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O Princípio da Entidade
O Princípio da Continuidade
"Art. 5º. A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável,
devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais,
quantitativas e qualitativas.
§ 1º. A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou
o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo
determinado, previsto ou previsível.
O Princípio da Oportunidade
"Art. 7º. Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das
transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão
mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da Entidade.
"Art. 8º. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser
reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores
dos componentes patrimoniais.
O Princípio da Competência
"Art. 9º. As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período
em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente
de recebimento ou pagamento.
O Princípio da Prudência
"Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes
do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.
§ 1º. O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio
líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
§ 2º. Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da Prudência somente se aplica às mutações
posteriores, constituindo-se ordenadamente indispensável à correta aplicação do Princípio da
Competência.
§ 3º. A aplicação do Princípio da Prudência ganha ênfase quando, para definição dos valores
relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de
grau variável".
Podemos definir Mercadorias como bens adquiridos por estabelecimentos comerciais com a
finalidade de revenda.
Apurar Resultado com Mercadorias (RCM) consiste em verificar se houve lucro ou prejuízo
nas transações de compras e vendas
Sistemas de Inventário
No sistema de inventário periódico, a empresa não mantém o controle do custo de cada venda.
Apenas, ao fim do exercício, é calculado o custo das mercadorias vendidas. Para isto, existe a
necessidade de apuração do estoque final, mediante inventário.
Neste método e há pelo menos 3 contas para o controle das operações com mercadorias, a
saber:
a) Mercadorias: indica o estoque inicial. Esta conta não é utilizada para registrar as
compras;
b) Compra de Mercadorias: É usada somente para registrar as compras do exercício;
c) Receitas de Vendas: registra a venda bruta de vendas.
Compras de Mercadorias
1.700 (1)
Caixa
1.500 (2)
Mercadorias
200 EI
Fornecedores
1.700 (1)
Clientes
800 (3)
Receita de Vendas
1.500 (2)
800 (3)
2.300
Ao fim do exercício, o saldo da conta Mercadorias deve ser ajustado, de forma a indicar o
estoque final. Os lançamentos de ajuste são:
D – Mercadorias 100
D - CMV 1.600
C – Compras 1.700
Compras de Mercadorias
1.700 (1) 1.700 (4)
Caixa
1.500 (2)
Mercadorias
200 EI
100 (4)
Fornecedores
1.700 (1)
Clientes
800 (3)
Receita de Vendas
1.500 (2)
800 (3)
2.300
CMV
1.600 (4)
Compras de Mercadorias
1.700 (1) 1.700 (4)
Caixa
1.500 (2)
Mercadorias
200 EI
100 (4)
Fornecedores
1.700 (1)
Clientes
800 (3)
Receita de Vendas
1.500 (2)
800 (3)
(5) 2.300 2.300
CMV
1.600 (4) 1.600 (5)
RCM
700 (5)
Exercícios de Fixação VI
2) Em janeiro de 2003 foram feitas vendas totais de mercadorias de R$ 21.000,00, com custo
de R$ 16.000,00. As compras no mesmo período foram de R$ 14.000,00. Sabendo-se que
o estoque de mercadorias em 01-01-2003 era de R$ 8.000,00, pode-se afirmar que, em 31-
01-2003, o valor dos estoques de mercadorias e o valor do lucro bruto sobre as vendas
eram, respectivamente, de (em R$):
a) 21.000,00 e 8.000,00;
b) 5.000,00 e 6.000,00;
c) 6.000,00 e 5.000,00;
d) 8.000,00 e 21.000,00;
e) 8.000,00 e 5.000,00.
Havendo inflação, o PEPS apresenta menor CMV e maior estoque final que o UEPS. Com
deflação, o PEPS apresenta maior CMV e menor estoque final que o UEPS. Com inflação ou
deflação, o Custo Médio Ponderado se situa entre o PEPS e o UEPS. Isto será visto adiante,
através dos lançamentos na Ficha de Controle de Estoques.
A coluna de saídas indica o custo das mercadorias vendidas aos clientes. Também utilizamos a
coluna de saídas para o registro das devoluções de mercadorias pelos clientes, indicando o
valor como negativo, vale dizer, como um estorno. Desta forma, a devolução de venda não é
confundida como uma entrada por compra.
Exemplo Resolvido:
A Comercial ABC comercializa um único artigo e utiliza o sistema de inventário permanente,
para controle de estoque. As operações durante 20X2 foram:
00 – Inventário inicial de 80 unidades a R$400,00 cada;
01 – Compra a prazo de 80 unidades a R$600,00 cada;
02 – Venda a Prazo de 40 unidades a R$1.500,00 cada;
03 – Venda a Prazo de 80 unidades a R$2.000,00 cada;
04 – Compra a prazo de 120 unidades a R$700,00 cada;
05 – Venda a prazo de 20 unidades a R$1.500,00 cada.
Desconsiderando-se os impostos, pede-se:
a) Lançamentos na Ficha de Estoque nos processos PEPS, UEPS e CMP;
b) Comparação e análise dos 3 processos.
a)
Processo PEPS
Data Entradas Saídas Saldo
Q P Valor Q P Valor Q P Valor
(00) 80 400,00 32.000,00
(01) 80 600,00 48.000,00 80 400,00 32.000,00
80 600,00 48.000,00
(02) 40 400,00 16.000,00 40 400,00 16.000,00
80 600,00 48.000,00
Processo UEPS
Data Entradas Saídas Saldo
Q P Valor Q P Valor Q P Valor
(00) 80 400,00 32.000,00
(01) 80 600,00 48.000,00 80 400,00 32.000,00
80 600,00 48.000,00
(02) 40 600,00 24.000,00 80 400,00 32.000,00
40 600,00 24.000,00
(03) 40 600,00 24.000,00 40 400,00 16.000,00
40 400,00 16.000,00
(04) 120 700,00 84.000,00 40 400,00 16.000,00
120 700,00 84.000,00
(05) 20 700,00 14.000,00 40 400,00 16.000,00
100 700,00 70.000,00
Total 200 132.00,00 140 78.000,00 140 86.000,00
Processo CMP
Data Entradas Saídas Saldo
Q P Valor Q P Valor Q P Valor
(00) 80 400,00 32.000,00
(01) 80 600,00 48.000,00 160 500,00 80.000,00
(02) 40 500,00 20.000,00 120 500,00 60.000,00
(03) 80 500,00 40.000,00 40 500,00 20.000,00
(04) 120 700,00 84.000,00 160 650,00 104.000,00
(05) 20 650,00 13.000,00 140 650,00 91.000,00
Total 200 132.00,00 140 73.000,00 140 91.000,00
b)
Resumo das Fichas de Estoque
2) Com base no dados da questão anterior, o valor do Estoque Final em 31-12-2005, foi de
(em R$):
a) 21.250,00;
b) 2.250,00;
c) 2.070,00;
d) 4.320,00;
e) 1.650,00.
4) Considerando o método PEPS, o valor do Estoque Final (EF) ao final da última operação
será de (em R$):
a) 4.000,00;
b) 6.000,00;
c) 9.000,00;
d) 11.000,00;
e) 12.000,00.
5) Considerando o método PEPS, o valor do CMV ao final da última operação será de (em
R$):
a) 6.000,00;
b) 10.000,00;
c) 12.000,00;
d) 14.000,00;
e) 16.000,00.
6) Considerando o método PEPS, o valor do Lucro Bruto (RCM) ao final da última operação
será de (em R$):
a) 4.000,00;
b) 6.000,00;
c) 9.000,00;
d) 11.000,00;
e) nenhuma das anteriores.
8) Considerando o método UEPS, o valor do CMV ao final da última operação será de (em
R$):
a) 16.000,00;
b) 17.000,00;
c) 19.000,00;
d) 22.000,00;
e) nenhuma das anteriores.
9) Considerando o método UEPS, o valor do Lucro Bruto (RCM) ao final da última operação
será de (em R$):
a) 4.000,00;
b) 7.000,00;
c) 9.000,00;
d) 11.000,00;
e) nenhuma das anteriores.
10) Após a referida operação de venda, pode-se afirmar que o Lucro Bruto, para o exercício
social, totalizou (em R$):
a) 600,00;
b) 450,00;
c) 900,00;
d) 1.050,00;
e) nenhuma das anteriores.
11) O valor do Estoque, após a operação de compra do dia 15/09/2005, totalizou (em R$):
a) 1.050,00;
b) 900,00;
c) 600,00;
d) 450,00;
e) nenhuma das anteriores.
12) O preço médio unitário do estoque final da companhia alcançou (em R$):
a) 17,50;
b) 15,00;
c) 12,00;
d) 10,00;
e) nenhuma das anteriores.
IV – DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS
Em relação às sociedades por ações, a lei 6.404/76, art.176, estabelece que, ao fim de cada
exercício social, a diretoria deve elaborar, com base na escrituração comercial, as seguintes
demonstrações contábeis:
a) O balanço patrimonial (BP);
b) A demonstração do resultado do exercício (DRE);
c) A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA);
d) A demonstração das origens e aplicações dos recursos (DOAR).
Convém mencionar que a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) poderá ser
incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL), quando esta última
demonstração for elaborada e publicada pela empresa, uma vez que esta demonstração é
obrigatória para as companhias abertas (sociedades anônimas que negociam seus títulos no
mercado, com o público em geral).
Outra observação importante, é que a demonstração das origens e aplicações dos recursos
(DOAR) é obrigatória para todas as companhias abertas (S/A de capital aberto) e para as
companhias fechadas (S/A de capital fechado), se o patrimônio líquido for superior a
R$1.000.000,00 na data do balanço.
Demonstrações comparativas
Ativo X2 X1
Circulante
Caixa 1.000 200
Bancos Conta Movimento 1.500 300
Duplicatas a Receber 3.000 1.000
Estoques 1.500 500
Notas explicativas
Além da lei 6.404/76, as demonstrações contábeis das companhias abertas devem observar as
normas expedidas pela CVM que é uma autarquia federal. A CVM é um órgão normativo do
mercado de títulos e valores mobiliários emitidos por sociedades anônimas que negociem seus
títulos em público.
2. Balanço Patrimonial
No Passivo, a ordem decrescente de exigibilidade indica que quanto mais próximo o prazo de
vencimento da obrigação, maior o seu grau de exigibilidade.
Ativo
De acordo com a lei das sociedades por ações (art.178 § 1), o ativo é composto de 3 grupos:
a) Ativo circulante;
b) Ativo realizável a longo prazo;
c) Ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
Ativo Circulante
As disponibilidades são os elementos do ativo que representam dinheiro ou que nele podem
ser convertidos imediatamente. Exemplo: contas caixa, bancos conta movimento, aplicações
financeiras de liquidez imediata.
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente são aqueles direitos que são,
de fato, realizáveis no decorrer do próximo exercício, podendo ser divididos em: direitos
realizáveis pessoais (créditos) e direitos realizáveis reais (bens). Exemplo: clientes, duplicatas
a receber, estoques.
medida que o período a qual ela pertence tenha transcorrido. Exemplo: seguros a vencer,
aluguéis a vencer, juros a vencer.
O Ativo Realizável a Longo Prazo é composto de dois subgrupos (art. 179, II):
a) os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;
b) os direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades
coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que
não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
Os direitos realizáveis classificáveis no ativo realizável a longo prazo são aqueles cujo prazo de
realização ultrapassa o exercício seguinte, a contar da data de encerramento do exercício de
elaboração do balanço patrimonial.
O conceito de direitos realizáveis é o mesmo que foi visto no ativo circulante, sendo divididos
em direitos realizáveis pessoais (créditos) e direitos realizáveis reais (bens). Exemplo: clientes,
duplicatas a receber, estoques, cujo prazo exija longo período de produção.
No ativo circulante, seria representada a conta Duplicatas a Receber com o saldo de 350,
correspondendo aos valores realizáveis em 2002. No ativo realizável a longo prazo, também
apareceria a conta Duplicatas a Receber, com o saldo de 650, relativo aos valores realizáveis
em 2003 e 2004.
Ativo Permanente
O Ativo Imobilizado compreendem os direitos que tenham por objeto bens destinados a
manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os de propriedade industrial ou comercial.
Exemplo: Imóveis, Máquinas e Equipamentos, Móveis e Utensílios, Veículos, Depreciação, etc.
Passivo
Passivo Circulante
Integram o passivo exigível a longo prazo todas as obrigações existentes na data do balanço
com prazo de vencimento que ultrapasse o exercício social seguinte. Os empréstimos de
empresas coligadas ou controladas, de diretores, de sócios ou acionistas, independentemente
do prazo de vencimento, são sempre aqui classificados.
Patrimônio Líquido
Capital Social
O capital social deve ser desdobrado, de forma a se indicar a parcela subscrita e, por dedução,
a parcela ainda não realizada.
Capital Social
Capital Subscrito
(-) Capital a Realizar
(=) Capital Realizado
Reservas
As reservas consistem nas parcelas do patrimônio líquido que excedem o valor do capital
social integralizado, e se subdividem em:
a) Reservas de capital ;
b) Reservas de reavaliação;
c) Reservas de lucros.
Reservas de Capital
São contribuições recebidas dos proprietários e/ou de terceiros que não representam receitas
ou ganhos e, que, portanto, não devem transitar por contas de resultado.
Reservas de Reavaliação
Reserva de Lucros
Exemplo:
Contabilização
D Lucros ou Prejuízos acumulados
C Reservas de Lucros
Reversão – ocorre quando tais reservas deixarem de ter fundamento, por já terem sido
realizados os motivos pelos quais foram constituídas, os seus valores deverão retornar
à conta Lucros ou Prejuízos Acumulados:
D Reservas de Lucros
C Lucros ou Prejuízos acumulados
Segundo artigos 193 a 199 e 202 § 5 da lei, são classificadas como reservas de lucros:
• Reserva legal;
• Reserva estatutárias;
• Reservas para contingências;
• Reservas de retenção de lucros;
Compreendem a parcela do lucro da empresa para a qual não foi dada uma destinação
específica.
Contas retificadoras
1) De acordo com a Lei das S/A, alterada pela Lei 10.303, de 31 de outubro de 2001, ao fim
de cada exercício social, a diretoria fará elaborar com base na escrituração mercantil, as
Demonstrações Financeiras, que são obrigadas para todas as Companhias. Indique a
opção correta:
a) Balanço Patrimonial, demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, demonstração
do resultado do exercício e demonstração das origens e aplicações de recursos;
b) Balanço Patrimonial, demonstração de lucros ou prejuízos acumulados e demonstração
do resultado do exercício;
c) Balanço Patrimonial, demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, demonstração
do resultado do exercício e demonstração das mutações do patrimônio líquido;
d) Balanço Patrimonial, demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, demonstração
do resultado do exercício e demonstração das origens e aplicações de recursos e fluxo
de caixa;
e) Balanço Patrimonial, demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, demonstração
do resultado do exercício, demonstração das origens e aplicações de recursos e
demonstração das mutações do patrimônio líquido.
10) Considerando o método UEPS, o valor do CMV, ao final da última operação, será de (em
R$):
a) 300,00;
b) 550,00;
c) 950,00;
d) 1.050,00;
e) 1.200,00.
11) Considerando o método UEPS, o valor do Lucro Bruto (RCM), ao final da última operação,
será de (em R$):
a) 300,00;
b) 650,00;
c) 1.050,00;
d) 1.200,00;
e) nenhuma das anteriores.
12) Considerando o método PEPS, o valor do Estoque Final (EF), ao final da última operação,
será de (em R$):
a) 300,00;
b) 550,00;
c) 650,00;
d) 1.050,00;
e) nenhuma das anteriores.
13) Considerando o método PEPS, o valor do CMV, ao final da última operação, será de (em
R$):
a) 300,00;
b) 550,00;
c) 950,00;
d) 1.050,00;
e) 1.200,00.
14) O valor do Lucro Bruto (RCM), ao final da última operação, será para o método PEPS:
a) maior do que o obtido com o método UEPS;
b) menor do que o obtido com o método UEPS;
c) igual ao obtido com o método do Custo Médio Ponderado;
d) igual ao obtido com o método UEPS;
e) não se têm dados suficientes para afirmar.
1) C 3) D
2) C 4) E
1) D 3) D 5) D 7) D 9) B 11) B
2) B 4) C 6) E 8) C 10) A 12) A
1) B 3) D 5) D 7) C 9) D 11) B 13) C
2) E 4) C 6) E 8) D 10) E 12) B 14) A