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PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAPE ESTADO DE MINAS GERAIS LEI MUNICIPAL N°. 1.896 DE 07 DE ABRILDE 2009. Define normas de gestéo e organizagéo para a ‘Administrag&o Publica Municipal direta e indireta. povo de Guapé, por seus representantes, aprova e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei: CAPITULO | DISPOSIGOES GERAIS. Art. 1°. A Administragao Publica Municipal, assim considerada a direta, indireta, autarquica e os conselhos municipais com fundos especificos ou dotagdes orgamentarias ordinarias, reger-se-4 pelos principios constitucionais e legislativos atinentes, e mais os da racionalidade, do aproveitamento de atos de boa fé praticados a bem do interesse pubblico, e da cooperagao reciproca. Art. 2°. A Administragao Publica Municipal priorizara projetos e programas que visem o interesse coletivo ou de grupos econémico/sociais/culturais significativos e representativos da sociedade civil Paragrafo unico. | O atendimento a necessidades individuais da populagao deverd ser previsto em lei especifica e observara a precedéncia dos servigos previstos no caput deste artigo, devendo ser cada ato devidamente justificado pelo ordenador. _ CAPITULO I f DA DELEGACAO DE SERVICOS PUBLICOS Art. 3°. A Administragao Publica podera delegar a execugao dos servicos publicos de responsabilidade do Municipio, por meio de concessao ou permissao, sempre mediante procedimento licitatério, sempre que sua descentralizagao se revelar mais eficiente ou barata, pelo prazo definido no edital que nao podera ser superior a dez anos, prorrogaveis por mais dez § 1°. Nao serao delegados os servigos de conservacao, limpeza e vigilancia, ou ainda os que sofrerem restrigao legal; § 2. O servigo delegado deverd ser objeto de regulamentagao prévia ao proceso licitatorio, na qual serao definidas as obrigagoes e€ direitos do delegatario e dos usuarios, as penalidades aplicaveis, as formas de reversdo ao Municipio e as regras para fixagao e alteragao de tarifas ou outra forma de remuneragao. § 3°. A exploragao de bares, restaurantes, lanchonetes ou outros estabelecimentos vocacionados a exploracao_¢ ga Dr Passos Maia, 260 - 37.177-000 — Centro - Gui E-mail: pmg@praiasdeminas.co IG - (35) 3856-1250 Saag PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAPE ESTADO DE MINAS GERAIS tipicamente privada se daré obrigatoriamente por meio de concessao de uso de bem pubblico, mediante proceso licitatério. CAPITULO Il DA EXECUGAO DIRETA Art. 4°. Os servigos ptiblicos essenciais deverao ser disponibilizados gratuitamente 4 populagdo, com as excegées previstas em leis especificas. Art. 5°. Os servigos pliblicos no essenciais poderao ser tarifados de modo a cobrir o seu custo de instalagao e manutengao, na forma e nos valores constantes de decreto regulamentar. Paragrafo unico. © regulamento tarifario podera prever isengao ou reducéo da tarifa 4 populagao de baixa renda ou a setores econdmicos ou sociais especificos, devendo constar de seu texto a fundamentagao respectiva. CAPITULO IV DA GESTAO COMPARTILHADA Art. 6°. Os érgaos e entes da Administracéo Publica Municipal atuaréo de maneira organizada e integrada, visando o alcance do bem comum e dos objetivos peculiares a cada um, na medida, forma e com os recursos que dispoem. § 1°. No cumprimento do que dispée o caput deste artigo podera um érgao ou ente aproveitar procedimentos realizados por outros, ou solicitar a realizado de tarefa de sua responsabilidade por érgao melhor qualificado ou instrumentalizado, mediante portaria do 6rgao ou ente que praticard o ato, cabendo ao 6rgao solicitante a responsabilidade pela execugao e adimplemento do contrato. §2°. No caso de procedimentos licitatorios, poderao os registros de prego ser aproveitados por toda a Administragao Publica Municipal, desde que a cirounstancia conste do edital ou 0 permita o fornecedor, por meio de termo aditivo. Art. 7°. Para a realizagao de objetivos comuns, conexos ‘ou complementares, ou na execugao de projetos de interesse geral, poderéo os orgaos e entes da Administragao Publica Municipal se unirem entre si, por meio de Termo de Cooperagao Técnica, e/ou com entes externos, pubblicos ou particulares, por meio de Convénio de Cooperagao Técnica § 1°. Cada termo ou convénio de cooperagdo deveré definir 0 seu objeto, as responsabilidades reciprocas, as metas e 0s recursos necessarios, bem como o tempo estimado para sua conclusao, dispensado o plano de trabalho, quanto aos primeiros, quando a clareza e a singularidade do projeto 0 permitam. § 2°. Para fiel execugdo dos, te 3s de cooperagao técnica podero os érgaos e entes a que se refere o art. i disponibilizar Lt IG - (35) 3866-1258 Pea Dr Passos Maia, 260 — 37.177-000 - Centro - Gg E-mail: pmg@praiasdemina: egy PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAPE ESTADO DE MINAS GERAIS servidores, equipamentos e recursos necessdrios na forma e na quantidade necessaria, podendo alteré-los sem necessidade de termos aditivos formalizados. § 3°. Os contratos de obras, servigos ou fornecimento de material celebrados com a finalidade de atender a objetivos especificos constantes de termos de cooperagao técnica deverdo ser firmados por representantes de todos os cooperantes, e claramente definidas quais as responsabilidades peculiares a cada érgao § 4°. As despesas oriundas dos termos de cooperacao técnica deverdo ser formaimente contabilizadas e poderdo ser distribuidas entre os cooperantes de acordo com sua capacidade de desembolso ou disponibilidade financeira, sendo dada quitagao reciproca quando da entrega e homologagao do relatério de conclusao pelos respectivos representantes. Art. 8°. Os programas, projetos e atividades criados por lei no Ambito da Administragao Publica Municipal poderao ser objeto de gestao compartilhada com a sociedade civil organizada, desde que: 1 - a entidade co-gestora seja declarada de utilidade publica, nao tenha fins lucrativos e nao remunere seus diretores sob nenhuma forme : Il = tenha em seu Estatuto objetivo social compativel com © programa, projeto ou atividade cuja gestdo esteja sendo compartilhada; lll - haja_convénio de colaboragao regularmente celebrado, e seja aprovado o Plano de Trabalho equivalente; \V ~tenha havido convocagao na imprensa regional sobre a proposta de compartilhamento de modo suficiente para identificar 0 objeto ou haja indicagdo clara de onde tal informagao esteja disponivel; V — haja previséo e coneretizagao de prestagao de contas, no intervalo que o instrumento definir, vinculados os repasses vincendos & aprovagao das mesmas. § 1°. A gestdo compartilhada pode se dar com uma ou mais entidades de direito privado, de modo concomitante ou sucessivo, superposto ou complementar, sempre que a unido de esforgos se mostre recomendavel. § 2°. A remuneragao pela gestéo compartilhada nao ultrapassard a 10% (dez por cento) dos repasses de recursos puiblicos e levara em conta a complexidade dos servigos executados. § 3°. Todo o material permanente e imobilizado que se fizer necessério ou util & execugao do Convénio celebrado nos termos deste artigo e que tenha sido adquirido com recursos publicos ou oriundos do programa co-gerido pertencer4o ao Municipio, que devera fazer a atualizagao p: ial ao inicio de cada exercicio, independentemente do que constar do termi IG - (35) — Pca Dr Passos Maia, 260 - 37.177-000 ~ Centr E-mall: pmg@praiasdeminas gceeg PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAPE ESTADO DE MINAS GERAIS § 4°. As contratagdes realizadas para execugdo dos programas ou projetos executados em regime de co-gestéo nao gerarao vinculo empregaticio ou previdencidrio com a Administragao. § 5°. Os dirigentes das entidades que atuarem na gestao compartilhada serao responsabilizados pelos atos que praticarem em prejuizo do patriménio publico, com abuso de poder ou contrariando expressa disposigao estatutaria CAPITULO V DOS CONTRATOS DE GESTAO Art. 9°. Também poderdo ser celebrados contratos de gestdo, nos quais érgaos da Administragéo Publica Municipal ou organizagdes da sociedade civil de interesse plblico (OSCIP) assumem recursos, pessoal, equipamentos, responsabilidades e prazos para o cumprimento de metas previamente fixadas. Art. 10. Os contratos de gestao celebrados com as OSCIPs se sujeitaréo as regras definidas em Ambito federal e dependerao de autorizacao legislativa, Art. 11. Ficam estendidos a todos os orgaos e entes da Administragéo Publica Municipal, quando cabiveis, o regime de adiantamento, a forma de publicaco dos atos administrativos, as gratificagdes por participagao em comiss6es jd previstas em lei para o Poder Executivo. Paragrafo unico. As normas de gestao publica, ai incluidas rotinas, exigéncias, procedimentos, direitos e deveres de servidores ou ainda restrigdes impostas ao Poder Executivo por meio de lei municipal seréo aplicdveis aos demais rgéos e entes integrantes da Administragao Publica Municipal, desde que: | sejam pertinentes com as rotinas e objetivos do érgao; Il — sejam ratificados por Decreto do Executivo, no caso de direitos atribuidos aos servidores puiblicos e exista a comissao equivalente no 61940 ou ente alcangado, no caso da gratificagéo mencionada no caput do paragrafo Unico deste artigo; Ill — no haja exclusao do érgao ou do ente no corpo da lei, de forma expressa ou l6gica; CAPITULO VI DA ARRECADACGAO. Art. 12, Todos os tributos instituidos em favor do Municipio deverao ser efetivamente cobrados, nos termos de seus respectivos regulamentos § 1°. Os tributos devidos pelo Estado e Unido aos municipios deverao ter sua partigao e execugdo acompanhadas por técnicos habilitados, que indicarao as providéncias cabiveis. ga Dr Passos Maia, 260 — 37.177-000 - Centro IMG - (35) 3856-1250 E-mail: pmg@praiasdemingsye6m. br PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAPE ESTADO DE MINAS GERAIS § 2°. A anistia, a rentincia, a remissdo ou a redugao no montante dos tributos devidos ao fisco municipal serao precedidas de lei que as delimite e de previsdo de medidas de reparagao financeira, nos termos da Lei Complementar n. 101/00 e subsequentes. Art. 13. A divida ativa fiscal, compreendida a tributaria e a nao tributaria, seré objeto de execugao administrativa e judicial, com os limites definidos nos paragrafos seguintes. § 1°. Débitos inferiores a R$50,00 (cinquenta reais) serao objeto de anistia, por Decreto do Executivo, no segundo exercicio apés seu langamento, desde que tenha havido tentativa de cobranga, pelos meios administrativos competentes, e que nao decorram os mencionados débitos de autuacdo por infragao a legislago municipal. § 2°. N&o haverd execugao judicial de débitos cujo montante, acrescido de juros, muita e corregao monetaria, sejam inferiores a R$200,00 (duzentos reais), exceto para a divida originada de auto de infragdo. § 3°, Para a celebracao de acordos judiciais em processos de execugao da divida ativa poderé haver redugao de juros e multa, bem como parcelamento do débito, nos termos definidos pelo Juizo e mediante justificativa escrita do procurador responsavel. Art. 14. A cobranga administrativa precedera a execucao fiscal e consistiré em notificagao do responsavel para pagamento do valor devido, assinalando-Ihe prazo para adesao ao parcelamento e as vantagens previstas nos paragrafos seguintes. § 1°. O debito podera ser dividido em até cinco parcelas mensais e consecutivas, até o limite de R§200,00 (duzentos reais) e em dez parcelas, acima de tal limite, com redugao de 50 % (cinquenta por cento) do valor de juros e mutta § 2°, Também podera ser dispensada a cobranca de taxas de expediente no caso de parcelamento de débitos inferiores a R$200,00 (duzentos reais) § 3°. Aceita a proposta, devera o contribuinte assinar Termo de Confissdo de Divida, que acompanhara a Certidao de Divida Ativa em caso de inadimplemento do que fora pactuado. Art. 15. Todos as receitas obtidas de tributos e pregos pibblicos deverdo ser depositadas em contas correntes especificas, nos termos da legislagao pertinente e obedecidas as regras definidas pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. § 1°. No caso de pequenas receitas advindas de servigos prestados diretamente a populagéo e cuja cobranca em pectinia seja a mais recomendada, teré o responsdvel pelo dinheiro o prazo de trinfa dias para seu encaminhamento a tesouraria municipal, acompanhad latorio ou planilha adequada, sob pena de responsabilidade. e ~ MG - (35) 3856-1280 br Poa Dr Passos Maia, 260 - 37.177-000 — Centro E-mail: pmg@praiasdemin PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAPE ESTADO DE MINAS GERAIS § 2°, A receita propria, assim considerada a que foi langada, apurada ou arrecadada diretamente pelo fisco municipal, e a sua destinaco, quando possivel, devera ser tornada publica por meio de veiculos de comunicagao institucional propria e/ou de terceiros, vedada a promogao pessoal de autoridades ou servidores e sem prejuizo das publicagdes exigidas por lei para 0 conjunto das receitas. § 3° As obras, servigos e demais despesas implementados pela Administragao Publica Municipal se submeterao a publicidade e 4 restrigao previstas no § 2° do presente artigo. § 4°. O Municipio nao poderé despender com investimentos em infra-estrutura, em um exercicio financeiro, menos do que arrecadar a titulo de receita propria. CAPITULO VII DA CONVALIDAGAO DE ATOS IRREGULARES Art. 16. Ficam convalidados os atos administrativos praticados no ambito dos conselhos a que se refere o art. 1° desta lei e que tenham por objeto a execugao das atribuigdes legais do ente, ainda que apresentem vicio quanto a sua forma ou a legitimidade de seu ordenador, desde que sua pratica configure no configure improbidade administrativa ou crime e nao viole frontalmente a constituigao Federal. Paragrafo nico. A contabilizagdo das despesas convalidadas na forma do caput deste artigo devera ser processada na forma da legislagéo sobre finangas publicas em vigor, no prazo de um ano a contar da Publicagao desta Lei Art. 17. Ficam igualmente convalidados todos os atos administrativos que visem a aquisigao de bens ou servicos necessdrios a conservacao do érgao ou reparti¢ao arrecadadora e que tenham sido praticados em desconformidade com a legisiagao aplicavel, mantidas as condigdes estabelecidas no art. 11 desta Lei e, além disso: | — nao ultrapassem o valor de R$200,00 (duzentos reais) por ato ou, se ultrapassado este, até o limite previsto para a compra direta, sem licitagao, pela legislagao federal, e seja objeto de verificagao e/ou medicéo por comissao sindicante pré-constituida, para que se comprove a existéncia do bem ou servigo, sua finalidade publica e a compatibilidade do prego pago com os praticados no mercado; Il - 08 valores constantes da prestagao de contas do ingresso de receita sejam compativeis com estimativa formulada pela comisséo sindicante com base no uso rotineiro do servigo tarifado, descontadas as despesas convalidadas nos termos do inciso |; lll— fique demonstrada a boa fé dos responsaveis, para © que sera verificada a sua ficha funcional, sua escolaridade, réncia de recursos € equipamentos no érgao atrecadador € a existéncia de tibifarpento especitico; MG!- (35) 3856-1250 7 A Pca Dr Passos Maia, 260 - 37.177-000 - Centro - E-mail: pmg@praiasdemina!

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