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Apontamentos de Irs
Apontamentos de Irs
IRS
Imposto Directo sobre o rendimento (directo por não ser repercutível)
(1) Incidência Real ou Objectiva – O Que está sujeito a imposto
(2) Incidência Pessoal ou subjectiva – Quem está sujeito a imposto
Artigo 1º CIRS
Incidência Real ou Objectiva – O Que está sujeito a imposto
► O valor anual dos rendimentos - mesmo provenientes de actos ilícitos – enquadráveis nas
diversas categorias que o integram, após efectuarmos as respectivas deduções específicas.
► A rendimentos em dinheiro ou em espécie são sujeitos a tributação.
Rendimentos Categoria
de Trabalho Dependente Artº 2º A
Empresariais e Profissionais Artº 3º, 4º B
de Capitais Artº 5º, 6º E
Prediais Artº 7º F
Incrementos Patrimoniais Artº 9º, 10º G
Pensões Artº 11º H
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Categoria A – Rendimentos de Trabalho Dependente
São tributáveis em cat. A [nº 2, Artº 2º CIRS]:
> Ordenados, vencimentos e salários
> Gratificações
> Comissões e percentagens de participação
> Subsídios ou prémios
> Senhas de Presença
> Verbas para representação
> Indemnizações
> Outras previstas no nº2 do Artº 2º CIRS
> Regalias não incluídas na remuneração principal (rendimentos
acessórios), conexas com a prestação do trabalho [al. b) nº 3 Artº 2º CIRS]
... Provenientes de [nº1 Artº 2º CIRS]:
> Trabalho por conta de outrém (através de contrato ou outro
documento legalmente equiparado);
> Trabalho prestado ao abrigo de contrato de Aquisição de Serviços,
desde que sob a autoridade e direcção da entidade que ocupa a posição
activa na relação jurídica;
> Função, Serviço ou Cargo público;
> Reserva ou Pré-reforma;
> Presença em órgãos estatutários, excepto em funções exercidas como
ROC [nº 3 Artº 2º CIRS].
Rendimentos Acessórios
Sujeitos em Cat. A apenas na parte que excede determinado valor
2
Categoria A – Rendimentos de Trabalho Dependente
Rendimentos Acessórios
Sujeitos em Cat. A apenas na parte que excede determinado valor
A não sujeição de Ajudas de Custo tem diversas delimitações negativas (só ficam sujeitas a
partir de determinados valores):
• Órgãos Estatutários e do Governo: de € 67,24 até € 162,36 mensais
• Trabalhadores: de € 45,54 até € 144,71 mensais
• Desloc. em viatura do funcionário (ao serv. emp.): € 0,39 por Km. Existem outros limites
para viaturas alugadas, dependendo igualmente do número de funcionários transportados.
As despesas de deslocação são imputadas ao funcionário se este não prestar contas até ao
final do exercício.
exercício
Os quilómetros pagos a funcionários, se acima do respectivo limite, e caso não sejam re-
debitados a clientes, serão:
● Considerados rendimentos do funcionário, para efeitos de tributação em IRS ou
● Parcial (ou totalmente) tributadas em IRC [ver diagrama].
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Categoria A – Rendimentos de Trabalho Dependente
Rendimentos em espécie, igualmente tributáveis em Cat. A [Artsº 2º e 24º CIRS]:
► Benefícios com juros suportados pela entidade patronal (excepto empréstimo destinado à
aquisição de habitação própria e permanente, com as condições do nº 5, al.b), nº 3, artº 2º);
► Viagens suportadas pela entidade patronal não conexas com as funções do funcionário
(nº6,al.b),nº3,artº2º).
► Utilização de viatura da empresa por parte do funcionário, desde que haja acordo escrito
onde conste expressamente a sua utilização (Pto.9, al.b), nº3, artº2º).
Para haver tributação é necessário que exista contrato escrito e que desse contrato resultem
encargos para a empresa. Valorização do rendimento: 0,75% x nº meses de utilização x
Valor viatura.
► Seguros e op. ramo vida (artº 2º, nº 3, b), pt. 3 e artº 18º do EBF) que:
• Constituam direitos adquiridos (nº9 Artº 2º CIRS)
• Concedam recebimento em capital (se cumpridas as condições previstas no Artº 18º EBF,
têm isenção de 1/3 do valor, com o limite de € 11 704,70).
► Ganhos derivados de planos de opção (nº7, al. b), nº3, artº 2º CIRS).
► O valor de diferença entre o valor de mercado da viatura e o valor de aquisição por parte
do funcionário, no caso de um funcionário registar em seu nome (ou em nome de pessoa do
seu agregado familiar ou outro por si indicada), antes de dois anos após a cessação de
encargos com a viatura por parte da entidade patronal, (Pt.10,al.b),nº3,artº 2 e nº13,artº2º).
Se tivesse havido tributação pela utilização por 20 meses (ou mais) não haveria tributação
como rendimento em espécie, pois:
0,75% x € 30.000,00 x 20 = € 4.500,00
€ 4.500,00 - € 4.500,00 = € 0,00
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Categoria A – Não Sujeição
► Pensões pagas por entidades patronais (para regimes obrigatórios de segurança social)
relativos a pensões de reforma, invalidez ou sobrevivência;
ç
► Benefícios obtidos no âmbito de realizações de utilidade social e de lazer p
promovidas p
pela
entidade patronal, desde que de acordo com os critérios previstos no artº 40º do CIRC;
Exclusão: Actividades agrícolas, silvícolas e pecuárias (tomadas em conjunto) com valor bruto
menor ou igual a 5 salários mínimos anuais (nº4 artº 3º).
3º)
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Categoria B – Rendimentos Empresariais e Profissionais
O Artº 4º considera como actividade comercial e industrial:
> Pesca;
> Transportes;
> Construção civil;
> Urbanísticas;
> Loteamentos;
> Hoteleiras e similares;
> Restauração
R ã e bebidas;
b bid
> Venda ou exploração do direito real de habitação periódica;
> Artesanato;
> Agências de viagens;
> Actividades agrícolas não conexas com a exploração da terra (ou seja, com custos agrícolas
directos < 25% dos custos directos da actividade);
> Agrícolas integradas em actividades comerciais e industriais (quando o consumo dos seus
produtos nestas actividades é ≥ 60% do seu valor).
O Art
Artº 4
4º considera como actividade agrícola,
agrícola silvícola e pecuária:
> Act. comerciais e industriais acessórias ou complementares (consideradas como tais quando
há utilização exclusiva de produtos das próprias explorações);
> Caça;
> Pastos naturais, água e outros produtos espontâneos, explorados directamente ou por
terceiros;
> Marinhas de sal;
> Explorações apícolas;
> Investigação de novas espécies animais e vegetais dependentes da actividade desenvolvida.
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Categoria E – Rendimentos de Capitais
[Artº 7º] Considera-se que o Facto Gerador dos rendimentos desta categoria existe no:
► Momento do vencimento, quando se tratar de juros de Mútuos, aberturas de crédito,
depósitos, títulos de dívida ou suprimentos
► Momento
M t do
d Pagamento
P t ou colocação
l ã à disposição,
di i ã quandod se tratar
t t d de llucros, valor
l
da partilha, associação em participação e à quota, certificados e fundos de investimento
► Momento do Apuramento do quantitativo, quando se tratar de Reporte, cedência de
direitos e reembolso antecipado de depósitos
► Momento da Liquidação, quando se tratar de Swaps
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Categoria F – Rendimentos Prediais
> Rendas de prédios rústicos, urbanos ou mistos (pagos ou colocados à disposição)
> Cedência do uso de prédio
> Aluguer de equipamentos e mobiliário instalados num prédio
> Subarrendamento (Diferença entre renda recebida e a renda paga ao senhorio)
> Uso de bens imóveis para publicidade
> Cedência de uso de partes comuns em prédios em regime de propriedade horizontal
> Constituição, a título oneroso, de direitos reais de gozo temporário sobre prédios
rústicos, urbanos ou mistos
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Categoria G – Incrementos Patrimoniais
[Artº 10º] Definição de Mais-Valias
[Nº2] As MV com acções detidas por mais de 12 meses ou com obrigações e outros títulos de
dívida são excluídas de tributação, mas devem ser declaradas no anexo G1 da declaração Mod.3.
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Categoria G – Incrementos Patrimoniais
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Delimitação Negativa da Incidência [Artº 12º]
O IRS não incide sobre:
>Prémios literários, artísticos ou científicos quando não envolvam a cedência dos direitos de
autor e desde que atribuídos em concurso.
concurso
>Bolsas desportivas atribuídas por entidades oficiais, como o Ministério que tutela o desporto,
as federações das modalidades, o COP e o CPP. Excepto para estas duas últimas, o limite anual
de não incidência é de 5 vezes o RMMG.
> Prémios atribuídos a praticantes de alta competição por classificações relevantes em provas
desportivas de elevado prestígio e nível competitivo.
[Nº1] ► O IRS incide sobre as Pessoas Singulares que residam em território português e
sobre os Não Residentes que obtenham rendimentos em território português.
[Nº2] Consideram-se Sujeitos Passivos do imposto as pessoas a quem incumbe a direcção do
agregado familiar;
► O imposto é devido pelo conjunto dos rendimentos das pessoas que o constituem [nºs 2, 3
e 4 do Artº 13º];
► Excepção: rendimentos de menores não emancipados cuja administração não lhes pertença
na totalidade [nº 5];
► Definição de direcção do agregado familiar [nº2 artº 1671º C.Cv.];
► Dependentes de um só agregado familiar Vs. Sujeitos Passivos Autónomos [nº 6];
►31/Dezembro: define a situação pessoal e familiar [nº7]
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[Artº 59º, Nº1] Contribuintes casados devem apresentar uma única declaração.
[Artº 143º] Para efeitos do IRS, o ano fiscal coincide com o ano civil.
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[Artº 19º] Contitularidade de Rendimentos
Os rendimentos que pertençam em comum a várias pessoas são imputados a estas na
proporção das respectivas quotas, que se presumem iguais quando indeterminadas.
Por exemplo, a herança indivisa é considerada, para efeitos de tributação, como uma situação
de contitularidade. Desta forma, cada herdeiro será tributado relativamente à sua quota-parte
dos rendimentos por ela gerados, atendendo ao disposto no artº 19.º CIRS.
● A Transparência Fiscal caracteriza-se pelo facto de que certos rendimentos de sociedades não
são tributados nestas, mas imputados aos seus sócios, quer sejam singulares ou colectivos.
● Uma sociedade define-se segundo a sua forma e o seu objecto: se uma sociedade não tem
forma, é comercial se tiver por objecto o comércio; é civil se não tiver objecto comercial.
O que diferencia uma sociedade civil de uma comercial é, portanto, primeiro a forma e depois o
objecto: basta uma sociedade civil ter uma forma comercial (soc. anónima, soc. por quotas,…)
para ser considerada comercial.
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Substituição Tributária [Artº 21º] e [Artº 103º]
Situação em que a pessoa substituta é considerada a principal devedora do imposto, nos casos
em que hajam rendimentos sujeitos a retenção.
O artº 103º CIRS considera a responsabilidade originária do imposto não retido como sendo do
substituído, mas atribuindo ao substituto responsabilidade solidária pelo imposto não retido.
[Nº3] Não há englobamento dos rendimentos de sujeitos passivos não residentes, pois são
tributados a título definitivo (pelas taxas liberatórias do artº 71º ou taxas especiais do artº 72º).
Os sujeitos passivos residentes sujeitos às taxas do artº 71º ou do artº 72º podem, se o
desejarem optar pelo seu englobamento.
desejarem, englobamento
[Nº5] Quando um S.P. exerce o direito conferido pelo nº3, é obrigado a englobar a totalidade
dos rendimentos compreendidos no nº6 do artº 71º e no nº6 do artº 72º.
Note que todas as M-V com participações sociais SÃO obrigatoriamente DECLARADAS, sendo
somente as M-V de partes de capital detidas há menos de 12 meses TRIBUTADAS
AUTONOMAMENTE (pelo ARTº 72º).
No entanto podemos optar pelo seu englobamento (ou poderão mesmo ser obrigatoriamente
englobadas caso tenha optado pelo englobamento de outros rendimentos sujeitos a taxa
liberatória prevista no artº 71º ou 72º).
[Nº6] Quando um S.P. aufira rendimentos que dêem direito a crédito de imposto por dupla
tributação internacional previsto no artº 81º, os rendimentos obtidos no estrangeiro devem ser
englobados pelo seu valor bruto.
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[Artº 22º] Regras de Englobamento
Fazemos, então:
Englobamento Æ Rendimento Bruto em cada categoria Æ Deduções õ Específicas
í em cada
categoria Æ Rendimento Líquido Global Æ Abatimentos Æ Rendimento Colectável
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Deduções Específicas da Categoria A
► Indemnizações pagas pelo trabalhador por rescisão contratual por ordem judicial
ou acordo judicialmente homologado (nos restantes casos o valor da indemnização
não pode ser superior à remuneração de base).
[nº4] O limite previsto na alínea a) pode ser elevado para 75% do RMMG, desde
que os 3% excedentes resultem de:
Quotizações para Ordens Profissionais suportadas pelo sujeito passivo de cat.A; ou
importâncias referentes a despesas com formação profissional devidamente
reconhecida oficialmente.
[Nº2] Os sujeitos passivos ficam abrangidos pelo Regime Simplificado de tributação da Cat. B
caso não façam opção pelo Regime de Tributação pela Contabilidade Organizada e caso não
tenham ultrapassado,
ultrapassado no ano anterior,
anterior € 149.639,37
149 639 37 de vendas ou € 99.759,58
99 759 58 dos restantes
rendimentos da cat. B.
[Nºs 3 e 4] A opção pela tributação segundo a contabilidade organizada (lucro real) deve ser
exercida na declaração de início de actividade ou até ao fim do mês de Março do ano em que
pretendem passar a ser tributados por este modo, através de uma declaração de alterações. A
vigência desta opção é de 3 anos, por força da obrigação presente no Nº5.
[Nº5] Tendo sido enquadrado num dos dois regimes, o período de permanência obrigatório é de
3 anos,, sempre
p renovável p
por novo p
período de 3 anos caso não seja
j exercida a opção
pç do nº 4.
[Nº6] Caso os limites do nº2 sejam ultrapassados em dois períodos consecutivos, ou num só
período as vendas ultrapassem € 187.049,21 ou os restantes rendimentos ultrapassem €
124.699,48, a tributação do ano seguinte a estes factos passará a ser efectuada pelo regime de
Contabilidade Organizada.
[Nº8] O sujeito passivo, caso só preste serviços a uma única entidade, poderá optar pela
tributação destes rendimentos de cat. B segundo as regras de tributação da cat. A, mas terá que
manter esta forma de tributação por 3 anos.
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Enquadramento nos regimes de tributação da Categoria B
[Nº9] Se houver alterações das regras de tributação mínimas do regime simplificado (excepto
quando a alteração for motivada pela actualização do valor da RMMG), ou se os indicadores de
base técnico-científica originarem maior valor a pagar do que os coeficientes actualmente
previstos, pode o Sujeito Passivo optar pela tributação segundo o regime de Contabilidade
Organizada no ano em que a mudança se verificar, mesmo que não tenha decorrido o prazo
mínimo de permanência.
[Nº11] Se houve cessação de actividade, mas esta for reiniciada antes de 1 de Janeiro do ano
seguinte àquele em que se tiverem completado 12 meses da data da cessação, o regime a
aplicar é obrigatoriamente o mesmo que vigorava à data da cessação.
[Nº13] A regra do Nº11 não é aplicada, no entanto, quando o reinício de actividade venha a
ocorrer depois de terminado o período mínimo de permanência obrigatório da actividade
anteriormente cessada.
[Nº12] A DGCI pode autorizar a alteração de regime, a requerimento dos sujeitos passivos,
quando este demonstre que se verificou uma modificação substancial das condições do
exercício da actividade.
[Artº 33º] Para os S.P. que sejam tributados com base na contabilidade
organizada
A determinação do rendimento colectável é efectuada com base nas regras do CIRC, tendo no
entanto as seguintes limitações definidas no artº 33º CIRS:
[Nº1] Não são dedutíveis a parte de despesas com deslocações que exceder 10% dos
proveitos
p o e tos suje
sujeitos
tos a imposto
posto e de
dele
e não
ão isentos.
se tos
[Nº 5] Empresários que afectem parte do imóvel destinado a sua habitação têm como limite de
despesas com amortizações/rendas, energia, água e telefone fixo 25% das despesas totais
devidamente comprovadas.
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Deduções Específicas da Categoria B
[Nº2 e Nº5]
0,20
0, 0 x VENDAS S
HOTELARIA, RESTAURAÇÃO E BEBIDAS
SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO (comparticipações que originam
directamente diminuições no preço de venda)
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Deduções Específicas da Categoria B
[Artº 36º] Subsídios à Agricultura e Pescas: tributável em 5 anos na parte em que excedam
custos e perdas, sendo tributado em 1/5 desde o ano do recebimento.
[Artº 36º-A] Cessando a aplicação do regime de tributação segundo a contabilidade
organizada, a parte dos subsídios ainda não tributada deverá sê-lo no último ano deste mesmo
regime.
[
[Artº 36º-B]] Mudando o regime
g de tributação,
ç , as q
quotas de amortização
ç a considerar p
para
efeitos de mais-valias serão as efectivas durante o regime de Contab. Organ. e as quotas
mínimas durante o Regime Simplificado.
[Artº 38º] Exclusão de tributação em caso de realização de património de uma sociedade (nas
condições nele previstas).
[Nº1] Os lucros e resultados de partilhas são somente consideradas em 50% do valor bruto que
recebemos na distribuição, caso tenhamos optado pelo seu englobamento, comunicando tal facto
à entidade pagadora dos mesmos até 31 de Janeiro do ano seguinte ao da distribuição.
Esta dedução está condicionada pelo disposto nos nºs 2 a 5 do mesmo artigo, com a obrigação
do nº5 do artigo 22º CIRS.
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Deduções Específicas da Categoria G [Artºs 43º a 52º]
[Artº 43º] Só são permitidas deduções relativamente aos seguintes rendimentos.
[Nº2] O valor a ser considerado é resultante da diferença entre as MV e as mV realizadas no
ano, sendo somente considerado em 50% (positivo ou negativo), nas:
► Alienações de imóveis;
► Afectação de bens à actividade empresarial ou profissional;
► Cedência de posição contratual na compra de imóveis;
► Cedência de p propriedade
p intelectual (q
(quando o transmitente não seja
j o titular originário).
g )
Note que a MV Fiscal é calculada como segue:
MVF = VR – [(VA x coef.) + desp. aquisição e alienação + Desp. valoriz. nos últimos 5 anos]
VR = valor de realização [Artº 44º]
VA = valor de aquisição [Artºs 45º e 46º]
Coef. = coeficiente de correcção monetária [Artº 50º]
Despesas de aquisição e de alienação [Al. a) do Artº 51º]
Despesas de valorização efectuadas nos últimos 5 anos [Al. a) do Artº 51º]
Deduzimos, portanto, 50% da MVF calculada.
[Nº3] Não contam as perdas respeitantes a operações com zonas de regime fiscal mais
favorável nos:
► Rendimentos obtidos em alienações de partes sociais;
► Amortizações de partes sociais com redução de capital;
► Operações com instrumentos financeiros derivados, Warrants e certificados.
Estes rendimentos são tributados autonomamente à taxa de 10%, pelo nº4 Artº 72º
CIRS, embora haja possibilidade de englobamento: Veja o Quadro-Resumo das RnF.
[Nº4] Quotizações sindicais são igualmente dedutíveis (sem contrap. p/ desp. saúde,
educação,...), com o limite, por sujeito passivo, de 1% do RBH. Este valor é aceite em 150%.
[Nº5] Para RBH > € 30.000,00, a DEH é a prevista no nº 1, mas diminuída em 13% do valor do
RBH que exceda os € 30.000,00.
► 2 Exemplos desta situação prevista no nº5:
Ex.1) DEH = 6.000 – [13% x (€ 58.000 - € 30.000)] = € 6.000 – € 3.640,00 = € 2.360,00.
Ex.2) DEH = 6.000 – [13% x (€ 75.000 - € 30.000)] = € 6.000 – € 5.850,00 = € 150,00.
A dedução específica é menor para pensões muito elevadas, atingindo o valor zero para pensões
a partir de € 76.153,85.
[Artº 54º] Caso sejam obtidos prestações no âmbito de complementos de reforma ou rendas
temporárias ou vitalícias, na determinação do valor tributável de reembolsos de capital excluimos
a parte do capital.
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[Artº 55º] Dedução de Perdas
[Nº1] O resultado líquido negativo obtido numa categoria é dedutível ao Rendimento Líquido
Global Obtido em anos posteriores. No entanto, existem diversas limitações a esse direito:
[Nº2] Cat. F
5 anos de reporte para os resultados líquidos negativos da cat. F, deduzindo-se aos rendimentos
líquidos da mesma categoria.
[Nº3] Cat.
Cat B
6 anos de reporte para os resultados líquidos negativos da cat. B, deduzindo-se aos rendimentos
líquidos da mesma categoria; As perdas resultantes do exercício de actividades agrícolas,
silvícolas e pecuárias não são comunicáveis entre si, sendo somente reportáveis a rendimentos
líquidos positivos da mesma natureza. Não é igualmente possível reportar outros rendimentos de
cat. B a rendimentos do tipo referido acima, ou seja, prevalece o Princípio da Não
Comunicabilidade das Perdas.
É obrigatória a separação contabilística das actividades [al. d) do nº3 do Artº 55º].
[Nº4] Cat. B - Regime Simplificado
Podem ser deduzidos p prejuízos
j obtidos antes da aplicação
p ç do regime,
g , mas o rendimento
tributável após a dedução não pode ser inferior ao previsto no nº2 artº 31º, ou seja, € 2.982,00.
[Nº6] Cat. G
As menos-valias derivadas da alienação de partes sociais ou outros valores mobiliários são
reportáveis até aos 2 anos seguintes àquele a que respeitam, deduzindo-se aos rendimentos
líquidos da mesma natureza.
[Nº5] Cat. G
As restantes menos-valias de cat. G são reportáveis até 5 anos seguintes àquele a que
respeitam, deduzindo-se aos rendimentos da mesma natureza.
Cálculo da Colecta
Aplicação dos Artºs 69º e 68º: Rendimento Colectável : 2; [taxa média do limite anterior ao escalão de 1/2 do
R.C. x limite superior desse escalão + taxa normal do escalão do rendimento colectável x (1/2 do Rendimento
colectável – limite superior do escalão anterior)] x 2
Tabela Prática: (Rendimento colectável : 2 x taxa normal do escalão – parcela a abater) x 2
Nos casos em que haja lugar a tributação autónoma, à colecta adicionamos a referida
tributação autónoma.
21
Exemplos de aplicação das taxas do Artº 68º CIRS
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[Artº 70º] Mínimo de Existência
► Após aplicação das taxas do artº 68º, para os titulares de rendimentos predominantemente
de cat. A, não pode resultar um rendimento líquido de imposto menor do que o valor anual
da RMMG + 20% [(€ 426,00 x 14) x 1,2 = € 7.156,80].
Ou seja, (RBA – Colecta) > € 7.156,80.
► Não pode haver resultado de imposto para os rendimentos de trabalho dependente que
tenham matéria colectável ≤ € 1.850,00.
1 850 00
Note que o conceito de matéria colectável aqui, para os S.P. casados, é o valor após a
aplicação do quociente conjugal do artº 69º.
• Os encargos dedutíveis relativos a despesas com ajudas de custo e com compensação pela
deslocação em viatura própria do trabalhador ao serviço da entidade patronal, excepto na parte
que tenha sido considerada como rendimento do beneficiário ou que tenha sido facturada a
clientes, são tributados à taxa autónoma de 5%. [5% x 0,8= 4% R.A.A.]
• Caso hajam encargos da natureza acima indicada, que não sejam dedutíveis nos termos da
alínea f) do nº1 artº 42º CIRC e que sejam suportados por um S.P. com prejuízo fiscal no
exercício a que respeitam, também estes são tributados à taxa autónoma de 5%.
23
Deduções à Colecta [Artº 78º CIRS]
► Retenções na Fonte: só são utilizáveis os valores retidos ao S.P. que tenham a natureza de
adiantamento, respeitantes ao período, efectuados pela entidade pagadora – o substituto fiscal.
Podem igualmente utilizar-se algumas retenções originalmente na forma definitiva, caso os
rendimentos a que respeitam sejam englobados.
[Nº 4] Estas deduções são apenas aplicáveis a S.P. residentes em território português.
Note que, para melhor compreensão dos mecanismos de dedução à colecta, separei os
Pagamentos por Conta e as Retenções na Fonte das restantes deduções, pois apesar de serem
também elas Deduções à Colecta, são as únicas que conferem direito a reembolso (conforme
disposto no nº3 Artº 78º CIRS).
24
Deduções à Colecta
[Artº 79º] Sujeitos passivos, descendentes e ascendentes
[1a] 55% x 426,00 = 234,30 Por cada S.P.
[1b] Revogada
[1c] 80% x 426,00 = 340,80 Por S.P. em famílias monoparentais
[1d] 40% x 426,00 = 170,40 Por cada dependente
[1e] 55% x 426,00 = 234,30 Por cada ascendente em comunhão de habitação
e com rendimento ≤ pensão mínima
[Nº2] Existindo convenção para evitar a dupla tributação entre a República Portuguesa e o(s)
país(es) em causa, a dedução à colecta não pode ser maior que o IR pago no estrangeiro, nos
termos previstos na convenção entre os dois países.
Deduções à Colecta
[Artº 82º] Despesas de saúde
[1a] 30% das despesas dos S.P. e do seu agregado familiar com bens e serviços relacionados
com a saúde (Isentas IVA ou c/ Tx. Red.);
[1b] 30% das despesas de ascendentes e colaterais até ao 3º grau com bens e serviços
relacionados com a saúde (Isentas IVA ou c/ Tx. Red.), desde que estes vivam com o S.P. em
economia comum e tenham rendimentos < S.M.N.
[1c] 30% dos juros de dívidas contraídas para cobrir despesas de saúde;
[ d] 30% das
[1d] d despesas
d com bens
b e serviços sob
b receita médica,
éd com o limite
l d € 62,00 ou de
de d
2,5% das despesas de [1a],[1b] e [1c], caso este último limite seja superior.
[nº2] Só os valores suportados são dedutíveis, sendo, no caso dos reembolsáveis, somente
utilizáveis no ano em que se proceder ao reembolso da parte comparticipada.
25
Deduções à Colecta
[Artº 84º] Encargos com lares
São dedutíveis 25% dos encargos com lares e outras instituições de apoio à 3ª idade, bem
como de lares e residências autónomas para pessoas portadoras de deficiência, que sejam
relativos aos S.P., ascendentes e colaterais até ao 3º grau (e desde que não apresentem
rendimentos > RMMG).
O limite da dedução é 85% x 426,00 = € 362,10.
[Artº
[A tº 85º] Encargos
E com imóveis
i ó i e equipamentos
i t novos de d energias
i renováveis
á i
[1a] 30% das prestações de dívidas p/ aquisição, construção ou beneficiação de imóveis p/
habitação própria e permanente;
Na dedução não são aceites as partes pagas por transferências de fundos CPH.
[1b] 30% das prestações pagas a cooperativas de habitação (ou compra em grupo);
[1c] 30% das rendas suportadas p/ efeito de habitação permanente (contratos celebrados ao
abrigo do Regime de Arrendamento Urbano ou Leasing de Imóveis).
Limite aceite para qualquer uma das situações, sozinhas ou tomadas em conjunto: € 586,00.
Note que: As deduções com juros + amortizações de dívidas para a aquisição de imóveis não
são aceites se forem pagas a entidades com sede em paraísos fiscais e que não tenham sede
em estabelecimento estável em território português, excepção feita para o caso em que as
rendas ≥ 1/15 do V.P.T. do prédio arrendado.
Deduções à Colecta
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Deduções à Colecta
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Exemplos de Benefícios Fiscais Dedutíveis à Colecta
Situações previstas no EBF que são dedutíveis à colecta em ligação com o Artº 88º CIRS
[Artº 67º EBF] Isenção de 50% dos lucros de acções de privatizações (efectuadas até 2002)
[Artº 20º EBF] Beneficiam de isenção de IRS os juros das contas Poupança-Reformado na parte
cujo saldo não ultrapasse € 10.500,00.
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Noções Fundamentais
Taxas Liberatórias [Artº 71º CIRS] e Taxas Especiais [Artº 72º CIRS]
Retenção na fonte efectuada a título definitivo. Significa isto que, após a sua aplicação, o
rendimento restante é líquido, não sendo mais sujeito a tributação: “é liberado”, liberto de
quaisquer tributações posteriores,
posteriores excepto se o Sujeito Passivo optar pelo englobamento.
englobamento
Note que para os rendimentos sujeitos à taxa de 35% esta opção não tem cabimento legal.
Estes elementos estão resumidos num quadro disponibilizado pelo docente.
Para rendimentos exclusivamente variáveis [Não Residentes], previstos nas alíneas a), b) e c)
do nº 1 do artº 18º, aplico a taxa liberatória de 20% prevista no artº 71º, nº 3, alínea e).
Em 2007 esta mesma situação era tributada a 25% [al. c) nº2 Artº 71º, entretanto revogada].
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Retenções na Fonte - Categoria B
Artº 101º CIRS e Artºs 8º, 9º e 10º do DL 42/91 - RESIDENTES
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Retenções na Fonte - Categoria E
Taxas Liberatórias – artº 71º
Residentes e não residentes
• 20% - nº 3 do artº 71º
a) Juros de depósitos e de certificados de depósito
b) Rendimentos de títulos de dívida (obrigações), de operações de reporte, de
cessões de crédito, de contas de títulos com garantia de preço
c) Lucros (dividendos), valor da partilha, rendimentos do associado na
associação em participação e à quota, swaps e seguros de vida
Não residentes
• 20% - nº 3 do artº 71
d) outros rendimentos de aplicação de capitais
• 15% - nº 4 do artº 71
a) cedência temporária de direitos de propriedade intelectual ou industrial
(royalties) por titular não originário e cedência do uso de equipamentos e
redes informáticas (locação financeira)
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Retenções na Fonte - Categoria H
Nas pensões pagas a não residentes aplicamos uma retenção à taxa de 25% sobre o
Rendimento Líquido da Cat. H e não sobre o rendimento bruto.
C = 6.740,00, já líquidos das ded. à colecta autorizadas pelo nº1 do artº 78º, excepto al. h).
R = 2.350,00
2 350 00 (retenções apenas da Cat.
Cat B)
RLB = 17.080,00;
RLT = 26.073,00.
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Obrigações Declarativas
X Início de Actividade, Alterações e Cessação [artº 112º]
X Declaração de rendimentos (Mod. 3 e seus anexos) [artºs 57º, 58º e 60º]
X Declaração anual de informação contabilística e Fiscal (para S.P. que tenham contabilidade
organizada ou estejam obrigados à apresentação de qualquer dos anexos) – até fim de Junho
[artº 113º]
Obrigações Contabilísticas
X Registo contabilístico [artº 117º] – Contabilidade Organizada Cat. B
X Livros de registo [artº 116º] – Regime Simplificado Cat. B
O documento referido no número anterior deve conter declaração expressa dos sujeitos passivos
autorizando a Direcção-Geral dos Impostos a averiguar, junto das respectivas entidades, se em
seu nome ou em nome dos membros do seu agregado familiar existem, relativamente ao
mesmo período de tributação, outros rendimentos com opção pelo englobamento e deve ser
junto à declaração de rendimentos do ano a que respeita ou, se esta for enviada por
transmissão electrónica de dados, deve ser remetido ao serviço de finanças da área do domicílio
fiscal até 25 de Maio do ano seguinte àquele a que os rendimentos respeitam (referência ao
prazo previsto na subalínea II) da alínea b) do artigo 60.º CIRS).
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[Artº 120º] Obrigações das entidades emitentes de valores mobiliários
As entidades emitentes de valores mobiliários são obrigadas a comunicar à Direcção-Geral dos
Impostos, até ao fim do mês de Julho de cada ano, os seguintes elementos:
X Identificação das entidades registadoras ou depositárias previstas no artigo 125.º;
X Quantidade de valores mobiliários que integram a emissão, e tratando-se de emissão
contínua, a quantidade actualizada dos valores mobiliários emitidos;
X Quantidade de valores mobiliários registados ou depositados em cada uma das entidades
registadoras ou depositárias.
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[Artº 57º] Declaração de rendimentos
Nas situações de contitularidade, tratando-se de rendimentos da cat. B, incumbe ao contitular a
quem pertençam a apresentação do anexo respectivo.
No caso de MV com exclusão de tributação (nºs 5 e 7 do Artº 10º), os S.P. devem declarar a sua
intenção de efectuar o reinvestimento na declaração do ano de realização, comprovando na
mesma ou nas duas declarações posteriores os investimentos efectuados.
[Nºs 2 e 3 Artº 96º] Em caso de direito a restituição de imposto de uma declaração entregue
dentro do prazo, o Estado pagará uma remuneração compensatória (que é, ela própria, líquida de
IRS, pois não tem a natureza de rendimento de capitais).
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