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TAY et Cee er ne oer eco) ree eee) BRASILIA Brasilia! Capital federal i GESTAO 2010 ENTREVISTA COFECON apresenta PSO ae NER ity Pen teed ee) Presidente do CORECON-RJ Sac aned ered ‘Waldir Pereira Gomes ee Mirio Sérgio Fernandez Sallorenzo Conselheiros Federais Efetivos ere een ee eae Penn Vera crs erent! Carlos Alberto Gandolfo Roce eee et ead seer See te ear eteATeinT uae sien aercel ‘José Eustiquio Ribeiro Vieira Filho eam nec Seekers tart Jilio Flivio Gameira Miragaya eran Vere eer er ns ener ery erases ‘Osmar Gongalves Sepilveda Paulo Brasil Correa de Mello Paulo Dantas Costa Paulo Roberto Lucho Pedro C. Pepeu Garcia Vieira Santana SU es eee as Ricardo José Senna See Synésio Batista da Costa Wellingron Leonardo da Silva Nae meee Sen Sone eeu) fenestrae Renee Antdnio Carlos Brtes Jaques Antonio Luiz de Queiroz Silva indido Luiz de Lima Fernandes Carlos Eduardo Soares de Oliveira Jinior Carlos Henrique Tibirigi de Miranda Tatlos Roberto de C ee eres Dilma Ribeiro de Sousa Pinheiro eee ed Seed scores St cee ots eee ies eer ey eo eececnen eos ees ST Marcos Anténio Moreira Calheiros erence) Nes ear Nei Jorge Correia Cardimn Newton Ferreira da Silva Marques ences ote) |@)COFECON Roberto Carlos Quintela Aleintara Sidney Pascoutto da Rocha ie eee es tr ar ferret Waldir Pereira Gomes Mario Sérgio Femander Sallorenzo Carlos Roberto de Castro See eee ey Coordenador de Comunicasio ent erent cen ererriny or enton Nn ES Yn CeLtL) Conner tery ese ees Manoel Castanho peer ery omer eee ete) Danielle Marcussi Nar eons trey Tiragem Oui eed _Editori L E com satisfacio que iniciamos a nossa gestio com 0 langamento do segundo néimero da Revista “Economis- tas”, em substituigo ao Jornal do Economista. A nova proposta editorial, que se insere no projeto de modi- ficagio e aperfeigoamento do sistema de comunicagio social promovido pela Comissio de Comunicagio do COFECON, nio tem a pretensio de ser uma revista cientifica ou académica, ma to grifico ¢ editorial modernos, pretende oferecer aos leirores da nossa valendo-se de um proje- cegoria profissional uma publicagéo leve e atraente, contemplando segdes, entrevistas, artigos e debates, abrindo, assim, um novo e importante canal de comunicaggo entre o Conselho, 0s economistas, escudantes, de economia, profissionais académicos e a sociedade. A Revista passa, agora, a constituir um importante canal do sistema de comunicagio do Conselho Federal de Economia com seu piiblico, com o objetivo de levar a todos os interessados informagées e noticias relevan- tes a respeito da instituigao e de temas econdmicos. De forma dinamica, atual ¢ criteriosa, esta publicagéo traz, entrevistas, artigos ¢ comunicados, elaborados a partir de uma linguagem direta, que se propéem a ressalta, dentre outros atrativos, 0 trabalho que as ages que a instituigéo vem desenvolvendo com o intuito de valori- zat; promover e difundit a profissio de economista em todo o pats. Assim como ocorte com a comunicagio, a atual gestio do COFECON também tem grande preocupagio com reas que desempenham papéis fundamentais para a obtencio de resultados cada vex. mais expressivos e satisfaté- rios, tanto para a institui¢ao quanto para os economistas e a sociedade em geral. Nesse sentido, podemos destacar a importancia que a integracio entre o COFECON e os Conselhos Regionais possui no atual contexto institucional ¢ estratégico. E imprescindivel que o trabalho desempenhado pelos CORECONs em todo 0 Brasil seja apoiado ¢ estimulado por uma representagio maior, de expressio nacional, uma vez que o objetivo geral gira em torno da criagio de oportunidades e melhorias para uma tinica categoria profissional. Por isso, nos propomos a trabalhar incessantemente pela otimizagao e modernizagio de setores e éreas vitais para asociedade e, conseqtientemente, para os economistas: educa¢io, comunicagio, cultura, socializacio, meio ambien- te, produgio literdria, e mercado de trabalho, para citar apena coesa ¢ totalmente integrada entre o COFECON os Conselhos Regionais se apresenta como uma meta que deve ser perseguida e obtida de forma eficiente e sustentavel. E & nesse sentido 4) esforgos e de nossos investimentos, Iguns. Sabemos, pois, que, para tanto, uma atuagi estamos focando boa parte de nossos Por ora, desejamos que a leitura desta edigao possa contribuir para a manutengao e difusio do conhecimento da informacio a respeito da profissio de economista, de suas éreas de atuacéo e do sistema institucional que os representa e valoriza em todas as instancias, Boa leitura e até o préximo niimero! Waldir Pereira Gomes Presidente do Conselho Federal de Economia ~ COFECON = wa EnTREev JOAO PAULO DE ALMEIDA MAGALHAES A entrevista desta edigao destaca 0 ponto de vista do economista e presidente do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro - CO- RECON-RY, Joio Paulo de Almeida Magalhaes. Doutor em Economia pela Universidade de Paris, tendo ocupado cargos como os de chefe do Nuicleo de Planejamento Econdmico do Go- verno Janio Quadros, presidente do Instituto de Economia do Rio de Janeiro e coordenador da Comissao de Politica Econdmica do Conselho Federal de Economia (COFECON), ¢ autor de diversos livros e artigos econdmicos. Conhece- dor profundo da economia brasileira, de scus avangos ¢ entraves ao desenvolvimento, 0 eco- ‘nomista faz uma exposigo consistente acerca do ‘momento econdmico vivido pelo Brasil e do seu posicionamento no cendtio internacional, sem deixar de elucidar quest6es iminentes sobre a su- cessio presidencial e os desafios a serem enfren- tados pelo préximo presidente brasileiro. ane or REVISTA ECONOMISTAS: A manuten- ‘sao da estabilidade econdmica foi o maior su- porte do Governo Lula? JOAO PAULO DE A. MAGALHAES: A es tabilidade econémica tem um aspecto monetirio outro real. No que diz respeito 20 Governo Lula, © primeiro aspecto nao tem maior significagio em relago ao suporte que recebe da opinio piiblica, dado que a colocacio do surto inflacionério sob controle jé havia sido obrida por seu antecessor. A superioridade do atual Governo esc no fato de que, em seu segundo mandato, levou 0 crescimento do PIB para 4% ao ano, enquanto nas tltimas rts dé- cadas esa percentage média néo foi além de 2%. Na verdade, porém, os altos niveis de accita- ¢20 do atual presidente sio, dentro de certa me- dida, indevidos, visto que, nas trés décadas que se seguiram & Segunda Guerra Mundial, o Brasil cresceu na média anual de 7% e, presentemente, 0s paises asidticos, com condigdes bem inferiores fis nossas, no que concere ao desenvolvimento, vém se expandindo a taxas entre 7% e 9%, al- cangando algumas vezes a percentagem de 14%. presidente Lula vem, em tilkima andlise, se beneficiando de uma amnésia histérica, uma vex que a opiniao piblica se esqueceu dos resultados muito superiores obtidos no passado em termos de incremento do PIB e de certo euforismo que nos leva a ignorar os resultados muito superiores obtidos em outras partes do mundo. RE: Quais os pontos de estrangulamento que nao permitem que 0 crescimento econdmico deslanche no pais? Fale também a respeito dos aiores desafios a serem enfrentados, no cendtio ‘econdmico, pelo préximo presidente do Brasil. JPAM: No que se refere aos pontos de estran- gulamento, ou aos obstéculos de curto prazo que hoje impedem nossa volta ao crescimento accle- rado, acredito que existe opinio bastante genera- lizada de que estes se acham na sobrevalorizagao dda taxa de cimbio e na elevadissima taxa de juros. Quanto 2 taxa de cimbio, basta lembrar que em entrevista recente, © Ministro da Fazenda declarou que era desejével para o pals a taxa de 2,6 reais por délar. Essa distorcio esté levando a que o pais volte aos déficits comerciais ede conta corrente registrados no passado, além de estar conduindo- ‘0 especializagio em commodities agricola ¢ industriais. 3 resultados negativos em razao da pritica de uma das mais altasraxas de juros do mundo sio os seguintes: atrair capital estrangeiro especulativo (0 que constitui uma das causas da sobrevalorizacéo cambial); desencora- jar investimentos em atividades diretamence produtivas; onerar pesadamente 0 orgamento piblico (0 pais gasta hhoje em juros da divida piblica mais do que em setores como os da saiide, educagio e seguransa). Asaltas taxas de juros sio justificadas como forma de contera inflacio. Ora, o instrumento bésico utilizado no bem sucedido Plano Real foi uma politica de rendimen- tos eno de taxa de juros. A forma corrigir essa distorgao €a baixa da taxa SELIC € 0 controle do spread cobrado pelos bancos em seus empreéstimos. RE: Quais as politicas econmicas essenciais a qual- ‘quer programa de governo dos candidatos a presidéncia? PAM: Anilises sobre as recentes experiéncias de de- ea determinante principal senvolvimento demonstram do sucesso das politicas de eliminacéo do atraso econdmi- co é a garantia de mercado com dinamismo e dimensées adequados. Nesse contexto, a importincia do capital es- trangeiro € reduzida deixando, assim, de serem justificéveis medidas altamente conservadoras para levar 6 pais a0 in- estment grade. Nao se esti, obviamente, negando a impor- tncia do capital estrangeiro. Mas nunca é demais lembrar que se trata da maior exportadora de poupangas do mun- do, sendo os Estados Unidos seu principal benefictrio. © mercado extero que deve comandar 0 crescimento do pais no & todavia, 0 de commodities agricolas ¢ indus- trais, como esté acontecendo hoje no Brasil, porque isso proporcionaria ao pafs, na melhor das hipéteses, um serni- desenvolvimento, Sem descurar esse setor, no qual gozamos de vantagem comparativa, 0 necessrio € implementar polt- tica econémica destinada a tomar nossa economia competi- tiva em sexores de tecnologia avangada, ato valor adiciona- do por trbalhador e mercado internacional dinmico. Tal como vem fazendo 0s outros tes paises dos BRICs. RE: A insergéo da economia brasileira no cenério internacional esta devidamente adequada ao sistema ‘cambial? O que ainda pode ser feito? IPAM: A insergio do Brasil no mercado internacional nfo pode ser, como vem acontecendo, com base em uma specializagio em commodities, seam agricolas,sejam in- dustrials. O que esté ocorrendo é que a entrada no mer- cado mundial de paises de grande peso econdmico, como a India e China, e a baixa doracio em recursos naturais tem acelerado 0 crescimento do mercado de commodi- ties ¢ elevado o preco desses produtos. Essa, contudo, & uma evolugio que beneficiaré seus fornecedores estrita- mentea médio prazo. Ou sea, se 0 produto per capita da india e China for multiplicado por dez nem por isso eles consumiréo dez vezes mais café c frango brasileiro. (© fator fundamental na tendéncia indesejivel da es- pecializaco brasileira se deve & sobrevalorizacio cambial, ccuja importincia nesse processo ¢ certamente supetior & chamada doenca hokandesa. Se a taxa de cimbio esté so- brevalorizada, os tiniens bens que conseguem competir no mercado internacional sio aqueles em que o pais goza de ‘vantagens comparativas naturais. No caso brasileiro, os de commodities. Ou seja, a sobtevalorizacio da taxa de cambio no s6 determina os efeitos negativos de curto prazo, antes mencionados, como estélevando 0 pais ao que alguns ana- listas chamam de “especalizagio regrssiva". ‘cimento econdmico suficiente para 0 “grande salto”, ‘em comparagio a seus parceiros préximos? JPAM: Eu nio diria que o Brasil esti preparado para 0 “grande salto” porque este realmente jf ocorteu. De fat, es- ‘udos recentes mostram que nos oitentaprimeiros anos do st- culo pasado o crescimento do Brasil apenas foi superado pelo do Japii. Nosso desafio€ nos libertarmos da visio neoliberal {que passou a comandar a politica econémica brasileira desde 1980. © grande problema é que © neoliberalismo, const grado no Consenso de Washington, tem 0 apoio da teoria neocléssica que domina hoje o pensamento econémico, Esa éaexplicagio para fico de, apesar do estrondoso fiacasso do receituirio neoliberal em toda América Latina, o Consenso de Washington ter sobrevivido, Segundo seus defensores, suas propostas de politica econdmica continuam validas bastando se ajustar&s insticuigbes dos paises subdesenvolvidos 8s exi- géncias do crescimento econdmico. (© grande desafio para o Brasil e pases da América Lati- na em geral, principais vitimas do receicudrio neoliberal, € 0 capaz de justfear politica econémica ajustada &realidade de economias retardatéras. Algo semelhante a0 que ocorreu no pasado, quando a teria protecionista de List criou excegio a regra de total abertura comercial da teoria das vancagens ccomparativas, dando cobertura cientifca & industrializagio dos Estados Unidos ¢ Alemanha. ExpressAo CAMBIO VALORIZADO E AUTOENGANO A taxa de cimbio 6 um prego fundamental da economia, embora seja, de forma equivocada, geralmente relacionada apenas 4 remuneracéo dos exportadores, ou como um ativo financeiro simplesmente. Na verdade, trata-se de um pre- 0 determinante para decis6es de investimentos locais, financiamento das empresas, producio importagées, entre outros. Um dos mitos presentes na questio cambial € competitividade ¢ 0 de que, no caso brasileiro, € possivel “compensat” a valorizagdo do real rela- tivamente as demais moedas, com a reducio de custos sistémicos, como tributérios, burocriticos, logisticos, etc., ou ainda com 1s ganhos de produtividade 1no ambito das empresas. Para adequar os diferen- is de competitividade, 1 paises adotam, no bojo da sua politica comercial, rarifas de importagio € outros arti- ficios que, em tese, deveriam conrigir diferencas. No entanto, estamos diante de um grave proble- ma cambial, de ordem inter- nacional, mas que no Brasil ¢ganha contornos ainda mais, dramaticos. No pés-crise a aap! /wwpiecom/publiasons. Antonio Corréa de Lacerda Profeseor-douror da PUC-SR, douror em cco- nomia pela UNICAMP, foi presidente do Co- fecon e do Corecon-SP e € co-autor, entre ou- teos livos, de “Economia Bralena™ (Saraiva) aclacerdagepucsp.br aioria das moedas se valorizou relativamente a0 délar, porém, com uma importante excegéo que &a China e, mais recentemente o Euro. Estudos recentes realizados pelos economistas William R. Cline e John Williamson’ apontam que, en- ‘quanto o real esté sobrevalorizado em 15% em relagio a0 délar norte-ameticano, outros paises ‘que competem com o Brasil possuem moedas desvalorizadas. © yuan chinés, 0 caso mais gritante, esté sub- valorizado em 40% relativamente ao délar. Ou scja, um produto chinés competindo no mercado doméstico brasileiro, ou com uma empresa brasi- Ieira no mercado internacional, leva uma vanta- ‘gem inicial de pelo menos 66%, somente pelo as- pecto cambial, sem considerar os demais fatores de ‘competitividade, como custo de financiamento, ‘carga tributéria, que também lhe sio favordveis. A idéia de que € possivel compensar a perda ‘de competitividade cambial com desoneracies & ‘outras medidas revela, além de desinformasio, muitas vezes um processo de autoengano, Redu- tir 0 Custo Brasil ¢ melhorar a competitividade sistémica 6 algo necessério para manter ¢ ampliar a competitivi também nao dispensa as ages de aumento de produtividade das empresas, nem tampouco as atividades de inovacio, 0 que deve sempre fazer parte de uma ampla politica piblica que fomen- teas estratégias empresariais nesse sentido. ide da produgao brasileira. Isso 1 Not ui Esha Rat juan 2010 Pali BP lint atrial ono Diol Mas, no nos iludamos. Iso, embora imprescindive, rio vai compensar o gravssimo problema da perda de com- petitividade advindo da valorizagio do real. Trata-se aqui de problemas que, embora digam respeito & compettividade, ‘séo de natureza distintas. Concorremos cada vez mais com paises que tém melhores condigdes de compettividade tan- to sistémica, quanto das empresas, e que também adotam agressivas politicas comerciais e industriis. Adicionalmen- te, no caso mais flagrance da China, utiliza a politica cam- bial e outros artificios, como as priticas de dumping, nem sempre de ficil caracterizacio, para ganhar mercados. Ignorar o grave problema da perda de competitividade derivada da valorizagéo cambial e enfrentar 0 jogo do mer- cado internacional em condigées desfavoriveis representa para o Brasil abrir mio da industralizagio conseguida as duras penas. O quadko atual de valorizagio nos tornard crescentemente dependente de produtos primatios, em detrimenco daqueles de maior valor agregado. Isso no vale apenas para 2 exportagio, mas para a produgio in- tema, que compete com os importados, e também para 2 attagZo de novos investimentos, uma vez que os palses ‘comparam custos de producio em délares para céleulos de viabilidade ¢ localizacao de seus novos projetos. ‘Também nio adianta tentar transferir © problema para os outros paises. © Brasil deve sim aproveitar o seu protagonismo internacional ¢ continuar a interagir nos vvirios foruns contra esse desequilibrio cambial interna- cional. Mas deve, urgentemente, adaptar a politica cam- bial doméstica para 0 novo cenétio, algo que também torna imprescindivel 0 aprimoramento da politica mo- netéria, que ainda mancém juros excessivamente elevados para padrées internacionais, ¢ da politica fiscal, palmente que propicie um horizonte de sustentabillida- de intertemporal das contas piblicas. Dai a inconsisténcia em tratar a taxa de cimbio ape- nas como ativo financeiro e deixé-la fluruar 20 sabor do mercado, pois ndo se trata de operacées lastreadas apenas pelas demandas do setor produtivo, O que ocorre é que a volatilidade da cotagio da taxa cambial se tornou instru- mento poderoso de arbicragem no mercado finance algo que nao traz nenhum beneficio ao Pais. Pelo contri- rio, a arbitragem entre juros, cimbio, bolsa de valores e ‘outros mercados sé potencializa a instabilidade, dificul- tando as decisées empresariais. Isso implica um viés pr6 importagio, em decrimento da producio interna, além de um desestimulo a expor- taco, especialmente de bens manufaturados. Adicional- mente, a0 encarecer 0 custo local de produgio expresso cem délares, se transforma em um “convite” as empresas deslocarem sua base produtiva para o exterior. Hi quem argumente que paises que recebem fluxos de capitis externos, como Brasil, ém uma tendéncia cestrutural 8 valorizagéo da taxa de cambio, Mas, em sen~ do assim, 0 que seria entéo da China, que recebe infinita- mente mais capital assim como de outras economias que rio experimentam a mesma volatilidade do real? Hé ainda quem considere que a taxa de juros pratiea- da intecnamente tem pouca responsabilidade no proces- 0 de valorizagio do real, o que é mais um erro, Na verda- de, 6 que importa mesmo néo é a taxa de juros nominal praticada hoje comparada ao nosso proprio passado, mas sim, a relagéo entre a taxa de juros doméstica versus a internacional. Como quase todo 0 mundo baixou subs- tancialmente ¢ de forma mais acentuada do que nés as suas taxas de juros, o diferencial entre o juro interno e externo continua estimulando operagées de arbitragem no mercado, algo que tenders a se acentuar com a cleva- ‘go das taxas de juros no Brasil Essa é uma anomalia que precisa ser corrigida, sob pena de manter a excessiva volatilidade da taxa de cam. bio, quese valoriza no ingresso, assim como se desvaloriza na saida de recursos. E preciso reduir mais rapidamente diferencial entre a taxa de juros real interna e externa, assim como introduzit mecanismos de desestimulo 20 ingresso de capitais de curto prazo apenas interessados no carry made. © que interessa ao Brasil sio capitais externos de longo prazo, preferencialmente aqueles relacionados aos investimentos produtivos, como investimentos diretos, para financiamento de projetos, ou mesmo em bolsa, ‘com uma visio de longo prazo. O pais nao depende de capitals de curto prazo e faria muito bem desestimulé-tos. A telativa estabilidade dos pregos foi vencida hi quinze anos, masa instabilidade da moeda prevalece como desa- fio para o desenvolvimento brasileiro. A conclusio é que somente com medidas ousadas, que propiciem uma forte transformacio nos fatores de com- petitividade, vamos evitar que o crescimento econémico brasileiro sejainterrompido no futuro, scja por caréncia de investimentos, ou pelo aumento da vulnerabilidade das contas externas. Houve importantes progressos nos Ulkimos anos, mas a sustentabilidade do processo somen- te serd obtida com as corregées nos fatores determinantes para a competitividade da produgio e dos investimentos. —— COFECON Promove Pioneiro na premiagio e valorizagéo da produgio literdria econémica brasileira, evento promovido pelo COFECON chega a sua 164 edigio trazendo novidades. @) pee XIV PREMIO BRASIL DE ECONOMIA Instituido em 1986 pelo Conselho Federal de Economia (COFECON) em parcetia com o Ban- co do Brasil, o Prémio Brasil de Economia vem se consolidando como um marco na valorizagio da producéo literdria econémice, com especial aten- fo e reconhecimento por parte dos profisionais, do meio académico. Buscando a difusio © pre- ‘miacio de trabalhos focados em reas econémicas, de grande interesse de estudantes universitrios, profissionais de economia ¢ sociedade, 0 Prémio Brasil de Economia, além de incentivar a escrta, também desperta o interesse coletivo para ques- tes atuais que influenciam 0 comportamento social, a dindmica cconémica, a evolugéo tecno- ligica, as politicas piblicas € 0 meio ambiente. © Prémio Brasil de Economia tem por ob- jetivo incentivar a investigagio econémica em geral e estimular economistas e estudantes a de- senvolverem pesquisas voltadas para 0 conheci ‘mento da realidade brasileira, A entrega do Prémio Brasil de Economia jé se tomou tradicional entre os economistas ¢ estudan- tes de Norte a Sul do pas, e sua importincia reside, sobretudlo, em sua capacidade de estimular novas talentos que possam despontar e se fazer conhecer no cenério das Ciéncias Beonémicas. Nos iltimas anos, a participagio de ovens tem sido signficaiva. [Na maioria das vez, eles tém sido majoritariamen- te agraciados com a premiagio. Reforcando o papel de iniciativas como esta, © Conselheiro Federal ¢ Coordenador do Prémio Brasil e Personalidade Econémica do Ano, Candi- do Luiz de Lima Fernandes, afitma que “0 Prémio Brasil de Economia tem por objetivo incentivar a ‘manifestacio de estudantes e profissionais da area de Economia no desenvolvimento de pesquisas académicas de graduagio, pés-graduagio c arti voltados para o conhecimento da realidade econé- mica brasicira. Existente desde 1986, este Prémio encontra-se na sua décima sexta edigio e se configu- ra como um dos mais importantes prémios da drea ‘conémica atualmente exstentesno pais. Ele é uma forma do COFECON exercer,em nivel nacional, 0 seu papel de contribuir para.ainvestigagio centifica ‘ea diseminagfo de novas ideas”, Fernandes também destaca que a importincia do Prémio Brasil de Economia para meio académi- ‘co € su prestigio junto os profissionais de Cimcias Economicas tem gerado resultados de extrema rele- ‘vncia para estes segmentos e para 0 relacionamento do Sistema COFECON / CORECONS com seus diversos piblicos. “Além de valorizar a profissio do ‘conomista, contribuindo para a sua insergio per- rmanente no debate dos grandes temas nacionais ¢ incentivando a investigagio econémica, o Prémio atrair também os estudantes de economia, a0 premiar monografias de graduacao, estimulando-os a desenvolverem pesquisis voltadas para 0 conhe- cimento da realidade brasileira. Tomna-se, pois, im- prescindivel divulgar o Prémio ¢ estimular, em todo ‘© pais, estudante eprofisionais de Economia dele participarem’, explica o Coordenador do Premio. NN! 2 Myo 2010 Na edigio de 2010, 0 XVI Premio Brasil de Economia con- ta com 0 apoio da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB)e da Associagio Nacional dos Cur- sos de Graduagio em Economia (ANGE). Além disso, este ano, 0 Prémio contempla premiagio para trabalhos em seis eategorias: Livro de Economia, Tese de Doutorado, Dissertagio de Mestrado, Artigo ‘Técnico ou Artigo Cientifico, Monografia ou Traba- Iho de Conclusio de Curso de Economia, e Gestor Piblico Estadual e Municipal. Sintese do regulamento do XVI Prémio Brasil de Economia ‘Teabalhos (Os traballhos dever versar sobre temas relacionadas com 4 Teoria Econdmica, Pensamento Econémico Contempo- rineo, Economia Brasileira, Economia do Setor Piblico, Economia Internacional, Economia Agricola, Economia do Sécio Ambiental, Economia Regional e Urbana, Integracéo Econémica, Economia e Inovagées Teenol6gicas, temas in- terdisciplinares ¢ outros relativos & Ciéncia Econémica. Inscrigées © Os trabalhos das categorias concorrentes poderio ser prorocolados nos Conselhos Regionais de Economia, ou ‘em suas Delegacias, até o dia 01/07/2010. ‘© Os trabalhos encaminhados por SEDEX somente se- rio accitos se postados até o dia 15/07/2010 pelos CO- RECON a0 COFECON. # Nio serio aceitos trabalhos encaminhados por Cor- reio Eletrénico. Anilise documental ‘Apés a entrega das decisées das Comissées Julgado- ras, o Conselho Federal de Economia proceders & verifi- cagio do contetido entregue dentro do envelope lacrado. O trabatho seré eliminado caso ocorra: a falta de qual- quer documento comprobatério expressamente solicira- do neste Regulamento; inadimpléncia dos economistas candidatos is categorias Tese de Doutorado, Dissertagio de Mestrado e Artigo Técnico ou Artigo Cientifico. A premiagio ser‘ adjudicada para 0 candidato colocado imediatamente apés o eliminado naquela categoria. O pro- eso poders ser repetido quantas vezes forem necessiras. Os Prémios contemplaréo os melhores trabalhos inscritos em cada categoria. Ficam estabelecidos ‘os seguintes valores de premiagio em cada categoria: © Categoria Livro: 1° lugar: RS 5.000,00 € divulgagdo nos meios de comunicagio do Sistema CO- FECON / CORECONS 2° lugar: mengio honrosa ¢ divulgagio nos eios de comunicagio do Sistema COFECON / CORE- CONS: 3° lugar: mengio honrosa e divulgagio nos meios de comunicagio do Sistema COFECON / CORECONS. ‘© Categoria Tese de Doutorado (Eoonomista): 1° lugar: RS 5.000,00 e divulgacio nos meios de comunicagao do Sisterna COFECON / CORECONS 2° lugar: RS 3.000,00 e divul ‘ga¢%0 nos meios de comunicagio do Sistema COFECON / CORECONs; 3° lugar: R$ 2.000,00 e divulgacao nos meios de comunicagio do Sistema COFECON / CORECONs. Categoria Dissertagio de Mestrado (Economista): 1° lugar: RS 3.000,00 ¢ divulgagao nos meios de comuni- ‘agio do Sistema COFECON / CORECONS; 2° lugar: RS 2.000,00 e divulgacéo nos meios de comunicagao do Sistema COFECON / CORECONs; 3° lugar: RS 1,000,00 e divulgagio nos meios de comunicagao do Sis- tema COFECON / CORECONS. © Categoria Artigo Técnico ou Artigo Cientifico (Econo- mista): 1° lugar: R$ 2,000,00 ¢ divulgagao nos meios de comunicagéo do Sistema COFECON / CORECONs; 2° lugar: mengo honrosa e divulgagéo nos meios de co- municagio do Sistema COFECON / CORECONs; 3° lugar: mengao honrosa e divulgagio nos meios de comu- nicagao do Sistema COFECON / CORECONS. ‘© Categoria Monografia ou Trabalho de Conclusio de ‘Curso de Graduagao em Ciéncias Econémicas (Estudan- tc): 1° lugar: R$ 2,500,00 e divulgacdo nos meios de co- municagio do Sistema COFECON / CORECONs; 2° lugar: R$ 1.000,00 e divulgacio nos meios de comuni- «casio do Sistema COFECON / CORECONS: 3° lugar: mengio honrosa e divulgagao nos meios de comunicagao do Sistema COFECON / CORECONS. # Prémio Gestor Pablico: Medalha ~ Gestor Municipal assificado seguindo os indices do IRFS; Medalha ~ Gestor Estadual classificado seguindo os indices de metas Fiscas, A integra do Regulamento do XVI Prémio Brasil de Economia encontra-se disponivel no portal do COFECON: worw.cofecon.org.be. Em Foco COFECON: implementa melhorias no processo para ‘melhor atender aos economistas de todo 0 paise faciliear 0 trabalho dos CORECONs CAMPANHA NACIONAL DE RECADASTRAMENTO ‘A Campanha Nacional de Recadastramento fo lancada em dezembro do ano pasado, como parte da implantagio das novas carteiras profis: sionais. O economista que se recadastrasse até 6 dia 18 daquele més (periodo prorrogado para 29 de janeiro) receberia 2 nova cartel hum custo, devendo apenas doar uma lata de leite em pé ao respectivo CORECON, Para par- ticipar néo era preciso ter as anuidades em dia, ‘mas esta era uma oportunidade de renegociar os eventuais débitos existentes. sem ne- Os economistas receberam oficios com in- formagées sobre a campanha, juntamente com formulirios nos quais eles poderiam atualizar os dados que por algum motivo estivessem in- corretos. O passo seguinte era comparecer 20 CORECON (ou delegacia regional) — onde é feita a coleta de assinatura ¢ impressio digital = levando também uma foto 3x4 com fundo branco. Os economistas no perderam tempo: com lum prazo tio curto, correram até os CORE- CONS para efetuar 0 recadastramento, © que provocou uma sobrecarga de trabalho num meiro momento. Ao mesmo tempo, encerrava- ‘se 0 mandato da presidéncia do COFECON e 0 dlia-a-dia da campanha nos Conselhos Regionais trazia outras dividas quanto & parte operacional, principalmente no que se referia & obrigatorie- dade do economista comparecer 20 Regional em que se encontra registrado. Com uma comissio reunida em Brasilia dis- cutindo as principais dificuldades surgidas, 0 COFECON trabalhou para enfrentar os proble- mas, gerando as solugdes apresentadas na Reso- lugao 1.825/10 Como primeira medida, a campanha foi prorrogada até 0 dia 31 de agosto, sem custo para os economistas ~ 0 que, num primeiro mo- mento, desafogou os Regionais que estavam so- brecarregados. A prorrogacio beneficia a todos ¢& particularmente importante para os econo- mistas que moram mais longe de algum CORE- CON ou delegacias regionais ¢, por razées de agenda, nfo puderam efetuar o recadastramen- to. A ampliagio do prazo possbilita mais tempo para programar a participagao na campanha. Outra importante decisio, que facilita 0 processo, foi a de permitir que os economistas cefetuem o recadastramento no CORECON ou delegacia mais perto de casa, mesmo nio sen- do o Regional em que se encontra o registro. © procedimento é 9 mesmo: 0 economista leva o formulério preenchido e a foro 3x4, os dados biomécricos sio coletados normalmen- te € 0 formulirio € enviado a0 CORECON de origem acompanhado de uma certidio de cencaminhamento, Primeiras carteiras jé foram entregues Na iiltima Sessio Plendria do COFECON, realizada em 25 ¢ 26 de marco, © conselhei- r0 federal Wellington Leonardo da Silva in- formou que o primeiro lote de carteiras im- pressas seria entregue nos préximos dias ~ 0 ‘que aconteceu no inicio de abril quando 100 carteiras foram entregue ao CORECON-DE. Mas Leonardo também apontou problemas surgidos na campanha: “Existem ainda al- gumas questées que precisamos resolver, a maioria de maneira administrativa’, afimou ‘0 conselheiro. Devido & grande demanda neste primeiro momento, ainda nao é possivel precisar um prazo para a entrega das novas carteiras aos de- mais CORECONS. As carteiras sio produzidas na medida em que os Regionais encaminham ‘os formulétios & Fabric jiados em lotes ‘com até 50. CORECONS jé entregaram leite Cada CORECON escolheu uma instituigio (ou mais) 4 qual seria doado o leite arrecadado na campanha de re- cadastramento. Diversos Regionais jé efetuaram suas do- agbes. Desta forma os economistas cumprem importante funcao social, contribuindo para melhorar a vida de mui- tas pessoas — 0 que é um objetivo de muitos economistas, ‘no s6 no setor piiblico como também no privado. Seguranga s movas carteiras langadas com a campanha de reca- dastramento serio fabri positivos contra falsficacio, garantindo a seguranca das mesmas. Além disso, conterio outras informagées rele- ‘vantes, como 0 tipo sanguineo ea escolha pela doagéo ou no de érgios. A foto, a assinatura ¢ a impressio digital também estario presentes no documento. idas em cartio e contém dis- COFECON esclarece as principais diividas sobre 0 processo de recadastramento 1, Caso um profissional tenha recebido a corres- pondéncia do COFECON sobre a nova carteira, mas perdeu, extraviou ou nao recebeu o formulério? Ri: O profissional devers comparecer 20 Regional munido de uma fotografia 3 x 4, com fundo branco, € solicitar 2 segunda via do formulétio, para a posterior solicitagio da nova carteira profissional. 2. Gostaria de saber se depois do formulirio preenchido ¢ assinado devo encaminhar para qual enderego? Re O formulétio somente deve ser assinado na pre- senca de um funcionério do CORECON ou Delegacia Regional, o qual iri conferir 0 preenchimento do docu- mento, fazer a coleta da digital e da foto para depois en- caminhar 4 empresa que ird confeccionar a carteira, 3. Tenho registro em um Estado, porém resido em ‘outro, como devo proceder? Ri: O profissional deveré comparecer a0 CORE- CON ou Delegacia Regional mais préximo da sua re- sidéncia para que o Regional faca a conferencia dos da- dos bem como coleta dos dados biométricos para pos- terior envio do formulério ao CORECON de origem. Nio se aplica esse procedimento para os casos de alte ragio do domicilio, pois nos casos de nova residéncia definitiva, este profissional deverd efetuar a transferén- cia do registro. 4, Em caso do registro de origem seja em outro Es- tado, a lata de leite em pé pode ser entregue no Regio- nal que receber o formulirio? R.: Sim. Nao ha necessidade de encaminhar a lata de Ieite em pé para seu Regional de origem. 5. E necessdria a presenga para realizagao do recadastramento? Ra: Sim. O profissional deverd estar pessoalmente no Conselho Regional ou Delegacia Regional, pois nao se trata somente de recadastramento, mas sim da verifica- ‘¢20 dos dados corretos (assinatura e digital) para confec- <0 da nova carteira. 6. O recadastramento ¢ ol Ru: Nao. Caso no haja interesse em participar da ‘Campanha Nacional de Recadastramento, o profissional poderé continuar utilizando a carteira de identidade profissional que jé possui. Contudo, vencido o prazo de recadastramento a eventual emissio de nova earteira im- plicard na cobranga de raxas e conseqiiente desobrigacio de doagio da lata de leite em po. 7. O prazo para a entrega da documentagéo serd prorrogado? Ra: Sim. O prazo foi prorrogado até o dia 31/08/2010. 8, Quando fazemos a validagio é necessécio impri- mir novamente 0 formulitio? Ru: Nao. Somente € necessiria a impressio de um novo formulrio caso haja erros durante a colera dos da- dos biométricos (assinatura ¢ digital), 9. Os lotes com as solicitagées deverio ser encami- nhadas a0 COFECON ou a empresa? Rs Os lores deverio ser encaminhados diretamente para ‘empresa contratada para emissio das carteira profissionais. 10. Se o profissional perder a nova carteira dentro do prazo da campanha de recadastramento, ele pode- 14 solicitar a emissio de outra? R.: Sim, Nao havera mais necessidade de ser feita co- leta de dados biométricos © nem a presenga fisica do pro- fissional, pois esses jé estario dispontveis no sistema uni- ficado. No entanto, 0 mesmo deverd recolher a taxa de cemissio da carteira, nao aplicando o principio da gratui- dade e a doacio da lata de leite em pé, instivuido apenas no processo de implantagio de substituigéo das carteiras. ‘© COFECON encaminharé expediente contendo todas as instrugoes necessirias. a q O Apesar de apre: sentar os proble- ‘mass comuns is grandes metré- poles, a capital ‘federal comemo- ra bodas de ouro com ares de mo- dernidade e como referéncia da arquitetura bra- sileira e mundial CAPITAL DA ESPERANCA Ouro, Diamantina, Brasilia. Prestando aten- fo nestes ts tépicos, a principio, um nao teria relagio com os demais. Mas aprofundando na his- t6ria do Brasil, ligando os fatos, percebe-se que as duas cidades ¢ 0 metal valioso estao interligados. HE cinquenta anos, exatamente no dia 21 de abril, Brasilia foi inaugurada pelo entio presi- dente Juscelino Kubitschek. Ou seja, a capital federal completou bodas de ouro. © ouro remete & riqueza, aquele ciclo vivido pelo Brasil durante anos. E como deixar de citar Diamantina? A cidade fer parte do chamado clo de ouro”, periodo do século XVII responsé- vel pelo desenvolvimento de regiées do interior em Minas Gerais, Mato Grosso ¢ Goids. Juscelino Kubitschek nasceu em Diamanti- na, cidade central de Minas Gerais, em 12 de setembro de 1902. Entrou para a politica em 1934, sendo cleito presidente da repiiblica em 1955. A construgio da nova capital federal, Bra- » foi a grande realizacéo de JK na presidén- E todo esse processo ¢ relembrado pela filha, Maria Estela Kubitschek Lopes, com nostalgia. “Lembro-me como se fosse ontem a epopeia da construgéo de Brasilia. Sempre amos, Marcia € cu, com nosso pai Juscelino Kubitschek visicar as obras, ¢ isto aconteceu desde 0 ano de 1957. © que tenho guardado na meméria e que mais me emociona, era a expressio de felicidade na fisionomia de meu pai, a0 visitar as obras, con- versar com os candangos € pioneiros, gerenciar a execugio, téo bem dirigida pela eficiéncia de Israel Pinheiro, olhar os lindos projetos de Oscar Niemeyer e Liicio Costa. Nossa familia seguiu 0 tempo todo a gestagao de nossa capital e a con- sidero minha irma cacula”, afirma Maria Estela De acordo oom ela, para a familia Kubitschek, Brasilia representa 0 orgulho de ter JK como 0 fundador da nova capital ¢ também ser 0 bande rante do século XX, que conquistou para o Brasil definitivamente um territrio maior que a Europa. Sobre a construgio, Maria Estela diz que a capital federal é simbolo da modernidade, a co- mecar pelo plano piloto de Liicio Costa, crian- do uma cidade urbanisticamente diferente das otras capitais mundiais ¢ pelos maravilhosos ¢ marcantes projetos arquiteténicos do génio Os- car Niemeyer Segundo Maria Estela, a modernidade que Brasilia representa é ainda maior do que sua be- leza, € 0 simbolo de uma nova Nagio, de um comego que projetou o Brasil como um dos mais importantes paises do mundo. “Hoje somos os maiores exportadores do mundo de soja, de gado, de frangos, para citar apenas algumas con- quistas que s6 foram possiveis com existéncia de Brasilia. E a Gnica cidade moderna do Mundo considerada Pairiméinio da Humanidade. Preci samos, como festejo principal deste cinquente- nitio, valorizar a populacio de Brasilia, os can- ‘ida da peeps das eines aricalares do Sones eee cere area eae er a ee pas ree seer me Perry. gs Prey tere fee [ieee oa cror MeCN Leet nee ner Fema Salle, Heron Carlos Eval do Car- en eee Peererar iy ey ‘Comissio de Revisio da Tegislagio Profissional ‘amo decease pe Ce eee eens Pen un aaiter ty ea ee ee Bote er ener VET CR Tae falves Sepélveda, Wilson Bentelo Siqueea Tipe Ee col Pee Pree ce noses cee teenie ead ‘Goordesador: Wellington Leonardo da Sia; Antonio Mei Je, Cals Roberto

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