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E Book Tema 03 Especies Tributarias Taxas
E Book Tema 03 Especies Tributarias Taxas
TRIBUTÁRIO
Aula 01 – Taxas
Conceito de taxa
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SABBAG, Eduardo. Código Tributário Nacional comentado. 1. ed., Rio de Janeiro: Forense;
São Paulo: Método, 2017, p. 248
O art. 77 do CTN determina que “as taxas cobradas pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições”, então, observa-se que o ente público não pode cobrar uma taxa
por um serviço público que não seja por ele prestado. Esta definição é bem
parecida com a da Constituição. Nesse sentido, vale lembrar que a CF/88 é posterior
ao CTN. Muitas vezes, poderá ser percebido que a CF/88 acabou copiando as
disposições do CTN, pois o sistema tributário instituído pelo CTN foi mantido pela
CF/88 com pequenas mudanças.
O parágrafo único do art. 77 do CTN estatui que a taxa não pode ter base
de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a impostos. Tal
previsão, também está determinada na Carta Magna (art. 145,§2º, da CF).
Destaca-se que o art. 79 do CTN também traz parâmetros para o estudo das
taxas. Vejamos:
TAXAS DE SERVIÇO
O serviço público que caracteriza o fato gerador da taxa tem de ser relativo
ao contribuinte desta e não há coletividade em geral, permitindo que se verifique o
vínculo entre o sujeito passivo da taxa e os serviços. Diante disso, concluímos que,
aqueles serviços e atividades estatais que possuem as características da
divisibilidade e referibilidade a um indivíduo ou a um grupo de indivíduos
determinados ou determináveis, devem ser custeados exclusivamente por quem
essa atividade estatal beneficia por meio de taxas.
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ALEXANDRE. Ricardo. Direito Tributário. 11. ed. Juspodivm: 2017, p. 65
Aula 02 – Taxas
TAXAS DE POLÍCIA
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COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário,1ºed. São Paulo: Saraiva, 2009, p.
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1) Órgão Competente: para que exista a cobrança de taxa é necessário que ela seja
criada por um órgão competente. Nesse sentido, o Código Tributário Nacional
determinou:
Art. 78, CTN, Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do
poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente
nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e,
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem
abuso ou desvio de poder.”
Retribuição
Ora, não é correto, que alguém pague por um serviço sem que seja
usuário/destinatário dele.
Qual o serviço que está sendo cobrado pela Lei nº 9.960/00 ? Não
sabemos, não conseguimos extrair da lei qual é o serviço que está sendo cobrado,
não há uma definição objetiva do serviço em questão. Logo, conclui-se que esta lei
(já revogada) não definia objetivamente o serviço que determinava sua cobrança,
razão que levou o STF a julgar sua inconstitucionalidade, por não existir na lei
definição específica do fato gerador da exação.
Verifica-se da leitura de outros artigos da referida lei que eles também não
delimitavam o fato gerador:
Assim, a lei nova traz no anexo II, os elementos a serem cobrados pela TSA
efetivamente:
Como já vimos, a base de cálculo nada mais é que uma grandeza definida
pela lei, sobre a qual pode-se mensurar o valor do tributo a ser pago em moeda.
Ela se encontra, juntamente com a alíquota, no critério quantitativo do consequente da
Regra Matriz de Incidência Tributária (RMIT).
Súmula Vinculante nº 29
Proporcionalidade
Pedágio
Portanto, emprega-se o termo preço público para designar a cobrança que nos
é imposta pela utilização, por exemplo, de água potável, energia elétrica, telefone,
transporte público coletivo etc., não se enquadrando tais cobranças como tributo.
4
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Municipal Brasileiro, 6 ed., São Paulo:
Malheiros, 1993, p.147
Não entra nesse contexto a taxa de varreção (ou taxa de limpeza pública). Na
verdade, essas cobranças não têm natureza jurídica de taxa.
Aula 04 – Taxas
A Taxa de Segurança Pública não pode ser cobrada pelos entes federativos.
Segundo o STF, ainda que tal serviço seja solicitado por particulares, impossível a
cobrança. Tal entendimento, se baseia no fato de que é ao Estado que incumbe prestar
a segurança pública para a toda a população, sendo este um serviço não divisível, o
que afasta a cobrança. Veja-se o julgado pelo STF:
Sendo despesa geral do ente público, não pode ser cobrado por taxa. Não
existe serviço público específico e divisível na questão da prevenção de incêndio.
Observa-se da tese, que o STF consignou que a prevenção e o combate a incêndios (i)
se fazem mediante a atuação da polícia retratada no Corpo de Bombeiros, sendo
atividade essencial do Estado Membro da Federação e, portanto, (ii) remunerada por
meio de impostos.