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Sistemas Silviculturais Aplicados as Florestas Tropicais Introducao © conceito de manejo florestal fundamenta-se no fato de a floresta ser um recurso natural renovavel e que, se manejada adequadamente, isto é, respeitando-se as restrigdes impostas pelos elementos dos meios bidtico, fisico socioccondmico, pode proporcionar de forma sustentavel (MAINI, 1992), para a humanidade as fungdes de producdo, suporte, informacao e regulaczo. ‘A floresta manejada é aquela em que houve efetivamente prescri¢ao de colheita de impacto reduzido (CIR) e de tratamentos silviculturais. ‘Um sistema silvicultural engloba, sobretudo, atividades relacionadas com os processos de colheita de madeira, com os tratamentos silviculturais aplicados ao estoque de drvores remanescentes € com a regeneragdo natural para garantir as produgdes sustentaveis dos bens € servigos proporcionados pelas florestas 0 objetivo basico do manejo florestal € manter a produtividade e qualidade da floresta. Contudo, ‘© manejo florestal natural nio envolve praticamente nenhuma interven¢o humana nos estégios de regeneracio ¢ de crescimento (FAO, 1989). Neste contexto, 6 haverd manejo natural se a exploragio for limitada ao incremento e se houver tempo suficiente para a reposigao natural. Com o aumento da intensidade de corte, é necessério investir trabalho ¢ recursos na manutenco da produtividade, 0 que € obtido mediante a aplicagao de um sistema silvicultural, que € um processo pelo qual uma floresta € ‘manejada para produzir madeira e, ou, produtos florestais nao madeireiros (FLOR, 1985) Sistema silvicultural € um conjunto de regras e agdes necessérias para conduzir a floresta a uma nova colheita, incluindo, principalmente, os tratamentos silviculturais. Entende-se por sistema silvicultural, segundo Troup (1966), 0 proceso pelo qual os constituintes da colheita da floresta so assistidos, removidos e substitufdos por uma nova colheita, resultando na produgao de madeira de forma distinta A silvicultura de florestas tropicais naturais € recente se comparada a silvicultura europeia. Os tratamentos silviculturais aplicados no manejo das florestas naturais tropicais originaram-se da India, em 1906. Na Malésia, no periodo de 1910 a 1920, foram aplicados cortes de melhoramento numa rea de 49,000 acres, que foram as bases sobre as quais se formulou o Sistema Uniforme Malaio (SUM). No periodo de 1939 a 1945, tiveram inicio as operagses silviculturais na Nigéria, sob o nome de Sistema Tropical de Cobertura (STC). Em 1939, 0 STC foi introduzido em Trinidad e Tobago. As experiéncias de Trinidad e Tobago levaram a adocdo do STC em Porto Rico, em 1943. Com base nas experiéncias adquiridas, 20 longo dos anos os sistemas SMU e STC evoluizam ¢ sio aplicados, em vesdes modificadas, no manejo para producao madeireira em florestas J ; GRAAF, 1986; HIGUCHI, 1987; JONKERS, 1987; FAO, 1988, 1989 e 1998, SOUZA, 198 SILVA 1989; HENDRISON, 1990; QUEVEDO, 1990; FAO, 1993; SOUZA; JARDIM, 1993). ' Foi desenvolvida uma série de sistemas silviculturais nos trépicos, com base na regeneraca0 natural, 05 quais podem ser resumidos em dois 4 7 iclico (WHITMORE, 1984; SILVA, 1989; SOUZA eJARDIM, 1993). rronoetclig sen PONS removidn icma monociclico € aquele em que todo o estoque de drvores de madeira comercial é ica operacdo, com o objetivo de criar uma floresta alta equidnea a partit 4° ee, oot oom siste ee con via Yay On ‘oy Pr th Y PY —o tudo, 0s de ragio 0 da queé sta é um vem 1 io oa 0s i seme so natural, para exploragdo em rolacdes definidas. Pelas suas repenerardo Iniricos modificam drasticamente a composicdo de especie sitemes Meira € 0 estogue dé nutrientes da. floresta, incluindo 0 SUM, 0 SUM ieenms Te Malaio Modificado) e 0 STC. dre sistema policéclico & aquele em que as operacdes de colheita sdo aplicadas, periodicamente fas uma parte dos individuos © das espécies comerciais, fazendo-se os cortes em intervaleg en spent jenominados eiclos de cortes, com o objetivo de manter a floresta alta mulliéece ion FE a manejada, prioritariamente, para espécies comerciais, Inclui principalmente o SSE (Stee ineqatego), 0 Sistema de SEL (Espécies Listadas) e 0 CELOS (Center for Agricultural Research ma Seeme) (GRAAF, 1986). A diferenga bisica entre os sistemas policiclico monocfclico esta no sistema de regeneracio (WHITMORE, 1984; SILVA, 1989). No policictico, a regenerago natural avangada, ou jé estabelecida, f retida para produzir vores comercializéveis em ciclos de corte sucessivos, enquanto no monociclico o crescimento j acumulado nessa regeneracdo nao é considerado. Nesse caso, o sistema depende quase que completamente da nova safra de regeneragdo obtida em decorréncia da aplicagdo do sistema para produzit nova floresta equidnea, que estaré pronta para ser colhida numa longa rotagao, Em escala de compartimento, nos sistemas monociclicos 0 ciclo de corte principal € igual a rotagao, enquanto nos sstemas policiclicos é menor que a rotacao. No sistema monociclico, o termo rotagao substitui o ciclo decorte (LAMPRECHT, 1990; SOUZA; JARDIM, 1993). Por se assemelharem aos processos naturais de sucesso em clareiras, os sistemas policiclicos so mais apropriados para o manejo das florestas nativas nos tr6picos. Além do mais, esses sistemas, se aplicados adequadamente, propiciam a conservacdo da biodiversidade ¢ do estoque de nutrientes, a manutengio das estruturas da floresta, de todas as opedes de producao de produtos florestais madeireiros (PFM) endo madeireiros e de servicos e beneficios para satisfacdo das necessidades e aspiracdes do homem. Os riscos de infestagéo de pragas e doengas sio menores; causam menos impactos biodiversidade, pois néio requerem os tratamentos radicais para conversio da estrutura inequianea em equidnea; provocam, provavelmente, menores alteragdes na evapotranspiragdo e na hidrologia; e ‘modificam ligeiramente 0 estoque de nutrientes na fitomassa e a funcao filtrante da floresta e, portanto, ‘reposipdo de nutrientes por via atmosférica € mantida (GRAAF, 1986) Na escolha de um sistema silvicultural, o florestal deve-se levar em consideragao um conjunto de conhecimentos que envolvam a autoecologia das espécies de interesse comercial, seu crescimento, a Vibilidade econdmica € a estrutura socioeconémica ocorrente nas dreas florestais. Pelaez (1985) © Quevedo (1990) enfatizaram que a escolha de um sistema silvicultural obedece a critérios {andamentados na experiéncia € base cientifica do silvicultor, como 0 conhecimento da estrutura e inimica da floresta, além de fatores dos tipos social, econdmico e politico, que muitas vezes slo até ‘mais importantes, Proprias caracteristicas, os S) a estrutura de idades, a Vantage! Mos fatores @ considerar na escolha de um sistema silvicultural, jé que cada um apeseta ome Gesvantagens que os tornam apropriados para uso em determinados locais. ete pop ¢ ina ttitias do sitio e do povoamento Floresta (cima, estrutura do povoamento, sos, Produtos nae Oa): Valores do recurso florestal (estética, diversidade biolégica, vida sil ves, mais, lucras) 120 madeireiros, recrea¢ao, quantidade e qualidade da agua); e custos scontulense-peneiice sp veiados as diferentes préticas de manejo e a seguranca do trabalhador (SIL) BRANCH, 1997) é incipais Doanet ‘maneira geral (Quadro 12.1), um sistema silvicultural consiste em trés fess princi i fworecimen ge Porasmo. de um crescimento prévio; 2) regeneragdo das Areas Oe : “Menlo, Ou seja,assisténcia silvicultural a regeneragdo e ao estoque em crescim y eta. 8 246 $0420 ¢ Soar “ Quadro 12.1 - Caracterizacao dos sistemas silviculturais tropicais a —_ " Operagio Tipo Caracteristica ‘ Seleti Corte seletivo em uma rea especifica, adotando- e Exploracao emhya se um ciclo de corte Corte rasa Corte raso numa rea, em uma Gnica operacio Ni regenera¢do natural ou rebrota Regeneracao latural Mudas da r¢ 7 gi | Artificial Mudas de viveiro : Tratamento De baixa intensidade se £ silvicultural De alta intensidade o Fontes FAO, TH. et ie aks a | Tratamento silvicultural ee ! Entende-se por tratamentos silviculturais todas aquelas intervengdes realizadas na floresta que visam aumentar a sua qualidade e produtividade. A produco das florestas, sejam elas equianeas, sejam ec inequianeas, pode ser significativamente aumentada pela aplicagio de tratamentos silviculturais. Além ei disso, uma floresta sé € considerada manejada se houver Prescrigao € aplicacéo de tratamentos silviculturais, mesmo que sejam os mais elementares possiveis (WORLD RESOURCES INSTITUTE, } «i 1985). ain A abertura do dossel da floresta pela exploracdo florestal e, ou, tratamentos silviculturais pés- ina colheita pode estimular a regeneragao, crescimento e produgdo tanto das espécies arbéreas de valor e, ou, sem valor comercial quanto das demais espécies vegetais (bambus, cipds, ervas, arbusto etc.), Além do mais, ha drvores de espécies desejaveis, mas com caracteristicas indesejéveis que inviabilizam seu = emprego comercial e que sao beneficiadas pela abertura do dossel. Por conseguinte, para estimular a ure dinamica de sucesso, 0 crescimento e a produgdo e promover melhorias na qualidade e valor da floresta ‘ manejada, recomenda-se aplicar tratamentos silviculturais para harmonizar a participagdo, nos 1 processos de produgao, das espécies e individuos desejéveis comercialmente. Essa assisténcia feu silvicultural € executada de forma a aumentar a participacao das espécies comerciais e agregar valot tm monetério a suas florestas sem, contudo, erradicar nenhuma espécie. Assim, os primeiros e os mais ey importantes passos a serem executados na prescri¢ao € aplicacao de tratamentos silviculturais so a elaboracao da listagem das espécies a serem favorecidas ¢ a fixagao de critérios para os individuos vegetais (&rvores, arbusto, cipés, bambus etc.) a serem removidos. Os tratamentos silviculturais que so by aplicaveis no manejo das florestas naturais incluem corte de cipés, exploragao florestal, refinamento, liberacao e plantio de enriquecimento (SOUZA; JARDIM, 1993; GOMES et al, 2010). Oy fe a Corte de cipds j | é A presenca de cipés, lenhosos ou no lenhosos, dependendo do grau de infestagio, representa |g forte competicio € condigdes inadequadas a sucessao natural e ao crescimento e produgao das espécies | My arboreas de valor comercial madeireiro. Por conseguinte, sua populagdo devera ser controlada, | Sobretudo, para reduzir a competigao por luz, umidade e nutrientes. O controle da populagao de cip6s Ny ndo € feito somente para minimizar a competicao, mas também para facilitar 0 acesso as areas de + ley Colheitas, reduzir os danos de abate de drvores durante a colheita, evitar acidentes durante as atividades &, de exploragdo, © refinamento € a libera¢do e melhorar a qualidade dos fustes das drvores de valor % comercial ey Leer sl ey licados ds florestas tropicais sree snemos stvicutrels —__u7 maioria dos sistemas silviculturais aplicados as florestas tropicais prese, roamento, O corte de cipds pode ser feito com facdo ou foice e em dois lugares: ren as chee ey is alto possivel 0 corte de cipés realizado pelo menos um ano antes do abate de drvores comerciais diminui os anos da colheita de madeira (PUTZ, 1991; JOHNS et al., 1998; VIDAL et al, 1998), contude omen NN eefsideravelmente o manejo florestal (VIDAL et al., 2003), Os custos e também o impacto negativo na diversidade vegetal (PARREN; BONGERS, 2001) dem ser reduzidos se técnicas apropriadas de corte de cipés forem prescritas e aplicadas na floresta nanejada. Pinho (2003) e Pinho et al. (2004) testaram quatro métodos de corte de cipés na FLONA do Tapajés-PA e concluiram que 0 método de menor custo é aquele que prescreve 0 corte de cipds em tomo de todas as érvores comerciais a serem abatidas mais 0 corte daquelas na direcdo estimada de queda das drvores comerciais. Outra forma de reduzir custos € realizar 0 corte seletivo fundamentado nas caracteristicas ecoldgicas das espécies de lianas, preservando aquelas com baixa resisténcia eléstica, as Nore de crescimento lento, as de sub-bosque e as que produzem recursos (VIDAL et al., 2003), ins «it Presumivelmente, por desempenhar importantes funcOes no ecossistema de floresta natural, ura sin recomenda-se que 0 corte de cipés seja precedido de levantamento da composigdo floristica e da tauren, esirutura fitossociolégica, para minimizar 0 seu impacto negativo na biodiversidade. INSTITUTE Até que estudos cientificos e normas determinem as técnicas mais adequadas de controle de ciés na floresta manejada, recomenda-se limitar 0 corte de cipés a0 minimo possivel: “cortar somente . os individuos de espécies agressivas que estejam conectando as drvores a serem abatidas ¢ as demais in oo Srvores localizadas na dirego de queda, ou seja, na zona de impacto da drvore abatida” ie © corte de cipés € um tratamento silvicultural eficiente para recuperacdo de florestas ieee secundérias. Schettino (1999) e Schettino et al.(2002) analisaram mudangas e crescimentos obtidos de um experimento de corte de cipés (RFL 120/89) instalado, em 1989, na Reserva Florestal de Linhares, estimalira ‘municipio de Linhares-ES, de propriedade da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Nos oito anos de da res monitoramento, os resultados das medicdes sucessivas de 35 parcelas permanentes de 0,1 ha cada uma, pare, eletuadas em 1989, 1991, 1993, 1995 e 1997, mostraram mudancas positivas e significativas na riqueza assiséncd ena diversidade de espécies arbéreas. Até quatro anos depois da aplicacao do tratamento, verificaram- gar be ‘se também mudangas positivas no ingrowth, na area basal e no volume. os m3 pais 8302 vis Exploracao ou colheita florestal isane ae A colheita florestal madeireira refere-se as operagdes que comecam com o planejamento compreendem a derrubada ou corte ou abate direcional das 4rvores, o tracamento dos fustes e da copa, 0 amaste das toras, o seu manuseio no patio de estocagem e o seu transporte. Anteriormente, a exploraga0 forestal era vista como operacao distinta dos tratamentos silviculturais. Atualmente, quando a exploraca0 | oo Planejada e cuidadosamente executada, pode ser considerada um dos tratamentos silviculturais mais c "entes (SOUZA; JARDIM, 1993; INAM, 2009; NOGUEIRA et al, 2011). we | vegeigc td Operagdo pode afetar um ou vérios componentes do ecossistema: a égua; o solo; a fauna; a es paamae®: 4 arquitetura; a composigao floristica; e as estruturas horizontal, vertical, interna € 0s as Mat Enfim, essas operacdes podem afetar positiva ¢ negativamente a qualidade e produtividade uy odifee tS: Contudo, representa tratamentos silviculturais somente as operacées, que efetivamente 1 vores 5 Stutura e arquitetura da floresta, ou seja, a abertura de acessos, 0 corte de eipés, o abate de etd silvicultgey Aas" de toras. Apenas 0 abate de Arvores comerciais tem sido avaliado como tratamento Wiculr “wal, Porque representa a operagao fundamental de qualquer sistema silvicultural. am 248 Soca e Soares Nos sistemas silviculturais monocielicos de maneira geral, o tratamento silvicultural consiste nq derrubada e extragao, numa nica operagao, de todas as drvores comerciais ou nao, até um limite de tamanho especificado, por exemplo, 0 didmetro de tronco a altura de 1,30 m do solo (DAP). Nos sistemas silviculturais policfclicos, a exploracao, em geral, € controlada por uma verificagig de tamanho (DAP), com base na demanda, nas espécies, na distribuigo diamétrica, na qualidade do fuste, na sanidade do fuste etc. Por exemplo, se houver predominio de grandes arvores, 0 diimetro minimo de abate, por espécie, devera ser mantido 0 mais alto possivel. Caso contrério, 0 limite de didmetro poderd’ ser diminuido. Mudancas tecnolégicas também implicam redugdo do limite de didmetro. Além disso, 0 mimero maximo de Arvores que deverao ser abatidas da classe de tamanho (DAP) comercial pode ser controlado arbitrariamente ou, de preferéncia, por meio do emprezo de formulas apropriadas, A exploraco florestal tem efeitos ambientais em geral sobre o solo, a gua, a fauna ¢ a vegetaco (YARED; SOUZA, 1993, LUDKE et al., 2001). Por si s6, quando planejada € executada corretamente, resulta em maior eficiéncia do sistema de produgao florestal e também causa menores efeitos ambientais adversos. Pelo fato de promover um grau de abertura dos dosséis (inferior, médio e superior), a exploracao ativa todos os processos de sucessdo ¢ de crescimento € producao da floresta remanescente da colheita de madeira. Se a intensidade de remoco das arvores comerciais for muito elevada, provavelmente, criaré grandes clareiras, onde as categorias sucessionais de espécies pioneiras e secundirias iniciais serdo favorecidas. Nesse caso, a sucessio pode nfo seguir 0 seu curso normal. Porém, se a exploracdo for de muito baixa intensidade ela resultaré em baixa taxa de crescimento ¢ producao. A exploracdo nfo somente aumenta a quantidade de radiacdo que atinge 0 piso da floresta, como também produz grandes modificagdes na qualidade da energia fotossinteticamente ativa (TAIZ: ZEIGER, 1991). A exploracao também induz crescimento mais vigoroso de individuos pequenos, médios € grandes (pré-comerciais), se entre eles houver intensa competicdo por luz, umidade € ‘nutrientes minerais. Conclusivamente, a intensidade de exploragao florestal deve ser a minima possivel e de forma a viabilizar econdmica e ambientalmente 0 manejo da floresta. Em geral, quanto maior a intensidade da exploragao, maiores 0s custos ou investimentos em tratamentos silviculturais na pés-colheita florestal (MAINI, 1992) Corte ou abate de arvores O corte de drvores é a atividade fundamental da colheita de impacto reduzido (EIR). Deve ser planejado e executado com rigoroso critério técnico, visto que influencia decisivamente no planejamento € na operacao de arraste. Por ser operacdo de alto risco, necessita de equipamentos adequados e de pessoal capacitado (NOGUEIRA et al, 2011; INAM, 2009). corte direcional deve ser feito com motosserras ¢ com cunhas € somente as érvores marcadas devem ser derrubadas, mas, antes, a equipe deverd determinar a melhor diregdo de queda, de forma a: garantir maior seguranga a equipe de corte e eliminar os acidentes mais comuns na operagao; colocar # arvore na melhor posi¢do de arraste; evitar desperdicios de madeira € danos severos &s drvores remanescentes; ¢ obter maior produtividade (AMARAL et al., 1998; INAM, 2009; NOGUEIRA et al, 2011). Refinamento e liberagdo 5 : is jesejaveis, refinamento compreende a eliminacdo de individuos arbéreos com caracteratias ind ae a0 paso que a liberacio € 0 favorecimento de individuos descjéveis. O refinamento & Et) uniformemente na floresta, ao passo que a liberagdo € feita somente em torno da drvore des Az ImGAR ve et riuaent ‘do doe ser co hme re ‘de nina, rns svcntaraiseplicados ds florestas tropicais sie ba hanes 249 ento reduz a rea basal para um nivel planejado e WT ONKERS, 1987; WADSWORH: ZWEEDE ace * POF Conseguintc, a competicio (GRAAF, Em geral, entende-se como individuo arbére comers. Ente 08 individuos alvos ase eliminar Sine pours, a MRA € a5 severament danfiadas jveis, como também érvores bem formadas de emecn, tlas server de abrigo, protegdo e habitat para fauna e suporte para outras espécies veeean woe bromélias) e, quando pertencem a espécies raras ¢, ou, ameagadas de extingao, elas a ate ete para eumpri suas fungbes ecoldgicas. ; fem ser mantidas 0s refinamentos podem ser realizados de duas formas: a) por mei a através do anelamento e, ou, envenenamento com arboricidas WARDIM, i995, JARDA SOUZA, 1997; JARDIM et al., 1996a, 1996; WADSWORH: ZWEEDE, 2006). A’ escolha entre as formas de execugio dos tefinamentos depende do comportamento ecofisiolégico das especies © de tauve fcondmicos. Por exemplo, se hé mercado para a madeira removida nos refinamentos, a¢ reccran auferidas podem compensar 0s custos dos tratamentos silviculturais e, dessa forma, aumentar a viabilidade econémica do manejo. Porém, 0 emprego desse tipo de tratamento com propdsitos Sivieutural e econ6mico deve ser criteriosamente regulamentado para precaver O° seu uso indiseriminado, Além disso, pode causar impacto na vegetacao remanescente e proporcionar ambiente favordvel para regeneragao de espécies pioneiras indesejaveis comercialmente, (GRAAF, 1986, JONKERS, 1987) : A aplicacdo dos refinamentos depende da fixasio dos seguintes crtérios (ROIAS GUTIERREZ, 1970; GARCIA, 1990): a) regime do refinamento ~ indica o nimero de drvores, area basal ¢, ou, volume 1 ser retido, por hectare, apds a exploragio, e pode set expresso em porcentagem; ) grau do refinamento~ representa a intensidade de remocao, por classe de didmetro, em toda a exploragao: c) ref 1986: mesmo que pertengam i Tia do een ede fora ciclo do refinamento ~ € o periodo médio, em anos, decorrido entre sucessivos refinamentos, portanto ensidue pode ser constante ou variavel; d) peso do refinamento ~ é avaliado em termos de area basal e, ou, do eta Noes volume removido em um s6 refinamento; e e) intensidade do refinamento ~ é avaliada em termos de nimero de arvores, drea basal e, ou, volume removido num ciclo, ou seja, intensidade = peso/ciclo. Plantio de enriquecimento Este plantio visa melhorar a composigao de espécies do povoamento florestal, por meio do Deve amet Plantio de mudas de espécies autéctones de valor comercial, ambiental e, ou, social. Embora 0 termo jae! , Ps j ‘Genico seja plantio de enriquecimento, a semeadura também pode ser recomendada. de pes iq © plantio de enriquecimento deve ser recomendado mais como medida mitigadora de efeitos om ambientais negatives do que opeao silvicultural. Ha dividas quanto aos resultados técnicos mae ‘condmicos do emprego desse tratamento silvicultural, pois os custos so elevados, coca? Prescreve-se, contudo, o plantio de enriquecimento nas situacdes em que a regeneragao natural ine 3s espécies comerciais & deficitéria; hd extingdo local de espécie de valores econdmico, social ou ambiental; ha interesse na introdugao de espécie de valor econdmico, ambiental ou social; ha espécies Taras, espécies em perigo ou consideradas em extingio; ¢ hd necessidade de recuperar as clareiras Provocadas por abate, trilhas de arraste e patios de estocagem de madeira 7 SL Se a deciséo for por esse plantio, devem-se observar a categoria sucessional das espécies antadas eas condicdes climéticas e edaficas dos locais de plantio. ‘em grupos, preferencialmente, ap6s © co leste-oeste ou em curva de ‘mais apropriados, segundo as te em espacamento irregular: acti finan Plantio de enriquecimento pode ser feito em linha e, ov, a “td ©, ou, a liberagao. As linhas deverao ser abertas na orienta gene, a das linhas, as mudas deverdo ser plantadas nos locais 'clas ecoldgicas das espécies plantadas, mesmo que isso resu ee ee = 250 Souza e Soares Contudo, deve-se fazer, a priori, rigoroso estudo de composigao e estrutura fitossociolégica parg subsidiar o plantio de enriquecimento. ‘A muda utilizada no plantio de enriquecimento dever4 ser de boa qualidade e receber as deviday assisténcias culturais para rapidamente competir e vencer a concorréncia com a vegelacio jg estabelecida. A posteriori, sempre que necessério a floresta enriquecida deverd receber os tratamentos silviculturais adequados, ou seja, controle de cipés e vegetacdo invasora, além de refinamento ¢ liberagdo. Também deveréo ser implementadas medidas de protecdo florestal, como cercas, aceiros, combate a formigas-cortadeiras e vigildncia contra caga e extracao de plantas e de madeiras. Exemplo de sistemas silviculturais Sistema CELOS s relatos completos das experiéncias sobre manejo das florestas tropicais no Suriname podem ser encontrados em Graaf (1987), Jonkers (1987) e Hendrison (1990). Segundo Graaf (1987), varias técnicas silviculturais foram experimentadas visando obter povoamentos mais economicamente Produtivos que a floresta seletivamente explorada. Entretanto, poucas passaram nos primeiros testes € foram aplicadas em extensas éreas. Uma das experiéncias bem-sucedidas foi o sistema silvicultural CELOS (Center for Agricultural Research in Suriname), que foi concebido com o objetivo de produzir madeira para serrarias e laminago. O sistema originou-se de pesquisas silviculturais, cujos resultados, indicaram 0 incremento das espécies desejaveis em florestas exploradas, o qual poderia ser aumentado pela aplicagao de tratamentos silviculturais, como refinamentos e liberacao. O sistema CELOS constiui- se de exploracdo, primeiro refinamento, segundo refinamento, terceiro refinamento ¢ uma colheita no vigésimo ano, ou seja, no final do primeiro ciclo de corte (Quadro 12.2). Quadro 12.2 - Sequéncia das operagdes do sistema CELOS (Center for Agricultural Research in Suriname), aplicado no Suriname Fase Operagio ‘Abertura de acesso & floresta. Avaliagdo e mapeamento de arvores comerciais, Pré-exploragio _| Amostragem da regeneracao avancada valiosa e total. Corte de cipds. Marcagd0 de parcelas permanentes. Avaliagao da produgo em mapas e no campo ‘Exploragao Derrubada e arraste de drvores comerciais ‘Amostragem para determinar a distribuigdo diamétrica, Marcagio de rvores Pos-exploragdo | para refinamento € corte de cipés Segunda medigao das parcelas permanentes- Repetigdo dessas operacdes durante o ciclo de corte setts Fonte: GRAAF, 1987; GRAAF: VAN ROMPACY, 1990; SOUZA; TARDIM, 1993 Graaf (1987) citou os seguintes principios bésicos para que o sistema CELOS seja aplicado com sucesso: 1, Exploragio e tratamentos silviculturais devem ser integrados. 2. O inventério florestal é a base para o planejamento das operagées silviculturais € de ena me em como para o controle do desenvolvimento do estoque, do impacto da explorasae efeitos dos tratamentos. é fica 3. A extragdo de madeira € restrita para manter © maximo possivel das fungdes ecol6sic floresta, reduzindo o dano da exploragio e da exportagao de nutrientes. — ¢ Alin 1 Hipe 4. Manté LOS consti na colheita mp Research it comer. Mari? ig cans pins 5 lores ria ce 251 ji os com ciclos de corte de 15 a 25 anos, dependendo do incremento atingido ides de manejo tem de funcionar como distitos flresais, mantendo a infaesiwtura de as nap para estradas ¢ istlapes para 0 trabalho floret wing sla legisla florestal deve salvaguardar a osigio legal das zonas de mancjo © dos Uiatritos florestais, pergcordo com Graaf (1987), além da methoria do incremento © da regenerao, podemse seme seguntes vantagens do sistema CELOS: spo artra mutes da loresta €retda, © que mantém mules opydes aber 2. Nao € olnerével para ser negligenciado. 4) Hs poucorisco de incéndios forests +L Pragase doengas so riscos calculados. 5, O capital de nutrients & preservado na fitomassa, A fungio filtrate da floresta é amplamente manta, > Hé pequenas mudangas somente na fauna, na flora e no ciclo hidrol6gico. 4. Mantém muitos produtos secundérios ainda disponiveis. Sistema seletivo na Flona do Tapajos jicultura de floresta tropical na Amazé6nia datam de 1950, Uma versio: iclico) foi experimentada com relativo sucesso em Curué-Una, Estado do Pari, Desde 1975, a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuérias (Embrapa) desenvolve pesquisas com manejo florestal nas regides do Tapajés ¢ Jari, no Pard (SILVA, 1989). Em 1980, um projeto demonstrativo: de manejo de cerca de 136.000 ha, fundamentado no SMU (sistema monociclico), foi preparado pela FAO para ser realizado na Flona do’ Tapajés (FAO, 1980; SILVA, 1989). Em 1985, com base nos resultados preliminares de pesquisas realizadas na Flona do Tapajés, a Enbrapa formulou um sistema de manejo seletivo (Quadro 12.3), ou seja, um sistema policfclico, que teve como objetivos verificar os efeitos de intensidades de cortes na regenerago, no crescimento ¢ na producao de florsta tropical manejada (SILVA, 1989). ‘As experiéncias com silvi modificada do TSS (sistema monoci Sistema de Selecdo de Espécies Listadas (SEL) Desde a década de 1960, 0 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazdnia -INPA vem realizando Pesquisas em manejo florestal (SOUZA, 1998), sendo os principais resultados apresentados no relat6rio final 4 projeto Bionte (HIGUCHI et al., 1997). Fundamentados nos resultados preliminares das referidas esqisas, Higuchi et al. (1990) formularam ¢ realizaram o sistema SEL (Quadro 12.4), Polcctico que se apresenta viével, do ponto de vista silvicultural, para manejo sustentavel das florestas de ‘ema firme da Amazénia. ‘um sistema 252 Quadro 12.3 - Sequéncia de operayies no Sistema de Selecao (SSE) na FLONA do Tapajés, Municipio de Santarém, Estado do Para 7 Operacao n-2 Inventério pré-exploratério com intensidade de 100%, inventariando todas as drvores com DAP 2 60 cm e confecgao de mapas de explora¢0 ~ Selegio € marcagao de arvores comerciais, observando boa distribuigao espacial para n-1 _ jevitar grandes clareiras e danos de exploracdo. Idem para as arvores a serem retidas, Efetuar corte de cipés. Instalagao de parcelas permanentes na proporcio de 1 ha para cada 250 a 300 ha de floresta produtiva a Exploracdo florestal, observando derrubada direcional, se possivel. Extraplo de 30 a 40 m*.ha' de arvores com DAP 2 60 cm nt Remedigao de parcelas permanentes para avaliar danos e estoque residual ‘Anelamento ¢, ou, envenenamento de arvores de espécies indesejaveis e de espécies n +2 |Valiosas severamente danificadas. Reducao de um tergo (33%) na drea basal original, incluindo exploracao e desbaste n+3 | Remedigao de parcelas permanentes nes Remedigao de parcelas permanentes Raleamento para favorecer 0 incremento das espécies comerciais residuais retidas. +10 |Remedigao das parcelas permanentes a cada cinco anos e aplicagao de tratamentos silviculturais a cada 10 anos Fonte SILVA, 1989; SILWA; WHITMORE, 1990; SOUZA; TARDIN, 1995, Quadro 12.4 - Sequéncia de operagdes no Sistema de Selecio de Espécies Listadas (SEL) na regio de Manaus, Amazonas, Brasil Ano Operagio Definigao de espécies listadas (EL). Inventario de baixa intensidade: inventirio n-5 _ |€0mercial (IC) englobando érvores com DAP > 20 cm. Inventério diagnéstico (ID) da regeneracio natural para avaliar estoque de EL infantil/juvenil. Se no houver estoque, apresentar plano detalhado de exploracao florestal ei Marcagao € delimitagao definitiva do primeiro talhao e de parcelas permanentes. ID nna fase juvenil do talhao, avaliando o estado de competi¢ao das EL n-1 | Corte de cipés e anelamento de drvores indesejaveis, conforme ID na fase juveni Marcagdo de érvores para abate n Exploragdo florestal, incluindo as operagdes de corte e de arraste oe arr ID nas fases infantil e juvenil, para avaliar danos e prescrever tratamentos silviculturais n +2 [Anelamento de espécies indese)dveis nos trés estratos, conforme resultados do 1D es ee 7 n+5 | ID para avaliar os efeitos dos tratamentos, comparar os IDs anteriores ¢ © rescrever novos tratamentos silviculturais a jdual ID na fase n+19 _ |Monitoramento do crescimento e do incremento da floresta residui juvenil para ajustar tratamentos silviculturais __ Fonte" HIGUCHT etal, 1990; SOUZA; JARDINE 1593, |. Souta e Soares i i ba a He tratament, —__. ) na regi de invent too ID) ds io howver vente. ID juve = a5 tt aniatrasaplicados ds lrestastropcaix psiaen secre SRE rie eeepc eee stema de manejo em faixas alternadas (MAFA) 0 sistema de corte em faixa f0i originalmente proposto para explorar floresta em cores rasos, iuando fires esreitas, que imitam os distrbios naurais da Floresta, como as carers peexcen saga e srvores. O sslema ests fundamentado os seguintes aspects: largura. da fina, da regeneracio natural via propagacao assexuada e sexuada, auséneia de cuca part sido (BUSCHBACHER, 1990) ARIAS, 1998), aweimades © de aN MAFA teve origem num convénio de prestacio de servigos e pesquisas celebrado entre a shio Gusa S.A. (MARGUSA) ¢ a Sociedade de Investigagées Florestais (SIF). Teve como petwo principal car alterativa de manejo operacional, ambiental e economicamente vidvel para a xiio de carvao em Floresta Ombréfila Aberta, (0 sistema MAFA foi formulado e executado, em 2001, no plano de manejo florestal sustentado enominado Projeto Magela, protocolado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Xutuais Renovéveis (IBAMA-MA) sob o n* 02012002409/00, localizado no Municipio de Cods, MA {UW'35" 20" S e 43° 49" 55,2" W). Tem cerca de 1.050 ha, sendo 55% de Floresta Ombrofila Aberta com cips 45% de Floresta Ombr6fila Aberta com palmeira (GAMA, 2004). No sistema MAFA nao se realizou 0 corte raso. A floresta foi dividida em uma série de faixas, teado cada faixa duas subfaixas (Figura 12.2). A subfaixa I foi colhida e a subfaixa Il, preservada de tate, Aps 0 estabelecimento da regeneracéo natural, comprovado mediante o monitoramento. da subfuina I, a colheita serd realizada na subfaixa Il. A largura da faixa foi de 75 m (subfaixa I de 50 me subfaixa II de 25 m), aproximadamente duas vezes e meia a altura dominante da floresta (média das Gores de maior altura de cada parcela inventariada). As faixas foram locadas no sentido leste-oeste ragnético, para maximizar a incidéncia dos raios solares (GAMA, 2004). A. sequéncia de atividades tealizadas no MAFA esta listada na Quadro 12,5. No MAFA foram colhidas 60% das arvores com 15 cm < DAP < 40 cm e 90% daquelas com: 15cm > DAP > 40 cm, com ciclo de corte estimado para 26 anos. Essas classes de didmetro foram sxotadas, porque drvores remanescentes abaixo de 15cm de DAP sio normalmente derrubadas pelo vento ou ficam vergadas, além do que os fustes de drvores acima de 40 cm de DAP apresentam alta incidéncia de oco, em Floresta Ombréfila Aberta (GAMA, 2004). Sif £82 Floresta nao explorada Figura : 4 "Mt 122 - Croqui de locagdo das faixas, Projeto Magela, no Municipio de Codé, Estado do a Maranao. 'SCAMA, 2004, MO —————— — 254 0 Quadro 12.5 - Sequéncia de atividades do MAFA, Projeto Magela, Municipio ee Maranhao Plo de Cod6, Estado ag « = : = se 5-1 [Delimitagdo da unidade de produgao anual (UPA) e das unidades de wabalho (Ut —~ 9 wl Tnventério florestal, por amostragem, e microzoneamento & yi zs es a 9 aa Locagdo das faixas na UT obedecendo & direcdo leste-oeste, que consist na aberuna” sist de picadas de cerca de 1,5 m de largura e na sua sinalizacdo com tinta amarela as i nd Identificagao das faixas com marcos de madeira nl Instalagdo e primeira medigao das parcelas permanentes Desbaste do sub-bosque (corte de cipd © arbustos de pequeno porte), para faciliaro deslocamento da equipe de corte a Selegao e marcagdo, com tinta vermelha, das drvores-matriz e protegidas de corte na faixa de colheita D ‘Abertura do carreador, sempre que possivel, no centro da faixa de colheita a Colheita mediante o abate direcional. A altura de corte foi de aproximadamente 15 cm, com pequena inclinacao (em bisel), para nao acumular égua da chuva em cima da cepa ‘ Tracamento da lenha no comprimento de 1,10 me empilhamento em até quatro fileiras, duas de cada lado do carreador z Rebaixamento e espalhamento da galhada, de forma homogénea, por toda a extensio da faixa de colheita n | Extragdo e transporte da Tenha até @ praga de carvoejamento, com trator de prea equipado com reboque n+1 | Segunda medigao das parcelas permanentes Tratamento silvicultural (liberagio das mudas ¢ desbaste das cepas) aplicado no | periodo de 1,5 a 2 anos apés a colheita. Os indicadores para realizacdo dessa atividade n+2 sao: altura média da brotacao superior ou igual a 1,5 m; brotagdes de espécies dominantes (Cenostigma macrophyllum, Hymenaea sp., Duguetia cadaverica & Pouteria sp.) com Ht 2 4,0 m; e infestagao de cipé em mais de 70% da érea Fonte: GAMA, 7 Recuperacao de florestas secundarias Os estagios de regeneragdo de florestas nativas ocorrem em dreas onde a floresta original foi suprimida para usos alternativos da terra e em florestas primérias que sofreram perturbagoes antrépicas ou naturais. Controlando, sobretudo, as perturbagdes antrépicas e realizando agdes ambientais ou de ‘manejo florestal, os estégios de regeneracao inicial, médio e avancado (BRASIL, 1993; BRASIL, 2007). podem se renovarem e desenvolverem em direca0 ao climax (floresta priméria). Contudo, 0 tempo © 08 custos da recuperacdo florestal dependem do nfvel e da intensidade dos distirbios ¢ do processo Je regeneragao. Portanto, dependendo dos objetivos do manejo, pode-se renovar ou recuperar uma flores) nativa estimulando os processos de regeneracao natural e, ou, realizando regeneracao artificial (MAIN 1992), ‘AS ages de manejo para recuperacao florestal podem incluir: : as 1) Proteger a Grea para evitar incéndios, pastoreio e pisoteio € controlar infestago de formes cortadeiras. & ay i) Ma lig of z, 5 i cas nae 00 eos tt INI ps trolar infestagao de gramineas e de cipés, sobretudo nas bordas, regeneracdo natural de espécies arbéreas € de arbustos. : io de enriquecimento, Em érea de re: jzar plantio serva legal priorizar o plantio de mu 3) Revseeas de valor comercial madeireiro, Em érea de preservagao permaneate hcp ig ‘spécies autéctones, preferencialmente de valor ambiental © social (prado al oi iro) adaptadas a0 ambiente. cial (produtos florestal nao Para liberar © estimular @ ae rnadeireir0) 1) Assistira regeneracdo natural ¢, ou, artificial mediante capinas e adubagées, quando necessério 5 Relizarinventtio para monitorarsucessio Floresta. ‘As agdes 1, 2 € 5 so indicadas para conservagio de rea com cobertura florestal em estégios incial, médio € avancado da vegetacao secundéria e nas Areas com expressiva degradagio, realizar os goes de 105. 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