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5 dicas para sobrevivencia urbana

5 dicas para sobreviver à violência urbana

Publicado em 1 de julho de 2015

Lucas Silveira é presidente do Instituto DEFESA

Há algum tempo escrevi os 10 mandamentos do combate armado, que se

tornou um “viral” contido até mesmo em apostilas de polícias estaduais

pelo Brasil.

Nosso objetivo hoje é retroceder um pouco no tempo deste combate

hipotético. Que medidas podem ser tomadas para aumentar as chances de

sucesso frente à crescente violência urbana?

Vamos enumerar 5 pontos vitais que jamais devem ser subestimados, tanto

pelo operador militar ou policial, quanto pelo pai de família que foi ao

mercado fazer compras. Confiram.

1. Esteja sempre armado.

2. Trate a todos como se estivessem armados. Toda pessoa que tem uma

arma, pode ter duas.


3. Nenhuma ameaça é individual. Nunca assuma que seu inimigo está

sozinho.

4. Ataque primeiro. Ataque melhor. Ataque com mais força.

5. Se é impossível combater a agressão com superioridade, recue.

Vamos analisar cada um deles?

1. Esteja sempre armado.

Não basta estar armado, ou estar treinado. É preciso estar SEMPRE armado

e SEMPRE com o treinamento em dia. Seu pior conflito ocorrerá no exato

momento em que você baixar a guarda e pensar “mas eu vou só até a

padaria comprar um sorvete…”.

2. Trate a todos como se estivessem armados. Toda pessoa que tem uma

arma, pode ter duas.

Desde os tempos de Sun Tzu, subestimar o inimigo é um erro fatal. Assuma

que sua ameaça está bem armada. Trate-a desta forma sempre, mesmo que

você tenha razões para acreditar que não seja verdade.

Além disso, o fato de um agressor ter perdido ou entregado uma arma, não

significa que ele não possa ter outra.

3. Nenhuma ameaça é individual. Nunca assuma que seu inimigo está

sozinho.
A negligência deste ponto é decorrência da chamada visão de túnel ou da

exclusão de auditório. Reações fisiológicas fazem com que uma pessoa

sob estresse reduza a sua capacidade de ver ou escutar qualquer coisa

além da ameaça imediata.

Esta é a razão de se treinar o “scanning” (olhar para os lados) no tiro

tático e nos treinamentos de combate desarmado de qualidade, de se

evitar a todo custo andar para trás e de se combater um agressor no chão

ou em luta agarrada.

Sempre levante-se, olhe para os lados, busque novas ameaças, antes do

combate, durante o combate e depois dele, se houver.

4. Ataque primeiro. Ataque melhor. Ataque com mais força.

Confusões quanto a interpretação da legislação sobre legítima defesa ou

até mesmo sobre um conceito errado de ética ou moral podem fazer o

neófito acreditar que precisa ser efetivamente agredido para poder

responder com a força necessária.

Não é verdade. Se o confronto físico é iminente, sua obrigação tática é

agir primeiro, inopinadamente e com a violência necessária para impedir

o ataque oriundo do inimigo. Surpresa, velocidade e violência da

ação. Diligentia, vis, celeritas. Já ouviu isso antes?

5. Se é impossível combater a agressão com superioridade, recue.

Situações de estresse geram no corpo humano a chamada reação de luta,

fuga ou congelamento. Tratamos com frequência da luta, mas é importante

não subestimar o valor da fuga.


Fugir não é desonroso. Não significa desistir do combate, mas apenas

reagrupar esforços para repelir uma agressão de modo inteligente. Apenas

aceite um combate se a vitória for significativamente mais provável que

a derrota.

O único combate injusto é aquele em que você perde.

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