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Consideracées Esqueleéticas sobre o Movimento OBJETIVOS ‘Apés ler este copitulo, o estudante serd capaz de: 1. Listar as funcdes do sistema esquelético e os tipos de oss0s nele encontrados ¢ descrever 0 papel que cada tipo de osso desempenha no movimento ouna sustentacdo humana. 2. Descrever as caracteristicas do sso compacto e do 0550 esponjoso e as propriedades mecanicas do oss0 sob carga. 3. Identificar a regido eldstica,o ponto de rendimento, a regido pléstica e 0 ponto de rup- ‘ura numa curva de carga-deformagao. Definir os seguintes tipos de cargas que o osso deve absorver e fornecer um exemplo para ilustrar cada carga incidente no sistema esquelético: compressao, tensao, cisalhamento, curvamento e torcao. J & Descreveralgumas estes comuns do sitma exqueéticoeexplicar a carga causadora 6. Descrever 0s tipos de cartilagem e sua fungao no sistema esquelético. 7. Descrever a funcao dos ligamentos no sistema esquelético. 8, Descrever todas os componentes da articulacao do tipo diartrose, fatores que contri- buem para a estabilidade articular e exemplos de lesao nesse tipo de articulacao. 9. Listar os sete diferentes tipos das articulagdes denominadas diartroses, dando exem- plos para cada uma dela. 10. Descrever as caracteristicas das articulagbes dos tipos sinartrose e anfiartrose e forne- cerum exemplo de cada. Introducéo I, Caracteristicas Biomecanicas do Osso {A Fungoes do Sistema Esquelético A. Tecido Osseo 1. Alavancas 1. Constituigho 2. Sustentacao 2. Reabsorcao e Depésito Osseo 3. Outras Fungoes 3. Atividade Fisica versus B, Arquitetura do 0550 Remodelagem Ossea 1.0380 Cortical 4, Reducdo da Atividade versus 2. Oiss Esponja Remodelagem Ossea .Tipos de Ossos 5, Depésito Osseo em Tecido Mole 1.05605 Longos 6, Osteoporose ZLossos Curtoz 8, Resistencia e Rigidez do Osso 3.Oss0s Planos 1. Caracteristicas Anisotr6picas 4.05s0s Iregulares 2, Caracterstcas Viscoelasticas 5.03605 Sesameides 3. Resposta Elastica Fondamentos de Movimento Humane 4, Resposta Plstica 5. Resistencia 6. Rigidez 7. Carga e Deformagéo Normal e de Cisathamento ipos de Carga Forgas de Compressdo Forgas de Tensao Forcas de Cisalhamento Forgas de Curvamento Forgas Torsionais Lesdo versus Aplicagao de Carga Atividade Muscular versus Aplicag3o de Carga 8.Fraturas por Estresse Cartilagem A. Cartilagem Artcular 8. Fibrocartlagem |. Ligamentos |. Reticulagdes Osseas A, Artculagao do Tipo Diartrose ou Sinovial 1. Caractefsticas da Articulagao do Tipo Diartrose Ti 1 2 3 4, 5. 6 7 VL Res )) Introducéo ( sistema esquelético consiste em ossos, cartlagem, ligamentos e articulagoes do corpo. Os oss0s constituer a maioria das estruturas no sistema esquelético. En- quanto as articulagoes sa0 as intersecdes entre 05 05505, 6s ligamentos conectam os oss0s as articulagdes, refor- gando-as. © esqueleto consiste em aproximadamente 20% do peso corporal total. Geralmente, o sistema es- {quelético ¢ dividido nos esqueletos axial e apendicular (Os principais ossos do corpo humano esto representa- dos na Figura 2-1 A estrutura do esqueleto determina a forma e 0 ta- ‘manho do corpo. Embora seja possivel prever aproxi- madamente a altura do adult jé aos dois anos de idade, ‘ sistema esquelético e sua estrutura podem ser grande- mente influenciados pela nutrigio, nivel de atividade ¢ habitos posturais. Embora 0 tamanho e a forma gerais dos ossos sejam herdados, podem ser induzidas adapta- ‘g0es estruturais na forma, tamanho e pontos de referén- ia pela sustentagio do peso e pelas forcas exercidas por tendoes, ligamentos e miisculos (31). No esqueleto em desenvolvimento ou imaturo, a influéncia da sustenta- ‘¢30 do peso e das forcas musculares teré um efeito mais substancial na constituigao do tamanho e da forma dos ‘ossos, em comparagao com as mesmas forgas exercidas rum esqueleto maduro. Por essa razao, é importante prestar muita atencio aos tipos de atividades e posturas habituais de uma erianga pré-adolescente. ‘Um exemplo comum de alteragao esquelética no es- 4queleto imaturo € a escoliose idiopstica, uma curvatura 2. Estabilidade da Articulacao do Tipo Diartrose 3. Degeneracio da Articulacdo do Tipo Diartrose 4, Articulac6es Simples, Compostas € Complexas 5, Posigdes de Maximo Contato e de Contato Parcial Tipos de Diartroses 1. Articulagdo Plana ou Deslizante 2. Articulacao em Ginglimo ou Dobradica 3, Articulacao en Pivo 4, Articulagéo Condilar 5. Articulagao Elipsoidea 6. Articulagao em Sela 7. Articulacao Esferoidal Outros Tipos de Articulagoes 1. Articulagées do Tipo Sinartrose ou Fibrosas 2. Articulagdes do Tipo Anfiartrose ou Cartilaginosas sumo lateral na coluna vertebral, presente em aproximada. mente 15 2 20% das meninas com idade entre 10 e 12 anos. Essa deformagio é chamada idiopstica porque nao foram identficadas as forcas eausadoras da curva lte- ral, Seré por que as meninas novas passam tempo de- ais sustentando o peso sobre um dos membros? A de- formacio estara relacionada a postura que consiste em joelhos hiperestendidos ¢ lordose? F facil especular so- bre as causas possiveis, mas ainda nao conseguimos cap- tar a base cienifica desse distirbio, Certamente sabe- mos que 0 sistema esquelético & um sistema maleével que pode ser modelado por meio da atividade. E impor tante entender como 0 sistema esquelético responde para que possam ser instituidos programas que promo vam a saide do esqucleto e previnam a ocorréncia de le soes esqueleticas. FUNCGES DO SISTEMA ESQUELETICO © sistema esquelético desempenha muitas fungoes: alayanca, sustentacio, protegio, armazenamento ¢ for ‘magio de células sanguineas. Duas dessas fungoes— ala- vanea e sustentagao ~ sa0 decisivamente importantes para o movimento humano. Alavancas ( sistema esquelético fornece as alavancas e eixos de rolagdo em torno dos quais o sistema muscular gera os movimentos. Alavanca ¢ um mecanismo simples que amplia a forga efou a velocidade do movimento. As ala~ vvancas sao, basicamente, os 0ss0s longos do corpo, © os CHILO 2 ConsiderapSee Exqueléticas sobre © Movimento, 33 Posterior {Reproduce com per s& Wikis) 3a {CAO | Fundamentos de Mevimente Humane «ixos sto as articulagdes em que os ossos se encontram. © Capitulo 9 contém uma discuss aprofundada sobre alavancas, A morfologia dos ossos determina a maneira pela qual o esqueleto contribui para o movimento, Morfolo. gia éa forma ¢ 0 arranjo estrutural dos ossos eas cars teristicas das articulagdes que os conectam. Exempli cando, se o antebraco se movimentar até uma posicio de maxima flexao, de modo que se situe contra o brago, em seguida, se estender até parar, ocorreri limitagto da hiperextensio, por causa da forma dos ossos que constituem a articulagao do cotovelo, Por outro lado, se © brago se movimentar por flexao do ombro, de modo que fique apontando reto acima da cabeca,e se esse mo- vimento for seguido pela extensao do ombro de volta 3 posicio anatémica, o brago continuaré numa posicao hiperestendida, porque a estrutura da articulagao do ‘ombro permitiré 0 movimento. © esqueleto também restringe 0 movimento em outras areas do corpo, como mostea a Figura 2-2. Um ‘movimento na ponta dos pés ind travar o talus contra o calcineo, restringindo a flexio plantar, Bailarinos con. sideram esta uma grave limitagio, pois desejam a maxi ma flexdo plantar para muitas manobras. Alguns deles FeuRA 22 Cbstrces esqueleieas Imitrn © movment muita tes lo corpo. A. Na atiulacio do cotvelo ccrana ea essa fano se encontram de medo a resting aquaria de pee so antebraga. 8. No pé.s tus eo calcineo entarn em Contato chegam inclusive a fazer uma cirurgia que envolve a ras- pagem da parte posterior do tilus, para permitir maior liberdade de movimento em flexto plantar. Sabe-se de bailarinas e bailarinos que fizeram essa operacao duas ou ‘trés vezes durante suas carreiras. O entendimento da es trutura e forma do esqueleto proporciona informacao so- bre 0 potencial motor em cada articulacio, que pode ser utilizada para trabalhar dentro dos limites do sistema Sustentacdo ‘Uma segunda fungo importante do sistema esque- lético € o fornecimento de uma estrutura de sustenta- so. O esqueleto pode manter uma postura enquanto acomoda grandes forgas externas como, por exemple, as envolvidas nos saltos. Os ossos aumentam de tamanho desde a parte superior até a parte inferior, proporcional mente & quantidade de peso que sustentam; assim, 05 oss0s do membro inferior ¢ as vértebras situadas mais inferiormente, ¢ também 0s assos pélvicos, sio maiores do que 0s assos correspondentes do membro superior ¢ da parte superior do troneo, Uma comparacao visual entre o uimero e o fémur, ou entre as vértebras cervicais ¢ lombares, demonstra essas relagoes dimensionais, Outras Funcdes Ha trés outras fungdes dsseas no especificamente relacionadas ao movimento: protecao, armazenamento « formagao de células sanguineas. Os ossos protegem © cérebro e os érgios imternos. Também armazenam gor- dura e minerais, Finalmente, a formagao das células san guineas, chamada hematopoiese, ocorre no interior das cavidades dsseas ARQUITETURA DO OSSO © oso se compée de uma matriz de sais inorgani- 08 e tecido conjuntivo conhecido como fibras de cola geno. As células dsseas so 0s astedcitos, Os dois tipos dessas células so conhecidos como osteoblastos ¢ o5- teoclastos. Essas células sao responsiveis pela remodela- gem 6ssea. O 0850 € composto de dois tipos de tecidos: 0880 cortical e asso esponjoso. A cameda externa dura € osso compactoy internamente a essa camada, esti 0 0550 esponjoso. A seceao da cabega do femur mostrada na Figura 2-3 ilustra a arquitetura do osso longo. O ar- anjo arquiteténico do tecido dsseo ¢ notavelmente apropriado para as demandas mecinicas impostas a0 sistema esquelético durante a atividade fisica. Oss0 Cortical 080 cortical frequentemente ¢ conhecido como 0880 compacto, O oss0 cortical parece ser uma estrutu- ra s6lida, mas um exame mais detalhado revela muitas Passagens para vasos sanguineos e nervos. A camada ex- terior do osso € muito densa, tendo porosidade inferior 15% (32). © 0880 cortical consiste em um sistema de tubos cos chamados lamelas, que estio dispostas umas no interior das outras. As lamelas sao compostas de fibras de coligeno, todas avaneando numa mesma diregao. As Oss0 esponjoso Trabéoulas de ‘0880 esponjoso ‘Oso compacto fa da wxvemicade proximal do femur lusts fanto o os0 comy no 0 oso expanjosa 0 oro compacta denso ali arte exter ot, comruanco rfexente pare formar 8 [ee cz, 0 0 espanjoso se localiza nas enemies codendo set SGierciavo por seu aepecta que embva ode una telga Observe acu ets nas rascula Que se forma para suport 3 carga secgie ‘bras de colégeno de lamelas adjacentes sempre avan- {gam em ditesSes diferentes. Um grupo de lamelas forma “um ésteon ou sistema de Havers, Osteons sio estrutu- as em forma de pilar com orientagao paralela as cargas {que si0 aplicadas a0 osso. © arranjo desses pilares de Sustentagio de peso e a densidade do 0350 compacto ‘proporcioniam resistencia erigidez ao sistema esque 60.00 0850 cortical pode suportar niveis elevados de sus- tentacao dle peso ou de tensio muscular na direcao lon- ‘gitudinal, antes que venha a cedere fraturar (31). © osso cortical especialmente capaz de absorver “cargas tensivas se as fibras de coligeno estiverem dispos- fas paralelamente a carga, Tipicamente, 0 coligeno se fem camadas que avangam em configuracbes lon- Gitudinais, circunferencias e obliquas. Isso oferece resis- as forgastensivas em diferentes diregdes, porque, to maior o nsimero de camadas, maior a resistencia rigidle7 oferecidas pelo osso. Do mesmo modo, nos lo- is onde misculos,ligamentose tenddes se prendem a0 Issqueleto, as fibras de colageno estio dispostas paraela- ‘a insercao do tecido mole, oferecendo assim maior anc A tragao para essasinsergdes. ‘Uma camada espessa de osso compacto & encontra- nas difises de ossos longos, onde ha necessidade de Ssténcia para responder as clevadas cargas impostas Tongo do comprimento do osso durante a sustenta- ddo peso ou em resposta a tensao muscular. Camadas das de oss0 compacto sao observadas nas extremi- dos ossoslongos,eplises ¢ também revestindo 0s eurtos ou irregulares Esponjoso {0 tecido bsseo situaco no interior do osso cortical € ido como sso esponjoso. Esse 0380 possui uma em forma de treliga, com porosidade superior CANTUIO? Consideragsor Eaqueléticas sobre © Movimento 35 2.70% (32). A estrutura do oxo esponjoso, apesar de ser bastante rigida, é mais fraca e menos densa do que a do ‘0ss0 compacto. Os fragmentos dsse0s pequenos e pla- nos que compoem 0 ss0 esponjoso sao conhecidos como trabéculas (Fig. 2-3). As trabéculas se adaptam 3 direcao da carga imposta sobre o 0ss0, proporcionando resistencia sem adicionar peso excessivo (5)-O coligeno avanga a0 longo do eixo das trabéculas,o que da a0 oss0 esponjoso maior resistencia &tragio e compresses "A elevada porosidade permite que 0 0350 esponjos0 tena grande capacidade de armazenamento de energia, de modo que esse tipo de osso passa a ser elemento cru- cial na absorcao de energia e distribuigdo das presses ‘quando cargas sfo aplicadasestrutura esquelética (28). (0 os60 esponjoso nao é tao forte como o oss0 compac- toe € grande a incidéncia de fratura no oss0 esponjoso fem pessoas idosas. Acredita-se que isso seja provocado pela perda da resistencia compressiva, decorrente da perda mineral dssea (osteoporose). TIPOS DE OSSOS ( sistema esquelético consiste em tipos de ossos ca~ tegorizados de acordo com a forma, funcdo e proporgao dos tecidos dsseos esponjoso ¢ compacto. A Figura 2-4 ilustra cinco tipos de ossos, Sao conhecidos como: ossos longos, curtos, planos, irregulares e sesamaides. Ossos Longos ‘Os 08808 longos tém estrutura mais alongada e me- nos larga. Os ossos longos do corpo sio: clavicula, imme- ro, ridio, ulna, fémur, tibia, fibula, metatarsais, metacar- pais c falanges. © 0560 longo possi um corpo, ou didfise, uma camada espessa de oss0 compacto que cit- cunda a cavidade da medula dssea (Fig. 2-5). A didfise alarga-se na diresao da extremidade, na porcio chama- dda metifise. No esqueleto imaturo, a extremidade do ‘0ss0 longo, ou epifise, esta separada da didfise por um disco cartlaginoso. As epifises consistem em uma cama- da externa fina de osso compacto que reveste 0550 es- ponjoso interno, Uma membrana branca fina, © periés- teo, reveste a parte externa do oss0, com excegao das partes revestidas por cartilagem. ‘Ossos longos oferecem a0 corpo apoio e proparcio~ rnam 0 conjunto interconectado de alavancas ¢ ligagoes que nos permite fazer movimentos. Um o3so longo € ais forte quando é pressionado por forgas incidentes a0 longo do seu eixo longitudinal. Os locais de insers0 ‘muscular e protubersincias s4o formados por forgas ten- sivas dos miisculos, a0 exercerem tragio sobre os oss0s. Em sua maioria, os ossos longos apresentam forma de vviga a fim de controlar e minimizar as cargas de curva mento incidentes. Ossos Curtos ‘Os oss0s curtos, como os carpais da mao ¢ 0s tarsais do pé, consistem basicamente em 0380 esponjoso reves- tido por uma fina eamada de osso compacto, Esses 0ss0s desempenham importante fungao na absorsio de cho- ques e na transmissio de forgas. Fundomentos de Movimento Humane A. Osso Tongo carpais do punho 4 ©. Episo | B. Metatise Lina epitsarial (cartlagem) A. Diaise Cavidade medular |B. Metatise | ©. Epitise CT ©. 0850 plano ~ D. Osso irregular ~ vertebra, E. Ossa sesaméide — paola FHeuMk24 Divesostaoe de oss atender fur es espectias A, Osos longosfoncenam como lowoncas B, Oss cues cerecem apoio © abce (0 de chogue. € O530s slanos protege ore (em lacis mais amglos goa euergbo muscle, D.O:z0s meaules tem fungdes expec EO :ezamélaes alta oSngule de sero muscle FHeuta2s Ocossolongo tem um carp ou dice (AL. que se alae a format ‘a mats (B) eo ep (C).Camadas de oso compact com ‘Ametdfse cach 8 umasin coma de ie, rompset, Oss0s Planos ‘Um terceiro tipo de 0ss0, 0 osso plano, esta repre- ssentado pelas costelas,ilfaco, esterno ¢ escépula. Esses fess0s contém duas camadas de osso compacto, com ‘ess0 esponjoso ¢ medulla entre elas. Os oss0s planos pro- ‘tegem estruturas internas e oferecem superficies amplas para insergao muscular. Ossos Irregulares Ossos irregulares, como os observados no cranio, ‘pelvee vertebras,consistem em oso esponjoso com uma fina superficie exterior de osso compacto.Fsses 0ssos 30 ‘ehamados irregulares por causa de suas formas e fungoes specials. Os ossos irregulares desempenham diversas Hangoes como, por exemplo,sustentacio do peso, disi- facto de cargas, protegio da medula espinal, contribui- {20 para os movimentos¢ locas para insergio muscular. ‘Ossos Sesaméides 0 ailtimo tipo de 0ss0, 0 asso sesambide, ¢ um 0ss0 seurto embutido num tendio ou cépsula articular. A pa- “la € um oss0 sesambide na articulagao do joelho: esti fembutida no tendio do quadriceps. Outros ossos sesa- Tides podem ser encontrados na base do primeiro Spetatarsl do pé, onde 0s ossos estio embutidos no ten- 430 distal do misculo flexor curto do halux, e no pole- Js onde os os60s esto embutidos no tendao do miis- teal flexor curto do polegar. O papel do osso sesamside Ealterar 0 Angulo de insergio do mmasculo, @ Coracteristicas Osso TECIDO OssEO O tecido éssco ¢ forte ¢ é uma das estruturas mais “daras do corpo, por causa da combinagio de elementos “morginicos € orginicos. Os minerais calcio e fosfato, ‘aliados a0 colgeno, constituem o elemento orginico no ‘ess0, epresentando aproximadamente 60 a 70% do te- ‘Gido dsseo. A 4gua constitu aproximadamente 25 a 30% opeso do tecido dsseo (28). © tecido dsseo € um material viscoelistico cujas “propriedades mecinicas sio afetadas por seu grau de de- Formacio. As propriedades flexiveis do o3s0 sio propor- “Gionadas pelo material colagenoso no o3s0. O contedido fcoligeno fornece a0 oss0 a capacidade de suportar tensivas. O osso também apresenta fragiidade e resisténcia depende do mecanismo de aplicagio de A capacidade de fragilidade do osso ¢ proporcio- [por seus constituintes minerais, que dao a0 osso a idade de suportar cargas compressivas. Essas pro- udes ser3o discutidas mais adiante neste capitulo, as do ao € Depésito Osseo © os60 ¢ um material altamente adaptativo e muito ao desuso, a imobilizagio ou a atividade vigorosa sniveiselevados cle carga. tecido dsseo tema proprie- CAIIUIO 2 Consideragées Esqueléticas sobre © Movimento 37 dade de auto-reparasio, podendo alterar suas proprieda~ ‘dese configuragao em resposta& demanda mecanica Is50 foi determinado pela primeira vez pelo anatomista ale- ‘mio Julius Wolf, que estabeleceu a teoria do desenvolvi- ‘mento dos ossos, chamada lei de Wolff. Fssa lei afirma que: “qualquer mudanga na forma e fungao de um 0ss0, ‘ou apenas de sua fungio, & seguida por certasalteragies definidas em sua arquitetura interna e por uma alteracio secunda igualmente definida em sua conformacio ex- terna, em conformidade com leis matematicas” (21). Durante o crescimento ¢ a0 longo da vida, 05 05503 ficam sujeitos a cargas aplicadas externamente e a forgas rusculares &s quais respondem, Os ossos sio remodela- dos e reparados durante toda a vida. Trata-se de um sis- tema dindmico e ativo em que grandes volumes ésseos sao removidos por reabsorgio de tecido dsse0 e substi- tuidos por deposicao de tecido bsseo. A reabsorcao ossea € realizada por ostedcitos chamados osteaclastos,e a de- posigdo dssea ¢ efetuada por osteablastos. Esse processo pio € 0 mesmo em todos os 0880s ¢, inclusive, nem em ‘um mesmo osso, Exemplificando, 0 0380 na parte distal do femur é substituido a cada 5 a 6 meses, enquanto 0 ‘sso na diafise & substituido bem mais lentamente. Em adultos jovens, os depOsitos 6sse0s equivalem a reabsor- {0 dssea, ea massa dssea total relativamente constan- te. Contudo, por meio do exercicio, a massa éssea pode aumentar, até mesmo durante a fase adulta jovem. Esse € tum dos principais beneficios da atividade fisica. (Os depésitos dsseos excederdo a reabsorgio éssea quando houver necessidade de maior resistencia ou nos casos de lesio. Assim, halterofilistas exibem espessa- mentos na insergao de muisculos muito ativos, € 05 08- s0s sto mais clensos onde as cargas so maiores. O bra~ 50 dominante dos jogadores profissionais de tenis tem. ‘ espessura cortical 35% maior do que 0 braco contra- lateral (21). A forma do osso também muda com a con- solidaso dssea apés uma fratura. Atividade Fisica versus Remodelagem Ossea ‘Os ossos dependem da carga mecanica para crescer € se fortalecer. Assim, a atividade fisica é um componente importante no desenvolvimento e manutengdo da inte- gridade e resistencia do esqueleto. O tecido dsseo deve {er um estimulo diario para que se mantenha saudavel. O| hist6rico da carga aplicada diariamente, compreendendo ‘0 ntimero de ciclos de aplicagao de carga ¢ sua magnitu- de, influencia a densidade do osso, Demonstrou-se que a aplicagao intermitente de carga durante 100 ciclos por dia causa aumento significativo na sece3o transversa do (550 (36). Peso corporal e nivel de atividade sao exem- plos de fatores que regulam a densidade nos oss0s de sus~ tentagao do peso, Aumentos no nivel de atividade geram ‘um aumento moderado na massa dssea. Reducdo da Atividade versus Remodelagem Ossea ‘A perda de tecido 63800 apés uma diminuigio no nivel deatividade pode ser significativa (36). Num cen rio de microgravidade, astronautas submetidos a in- fluéncias da reducio da atividade e da perda do peso pperdem uma quantidade significativa de massa dssea em 38 periodos relativamente curtos, Algumas das mudangas {que ocarrem no 0380 como resultado das viagens espa~ Ciais sao: perda da rigidez, aumento do deslocamento por curvatura, diminuicao no comprimento do oss za seccio transversa cortical e retard na formagao de tecido dsse0 (37). Depésito Osseo em Tecido Mole Um distirbio conhecico como miosite ossficante ‘corre quando depésitos dsseos recaem nos tecidos mo- les préximos ao osso, como resposta de seguranga a traumatismos tepetidos ou a um hematoma (contusso) numa Area, O corpo responde inicialmente as repetidas contusdes com a formagio de tecido fibroso que termi- nna formando cartilagem e, em seguida, oss0. parte an- terior da coxa e a articulacao do quadril sao regioes em ‘que esse distirbio é comum. Jogadores de futebol ame- ricano que sio feqlientemente atingidos na coxa sio suscetiveis a esse tipo de esto. Miosite ossficante tam- bbém foi observada na regido do quadril em jogadores de futebol que freqientemente caem sobre essa articulagao (1). Percebendo que o corpo ira formar uma prolifera- Glo fibrosa, cartilaginosa e dssea no local especifico de fraumatismos recorrentes, alguns praticantes de artes ‘marciais tentam deliberadamente obter essa resposta| nas maos € nos pés. Osteoporose Em casos de osteoporose, a reabsorcio dssea excede 03 depésitos 63se0s. Frequentemente, os sintomas de os- teoporose comecam a surgir em idosos, especialmente em mulheres na pés-menopausa. Masa osteoporose pode ter inicio mais cedo, quando diminui a densidade mineral 6ssea, Quando a deposicdo dssea ndo pode acompanhar a reabsorgio 6ssea, a massa mineral 65sea diminui,resul- tando em reducio da densidade mineral acompanhada pela perda da integridade trabecular. A perda da densida~ de mineral 6ssea significa perda da rigider no osso,¢ a perda da integridade trabecular enfraquece a estrutura Esses dois efeitos criam potencial para uma incidéncia muito maior de fraturas (6), variando de 2a 3,7% em dividuos sem osteoporose,¢ quase dobrando para 5.27% em individuos com osteoporose (19) Nio foram ainda completamente escarecidas as causas exatas da osteoporose, mas demonstrou-se que esse problema esta relacionado a fatores hormonais, de Sequiltbrios nutricionas e falta de exercicio. O volume ésseo normal vai de 1,5 a 2 litos,e 0 diametro cortical ¢d0 0500 atinge seu maximo entre 0s 30-¢ 0s 40 anos, tan- to nos homens quanto nas mulheres (12, 29). Depois dos 30 anos, ocorre uma perda anual de 0,2 2:0,5% no peso mineral do oss0 (36), havendo em mulheres uma aceleracao depois da menopausa para uma perda éssea {que 50% maior de que em homens de idade semelhan- te (29). Especula-se que uma parte substancial dessa perda dssea pode estar ligada & redugio concomitante no nivel de atividade (36). Exercicio leve ou moderado pode aumentar 0 con tetdo mineral dos ossos em idosos (3). Em um estudo foi demonstzado que o contetido mineral dos oss0s em cor- redores com idades variando entre 50 e72 anos era maior ddo que em individuos que nao praticavam corrida. Tam- ‘bém ocorreu uma diminuigao na velocidade de perda 6s- sca relacionada a idade: 4% a0 longo de 2 anos para os corredores,e 6a 796 ao longo de 2 anos para o grupo de nio-praticantes de corrida (23). Contuado, quando 0s cor- redores pararam de correr ou adotaram a caminhada como exercicioalternativo, a perda éssea aumentou subs- tancialmente para 10 13% (23) Portanto,sugere-se que uma atividade substiutiva paraa corrida seja aquela que proporcione cargas de alta intensidade © poueas repeti {85 como, por exemplo, evantamento de peso. Estilo de vida e habitos de atividade parecem de- sempenhar um papel importante na manutengio da satide 6ssea, Em tim estado, a incidéncia de osteoporose foi 47% numa populagio sedentiria, em comparac3o com apenas 23% numa populagio cujas ocupagdes in. cluiam trabalho fisico pesado (3). Fica claro que os ido~ sos podem ser benefiiados com alguma forma de exer- cicio de sustentacio de peso, embora nao tenham sido determinadas a intensidade e a curacao dos exercicios. ‘Niveis de estrogénio em mulheres com anorexia © cm atletas do sexo feminino com amenorréia também foram relacionados a presenga de osteoporose nessas populacdes. Especula-se que iraturas por estresse no colo do fémur de praticantes de corrida do sexo femini- no podem estar relacionadas a uma perda observada de densidade mineral dssea em decorréncia da osteoporose (6). Atletas de elite do sexo feminino em diversos esportes. sofreram perda ce massa ssea, comumente em associagdo com episédios de treinamento pesado e irreguaridade ‘menstrual. Algumas dessa atletas perderam tanta massa Gssea que suas caracteriticas esqueléticasassemelham-se asde mulheres idosas, RESISTENCIA E RIGIDEZ DO OSSO (© comportamento de qualquer material sob condi- ‘goes de carga fica determinado pela sua resistencia e ri- gidez. Quando uma forga externa ¢ aplicada a um osso ‘ou a qualquer outro material, ocorre uma reagao inter~ na, A resistencia pode ser avaliada pelo exame da relagao entre a carga imposta (forga externa) ¢ a quantidade de deformacio (reagiio interna) que ocorre no material. Os métodos ¢ a terminologia desse tipo de avaliacio foram apresentados no Capitulo 1 Caracteristicas Anisotropicas © tecido ésseo ¢ um material anisotrépico, 0 que significa que o comportamento do osso varia com a di- regao da aplicagao da carga (Fig. 2-6). Em geral, tecido de ossos longos pode enfrentar as maiores cargas na di- regao longitudinal ea menor quantidade de carga trans~ versalmente a superficie do osso (31). Ossos longos sto ‘mais fortes ao suportarem cargas longitudinais porque hhabitualmente sio submetidos a carga nessa diregao. Caracteristicas Viscoelasticas © osso ¢ também viscoelistico, o que significa que sua resposta depende da velocidade em que a carga € FIM © caso ¢consideato ansowtnico porque responde de forma ‘Grenier apcados em dilerenesdregbes AO oss0 poser com Dees forces aptzadas ra cresio longudinal B.O oso nio & tio forte es evento fas alicdastansverarente3 su superkie ‘plicada e da duracao da aplicacao da carga. Numa velo- ‘Gidade maior de aplicacao de carga, o oss0 pode suportar _ maaiores cargas antes de ceder ou fraturar. Como esta flustrado na Figura 2-7, 0 oss0 que recebe uma carga aplicada lentamente sofie fratura numa carga que € proximadamente a metade daquela suportada pelo oss0 "uma velocidade ripida de aplicagao. CARGA DEFORMAGAO [PEBRA2T 001206 consteradovscoelstico porque esponde deforma [eieente quancorecebecatgas em velocdades etentes A. vendo a [Gen ¢ opiate rapdarnante 0 o:earexponde com) mas ride pode Peseta ima carga mao antes de sfrerratra.B. Cuando 2carga ap Feslentament,o 00 no fea tao gto cu fre aturardo com a aisbaiat, Consideragies Esqueléticas sobre © Movimento 39 Resposta Elastica No inicio da aplicacao da carga, 0 osso exibe urna resposta elistica linear. Quando uma carga ¢ inicialmente aplicada, o 0sso sofre deformasdo por uma mudanga no comprimento ou na forma angular. O oss0 nao se defor- ma em mais de aproximadamente 3% (34). Iso € consi- derado na regiao elistica da curva de carga-deformacao, porque, quando a carga for removida, 0 0sso se recupe- ‘ard e vetornard a sua forma ou comprimento original. Rosposta Pléstica Com a continua aplicacio de carga, @ tecido sco atinge seu ponto de rendimento e depois disso suas bras mais externas comesam a ceder, ocorrendo micro- rupturase descolamento do material no osso. A isso cha- ‘mamos regio plistica da curva de carga-deformagzo. O tecido 6sseo comeca a se deformar permanentemente ¢, ‘em conseqiiéncia, sofre fratura se a carga for continua na regido plistica. Portanto, quando a carga € removida, 0 tecido 638c0 nao retora a seu comprimento original, mas fica permanentemente alongado. Embora © 0380 ppossa exibir uma resposta plistica, a aplicacao de cargas normais permanece dentro da regiaa elistica Resisténcio ‘A resisténcia do oss0, ou de qualquer outro material, € definida pelo ponto de ruptura ou pela carga suporta- da antes da ruptura, A ruptura do osso depende do tipo de carga imposta (Fig, 2-8). A ruptura (fratura) do 0880 enyolve um evento traumatico isolado ou 0 aciimulo de ‘microfraturas. Assim, 0 comportamento 6sseo é impor- tante tanto na fratura como na fadiga. A resistencia € 200 150 100] Carga (MNim®) Compresséo Tensio s0| Cisalhamento o [GURA2€ Cerys misma para amass de casa corti humano acuta. ‘dap com permisao de Nowdin, 8 Frakes, VE) 1985) Basic omechanisof he hkscueseeta Site Phiadelphix Leo & Febiae) 40 Fundamentos de Movimento Humane avaliada em termos de aciimulo de energia ou da érea sob uma curva de carga-deformagao. Rigidez A rigider, ou 0 médulo de clasticidade, é determina- dda pela inclinagao da curva de carga-deformagao na fai- xa da respostaelistica, sendo representativa da resistencia ddo material & carga, durante a deformagzo da estrutura, A curva de carga-deformacao para material malcavel, que- bradigo e para o 0:50 est ilustrada na Figura 2-9. 0 oss0 nao € tio rigido como o vidro ou o metal ¢, a0 contririo ddesses materiais, nio responde de forma linear porque cede e deforma de maneira nao-uniforme durante a fase de aplicagio de carga (28) Quanto maior a carga imposta ao 0880, maior a de- formagao. Ademais, se a carga exceder os limites elisti- cos do material, haveré deformagao permanente e rup- tura do material. Se 0 material continuar a alongar € deformar muito na fase plistica, dz-se que é um mate- rial maleavel. A pele & um exemplo de material que de formar em consideravel grau antes de sua rupture. (0850 possuti propriedades que respondem tanto de modo quebradigo como maledvel, ‘A Figura 2-10 assinala uma série de materiais, em conformidade com a resisténcia e a rigidez. So exem- plos de materiais considerados rigidose fracos o vidro ¢ © cobres 0 ago co ferro sao exemplos de materiais ri dos ¢ fortes; fibra de vidro e seda sto materiaisflexiv ¢ fortes; € sio materiaisflexiveis e fracos a madeira de carvalho, 0 chumbo e a teia de aranha, O osso é consi- derado flexivel ¢ fraco (33). Carga ¢ Deformaséo Normal e de Cisalhamento A carga pode ser perpendicular ao plano de uma seccto transversa do objeto submetido a carga. A isso chamamos earga normal, Se a carga for aplicada parale a) Material maleavel b) Material quebradiea Daformagao FHGURA2 sss cunas de carga-deformagio ita a dferengas no ‘omportamento cre material maedve (A), material quebracico (B) © oss (C).que poss propre tanto quebraciae quanto malesves fo ser apicada una carga um material qusbraco responde deforms neat © soft tutu ou ature antes de ster qualquer defermacso peumanente. © materi raledve! entra 3 90 psa e ze deforma Consceraveimente antes ds rupurs ou fa formogio ates da uptra FLEXIVEL, FORTE ‘@ fibra de vidro RIGIDO, FORTE © 2c0. A. eta de aranha| Resisténcia * 0880 ecarva Iho. vicko @chumba FLEXIVEL,FRACO _RIGIDO, FRACO Rigidez FHcune 210 sie sem quatio quadantes teprevertando'a mail ue Rexel aco (A:raid e taco Brigid «forte (Ce fee! e ore (D) goteado como fexvel faa, a lado de autos materia, como a {ela de arnhe e 2 mater ce canalho.(Adeptado com perisso de Shipman Paley, A. 2 Bchel 0 (1365). The Human Sa IMA Harvard Universtiy Press) lamente ao plano da seccio transversa, seré chamada ‘carga de cisalhamento. Cada tipo de carga gera uma de- formacao. Por exemplo, a deformacio normal envolve uma mudanga no comprimento de um objeto, enquan- to a deformagao por cisalhamento caracteriza-se por uma mudange no Angulo original do objeto. Um exem plo tanto de deformagao normal como de deformacio por cisalhamento é a resposta do fémur a sustentagao do peso, O fémur sofre encurtamento em resposta a defor- masio normal e se curva anteriormente em resposta a deformagao por cisalhamento imposta pelo peso corpo- ral (31). A Figura 2-11 apresenta a carga normal e a car~ 4g por cisalhamento, que se desenvolvem em resposta & tensdo aplicada a tibia, Também estdo ilustradas a defor- maglo normal e a deformagao por cisalhamento, que ‘ocorrem em resposta a compressio do fémur. TIPOS DE CARGA O sistema esquelético esta sujeito a uma série de for- «2s aplcadas, pois 0 osso recebe carga em diversas dire- oes. Cargas sto geradas pela sustentasao do peso, pela fgravidade, por forgas musculares e pot forgas externas ‘A carga e'a deformacao geradas por forgas aplicadas a oss0s sio responsiveis pela faclitagao do depésito de material seo, As cargas sto aplicadas em varias dire- Ges, gerando cinco tipos de forcas: de eompressao, de tensio, de cisalhamento, de curvamento ede torso. tga do Cet “Peteanarzo = tucanga no Compranento ov no Angulo Fora Cerressna Ke) par Gates Fora Conrproseia FRA 11 Carga, 00 fea por unidade de Ses pose se petpench Beslan (args norma) (A) ou parset ao plano (cg3 de csahom BBA ceiormacio de material ¢ ormal C].em que o comoriento Bape citrameno (Dem que oSngulo muda, A lesio do sistema esquelético pode ser causada por “apenas urna aplicagao de alta magnitude de um dessesti- jpos de carga ou pela repetia aplicacio de uma carga de ‘baixa magnitude durante determinado periodo. O primei- 9 tipo de lesio ¢ conhecido como fratura traumatica. O ‘segundo tipo a fratura por estresse, fratura por fadiga ‘ou estresse Osseo. A Figura 2-12 mostra a radiografia de fama fatura por estresse no metatarsal. Essas fraturas ‘ecorrem em consequéncia de microtraumatismos cummu- Jativos impostos 2o sistema esquelético quando a aplica- ‘fo de cargas ao sistema ¢ tio freqiiente que o reparo 6s- S20 fica impossibiltado de acompanhar a destruigio do ‘ecido 6sseo, © mecanismo de uma fatura por estresse Se74 discutido com mais detalhes no final desta segio. Forsas de Compressao ‘Uma forga de compressio pressiona conjuntamen- fe as extremidades dos oss0s ¢ € gerada por misculos, sustentagao do peso, gravidade ou alguma aplicacao de ‘carga externa a0 longo do comprimenta do osso. A car~ CHFTUIO 2 Considers Set quotas sobre © Movimento 41 [AGRA2-12 Froturasporestresseocorem em espe ado sntema esque, de mos ‘Places noosa Uma tra par estese no segundo metatarsal como 2 lusvada nesta vadioyaia & causada pela praia de cov em suet (es cra ou com calgadosigidos Esta leo amb est asocad 3 pessoas com acoselevedose page ser decomente ds fatiga dos misc (os cheunjacentes, Repradurido com nermissio de Fy HF, © Sone, OA 984) Sports ne Blmore Wills & Wi cosa deca ge a deformacao compressivas no interior do sso en Curtam e alargam essa estrutura. © osso absorve carga maxima num plano perpendicular & carga compressa. A Figura 2-13 mostra os efeitos da forea compressiva. Hi necessidade de forcas compressivas para o desenvol- vimento e crescimento dos ossos. Aconpennse Teo G.Grnanens gto inane Fewea213 0 sisema esqueltico es susto zuma vatedate ce crgas que ateram as tersoesinldenes ro0ss0.0 quadrado matcadono femur idea estado alga do tcido dsc A are cloia tara 00 Sa {og splicaca 20 00.8 fogacompressna causa ercustamentoe abr gamer. B.A fxg lensha causa esrstamentoe aongamento, Ce D.A fog de ctahamenioe de orgie cia detrgao angular. Aforga d= cur vamertoervole tes as ateragbescbservdas na compressa trsa0.@ SCA | Fundamentor do Movimento Humans ‘Se uma grande forga compressiva for aplicada e se a carga superar os limites de carga da estrutura, ocorrera ‘uma fratura por compressio. Numerosos locais no cor- po humano sio suscetiveis de softer fraturas por com- pressio, As forgas compressivas sio responsaveis pela dor patelar¢ pelo amolecimento e destruigao da cartla- ‘gem localizada sob a patela, Ess lesio é conhecida como condromalacia patelar. Quando a articulagao do joelho se movimenta ao longo da amplitude de movimento, a patela se movimenta superiormente e inferiormente ho sulco femoral. A carga entre a patela e o fémur aumenta € diminui até um ponto em que a forca patelofemoral compressiva é maior em aproximadamente 50° de flexao € menor na posigdo de extensio completa ou de hipe- rextensio da articulagao do joelho. A alta forca com pressiva em flexao, principalmente sobre a superficie pa- telofemoral lateral, € a origem do processo destrutivo que rompe a integridade da cartilagem e da superficie subjacente da pateia (10). Compressio também €a fonte de fraturas das vérte- bras (11), Fraturas na drea cervical foram registradas em_ atividades como esportes aquéticos, ginéstica, luta (di- versas modalidades), righi, hoquei no gelo e futebol americano. Normalmente, a coluna vertebral cervical mostra-se ligeiramente estendida com uma curva de convexidade anterior. Se a cabeca estiver abaixada, a co- luna vertebral cervical sofrerd um nivelamento para aproximadamente 30° de flexao. Se urna forga for apli- cada contra 0 topo da cabeca quando o atleta estiver nessa posicio, as vértebras cervicais receberao carga a0 longo do comprimento das vértebras eervicais por uma forca compressiva, criando uma Iuxagio ou fratura-lu- xagao das facetas vertebrais. Quando foram proibidas, do futebol americano atitudes como atacar um adver- sério empurrando-o com a cabega ou golpeé-lo com 0 ‘capacete, especialmente sob o queixo, ocorreu uma da- mitica reducao no ntimero de lesoes na coluna vertebral cervical (11). ‘Também foram registradas fraturas por compressa0 nas vértebras lombares de halterofilistas,atacantes de fu~ tebol americano e ginastas que sobrecarregam as vérte- bras enquanto a colina vertebral é mantica numa posi- ‘io de hiperlordose ou de lordose (13). A Figura 2-14 mostra a radiografia de uma fratura de vértebras lomba- res, demonstrando 0 efeito de encurtamento e alarga- mento da forga compressiva. Finalmente, fraturas por (pro ‘usd com perso de Nowa Me Franka W985] sai Biomerha ricsofthe Mscuoseeta Stem (2nd El Phiacelohis-Lee & Feber) CORRIDA (2,2 mis) Sectahenerts” (Potaga rr} carga (wnim®) ‘aumA 221 Caras cersias compress © de cisshomento fcientes natibia de um auto duzaneeacorics.CD.cerate dos dedosED eleva ‘0 dos dedos Repro com petmisso de Slay, «Jacobs ER {19901 Raskograptic Anatomy PhiadsipNaskrwa) 46 AO | Fundomentes do Movimento Humane do pé, pois é criada uma forsa compressiva pelo contato com 0 solo, peso corporal e contragao muscular. Esses {eventos sio seguidos por uma grande forga tensiva, con- tinuando ao longo da fase de elevacto dos dedos ¢ até. a fase de balango. © padrao de forga de cisalhamento tam- bem € diferente, sendo representative da torgdo criada em resposta & rotagao interna e externa da tibia (28) Forgas compressivas, tensivas e de cisalhamento aplicadas simultaneamente 20 0380 sdo importantes 10 desenvolvimento da resisténcia dos ossos. A Figura 2-22 ilustra as linhas de forca compressivas e tensivas na tibia ‘eno fémur durante uma corrida. Ao longo dessas linhas de forsa, ocorre o desenvolvimento da resistencia dssea, Forsas de Curvamento Uma forga de curvamento ¢ aplicada a uma area sem apoio direto oferecido pela estrutura. Quando um ‘sso ¢ submetido a uma forga de curvamento ¢ ocorte deformagao, um dos lados do osso formard uma conve xidade, em que estdo presentes forcas tensivas; ¢0 outro ado do osso formara uma concavidade, em que estao Presentes forgas compressivas (Fig. 2-13). Tipicamente, 0 0ss0 ird falhar e fraturar no lado convexo em resposta as altas forcas tensivas, pois o asso pode suportar maio- tes forgas compressivas do que tensivas (28). A magni- tude das forcas compressivas e tensivas produzidas pela curvatura aumenta com a distancia em relagao a0 eixo do osso. Assim, as magnitudes das forgas sa0 maiores nas partes externas do osso, Na postura normal, tanto f&mur como a tibia curvam. O fémur se curva tanto anteriormente como l= teralmente por causa de sua forma e da maneira de transmissio da forga causada pela sustentacio do peso. ‘A sustentagao do peso gera uma curvatura anterior na tibia, Embora essas forgas de curvamento nao sejam ‘causadoras de lesio, 0 0330 é mais forte nas regides em que a forsa de curvamento é maior (31). Cargas de curvamento geradoras de lesio so causa ddas por varias forgas aplicadas em diferentes pontos no (ss0, Geralmente, esas situagdes sio chamadas aplicagoes FHeumk 225. fatura que evoke 0 uso de ume bots ava esaul@ cada oar wine cevoa de cane eno em irés pontes & ecome quando 0 sou ste abrupiamente Cre na era comoresive eis anteriox eure fc tensa tia ste fo Comumente tb ata no ad oostert, In CURA 222 As nas de fora comnoressiva ronal durante a fse de aoc de coi, bes oer ors) de 1 dstl@ pra ato de forsa em trés ou quatro pontos, Comumente, uma forga €aplicada perpendicularmente ao osso em ambas as, extremidades dsseas e outra forga ¢ aplicada na direcao ‘posta em algum ponto entre as duas Forgas. O oss0 fra- turard no ponto de aplicagio da forga média, como é 0 «aso na fratura que envolve o uso de uma bota para esqui, como a mostrada na Figura 2-23, Essa fratura é causada quando 0 esquiador cai sobre o cano da bota com o esqui © a bota empurrando na outra ditegio, Comumente, 0 0ss0 fraturaré no lado posterior, pois esse & 0 ponto onde 20 aplicadas a convexidade e as Forgas tensivas. Essas fraturas que envolvem o uso de botas para es- «qui foram reduzidas significativamente por meio de me- horas nas amarragées, esquis que fazem curvas mais fa- cilmente, rampas bem cuidadas ¢ a mudanga da técnica de esquiar que projeta o peso do corpo para a frente so- Area de tralura VV t Ponto de auséncia de: orga UO 2 Consideragées Eequeléticas sobre © Movimento 0s esquis. Mas a reduc das fraturas da tibia obtida mo aperfeicoamento do equipamento ¢ da técnica le- Ja um aumento no nimero de lesBes no joelho, pe- mesmas razdes (7) A forga de curvamento em trés pontos é também onsivel por estes num dedo da méo que é compri- do c forcado a uma posigio de hiperextensio ¢ a0 elho ou 20 membro inferior quando o pé esté fixado solo e a parte inferior do corpo se curva. A simples mina¢io das longas travas das chuteiras dos jogadores fatebol americano ¢ a pritica do esporte em bons mpos recapeados reduzem pela metade esse tipo de 9 (14). Aplicacdes da forga de curvamento em trés 0 também sao utilizadas em érteses. A Figura 2-24 esenta duas aplicagdes de Grteses utilizando a aplica- «de forca em trés pontos para corregao de um desvio tural ou estabilizagao de uma regio. ‘Uma carga de curvamento em quatro pontos con- em dois pares de forcas iguais ¢ opostas em cada ex- idade do osso. No caso da curvatura em quatro tos, o oss0 ir se partir no seu ponto mais fraco. Isso Gs ilustrado na Figura 2-25, com a aplicagao de uma sya de curvamento em quatro pontos ao fémur. cas Torsionais ‘Uma forsa torsional aplicada a um osso € uma for- sde tore que cria uma carga de cisalhamento ao lon- ide todo o material (Fig. 2-13).A magnitude da carga ta com a distancia do eixo de rotagao, ea carga de thamento maxima funciona tanto perpendicular- ente como paralcla ao cixo do osso. A aplicagao de carga de torgio também produz forgas tensivas e de apressio no angulo por meio da estrutura Fraturas resultantes de forga torsional podem ocor- ‘no mero, quando uma técnica deficiente de arre- ‘A. Coleto do Miwaukee B. Colote de Jowett 2224 Cangas cde curvamenta em tes panos ao utladat em mu ese A. coete de Milwauke,utzado para comey20 da cuNat Beteal cis cotuna vertebra apica uma foe de cxvrrenta eves 5 cokma BLO cote de Jewetaptca uma orga de cuvamnento bs porto: 3 couna vertebral orks pata ca extensto da coluna| eco. Fratura auRa22s Eempiohipottico de splicazio de carga de curvamento em |uato pontos no fem rao um fatura ou ruptuta no ponto male ‘messo ctia uma torgao no brago (31) e no membro in- ferior, quando o pé esti apoiado no solo e 0 corpo muda de direcao. O resultado da forca torsional é uma fratura em espiral. Um exemplo do mecanismo de fratura em espiral no timero em um arremessador esta ilustrado na Figura 2-26. Comumente, fraturas em espiral tém inicio na parte externa do oss0, paralelamente 2 metade do ‘asso. A aplicacao de carga torsional no membro inferior 6 também responsivel por lesbes cartilaginosas e liga mentares no joelho (14). Lesdo versus Aplicaso de Carga ‘0 que vai determinar se um oss0 sofrerd ou nio le- sto em decorréncia de uma forga aplicada sao os limites titicos de resistencia do material e historia de aplica- ‘go de cargas no osso. Esses limites sto basicamente in- fluenciados pela aplicagao de carga ao oss0. A aplicaao de carga 20 0sso pode ficar aumentada ou diminufda em decorréncia da atividade fisica e do condicionamento, imobilizagao e maturidade esquelética do individuo. A velocidade da aplicagao de carga também ¢ importante, porque a respostae tolerancia do osso sio sensiveis a ve~ locidade, Em altas velocidades de aplicagao de carga quando 0 tecido dsseo nao pode deformar com rapidez suficiente, podera ocorrer lesio. Atividade Muscular versus Aplicacéo de Carga ‘Aatividade muscular tambem pode influenciar as ccargas que 0 0ss0 pode enfrentar. Os muisculos alte~ ram as forgas aplicadas a0 0350 mediante a criagao de forcas compressivas e tensivas. Essas forcas musculares, podem reduzir as forgas tensivas ou redistribuir as for~ G25 no osso, Tendo em vista que a maioria dos ossos Forga de cisalhamento pode suportar forcas compressivas maiores, a quantidade total de carga pode aumentar com a contribuigao muscu- lar. Mas se os misculos vierem a sofrer fadiga durante uma série de exercicios, sua capacidade de aliviar a carga incidente no sso ird diminuir. A distribuigio alterada de ‘cargas ou o aumento nas forgas tensivas deixa o atleta, ou ‘quem esta realizando o exercicio, suscetivel a lesdo. Fraturas por Estresse ‘Una fratura por estresse ocorre quando a reabsorgo ‘6ssea enfraquece demasiadamente 0 0ss0 ¢ 0 depésito seo nao ocorte com rapidez suficiente para que a area fi- Limiar de les8o Tolerancia Feepetigao Se quando uma arg at éapicadanumpe queno nmr wand cegas basa ssa apcadas via ve es £ importants permanecer dentro da fe de toler aless0 ey Fratura em spiral GURA226 Exompo de faxes de org9 apc ‘de an Umeracrande uma fora da csalhamen to 20 longo ch sei ‘que fortalecida, Fraturas por estresse no membro inferior podem ser atribuidas fadiga muscular que reduz.a absor~ go dos chaques ¢ causa redistribuicao das forgas para: pontos focais especificos no osso. No membro superior, fraturas por estresse resultam da repeticao de forgas mus~ culares exercendo tragio no osso, Praturas por estresse si0 responsiveis por 10% das lesdes em atletas (24). A lesio tépica que resulta em fratura por estresse cocorre durante a aplicagto de uma carga que causa uma’ forga de cisalhamento ou forca tensiva e resulta em lace- ragho, fratura, ruptura ou avulsio. O tecido dsseo tam bem pode softer uma fratura por estresse em tesposta a ccargas compressivas ou tensivas que sobrecarregam 0 sistema, sea através da forca excessiva aplicada uma ou, poucas vezes, seja através da aplicaglo demasiadamente_ frequente de um nivel de forga baixo ou moderado (20, 22, 24). A relacdo entre a magnitude e a freqdéncia das aplicagoes de uma carga no oss0 esté representada na Fi- {gura 2-27. A tolerincia do sso a lesdo é fungao da car ‘ga e dos ciclos de aplicacio de carga. A Tabela 2-1 apresenta exemplos de lesoes no siste ima esquelético ¢ descreve a atividade associada i lesio, © tipo de carga causadora da lesao e os mecanismos de’ lesio. @ Cartilagem A cartilagem é um tecido firme ¢ flexivel composto de células chamadas condrécitos, circundadas por umai matriz extracelular, Ha dois tipos principais de cartila~ gem que serio discutidos neste capitulo: cartilage ar- ticular ou hialina e fibrocartilagem. ‘As articulagSes conectam 0s diferentes ossos do es- {queleto, Em articulagdes de livre movimentacao, as ex- tremidades articulares dos ossos estao cobertas com um! tecido conjuntivo conhecido como cartilagem articular. A21 Lestes do Sistema Esquelético CAH 2 Consideragées Esquoléticas sobre © Movimento Carga Osseo —_—Exemplos de Causedora Mecanismo odelesio _ Afividade da Lesio de Lesio anca Compress Wau condicionsmentacakado rigid, superficie: sem eastcidad, Eeresedarbis Corda pe hipermave excessna pronara0) Basquetebos furs do Ginéstica Trabalho demasiado em exerciios realzadas no solo e a prtica condo medal de crabacas Gturaper estresse Carrida de velocdace Tensio ‘censors do dedo do pé cram um efeto decors de area no hii Esgrima hilux quando o praticarte esté na ponta Gos pésprncipalmente Right em ind vidves com haus val Guar esresse Corrida compressio Fediga muscular p com arco elevado Beolodolému — Ginéstca Ewa pr estesse Corrida Compress Superfcie dur, calgado rigid Pecicines Bacquetebol Volebal Peete perestesse Hakercfilsmo Compress Cangas elevadas com posturshipelordtiea na Eveteores — Ginasica Tensto Futebo! american fasdoplts — Esqui Compress Hizerextenséo evalge do joeho core por exernplo.ao fazer uma ‘curve, com a forca da borda interna do esqui na pratica de downhi (desidsinterompid abruptamente com a neve densa aporesesse Coma CCompressio Enters do tornczeo pars fora, causando compressio entre o talus @ Smale medal ‘ommalgclo medial ou sxcessia pronacaa, 20% 0 maléols medaka para dentro com a oragz0e a pronagao da ibis yadoramato Basco! Compressio Relaxamento da preensio do taco (ou bastas ou raquete) curate cole ‘omavimante de impulso, que subitarnent interompldo 20 seu Esporte de aquete adatbe qu Bsqul Futebol american fuaporesuesse Cowida Derobica Sato rac asquetebol Futebol americana Compressa0 Tensio Csathamenta| Compressio Toxgdo Ccompressto Tersio Cartilagem articular ou cartilagem hialina ¢ uma a avascular que consiste em 60 a 80% de dgua numa matriz solida composta de coligeno ¢ proteo- no. O coligeno é uma proteina com as importantes, mecanicas de rigidez e resistencia. O pro- 6 um gel altamente hidratado. Nao foi ainda io como 0 coligeno ¢ o gel de proteoglicano in- durante a aplicagio de forga a cartilagem. Mas 20 entre os dois materiais determina as proprie- final quando o taco cole com 0 solo bastza de besebol & paradb a forga ou a raquete fe fore de controle ‘Queda com curvatua er 8s pontes, em que © peso corporal a bta ea solo curvam posteriormente a bia Hipetextensio do joslha com fora em valgo Salto ou Nexses profuns do joelho durante uma caminhada Ta 20 peo sole, thal posterior Houses ou flexares dos dedos do Treclonando untasa tibia © a feu Giro.em toro de um membre que ests sustentando 0 peso ou fora em valga incidente na joelho Superfcos dures, calgad igo com arco eevado, fauloa Tieinamento e qulometragem excesses Cilada pola tacto do vasio medial 9 do adutor cur dades mecinicas da cartilagem. A cartilagem nao possui irrigagao sanguinea nem inervaglo, sendo nutrida pelo liguido intra-articular (26). ‘A cartilagem articular € anisotrépica, tendo diferen- tes propriedades materiais para diferentes orientagdes com relagio 8 superficie articular. As propriedades da cartilagem a tornam bastante apropriada para resistir as foreas de cisalhamento, porque esse tecido responde as cargas de maneira viscoeldstica. A cartilagem deforma instantaneamente a uma carga baixa ou moderada e, se for submetida a uma carga répida, se tornaré mais rigi- 50 SECAO| Fundamentos do Movimento Humane da e deformard durante um perfodo mais prolongado. A distribuigdo das forcas através da area na articulacio de- termina a carga incidente na cartilagem, ea distribuicao da forca depende da espessura da cartilagem. ‘A cartilagem ¢ importante para a estabilidade e fan cionamento de uma articulagao, porque esse tecido dis tribui as cargas pela superficie e reduxz pela metade as forgas de contato (34). As fibras de coligeno estao ar ranjadas de modo a suportar a aplicagio das cargas. Exemplificando, no joelho, © menisco medial transmit 50% da carga de compressio, Foi demonstrado que a re- ‘mogao mesmo de uma pequena parte da cartilagem au- menta a forea de contato em até 350% (16). Ha varios anos atras, uma ruptura de cartilagem poderia significar a remogao da cartilagem inteira, mas atualmente os or- topedistas aparam a cartilagem e removem apenas quantidades minimas para manter tanto a absorcao de choques como a estabilidade na eartilagem quanto seja possivel ‘Acartilagem tem 1 a7 mm de espessura, dependendo dda carga e da incongruéncia das superficies articulares (17). Por exemplo, nas articulacdes do tornozelo e do co- tovelo, a cartilagem € muito delgada, enquanto nas articu lagoes do quadril e do joelho, a cartlagem é espessa. A car- tilagem € delgaca no tornozelo por causa da arquitetura dessa regiao. Uma area consideravel de distribuigao de forca impoe menos carga sobre a cartilagem, Por outro lado, articulagao do joelho fica exposta a forgas menores, mas area de distribuigdo de forgas é menor, © que impli ‘ca maior carga sobre a cartilagem. Uma das cartilagens mais espessas no corpo, com aproximadamente 5 mim, se situa na parte inferior da patela (35), A cartilagem articular permite o movimento entre dois ossos com fricgdo e desgaste minimos. As superti- cies articulares tém coeficientes de fricsao notavelmente baixos. A cartilagem articular contribui significativa- ‘mente para essa situa¢ao. Foi registrado que o coeficien- te de friceao de algumas articulagdes varia de 0,01 a 0,04, enquanto 0 coeficiente de friegao do gelo a 0°C de cerca de 0,1. Essas superficies praticamente sem atri- to permitem que as superficies deslizem entre si com suavidade, FIBROCARTILAGEM Outro tipo de cartilagem € a fibrocartilagem, fre giientemente existente onde a cartilagem articular en- contra um tendao ou ligamento. A fibrocartilagem fi ciona como um intermediario entre a cartilagem hialina outros tecicios conjuntivos. Hla ¢ encontrada nos locais donde ha necessidade tanto de resistencia a traglo como da capacidade de suportar grandes pressoes, por exem- plo, nos discos intervertebrais, mandibula e articulaga0 do joelho. A estrutura da fibrocartilagem é referida como um disco articular ou menisco. Os meniscos tam- bém melhoram a congruéncia entre ossos articulados «que tém formas ligeiramente diferentes. Habitualmente, ocorrem rupturas do menisco durante uma mudanga stibita de direca com © peso inteiro sobre um dos membros. A compressio ¢ tensio resultantes sobre 0 menisco causam ruptura da fibrocartilagem. Nao hi dor associada com a propria ruptura; os locais de insergio periférica constituem o local de irritacao e resultante sensibilidade. @) Ligamentos Um ligamento conecta um osso a outro e contém colageno, elastina ¢ fibras de reticulina, Ligamentos po- dem ser capsulares, extracapsulares ou intracapsulares. Ligamentos capsulares sio simplesmente espessamen- 108 na parede da cépsula, de forma muito parecida com 0s ligamentos glenoumerais em frente a capsula do om- bro. Ligamentos extracapsulares se situa fora da pré- ria articulagdo. Os ligamentos colaterais observados ‘em numerosas articulagoes sio extracapsulares (como 0 ligamento colateral fibular do joelho). Finalmente, liga- ‘mentos intra-articulares, como os ligamentos cruzados do joelho e os ligamentos da cabega do fémur na articu- lagao do quadril,estao localizados no interior da articu- lagao. Os principais ligamentos do corpo sdo apresenta- dos no Apendice B, A carga maxima que um ligamento pode suportar esti relacionada a sua drea de secgio transversa. Os liga- mentos exibem comportamento viscoeldstica, Essas es. ‘truturas respondem as cargas se tornando mais fortes ¢ rigidas com o passar do tempo. As fibras de colégeno num ligamento estdo arranjadas de tal modo que o liga mento pode lidar tanto com cargas tensivas como com cargas de cisalhamento; contudo, essa estrutura esta mais preparada para cargas tensivas. Um exemplo de comportamento viscoeldstico € apresentado na Figura 2-28. As fibras de coldgeno no ligamento tem configura- @o praticamente paralela, Quando nao submetidas a carga, exibem uma configuracio ondulada ou pregueada, Em condigdes de baixas cargas, as pregas nas fibras de Carga (MPa) Dotormagao tlw Rupture GURA2 2 Cunace carer de dedos do pe, srs de col 78) lomechanss of ba ns. Sere nd Spar Scere Renews 6125 18. ‘colageno do ligamento desaparecem. Nesse ponto, o li- amento se comporta de forma praticamente linear, ‘com deformagoes que sio relativamente pequenas ¢

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