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Pensamento Social e Etnografia Da Amazônia
Pensamento Social e Etnografia Da Amazônia
III
Segundo Skidmore (1976), Schwarcz (1993) e Ventura (1991), durante as últimas
décadas dos oitocentos ocorreu um importante processo de renovação intelectual no país,
sob a influência de várias correntes de pensamento, como o positivismo, evolucionismo,
darwinismo social, naturalismo. Nessa época, haviam surgido alguns círculos de
intelectuais preocupados com os caminhos da nacionalidade brasileira que, participantes
da "Geração de 70" (4), se posicionavam diante do que acreditavam ser o dilema do país:
a questão da mestiçagem.
O processo de cruzamento das raças na formação da sociedade brasileira
constituía-se em objeto de estudos e investigações científicas por parte dos "homens de
sciência", particularmente após o término da escravidão, mediante a apropriação das teses
propaladas pelo racismo científico. Muitos intelectuais brasileiros acabaram buscando no
suposto problema da mestiçagem, por meio da teoria do branqueamento, uma solução
para a superação do atraso do país (ver Skidmore, 1976; Schwarcz, 1993).
Por outro lado, nem todos os intelectuais desposavam os paradigmas das teses
raciais em seus estudos acerca da história da sociedade brasileira. O médico e literato
Manoel Bonfim, por exemplo, mesmo preso teoricamente aos princípios básicos das
ciências biológicas aplicados às ciências sociais, em sua obra A América Latina. Males
de Origem (1905) (5), elabora um "contradiscurso" que nega qualquer fundamento ao
racismo científico, considerando-o uma ideologia do imperialismo norte-americano e,
particularmente, europeu. Na verdade, Bonfim procura demonstrar que a situação de
atraso do Brasil é uma decorrência de fatores históricos explicados à luz das leis e
categorias biológicas (6).
Entretanto, os representantes da "Geração de 70" batiam-se pelo ingresso do Brasil
no seleto clube dos povos civilizados - sendo estes vistos sob o prisma das ciências
biológicas aplicadas ao estudo da realidade social -, concebendo a literatura como
catalisadora das mudanças sociais e revigoradora da nacionalidade, através da crítica
literária baseada no método etnológico e no critério nacionalístico (Barbosa, 1974:34-38).
Neste ponto, inclusive, reside a diferença de perspectiva entre o indianismo nacionalista
da primeira metade do século XIX e o pensamento social da segunda metade dos
oitocentos, quanto ao estudo das origens da nacionalidade brasileira e da construção da
identidade nacional (ver Cunha, 1986:165-173), como é possível observar nas palavras
críticas de José Veríssimo ao comentar a ausência de cientificidade dos autores indianistas
em suas análises das populações indígenas, consideradas pelo autor paraense como
degeneradas:
"E, diante de tôda (sic) esta degradação, a gente não podia deixar
de sorrir das teorias sentimentalistas dos românticos da política
ou da arte, e perguntar se êstes (sic) sujeitos darão jamais cidadãos
aproveitáveis e indagar onde estão, entre estas mulheres feias e
desgraçadas, as Iracemas e entre êstes (sic) homens rudes e
grosseiros, os Ubirajaras" (1970a:123).
É claro que se faz necessário não esquecer que o surgimento de discursos literários
constituidores da identidade e nação brasileiras, por intermédio do esquadrinhamento das
origens e conformação do país, desde a primeira metade do século XIX, fragiliza a versão
consagrada do pioneirismo, no campo literário, dos "homens de sciência", no trato e
estudo das questões acerca da nacionalidade, a partir das últimas décadas dos oitocentos
(7). Dessa perspectiva, é possível pensar o ensaio "Como se Deve Escrever a História do
Brasil", do naturalista-viajante germânico Von Martius (1982:85-107), como exemplo de
obra dedicada ao tema da construção da nacionalidade no pensamento das elites na
primeira metade do século passado.
De qualquer forma, é no contexto da "Geração de 1870", mais precisamente em
1878, que o jovem José Veríssimo publica seu primeiro livro, Primeiras Páginas,
influenciado pelo naturalismo e convicções positivistas, dando início a uma sólida
carreira intelectual marcadamente voltada para o papel social da literatura brasileira, sem
desvencilhar-se de suas preocupações com os estudos etnográficos da região amazônica.
Faz-se necessário, então, compreender como o escritor paraense construiu determinados
temas em sua obra etnográfica no período entre 1878 e 1915 (8).
IV
No seu ensaio, "As Populações Indígenas e Mestiças da Amazônia. Sua
Linguagem, suas Crenças e seus Costumes", publicado pela primeira vez com o título
Raças Cruzadas do Pará, em Primeiras Páginas, e, posteriormente, revisado, ampliado
e republicado pelo autor em seu outro livro Scenas da Vida Amazônica (1886), José
Veríssimo afirma a positivação da mestiçagem: "A América é o vastíssimo cadinho em
que se fundem hoje as diversas raças e gentes do globo. Porventura sua missão histórica
é dar, servindo de campo para o cruzamento de tôdas (sic) elas, unidade étnica à
humanidade, e, portanto, nova face às sociedades que hão de viver no futuro" (1970a:11).
Aqui, Veríssimo enfatiza a situação brasileira, particularmente a região amazônica, onde
a predominância da população mestiça podia possibilitar seu processo de branqueamento:
"Em regra geral, cada nôvo (sic) cruzamento aproxima o mameluco, o filho do branco e
do índio (curiboca, ou mameluco propriamente dito) da raça branca" (idem:14).
José Veríssimo, inclusive, busca na miscigenação racial a originalidade do Brasil
enquanto nação, percebendo as possíveis vantagens advindas do cruzamento das raças,
ou seja, a constituição de uma homogeneidade étnica a longo prazo, impedindo a
existência de problemas raciais no Brasil como acontecia, por exemplo, nos Estados
Unidos da América (idem:27-28), desde que houvesse a hegemonia dos elementos raciais
superiores durante o processo de mestiçagem, subtraindo-se os caracteres físicos e morais
daqueles considerados inferiores.
Em seu estudo acerca das raças cruzadas na Amazônia, Veríssimo afirma que há
forte presença do elemento indígena associado ao branco colonizador, em detrimento da
pouca significância da raça negra: "Esta região, com efeito, foi das menos povoadas por
negros, e hoje é raríssimo encontrar africanos nas duas províncias [Pará e Amazonas],
principalmente fora das capitais [Belém e Manaus]" (idem:24) (9). Dada essa situação, o
autor paraense percebe uma grande vantagem étnica para a população amazônica, uma
vez que concebe os negros como inferiores aos índios, os quais por sua vez, se
encontravam mais próximos da raça branca. Posteriormente, nosso autor altera sua tese
inicial, afirmando em sua obra Estudos Brasileiros (1877/1885) que: "fui profundamente
injusto com a raça negra, na qual tenho antepassados. Ela é porventura superior a indígena
e prestou ao Brasil relevantes serviços" (Veríssimo, 1889:10).
Além disso, também se dedica em seu ensaio aos índios tapuios, considerados pelo
autor como índios destribalizados que viviam em aldeamentos em estágio de
semicivilização, sendo, por isso, distintos dos demais grupos indígenas em perfeito estado
de selvageria: "chamado ao grêmio da civilização e obrigado a partilhar, embora como
pária, a nossa vida, o índio perdeu o caráter acentuado de selvagem: não só o moral mas
também o físico se lhe modificou, como é fácil reconhecer no tapuio, que, filho do índio,
como índio já se diferencia dêle (sic)" (Veríssimo, 1970a:14) (10). Para o autor, a
"influência do meio social" forjada na Amazônia durante o processo de colonização
portuguesa, possibilitou que os filhos de índios nascidos nessa nova situação fossem
muitas vezes forçados a "assimilar costumes, crenças, idéias, língua, tudo, enfim,
inteiramente diversos dos seus", constituindo-se em tapuios, da mesma forma que os
filhos de africanos nascidos no Brasil, sob o peso de uma nova realidade social, se
distinguiam de seus antepassados crioulos.
A determinação do meio social atuava, portanto, não apenas sobre a formação do
caráter dos descendentes dos índios em contato com a civilização européia nos trópicos,
mas também nas transformações dos caracteres físicos dos tapuios, possibilitando um
distanciamento biológico de seus antepassados, galgando mais um passo na escala
evolucionista do aperfeiçoamento da espécie. "O prognatismo maxilar, a obliqüidade dos
olhos, a falta de pêlos no corpo e na barba, só aparecem como casos de atavismo; são
muitos, mas não são regra geral" (idem:15). Para Veríssimo, os tapuios não eram mais
índios, porém, ainda não haviam alcançado um lugar na sociedade civilizada,
encontrando-se em situação marginal, sendo, até mesmo, menosprezados pelos
mamelucos, descendentes do cruzamento entre brancos e índios (idem:14).
Os mamelucos variam enormemente conforme o grau de cruzamento: na primeira
geração, conhecidos como curibocas,
V
Outros comentários poderiam ser feitos sobre a etnografia construída por José
Veríssimo acerca da Amazônia, porém é possível acreditar que os temas escolhidos para
esta digressão não são menos importantes em sua obra e pensamento social, muito pelo
contrário, aí residem as bases de todo o seu raciocínio influenciado pelas teses do racismo
científico. Na verdade, José Veríssimo procurava compreender a região do vale do
Amazonas dentro do discurso da época, influenciado pelo naturalismo francês que, só
muito parcialmente, abandonaria em sua fase de afirmação enquanto crítico literário, na
cidade do Rio de Janeiro, quando se constituiu em adepto da leitura impressionista das
obras literárias, redefinindo, inclusive, sua própria noção do que fosse a literatura,
distanciando-se das posições defendidas por Sílvio Romero e outros escritores egressos
da famosa "Geração de 70" (cf. Barbosa, 1974; Ventura, 1991; Süssekind e Ventura,
1984).
Sob as névoas do naturalismo, José Veríssimo enfatiza a determinação dos meios
natural e social no processo de formação da população mestiça da Amazônia, desde a
época colonial, assegurando que os estados moral e material desabonadores das raças
cruzadas da região não se devem ao próprio processo de mistura ou miscigenação racial
ocorrido entre raças puras - se é que existiam - , conforme induzem viajantes-
pesquisadores, como Agassiz, ou cientistas nacionais renomados, como Nina Rodrigues
(1938), mas resultam, lembra o etnógrafo paraense, das condições em que se operam tais
cruzamentos, principalmente quando o elemento superior se encontra representado pelo
que havia de pior na estirpe portuguesa.
Na verdade, José Veríssimo concebe a mestiçagem como caminho necessário ao
processo de civilização da Amazônia, possibilitando o branqueamento de sua população,
na medida em que as cidades e vilas da região só existiam por causa da presença da
colonização européia, mesmo que portuguesa, haja vista a superioridade destes
comparativamente aos indígenas, ainda que não deixassem de sofrer as influências destes
últimos (idem:27, 236).
O naturalismo encontra-se bastante presente nos relatos etnográficos de
Veríssimo, como, por exemplo, nas narrativas de suas viagens particulares ou oficiais a
serviço do governo pelo hinterland da Amazônia, nas quais se preocupava com a
descrição geográfica, topográfica e hidrográfica do território visitado, descrevendo em
suas páginas a natureza como um quadro fidedignamente pincelado pelas primeiras
observações colhidas pelo autor paraense em sua "carteira de viagens" (idem:210). Em
sua narrativa acerca da viagem de Belém a Óbidos, a bordo do Arari, destaca a
importância social da literatura naturalista:
"Sei que não estão estas linhas no espírito do folhetim, mas tenho
para mim que os estudos e observações práticas são mais úteis em
um país nôvo (sic) como o nosso, e principalmente em uma
província tão atrasada como esta, do que os escritos de outra
qualquer ordem. Por isso os leitores - se leitores tiver - me hão de
permitir que desça algumas vêzes (sic) a tratar, em folhetim,
dêsses (sic) assuntos" (idem:227).
VI
Em seu texto "O Folclore do Selvagem Amazônico", publicado em seu livro
Estudos Brasileiros. Segunda Série (1889-1893), José Veríssimo (1970a:137) afirma que
aos homens da ciência cabia "serenidade e indiferença" na análise de seus objetos de
pesquisa, distanciando-se do "sentimentalismo". Dessa perspectiva, fazia suas críticas ao
indianismo romântico, postulando a realização de uma obra etnográfica consoante com
os ensinamentos das modernas correntes científicas do positivismo e evolucionismo.
As concepções positivistas e evolucionistas da história da humanidade encontram-
se presentes em Veríssimo, em suas análises das crenças e religiosidade dos tupi-guaranis,
tapuios e mamelucos da Amazônia (idem:54-55), bem como nos seus outros escritos
acerca da sociedade amazônica, como, por exemplo, em sua resenha do livro Os Motins
Políticos do Pará, de Domingos Antônio Raiol. Nela, o autor afirma:
VII
À guisa de conclusão, posso apenas dizer que este texto não tem a pretensa
ingenuidade de esgotar todas as matrizes e os matizes do pensamento social presente na
obra de José Veríssimo. Procurei, é verdade, compreender como este intelectual paraense
concebia a mestiçagem na Amazônia, no contexto das últimas décadas do século XIX e
primeiros quinze anos do XX, sob a influência das idéias raciais em voga na época, sob
o filtro do positivismo, do evolucionismo e naturalismo, escrevendo uma pequena síntese
das principais teses delineadas em seus trabalhos marcadamente etnográficas, decifrando
a química de seu universo intelectual.
NOTAS:
* Este artigo é uma segunda versão de ensaio apresentado como trabalho de conclusão do
curso História Indígena e do Indigenismo, ministrado pelo prof. John Monteiro no 2º
semestre de 1995 na Pós-Graduação do IFCH/Unicamp. As leituras e discussões ali
realizadas foram de grande valia para a redação deste. Gostaria de agradecer, também,
aos comentários e sugestões da profª. Jane Beltrão que gentilmente leu o texto original.
Todavia, toda e qualquer responsabilidade sobre os temas desenvolvidos aqui são
unicamente do autor.
(1) Sobre o assunto, ver Barbosa (1974), o único trabalho de crítica e história literária que
trata detidamente da obra literária e da figura do escritor José Veríssimo, mesmo que
inserido no contexto da chamada "Geração de 70". Quanto aos memorialistas, destacamos
as únicas biografias escritas sobre Veríssimo: a de Prisco (1937), considerada, sem
dúvida, a mais bem elaborada e escrita; e a de Veríssimo (1966), realizada pelo filho do
biografado. De qualquer forma, ambas são fortemente caracterizadas pelo seu tom
discursivo laudatório.
(2) Sobre as idéias de Veríssimo acerca da política latino-americana, ver suas diversas
crônicas reunidas em livro organizado por João Alexandre Barbosa (Veríssimo, 1985).
Sobre a desilusão de determinados círculos intelectuais com a República de 15 de
novembro de 1889, consultar Sevcenko (1983), cuja análise se detém, basicamente, nas
pessoas e obras de Euclides da Cunha e Lima Barreto.
(3) É lugar comum, diversos autores identificarem a mudança de domicílio de Veríssimo
de Belém para o Rio de Janeiro, unicamente, como resultado direto de sua necessidade
de buscar na capital do país ambiente e espaço mais requintado e complexo, culturalmente
propício à vida literária e aos homens de letras mais ambiciosos. Com essa perspectiva,
ver, por exemplo, ressalvando as diferenças de análise, as opiniões similares de Azevedo
(1990), Barbosa (1974), Ventura (1991) e Prisco (1937).
(4) Sobre a "Geração de 70" como uma "Geração contestante", ver Barbosa (1974);
consultar também Ventura (1991) e Schwarcz (1993).
(5) Este livro foi reeditado em 1993.
(6) Acerca do papel literário e idéias de Manoel Bonfim, ver Süssekind e Ventura (1984),
cujo tema do contradiscurso presente em sua obra foi aqui tomado por empréstimo.
(7) Sobre o esquadrinhamento do Brasil pela literatura romântica, na primeira metade do
século XIX, ver Süssekind (1990).
(8) A escolha do período em questão quebra, propositadamente, qualquer divisão em fases
provinciana e nacional na vida e obra literária de José Veríssimo, sugerida por
memorialistas, críticos e historiadores da literatura. Tal divisão, aliás, sustenta, muitas
vezes, a tese de que as obras etnográficas de Veríssimo se circunscrevem somente à sua
primeira fase (provinciana), época de maturação literária do mesmo que, posteriormente,
buscou alçar vôos maiores na capital do país.
(9) Sobre a presença africana na Amazônia, existem alguns estudos, desde a década de
70, que demonstram exatamente a importância da escravidão negra na região, mesmo que
muito menor que em outras partes do Brasil, desqualificando as afirmações de Veríssimo.
Sobre o tema, ver, por exemplo, os trabalhos de Salles (1971), Vergolino-Henry e
Figueiredo (1990) e Marin (1985;1987). Salles, particularmente, critica as teses de
Veríssimo quanto à pouca significância dada à presença negra, à cultura e aos costumes
africanos na Amazônia.
(10) Vale observar que o termo tapuio, conforme descrito por Veríssimo, se encontra
ainda presente em obra considerada pioneira sobre a história indígena na Amazônia e no
Brasil (ver Moreira Neto (1988), mesmo que sob outros paradigmas bastante distintos das
teses do racismo científico seguidas por Veríssimo). Sobre o uso do termo tapuio, ver
idem:48-49.
(11) É notável a semelhança entre os argumentos de Veríssimo acerca dos indígenas como
uma raça decaída e/ou degenerada e a tese desenvolvida pelo viajante-naturalista alemão
Carl F. P. Von Martius (1982) sobre o mesmo tema. Será que houve uma real influência
de Von Martius sobre Veríssimo? Não é impossível pensar afirmativamente, caso nos
lembremos da penetração das idéias do sábio germânico no seio da intelectualidade
nativa, quando indicava como se devia escrever a História do Brasil em texto laureado
pelo IHGB, na primeira metade do século XIX.
(12) Sobre o naturalismo, consultar Süssekind (1984).
(13) Durante todo o século XIX, o debate acerca da perfectibilidade ou não dos índios e,
conseqüentemente, do seu destino e papel dentro da sociedade brasileira, envolvia
diversos círculos de intelectuais, políticos e outros setores da elite brasileira. É verdade,
também, que o início do presente século não significou o abandono dessa polêmica a
respeito das sociedades indígenas. Sobre a questão, ver, por exemplo, Cunha (1986).
(14) Para uma análise, mesmo que sucinta, dessa obra de Veríssimo, consultar Maués
(1984). Ver, também, Veríssimo (1970b).
(15) Sobre a presença do positivismo no imaginário brasileiro, bem como as suas filiações
ao comtismo ou outra corrente, como, por exemplo, o littreismo, por parte de seus
adeptos, ver Carvalho (1990).
(16) Sobre o tema, ver Coelho (1995). Sobre José Veríssimo consultar, especialmente, a
página 139.
(17) Acerca da participação de Veríssimo nas festas e homenagens dedicadas ao maestro
e compositor campineiro, em 1882, ver a notícia publicada no jornal O Liberal do Pará,
de 25 de julho de 1882, (apud Coelho, 1995:127-129, nota 7). Sobre a publicação do
opúsculo referido, cf. Prisco (1937:88-89).
(18) Sobre os autores que não concebem José Veríssimo como participante da vida
política da época, com os quais não é possível concordar nesta questão, ver Barbosa
(1974); Ventura (1991).
(19) Conf. Relatório da Presidência da Província do Pará, de 22 de julho de 1889, esp.
pp. 18-19.
(20) Conf. as informações em Schwarcz (1993:84-85), mesmo que este livro contenha
pequenas falhas em termos factuais, e Rocque (s/d:79-80).
(21) Nessa época, tais possibilidades de estudos encontravam-se bastante presentes no
seio das instituições de pesquisa e entre cientistas brasileiros. Daí, por exemplo, os
estudos desenvolvidos por Nina Rodrigues (1938), no campo da antropologia criminal,
ou, então, as investigações craniológicas feitas por Lacerda (1876).
(22) Sobre a questão, ver os comentários feitos na nota 10.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS