Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Edo
Edo
1
2 CONTENTS
Chapter 1
0
y = ex2
ii) Resolva o PVI x
y(0) = 32
(
ex+y y 0 = −1
iii) Resolva o PVI:
y(0) = ln 2
(
y 0 = y(y − 1)
iv) Resolva o PVI:
y(0) = 14
Soluções:
i)
dy
= 3x2 y
dx
dy
= 3x2 dx
y
ˆ ˆ
dy
= 3 x2 dx
y
ln y = x3 + C
3 +C 3
y = ex = ex · eC
3
y = Kex
Como y(0) = 2, temos:
3
y(0) = Ke0 = 2
K = 2
3
4 CHAPTER 1. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS SEPARÁVEIS
1 x2
y = e +C
2
3
Como y(0) = , temos
2
1 2 3
y(0) = e0 + C =
2 2
1 3
+C =
2 2
3 1
C = −
2 2
C = 1
Assim, a solução do PVI é:
2
ex
y(x) = +1
2
iii)
dy
ex · ey · = −1
dx
ey dy = −e−x dx
ˆ ˆ
y
e = − e−xdx
ey = e−x + C
y = ln (e−x + C)
Como y(0) = ln 2, temos:
y(0) = ln (e0 + C) = ln 2
ln (1 + C) = ln 2
1+C = 2
C = 1
Assim, a solução do PVI é:
y(x) = ln (e−x + 1)
5
iv)
dy
= y(y − 1)
dx
1
= dx
y(y − 1)
1 1
− = dx
y−1 y
ˆ ˆ
1 1
− dy = dx
y−1 y
ln (y − 1) − ln y = x + C
y−1
ln = x+C
y
y−1
= ex+C = ex · eC
y
y−1
= Kex
y
y − 1 = Kyex
y − Kyex = 1
y(1 − Kex ) = 1
1
y =
1 − Kex
1
Como y(0) = , temos:
4
1 1
y(0) = 0
=
1 − Ke 4
1 1
=
1−K 4
4 = 1−K
K = −3
Assim, a solução do PVI é:
1
y(x) =
1 + 3ex
6 CHAPTER 1. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS SEPARÁVEIS
Nesta nota vamos encontrar a solução geral de uma equação diferencial separável e depois
analisar o comportamento desta solução para diferentes condições iniciais.
Exercı́cio
1
y0 = t(1 − y 2 )
2
dy 1
= − t(y 2 − 1)
dt 2
2
dy = −t dt
y2 − 1
ˆ ˆ
2
dy = − t dt
y2 − 1
A integral no segundo membro da equação é trivial, enquanto que a integral no primeiro membro
se resolve, evidentemente, pelo método das frações parciais, assunto que foi exaustivamente tratado
no Instagram do professor Marcos Paizante - @paizantemarcos - portanto vamos omitir os detalhes
dessa decomposição, note que
2 1 1
= −
y2 − 1 y−1 y+1
então temos:
ˆ ˆ
t2
2 1 1
2
dy = − dx = − + c
y −1 y−1 y+1 2
t2
ln |y − 1| − ln |y + 1| = − +c
2
a
usando a propriedade ln a − ln b = ln , temos:
b
2
y − 1
ln = −t + c
y + 1 2
y − 1 2
= e− t2 +c
y + 1
y − 1 2
= e− t2 · ec C
y + 1
e, finalmente, temos:
t2
1 + Ce− 2
y(t) = t2
1 − Ce− 2
y(t) = 1
t2
1 + 31 e− 2
y(t) = t2
1 − 31 e− 2
Nesta nota vamos discutir um problema que o eminente aluno Marcos Oliveira me apre-
sentou, o qual, ao resolvermos, encontramos como solução a seguinte função:
π
y(x) = tg − arctg(x)
4
1−x
y(x) =
1+x
Exercı́cio
Resolva o PVI (
(1 + x2 )y 0 + y 2 + 1 = 0
y(0) = 1
Solução:
Note que esta equação diferencial é separável. Então, separando as variáveis, temos:
(1 + x2 )y 0 + y 2 + 1 = 0
dy
(1 + x2 ) = −(1 + y 2 )
dx
dy dx
2
= −
1+y 1 + x2
ˆ ˆ
dy dx
2
= −
1+y 1 + x2
arctg y = − arctg x + C
9
Ah! Mas lembre-se que tg π4 = 1 e que tg(arctg x) = x. Então, devido (∗) temos:
π 1−x 1−x
tg − arctg x = =
4 1+ 1·x 1+x
1−x
Portanto y(x) = também é solução do PVI, ou seja, ambas soluções estão
1+x
corretas.
10 CHAPTER 1. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS SEPARÁVEIS
Chapter 2
−2
= e−2 ln |x| = eln x
µ(x) = x−2
x−2 y = 2x + C
y = 2x3 + Cx2
E, devido a condição inicial, temos:
portanto
y(x) = 2x3 + 5x2 .
11
12 CHAPTER 2. EQUAÇÕES LINEARES DE 1A ORDEM
Solução: Primeiramente vamos reescrever a equação diferencial em numa forma mais amigável
ex
y 0 − y tg x =
cos x
Agora devemos calcular o fator integrante
´ ´
µ(x) = e (− tg x) dx
= e− tg x dx
= eln |cos x|
µ(x) = cos x
Multiplicando o fator integrante em ambos os membros da equação diferencial, temos:
ex
(cos x) · y 0 − cos x · y tg x = cos x ·
cos x
(cos x) · y 0 − sen x · y = ex
(cos x · y)0 = ex
ˆ ˆ
0
(cos x · y) dx = ex dx
cos x · y = ex + C
y = (ex + C) sec x
Devido a condição inicial, temos:
y(0) = (e0 + C) = 1
1 + C = 1 ⇒ C + 0,
portanto, a solução desta equação diferencial é:
y(x) = ex sec x
13
Nesta nota vamos resulver uma EDO linear de primeira ordem. Recomendo atenção na hora
de encontrar o fator integrante.
Solução:
15
Nesta nota vamos resolver uma questão aplicada em uma prova do curso de Cálculo 2 da UFRJ
no ano de 2019.
Nesta questão nos são dados um fator integrante e a solução do PVI e devemos encontrar os
coeficientes (não constantes) da equação.
Exercı́cio
Sabendo que µ(x) = sen x é um fator integrante desta equação diferencial e que a solução do
sen x 1
problema (1) é y(x) = − , ache a(x) e b(x).
2 2 sen x
é da forma ´
a(x)dx
µ(x) = e
o qual é obtido a partir da equação
µ0 (x) = µ(x)a(x), (2.2)
devemos calcular a derivada de µ(x) e substituir µ(x) e µ0 (x) em (2.2) a fim de encontrar a função
a(x).
16 CHAPTER 2. EQUAÇÕES LINEARES DE 1A ORDEM
• Cálculo de a(x):
(sen x)0 = sen x.a(x)
cos x = sen x.a(x)
cos x
a(x) =
sen x
• Cálculo de b(x): Agora, a fim de encontrar a função b(x) vamos substituir a solução do PVI
na equação diferencial.
0
sen x 1 cos x sen x 1
− + · − = b(x)
2 2 sen x sen x 2 2 sen x
cos x 1 1 cos x 1
− − 2 + − = b(x)
2 2 sen x 2 2 sen2 x
1 1
cos x + − = b(x),
2 sen2 x 2 sen2 x
então, finalmente, temos:
b(x) = cos x
Chapter 3
• A solução homogenea de uma EDO de segunda com coeficientes constantes é dada de acordo
com a natureza das raı́zes do polinômio caracterı́stico:
– Se λ1 6= λ2 ∈ R
y(t) = C1 eλ1 t + C2 eλ1 t .
– Se λ1 = λ2 = λ ∈ R
y(t) = (C1 + C2 teλt .
– Se λ1,2 = a ± bi ∈ C
17
18 CHAPTER 3. EQUAÇÕES LINEARES DE 2A ORDEM
Seja a seguinte EDO inear de segunda ordem não homogênea com coeficientes constantes.
y 00 + by 0 + cy = f (t)
igualando termo a termos o polinônimos na última equação acima, temos o seguinte sistema de
quaçãoes:
2a + b − 2c = −7
2a − 2b = 0
−2a = 2
Cuja solução é fácil de se obter, e é: a = −1, b = −1 e c = 2. Portanto a solução particular
desta EDO é:
yp (t) = −t2 − t + 2
A solução geral geral da EDO é dada por y(t) = yh (t) + yp (t). Então a solução geral da EDO é:
y(t) = C1 e−2t + C2 et − t2 − t + 2
Agora vamos usar as condições iniciais y(0) e y 0 (0) para ajustar as constantes C1 e C2 .
1 1
e−2(0)
y(0) = C1 + C2 e0 − 02 − 0 + 2 = 5
C1 + C2 = 3
Cálculo de y 0 (t):
y 0 (t) = −2C1 e−2t + C2 et − 2t − 1
Assim,
1 1
y 0 (0) = −2C1
e−2(0)
+ C2 e0 − 2(0) − 0 = 0
−2C1 + C2 = 0
Assim chegamos ao seguinte sistema de equações:
(
C1 + C2 = 3
−2C1 + C2 = 0
Cuja solução é: C1 = 1 e C2 = 2. Portanto, finalmente, chegamos a seguinte solução solução:
Escrever texto explicando que podemos ter mais de uma solução particular LI.
Neste exemplo vamos em busca da solução de uma EDO Linearde segunda ordem não homogênea
com coeficientes constantes da seguinte forma:
Sendo as funções f1 (t), f2 (.), . . . , fk (t) linearmente independentes, temos que a solução geral
da equação (∗) é da forma
onde as formas das soluções particulares ypi , i = 1, . . . , k , são escolhidas a partir da função fi (t),
i = 1, . . . , k associada.
20 CHAPTER 3. EQUAÇÕES LINEARES DE 2A ORDEM
Solução: Sabemos da explicação da página anterior, que solução geral desta EDO será da forma
y(t) = yh (t) + yp1 (t) + yp2 (t) (∗∗)
onde a solução particular yp1 (t) será associada à função 6e−t e a solução particular yp2 (t) será
associada à função 4t2 .
Vamos primeiramente encontrar a solução homogênea.
O polinômio caracterı́stico desta equação é
λ2 + 5λ + 4 = 0
cujas raı́zes são λ1 = −4 e λ2 = −1. Assim a solução homogênea desta equação será:
yh (t) = C1 e−4t + C2 e−t .
Jáas soluções particulares serão das seguintes formas:
yp2 = ax2 + bx + c .
Note que pelo fato de haver um termo do segundo grau no no lado direito da EDO, a solução
particular deve ser um polinômio do segundo grau. Já a soluçõ yp1 será da forma:
yp1 (t) = Cte−t .
Note que tivemos que multiplicar por t a função Ce−t pelo de fato de a solução e−t já estar presente
na solução homogênea, então devemos buscar uma solução particular que seja LI com uma solução
já existente.
Agora vamos usar o método dos coeficientes a determinar para encontrar as soluções particulares.
yp0 2 = 2ax + b , yp002 = 2a
substituindo as derivadas acima na EDO, temos:
2a + 5(2ax + b) + 4(ax2 + bx + c) = 4x2
4ax2 + (10a + 4b)x + (5b + 4c) = 4x2
que nos leva ao sistema
4a
=4
10a + 4b =0
2a + 5b + 4c = 0
cuja solução é a = 1, b = −5/2 e c = 21/8, portanto, a solução particular yp2 (t) será:
5x 21
yp2 (t) = x2 − + .
2 8
Agora vamos encontrar a solução yp1 (t). Calculemos yp0 1 (t) e yp001 (t).
yp0 1 (t) = Ce−t − Cte−t
yp0 1 (t) = (C − Ct)e−t
yp001 (t) = −Ce−t − Ce−t + Cte−t
yp001 (t) = (−2C + Ct)e−t .
3.2. EQUAÇÕES NÃO HOMOGENES 21
−4C1 − C2 = 3
2
11
cuja solução é: C1 = e C2 = −3. Portanto, a solução da EDO será:
8
3 5t 21
y(t) = e−4t − 3e−t + 2te−t + t2 − +
8 2 8
e, agrupando os termos com e−t , finalmente, temos:
3 5t 21
y(t) = e−4t + (2t − 3)e−t + t2 − +
8 2 8
22 CHAPTER 3. EQUAÇÕES LINEARES DE 2A ORDEM
Solução: Primeiramente encontremos a solução homogenea yh (t). Para isso devemos montar o
plonômio caracterı́stico e calcular suas raı́zes. Façamos isto.
λ2 + 4λ + 3 = 0 ,
yp = Ate−3t
pois o expoente da função no segundo membro da equação diferencial coincide com a raı́z do
polinômio caracterı́tico.
Calculemos as derivadas de yp afim de substituı́-las na equação diferencial afim de calcular o
coeficiente A.
yp0 = Ae−3t + t(−3Ae−3t ) ⇒ yp0 = (A − 3At)e−3t
yp00 = (−3A)e−3t + (A − 3At)(−3)e−3t
yp00 = −3Ae−3t − 3Ae−3t + 9Ate−3t ⇒ yp00 = (9At − 6A)e−3t .
Substituindo yp e suas derivadas na equação diferencial temos:
−2A = 4 ⇒ A = −2,
yp = −2te−3t .
Respostas
(a) y = C1 e−3t + C2 e−t + 6te−t .
(b) y = (C1 + C2 t)e−2t + 8t2 e−2t .
te−t sin 2t
(c) y(t) = e−t (C1 cos 2t + C2 sin 2t) +
4
26 CHAPTER 3. EQUAÇÕES LINEARES DE 2A ORDEM
Soluções
A solução desta EDO deve ser da forma
yp0 = (e−t − te−t )(A sen (2t) + B cos (2t)) + te−t (2A cos (2t) − 2B sen (2t))
= [(1 − t)e−t A − 2Bte−t ] sen(2t) + [e−t (1 − t)B + 2Ate−t ] cos (2t)
Cálculo de yp00
yp00 = [−e−t A − (1 − t)e−t A − 2Be−t + 2Bte−t ] sen(2t) + [(1 − t)e−t 2A − 4Bte−t ] cos (2t) +
+ [−e−t (1 − t)B − (1 − t)e−t B + 2Ae−t − 2Ate−t ] cos (2t) − [e−t (1 − t)2B + 4Ate−t ] sen(2t)
Substituindo yp0 e yp00 na EDO, temos:
[−e−t A − (1 − t)e−t A − 2Be−t + 2Bte−t ] sen(2t) + [(1 − t)e−t 2A − 4Bte−t ] cos (2t) +
+ [−e−t (1 − t)B − (1 − t)e−t B + 2Ae−t − 2Ate−t ] cos (2t) − [e−t (1 − t)2B + 4Ate−t ] sen(2t) +
+ 2 [(1 − t)e−t A − 2Bte−t ] sen(2t) + [e−t (1 − t)B + 2Ate−t ] cos (2t) +
−Ae−t sin (2t) − Ae−t sin (2t) + Ate−t sin (2t) − 2Be−t sin (2t) + 2Bte−t sin (2t) +
+ 2Ae−t cos (2t) − 2Ate−t cos (2t) − 4Bte−t cos (2t) − Be−t cos (2t) + Bte−t cos (2t)
− Be−t cos (2t) + Bte−t cos (2t) + 2Ae−t cos (2t) − 2Ate−t cos (2t) − 2Be−t sin (2t) +
+ 2Bte−t sin (2t) + 4Ate−t sin (2t)
+ 2Ae−t cos (2t) − 2Ate−t cos (2t) − 4Bte−t cos (2t) + 2Ae−t sin (2t) − 2Ate−t sin (2t)
− 2Bte−t sin (2t) + 2Be−t cos (2t) − 2Bte−t cos (2t) + 4Ate−t cos (2t) +
+ 5Ate−t sin (2t) + 5Bte−t cos (2t) = e−t cos (2t)
reduzindo os termos semelhantes, temos:
−4B sin (2t) + 4A cos (2t) = e−t cos (2t)
1
donde temos 4B = 0 ⇒ B = 0 e 4A = 1 ⇒ A = .
4
Assim, finalmente temos que:
e−t sen(2t)
yp (t) =
4
Letra (b)
(2A − 8At + 4At2 )e−2t + 4(2At − 2At2 )e−2t + 4At2 e−2t = 16e−2t
2Ae−2t − 8Ate−2t + 4At2 e−2t + 8Ate−2t − 8At2 e−2t + 4At2 e−2t = 16e−2t
2Ae−2t = 16e−2t
que implica em 2A = 16 ⇒ A = 8.