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1. Introdução..........................................................................................................................1
1.1. Justificativa..................................................................................................................2
1.2. Problematização..........................................................................................................2
1.3. Objectivos....................................................................................................................3
1.3.1. Geral.....................................................................................................................3
1.3.2. Específicos...........................................................................................................3
2. Revisão de literatura...........................................................................................................4
3. Metodologia.....................................................................................................................14
5. Cronograma......................................................................................................................15
6. Bibliografias.....................................................................................................................16
1. Introdução
A indústria sempre teve associada a vertente humana, nem sempre tratada como sua
componente preponderante.
Até meados do século 20, as condições de trabalho nunca foram levadas em conta, sendo sim
importante a produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de doença ou mesmo à morte
dos trabalhadores. Para tal contribuíam dois fatores, uma mentalidade em que o valor da vida
humana era pouco mais que desprezível e uma total ausência por parte dos Estados de leis
que protegessem o trabalhador.
A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os
acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os
trabalhadores a utilizarem medidas preventivas. Para além disso, as condições de segurança,
higiene e saúde no trabalho constituem o fundamento material de qualquer programa de
prevenção de riscos profissionais e contribuem, na empresa, para o aumento da
competitividade com diminuição da sinistralidade.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) tem como missão primordial “a proteção dos
trabalhadores contra as enfermidades, doenças e lesões relacionadas com o trabalho”. No
entanto, e ainda segundo a OIT, “morrem, todos os anos, dois milhões de mulheres e homens
na decorrência de acidentes de trabalho e doenças relacionadas com o trabalho. Em todo o
mundo, ocorrem, anualmente 270 milhões de acidentes de trabalho e são declaradas 160
milhões de doenças profissionais. Todos os dias morrem, à escala mundial, 5.000 pessoas, em
consequência de acidentes ou doenças profissionais” (Freitas, 2016, p.21).
Atualmente em Moçambique existe legislação que permite uma proteção eficaz de quem
integra atividades industriais, ou outras, devendo a sua aplicação ser entendida como o
melhor meio de beneficiar simultaneamente as Empresas e os Trabalhadores na salvaguarda
dos aspetos relacionados com as condições ambientais e de segurança de cada posto de
trabalho.
1
Desta forma, a Segurança e Saúde no Trabalho surge cada vez mais, não só como uma
obrigação legal, mas principalmente, como uma necessidade, a vários níveis, intensificando-
se a sua importância nas organizações.
1.1. Justificativa
1.2. Problematização
Vários acidentes têm ocorrido derivado pela falta de equipamento de segurança de um dos
colaboradores da empresa que podem ser atingido em qualquer parte do corpo por um
produto químico, bem como pela falta de equipamentos de segurança. É notório que os
trabalhadores das empresas têm se deparado com situações adversas ligadas a falta de
2
equipamentos de higiene e segurança. A falta de higiene e segurança no trabalho pode afectar
directamente na produtividade da empresa, isto porque em algum momento terão contraído
doenças como lesões pulmonares, câncer, pela inalação das poeiras, devido a exposição dos
riscos que possam afectar a saúde dos trabalhadores que estão expostos a vários riscos no seu
ambiente de trabalho.
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
1.3.2. Específicos
3
2. Revisão de literatura
De acordo com a lei 23/2007 de 01 de Agosto, no seu art. 216.2 “o empregador deve
proporcionar aos seus trabalhadores boas condições físicas, ambientais e morais do trabalho,
informa-los sobre os riscos do seu posto de trabalho e instrui-los sobre o adequado
comprimento das regras e higiene no trabalho”. Sendo assim o empregador deve criar um
ambiente saudável, livre de riscos e advertir o trabalhador sobre os riscos existentes e como
evitar acidentes ou doenças profissionais e o cumprimento das regras existentes sobre a
higiene e segurança no trabalho.
O termo “Segurança” deve ser entendido como sendo: “o estado de estar livre de riscos
inaceitáveis de danos”, definição convergente com as definições de Brauer (1994)1. Para
Chiavenato (2009), a segurança no trabalho envolve um conjunto de medidas técnicas,
1
Disponível em: http://www.mtecbo.gov.br/ Acesso em 02 Out.2015.
4
educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, eliminando as
condições inseguras do ambiente ou instruindo e convencendo as pessoas da implantação e
uso de práticas preventivas. Segurança no Trabalho pode ser definida como a ciência que,
através de metodologias e técnicas apropriadas, estuda as possíveis causas de acidentes do
trabalho, objectivando a prevenção de sua ocorrência, cujo papel é assessorar o empregador,
buscando a preservação da integridade física e mental dos trabalhadores e a continuidade do
processo produtivo. (VOTORANTIM METAIS, 2005)2.
Para que possamos conceituar acidente do trabalho de maneira satisfatória, é necessário que
antes entendamos uma característica marcante da palavra acidente, que antes de mais nada, é
2
Disponível em: http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2006_3_Diogo-Cortes.pdf Acesso em: 16 de Set. 2015.
3
Disponível em: http://www.revistapersona.com.ar/Persona10/persona10.htm . Acesso em: 16 de Set.
4
Disponivel em: https://www.google.co.mz/#q=Doenca+segundo+andrade+1996Acesso em: 16 de Set. 2015.
5
Idem
5
género do qual pertence a espécie acidente do trabalho. Zocchio (2001)6 conceitua o acidente
de trabalho como ocorrências anormais e indesejáveis no exercício do trabalho que
interrompem a actividade onde ocorrem; interferem negativamente também em outras
actividades; agridem os trabalhadores com pequenas lesões, ou até grandes mutilações e, às
vezes, com a morte; causam diversos e consideráveis prejuízos às empresas; e, contribuem
para o desequilíbrio socioeconómico do país.
De acordo com a lei de trabalho art.222“, acidente de trabalho é o sinistro que se verifica, no
local e durante o tempo do trabalho, desde que produza, directa ou indirectamente, no
trabalhador por conta de outrem lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que
resulte a morte ou redução na capacidade de trabalho ou de ganho.
Ainda de acordo com a mesma lei, considera-se acidente de trabalho que ocorra:
a) Na ida ou regresso do local de trabalho, quando utilizado meio de transporte fornecido pelo
empregador ou quando o acidente seja consequência de particular perigo do percurso normal
ou de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo percurso;
c) Por ocasião da prestação do trabalho fora do local e tempo do trabalho normal, se verificar
enquanto o trabalhador executa ordens ou realiza serviços sob direcção e autoridade do
empregador.
d) Na execução de serviços, ainda que não profissionais, fora do local e tempo de trabalho,
prestados espontaneamente pelo trabalhador ao empregador de que possa resultar proveito
económico para este.’’
6
Disponível em: http://sistema.semead.com.br/11semead/resultado/trabalhosPDF/492.pdf Acesso em 18 de
Setembro 2015.
7
Disponivel em: http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos09/151_acidentes_de_trabalho.pdf Acesso em 22 de
Setembro 2015
6
Sendo assim, podemos dizer que o acidente do trabalho é aquele que ocorre durante o
exercício do trabalho, no trajecto para o mesmo ou na volta para o lar, provocando lesão
física, perturbação emocional ou redução da capacidade de trabalho temporária ou
permanente. Para evitar acidentes, é necessário que todos os colaboradores estejam atentos à
Segurança no Trabalho.
Segundo afirmação de Michael (2000). A Higiene no Trabalho (HT) é vista como uma
ciência prevencionista e vem sendo aperfeiçoada dia-a-dia. Ela tem como objectivo principal
de actuar no ambiente de trabalho, com finalidade de detectar o tipo de agente prejudicial,
quantificar sua intensidade e tomar as medidas de controlo necessárias. De acordo com
Cardella (1999)8, os factores ambientais que actuam sobre o indivíduo são: os agentes físicos,
químicos e biológicos, cuja presença no ambiente de trabalho constitui a causa principal do
surgimento de um efeito demasiadamente nocivo param o trabalhador. Os contaminantes
presentes no local de trabalho, são responsáveis pelo chamado “efeito prejudicial”, ou seja, as
consequências que o organismo não pode recuperar, rompendo-se o equilíbrio e
desencadeando um conjunto de efeitos designados por doença. Para o mesmo autor, a
Higiene no Trabalho, estruturada como uma ciência prevencionista, vem sendo aperfeiçoada
no dia-a-dia e tem como objectivo fundamental actuar no ambiente de trabalho, a fim de
detectar o tipo de agente prejudicial, quantificar sua intensidade ou concentração e tomar as
medidas de controlo necessárias para resguardar a saúde e o conforto dos trabalhadores
durante toda a sua vida de trabalho. A Higiene no Trabalho é “uma ciência e uma arte e tem
por objectivo, o reconhecimento, a avaliação e o controlo dos factores ambientais ou tensões,
originadas nos locais de trabalho, que podem provocar doenças, prejuízos à saúde ou bem-
estar, desconforto significativo e ineficiência nos trabalhadores”. 9Idem Segundo Fundacentro
(1981)10, da definição de Higiene e seus objectivos, fica claramente estabelecido que os seus
princípios e metodologias de actuação são aplicáveis a qualquer forma de actividade humana,
em que possam estar presentes diversos factores causadores de doenças profissionais. A
Higiene no Trabalho abrange, o conjunto de metodologias não médicas necessárias à
8
Disponivel em: https://www.google.co.mz/#q=factores+ambientais+para+cardella+1999&nfpr=1 acesso em 18
de Out. 2015.
9
Idem
10
Disponivel em: https://www.google.co.mz/#q=Fundacentro+1981+higiene acesso em 18 de Out. 2015
7
prevenção de doenças profissionais, tendo como principal campo de acção o controlo dos
agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos componentes materiais de trabalho. A
questão da higiene e segurança no trabalho, nas organizações é de extrema importância na
medida em que esta se baseia em consciencializar os colaboradores de modo a reduzir os
acidentes e a melhoria da qualidade de vida dos mesmos, para alem do aumento da
produtividade da organização.
11
A segurança no trabalho é de extrema importância, uma vez que ultimamente as taxas de
acidentes no trabalho apresentam valores muito elevados, assim tornando-se uma exigência
conjuntural a questão da segurança no trabalho.
As empresas devem procurar minimizar os riscos a que estão expostos os trabalhadores, pois
qualquer actividade envolve um certo grau de insegurança que carece de um sistema
adequado de segurança.
Além disso, é importante que se refira, que a Segurança no Trabalho possibilita a realização
de um trabalho mais organizado, e consequentemente aumenta a produção, visto que, num
ambiente mais agradável e seguro, os funcionários produzirão mais e com melhor qualidade.
Outro benefício é a melhoria no ambiente de trabalho e nas relações entre patrões e
funcionários. 12A Segurança no Trabalho é definida por normas regulamentadoras e leis da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABT), que obrigam as empresas a se
organizarem. Cada segmento profissional possui suas próprias regras.
11
Disponivel em: http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2006_3_Diogo-Cortes.pdf acesso em 18 de Out
12
http://www.dpunion.com.br/blog/importancia-da-seguranca-no-trabalho-nas-empresas/
8
2.7. Objectivos da Higiene no Trabalho
Seguindo a linha de raciocínio, esses objectivos poderão ser alcançados por meio de:
Para além, de proteger e promover a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, a HT tem outro
objectivo não menos importante, que é aplicação de medidas apropriadas para prevenir e
controlar os riscos em ambiente de trabalho. Ela abrange o conjunto de metodologias
necessárias à prevenção de doenças profissionais, tendo como principal campo de acção o
controlo dos agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos componentes materiais de
trabalho, que tem por base o estudo e controle das condições no trabalho, que são as variáveis
que influenciam o comportamento humano. O conhecimento da higiene e segurança no
trabalho é de extrema importância, na medida em que o conhecimento dos seus objectivos
13
Idem
9
levam a perceber como este deve ser aplicada e as suas implicações quando não dos
diferentes princípios definidos.
Segundo Freitas (s.d:179)1814, alega que o estudo dos riscos ambientais assenta em três
grandes grupos que podem ser:
Riscos químicos- têm a ver com as substâncias ou produtos químicos, que podem contaminar
um ambiente de trabalho, conforme as suas características físico-químicas (em gases e
vapores).
A adoção de medidas que garantam a HST têm impacto direto nas condições de trabalho, na
saúde dos trabalhadores e, consequentemente, no bem-estar. Neste âmbito, e de acordo com a
OMS, o bem-estar abrange três dimensões, física, mental e social, e desta forma, só a
conjugação destes três parâmetros permite a plenitude de bem-estar dos indivíduos, isto é,
torna-se imperativo a manutenção da saúde física, a boa adaptação às condições de vida e que
“haja entendimento, equilíbrio, tolerância, compreensão dos indivíduos entre si” (OMS), e
14
8Disponivel em: http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/4363/1/Indicadores%20de%20Gest%C3%A3o
%20do%20Risco%20-%20Estudo%20de%20Caso_JO%C3%83O%20PERNAS.pdf
10
que se verifique uma harmonia às exigências do meio, relacionando-as com a vivência
familiar. Conforme a OMS, as condições e o ambiente de trabalho interferem de forma
positiva ou negativa na saúde e no bem-estar, e neste sentido, Freitas (2016) refere que
estudos realizados apontam que o bem-estar, a qualidade do trabalho e a produtividade são
frequentemente abalados por fatores stressantes no trabalho. Acrescenta ainda que fatores
físicos, químicos, biológicos e ergonómicos desfavoráveis contribuem para o risco de lesões,
doenças, insatisfação laboral e ausência de bem-estar. Ante o exposto, a OMS defende que a
adopção de medidas capazes de eliminar estes fatores prejudiciais potenciam a melhoria do
bem-estar dos trabalhadores. Atendendo a Lee et al. (2014) o bem-estar engloba quer a
ausência de doença, quer a inexistência de emoções negativas, acrescentando que as
condições de trabalho afetam a saúde física e mental, e assim, interferem na qualidade de
vida do trabalhador. Um estudo realizado por estes autores, na Coreia, a trabalhadores
empregados no país, em várias profissões distintas, demonstrou que o ajustamento entre os
fatores sóciodemográficos e as condições de trabalho potencia uma melhoria significativa no
bem-estar dos trabalhadores. Assim, e apesar de não ser objetivo desta investigação a análise
e avaliação dos riscos inerentes à exposição dos polícias, por exemplo, a fatores como o
ruído, a metais pesados ou produtos químicos, o certo é que, é igualmente percecionado como
relevante a criação de um sistema de HST na prevenção dos AT e DP e, por esta via,
demonstrado o seu impacto e influência no bem-estar dos trabalhadores. A este propósito, e
de acordo com o que acabamos de referir, Eatough e Spector (2014), defendem que baixos
níveis de acompanhamento médico estão associados a efeitos adversos na saúde dos
trabalhadores, nomeadamente a doenças físicas e psicológicas, em especial cardiovasculares.
Acrescenta ainda que, esse mesmo controlo contribui para a limitação dos efeitos negativos
de condições de trabalho desfavoráveis, potenciando uma melhoria na saúde dos
trabalhadores, e concludentemente no seu bem-estar. De tal facto se depreende que, a
componente de acompanhamento médico da HST, potencia a melhoria do bem-estar no
trabalho. Hamming (2017) num estudo realizado em cinco empresas na Suíça, pôde concluir
que a falta de atenção dada aos problemas laborais, e a inexistência de um responsável que
preste apoio aos trabalhadores, com o intuito de melhorar as condições de trabalho, pode
provocar a degradação da saúde do trabalhador, com forte impacto na saúde mental, e
consequentemente, a diminuição do bem-estar do trabalhador. Já no estudo levado a cabo por
Winkler et al. (2018) abordando os efeitos nefastos de horários de trabalho irregulares na
11
saúde, a jovens adultos de Minnesota, EUA, concluiu que de entre a amostra, os
trabalhadores com horários de trabalho desregulados apresentavam um risco elevado de
doenças crónicas e de obesidade, comparativamente com os trabalhadores com horários
padronizados. Neste sentido, verificou-se que um padrão de horários de trabalho
inapropriados afetam a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, o que reforça a relação entre
HST e o bem-estar, na medida em que a implementação de sistemas de HST visa colmatar
este tipo de condições desfavoráveis, potenciando o bem-estar no trabalho. Quanto ao estudo
realizado por Malmberg-Ceder (2017), a trabalhadores na área das lidas domésticas, na
cidade de Pori, Finlândia, procurou correlacionar os problemas músculo-esqueléticos com a
afetação do bem-estar individual, concluindo que, efetivamente, reduzindo ou eliminando as
condições desfavoráveis suscetíveis de provocar lesões deste tipo, potenciava
consideravelmente a saúde e o bem-estar dos colaboradores. A HST tem como objetivo
primordial a melhoria das condições de trabalho e a proteção da saúde do trabalhador, por via
da adoção de medidas preventivas dos riscos associados ao ambiente laboral. Assim, torna-se
perceptível que qualquer medida que acrescente qualidade ao local de trabalho, reduzindo os
riscos para a saúde física, mental e social optimiza o bem-estar dos trabalhadores, não se
podendo, neste sentido, dissociar este bem-estar laboral das matérias relativas à HST. Ainda
concordando com Danna & Griffin (1999), a saúde é vista como uma subcomponente do
bem-estar, e neste sentido, medidas que promovam a saúde contribuem para a melhoria do
bem-estar. Os mesmos autores referem ainda que muitas empresas, nomeadamente nos EUA
apostam, cada vez mais, na implementação de medidas que fomentem a saúde dos seus
trabalhadores, medidas que mais não são do que padrões no âmbito da HST, que
indubitavelmente vão convergir na melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores.
A HST visa executar medidas que possibilitem a prevenção de surgimento de DP bem como
a ocorrência de AT, por via de estratégias de análise e controlo de riscos nos locais de
trabalho, conjugadas com a concretização de medidas preventivas, em especial as
relacionadas com as condições e métodos de trabalho e o acompanhamento médico dos
trabalhadores. Freitas (2016) reforça esta ideia ao afirmar que a implementação de um eficaz
sistema de SST, para além dos efeitos positivos nas relações sociais, no clima e no bem-estar
organizacional, é suscetível de conduzir à redução do número de AT e DP. Deste modo, face
12
às elevadas taxas de AT e DP, é cada vez maior a consciência coletiva da necessidade de
adoção de medidas no âmbito da HST, promotoras da segurança e saúde dos trabalhadores,
que possibilitam a mitigação dos efeitos dos AT e DP, em termos de frequência e capacidade
lesiva dos fatores de risco em ambiente laboral, comprovada que está a relação entre a HST e
o número de AT e DP decorrentes do trabalho. Como forma de sustentar a ideia supra
exposta, Yoon et al. (2013) realizou um estudo na Coreia do Sul em empresas da construção
civil, investigação que incluiu 100 instituições, e que pôde concluir que a adopção de
sistemas de SST promoveu uma diminuição de 67% da taxa de acidentes, verificando-se
ainda uma diminuição de 10% do número de mortes provocadas por AT, no período entre
2006 e 2011. No mesmo estudo concluiu-se que da amostra, as empresas dotadas de sistema
de SST apresentaram, no mesmo período, uma média anual de AT de 0,18 vítimas por cada
100 trabalhadores, sendo que as instituições que conferiam menor importância às questões de
HST apresentaram como resultado desse descuido de 0,30 vítimas por 100 trabalhadores. De
igual forma, Ersoy (2013) produziu um estudo em 10 pedreiras na Turquia, onde chegou à
conclusão que dotar uma empresa com sistemas de SST não é garante de eliminar os AT por
completo, no entanto, verificou um relacionamento entre estas dois parâmetros, sendo que
maiores níveis de segurança conduziu a uma diminuição do número de AT. Conforme Kim
et al. (2016) relatam, os AT ocorridos na área da construção civil em Hong Kong, sofreu
grandes alterações ao longo dos anos, conforme a cultura de HST se foi enraizando e
ganhando maior importância nas empresas dessa atividade, e o gráfico 1 demonstra bem essa
realidade, onde facilmente se apercebe da significativa redução do número de acidentes desde
1986 até 2013.
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Ser informado sobre as medidas a adotar em caso de perigo grave e iminente;
Receber informação e formação necessárias ao desenvolvimento da atividade em
condições de segurança e de saúde;
Ser consultado e participar nas questões relativas à segurança e saúde no trabalho;
Ter acesso gratuito a equipamentos de protecção individual, sempre que se aplique;
Realizar exames de saúde na admissão, antes do início da prestação de trabalho,
exames de saúde periódicos e ocasionais;
Afastar-se do seu posto de trabalho em caso de perigo grave e iminente.
3. Metodologia
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consultar relatórios emitidos pela Mozal, legislação e estratégias. A consulta destes
documentos visara garantir maior fiabilidade dos dados analisados. A pesquisa bibliográfica
constitui fontes secundárias, que receberam um certo tratamento analítico-científico,
consultamos livros, artigos científicos, estudos e outros manuais sobre o tema.
Essa pesquisa tem como procedimentos de colectas de dados fontes em entrevistas com
nossas amostras, livros, sites, periódicos e outras fontes de dados. Nesse caso a pesquisa
usará a literatura como base para um novo conhecimento.
4. Resultados Esperados
5. Cronograma
09 de 11 a 12 de
10 de Maio
Maio de Maio de
de 2022
Actividades/Datas 2022 2022
Revisão dos Objectivos
Pesquisa Bibliográfica e Documental
Revisão de Literatura
Redacção
Conclusão do projecto
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6. Bibliografias
Kim, Y., Park, J. e Park, M. (2016). Creating a Culture of Prevention in Occupational Safety
and Health Practice. Safety and Health at Work Journal, 7 (2), 89-96.
Freitas, L. (2016). Manual de segurança e saúde do trabalho. 3.ª Edição. Lisboa: Edições
Sílabo, Lda.
16
Danna, K., & Griffin, R.W. (1999). Health and well-being in the workplace: a review and
synthesis of the literature. Journal of Management. 25(3):357-384.
Hamming, O. (2017) Health and Well-being at work: The Key Role of Supervisor Support.
SSM – Population Health. Elsevier Publisher. Disponível em:
https://doi.org/10.1016/j.ssmph.2017.04.002. Acedido em 20 de Dezembro de 2017.
Lee, B., Park, S., Min, K., Min, J., Hwang, S., Leem, J., Kim, H., Jeon, S., Heo, Y. E Moon,
S. (2014) The Relationship Between Working Condition Factors and Wellbeing. Annals of
Occupational and Environmental Medicine, 26, 34. Disponível em:
http://doi.org/10.1186/s40557-014-0034-z. Acedido em 20 de Dezembro de 2017.
Eatough, E. e Spector, P. (2014). The Role of Workplace Control in Positive Health and
Well-being. Disponível em: https://doi.org/10.1002/9781118539415.wbwell021. Acedido em
20 de Dezembro de 2017.
Yoon, S., Lin, H., Chen, G., Yi, S., Choi, J. e Rui, Z. (2013) Effect of Occupational Health
and Safety Management System on Work-Related Accident Rate and Differences of
Occupational Health and Safety Management System Awareness Between Managers in South
Korea´s Construction Industry. Safety and Health at Work Journal, 4 (4), 201-209.
Disponível em: http://doi.org/10.1016/j.shaw.2013.10.002. Acedido em 23 de Dezembro de
2017.
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