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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA

CLÍNICA E INSTITUCIONAL

Rosana de Sousa Maia Cunha

TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA DE


DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO
SUPERIOR

Professor Dr. Henrique Carivaldo de Miranda Neto

Araxá- 2022
ATIVIDADE 01:

RESENHA ACADÊMICA DESCRITIVA – O PROFESSOR INICIANTE A


EDUCAÇÃO SUPERIOR: DESAFIOS, DILEMAS E CONTRADIÇÕES.
Rosana de Sousa Maia Cunha ¹

A resenha apresentada a seguir se refere ao artigo acadêmico “O PROFESSOR


INICIANTE A EDUCAÇÃO SUPERIOR: DESAFIOS, DILEMAS E CONTRADIÇÕES”
de autoria de Henrique Carivaldo de Miranda Neto, Diretor de Graduação e Docente
do Centro Universitário De Patos De Minas – UNIPAM;discente do Programa de
Pós-Graduação em Educação – Doutorado –, da Universidade de Uberaba –
UNIUBE; mestre em Educação Superior e Vânia Maria de Oliveira Vieira,
Coordenadora e Discente do Programa de Pós-Graduação em Educação –
Mestrado/Doutorado -, da Universidade de Uberaba – UNIUBE; doutora em
Educação;

O artigo foi publicado pela Revista Interação Interdisciplinar v. 01, no. 01, p.189-206,
Jan - Jul., 2017; UNIFIMES – Centro Universitário de Mineiros. Este artigo
apresenta os resultados de um um estudo bibliográfico referente a pesquisa,
“Desenvolvimento profissional de professores da educação superior do Triângulo
Mineiro:contribuições da Teoria das Representações Sociais”. Esta pesquisa contou
com apoio dos órgãos de fomento: FAPEMIG e CNPq.

Os autores abordam a temática do professor iniciante na Educação Superior,


trazendo à baila os desafios, os dilemas e as contradições que perpassam essa
etapa considerada crucial para o construto da identidade docente.

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Para fundamentar a pesquisa, valeram-se de uma vasta bibliografia pautada em
autores como Cunha (2010), Imbernón (2001), Marcelo García (1999; 2010),
Masetto (2003), Nóvoa (1992), Pimenta e Anastasiou (2010), Zabalza (2004),
entre outros.

A fase inicial docente não se configura de uma hora para outra. Tornar-se professor
envolve um processo longo e evolutivo, variando de profissional para profissional de
acordo com as suas experiências vividas desde o período em que foi estudante nas
escolas e se consolida na formação inicial, prolongando durante todo o exercício
profissional.

Trata-se de processo que se desenvolve tanto no âmbito individual quanto coletivo,


de natureza complexa e dinâmica agregado a vários desafios a serem vencidos pelo
professor iniciante. Ocorre uma construção individual que está intrinsecamente
relacionada a sua experiência individual de vida, de sua história como docente e
suas características sociais e outra construção coletiva que é resultante das
experiências contextuais nas quais o docente está desenvolvendo a sua prática.
Portanto,o processo de se tornar professor é complexo, idiossincrático e
multidimensional que envolve o aprender a ensinar, a socialização do profissional e
a construção da identidade profissional.

O período de inserção na docência é diferenciado, em que a aprendizagem informal


vai dando lugar a experiência por meio de reflexões, de observações e de
desenvolvimento de padrões mentais e crenças sobre o que é ensinar. A
experiência do professor enquanto aluno ganha uma importância maior, pois será
responsável , em partes, pela transição de aluno a professor, reconhecendo-se em
um novo papel institucional.

Outro ponto a considerar, é o grau de satisfação do professor no trabalho,a auto


eficácia, a motivação e o compromisso , pois são contributos importantes para se
configurar um bom professor. Não dar atenção aos problemas que os professores
iniciantes enfrentam, acaba, geralmente, levando ao abandono da carreira docente.

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De acordo com Marcelo Garcia (1999) há quatro fases no aprender a ensinar,
passando primeiramente pelo pré-treino, ou seja, o exercício da docência baseado
nas experiências como aluno; a formação inicial, na qual o docente adquire os
conhecimentos pedagógicos e de disciplinas acadêmicas, bem como realiza,
práticas de ensino; a iniciação na qual o docente aprende na prática, e a formação
permanente, marcada pelo desenvolvimento profissional e aperfeiçoamento do
ensino por meio de atividades intencionais, sistemáticas e organizadas.

A inserção na carreira profissional docente é marcada por dilemas, tensões,


contradições, angústias que precisam ser enfrentados para que o professor
construa, de maneira evolutiva, a sua identidade profissional.

Apesar de não haver consenso quanto ao número de anos que corresponde a essa
fase da iniciação profissional, diversos estudos apontam para características
comuns independente dos anos de docência. Trata-se de uma etapa de tensão e
aprendizagens intensivas, em contextos geralmente desconhecidos, em que o
principiante tem que aprender a ensinar , ou seja, adquirir conhecimento
profissional, envolvendo como gerenciar a aula, como motivar os alunos, como se
relacionar com os pais e os companheiros, assim por diante.

A sobrevivência desta etapa inaugural da carreira passa por estratégias que os


docentes iniciantes desenvolvem para superar o choque com a realidade e serem
reconhecidos pelos alunos e pelos seus pares. Adquirem a experiência da prática,
muitas vezes num processo de ensaio e erro, pouca reflexão sobre o seu fazer
pedagógico e, pela construção de um estilo de trabalho.

Os professores iniciantes, de maneira geral, só contam com a sua iniciativa pessoal


e a sua bagagem experiencial para ir construindo suas teorias sobre ensino e
aprendizagem dos alunos, independente da qualidade da sua formação inicial.
Aprendem na prática e isso, implica vencer os desafios da sobrevivência, da
descoberta, da adaptação, da aprendizagem e da transição. A segurança e o
domínio sobre o trabalho cotidiano vem com o tempo, conforme as experiências
adquiridas em sala de aula, trazendo-lhe uma situação mais confortável diante das
exigências da profissão e da tarefa de ensinar.

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As principais desafios para a sobrevivência envolvem adquirir conhecimentos
sobre os alunos, o currículo e o contexto escolar; delinear adequadamente o
currículo e o ensino; começar a desenvolver um repertório docente que lhes permita
sobreviver como professor; criar uma comunidade de aprendizagem na sala de aula;
e continuar desenvolvendo uma identidade profissional junto com os professores
mais experientes.

A formação acadêmica ainda privilegia os saberes das matérias de ensino,


formando professores a partir de uma perspectiva conteudista, passando a falsa
imagem de que o conteúdo seja a chave da docência, elevando a outro plano ou
quase nenhum, os conteúdos relacionados à Psicologia e à didática ,articulação e a
desarticulação entre conhecimentos teóricos. Falta de apoio pedagógico gera
insegurança e desmotivação para prosseguir na carreira.

No ensino superior, esta situação não é diferente e se agrava com a falta de um


curso específico para formação do professor universitário. A docência superior exige
uma multiplicidade de saberes teóricos e práticos relacionados ao fazer didático
pedagógico, portanto a lógica do recrutamento calcada no quem sabe fazer, sabe
ensinar ainda serve como base, mas não é suficiente.A falta de políticas públicas
que estabeleçam orientações para formação pedagógica de docentes para esse
nível de ensino.

Na docência do ensino superior, há um estímulo para que os professores realizem


mestrado, doutorado, especialização, o que não garante fugir das exigências dos
outros saberes. Os saberes da experiência aliado aos saberes das áreas de
conhecimento vão desencadear um processo contínuo da construção da identidade
docente.

A fase de inserção profissional pode ser consideravelmente auxiliada se o docente


iniciante puder contar com programas de inserção de apoio aos iniciantes. Este
apoio deve acontecer em forma de oficinas e cursos oferecidos aos docentes em
fase inicial de carreira e o uso de reuniões pedagógicas para relatos de experiências
acompanhados de processos reflexivos.

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Um dos caminhos seria promover programas de mentoria em que os professores
novatos pudessem receber orientações e acompanhamentos pelos professores
experientes. Infelizmente no Brasil, não existe este tipo de apoio e
acompanhamento.

A aprendizagem em equipe aliada ao trabalho coletivo despontam como


fundamentais,marcando um novo profissionalismo docente.
Há que se repensar os programas das instituições formadoras, mas isto só não
basta. Os sistemas de ensino e as escolas também devem se responsabilizar pela
inserção do professor iniciante. A construção de um espaço de trabalho
colaborativo, de construção de conhecimento e troca de de experiências contribuem
significativamente para que os docentes iniciante consigam enfrentar as angústias
e os desafios inerentes a inserção profissional mais envolvidos com a instituição, se
sentindo pertencentes aos meios, influenciando a sua atuação de forma direta.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sem dúvida, a carreira profissional docente é desafiadora, permeada de angústias,


dilemas e contradições. Os professores iniciantes seja no âmbito da Educação o
Básica ou na Educação Superior passam desafios que emanam da exigência de
diferentes saberes: o saber disciplinar ou saber do conteúdo, o saber das relações
entre professor e aluno, o saber da prática pedagógica e os saberes adquiridos a
partir das relações constituídas na instituição.

O professor de Educação superior ganha um desafio maior que é enfrentar a sala


de aula sem um curso para sua formação, contando apenas com um incentivo para
realizarem doutorado, mestrado e especialização. Mas o domínio do conteúdo da
área específica de atuação não basta, há que implantar um programa de inserção
profissional para apoiar e orientar o professor iniciante, proporcionando uma
reflexão da prática com o suporte de um profissional experiente na sua área,
rompendo com o típico isolamento inicial, trazendo-lhe incentivo, segurança e
reflexão da prática dentro de um trabalho colaborativo.

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Há que se repensar os programas de formação de professor em todos os âmbitos,
delegando aos sistemas de ensino e às escolas a inserção do professor iniciante, de
forma que ele se sinta pertencente ao meio, influenciando a sua atuação direta,
marcando a chegada de um novo profissionalismo docente.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

NETO, H.C.de M.; VIEIRA, V.M.de O. O Professor Iniciante na Educação


Superior: desafios, dilemas e contradições. Revista Interação Interdisciplinar v.
01, no. 01, p.189-206, Jan - Jul., 2017

ATIVIDADE 2

O que é ser professor para Leandro Karnal?,


Como filósofo , Karnal traduz o ser professor com sábias palavras discorrendo que
ser professor é ser alguém que aposta no futuro, que educa um ser humano no
presente para o futuro. Por ser alguém que tem fé no futuro é um condenado à
esperança, a acreditar que trabalho com algo que não está pronto ainda, que está
em processo de transformação e que pode vir a ser algo melhor. É ter a capacidade
de observar a plenitude e de um ser ainda na sua fase inicial. Enxerga os alunos
na sua potência, alguém que, através do seu conhecimento, pode tornar um mundo
melhor, mesmo na diferença.
Ser professor é trabalhar com incertezas, com instabilidade, com imprevistos. Como
todos que lidam com seres humanos, não existe uma fórmula. Cada aluno é único, é
um desafio a ser vencido com muita humildade, afinal não temos o controle de tudo.
Ser professor é reinventar-se sem muitas formas definidas, é recriar-se, é não se
permitir entrar na monotonia. Ser professor é fazer as coisas com muita dedicação.
É , sobretudo, conceber a aula como um instrumento universal de transformação de
uma sociedade.

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O que é ser professor para Clóvis de Barros Filho?
Para Clóvis de Barros Filho ser professor é ser capaz de dizer de maneira simples,
coisas complexas. Tem pela frente o desafio de aproximar a ideia do repertório do
interlocutor para ser compreendido por qualquer um. Envolve proporcionar acesso a
ideias originalmente complicadas, usando de recursos explicativos, aproximando-as
do repertório do aluno. É uma questão também de comunicação e, para nos
comunicarmos bem, não basta saber. O professor precisa ter didática, ter talento
para ser um explicador competente, capaz de transmitir o pensamento de forma
clara. É preciso gostar do que você faz mesmo quando o resultado não é
satisfatório. A motivação para ser professor está em parte no interesse do aluno,
mas não pode desanimar com um aluno sem interesse, pelo contrário, este aluno
que não responde, que não faz as atividades, deve ser o desafio maior. Ser
professor envolve satisfação pessoal com o próprio trabalho, independente do
eventual resultado É preciso que o professor veja sentido no que faz, que olhe para
a própria aula com encantamento e que possa entrar em uma aula com certa
expectativa e ser surpreendido com um ineditismo.Ser professor exige um gesto de
entrega, um gesto de amor, que traz para quem tem a capacidade de amar
ensinando uma compensação sem par.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de Leandro Karnal e Clóvis de Barros Filho terem abordado aspectos


diferentes em relação ao que é ser professor, ambos trazem na essência do
discurso do que é ser professor envolve a capacidade de ser agente transformador
e de fazer a diferença. Quando a educação encontra o conhecimento e a
transformação encontra o exercício pedagógico – quando alguma coisa que o
professor disse ou fez, pelo exemplo ou pela explicação, acende uma luz no aluno,
e este aluno, enfim, percebe algo que ele não perceberia, a partir dali, ele é "outra
pessoa", mais cidadão, menos intolerante e menos preconceituoso. O ser agente
transformador ganha

REFERÊNCIA

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PROFESSOR LEANDRO KARNAL

https://www.youtube.com/watch?v=oPUHX029ETI.

PROFESSOR CLÓVIS DE BARROS FILHO

https://www.youtube.com/watch?v=1NGJprrWVOM.

ATIVIDADE 3

Cinco “erros” comuns dos professores iniciantes a partir da leitura do 2º


Capítulo do livro “Conversas com um jovem professor” , intitulado “As pedras
da nossa estrada” (da página 29 à página 42).

ERRO 1: QUEM É O ADULTO NESTA SALA?

Karnal parte de sua experiência para chamar atenção que não se deve tomar
frases e expressões dos alunos como pessoais e nem interpretá-las como ataque
e contra-ataque. É fundamental observar a relação adolescente-adulto, sendo no
primeiro natural e no segundo um equívoco a ausência de maturidade. É prudente
responder de forma calma e controlada a uma provocação de um adolescente. É
necessário superar o próprio orgulho, em prol da valorização do espaço do
aprendizado e do exemplo de ser um melhor professor.

ERRO 2: AGORA VOCÊS VÃO VER…

Um segundo erro é quando o ego fala mais alto do que qualquer outra coisa,chama
a atenção. O objetivo está em si mesmo, e não no aprendizado e sua medida. As
provas se tornam um instrumento de demonstrar o padrão alto do professor e
chamar atenção para seriedade dos trabalhos. O exercício do professor é sempre
estar sensível ao outro e não a si.

ERRO 3: DECIFRA-ME OU TE DEVORO.

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O terceiro erro não se trata de um erro específico,mas algo diluído em muitas
atitudes. Manifesta-se durante a chamada dos nomes em sala de aula e de
expressões faciais a perguntas, pois “ser um bom professor significa até tentar
controlar seu olhar ou outros indicativos de desagrado não verbais”. E se não
conseguir , o professor deve pedir desculpas, conversar com o aluno envolvido e
indicar que é humano também.

ERRO 4: SOU UM PROFESSOR, NÃO UM ALUNO MAIS ADIANTADO.

O quarto erro é que o professor não é um aluno mais adiantado ou aquele que sabe
mais . Ele não é o melhor, mas aquele sujeito mais apto profissionalmente para o
exercício do trabalho docente. O professor não pode exibir conhecimentos
superiores, se considerar colega do aluno, mas deve , acima de tudo, ser um
profissional da área.

ERRO 5: DESISTIR DO ALUNO

Por último, o quinto erro é desistir ou abandonar o aluno por comportamento ou


nota. A tarefa do professor é constante, difícil, com resultados a médio prazo. Exige
o exercício da paciência pedagógica para lidar com o aluno-problema, pois é ele
quem mais precisa do professor. O aluno brilhante caminha por si só .

Referência

http://espacoviverzen.com.br/wp-content/uploads/2017/06/conversas-com-um-jovem-prof-1.pdf

ATIVIDADE 4

Ler o artigo “Aprendizagem e relação professor-aluno na universidade: duas faces


da mesma moeda”, de autoria de Cenilza Pereira dos Santos e Sandra Regina
Soares. e responder a seguinte questão:

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Para as autoras, por que a relação professor-aluno constitui as duas faces da
mesma moeda?

A leitura do artigo "Aprendizagem e relação professor-aluno na universidade: duas


faces da mesma moeda” das autoras Cenilza Pereira dos Santos e Sandra Regina
Soares, aborda uma reflexão teórica sobre a aprendizagem, apresentando as duas
faces da mesma moeda : a relação professor-aluno. Apresenta parte dos resultados
de uma pesquisa que fizeram para conhecer as representações sobre a relação
professor-aluno no processo formativo na universidade, de estudantes do último ano
do Curso de pedagogia e que já atuam como professores,

Os elementos resultantes da pesquisa é fruto da discussão dos dados e indicam


que as representações dos participantes sobre a relação professor-aluno
contemplam, de uma lado da moeda, o professor que tem consciência do seu
papel formativo e tem um discurso idealizado do papel mediador do professor, cuja
prática está centrada na aprendizagem do estudante e na sua participação ativa e
comprometida com o aprender, e, do outro, práticas estudantis baseadas na
heteronomia,no medo de se expor e ser repreendido pelo professor, que ocupa
ainda o lugar de detentor do saber.

Essa significação, construída a partir dos dados coletados ao longo das vivências
escolares dos participantes, foi reforçada pelas práticas vivenciadas no processo
formativo na universidade. A distância entre o conhecimento teórico e o prático na
formação vivenciada não contribui para a ressignificação das práticas autoritárias
até então presentes em suas vivências, e, com isso, não contribuíram para
ressignificação das representações, A prática dialógica, ancorada na experiência
significativa para a vida dos estudantes não se fez presente no processo formativo.

A incoerência dos processos aprendidos na teoria e vivenciados na prática dentro


da universidade sinalizam que o processo de formação dos professores é
ineficiente, frágil e é incapaz de promover mudanças significativas nas
representações, crenças e saberes experienciais trazidos pelos estudantes.

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O ensino universitário só contribuirá para uma mudança de representação quando o
professor universitário incorporar a sua práxis uma metodologia capaz de envolver o
aluno de forma significativa, que fomente o prazer de aprender, desenvolvendo o
senso crítico diante do que é aprendido, relacionando o conhecimento com o mundo
real. é urgente instituir uma formação, cuja a ancoragem se estabeleça em
elementos significativos, concretos, encontrados na vida e no campo de ação do
futuro profissional que se está formando.

A relação professor-aluno tem gerado inquietação e questionamentos sobre o que


de fato as universidades têm realmente formado profissionais para atuarem com
autonomia e competência numa sociedade contemporânea cada vez mais
complexa.

A abordagem tradicional de educação,calcada no saber descontextualizado e


dogmático , transmitido de forma fragmentada, ainda existente nas universidades,
não atende à atual necessidade dos alunos num mundo globalizado, em que a
internet oferece novas possibilidades de acesso às informações.

O encontro desses dois atores , professor e estudante ,duas faces da mesma


moeda na universidade, só se justifica pela necessidade das novas gerações de
professores aprenderem a ser professor, encarando a aprendizagem significativa, a
construção de conhecimentos para a vida, a reflexão crítica, a argumentação e o
diálogo como a base da relação interativa entre professor e aluno e a realidade
vivida na universidade . As aulas expositivas, conteudistas , cansativas com pouca
participação do aluno, sem conexão com a reais necessidades dos alunos perderão
o sentido face a uma relação entre professor-aluno, constituída de forma saudável,
complementar, dialógica, na qual o professor investe na aprendizagem significativa
do acadêmico e constrói alternativas de conquistá-lo para o provocador processo de
se abrir para o novo, construindo conhecimentos e atitudes de forma ativa e
autônoma.

Para se instituir um novo paradigma de aprendizagem, precisamos começar


mudando a forma como o professor ensina e as relações que estabelecem com os
alunos e vice-versa. Afeto, saber e autoridade estruturarão a relação

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professor-aluno e a qualidade da aprendizagem. Assim sendo, os dois lados da
moeda não serão sujeitos opostos, mas sujeitos ativos, cujas ações se
complementam.

REFERÊNCIA

NETO, H.C.de M. Didática e Metodologia do Ensino Superior.


SANTOS, C.P. dos; SOARES, Sandra Regina. Aprendizagem e relação
professor-alunos na universidade: duas faces da mesma moeda. Est. Aval.
Educ., São Paulo, v.22, n.49, p.353-370, maio/agosto 2011

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