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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE

CIÊNCIAS DA SAÚDE E DA VIDA


CURSO DE PSICOLOGIA

Análise Experimental do Comportamento

Louise de Assumpção Krüger

RELATÓRIO DO TRABALHO DE LABORATÓRIO


EM ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO

Porto Alegre
2023

a1
RO
SUMÁRIO

1. Introdução………………………………………………………………………………………..3
2. Métodos…………………………………………………………………………………….. ……4
2.1 Sujeitos…………………………………………………………………………………...4
2.2 Material………………………………………………………………………………...…4
2.3 Procedimento……………………………………………………………………………..4
3. Resultados………………………………………………………………………………………...6
3.1 Linha de base……………………………………………………………………………..6
3.1.1 Folha de registro………………………………………………………………………..6
3.1.2 Tabela de frequência de pressão à barra………………………………………………..6
3.1.3 Gráficos…………………………………………………………………………………7
3.2 Resposta operante……………………………………………………………………………….8
3.2 Linha de base……………………………………………………………………………..8
3.2.1 Folha de registro………………………………………………………………………..8
3.2.2 Tabela de frequência de pressão à barra………………………………………………..8
3.2.3 Gráficos…………………………………………………………………………………9
3.2 Extinção…………………………………………………………………………………...……10
3.2 Linha de base……………………………………………………………………………10
3.2.1 Folha de registro………………………………………………………………………10
3.2.2 Tabela de frequência de pressão à barra……………………………………………....10
3.2.3 Gráficos………………………………………………………………………………..11
3.2 Reaprendizagem……………………………………………………………………………….12
3.2 Linha de base…………………………………………………………………………....12
3.2.1 Folha de registro………………………………………………………………………12
3.2.2 Tabela de frequência de pressão à barra………………………………………………12
3.2.3 Gráficos……………………………………………………………………………….13
4. Considerações finais…………………………………………………………………………….14
5. Referências………………………………………………………………………………………15

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1.Introdução

Com os estudos teóricos e práticos realizados na disciplina de Análise Experimental do


Comportamento, observamos como as consequências afetam os comportamentos e, dependendo de
suas naturezas, aumentam ou diminuem a probabilidade de ocorrência dos mesmos nas situações
experimentadas com o rato Sniffy, que é um método de pesquisa comportamental criado por
Skinner. Através dos experimentos realizados com o software, pudemos observar a aplicação das
teorias estudadas ao longo da disciplina, tanto em pesquisas quanto em nosso cotidiano, uma vez
que os comportamentos são selecionados por suas consequências e, assim, são moldados até que
novos comportamentos sejam formados.

Esses estudos e experimentos com o rato Sniffy deu a oportunidade de aplicar os princípios
do behaviorismo na prática. Essa abordagem combinada entre teoria e experimentação foi
fundamental para o aprimoramento de habilidades práticas, como método de observação, coleta de
dados, registro e análise de resultados experimentais. Além disso, aprendemos a planejar e executar
experimentos, identificando a influência das condições ambientais na determinação do
comportamento dos organismos vivos.

Como parte do experimento, uma das questões que serão levantadas com maior ênfase, é
como se deu o processo de reaprendizagem no Sniffy e o motivo de ter ocorrido de tal forma. Será
abordado nas considerações finais.

Podemos observar como se constitui a aprendizagem de um comportamento operante e


como foi realizado cada etapa com o nosso sujeito no laboratório:

a) Modelagem: é o construto comportamental aproximativo de um comportamento alvo ou final.


Se constitui através da observação comportamental basal do objeto em um espaço tempo
determinado e controlado. Após obtenção dos resultados, realiza-se análise dos dados obtidos e
inicia-se a construção comportamental de maneira aproximativa e fásica, até a realização eficiente
do comportamento alvo, através do reforço positivo, que se utiliza de S (estímulo) para condicionar
R (resposta/comportamento). O reforço além de condicionar tal R, ele também aumenta a
probabilidade de ocorrência em situações semelhantes. Cada comportamento atingido de sua
respectiva fase, é recompensado com algo de interesse do objeto, seja um interesse induzido
previamente ou momentâneo. Como por exemplo: comida, água, carinho, brincadeiras, presentes,
dinheiro e etc.
Dito isso, reforço positivo se caracteriza como marcador e eliciador de comportamento, ou
seja, a recompensa tem um papel de condicionar e eliciar R.
O trabalho de modelagem no laboratório foi realizado exatamente como descrito. Fazendo o
pareamento do som da barra com a comida. Logo após, foi iniciada a modelagem de pressionar a
barra. Cada vez que ele ficava em pé, era recompensado com a comida até que se levantasse
somente próximo a barra. Em seguida, cada vez q ele se levantava em direção a barra, era
recompensado, consequentemente começou a pressionar a barra.

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b) Reforçamento contínuo: O reforçamento contínuo acontece a cada R desejada, ou seja, cada
vez que R foi realizada, se dará o reforço respectivo de interesse do objeto. Exemplo: cada vez que
eu pressionar a campainha receberei uma bala. Consequentemente irei pressionar a campainha de
maneira que se torne consecutiva ou o mais frequente possível, sendo que cada vez que eu a tocar,
ganharei uma bala, então a cada R, um S lhe será dado.
Assim foi feito para condicionar o comportamento de pressionar a barra com o Sniffy. Sempre que
ele pressionasse a barra, ganhava comida.

c) Extinção: é definido pelo procedimento de eliminar efetivamente um comportamento operante,


através do não reforço. Cada vez que o comportamento for realizado, deve-se não recompensar.
Naturalmente a curva de aprendizado cai, então o comportamento respondente é extinguido.
Na realização do processo de extinção com o Sniffy, apenas deixamos de reforçar o comportamento
de pressão a barra, ou seja, cada vez que ele a pressionava, não ganhava comida.

d) Reaprendizagem: reaparecimento de um comportamento extinto anteriormente, devido ao


aumento na força de um reflexo, mesmo após extinção. Após algum tempo sem realizar o
comportamento, ele reaparece como um reflexo devido algum estímulo do ambiente.
Processo de reaprendizagem não aconteceu com o Sniffy.

e) Punição: é a consequência de um comportamento, no qual reduz a probabilidade de ocorrência


de tal, ou seja, é um estímulo punitivo que diminui a frequência de um comportamento. Exemplo:
sempre que alguém pegar um chocolate para comer será agredido fisicamente. Isso vai diminuir a
ocorrência do comportamento de pegar chocolate.
Atividade de punição com o Sniffy não foi realizada pelo motivo de que impossibilita a viabilidade
de novos comportamentos.

Skinner queria comprovar sua teoria e desenvolveu um aparato, chamado de caixa de Skinner, onde
o qual possibilita o condicionamento de uma resposta operante, que é a resposta de pressão a barra.

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2. Métodos

2.1 Sujeito

Para realizar o experimento, foi utilizado um rato Wistar, de porte grande, chamado Sniffy. É
um rato virtual, criado por um programa que faz uma simulação virtual dos comportamentos de um
rato dentro da caixa de Skinner. De maneira experimental, o Sniffy não havia participado de outros
testes anteriormente.

2.2 Material

Programa virtual chamado Sniffy pro – o rato virtual, que recria a caixa de Skinner,
possuindo uma barra para o rato pressionar, uma tigela para cair a comida e um pequeno acesso
onde o rato pode beber água, lápis e as tabelas disponibilizadas via moodle para anotar as
informações e um cronometro.

2.3 Procedimento

No dia 03 de Abril de 2023, fui ao laboratório com a professora Valéria Thiers, para
observar, analisar e anotar o comportamento do Sniffy. As anotações eram referente ao
comportamento do rato:

Sigla Comportamento
B Beber
C Coçar
Ch Cheirar
L Lamber
Le Levantar
/ Pressão a barra
RPB Resposta de pressão a barra

Foi iniciado pela observação de ocorrência do comportamento linha de base. A observação se deu
pelo acompanhamento das ações durante 15 minutos. Durante esse tempo, todas as suas ações
foram anotadas de minuto em minuto, utilizando um cronometro.

No dia 17 de Abril fui ao laboratório juntamente com a professora, onde realizei os seguintes
processos: modelagem, treino a barra e reforço contínuo. Após o processo de condicionamento ser
concluído, fiz a observação da resposta operante durante 15 minutos utilizando um cronometro,
anotando de minuto em minuto todos os comportamentos.

No dia 15 de Junho fui pela última vez no laboratório com a professora e realizei dois
processos: extinção e reaprendizagem. No processo de extinção foi desativada a liberação de

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comida ao pressionar a barra. E se deu de maneira direta com a observação da resposta operante
imediatamente ao desativar o reforço. Durante 15 minutos o comportamento foi observado e
anotado de minuto em minuto, utilizando um cronometro.
No processo de reaprendizagem, o reforço de pressão à barra foi reativado e se iniciou de
maneira imediata a observação e anotação do comportamento do Sniffy, de minuto em minuto
durante 15 minutos com um cronometro.

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3. Resultados

3.1 Linha de base


3.1.1 FOLHA DE REGISTROS

3.1.2 TABELA DE FREQUÊNCIA DE PRESSÃO À BARRA

7
3.1.3. GRÁFICOS

Frequência acumulada de resposta de


pressão à barra - linha de base
20
18
Subtítulo
16
14
Frequência de RPB

12
10 Frequência de RPB

8
6
4
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Tempo (minutos)

8
3.2 Estabelecimento de resposta operante

3.2.1 FOLHA DE REGISTROS

3.2.2 TABELA DE FREQUÊNCIA DE PRESSÃO À BARRA

9
3.2.3 GRÁFICO

Frequência de resposta de pressão à barra


20
- resposta operante
18
Frequência de RPB
16
14
Frequência de RPB

12
10
8
6
4
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Tempo (minutos)

Frequência acumulada de resposta de pressão à


barra - comparativo entre linha de base e resposta
operante
Comparativo entre linha de base e resposta operante
120
Frequência acumulada de RPB

100
LDB
80 RO
60

40

20

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Tempo (min)

10
3.3 Extinção

3.3.1 FOLHA DE REGISTROS

3.3.2 TABELA DE FREQUÊNCIA DE PRESSÃO À BARRA

11
3.3.3 GRÁFICOS

Frequência de resposta de pressão à barra -


extinção
20
18
16
14
Frequência de RPB

12
Frequência de RPB
10
8
6
4
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Tempo (minutos)

Frequência de resposta de pressão à barra em


função do tempo - comparativo entre linha de
base, resposta operante e extinção
20

16
Frequência de RPB

12 CRF
RO
EXT
8 LDB
4

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Tempo (min)

12
3.4 Reaprendizagem

3.4.1 FOLHA DE REGISTROS

3.4.2 TABELA DE FREQUÊNCIA DE PRESSÃO À BARRA

13
3.4.3 GRÁFICOS

Frequência de resposta de pressão à


barra - reaprendizagem
20
18
16
14
Frequência de RPB

12
Frequência de RPB
10
8
6
4
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Tempo (minutos)

Comparativo de pressão a barra - linha de base, resposta ope-


20 rante, extinção e reaprendizagem
18
16
14
12 LDB
RO
10
EXT
8 REAP
6
4
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

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4. Consideração final

Durante a disciplina de AEC, tivemos a oportunidade de realizar estudos teóricos e práticos


que nos permitiram compreender como as consequências afetam os comportamentos. Observamos
que dependendo da natureza dessas consequências, a probabilidade dos comportamentos ocorrerem
ou não, é influenciada. Os experimentos realizados com o Sniffy foram especialmente úteis para
observar a aplicação prática das teorias estudadas, tanto em pesquisas quanto em situações do nosso
cotidiano. Foi evidenciado que os comportamentos são moldados e selecionados com base em suas
consequências, e novos comportamentos podem ser formados nesse processo. Sendo assim, falarei
brevemente sobre as etapas aqui demonstradas e explicando o motivo da reaprendizagem não ter
ocorrido no Sniffy:

Na etapa de estabelecimento da Linha de Base, foi observado os comportamentos


apresentados pelo rato sem interferência ambiental. Após observação e análise, fui para a etapa de
modelagem e treino à barra, na qual o objeto foi condicionado a pressionar a barra, buscando
estabelecer uma resposta operante e determinar se o reforço ocasionaria no condicionamento da
resposta operante. Nessa fase, o Sniffy já associava que seria recompensado com comida ao
pressionar a barra, demonstrando a resposta operante. No processo de reforçamento contínuo, o rato
pressionou a barra 104 vezes, demonstrando que houve um condicionamento satisfatório na etapa
de modelagem e treino à barra. No gráfico de comparação entre a linha de base e a resposta
operante, é observável que a barra foi pressionada 100 vezes mais no último processo.

No processo de extinção, foi decido que a comida não seria mais fornecida quando a barra
fosse pressionada, pois não haveria mais reforço contínuo ao comportamento do objeto. Ao longo
do tempo de observação, foi notado uma redução exponencial no comportamento condicionado. O
Sniffy pressionou a barra 48 vezes nos primeiros 3 minutos e apenas 4 vezes nos últimos 5 minutos.

Na reaprendizagem, é possível observar que o Sniffy não teve a retomada do comportamento


condicionado, ou seja, não teve um processo de recondicionamento sem interferência ambiental. Na
tabela de linha de base, é possível ver que o rato já não tinha muita relação com a barra ou
pressionar ela, seu maior interesse era lamber e cheirar. Embora o processo de modelagem, treino a
barra e reforço contínuo tenha sido satisfatório, pode-se notar que ele teve um processo de extinção
completa do comportamento, deixando duas possíveis respostas para o ocorrido: falta de motivação
para pressionar a barra ou uma dificuldade de estabelecer associações entre estímulos. Para saber
qual o motivo exato do não processo de reaprendizagem, seria necessário mais algumas
experiências.

Em resumo, posso afirmar que essa experiência prática de observação em Psicologia atendeu
às expectativas, tanto em relação ao proposto pelo currículo e de maneira pessoal. Foi bom poder
aplicar de forma prática as teorias estudadas em sala de aula, pois proporcionou uma compreensão
mais profunda sobre os comportamentos dos seres.

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5. Referências

RELATÓRIO DE ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO, Trabalhos de


Psicologia. Disponível em: https://www.docsity.com/pt/relatorio-de-analise-experimental-do-
comportamento/5045176/

Material disponibilizado no moodle

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