Você está na página 1de 20
MINISTERIO DA DEFESA. EXERCITO BRASILEIRO COMANDO LOGiSTICO DIRETORIA DE ABASTECIMENTO | EMISSAO: 23 de setembro de 2013 Revisio:2@_de fevereiro de 2016 ESPECIFICAGAO TECNICA : Nr 45/2016 —D Abst DIRETORIA DE ABASTECIMENTO SAPATO PRETO VULCANIZADO 1, OBJETIVO Esta proposta tem por objetivo padronizar, especificar a matéria-prima e fixar as condigdes exigiveis que devem satisfazer a fabricagtio do Sapato Preto Vulcanizado. 2. NORMAS COMPLEMENTARES A relagio de normas abaixo seri utilizada na confecgdo e inspegdo do Sapato Preto Vulcanizado: AATCC 20:2011 Fiber Analysis: Quali AATCC 20 A:2012 Fiber Analysi ABNT NBR 10591:2008 Materiais téxteis - Determinagao da gramatura de superficies téxteis, ABNT NBR 11052:2005 Couro — Determinagiio da espessura. ABNT NBR 11114:1998 Couros — Determinagio da medida de resisténcia a flexdes Continuas. ABNT NBR 11122:2006 Couro cabedal — Comportamento sob dgua — Penetrometro. ABNT NBR 12834:2006 Couros ~ Determinagio da permeabilidade ao vapor de gua. ABNT NBR 12846:2009 Couro — Determinagao da resisténcia da cor e do acabamento a friegaio. ABNT NBR 13371:2005 Materiais téxteis - Determinagao da espessura. ABNT NBR 14184:2012 Construgdo superior do calgado — Couragas e contrafortes — Determinagao da espessura. ABNT NBR 14454:2007 Construgio inferior do calgado - Solas, solados e materiais afins - Determinagao da dureza Shore A e D. e, Quantitative. ABNT NBR 14737:2012 Construgio inferior do calgado — Solas, solados ¢ materiais afins — Determinagiio da densidade em corpos de prova — Método hidrostatico. ABNT NBR 14742:2001 Construgdo inferior do calgado - solas, solados e materiais afins - Determinagao da resisténcia a flexdes continuas em um dngulo de 90°. ABNT NBR 15171:2010 Calgados - Determinagiio da resisténcia a flexao. ABNT NBR 15190:2005 Construgao inferior do calgado - Solas, solados e materiais afins - Determinagao da resisténcia ao desgaste por perda de volume. ABNT NBR 15323:2013 Calgados ~ Determinagdo da resisténcia da colagem da sola/solado a 90°. O presente documento substitui o Texto-base DS/CI II n° 32 / 2004 — Sapato Preto Vuleanizado Palavras-chave: Sapato Preto Vulcanizado Propriedade do Exército Brasileiro 20 paginas Especificagdio Técnica Nr 45 / 2013 2 ABNT NBR 15323:2013 Calgados — Determinagao da resisténcia da colagem da sola/solado a 90°. DIN EN ISO 22774:2005 Calgados — Procedimento de ensaio para acesséri resisténcia a friegao. tacadores - 3 CONDICOES GERAIS 3.1 Amostragem A amostragem para ensaios destrutivos deve observar a Norma NBR 5426 nas condigdes constantes da tabela 1. Tabela | - Plano de Amostragem para Ensaios Destrutivos (NQA 2,5%) LOTE. PLANO DE AMOSTRAGEM. INSPECAO ESPECIAL + " REGIME. NIVEL De fabricagao Simples Namal eat 3.2 Inspegao visual e Metrolégica Para os valores dimensionais lineares que nao tiverem suas tolerancias pré-definidas na presente especificagao, admite-se as tolerdncias constantes da tabela 2. Tabela 2 - Tolerancias de medidas INTERVALOS DE MEDIDAS (em mm) TOLERANCIAS (mm) O1 04 + 0,05 0,5 1 £01 11 1,5 £02 16 2,5 £03 2.6 5 £05 5,1 7 +1 71 25 #2 25,1 70 Ey 70,1 150 +4 150.1 250 £5 250.1 1.000 =10 Acima de 1.000,1 +20 3.2.2 Controle de qualidade: 3.2.2.1 Condigdes de fabricagio 1- _ Responsabilidade pela Fabricagao © fabricante é 0 responsavel pela produgdo do artigo, de acordo com as caracteristicas estabelecidas na presente especificagiio. A presenga do fiscal militar ou agente técnico credenciado nas instalagdes de fabricagao ndo exime o fabricante da responsabilidade pela produgao do artigo 2+ Processos de Fabricagio Os processos de fabricagio, embora sejam da escolha do fabricante, condicionados pel: natureza dos equipamentos disponiveis, devem assegurar ao artigo a conformidade com os requisitos desta Proposta. Especificagao Técnica Nr 45 / 2013 3 3- Garantia da qualidade fabricante deve garantir a qualidade do artigo mediante 0 controle de qualidade das matérias-primas e do produto acabado, em todo o processo de fabricagtio, segundo um plano de controle sistematico 0 qual deve ser dado conhecimento ao fiscal militar ou agente téc credenciado, 3.2.2.2 Fiscalizagaio 1- 0 Exército se reserva 0 direito de, sempre que julgar necessario, verificar por meio do fiscal militar ou agente técnico credenciado, se as prescrigdes da presente especificagao sio cumpridas pelo fabricante. Para tal, 0 fabricante deve garantir, ao fiscal militar ou agente técnico credenciado, livre acesso as dependéncias pertinentes da fibrica, bem como, apresentar toda a documentagao relativa & aceitagdo da matéria-prima utilizada na fabricago do produto. 2 - Por ocasidio da inspegdo, o fabricante deve fornecer, ao fiscal militar ou agente técnico credenciado, um certificado onde conste que o produto foi fabricado e controlado de acordo com as. prescrigdes desta especificagaio, e que a matéria-prima utilizada na sua fabricagio e embalagem foi aceita em obediéncia as normas especificas. 3 - O fabricante deve colocar a disposigao do fiscal militar ou agente técnico 0 seguinte: os aparelhos de controle, 0s instrumentos e os auxiliares necessdirios a inspegao. 3.3 Acondicionamento / Embalagem De acordo com as Normas Técnicas para Embalagem de Material de Intendéncia. 4. CARACTERISTICAS GERAIS Figura 1 — Sapato preto vuleanizado - vista em perspectiva Especificagio Técnica Nr 45 / 2013 4 sapato preto vulcanizado ¢ constituido de duas partes principais: cabedal e solado (Figura 2). Figura 2 - Lateral do sapato 4.1 Cabedal Parte do calgado constitufdo: da gaspea e do cano, tendo as diversas pegas unidas entre si por linhas de costura (Figura 3). Figura 3 — Lateral do cabedal 4.2 Solado Parte do calgado constituida de sola, salto vira (em uma tnica pega), palmilha de montagem, palmilha de acabamento, alma plistica/ago e enchimento do salto (Figura 4). Especificagaio Técnica Nr 45/2013 5 CALCADOS COM SOLADO DE BORRACHA REFORCO DE E.V.A. PARA CONFORTO. (fixado 8 palimitha de montagen) 0,5 nm Figura 4 — Planta do Solado 5. COMPONENTES DO CABEDAL, cabedal é constituido das seguintes partes: gaspea, couraga, lingueta, forro téxti, tira traseira de reforgo, laterais, contraforte, forro de couro das laterais do cano, atacador redondo ¢ linha de costura (Figura 5 e 06). LATERAL DO CANO GASPEA DE REFORCO Figura 5 - Componentes do cabedal - vista lateral Especificagao Técnica Nr 45 / 2013 6 ORIFICIO DE PASSAGEM LINGUETA DO CADARGO REDONDO Y \ CADARGO REDON PONTEIRA | Figura 6 — Componentes do cabedal — vista frontal 5.1 Da Gaspea Parte frontal do cabedal constituida de uma pega que contém uma imitagio de biqueira (Figura 7). CHANFRO DO CARNAL | Figura 7- Gaspea Constituida de couro bovino, semi-cromo, flor, com acabamento tipo box, na cor preta, aparéncia final brilhosa, com espessura de 1,6 mm. Chanfrada, do lado do carnal, na regidio de unio Especificagiio Técnica Nr 45/2013 as laterais. O chanfro deve possuir 8 mm de largura e ter, em sua extremidade, | mm de espessura. 5.2 Da Couraga Pega rigida destinada a armar a biqueira do calgado (Figura 8). \as mmm CHANFRO Figura 8 Couraga Constituida de material téxtil ou ndo, impregnado com resina (termopléstica ou soliivel em solvente) com espessura de 1,0 mm. Deve ser chanfrada em todo seu contorno com 15 mm de largura. O chanfro, na regidio da costura de imitagao da biqueira, deve terminar com 0,5 mm ¢ na regitio de montagem com 0,2 mm, 5.3 Da Lingueta Pega integrante do cabedal que se estende até o final das laterais do cano, com finalidade de fechar o calgado (Figura 9). 8mm Figura 9 — Lingiieta a) Constituida de couro bovino, semi-cromo, flor, com acabamento tipo box, na cor preta, aparéncia final brilhosa, com espessura de 1,6 mm. A lingileta deve possuir chanfro, do lado do camal, na regidio de fixagio 4 gaspea. O chanfro deve ter 8 mm de largura e em sua extremidade 0,8 Especificagdo Técnica Nr 45/2013 8 mm de espessura. b) E obrigatério informar na parte interna da lingueta: 0 n° do contrato/ano, semestre/ano de fabricagdo e n° do calgado (conforme figura 10) CTO 023/15 1° SEM / 2016 40 Figura 10 — Lingiieta (parte interna) 5.4 Do Forro Téxtil a) Guamnig&o téxtil subposta em toda a gaspea encobrindo a couraga (Figura 11). : ~ | / | Ld / \ | \ \ Figura 11 —Forro téxtil Constituida de algodao cru, engomado e sanforizado, com gramatura minima de 240,0 g/m. b) Sera aplicado internamente, ao longo de toda a extensio da borda do cano, uma faixa de espuma de conforto, com largura de 15 mm e espessura de 10 mm, com acabamento “virago Especificagdo Técnica Nr 45/2013 9 Italiana” (Figura 12). ESPUMA DE CONFORTO Regigo onde sera aplicada 4 espuma Figura 12 — Regio de aplicagio da espuma 5.5 Da Tira Traseira de Reforgo Pega integrante do cabedal, cuja finalidade é reforgar a unidio das laterais do cano (Figura 18 1 =| Om 13). Figura 13 - Tira traseira de reforgo Constituida de couro bovino, semi-cromo, flor, com acabamento tipo box, na cor preta, aparéncia final brilhosa, com espessura de 1,3 mm. As extremidades, superior ¢ inferior, da tira traseira devem ser chanfradas, no lado do carnal, com larguras de 18 ¢ 10 mm, respectivamente. Os chanfros devem ter, nas suas terminagdes, 0,6 mm de espessura. 5.6 Das Laterais do Cano Constituem-se nas maiores pegas integrantes do cabedal, sobre as quais, em seus lados Especificagdo Técnica Nr 45/2013 10 externos, é fixada a tira traseira de reforgo, ¢ nos internos, ¢ fixado 0 forro de couro das laterais (Figura 14). LATERAL, LATERAL, CHANFRO DO CHANFRO DO CARNAL, CARNAL Figura 14—Laterais do eano Constituidas de couro bovino, semi-cromo, flor, com acabamento tipo box, na cor preta, aparéncia final brilhosa, com espessura de 1,6 mm. Constituem-se de duas metades unidas entre si por costuras tipo “zig-zag”. As laterais do cano devem possuir chanfros, do lado do carnal, devendo ter 0 acabamento removido do lado box nas regides de fixagao & gaspea. 5.7 Do Contraforte Peca rigida situada na regido inferior do cano, entre as laterais e 0 forro de raspa de couro, cuja finalidade € tornar firme a parte posterior do calgado (Figura 15). 45mm 2 CHANFRO Figura 15 — Contraforte Confeccionado em couro aglomerado ou material de mesmas propriedades, com espessura de 1,4 mm. Deve possuir chanfro, em todo seu contorno, com 15 mm de largura e ser acabado com 0,2 mm de espessura. 5.8 Do Forro das Laterais Guamigdo de couro subposta as laterais do cano (Figura 16). Especificagao Técnica Nr 45 / 2013 1 Figura 16 — Forro das laterais do cano Constituida de couro bovino, curtido ao cromo, flor, com acabamento pigmentado, pa pélvora, na cor preta, com espessura de | mm, subdividida em 3 (trés) partes unidas entre si por costura tipo “zig-zag”, com 5 (cinco) pontos para cada centimetro linear. 5.9 Atacador Redondo Pega integrante do cabedal que passa através de 10 (dez) orificios, 05 (cinco) em cada lado, servindo para amarrar o calgado, proporcionando firmeza ao usudrio (Figura 17). ORIFICIO DE PASSAGEM Do CAD ARCO RECON) CADARGO REDONDO PONTEIRA Figura 17 — Atacador posicionado Constituido de algodio, na cor preta, com 600 mm de comprimento, tendo nas extremidades as ponteiras plastificadas com acetato e comprimidas, medindo 12 mm de comprimento. 5.10 Da Linha de Costura do Cabedal Filamento continuo destinado a unir, por costuras, as partes e as diversas pegas do cabedal. Constituida de poliamida na cor preta. Espessura Nm 40/3. 6. COMPONENTES DO SOLADO solado é constituido das seguintes partes: sola, salto e vira (em uma tinica pega), palmilha de montagem, palmilha de acabamento, alma plastica/ago e enchimento do salto, blaqueado planta ¢ salto, 6.1 Da Sola, do Salto e da Vira Constituidos de borracha, na cor preta, vulcanizados diretamente ao cabedal, cor propriedades fisicas ¢ dimensdes definidas. (Figura 18 ¢ 19). 5.1.1 Sola Pega de borracha integrante do solado, fixada ao cabedal pelo processo de vulcanizagio Especificagao Técnica Nr 45 / 2013 12 icagao_ direta. 6.1.2 Salto Pega de borracha integrante do solado, situada na regio posterior da sola, fixada ao cabedal pelo processo de vulcanizagaio direta. 6.1.3 Vira Pega de borracha integrante do solado, que acompanha todo o contorno da sola, em sua parte superior, cuja finalidade & melhorar a adesio do solado ao cabedal, sendo ligada a este pelo processo de vuleanizacao direta, ‘ALMA PALMILHA DE PALMILHA DE PLAS) ENCHIMENTO MONTAGEM ACABANMENTO CACO “DO SALTO Saas VIRA Se ee | Figura 18 —Solado PALMILHA DE ACABAMENTO. PALMILHA DE MONTAGEM, Figura 19 - Planta do solado Especificagaio Técnica Nr 45 / 2013 13 6.2 Da Palmilha de Montagem Pega integrante do solado, destinada a fixagdo deste ao cabedal (Figura 20). Figura 20 — Palmilha de montagem Constituida de material celulose ou n&o-tecido, tratado com resina especifica, devendo ter espessura de 2,2 mm 6.3 Da Palmilha de Acabamento Peca integrante do solado, situada sobre a palmilha de montagem, cuja finalidade principal €melhorar o conforto ¢ © acabamento interno do calgado (Figura 21). Figura 21 — Palmilha de acabamento Constituida de E.V.A para conforto, fixada a palmilha de montagem, com espessura de 2,00 0,5 mm. 6.4 Do Enchimento do Salto Material destinado a preencher a cavidade do salto (Figura 22). A base de E.V.A (Espuma vinilica acetinada) possuindo dureza maxima de 50 Shore A. Deve suportar 0 processo de vuleanizagiio. Especificagéo Técnica Nr 45 / 2013 14 TAMANHO "1" TAMANHO "2" Numeros 36 a 41 Nameros 42 a 46 - £ Se 1 7 £ 140 mm © 440mm # tan —) om Figura 22- Enchimento do salto Deve possuir rigidez tal que evite deformagdes no salto. 6.5 Alma plistica/ago Pega de polipropileno ou ago integrante do solado, fixado na regido do enfranque, entre a palmilha de montagem ¢ o solado de borracha, cuja finalidade é a melhorar a estrutura do algado. 7. MONTAGEM DO CALCADO. 7.1 Da gaspea A giispea deve possuir imitagdo de biqueira, apresentando 02 (duas) costuras paralelas entrei si (Figura 23), Para on® 40, a primeira costura da imitagdio da biqueira deve situar-se a 40 mm da borda da gaspea (na regidio de fixagao da lingtieta). Para os demais mimeros a posigao das costuras sera resultado da proporgao da escala francesa. As costuras devem ter 3,5 pontos por centimetro linear ¢ distarem 3,2 mm uma da outra. Figura 23 - Costura de imitagio da biqueira 0 inicio e término das costuras de imitagao da biqueira devem ficar sob a regito de montagem, quando da aplicago do solado. Na regio da falsa biqueira deve ser aplicada uma couraga que, por sua vez, é revestida com forro téxtil. Esse forro deve ser colado a gaspea ¢ fixado por meio da costura de gaspeagao. A lingtieta deve ser fixada subposta a gaspea por meio da costura do gaspeado, contendo || 3,5 pontos para cada centimetro linear, ; Especificagdo Técnica Nr 45 / 2013 15 7.2 Das Laterais As duas laterais devem ser unidas entre si por costura tipo “zig-zag”, contendo 5 pontos para cada centimetro linear (Figura 24). Figura 24 - Costura das duas laterais do cano Sobre a costura tipo “zig-zag”, do lado extemo das laterais, deve ser fixada a tira traseira de reforgo através de costuras simples, em cada lado da tira (Figura 25). Essas costuras devem situar-se a 1,5 mm das bordas da tira e devem conter 3,5 pontos por centimetro linear. Na parte superior do cano, a tira traseira deve ser dobrada para o lado interno, de maneira que a parte dobrada permanega entre o forro e 0 cabedal res Figura 25 - Costura da tira traseira de reforgo Em toda a extensdo, as bordas superiores das laterais devem ser viradas (lado interno), devendo essas dobras ser fixadas pela costura de forragio que estd a 1,5 mm das bordas dobradas superiores das laterais do cano. Observar uso de fita de reforco. As laterais devem ser forradas, em toda a sua extensio, com couro bovino semi-cromo, com acabamento pigmentado, estampa pélvora, na cor preta. As laterais do cano possuem duas costuras paralelas que servem de enfeite do calgado. Para o calgado n° 40, as costuras de enfeite devem ter 3,2 mm de distancia entre si e tém inicio na parte superior da borda dobrada das laterais do cano, a 21 mm da borda da regio dos orificios de passagem do atacador redondo, prolongando-se até a costura do gaspeado, ficando subposta a esta, finalizando a 37 mm da mesma referéncia, fazendo, essas costuras, um arco de cireulo, Para a passagem dos atacadores devem ser feitos 5 (cinco) orificios em cada lateral cano, sendo que o orificio superior ¢ localizado (a partir do seu centro) a 14 mm da regido superior dobrada da gaspea eo inferior a 7 mm da regio inferior da géspea (costura do gaspeado). Especificagao Técnica Nr 45 / 2013 16 O restante dos orificios devem estar eqilidistantes entre si. Todos os orificios devem estar a 12 mm das bordas dobradas das laterais (regio paralela & localizagato dos orificios). Para os demais nimeros as distancias devem obedecer a proporgaio da escala brasileira. 7.3 Do Cabedal O cabedal & composto pelas partes superiores do calgado. A fixagdo da lateral & géspea deve ser feita com costuras duplas, paralelas entre si (gaspeado), contendo 3,5 pontos para cada centimetro linear. A primeira costura deve situar-se a 1,0 mm da borda das laterais inferiores das partes laterais e a segunda a 2 mm da primeira. As laterais devem ser subposto a gaspea. O inicio e término das costuras do gaspeado devem ficar sob a regidio de montagem. As regides da gaspea, do forro de raspa de couro ¢ das laterais , terminadas “a fio", devem ser pintadas de preto. Sugere-se o tingimento atravessado do couro. 7.4 Do Calgado A palmilha de montagem, contendo a palmilha de acabamento colada, deve ser posicionada sob a base da forma. Apés, 0 solado de borracha deve ser aplicado por vulcanizagio direta, planta e salto serao blaqueados. Para todas as costuras de montagem do calgado € vedado 0 uso do ponto tipo corrente (“Chain Stich”), assim como so inadmissiveis costuras tortas e contorno de solado nao uniforme. 8. CARACTERISTICAS ESPECIFICAS MATERIAL ENSAIOS ESPECIFICAGOES Espessura 16mm aivenee (ABNT NBR 11052) Matéria prima: A penetragio no deve . Resisténcia a penetracaio de ocorrer antes de 30 Couro bovine com cama demic | er sore de agua | _ minutos. absoreo lenominada flor, semi-eromo, com maxima de gua, apos 30 acabamento tipo box, na cor preta, (ABNT NBR 11122) | thinutos, deve ser de 30% com aparéncia final brilhosa. jiiie:porenda}. © lado do earal deve ser tingid de Determinagao da preto. bilidade ao vapor permeabili por . A vaqueta deve ser armada de tal dagua No minimo 0,8 mg/em2 .h forma que nao ocorra enrugamento, (ABNT NBR 12834) nilo perca a maciez e no seja eenanie A seco: 50,000 flexdes aoe a A timido: 10.000 flexdes Cor rei Resisténcia a flexio a, Aplicagio: Gaspea; Lingileta ¢ peer: ieee ene (ABNT NBR 11114) visiveis a olho nu, somente rugas so admissiveis Especificagio Técnica Nr 45 / 2013 7 Resisténcia da cor e do acabamento a friega0 (ABNT NBR 12846) A seco: 100 ciclos A tmido: 50 ciclos O desbotamento do corpo de prova nao pode ser inferior ao grau 4 (Escala de Cinzas). O elemento abrasivo nao deverd ter manchamento inferior a 3 ({rés) na escala de cinzas, Verificagdo da superficie do O couro deve ter a camada couro para identificagio da_| dérmica denominada flor. camada flor 8.2 Vaqueta I Matéria-prima: Couro bovino, semi- cromo, com camada dérmica denominada flor, com acabamento tipo box, na cor preta, com aparéncia final brilhosa. O lado do carnal deve Espessura (30,1) mm ser tingido de preto. A vaqueta deve ser armada de tal forma que no ocorra enrugamento, ndo perca a maciez ¢ no seja encartonada, Aplicagiio: Tira traseira de reforgo Cor: Preta (ABNT NBR 11052) 8.3 Vaqueta II Matéria prima: Couro bovino semi- cromo, com acabamento pigmentado, estampa pélvora. Cor: Preta. Aplicagdo: Forro das laterais do cano e Palmilha de acabamento Espessura (ABNT NBR 11052) (1£0,1) mm Resisténcia da cor e do acabamento a fricgao (ABNT NBR 12846) A seco: 100 ciclos - O elemento abrasivo nao devera ter manchamento inferior a 4 (trés) na escala de cinzas. A timido (solugao suor sintético pH 9,0): 20 ciclos - O elemento abrasivo nao deverd ter manchamento inferior a 3 (trés) na escala de cinzas. 8.4 Couraga Matéria-prima: Material téxtil ou ndo-téxtil, impregnado com resina termoplistica ou soluivel em solvente. Espessura (ABNT NBR 14184) (1 40,1) mm Especificagéo Técnica Nr 45 / 2013 18 8.5 Forro Téxtil Matéria-prima: Algodio cru Acabamento: Engomado e sanforizado Gramatura (ABNT NBR 10591) Minimo: 240 g/m? 8.6 Contraforte Do cadargo: 57% poliéster ¢ 43% algodio, com toleriincia de + 2%; Da ponteira: plastificada com acetato € comprimida, medindo 12 mm de comprimento. . Espessura Matéria-prima: Couro aglomerado (1,6+ 0,1) mm (ABNT NBR 14184) Cor: Natural 8.7 Palmilha de Montagem | Matéria-prima: Couro de sola com curtimento vegetal ou material, Espessura “ : (2.2£0,1)mm tratado com resina especifica. (ABNT NBR 13371) Celulose ou niio-tecido 8.8 Linha de Costura | —_ a Composigao Matéria prima: 100% poliamida a (AATCC 20 € 100% poliamida Cor: Preta AATCC 20 A) Aplicagao: Nas costuras do cabedal 8.9 Atacador Redondo Espessura Matéria-prima: Comprimento Resisténcia do atacador a fricgdio (DIN EN ISO 22774) Devem suportar no minimo 5.000 ciclos de friegdo podendo apresentar danos leves 8.10 Solado Matéria-prima: Borracha vulcanizada diretamente ao cabedal. Aparéncia: Lisa nas bordas laterais, compactas e uniformes, nao apresentando bolhas nem fragmentos de materiais estranhos. Cor: preta Aplicagao: Solado Dimensées = 9 mm (medida na vira na regio da planta) = 24 mm (salto com desenho) ~ 4mm (largura de vira, parte serrilhada) = | mm (profundidade do antiderrapante) Densidade (ABNT NBR 14737) Maximo: 1,20 giem* ae Minimo: 63 (ABNT NBR 14454) Shore “A” Submetida a 30.000 Resisténcia a flexdio (ABNT NBR 14742) flexes continuas, 0 aumento da incisdo inicial de 2 mm pode ser de até 4 mm Especificagao Técnica Nr 45 / 2013 19 Abrastio Maximo: 200 mm? (ABNT NBR 15190) 8.11 Borracha II ‘Composigao: Borracha sintética Minimo: ‘ Dureza Caracteristicas: 70 . . (ABNT NBR 14454) Aplicagdo: Enchimento do salto Shore A 8.12 Calgado Pronto Comportamento ao . flexionamento continuo | Na avaliago visual, ndo (500.000 de flexdes num | Podem ocorrer alterages fingulo de 45°) visiveis ou danos: rugas sdo admissiveis. (ABNT NBR 15171) Determinagao da resisténcia Bico: minimo 250N da colagem do soiado a 90° | Planta (forga na regio (ABNT NBR 15323 — mais larga da sola): Método A) 200 9 IDENTIFICACAO DO CALCADO. 9.1 Fabricante A identificagao do fabricante deve ser impressa ou estampada ou gravada sobre o solado na regio do enfranque (Figura 26) 9.2 Data de Fabricagio O semestre e ano de fabricagao do calgado devem ser impressos ou estampados ow gravados na parte interna da lingueta, devendo ter 0 semestre e ano de fabricagdo (Figura 10). 9.3 Numeragiio A numeragdo deve seguir a escala brasileira (Tabela 3), partindo do n° 33 até o n° 46. A numeragdo feita no solado deve ser em alto-relevo com 1 mm de altura e estar dentro de um circulo de 10 mm de didmetro, situando-se na regio do enfranque, préximo & boca do salto (Figura 26) € estampados ou gravados na parte interna da lingueta (Figura 10). Tabela 3 - Escala de numeragaio Numeracio Brasileira Centimetros 33 23,33 34 24,00 35. 24,67 36 33 37 26,00 38 26,67, 39 27,33 40 28,00 41 28,67 42 29,33 Especificagao Técnica Nr 45 / 2013 20 4B 30,00 44 30,67 45 31,33 46 32,00 Figura 26 - Gravagio no solado A medida, em centimetros, é sempre realizada na forma utilizada para montagem do calgado. A medida realizada em calgado ja confeccionado devera ser realizada na palmilha de ‘montagem, com tolerdneia maxima estabelecida na Tabela 1. ATO DE APROVACAO Aprovo as atualizagdes da Norma Nr 45 / 2016 - D Abst, Sapato Preto Vulcanizado. Especificagao Técnica Nr 45/2016 — D Abst, Sapato Preto Vulcanizado. ATO DE APROVACAO. Brasilia-DF-CS de fevereiro de 2016. JORGE JORGE DA COSTA ‘Abastecimento

Você também pode gostar