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TIPOS DE DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS

 Malária;
 Amebíase;
 Doenças de Chagas;
 Giardíase;
 Leishmaniose visceral;
 Toxoplasmose
 Tricomoníase

1- Malária
O que é malária?
A malária é uma doença causada por quatro diferentes tipos de protozoário do gênero Plasmodium. Três deles
estão ativos no Brasil e podem transmitir a doença para as pessoas que vivem aqui ou que estão visitando o
país.
A transmissão da malária acontece de duas formas: por meio da picada de um mosquito que esteja infectado
com o protozoário ou por meio do uso incorreto e do compartilhamento de agulhas e instrumentos cortantes.
O mosquito da malária é sempre fêmea e é do gênero Anopheles, bastante comum nos momentos do
amanhecer e do entardecer. É ele o responsável por perpetuar o ciclo da malária, transmitindo os protozoários
para um hospedeiro humano, que poderá ser picado por um mosquito não infectado que, por sua vez, se
tornará um portador de malária para infectar outro indivíduo. É importante frisar que a malária não é transmitida
de um humano para outro, mas sempre por meio de um vetor intermediário, que é o mosquito.
A malária é considerada uma doença tropical, comum nos lugares de clima quente, justamente por ser
transmitida por meio da picada dos mosquitos, que se reproduzem com maior facilidade no calor.
Os protozoários da malária se instalam no fígado do corpo humano e ali se reproduzem e passam a afetar os
glóbulos vermelhos que fazem parte do sangue humano.

Quais são os sintomas de malária?


De modo geral, toda a malária se inicia de forma bastante similar a uma gripe comum, sendo que, por vezes, as
doenças podem ser confundidas e o paciente pode ter um diagnóstico inicial incorreto.
Para que a malária seja efetivamente diagnosticada, é preciso realizar testes rápidos de sangue ou exames
complementares que ajudem a eliminar a hipótese de outras doenças e condições.
Entre os sintomas mais comuns de malária, é possível destacar:
– Febre alta;
– Calafrios;
– Suor;
– Fortes dores musculares, mais especificamente, nas articulações;
– Dor de cabeça;
– Taquicardia;
– Aumento do baço;
– Cansaço e prostração;
– Vômitos e
– Convulsões.
 
O paciente com malária pode também entrar em coma, desenvolver uma anemia e, caso a doença não seja
tratada, pode vir a óbito.

Como é o tratamento da malária?


O tratamento da malária é feito por meio do uso de medicamentos que matam o protozoário causador da
doença e impedem que ele se reproduza, fazendo com que os sintomas diminuam cada vez mais, antes de
cessar de vez.
Nem todos os casos de malária requerem internação hospitalar ou acompanhamento médico constante, sendo
que o paciente deve sempre seguir as recomendações dadas por seu médico.
 
Como é a prevenção da malária?
A principal forma de prevenção da malária é por meio do controle de seu mosquito, seja com o uso de
inseticidas, seja por meio da eliminação de água parada e de focos que podem ser usados como ponto de
reprodução do mosquito.
Indivíduos que viajam para regiões que possuem muitos casos de malária devem fazer o uso constante de
repelente e de roupas que cubram os membros do corpo, para evitar as picadas de mosquito.
Existe uma vacina para a malária, que ainda está em processos de desenvolvimento e aprimoramento para ser
aplicada ao público geral. Futuramente, ela pode ser uma solução para impedir que as pessoas desenvolvam
malária.
No momento, existem medicamentos antimaláricos que podem ser usados por indivíduos que vão viajar para
locais onde a malária é mais comum, como as regiões endêmicas. Esses remédios impedem que o protozoário
se reproduza no organismo, antes mesmo que a infecção pelo mosquito aconteça.
No Brasil, a malária é bastante corriqueira na região amazônica.

2 - Amebíase
A amebíase, também chamada de disenteria amebiana ou disenteria amébica, é uma doença
parasitária causada por protozoário. O nome científico do agente causador da amebíase
é Entamoeba histolytica.

Sua principal característica é a alteração das ações habituais do intestino, causando uma intensa
diarreia e que pode vir acompanhada de sangue.

Qualquer pessoa, de qualquer faixa etária, pode adquirir esse parasita. O diagnóstico da doença
pode ser feito pelo exame de fezes, endoscopia, proctoscopia ou tomografia computadorizada.

Ainda que seja menos comum, um exame de sangue pode detectar a presença de anticorpos
contra o parasita.
Saiba mais sobre os Protozoários.

Transmissão
A transmissão da amebíase ocorre pela ingestão dos cistos da ameba encontrados na água ou em
alimentos contaminados. Geralmente, os cistos causadores da amebíase são encontrados nas fezes
dos infectados e no solo.

Ainda que seja raro, a doença pode ser transmitida pelo contato sexual sem proteção devida.

Observe que a maioria dos casos acontecem em países menos favorecidos, onde as condições de
higiene são mais precárias, o que facilita a proliferação do protozoário.

Ciclo Biológico

Ciclo
Biológico do Parasita

O ciclo de vida do protozoário causador da amebíase começa quando o indivíduo ingere os cistos.
Estes passam pelo estômago até chegarem no intestino delgado. Interessante notar que eles são
muito resistentes, uma vez que sobrevivem aos ácidos estomacais.

Dali, migram para o intestino grosso, onde ficam aderidos à mucosa do intestino. Se alimentam de
células intestinais, bactérias benéficas presentes nos intestinos e do bolo fecal, ao mesmo tempo
em que vão criando colônias.

Importante ressaltar que o período de incubação do protozoário varia muito, ou seja, pode ser
dias, meses ou anos.

Se não for tratada, a amebíase pode gerar úlceras intestinais. No pior dos casos, ela atinge outros
órgãos do corpo humano, por exemplo, os pulmões, o fígado, o baço e até mesmo o cérebro.

Sintomas
Os principais sintomas da amebíase são:

 Febre
 Calafrios
 Forte diarreia
 Cólicas intestinais
 Dor para evacuar
 Excesso de gases
 Sangue nas fezes
 Náuseas e vômitos
 Fraqueza

Tratamento
O tratamento da doença é feito pelo uso de medicamentos que combatem o protozoário, além
dos sintomas como a febre, as náuseas, etc. Geralmente, duas semanas são suficientes para a
recuperação da enfermidade.

Além disso, recomenda-se uma alimentação rica em nutrientes e ingestão de líquidos, por conta
da desidratação causada pela diarreia excessiva.

Nos casos mais extremos, podem ser feitas cirurgias se os cistos atingirem outros órgãos.

Prevenção
A prevenção da amebíase começa com melhores condições de higiene e saneamento
básico (tratamento de água e esgoto).

Portanto, é recomendado lavar bem as mãos antes das refeições e após usar o banheiro. Também
deve-se higienizar bem os alimentos (frutas, verduras, legumes) antes de consumi-los. Além disso,
especialistas recomendam a ingestão de água potável.

O uso de proteção (preservativos) nas relações sexuais oral-anal também é uma forma de se
prevenir da amebíase.

Giardíase e Amebíase
Embora as duas doenças sejam causadas por protozoários e transmitidas pela água e alimentos
contaminados, a giardíase é causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia.

3 - Doença de Chagas
A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção causada pelo
protozoário Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda (doença de Chagas aguda – DCA)
que pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas
indeterminada (assintomática), cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Situação Epidemiológica
Publicações sobre Doença de Chagas

SINTOMAS
A doença de Chagas pode apresentar sintomas distintos nas duas fases que se apresenta, que
são a aguda e a crônica.
Na fase aguda, os principais sintomas são:
 febre prolongada (mais de 7 dias);
 dor de cabeça;
 fraqueza intensa;
 inchaço no rosto e pernas. 
 No caso de picada do barbeiro, pode aparecer uma lesão semelhante a um furúnculo no local
Após a fase aguda, caso a pessoa não receba tratamento oportuno, ela pode desenvolver a
fase crônica da doença, inicialmente sem sintomas (forma indeterminada), podendo, com o
passar dos anos, apresentar complicações como:
 problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca;
 problemas digestivos, como megacólon e megaesôfago

FORMAS DE TRANSMISSÃO
As principais formas de transmissão da doença de Chagas são:
 Vetorial: contato com fezes de triatomíneos* infectados após o repasto/alimentação sanguínea.
A ingestão de sangue no momento do repasto sanguíneo estimula a defecação e, dessa forma, o
contato com as fezes.
 Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de triatomíneos infectados
ou suas excretas.
 Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T. cruzi para seus bebês
durante a gravidez ou o parto.
 Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios.
 Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante
manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.
O período de incubação da doença de Chagas, ou seja, o tempo que os sintomas começam a
aparecer a partir da infecção, é dividido da seguinte forma:

 Transmissão vetorial – de 4 a 15 dias.


 Transmissão transfusional/transplante – de 30 a 40 dias ou mais.
 Transmissão oral – de 3 a 22 dias.
 Transmissão acidental – até, aproximadamente, 20 dias.
 Transmissão vertical – tempo indeterminado, a transmissão pode ocorrer em qualquer período da
gestação ou durante o parto.

Triatomíneos - são insetos popularmente conhecidos como barbeiro, chupão, procotó ou bicudo.
O seu ciclo de vida é composto pelos estágios de ovo, ninfa (cinco estádios ninfais) e adulto.
Tanto as ninfas como os adultos, de ambos os sexos, alimentam-se de sangue e, portanto, se
infectados, podem transmitir o T. cruzi.

DIAGNÓSTICO
Na fase aguda da doença de Chagas, o diagnóstico se baseia na presença de sinais e sintomas
sugestivos da doença e na presença de fatores epidemiológicos compatíveis, como a ocorrência
de surtos. 

Já na fase crônica, a suspeita diagnóstica também é baseada nos achados clínicos e na


história epidemiológica, porém como parte dos casos não apresenta sintomas, devem ser
considerados os seguintes contextos de risco e vulnerabilidade:
 Ter residido, ou residir, em área com relato de presença de vetor transmissor (barbeiro) da
doença de Chagas ou ainda com reservatórios animais (silvestres ou domésticos) com registro de
infecção por T. cruzi;
 Ter residido ou residir em habitação onde possa ter ocorrido o convívio com vetor transmissor
(principalmente casas de estuque, taipa, sapê, pau-a-pique, madeira, entre outros modos de
construção que permitam a colonização por triatomíneos);
 Residir ou ser procedente de área com registro de transmissão ativa de T. cruzi ou com histórico
epidemiológico sugestivo da ocorrência da transmissão da doença no passado;
 Ter realizado transfusão de sangue ou hemocomponentes antes de 1992;
 Ter familiares ou pessoas do convívio habitual ou rede social que tenham diagnóstico de doença
de Chagas, em especial mãe e irmão (s).

Atenção especial deve ser dada a gestantes com os fatores de risco acima, devendo ser
realizado o exame para doença de Chagas durante o pré-natal.
Importante: Para confirmação laboratorial é necessária a realização de exame de sangue
(parasitológico e/ou sorológico, a depender da fase da doença) que é realizado gratuitamente
pelo SUS. É importante que você procure um médico para que ele possa solicitar os exames e
interpretá-los adequadamente, além de avaliar caso a caso os sintomas e sinais clínicos de cada
pessoa.
Acesse a ferramenta que serve como guia especialmente para fins epidemiológicos nas situações
mais recorrentes e para apoio assistencial enquanto o apoio de equipe especializada não for
conseguido.

TRATAMENTO
O tratamento da doença de Chagas deve ser indicado por um médico, após a confirmação
da doença. O remédio, chamado benznidazol, é fornecido gratuitamente pelo Ministério da
Saúde, mediante solicitação das Secretarias Estaduais de Saúde e deve ser utilizado em pessoas
que tenham a doença aguda assim que ela for diagnosticada.
Para as pessoas na fase crônica, a indicação desse medicamento depende da forma clínica e
deve ser avaliada caso a caso. Em casos de intolerância ou que não respondam ao tratamento
com benznidazol, o Ministério da Saúde disponibiliza o nifurtimox como alternativa de tratamento,
conforme indicações estabelecidas em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas.

Independentemente da indicação do tratamento com benznidazol ou nifurtimox, as pessoas na


forma cardíaca e/ou digestiva devem ser acompanhadas e receberem o tratamento adequado
para as complicações existentes.

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4 - Giardíase

A giardíase é um tipo de infecção que afeta o intestino delgado.

 O que é giardíase?
Causada por um pequeno parasita, a giárdia, é um tipo de infecção  que entra no corpo humano por meio de
água e alimentos contaminados. A giardíase é um tipo de infecção que afeta o intestino delgado.
Pessoas contaminadas com giardíase podem acabar passando a doença para outras que estão saudáveis.
 
Quais os sintomas de giardíase?
Entre os principais sintomas de giardíase, podemos destacar:
 cólicas abdominais intensas;
 náuseas;
 vômitos;
 diarreia aquosa ou fezes gordurosas;
 flatulência;
 inchaço;
 arrotos constantes;
 mal-estar;
 cansaço;
 fadiga;
 perda de peso.
 
Como é o tratamento da giardíase?
O tratamento de giardíase é feito com o uso de medicamentos que matam o parasita e impedem sua
transmissão para outras pessoas.
É recomendado manter-se bem hidratado, para evitar a perda de água excessiva que acontece por conta da
diarreia que costuma acompanhar a giardíase.

5 - Leishmaniose Visceral
A Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e,
se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de
fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como
mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. No Brasil, a principal espécie
responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis.

SINTOMAS
A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa sistêmica.
Os principais sintomas da doença são:
 Febre de longa duração
 Aumento do fígado e baço
 Perda de peso
 Fraqueza;
 Redução da força muscular
 Anemia

FORMAS DE TRANSMISSÃO
A Leishmaniose Visceral é transmitida por meio da picada de insetos conhecidos popularmente
como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. Estes insetos são pequenos e
têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas
asas permanecem eretas e semiabertas.
A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e
depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da
Leishmaniose Visceral.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da Leishmaniose Visceral pode ser realizado por meio de técnicas imunológicas e
parasitológicas. É fundamental procurar o médico assim que surgirem os primeiros sintomas.
Uma vez diagnosticada, quanto mais cedo for iniciado o tratamento maiores são as chances de
evitar agravo e complicações da Leishmaniose Visceral, que se não for tratada adequadamente,
pode ser fatal.

DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO
Baseia-se na detecção de anticorpos anti Leishmania. Existem diversas provas que podem ser
utilizadas no diagnóstico da LV, e dentre elas podemos citar duas técnicas disponibilizadas pelo
Sistema Único de Saúde.
1 - Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) – consideram-se como positivas as amostras
reagentes a partir da diluição de 1:80. Nos títulos iguais a 1:40, com clínica sugestiva de LV,
recomenda-se a solicitação de nova amostra em 30 dias.
2 - Teste rápido imunocromatográfico – são considerados positivos quando a linha controle e a
linha teste C e/ou G aparecem na fita ou plataforma (conforme Nota Informativa Nº 3/2018-
CGLAB/DEVIT/SVS/MS.

DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO
É o diagnóstico de certeza feito pelo encontro de formas amastigotas do parasito, em material
biológico obtido preferencialmente da medula óssea – por ser um procedimento mais seguro.
Examinar o material aspirado de acordo com esta sequência: exame direto, isolamento em meio
de cultura (in vitro), isolamento em animais suscetíveis (in vivo), bem como novos métodos de
diagnóstico.
Outras amostras biológicas podem ser utilizadas tais como o linfonodo ou baço. Este último deve
ser realizado em ambiente hospitalar e em condições cirúrgicas.
É importante ressaltar que títulos (anticorpos) variáveis dos exames sorológicos podem persistir
positivos por longo período, mesmo após o tratamento. Assim, o resultado de um teste positivo,
na ausência de manifestações clínicas, não autoriza a instituição de terapêutica.

TRATAMENTO
Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento para os humanos. Ele é gratuito e
está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos
utilizados atualmente para tratar a LV não eliminam por completo o parasito nas pessoas e nos
cães. No entanto, no Brasil o homem não tem importância como reservatório, ao contrário do cão
- que é o principal reservatório do parasito em área urbana.
Formulário de Solicitação da Anfotericina B Lipossomal para Pacientes com Leishmaniose
Nos cães, o tratamento pode até resultar no desaparecimento dos sinais clínicos, porém eles
continuam como fontes de infecção para o vetor, e, portanto um risco para saúde da população
humana e canina. Neste caso, eutanásia é recomendada como uma das formas de controle da
Leishmaniose Visceral, mas deve ser realizada de forma integrada às demais ações
recomendadas pelo Ministério da Saúde.

PREVENÇÃO
A prevenção da Leishmaniose Visceral ocorre por meio do combate ao inseto transmissor. É
possível mantê-lo longe, especialmente com o apoio da população, no que diz respeito à higiene
ambiental. Essa limpeza deve ser feita por meio de:
 Limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos,
fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, locais onde os mosquitos
se desenvolvem).
 Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos.
 Limpeza dos abrigos de animais domésticos, além da manutenção de animais domésticos
distantes do domicílio, especialmente durante a noite, a fim de reduzir a atração dos
flebotomíneos para dentro do domicílio.
 Uso de inseticida (aplicado nas paredes de domicílios e abrigos de animais). No entanto, a
indicação é apenas para as áreas com elevado número de casos, como municípios de
transmissão intensa (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de 4,4), moderada
(média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de 2,4) ou em surto de leishmaniose
visceral.

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6 - Toxoplasmose
O que é toxoplasmose?
A toxoplasmose é uma doença causada por um parasita, o protozoário Toxoplasma gondii, bastante comum em
países tropicais e de clima quente. De modo geral, essa é uma doença de caráter infeccioso.
A toxoplasmose pode ser adquirida por meio de contato via oral com os parasitas, ou   congênita, quando o
bebê é contaminado por meio da placenta da mãe durante a gravidez.

Quais são os sintomas da toxoplasmose?


Os indivíduos com sistema imunológico fortalecido podem não apresentar sintomas da toxoplasmose. Para
essas pessoas, a toxoplasmose também pode parecer similar a uma leve gripe, apresentando febre, cansaço,
dores de cabeça e no corpo, além dos linfonodos levemente inflamados.
Já os pacientes com sistema imunológico debilitado apresentam sintomas de toxoplasmose, como:
 Dor de cabeça e garganta;
 Manchas avermelhadas espalhadas pelo corpo;
 Febre;
 Confusão mental;
 Perda da coordenação motora;
 Aumento do fígado e do baço;
 Aumento dos linfonodos;
 Convulsões;
 Problemas de audição e
 Problemas na retina.
Essa doença precisa ser tratada porque pode acabar por infectar outros órgãos do corpo humano.

Quais são os tipos de toxoplasmose?


De acordo com os sintomas que o paciente apresenta, a toxoplasmose pode ser dividida em diferentes tipos,
sendo eles: 
 Toxoplasmose adquirida: Quando uma pessoa é infectada com o parasita Toxoplasma gondii após o
nascimento. Essa infecção pode ser adquirida por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados com
fezes de gatos infectados com o parasita, ou pela ingestão de carne crua ou mal cozida de animais
infectados.
 Toxoplasmose congênita: Quando o feto é infectado durante a gravidez, quando a mãe é infectada pelo
parasita durante a gestação. Isso pode levar a graves problemas de saúde no recém-nascido, incluindo
malformações congênitas, cegueira, deficiências neurológicas e até mesmo morte.
 Toxoplasmose ocular: É uma complicação da toxoplasmose adquirida que pode afetar os olhos. A
toxoplasmose ocular é causada pela presença do parasita no olho e pode levar a inflamações e lesões que
podem afetar a visão.

Como é a transmissão da toxoplasmose?


A toxoplasmose não é contagiosa, assim, se um indivíduo a possui, ele não a passará diretamente para outra
pessoa.
De modo geral, pode-se contrair a toxoplasmose por via oral, por meio da:
 Ingestão de carne crua ou mal passada (especialmente de porco e de cordeiro) com cistos da doença;
 Ingestão de água contaminada com o parasita e
 Consumo de alimentos mal lavados ou mal cozidos que possuem os ovócitos do Toxoplasma gondii.
Por muitos anos, os gatos e felinos foram apontados como os culpados pela transmissão da doença, porque o
ciclo da toxoplasmose é capaz de se completar dentro de seus organismos.
No entanto, vale ressaltar que o perigo de contrair a toxoplasmose não é válido apenas para o contato com
gatos, mas sim para o contato com as fezes contaminadas de felinos que, porventura, estejam naquele
momento passando pela fase aguda da infecção pela toxoplasmose.
Manter o gato doméstico dentro de casa e não alimentá-lo com carne crua são formas de evitar a proliferação
da toxoplasmose, assim como manter uma boa higiene durante a gravidez.

Qual médico é responsável por realizar o diagnóstico e indicar o


tratamento da toxoplasmose? 
O tratamento da toxoplasmose pode ser realizado por médicos infectologistas, oftalmologistas, ginecologistas,
pediatras e clínicos gerais, dependendo do caso e dos sintomas apresentados pelo paciente. É importante
buscar atendimento médico especializado assim que surgirem os sintomas.

Como é feito o diagnóstico da toxoplasmose?


Uma vez que os sintomas apresentados, o paciente pode realizar o exame com o reagente IgG, que ajuda a
identificar a toxoplasmose por meio dos anticorpos presentes na corrente sanguínea.

Como é o tratamento da toxoplasmose?


O tratamento da toxoplasmose é feito por meio de medicamentos diversos, sendo eles:
 Antibióticos: o medicamento mais comum usado para tratar a toxoplasmose é a sulfadiazina, geralmente
combinada com a pirimetamina. A dose e duração do tratamento dependerá da gravidade da infecção.
 Anti-inflamatórios: se a toxoplasmose afetar a retina, pode ser necessário o uso de medicamentos anti-
inflamatórios para reduzir a inflamação.
 Corticosteroides: em casos mais graves, pode ser necessário o uso de corticosteroides para reduzir a
inflamação e aliviar os sintomas.
 Tratamento para pacientes com sistema imunológico enfraquecido: em pacientes com sistema
imunológico enfraquecido, como aqueles com HIV, pode ser necessário um tratamento mais agressivo com
medicamentos mais potentes e por um período mais longo.
 Tratamento para toxoplasmose ocular: se a toxoplasmose afetar os olhos, o tratamento pode incluir a
administração de corticosteróides e antibióticos diretamente no olho afetado. Em casos graves, a cirurgia
pode ser necessária.
É importante lembrar que o tratamento deve ser prescrito e acompanhado por um médico especialista em
doenças infecciosas ou em oftalmologia, dependendo da manifestação clínica da toxoplasmose.

OBS: PESQUISE IMAGENS DAS DOENÇAS.

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