio interligados. © PPA define diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administragZo piiblica para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duragao continuada, O PPA possui vigéncia de quatro anos, devendo ser elaborado ¢ aprovado no primeiro ano e iniciado a partir do segundo ano de cada mandato presidencial. A LDO compreende as metas ¢ prioridades da administragio piblica ¢ orienta a claboragio da Lei Orgamentiria Anual. Por iltimo, a LOA, que é o orgamento propriamente dito, tem como principal fungdo a previsio da receita e a fixagdo da despesa para o periodo de um exercicio financeiro. O orcamento anual das instituigées federais de ensino superior esta contemplado nos instrumentos de planejamento ¢ execugdo financeira e oxamentatia do Governo Federal, respeitando-se os ptincipios orgamentirios, em especial o principio da unidade, que estabelece que 0 orgamento deve ser iinico para cada ente federativo; 0 principio da universalidade, segundo 0 qual o orgamento deve conter todas as receitas e despesas do Estado; e o principio da anualidade, que determina que o orgamento deve retratar a previsiio da receita e a fixagio da despesa para um periodo de tempo — exercicio financeiro — que corresponde a um ano civil. A partir dessas premissas ¢ considerando a relevancia das ages de planejamento, a gestdo orgamentiria ¢ financeira da Universidade Federal do Espirito Santo deve buscar a implementagao de estratégias para a construgao da instituigao desejada por meio do PDI, expressa, aqui, em sua missGo, sua visio, seus valores ¢ seus objetivos estratégicos. Tal construgdo exige que a gestdo orgamentiria seja executada de maneira transparente, eficaz e eficiente, em atengo tanto ao cenario econémico nacional e internacional e politica orgamentaria e financeira do Governo Federal e do Ministério da Educagdo, quanto as especificidades de nossa instituigdo, que influenciardo na construgdo da universidade desejada, Sabe-se que 0 orgamento de uma instituigdo é instrumento fundamental para o seu funcionamento e desenvolvimento, Por se tratar de uma lei, & nele que se consolida a autorizacZo legislativa para a previsdo das receitas e para a fixagdo das despesas num determinado exercicio, Nessa ética, a seguir, apresentamos os valores orgamentarios concernentes a Ufes nos iltimos dez anos, detalhados por grupo de despesa: * Pessoal © encargos sociais — compreende as despesas com pessoal ativo, aposentadorias, pensdes, encargos sociais ¢ contribuigdes previdenciérias; ” a + Outras despesas correntes — compreende as demais despesas de custeio, tais como despesas com material de consumo, pagamento de bolsas aos estudantes, contratagdes de servigos ou mao de obra terceirizada, entre outras; + _Investimentos —compreende as despesas de capital, alocadas em planejamento e execugio de obras e instalagGes, aquisigdo de equipamentos e material permanente, entre outras, po de Despesa” Pa ta Pessoal eencagos socsis 360,982,101 _415323,869 445,071,705 509706965 _$67870219 620,154.76 _671.849609 _764301,631 _SORADI.206 _846.571,705 _ 433,007,280 Ouras despesascomrentes 96251947 113859760 146.456 658 _167.894,547 186957539 219977562 _164.630830 14875297 144121.637 _135.508.699 120,734,502 Investinenton 59.880,140 465.970.9254 526441 43.061.060 57767803 36039.718 18932184 1.080.350 87058-2200 815425428.192.799 Pee em ee ee a eee ed eee meee ee re Fonte: Tesouro Gerencial. *Valor referente a dotagio atualizada, 98 Gréfico 10 - Evolugdo do orgamento Ufes, por dotago atualizada (em R$) ‘900.000.000 ‘800,000,000 700,000,000 600,000,000 500,000,000 400,000.00 300,000.00 200,000,000 xov0r0000 fig u le 2010 20:1 2012 «2012-2014 21S. 2016 2017-22029 2020 Pessoal e Encargos Socials mi Outras Despesas Correntes um Investimentos Fonte: Proplan, 2020. 5. .2 Diretrizes da gestio econdmico-financeira A Constituigdo Federal, em seu artigo 207, garante a autonomia das instituigdes federais de educago superior quanto a gestio administrativa, financeira e patrimonial, assegurando, dentre outros fatores, que 0 orgamento institucional projete e realize as receitas e as despesas necessarias para o aleance das prioridades definidas no PDI. A gestio econdmico-financeira da Ufes deveri ser formulada com base em principios, estratégias e diretrizes que viabilizem, ao final do decénio, a construgao da instituigdo projetada. Destaca-se ainda a necessidade e a importancia de identificagdo continua dos fatores extemmos que possam impactar na gestio dos recursos orgamentarios e financeiros dedicados as Ifes. De uma maneira geral, observa-se que os cendrios politico e econémico (e a propria crise sanitaria) sto alguns dos fatores com potencial de impacto direto na gestdo orgamentiria dos érgios publicos federais, Como exemplo, verifica-se, nos liltimos anos, que os orgamentos das universidades federais sofreram cortes (reais e nominais) em diversos programas e agdes, em consonancia com o novo regime fiscal estabelecido pela Emenda Constitucional 95 que limita as despesas piblicas, 0 chamado “Teto dos Gasto: Contudo, para além de todo o regramento legal e técnico existente relacionado ao orgamento piblico, deve-se considerar que durante a execugao orgamentaria ¢ a vigéncia do PDI, podem surgir demandas (adequagio a novas legislagdes, novos protocolos etc.) ndo previstas no momento de claboragao das politicas, tornando-se imperioso contemplé-las com investimentos nao definidos no momento de formulagao. Dai a necessidade de identificago continua de fatores intervenientes a gestio e & execugo orgamentirias, 99 Le Num cendrio marcado cada vez mais por incertezas e desafios, a gestio orgamenttria e financeira deve apontar para as diretrizes da transparéncia, da eficiéncia do gasto publico, da descentralizago como principio parti ipativo, ¢ para a vinculagao umbilical entre planejamento e orgamento. 5.3 DE INFRAESTRUTURA E ACESSIBILIDADE A infraestrutura fisica é elemento fundamental para que a Ufes alcance seus objetivos estratégicos e para o cumprimento da missdo estabelecida neste PDI. Para o desenvolvimento das atividades administrativas e académicas, 0 atendimento aos requisitos de infraestrutura tem tido maior atengo por parte da instituicdo, visando sempre & disponibilidade de espacos de trabalho e de aprendizagem adequados e equipados, com especial atengdo na transformagiio das dependéncias da Universidade em espacos mais acessiveis. As diretrizes para a gestio da infraestrutura sio t3o importantes quanto as diretrizes para ensino, pesquisa, extensdo ¢ assisténcia, por isso o investimento em infraestrutura tem sido importante para a instituigzo. Asatividades da Ufes sdo desenvolvidas nos campi de Goiabeiras, Maruipe, Sio Mateus ¢ Alegre. No campus de Goiabeiras, localizado em Vitoria, capital do Espirito Santo, é onde se concentra a maior parte dos cursos de graduagdo e de pés-graduagdo, dos centros de ensino, laboratérios e projetos de extensdo, Nele esto também os principais setores administrativos da Ur Abriga areas de cultura e lazer, com galerias de art , © Cine Metrépolis, a Editora Universitaria, 0 Te Livraria da Ufes e a Radio Universitaria. Possui gindsio de esportes, parque aquitico e outros equipamentos esportivos, além de agéncias bancérias, do Niicleo de Linguas, do Observatério Astronémico ¢ do Planetério. © campus é cercado por uma drea de manguezal mantida sob protego ambiental versidade, como a Reitoria, as pro-reitorias ¢ as secretarias. tro Universitario, a intinas, bibliote: ‘No campus de Maruipe, localizado também em Vitéria, esté o Centro de Ciéncias da Saiide (CCS), com os cursos de graduagao e de pos-graduagao na drea de saiide ¢ também o Hospital Universitério Cassiano Anténio Moraes (Hucam). © campus de So Mateus situa-se no norte do estado e abriga o Centro Universitario Norte do Espirito Santo (Ceunes). E em Alegre, no sul do estado, encontram-se dois centros de ensino: 0 Centro de Ciéncias Agrérias e Engenharias (CCAE) ¢ 0 Centro de Ciéneias Exatas, Naturais ¢ da Satide (CCENS). Ambos compartilham 0 mesmo espago fisico, com atividades de ensino, pesquisa e extensio, em articulagdo com os cursos de graduagio e as coordenagdes dos programas de pi graduagao. A Superintendéncia de Infraestrutura (SI) é responsavel pelo planejamento, pela construgdo, pela conservagdo e pela manutengao das areas fisicas dos campi da Ufes. Projeta, licita c fiscaliza as obras na Universidade. As atividades de conservagio ¢ manutengiio das areas fisicas, bem como a 100 i prestagiio de servigos de transportes, controle de pragas, vigilincia e limpeza so outras areas de atuagao. I} também responsdvel pela fiscalizagao dos contratos de obras, pela concessio de espagos fisicos, pela manutengdo predial, pelo transporte, pela seguranga e pelo monitoramento, por servigos terceitizados, pela instalago e manutengo de equipamentos de reffigeragdo, pela ampliago © manutengdo das redes létricas/l6gicas/hidraulicas e por diversos outros servigos. Além do campus de Goiabeiras (sede), a SI mantém campi da Ufes, em Maruipe, em Alegre e em So Mateus. iretorias setoriais nos outros trés Atualizages permanentes sio feitas nos espacos fisicos de modo a atender as necessidades institucionais, para isso a SI conta com uma regulagdo da gestio de planejamento fisico ¢ da infraestrutura, seguindo um conjunto de normas ¢ procedimentos consolidados no Manual de Gestio de Planejamento Fisico. Quanto a regulago do uso das areas dos campi, jé foram aprovados os Planos Diretores Fisicos (PDF) dos campi de Goiabeiras e de Maruipe. Para avangar na gestio de sua infraestrutura fisica, a SI, em conjunto com o Laboratério de Planejamento e Projetos do CAr, esté claborando os Planos Diretores Fisicos dos campi da Ufes, instrumentos que regulam a politica de controle do uso ¢ ocupagao do solo, Dessa forma, com uma politica geral que paute a expans: ordenada das areas construidas, torna-se possivel atender aos Planos Diretores Urbanos/Municipais das cidades onde a Urs se faz presente. Apresentamos, nas tabelas abaixo, os dados referentes as areas edificadas da Ufes. edificadas por tipologi Tabela 12 — Infraestrutura fisica, — Goiabei s, Maruipe e Base Oceanografica Circulagio 28.167.25 Sala de aula 21.830,31 Laborat6rio Diditico Especializado 24.012,53, Laboratério de Informatica 1411.16 Auditério 2.90581 Biblioteca 4662.46 Sala de professor 6.916,86 “Administrative 16.392,53, Banheiros Copa / cozinha / refeitério 1.78534 rea servigo 159,07 Depésito 2.49838 Almoxarifado 2,907.45 101 Area Area cedida Area médico-hospitalar 145,94 ‘Area para pritica esportiva didatica 7.31535 Area de lazer 23.451,97 Teatro Universitirio 1,601,89, Outros: 822,22 TOT Fonte: Diretoria de Planejamento -o/Superintendéncia de Infraestrutura Tabela 13 — Infraestrutura fisica, areas edificadas ms ae — Se de Alegre Circulagio 4,437.20 Sala de aula Laboratério didatico especializado 7.28145 Laboratério de Informatica 461,96 Auditério Biblioteca 801,56 Sala de professor 1,864.02, ‘Administrative Banheiros Copa / cozinha / refeitério . Area servigo Depésito 1,650,083 Almoxarifade 318,07 Area téenica 283,02 Area médico-hospitalar 102 Area para pritica esportiva didatica/ lazer B1L4d TOT Fonte; Diretoria de Infraestrutura Setorial Sul (DIS), ‘Tabela 14 — Infraestrutura fisica, areas edificadas ine eee — ee de Sao Mateus Auditério ou Subestagdo 01 37,63 Salas de aula do DCABV/DCS O1 1,824.60 Laboratérios do DCAB/DCS 01 1.82419, Laboratérios do DCAB/DCS 02 1,228.50 Sala de professores do DCAB/DCS 568,76 Subestagdo 02 ‘Anexo Bloco E Laboratério de Anatomia Cabina de medigo Restaurante universitirio ‘Administragio Central 1.284,00 Subestacio 06 37,03 Colegiados/Sugrad 878,85 Cantina Biblioteca Central Subestagio 03 Sala de professores do DMA/DCN ‘Anexo Bloco A Reservatério/casa de bombas Sala de aula DMA/DCN/DECH/DETEC/DCEL 01 1,715.09, 103 i Sala de aula DMA/DCN/DECH/DETEC/DCEL 02 Subestasio 05 Laboratérios DMA/DCN/DECH/DETEC/DCEL 01 Laboratérios DMA/DCN/DECH/DETEC/DCEL 02, “Anexo Bloco G Subestagio 04 SUPGRAB, Pos-Graduagio em Agronomia 1.135,04 Ps-Graduagio em Biologia 1.135,04, Subestagio 07 37,63 és-Graduagio em Edueagio 835,77 Pés-Graduagio em aa 959.7 Fonte; Diretoria de Infraestrutura Setorial Norte (DIN). As agdes de intervengao sobre a infraestrutura dos campi da Ufes sto permanentes e so orientadas pelos principios basicos de: planejamento, anilise de riscos, qualidade, acessibilidade, sustentabilidade, eficiéncia e eficécia, sendo elas: * Atuar no planejamento ¢ no desenvolvimento das questées urbano-socioambientais; ‘© Garantir o planejamento integrado de projetos urbanos e prediais; « Prestar servigos de qualidade & comunidade universitaria; * Desenvolver planos e projetos que promovam a sustentabilidade econémica e socioambiental em todos os espacos prediais e urbanos; ‘© Atuar perante a Administragdo Central para a promogao de acessibilidade nos campi, pela viabilizagao de obras de infraestrutura urbana; * Levantar as necessidades reais de infraestrutura, mapear as deficiéncias propor solugdes de curto a longo prazo, considerando as necessidades atuais ¢ decorrentes das novas ages planejadas; 104 i Desenvolver estudos com foco na eficiéncia energética para implementagio/substituigdo de iluminagao existente, implantagdo de sistema de monitoramento/controle do consumo de energia elétrica ¢ instalagao de placas fotovoltaicas; Elaborar projetos voltados para 0 uso de novas teenologias, incluindo o uso de fontes alternativas de energia; Incentivar parcerias govemamentais e ndo governamentais para desenvolvimento de ages nas reas de seguranga pblica, transporte e meio ambiente, em todas as unidades da Utes; Incentivar a capacitagao ¢ a qualificagao da equipe técnica da SI com o intuito de melhorar a qualidade na prestagao de servigo: Aproveitar a produgo cientifica e tecnolégica da Ufes em favor da propria instituigao, integrando discentes, docentes e técnicos administrativos na construgo de projetos que visam melhorar a infraestrutura da instituigdo; Aprimorar o Plano de Gestio Sustentavel das Edificagdes, como politica de sustentabilidade. Para cumprir o seu papel de gestio da infraestrutura fisica, a SI assume como diretrizes Desenvolver uma ferramenta on-line para gestio das edificagdes, como registro individualizado das informagGes sobre projetos, proceso de construgaio ¢ manutengao; Revitalizar a infraestrutura dos campi, fazendas © éreas experimentais, modernizando as redes elétricas, de abastecimento de agua ¢ saneamento; Finalizar a aprovagao dos Planos Diretores Fisicos dos campi; Priorizar os investimentos de capital no sentido de tomnar as edificagdes existentes sustentaveis e acessiveis em atendimento as orientagdes Edificagdes da Ufes; dos érgdos de controle cumprindo o Plano de Gestiio Sustentavel das Revisar o plano de promogao de acessibilidade e de atendimento diferenciado a portadores de necessidades especiais conforme decretos n= 5.296/2004 e 9,235/2017; ¢ Completar o processo de regularizagdo dos iméveis e edificagdes da Ufes para obtengio dos alvaras e demais licengas nas prefeituras, no Corpo de Bombeiros e em érgio ambientais, quando necesséi 105 5.4 DE ACESSIBILIDADE A discussio a respeito da acessibilidade sempre fez parte das politicas de gestdio em nossa Universidade, com o intuito de tomar a Ufes um espaco cada vez mais inclusivo ¢ acolhedor, em todas as suas esferas, para as pessoas em suas diversidades. ‘Nesse entendimento, o processo de incluso implica oferecer a todas as pessoas (com ou sem deficiéncia) oportunidades e condigdes dignas para © exercicio da cidadania, E, sem divida, a inclusio sob a perspectiva de fenémeno social, esti diretamente relacionada as condigdes de acessibilidade. O termo ace ibilidade tem sua aplicago associada a necessidade de eliminagao de obstculos/barreiras que impegam o acesso de pessoas a lugares de uso privado e piblico. A acessibilidade também esta associada a qualidade de vida para todas as pessoas, a fim de gerar a aproximagio. Comprometida com o seu papel social, a Ufes tem como diretriz promover a integragdo das pessoas em todos os seus espacos académicos/administrativos/socioculturais, promovendo ages ¢ buscando a climinagao de barreiras visando & acessibilidade em suas diferentes idade atitudinal - refere-se a percepgdo do outro sem preconceitos, estigmas, estereétipos e discriminagdes. Todos os demais tipos de acessibilidade es jo relacionados a essa, pois é a atitude da pessoa que impulsiona a remogao de barreiras. © Acessibilidade arquitetonica - climinagao das barreiras ambientais fisicas nas residéncias, nos edificios, nos espagos ¢ equipamentos urbanos. « Acessibilidade metodolégica - auséncia de barreiras nas metodologias e técnicas de estudo, Esta relacionada diretamente & concepcio subjacente atuago docente: a forma como os professores concebem conhecimento, aprendizagem, avaliagdo e incluso educacional ira determinar, ou no, a remogdo das barreiras pedagégicas, + Acessibilidade programatica - eliminagdo de barreiras presentes nas politicas pablicas (leis, decretos, portarias, normas, regulamentos, entre outros), « Acessibilidade instrumental - superagio das barreiras nos instrumentos, utensilios ¢ ferramentas de estudo (escolar), de trabalho (profissional), de lazer e recreagdo (comunitaria, turistica, esportiva). + Acessibilidade nos transportes - forma de acessibilidade que elimina barreiras no s6 nos veiculos, mas também nos pontos de paradas, incluindo as calgadas, os terminais, as estagdes ¢ todos os outros equipamentos que compdem as redes de transporte, 106 ae ‘© Acessibilidade nas comunicagies - é a acessibilidade que elimina barreiras na comunicagao interpessoal (face a face, lingua de sinais), escrita (jomal, revista, livro, carta, apostila ete., incluindo textos em braile, uso do computador portatil) e virtual (acessibilidade digital). + Acessibilidade digital - direito de elimina programas adequados, de contetido e apresenta de barreiras na disponibilidade de comunicagio, de acesso fisico, de equipamentos ¢ io da informagdo em formatos alternativos. 5.5 DE LOGISTICA DE SERVIGOS SUSTENTAVEIS Os campi, as fazendas ¢ as areas experimentais da Ufes contam com uma grande diversidade de ecossistemas, que vio de areas de manguezais e restingas a areas de mata atlantica, por isso a instituigo convive com muitos desafios na definigio de servigos de infraestrutura que precisam ser sustentiveis, considerando todos os aspectos: financeiros, ambientais e sociais. Por estar presente em seis cidades do estado, sendo que em Vitoria em Alegre hi areas/campi separados, a logistica dos servigos precisa ser pensada de forma a atender com isonomia 4 comunidade universitaria. Os servigos de engenharia; fornecimento de energia e agua, limpeza, higienizagao das areas externas ¢ edificagdes; conservagao; destinagdo de residuos ¢ efluentes; controle de pragas e vetores; seguranga e transportes dio suporte as atividades de ensino, pesquisa ¢ extensdo. Dessa forma, pensar sua logistica e gestdo sustentvel & importante para garantir a exceléncia no desempenho académico, Por isso foi preciso repensar alguns elementos nos campi e seu uso sustentivel, como o fornecimento da energia elétrica, Tendo como objetivo a sustentabilidade, a eficigncia energética e a economicidade orgamentiria, a Ufes investiu em placas de energia solar fotovoltaica nos campi de ede Maruipe. Em fase de testes desde outubro de 2019, as placas possuem uma capacidade para produzir 7,7 milhdes de kWh/ano de gia elétrica, Isso representa uma redugdo de 45,5% no consumo de energia elétrica do campus de Goiabeiras (¢ de 30% na conta geral de energia elétrica da Universidade). A operago dessas usinas proporciona uma economia significativa na conta de energia. A economia anual estimada & de RS 5 milhdes, incluindo a substituigdo da iluminago externa por limpadas de LED. Os 17 mil painéis de captaco de energia solar foram instalados em prédios, reunidos em Goiabeir: ene! 5 conjuntos. Sendo a energia elétrica uma das grandes despesas da Universidade, também foram adotadas outras medidas de redugdo de seu consumo, Dentre elas, destacam-se as campanhas de economia por meio de desligamento de aparelhos de ar-condicionado ¢ investimentos em adaptago em subestagdes ¢ entradas de energia de prédios dos diversos campi da Ufes, de forma a permitir a instalago de dispositivos de monitoramento do consumo de energia elétrica das edificagdes. Cabe destacar que, nos iltimos dois anos, a Ufes investiu RS 18.124,606,10 na instalagdo de usinas solares para geragio de energia, passando a produ: amente, 7,7 GWh, © que representa uma economia estimada de cerca de RS 3.670.721,34 anuais. vir, estima 107 i A Ufes também tem atuado fortemente na questo dos residuos sdlidos e de residuos animais, com 0 inicio da coleta seletiva solidaria e da contratagdo de empresa para elaboragao do projeto executivo das obras da rede de coleta e estagdo de tratamento de esgoto do campus de Goiabeiras. © Plano de Gestdo Sustentavel das Edificagdes e 0 Caderno de Materiais e Métodos Construtivos e dos Procedimentos Operacionais Padrao (POP) Jo documentos que fundamentam a Gestio da Sustentabilidade da Infraestrutura Fisica da Universidade. Durante o exercicio de 2019, consolidou- se 0 projeto piloto de Coleta Seletiva Solidéria. Havia previsdo para ocorrer, no ano de 2020, a finalizago de implantacdo em todos os campi, contudo, em fungo da pandemia ¢ das demandas colocadas a SI no sentido de garantit um ambiente seguro de retorno as atividades presenciais, novo cronograma encontra-se em elaboraco. Além disso, para as contratagdes de obras e de servigos de engenharia, exige-se o atendimento dos critérios de sustentabilidade ambiental, conforme estabelece a Instrugdio Normativa n’ 1, de 19 de janeiro de 2010, nos casos em que a referida instrugdo se aplica ao objeto. Ademais, as empresas contratadas devem empregar apenas produtos e subprodutos florestais de origem nativa da flora brasileira, provenientes de empresas que pratiquem o manejo sustentivel, devidamente cadastrada ¢ fiscaliz ida pelo Ibama e/ou com centificagao de instituigdes reconhecidas por aquele instituto, Sao diretrizes para a gestdo da logistica de servigos sustentaveis: ‘+ Promover estudos para modernizar a logistica de transporte terrestre da Universidade, visando a ampliagao da sua sustentabilidade; + Elaborar uma politica de gestio ambiental das dreas externas nos campi, fazendas e areas experimentais, integrando as agdes de limpeza, conservagdo, infraestrutura de drenagem e controle de pragas e vetores; * Desenvolver uma politica de redugio da produsio e destinagdo dos residuos sélidos de modo sustentivel; © Ampliar a integragdo das agdes de videomonitoramento, inteligéncia ¢ vigilincia ostensiva de modo a proporcionar mais seguranga patrimonial e a comunidade universitaria em todas as areas da Ufes; ¢ + Promover estudos para proporcionar condigdes de uso sustentivel das dreas de preservagdo ambiental existentes na Ufes. 5.6 DO SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS O Sistema Integrado de Bibliotecas (SIB) da Ufes tem como objetivo 0 suprimento técnico das demandas de informagdes necessarias as atividades de ensino, pesquisa, extensio e administragdo da Ufes. 108 Asatividades do SIB sio norteadas pela preservaco e manutengo do contetido informacional das unidades de informacio, nas atividades de apoio A comunidade académica, promovendo a democratizagao ¢ a disseminagdo do conhecimento. Todo o sistema se mantém em constante processo de atualizago para que sejam providas informagdes atuais e adequadas as necessidades institucionais. A Biblioteca Central (BC) é érgao suplementar vinculado a Reitoria, coordena tecnicamente todo o SIB. Administrativamente, as unidades setoriais esto vinculadas aos seus centros de ensino e sdo responsaveis pela execugao dos servigos e produtos de informagao préprios. O sistema ¢ composto por nove unidades: no campus de Maruipe — Biblioteca Setorial de Maruipe; no campus de Sao Mateus — Biblioteca Setorial Norte; no campus de Alegte — Biblioteca Sctorial Sul ¢ Biblioteca Setorial do Nacleo de Estudos ¢ de Difusio de Tecnologia em Florestas, Recursos Hidricos ¢ Agricultura Sustentavel (NEDTEC, na cidade de Jerénimo Monteiro); ¢ no campus de Goiabeiras — Biblioteca Central, Biblioteca Setorial de Artes (CAn), Biblioteca Setorial do Centro de Ciéncias Humanas e Naturais (CCH), Biblioteca Setorial de Educagao (CE), Biblioteca Setorial de Educago Fisica ¢ Desportos (CEFD). Os acervos bibliograficos dos campi estio interligados por meio de um sistema informatizado intitulado Pergamum. O SIB busca atualizar 0 acervo conforme as demandas de aquisigao de obras bibliogrificas, encaminhadas pelos cursos de graduago e de pés-graduacdo e por meio da politica de desenvolvimento de colegdes. Devido as mudangas tecnoldgicas, sociais, econdmicas e culturais, ha um movimento de migragdo do suporte das obras bibliogrificas, tendendo & aquisigdo/assinatura anual de recursos digitais, como e-books € periédicos eletrOnicos que possibilitem 0 acesso multiusuério. A estrutura fisica do prédio da Biblioteca Central comporta dois auditérios, um com capacidade para 90 pessoas e outro com capacidade para 60 pessoas. Os ambientes possuem recursos audiovisuais e tecnolégicos para realizagdo de eventos cientificos e culturais, como palestras, workshops, treinamentos, cursos, seminérios, entre outros, Estdo disponiveis computadores com conexdo a internet, climatizagdo, projetores e sistema de som. Hé ainda dois laboratérios de informatica, com 30 computadores cada, para utilizagdo pela comunidade académica, sendo um de uso livre pelos alunos para realizacao de pesquisa e acesso as plataformas digitais assinadas pela instituigdo, e outro laboratério destinado as agdes de capacitagao de usudrios pelo Programa de Desenvolvimento de Competéncias em Ambiente Virtual (PDCIAV). A pteocupagdo em adequar os espagos ¢ as instalagdes para maior acessibilidade e inclusdo da pessoa com deficiéncia ou com necessidades educacionais especiais pode ser percebida nas bibliotecas por meio de aquisigGes ¢ de investimentos. © prédio da Biblioteca Central possui um elevador para acesso aos andares superiores do edificio. Todos os pavimentos possuem dois banheiros acessiveis com entradas independentes dos demais banheiros. Ha uma sala informatizada preparada para a finalidade de funcionamento de laboratério de acessibilidade, onde estio previstas diversas agdes de ensino e pesquisa sobre acessibilidade, bem como a preparagdo de materiais em formato acessivel para atendimento as demandas dos alunos da Universidade e também da comunidade externa, Equipamentos disponibilizados que fazem parte do processo de adequagao e melhoria 109 Le

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