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LISTA 1 Funções reais

Cálculo I - 2023.1 Noção intuitiva de limite


Cálculo de alguns limites

Exercício 1

Determine o domínio das funções abaixo:

1
r
−2x2 + x − 1
1. f (x) = ;
4 − x2 3. f (t) = 3 t 2 ;
t − 2t

4
3x2 + 4x − 1 s √
2. f (x) = ; 4. g(s) = √
3
+ 16 − s4 .
5 − 2x s−1

Exercício 2

Para cada uma das figuras abaixo, determine se a curva dada é o gráfico de uma função de x. Se for o caso,
obtenha o domínio e a imagem da função.

Exercício 3

A equação x − y 4 = 0 define uma curva no plano.


1. Esboce a curva e determine x como função de y;
2. A curva é gráfico de uma função de x?

3. Quais as funções de x que podem ser usadas para descrever toda a curva? Identifique-as na curva.

Exercício 4

Sabemos a imagem de alguns pontos das funções f e g conforme a tabela abaixo:


x -2 -1 1 2 3 5
f (x) 2 1 0 2 -1 -1
g(x) 2 5 3 -2 0 1

Calcule, se possível, (f ◦ g)(2), (f ◦ g)(3), (g ◦ f )(5), (f ◦ f )(−2), (g ◦ g)(5).


Exercício 5

Sejam f (x) = 5x − 2 e g(x) = x2 + f (x). Calcule (f ◦ g)(2).

Exercício 6

Considere uma função f : [0, +∞) → R tal que f (x) > 5 se, e somente se, x > 3.
1. Determine o domínio da função definida por g(x) = f (x2 − 1).
p
2. Determine o domínio da função definida por h(x) = 5 − g(x).

Exercício 7

Em cada um dos gráficos a seguir, discuta a existência dos limites laterais e do limite propriamente dito nos
pontos a indicados.
y y y

3 g 3 3

f 2 2 h 2

1 1 1

−2 −1 1 2 x −2 −1 1 2 x −2 −1 1 2 x
−1 −1 −1

−2 −2 −2

Figura 1: : a = 0 Figura 2: : a = −1 Figura 3: : a = 0

Exercício 8
y
Considerando o gráfico de h representado à direita, determine caso 300
exista o h
lim h(x2 + 3). 200
x→0
100

−2 2 4 6 8 x

−100

Exercício 9

Em cada um dos exercícios abaixo calcule o limite (se existir) das funções no ponto a indicado. Se o limite não
existir, explique por quê.

3x−5
1. a = 1, f (x) = 2x+1 , x ∈ R \ {−1/2} 2. a = π f (x) = ln(x) · sen(x), x ∈ (0, ∞)

3. a = π/4, f (x) = cos(x) − sen(x), x ∈ R 4. a = 1+ , f (x) = ln(x)


ex , x > 1
( (
2x + 1 se x > 2 2x + 3 se x > 2
5. a = 2, f (x) = 6. a = 2, f (x) =
3x − 1 se x < 2 3x − 1 se x < 2

2
Exercício 10

Considere: ( (
ex + 2 se x > 1 x2 + 1 se x < 0
f (x) = e g(x) =
3x + 1 se x < 1 x3 se x > 0
Estude lim f ◦ g(x).
x→0

Exercício 11

Em cada um dos itens abaixo calcule os limites laterais (se existirem) e discuta a existência do limite no ponto
a indicado:

(x2 − 4)2 ln(x2 )


1. a = 2, f (x) = 3. a = 1, f (x) =
(x − 2)2 (x + 3) 2x − 4
ex − 1 |x − 1|
2. a = 0, f (x) = 4. a = 1, f (x) =
ex + 1 x2 − 1

Exercício 12

Em cada um dos itens abaixo, determine:


√ √
2x2 − 3x − 5 1+x− 1−x
1. lim 4. lim
x→−1 x+1 x→0 x
√ √
4x + 1 − 3 3
x+1
2. lim 5. lim
x→2 x−2 x→−1 x + 1
√ √
x3 + 5x2 + 7x + 3 3
x− 3a
3. lim 6. lim , a ̸= 0.
x→−3 2x3 + 9x2 + 10x + 3 x→a x−a

Exercício 13

f (x)
Seja f : R → R uma função tal que lim = 1. Determine:
x→0 x
f (3x) f (x − 1)
1. lim 2. lim
x→0 x x→1 x−1

Exercício 14

Determine:
  π  
2 1 √ sen 2
 1
1. lim x sen 3. lim+ xe x 5. lim 2x + x − 1 cos
x→0 x x→0
x→−1 x+1
   
1 1
2. lim x27 cos 4. lim (cos(x) − 1) sen
x→0 49x x→0 x

Solução do Exercício 1

−2x2 + x − 1
1. Devemos ter ≥ 0, portanto vamos fazer o produto dos sinais entre o numerador e o deno-
4 − x2
minador:

3
(−∞, −2) −2 (−2, 2) 2 (2, +∞)
−2x2 + x − 1 − − − − −
4 − x2 − 0 + 0 −
−2x2 + x − 1
+ ∄ − ∄ +
4 − x2

Logo, D(f ) = (−∞, −2) ∪ (2, +∞).


2. Devemos ter 5 − 2x ̸= 0, ou seja x ̸= 5/2 e além disso, 3x2 + 4x − 1 ≥ 0, pois a raiz é par. Observando
que as raízes de 3x2 + 4x − 1 = 0 são
√ √
−2 + 7 −2 − 7
x1 = e x2 =
3 3
e que a parábola associada a y = 3x2 + 4x − 1 possui concavidade voltada para cima, temos que
√ √
2 −2 − 7 −2 + 7
3x + 4x − 1 ≥ 0 ⇐⇒ x ≤ ou x ≥ .
3 3
Assim,
√ # " √ !
−2 − 7 −2 + 7
D(f ) = −∞, ∪ , 5/2 ∪ (5/2, +∞).
3 3

3. Devemos ter t ̸= 0 e t3 − 2t2 ̸= 0. Mas, t3 − 2t2 = t2 (t − 2) = 0 ⇔ t2 = 0 ou t − 2 = 0 ⇔ t = 0 ou t = 2.


Portanto, t ̸= 0 e t ̸= 2. Assim, D(f ) = R\{0, 2}.
4. A raiz do denominador é ímpar, portanto está bem definida para qualquer número real. Mas, como está
no denominador, não pode se anular, logo s − 1 ̸= 0, ou seja s ̸= 1. A segunda raiz é par, logo devemos
ter 16 − s4 ≥ 0. Vamos fatorar essa última expressão e estudar seu sinal: 16 − s4 = (4 − s2 )(4 + s2 ), onde
(4 + s2 ) > 0, ∀s ∈ R, logo o sinal depende do sinal de 4 − s2 . Como 4 − s2 ≥ 0 ⇔ s ∈ [−2, 2], segue que
16 − s4 ≥ 0 ⇔ s ∈ [−2, 2]. Consequentemente, D(f ) = [−2, 1) ∪ (1, 2].

Solução do Exercício 2

Fig 1 (da esquerda para a direita): Sim, a curva é gráfico de uma função que depende de x. O domínio da
função é o conjunto [−3, 2 ] e sua imagem é o conjunto [−2, 2].

Fig 2: Não, a curva não é gráfico de uma função que depende de x, pois a reta vertical x = 0 intersecta a
curva em dois pontos. Na verdade, qualquer reta vertical x = k, onde −3 < k < 3 também intersecta a curva
em dois pontos.

Fig 3 : Não, a curva não é gráfico de uma função que depende de x, pois a reta x = −1 intersecta a curva em
mais de um ponto (na verdade, em infinitos pontos).

Fig 4: Sim, a curva é gráfico de uma função que depende de x. O domínio da função é o conjunto [−3, 2 ] e
sua imagem é o conjunto {−2} ∪ (0, 3].

4
Solução do Exercício 3

1. Da equação, temos x = y 4 e o esboço da curva


está abaixo no item (c), a curva é formada pelos
dois arcos em preto e azul.
temos que os√valores possíveis para y são
2. Não, √
y = 4 x ou y = − 4 x, ou seja, a cada valor de
x ≥ 0, há dois valores de y associados.
3. A parte superior da curva (veja a figura)√pode ser
descrita como o gráfico da função y = 4 x, para

x ≥ 0 (cor azul). A parte inferior, y = − 4 x,
para x ≥ 0 (cor preta). Essas duas funções des-
crevem toda a curva.

Solução do Exercício 4

(f ◦ g)(2) = 2, não dá para determinar (f ◦ g)(3) com as informações dadas, (g ◦ f )(5) = 5, (f ◦ f )(−2) = 2,
(g ◦ g)(5) = 3.

Solução do Exercício 5

f (g(2)) = f (4 + f (2)) = f (4 + 8) = f (12) = 58

Solução do Exercício 6

1. Como D(f ) = [0, +∞), x deve ser, tal que x2 − 1 ≥ 0, portanto devemos ter x ∈ (−∞, −1] ∪ [1, +∞).
Logo, D(g) = (−∞, −1] ∪ [1, +∞).
2. Devemos ter x ∈ D(g) e 5 − g(x) ≥ 0. Mas, 5 − g(x) ≥ 0 ⇔ 5 − f (x2 − 1) ≥ 0 ⇔ f (x2 − 1) ≤ 5 ⇔ x2 − 1 ≤
3 ⇔ x2 − 4 ≤ 0 ⇔ −2 ≤ x ≤ 2. Assim, pelo item anterior, x ∈ D(g)∩[−2, 2] = [−2, −1] ∪ [1, 2].

Solução do Exercício 7

Na Figura 1 temos que o limite à esquerda vale 1, o limite à direita vale −2. Não existe o limite em a = 0 pois
os limites laterais são diferentes. Na Figura 2 temos que o limite à esquerda vale 2, o limite à direita vale 2.
Portanto, limx→a f (x) = 2. Na Figura 3 temos que o limite à esquerda não eiste pois a função não se aproxima
de nenhum valor finito, o limite à direita vale 3. Não existe o limite em x = a.

Solução do Exercício 8

Temos que limx→0− h(x2 + 3) = limy→3+ h(y) = 0 e limx→0+ h(x2 + 3) = limy→3+ h(y) = 0.
Como os limites laterais são iguais, então limx→0 h(x2 + 3) = 0.

Solução do Exercício 9

1. −2/3; 3. 0; 5. lim+ f (x) = 5, e lim f (x) = 5 =⇒ lim f (x) = 5


x→2 x→2− x→2

2. 0; 4. 0; 6. lim f (x) = 7 e lim f (x) = 5 =⇒ ∄ lim f (x)


x→2+ x→2− x→2

5
Solução do Exercício 10

Se x → 0− , g(x) → 1+ , porque para valores de x menores que 0, g(x) = x2 + 1 e x2 + 1 > 1. Se x → 1+ ,


f (x) → e + 2. Portanto, limx→0− f ◦ g(x) = e + 2. Se x → 0+ , g(x) → 0+ e limx→0+ f (x) = 1. Portanto
limx→0+ f ◦ g(x) = 1. Conclusão: Não existe o limite da composta, porque os limites laterais são diferentes.

Solução do Exercício 11

1. 16/5; 2. 0; 3. 0;

|x − 1| 1 |x − 1| 1
4. O limite não existe pois os limites laterais são distintos, lim+ = e lim− 2 =−
x→1 x2 − 1 2 x→1 x − 1 2

Solução do Exercício 12

2x2 − 3x − 5 (x + 1)(2x − 5)
1. lim = lim = lim (2x − 5) = −7
x→−1 x+1 x→−1 x+1 x→−1

√ √ √
4x + 1 − 3 ( 4x + 1 − 3) ( 4x + 1 + 3)
2. lim = lim · √
x→2 x−2 x→2 (x − 2) ( 4x + 1 + 3)
4(x − 2) 4 2
= lim √ = lim √ =
x→2 (x − 2)( 4x + 1 + 3) x→2 ( 4x + 1 + 3) 3

x3 + 5x2 + 7x + 3 (x + 1)2 (x + 3) (x + 1)2 2


3. lim 3 2
= lim = lim =
x→−3 2x + 9x + 10x + 3 x→−3 (x + 1)(x + 3)(2x + 1) x→−3 (x + 1)(2x + 1) 5

√ √ √ √ √ √
1+x− 1−x 1+x− 1−x 1+x+ 1−x
4. lim = lim ·√ √
x→0 x x→0 x 1+x+ 1−x
1 + x − (1 − x)
= lim √ √
x→0 x( 1 + x + 1 − x)
2x
= lim √ √
x→0 x( 1 + x + 1 − x)
2 2
= lim √ √ = =1
x→0 ( 1 + x + 1 − x) 2

√ √ √
3 √
3
x+1 3
x+1 x2 − 3 x + 1
5. lim = lim · √3 √
x→−1 x+1 x→−1 x+1 x2 − 3 x + 1
x+1 1 1
= lim √3 √ = lim √
3 √ =
x→−1 2 2
(x + 1)( x − x + 1) x→−1 ( x − x + 1)
3 3 3

√ √ √ √ √
3 √ √3
3
x− 3a 3
x− 3a x2 + 3 ax + a2
6. lim = lim · √ √ √
x→a x−a x→a x−a 3
x2 + 3 ax + a2
3


x−a 1 1 3
a
= lim √
3 √ √3
= lim 3√ √ √
3

= 3 =
x→a (x − a)( x2 + 3 ax + 2
a ) x→a 2 2
( x + ax + a )
3
3 a2 3a

6
Solução do Exercício 13

f (3x) f (3x) · 3 f (x − 1) f (t)


1. lim = lim . 2. lim  lim
= = 1.
x→0 x x→0 x·3 x→1 x − 1  t→0 t
f (3x) f (t)

= 3 · lim = 3 · lim =
3
y
x→0 3x t→0 t

Tomando t = x − 1 temos que
 
 
y 
y t → 0 quando x → 1
tomando t = 3x temos que f (t)
t → 0 quando x → 0 Lembrando que limt→0 t =1

Solução do Exercício 14

Em todos os items aplicaremos o teorema do anulamento. Para isso, lembramos que precissamos comprovar
que a função, cujo limite queremos calcular, se pode escrever como produto de uma função limitada por uma
função com limite zero.
   
1 1
1. lim x2 · sen = 0 2. lim x 27
· cos 0
=
x  49x 
x→0
 x→0
 
y y
   
1 1
−1 ≤ sen ≤ 1 (limitada) −1 ≤ cos ≤ 1 (limitada)
x 49x
lim x2 = 0 lim x27 = 0
x→0 x→0

π  
√ sen 1
3. lim+ x·e x = 4. lim (cos(x) − 1) sen =
0
 0. x→0 x 
x→0  
 y
y
√ 1
lim x=0 −1 ≤ sen ≤ 1 (limitada)
x→0+ x
π  limx→0 (cos(x) − 1) = 0
−1 ≤ sen ≤ 1 π
x =⇒ e−1 ≤ esin ( x ) ≤ e (limitada)
x
e crescente 

 
1
5. lim (2x2 + x − 1) · cos 0
=
x→−1 x+1


y
 
1
−1 ≤ cos ≤ 1 (limitada)
x+1
lim 2x2 + x − 1 = 0
x→−1

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