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Introdução aos estudos linguisticos

Estruturalismo
Alisson Nunes e Livia Andrade
INTRODUÇÃO
O estruturalismo é uma abordagem teórica que se concentra na análise
dos elementos que compõem um sistema e nas relações entre eles. Essa
abordagem se originou na linguística, mas se expandiu para outras
áreas do conhecimento, como antropologia, psicologia e literatura.

O estruturalismo analisa a língua em si mesma, independentemente de


seu uso em situações comunicativas, e busca descobrir as estruturas
subjacentes que moldam a realidade observada. Ele teve grande
influência na teoria literária e na análise de textos.
INTRODUÇÃO

A princípio, não podemos falar de um único conceito para o


termo estruturalismo, mesmo sem levarmos em consideração as
ciências humanas, são orientadas sob uma teoria estruturalista.

Entretanto, essas escolas, de certo modo, expressam


concepções e metodologias que implicam o reconhecimento
de que a língua é uma estrutura (sistema).
Saussere e o estruturalismo
Saussure, enfatizou a ideia que a língua é um conjunto de
unidades que obedecem a certos princípios de
funcionamento constituindo um sentido.

À geração posterior coube analisar como o sistema tem


estrutura, a nova tendência de se analisar a língua.
Essa organização, dos elementos (estruturais) seguindo
regras internas, ou seja, estabelecidas dentro do próprio
sistema.
Saussere e o estruturalismo
Curiosamente, as ideias de Ferdinand Saussure, que se tornaram o ponto
de partida do pensamento que caracteriza a linguística moderna
tornaram-se públicas com a obra: Estudo de linguística geral, livro que na
verdade, é a reconstrução a partir de notas redigidas por alunos,

Apresenta a linguagem como um sistema articulado, uma estrutura em


que, tal como no jogo de xadrez, (analogia abundantemente utilizada
por Saussure) onde o valor de cada peça não é determinado por sua
materialidade, ele não existe em si mesmo, mas instituído no interior do
jogo.
Lingua e Fala
A dicotomia é uma divisão lógica de um conceito em dois pares opostos e
complementares. É um conceito usado para descrever dualidades como
língua e fala, sincronia e diacronia, paradigma e sintagma, forma e
substância, significado e significante, motivado e arbitrário.

Segundo Saussure, a linguagem é um objeto duplo que apresenta duas faces


correspondentes e indispensáveis: a língua, que é social, e a fala, que é
individual. Não se pode conceber uma sem a outra.
Lingua e Fala
Gramática inata e acordo tácito
Saussure defende que a gramática de uma língua é inata nos cérebros
dos falantes de uma comunidade linguística.
Esse sistema é mantido por meio de um acordo tácito entre os falantes.
Em outras palavras, a língua é um sistema compartilhado pelos falantes.

Fala como uso individual do sistema linguístico


A fala é o uso individual do sistema linguístico compartilhado pelos
falantes.
Ela envolve a combinação de unidades linguísticas para expressar
pensamentos.
Essa combinação é realizada por meio do mecanismo psicofísico do
falante.
Sincronia e Diacronia
No início do século XI, as semelhanças entre algumas línguas
levaram os pesquisadores a acreditar em seu parentesco. As
investigações se concentraram em agrupar essas línguas em
famílias usando o método histórico-comparativo.
Sincronia e Diacronia
O estudo da linguística pode ser feito de forma sincrônica, que
descreve o estado atual da língua em um determinado momento, ou
diacrônica, que compara dois momentos diferentes da evolução
histórica da língua. Um exemplo de estudo sincrônico é a análise da
variação entre ter e haver no português contemporâneo no Brasil,
enquanto um exemplo de estudo diacrônico é a observação da
mudança da forma pan-pane-pão do latim ao português.
O SIGNO LINGUÍSTICO
Saussure afirma que a língua é um sistema de signos, que
consiste em duas partes inseparáveis: um significante e um
significado. O significante é uma sequência de sons, chamados
de fonemas, enquanto o significado é a ideia ou conceito que o
signo representa. O signo é a unidade constituinte da língua e
é impossível conceber uma parte sem a outra.
A arbitrariedade do signo linguístico
Signo linguístico é arbitrário
Não há relação necessária entre a imagem acústica do
significante e o seu significado
Signo linguístico é cultural e convencional
Resulta do acordo implícito entre os membros de uma
comunidade
A arbitrariedade do signo linguístico
Cada língua apresenta um modo particular de expressar conceitos
Livro e book são equivalentes em relação ao conceito
Algumas unidades linguísticas apresentam-se como
contraexemplos da arbitrariedade
Onomatopeias são motivadas
Arbitrariedade é limitada por associações e motivações relativas
"Vinte" é motivado, mas "dezenove" não é no mesmo grau,
pois evoca os termos dos quais se compõe ("dez" e "nove").
RELAÇÕES SINTAGMÁTICAS E
RELAÇÕES PARADIGMÁTICAS

O signo linguístico é uma extensão linear de unidades linguísticas que


compõem uma frase. A distribuição dessas unidades não é aleatória, mas
segue padrões sintáticos que relacionam os termos antecedentes ou
subsequentes em um mesmo contexto sintático.
RELAÇÕES SINTAGMÁTICAS E
RELAÇÕES PARADIGMÁTICAS

As relações sintagmáticas ocorrem entre termos que estão presentes em um


mesmo contexto sintático, podendo envolver diferentes níveis de análise. A
noção de sintagma deve ser compreendida de maneira abrangente.

•No nível fonológico, as unidades se combinam para formar sílabas.


•No nível morfológico, os morfemas se unem para formar palavras, ou
sintagma vocabular, como caracterizam alguns autores.
•No nível sintático, as palavras se combinam para formar frases.
RELAÇÕES SINTAGMÁTICAS E
RELAÇÕES PARADIGMÁTICAS

As relações paradigmáticas são associações entre termos ausentes em


um contexto sintático, mas que são importantes para caracterizá-lo de
forma positiva. Essas relações são conhecidas como "relações in
absentia"
ESTRUTURALISMO NORTE-
AMERICANO
Corrente norte-americana
Representado por Leonardo Bloomfield
Desenvolvido e sistematizado como distribucionalismo ou linguística
distribucional
Dominante nos Estados Unidos até 1950

O método de análise da linguística distribucional, desenvolvido por Bloomfield,


observa um corpus para descrever os elementos constituintes da língua e suas
combinações possíveis. A teoria distribucionalista enfatiza a importância da
distribuição dos elementos linguísticos em contextos específicos, afirmando que o
significado de uma palavra é determinado pelos padrões de distribuição em que ela
ocorre.
ESTRUTURALISMO NORTE-
AMERICANO
Método de análise da linguística estrutural norte-americana
Conhecido como análise de corpus
Objetivo de descrever elementos constituintes de um estado sincrônico
de língua
Observação de um corpus para descrever a associação linear entre seus
elementos.
Referência Bibliográfica
Manual de Linguística - Mario Eduardo Martelotta/2008
Pág. 113
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5611466/mod_res
ource/content/1/texto_estruturalismo_ilari.pdf
https://books.scielo.org/id/vncgt/pdf/carvalho-
9786587108629-03.pdf
Thank You for
listening!

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