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05 Auditoria Fiscal
05 Auditoria Fiscal
BR 1
NBC TA 200 (R1) – OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
A letra R mais o número que identifica sua alteração (R1, R2, R3, ...) foram adicionados à sigla da norma para
identificarem o número da consolidação e facilitarem a pesquisa no site do CFC. A citação desta norma em outras
normas é identificada pela sua sigla sem referência a R1, R2, R3, pois essas referências são sempre da norma em
vigor, para que, em cada alteração da norma, não haja necessidade de se ajustarem as citações em outras normas.
Sumário Item
INTRODUÇÃO
Alcance 1–2
Auditoria de demonstrações contábeis 3–9
Data de vigência 10
OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR 11 – 12
DEFINIÇÕES 13
REQUISITOS
Requisitos éticos relacionados à auditoria de demonstrações contábeis 14
Ceticismo profissional 15
Julgamento profissional 16
Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria 17
Condução da auditoria em conformidade com NBCs TA 18 – 24
APLICAÇÃO E OUTROS MATERIAIS EXPLICATIVOS
Definições A1 – A2
Auditoria de demonstrações contábeis A3 – A15
Requisitos éticos relacionados à auditoria de demonstrações contábeis A16 – A19
Ceticismo profissional A20 – A24
Julgamento profissional A25 – A29
Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria A30 – A54
Condução da auditoria em conformidade com NBCs TA A55 – A78
Introdução
Alcance
5. Como base para a opinião do auditor, as NBCs TA exigem que ele obtenha segurança
razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção
relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é um
nível elevado de segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de
auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de
auditoria (isto é, o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante). Contudo, asseguração razoável
não é um nível absoluto de segurança porque há limitações inerentes em uma auditoria, as
quais resultam do fato de que a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia
suas conclusões e sua opinião, é persuasiva e não conclusiva (ver itens A28 a A52).
Data de vigência
10. Esta Norma é aplicável para auditorias de demonstrações contábeis para períodos iniciados
em ou após 1º de janeiro de 2010.
12. Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários
previstos das demonstrações contábeis, as NBCs TA requerem que o auditor se abstenha
de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com
lei ou regulamentação aplicável.
Definições
13. Para fins das NBCs TA, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a seguir:
(a) Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório financeiro
adotada pela administração e, quando apropriado, pelos responsáveis pela governança
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na elaboração das demonstrações contábeis, que é aceitável em vista da natureza da
entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei ou
regulamento.
A expressão “estrutura de apresentação adequada” é utilizada para se referir a uma
estrutura de relatório financeiro que exige conformidade com as exigências dessa
estrutura e:
(i) reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir a apresentação
adequada das demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração
forneça divulgações além das especificamente exigidas pela estrutura; ou
(ii) reconhece explicitamente que pode ser necessário que a administração se desvie
de uma exigência da estrutura para conseguir a apresentação adequada das
demonstrações contábeis. Espera-se que tais desvios sejam necessários apenas
em circunstâncias extremamente raras.
A expressão “estrutura de conformidade” (compliance) é utilizada para se referir a uma
estrutura de relatório financeiro que exija a conformidade com as exigências dessa
estrutura, mas não reconhece os aspectos contidos em (i) e (ii) acima.
(b) Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar
suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem
informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis
e outras informações. Para fins das NBCs TA:
(i) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de
auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela
avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade de
tal evidência;
(ii) a adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de
auditoria; isto é, sua relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte às
conclusões em que se baseia a opinião do auditor.
(c) Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria
inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O
risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de
detecção.
(d) Auditor é usado em referência à pessoa ou pessoas que conduzem a auditoria,
geralmente o sócio do trabalho ou outros integrantes da equipe do trabalho, ou, como
aplicável, à firma. Quando uma NBC TA pretende expressamente que uma exigência ou
responsabilidade seja cumprida pelo sócio do trabalho, usa-se o termo “sócio do
trabalho” ao invés de auditor. “Sócio do trabalho” e “firma” devem ser lidos como se
referindo a seus equivalentes no setor público, quando for relevante.
(e) Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção
existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções.
(f) Demonstrações contábeis são a representação estruturada de informações contábeis
históricas, incluindo notas explicativas relacionadas, com a finalidade de informar os
recursos econômicos ou obrigações da entidade em determinada data no tempo ou as
mutações de tais recursos ou obrigações durante um período de tempo, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro. As notas explicativas relacionadas
geralmente compreendem um resumo das políticas contábeis significativas e outras
informações. O termo “demonstrações contábeis” geralmente se refere a um conjunto
completo de demonstrações contábeis, como determinado pela estrutura de relatório
financeiro aplicável, mas também pode se referir a uma única demonstração contábil,
que seria um quadro isolado.
(f) Demonstrações contábeis são a representação estruturada de informações financeiras
históricas, incluindo divulgações, com a finalidade de informar os recursos econômicos
ou as obrigações da entidade em determinada data no tempo ou as mutações de tais
recursos ou obrigações durante um período de tempo em conformidade com a estrutura
de relatório financeiro. O termo “demonstrações contábeis” refere-se normalmente ao
conjunto completo de demonstrações contábeis como determinado pela estrutura de
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relatório financeiro aplicável, mas também pode referir-se a quadros isolados das
demonstrações contábeis. As divulgações compreendem informações explicativas ou
descritivas, elaboradas conforme requeridas, permitidas expressamente ou de outra
forma pela estrutura de relatório financeiro aplicável, incluídas nas demonstrações
contábeis, ou nas notas explicativas, ou incorporadas por referência cruzada (ver itens
Al e A2). (Alterado pela NBC TA 200 (R1))
(g) Informação contábil histórica é a informação expressa em termos financeiros em
relação a uma entidade específica, derivada principalmente do sistema contábil da
entidade, a respeito de eventos econômicos ocorridos em períodos passados ou de
condições ou circunstâncias econômicas em determinada data no passado.
(h) Administração é a pessoa com responsabilidade executiva pela condução das
operações da entidade. Para algumas entidades, como no Brasil, a administração inclui
alguns ou todos os responsáveis pela governança, por exemplo, membros executivos
de um conselho de governança, ou sócio-diretor.
(i) Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação
de uma demonstração contábil relatada e o valor, a classificação, a apresentação ou a
divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório
financeiro aplicável. As distorções podem originar-se de erro ou fraude. Quando o
auditor expressa uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as distorções também
incluem os ajustes de valor, classificação, apresentação ou divulgação que, no
julgamento do auditor, são necessários para que as demonstrações contábeis estejam
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes.
(j) Premissa, relativa às responsabilidades da administração e, quando apropriado, dos
responsáveis pela governança, com base na qual a auditoria é conduzida – Que a
administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança, tenham
conhecimento e entendido que eles têm as seguintes responsabilidades, fundamentais
para a condução da auditoria em conformidade com as normas de auditoria. Isto é, a
responsabilidade:
(i) pela elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de
relatório financeiro aplicável, incluindo quando relevante sua apresentação
adequada;
(ii) pelo controle interno que os administradores e, quando apropriado, os responsáveis
pela governança, determinam ser necessário para permitir a elaboração de
demonstrações contábeis que estejam livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou erro;
(iii) por fornecer ao auditor:
a. acesso às informações que os administradores e, quando apropriado, os
responsáveis pela governança, tenham conhecimento que sejam relevantes para
a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis como registros,
documentação e outros assuntos;
b. quaisquer informações adicionais que o auditor possa solicitar da administração
e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança para o propósito da
auditoria; e
c. acesso irrestrito àqueles dentro da entidade que o auditor determina ser
necessário obter evidências de auditoria.
No caso de uma estrutura de apresentação adequada, o item (i) acima pode ser
redigido como “pela elaboração e apresentação adequada das demonstrações
contábeis em conformidade com a estrutura de relatório financeiro”, ou “pela elaboração
de demonstrações contábeis que propiciem uma visão verdadeira e justa em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro”. Isso se aplica a todas as
referências à elaboração e apresentação das demonstrações contábeis nas normas de
auditoria.
(k) Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência
relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas,
na tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de ação apropriados nas
circunstâncias do trabalho de auditoria.
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(l) Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para
condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma
avaliação crítica das evidências de auditoria.
(m) Asseguração razoável é, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis, um
nível alto, mas não absoluto, de segurança.
(n) Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham
distorção relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a
seguir no nível das afirmações:
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação,
saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de
quaisquer controles relacionados;
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma
afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, não
seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da
entidade.
(o) Responsável pela governança é a pessoa ou organização com a responsabilidade de
supervisionar de forma geral a direção estratégica da entidade e obrigações
relacionadas com a responsabilidade da entidade. Isso inclui a supervisão geral do
processo de relatório financeiro. Para algumas entidades, os responsáveis pela
governança podem incluir empregados da administração, por exemplo, membros
executivos de conselho de governança de uma entidade do setor privado ou público, ou
sócio-diretor.
Requisitos
Ceticismo profissional
15. O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que
podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis
(ver itens A18 a A22).
Julgamento profissional
17. Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar
a ele obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião (ver itens A28 a A52).
18. O auditor deve observar todas as NBCs TA relevantes para a auditoria. Uma NBC TA é
relevante para a auditoria quando ela está em vigor e as circunstâncias tratadas nela
existem na situação específica (ver itens A55 a A59).
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19. O auditor deve entender o texto inteiro de cada NBC TA, inclusive sua aplicação e outros
materiais explicativos para entender os seus objetivos e aplicar as suas exigências
adequadamente (ver itens A60 a A68).
20. O auditor não deve declarar conformidade com as normas de auditoria (brasileiras e
internacionais) no seu relatório, a menos que ele tenha cumprido com as exigências desta
Norma e de todas as demais NBCs TA relevantes para a auditoria.
21. Para atingir os objetivos gerais do auditor, ele deve utilizar os procedimentos estabelecidos
nas NBCs TA relevantes ao planejar e executar a auditoria, considerando as inter-relações
entre as NBCs TA, para (ver itens A69 a A71):
(a) determinar se são necessários quaisquer procedimentos de auditoria, além dos exigidos
pelas NBCs TA, na busca dos objetivos formulados nas NBCs TA (ver item A72); e
(b) avaliar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente (ver item A73).
22. Observado o disposto no item 23, o auditor deve cumprir com cada exigência de uma NBC
TA, a menos que, nas circunstâncias da auditoria:
(a) a NBC TA inteira não seja relevante; ou
(b) a exigência não seja relevante por ser condicional e a condição não existir (ver itens
A74 e A75).
23. Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não considerar uma
exigência relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o auditor deve executar
procedimentos de auditoria alternativos para cumprir o objetivo dessa exigência. Espera-se
que a necessidade do auditor não considerar uma exigência relevante surja apenas quando
a exigência for a execução de um procedimento específico e, nas circunstâncias específicas
da auditoria, esse procedimento seria ineficaz no cumprimento do objetivo da exigência (ver
item A74).
24. Se um objetivo em uma NBC TA relevante não pode ser cumprido, o auditor deve avaliar se
isso o impede de cumprir os objetivos gerais de auditoria e se isso exige que ele, em
conformidade com as NBCs TA, modifique sua opinião ou renuncie ao trabalho (quando a
renúncia é possível de acordo com lei ou regulamento aplicável). A falha no cumprimento de
um objetivo representa um assunto significativo, que exige documentação em conformidade
com a NBC TA 230 – Documentação de Auditoria (ver itens A77 a A78). Para melhor
entendimento das expressões “que o auditor modifique sua opinião” ou “emitir uma opinião
modificada” ver NBC TA 705 que trata da emissão de relatórios com modificações, que
significa emitir um relatório adverso ou com ressalva.
Em razão dessas alterações, as disposições não alteradas desta norma são mantidas e a sigla da
NBC TA 200, publicada no DOU, Seção 1, de 3/12/2009, passa a ser NBC TA 200 (R1).
As alterações desta norma entram em vigor na data de sua publicação, aplicando-se às auditorias
de demonstrações contábeis para períodos que se findam em, ou após, 31 de dezembro de 2016.
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Brasília, 19 de agosto de 2016.
Definições
A1. Algumas estruturas de relatórios financeiros podem referir-se aos recursos econômicos ou
às obrigações da entidade em outros termos. Por exemplo, eles podem ser denominados
ativos e passivos da entidade, e a diferença residual entre eles também pode ser
denominada patrimônio ou patrimônio líquido. (Incluído pela NBC TA 200 (R1))
A2. Informações explicativas ou descritivas que devem ser incluídas nas demonstrações
contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável podem ser
incorporadas nelas por referência cruzada com informações em outro documento, como
relatório da administração ou relatório de risco. "Incorporadas nelas por referência cruzada"
significa cruzar a referência das demonstrações contábeis para outro documento, e não do
outro documento para as demonstrações contábeis. Quando a estrutura de relatório
financeiro aplicável não proíbe expressamente o uso de referência cruzada ou quando as
informações explicativas ou descritivas podem ser encontradas, e as informações forem
adequadamente incluídas como referência cruzada, as informações devem fazer parte das
demonstrações contábeis. (Incluído pela NBC TA 200 (R1))
A5. A elaboração das demonstrações contábeis, pela administração e, quando apropriado, pelos
responsáveis pela governança requer:
a identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável, no contexto de leis ou
regulamentos relevantes.
a elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com essa estrutura.
a inclusão de descrição adequada dessa estrutura nas demonstrações contábeis.
A elaboração das demonstrações contábeis exige que a administração exerça julgamento
ao fazer estimativas contábeis que sejam razoáveis nas circunstâncias, assim como ao
selecionar e ao aplicar políticas contábeis apropriadas. Esses julgamentos são
estabelecidos no contexto da estrutura de relatório financeiro aplicável.
A6. As demonstrações contábeis podem ser elaboradas em conformidade com uma estrutura de
relatório financeiro para satisfazer:
as necessidades de informação financeira comuns de um amplo leque de usuários (isto
é, “demonstrações contábeis para fins gerais”); ou
as necessidades de informação financeira de usuários específicos (isto é,
“demonstrações contábeis para propósitos especiais”).
A7. A estrutura de relatório financeiro aplicável muitas vezes abrange normas de contabilidade
estabelecidas por organização normatizadora autorizada ou reconhecida ou por exigências
legislativas ou regulamentares. Em alguns casos, a estrutura de relatório financeiro pode
abranger normas de informação contábil estabelecidas por organização normatizadora
autorizada ou reconhecida e exigências legislativas ou regulamentares. Outras fontes
podem fornecer orientação sobre a aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável.
Em alguns casos, a estrutura de relatório financeiro aplicável pode abranger tais fontes ou
pode até mesmo consistir nelas. Tais fontes podem incluir:
o ambiente legal e ético, incluindo estatutos, regulamentos, veredictos e obrigações
éticas profissionais em relação a assuntos contábeis;
interpretações contábeis publicadas de diferente autoridade emitidas por organizações
normatizadoras, profissionais ou reguladoras;
pontos de vista publicados de diferentes autoridades sobre assuntos contábeis
emergentes, emitidos por organizações normatizadoras, profissionais ou reguladoras;
práticas gerais e de setor amplamente reconhecidas e prevalecentes; e
literatura contábil.
Quando existem conflitos entre a estrutura de relatório financeiro aplicável e as fontes em
que orientação sobre sua aplicação pode ser obtida, ou entre as fontes que abrangem a
estrutura de relatório financeiro, a fonte com a mais alta autoridade prevalece.
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No caso do Brasil, como definido no item 7 da NBC TG 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis “práticas contábeis adotadas no Brasil” compreendem a
legislação societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo
Conselho Federal de Contabilidade, os pronunciamentos, as interpretações e as orientações
emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas
entidades em assuntos não regulados, desde que atendam à Estrutura Conceitual para a
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC e, por
conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais.
A11. A NBC TA 210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria, item 6(a),
estabelece exigências e fornece orientação sobre como determinar a aceitabilidade da
estrutura de relatório financeiro aplicável. A NBC TA 800 – Considerações Especiais -
Auditoria de Demonstrações Contábeis Elaboradas de Acordo com Estruturas Conceituais
de Contabilidade para Propósitos Especiais, trata de considerações especiais quando as
demonstrações contábeis são elaboradas em conformidade com uma estrutura de fim
especial.
A16. O auditor está sujeito a exigências éticas relevantes, inclusive as relativas à independência,
no que diz respeito a trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis. As exigências
éticas relevantes abrangem o Código de Ética Profissional do Contabilista, relacionados à
auditoria de demonstrações contábeis bem como as NBC PAs aplicáveis.
A18. No caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido pelo Código de
Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, se exige que o
auditor seja independente da entidade sujeita a auditoria. O Código de Ética Profissional do
Contabilista e as normas profissionais descrevem a independência como abrangendo
postura mental independente e independência na aparência. A independência do auditor
frente à entidade salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem
ser afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião. A independência
aprimora a capacidade do auditor de atuar com integridade, ser objetivo e manter postura de
ceticismo profissional.
A19. A NBC PA 01 trata das responsabilidades da firma (e dos auditores independentes pessoas
físicas) ao estabelecer e manter sistema de controle de qualidade para a execução de
trabalhos de auditoria ou revisão de informações históricas, outros trabalhos de
asseguração (informações não históricas) e serviços correlatos. A referida NBC PA, itens 20
11
a 24, apresenta as responsabilidades do auditor (pessoa física ou jurídica) para o
estabelecimento de políticas e procedimentos para lhe fornecer segurança razoável de que
a firma e seu pessoal cumprem com as exigências éticas relevantes, inclusive as
relacionadas com independência. A NBC TA 220 – Controle de Qualidade da Auditoria de
Demonstrações Contábeis, itens 9 a 11, apresenta as responsabilidades do sócio do
trabalho no que diz respeito às exigências éticas relevantes. Essas responsabilidades
incluem alertas adicionais, por meio de observação e indagações quando necessário para
evidências de não cumprimento com requerimentos éticos relevantes por membros da
equipe de trabalho, determinando a ação apropriada se vierem ao conhecimento do sócio do
trabalho assuntos que indiquem que membros da equipe do trabalho não cumpriram com
exigências éticas relevantes, e formar uma conclusão sobre a conformidade com as
exigências de independência que se aplicam ao trabalho de auditoria. A NBC TA 220
reconhece que a equipe do trabalho tem direito de se valer dos sistemas de controle de
qualidade da firma para cumprir suas responsabilidades no que se refere a procedimentos
de controle de qualidade aplicáveis ao trabalho de auditoria individual, a menos que a
informação fornecida pela firma ou outras partes sugira outra ação.
Ceticismo profissional
A22. O ceticismo profissional é necessário para a avaliação crítica das evidências de auditoria.
Isso inclui questionar evidências de auditoria contraditórias e a confiabilidade dos
documentos e respostas a indagações e outras informações obtidas junto à administração e
aos responsáveis pela governança. Também inclui a consideração da suficiência e
adequação das evidências de auditoria obtidas considerando as circunstâncias, por
exemplo, no caso de existência de fatores de risco de fraude e um documento individual, de
natureza suscetível de fraude, for a única evidência que corrobore um valor relevante da
demonstração contábil.
A23. O auditor pode aceitar registros e documentos como genuínos, a menos que tenha razão
para crer no contrário. Contudo, exige-se que o auditor considere a confiabilidade das
informações a serem usadas como evidências de auditoria (NBC TA 500 – Evidência de
Auditoria, itens 7 a 9). Em casos de dúvida a respeito da confiabilidade das informações ou
indicações de possível fraude (por exemplo, se condições identificadas durante a auditoria
fizerem o auditor crer que um documento pode não ser autêntico ou que termos de
documento podem ter sido falsificados), as normas de auditoria exigem que o auditor faça
investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos procedimentos de
auditoria são necessários para solucionar o assunto (NBC TA 240, item 13; NBC TA 500,
item 11; e NBC TA 505 – Confirmações Externas, itens 10, 11 e 16).
A24. Não se pode esperar que o auditor desconsidere a experiência passada de honestidade e
integridade da administração da entidade e dos responsáveis pela governança. Contudo, a
12
crença de que a administração e os responsáveis pela governança são honestos e têm
integridade não livra o auditor da necessidade de manter o ceticismo profissional ou permitir
que ele se satisfaça com evidências de auditoria menos que persuasivas na obtenção de
segurança razoável.
A25. O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da auditoria. Isso porque
a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes, das normas de auditoria e
as decisões informadas requeridas ao longo de toda a auditoria não podem ser feitas sem a
aplicação do conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. O
julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre:
materialidade e risco de auditoria;
a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o
cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta de evidências de
auditoria;
avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais precisa
ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBCs TA e, com isso, os objetivos
gerais do auditor;
avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro
aplicável da entidade;
extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por exemplo, pela
avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das
demonstrações contábeis.
A26. A característica que distingue o julgamento profissional esperado do auditor é que esse
julgamento seja exercido por auditor, cujo treinamento, conhecimento e experiência tenham
ajudado no desenvolvimento das competências necessárias para estabelecer julgamentos
razoáveis.
A27. O exercício do julgamento profissional em qualquer caso específico baseia-se nos fatos e
circunstâncias que são conhecidos pelo auditor. A consulta a respeito de assuntos difíceis
ou contenciosos durante o curso da auditoria, dentro da equipe do trabalho e entre a equipe
do trabalho e outros no nível apropriado, dentro ou fora da firma de auditoria, tal como
exigido pela NBC TA 220, item 18, ajudam o auditor no exercício de julgamentos suportados
e razoáveis.
A28. O julgamento profissional pode ser avaliado com base no fato de que o julgamento exercido
reflete uma aplicação competente ou não competente dos princípios de auditoria e contábeis
e se ele é apropriado considerando os fatos e circunstâncias conhecidos pelo auditor até a
data do seu relatório de auditoria e compatível com estes.
A29. O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a auditoria. Ele também
precisa ser adequadamente documentado. Neste aspecto, exige-se que o auditor elabore
documentação de auditoria suficiente para possibilitar que outro auditor experiente, sem
nenhuma ligação prévia com a auditoria, entenda os julgamentos profissionais significativos
exercidos para se atingir as conclusões sobre assuntos significativos surgidos durante a
auditoria (NBC TA 230, item 8). O julgamento profissional não deve ser usado como
justificativa para decisões que, de outra forma, não são sustentados pelos fatos e
circunstâncias do trabalho nem por evidência de auditoria apropriada e suficiente.
A30. A evidência de auditoria é necessária para sustentar a opinião e o relatório do auditor. Ela é
de natureza cumulativa e primariamente obtida a partir de procedimentos de auditoria
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executados durante o curso da auditoria. Contudo, também pode incluir informações obtidas
de outras fontes, como auditorias anteriores (contanto que o auditor tenha determinado se
ocorreram mudanças desde a auditoria anterior que possam afetar a sua relevância para a
auditoria corrente, NBC TA 315, item 9) ou procedimentos de controle de qualidade do
auditor para aceitação e continuidade de clientes. Além de outras fontes dentro e fora da
entidade, os registros contábeis da entidade são uma fonte importante de evidência de
auditoria. Além disso, informações que possam ser usadas como evidências de auditoria
podem ter sido elaboradas por especialista empregado ou contratado pela entidade. As
evidências de auditoria abrangem informações que sustentam e corroboram as afirmações
da administração e informações que contradizem tais afirmações. Além disso, em alguns
casos, a ausência de informações (por exemplo, a recusa da administração de fornecer uma
representação solicitada) é usada pelo auditor e, portanto, também constitui evidência de
auditoria. A maior parte do trabalho do auditor na formação de sua opinião consiste na
obtenção e avaliação da evidência de auditoria.
A33. Determinar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente para a redução do
risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo, possibilitando assim ao auditor tirar
conclusões para fundamentar sua opinião, é uma questão de julgamento profissional. A
NBC TA 500 e outras NBCs TA relevantes estabelecem exigências adicionais e fornecem
orientação adicional, aplicável durante toda a auditoria, no que se refere às considerações
do auditor na obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.
Risco de auditoria
A34. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
A avaliação dos riscos baseia-se em procedimentos de auditoria para a obtenção de
informações necessárias para essa finalidade e evidências obtidas ao longo de toda a
auditoria. A avaliação dos riscos é antes uma questão de julgamento profissional que uma
questão passível de mensuração precisa.
A35. Para fins das NBCs TA, o risco de auditoria não inclui o risco de que o auditor possa
expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis contêm distorção relevante
quando esse não é o caso. Esse risco geralmente é insignificante. Além disso, o risco de
auditoria é um termo técnico relacionado ao processo de auditoria; ele não se refere aos
riscos de negócio do auditor, tais como perda decorrente de litígio, publicidade adversa ou
outros eventos surgidos em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis.
A37. Riscos de distorção relevante no nível geral da demonstração contábil referem-se aos riscos
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de distorção relevante que se relacionam de forma disseminada às demonstrações
contábeis como um todo e que afetam potencialmente muitas afirmações.
A38. Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação são avaliados para que se determine
a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria necessários
para a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente. Essa evidência possibilita
ao auditor expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis em um nível
aceitavelmente baixo de risco de auditoria. Os auditores usam várias abordagens para
cumprir o objetivo de avaliar os riscos de distorção relevante. Por exemplo, o auditor pode
fazer uso de um modelo que expresse a relação geral dos componentes do risco de
auditoria em termos matemáticos para chegar a um nível aceitável de risco de detecção.
Alguns auditores julgam tal modelo útil no planejamento de procedimentos de auditoria.
A40. O risco inerente é mais alto para algumas afirmações e classes relacionadas de transações,
saldos contábeis e divulgações do que para outras. Por exemplo, ele pode ser mais alto
para cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas
contábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa. Circunstâncias externas que dão
origem a riscos de negócios também podem influenciar o risco inerente. Por exemplo,
desenvolvimentos tecnológicos podem tornar obsoleto um produto específico, tornando
assim o estoque mais suscetível de distorção em relação à superavaliação. Fatores na
entidade e no seu ambiente, relacionados às várias ou todas as classes de transações,
saldos contábeis ou divulgações também podem influenciar o risco inerente relacionado a
uma afirmação específica. Tais fatores podem incluir, por exemplo, falta de capital de giro
suficiente para a continuidade das operações ou um setor em declínio caracterizado por um
grande número de falências.
A42. A avaliação dos riscos de distorção relevante pode ser expressa em termos quantitativos,
como porcentagens, ou em termos não quantitativos. De qualquer forma, a necessidade de
que o auditor faça avaliações de risco apropriadas é mais importante do que as diferentes
abordagens pelas quais elas são feitas. As NBCs TA geralmente não se referem ao risco
15
inerente e ao risco de controle separadamente, mas a uma avaliação combinada dos “riscos
de distorção relevante”. Contudo, a NBC TA 540, item 16, requer a avaliação separada do
risco inerente e do risco de controle para fornecer a base para o planejamento e a
realização de procedimentos adicionais de auditoria para responder aos riscos avaliados de
distorção relevante, incluindo riscos significativos, para as estimativas contábeis no nível de
afirmações, de acordo com a NBC TA 330, item A7(b). Ao identificar e avaliar os riscos de
distorção relevante para classes de transações, saldos contábeis ou divulgações
significativas que não de saldos contábeis, o auditor pode fazer avaliações separadas ou
combinadas do risco inerente e do risco de controle, dependendo das técnicas de auditoria
ou metodologias e considerações práticas. (Incluído pela Revisão NBC 03)
A43. A NBC TA 315 estabelece exigências e fornece orientação sobre a identificação e avaliação
dos riscos de distorção relevante nos níveis de demonstração contábil e de afirmação.
Risco de detecção
A44. Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de detecção tem uma
relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nível da afirmação. Por
exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção relevante que o auditor acredita existir,
menor é o risco de detecção que pode ser aceito e, portanto, mais persuasivas são as
evidências de auditoria exigidas.
A45. O risco de detecção se relaciona com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos
que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo
aceitável. Portanto, é uma função da eficácia do procedimento de auditoria e de sua
aplicação pelo auditor. Assuntos como:
planejamento adequado;
designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho;
aplicação de ceticismo profissional; e
supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado, ajudam a aprimorar a eficácia
do procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a possibilidade de que o
auditor possa selecionar um procedimento de auditoria inadequado, aplicar erroneamente
um procedimento de auditoria apropriado ou interpretar erroneamente os resultados da
auditoria.
A46. A NBC TA 300 e a NBC TA 330 estabelecem exigências e fornecem orientação sobre o
planejamento da auditoria das demonstrações contábeis e as respostas do auditor aos
riscos avaliados. O risco de detecção, porém, só pode ser reduzido, não eliminado, devido
às limitações inerentes de uma auditoria. Portanto, sempre existe risco de detecção.
A47. O auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco de auditoria a zero, e, portanto, não
pode obter segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção
relevante devido a fraude ou erro. Isso porque uma auditoria tem limitações inerentes, e,
como resultado, a maior parte das evidências de auditoria que propiciam ao auditor obter
suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas ao invés de conclusivas.
As limitações inerentes de uma auditoria originam-se da:
natureza das informações contábeis;
natureza dos procedimentos de auditoria; e
necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo razoável
e a um custo razoável.
16
aplicação das exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável aos fatos e
circunstâncias da entidade. Além disso, muitas demonstrações contábeis envolvem
decisões ou avaliações subjetivas ou um grau de incerteza, e pode haver uma série de
interpretações ou julgamentos aceitáveis que podem ser estabelecidos. Consequentemente,
alguns itens das demonstrações contábeis estão sujeitos a um nível inerente de
variabilidade que não pode ser eliminado pela aplicação de procedimentos adicionais de
auditoria. Este é o caso de certas estimativas contábeis. Contudo, as normas de auditoria
exigem que o auditor considere especificamente se as estimativas contábeis são razoáveis
no contexto da estrutura de relatório financeiro aplicável e divulgações relacionadas, e os
aspectos qualitativos das práticas contábeis da entidade, inclusive indicadores de possível
tendência nos julgamentos da administração (NBC TA 540 – Auditoria de Estimativas
Contábeis, Inclusive do Valor Justo, e Divulgações Relacionadas e a NBC TA 700 –
Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as
Demonstrações Contábeis, item 12).
A49. Há limites práticos e legais à capacidade do auditor de obter evidências de auditoria. Por
exemplo:
Existe a possibilidade de que a administração ou outros possam não fornecer,
intencionalmente ou não, as informações completas que são relevantes para a
elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham sido solicitadas pelo auditor.
Portanto, o auditor não pode ter certeza da integridade da informação, embora tenha
executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as informações
relevantes foram obtidas.
A fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados para sua
ocultação. Portanto, os procedimentos de auditoria aplicados para coletar evidências de
auditoria podem ser ineficazes para a detecção de distorção relevante que envolva, por
exemplo, conluio para a falsificação de documentação que possa fazer o auditor acreditar
que a evidência de auditoria é válida quando ela não é. O auditor não é treinado nem
obrigado a ser especialista na verificação de autenticidade de documentos.
A auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não
recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca, que podem ser
necessários para tal investigação.
A50. A dificuldade, falta de tempo ou custo envolvido não são, por si só, base válida para que o
auditor omita um procedimento de auditoria para o qual não há alternativa ou que deva ser
satisfeito com evidências de auditoria menos que persuasivas. O planejamento adequado
ajuda a tornar suficientes o tempo e os recursos disponíveis para a condução da auditoria.
Apesar disso, a relevância da informação e, por meio dela, o seu valor tende a diminuir ao
longo do tempo, e há um equilíbrio a ser atingido entre a confiabilidade das informações e o
seu custo. Isso é reconhecido em certas estruturas de relatório financeiro, como por
exemplo, no Brasil, a “Estrutura para a Elaboração e Apresentação de Demonstrações
Contábeis” aprovada pelo CFC. Portanto, os usuários de demonstrações contábeis têm a
expectativa de que o auditor formará uma opinião sobre as demonstrações contábeis dentro
de um período de tempo e a custo razoáveis, reconhecendo que é impraticável tratar de
todas as informações que possam existir ou tratar cada assunto exaustivamente com base
na premissa de que as informações são erradas ou fraudulentas até prova em contrário.
17
aplique testes e outros meios para examinar populações em busca de distorções.
A53. No caso de certas afirmações ou objeto, os efeitos potenciais das limitações inerentes à
capacidade do auditor de detectar distorções relevantes são particularmente significativos.
Tais afirmações ou objeto incluem:
Fraude, particularmente fraude que envolva a alta administração ou conluio. Ver NBC TA
240 para discussão adicional.
A existência e integridade de relações e transações com partes relacionadas. Ver NBC
TA 550 – Partes Relacionadas, para discussão adicional.
A ocorrência de não conformidade com leis e regulamentos. Ver NBC TA 250 –
Consideração de Leis e Regulamentos na Auditoria de Demonstrações Contábeis, para
discussão adicional.
Eventos futuros ou condições adicionais que possam interromper a continuidade da
entidade. Ver NBC TA 570 – Continuidade Operacional, para discussão adicional.
NBCs TA relevantes que identificam procedimentos de auditoria específicos que ajudam na
mitigação dos efeitos das limitações inerentes.
A54. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco inevitável de que
algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora
a auditoria seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas de
auditoria. Portanto, descoberta posterior de uma distorção relevante das demonstrações
contábeis, resultante de fraude ou erro, não indica por si só, uma falha na condução de uma
auditoria em conformidade com as normas de auditoria. Contudo, os limites inerentes de
uma auditoria não são justificativas para que o auditor se satisfaça com evidências de
auditoria menos que persuasivas. Se o auditor executou ou não uma auditoria em
conformidade com as normas de auditoria é determinado pelos procedimentos de auditoria
executados nas circunstâncias, a suficiência e adequação das evidências de auditoria
obtidas como resultado desses procedimentos e a adequação do relatório do auditor com
base na avaliação dessas evidências considerando os objetivos gerais do auditor.
A55. As NBCs TA, consideradas em conjunto, fornecem as normas para o trabalho do auditor no
cumprimento dos seus objetivos gerais. As NBCs TA tratam das responsabilidades gerais do
auditor, assim como das considerações adicionais do auditor, relevantes para a aplicação
dessas responsabilidades a tópicos específicos.
18
A57. Ao executar uma auditoria, pode-se exigir que o auditor cumpra com exigências legais e
regulatórias, além das NBCs TA. As NBCs TA não passam por cima de lei ou regulamento
que regem a auditoria de demonstrações contábeis. Caso essa lei ou regulamento seja
diferente das NBCs TA, a auditoria conduzida apenas em conformidade com essa lei ou
regulamento não cumpre automaticamente com as normas de auditoria.
A59. As NBCs TA são relevantes para trabalhos no setor público. As responsabilidades do auditor
do setor público, porém, podem ser afetadas pelo contrato de auditoria, ou por obrigações
sobre entidades do setor público decorrentes de lei, regulamento ou outra autoridade (por
exemplo, diretrizes ministeriais, exigências de política governamental ou resoluções do
legislativo), que podem ter um alcance mais amplo do que a auditoria de demonstrações
contábeis em conformidade com as normas de auditoria. Essas responsabilidades
adicionais não são discutidas nas NBCs TA. Elas podem ser discutidas em outros
pronunciamentos normatizadores de órgãos reguladores ou em orientação desenvolvida por
esses órgãos ou agências governamentais.
A60. Além dos objetivos e requisitos (os requisitos são expressos nas NBCs TA com o uso de
“deve”), as NBCs TA contêm orientação relacionada com a forma de aplicação e outros
materiais explicativos. Ela também pode conter material introdutório que forneça contexto
relevante para o entendimento adequado da NBC TA e definições. O texto inteiro da NBC
TA, portanto, é relevante para o entendimento dos objetivos formulados em uma norma e a
aplicação apropriada dos requisitos da NBC TA.
A61. Quando for necessário, a aplicação e outros materiais explicativos fornecem explicação
adicional dos requisitos de uma NBC TA e orientação para o seu cumprimento. Em
particular, elas podem:
explicar mais precisamente o que uma exigência significa ou se destina a cobrir;
incluir exemplos de procedimentos que possam ser apropriados nas circunstâncias.
Embora tal orientação em si não imponha uma exigência, ela é relevante para a aplicação
apropriada dos requisitos da NBC TA. A aplicação e outros materiais explicativos também
podem fornecer informações de suporte sobre assuntos tratados em uma NBC TA.
A62. Os apêndices são parte da aplicação e outros materiais explicativos. A finalidade e uso
pretendido de um apêndice são explicados no corpo da NBC TA relacionada, no título ou na
introdução do próprio apêndice.
A63. O material introdutório pode incluir, conforme necessário, assuntos para explicar:
a finalidade e alcance da NBC TA, inclusive a maneira como ela se relaciona com outras
NBCs TA;
o assunto da NBC TA;
as respectivas responsabilidades do auditor e de outros em relação ao assunto da NBC
TA;
o contexto no qual se insere a NBC TA.
A64. Uma NBC TA pode incluir, em seção separada, sob o título “Definições”, uma descrição dos
significados atribuídos a certos termos para fins das NBCs TA. Elas são fornecidas
19
para auxiliar na aplicação e interpretação consistentes das NBCs TA, e não se destinam a
passar por cima de definições que possam ser estabelecidas para outras finalidades, seja
em lei, regulamentação ou outros. Salvo indicação em contrário, os termos devem ter os
mesmos significados ao longo de todas as NBCs TA. Também inclui descrições de outros
termos encontrados nas NBCs TA para auxiliar na interpretação e tradução comuns e
consistentes.
A66. Para fins de especificação das considerações adicionais para auditorias de entidades de
pequeno porte, uma “entidade de pequeno porte” refere-se à entidade que geralmente
possui características qualitativas como:
(a) concentração de propriedade e administração em pequeno número de indivíduos
(freqüentemente um único indivíduo, uma pessoa natural ou outra empresa que controle
a entidade, contanto que o proprietário exiba as características qualitativas relevantes);
e
(b) uma ou mais das seguintes situações:
(i) transações diretas ou não complicadas;
(ii) manutenção de registros simples;
(iii) poucas linhas de negócios e poucos produtos dentro das linhas de negócios;
(iv) poucos controles internos;
(v) poucos níveis de administração com responsabilidade por uma ampla série de
controles; ou
(vi) poucos empregados, muitos deles com uma ampla série de funções.
Essas características qualitativas não são exaustivas, nem exclusivas de entidades de
pequeno porte, e essas entidades não exibem necessariamente todas elas.
A67. As considerações específicas para entidades de pequeno porte incluídas nas NBCs TA
foram desenvolvidas tendo em mente primariamente entidades não listadas em bolsa.
Algumas das considerações, porém, podem ser úteis em auditorias de entidades abertas de
pequeno porte.
A68. As NBCs TA se referem ao proprietário de uma entidade de pequeno porte que está
envolvido no dia-a-dia da administração da entidade como “sócio-diretor” ou “sócio-gerente”.
A69. Cada NBC TA contém um ou mais objetivos que fornecem um vínculo entre as exigências e
os objetivos gerais do auditor. Os objetivos nas NBCs TA individuais servem para focar o
auditor no resultado desejado da NBC TA, ao mesmo tempo em que são específicos o
suficiente para auxiliar o auditor a:
entender o que precisa ser atingido e, quando necessário, o meio apropriado de fazê-lo; e
decidir se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos nas circunstâncias
específicas da auditoria.
A70. Os objetivos (contidos nas NBCs TA de forma individual) devem ser entendidos no contexto
dos objetivos gerais do auditor, formulados no item 11 desta Norma. Como no caso dos
objetivos gerais do auditor, a capacidade de cumprir um objetivo individual está igualmente
sujeita às limitações inerentes da auditoria.
20
A71. Ao usar os objetivos, exige-se que o auditor considere as inter-relações entre as NBCs TA.
Isso porque, como indicado no item A53, as NBCs TA tratam, em alguns casos, de
responsabilidades gerais e, em outras, da aplicação dessas responsabilidades a tópicos
específicos. Por exemplo, esta Norma exige que o auditor adote postura de ceticismo
profissional; isso é necessário em todos os aspectos do planejamento e execução de uma
auditoria, mas não se repete como requisito de cada NBC TA. Em um nível mais detalhado,
a NBC TA 315 e a NBC TA 330 contêm, entre outros aspectos, objetivos e requisitos que
tratam das responsabilidades do auditor na identificação e avaliação dos riscos de distorção
relevante e pelo planejamento e execução de procedimentos adicionais de auditoria para
responder aos riscos avaliados, respectivamente. Esses objetivos e requisitos são
aplicados ao longo de toda a auditoria. Por exemplo, a NBC TA 540 pode se estender
quanto à maneira como os objetivos e os requisitos das normas como a NBC TA 315 e a
NBC TA 330 devem ser aplicadas em relação ao tema da normas de auditoria, mas não os
repete. Assim, no cumprimento do objetivo formulado na NBC TA 540, o auditor considera
os objetivos e requisitos de outras NBCs TA relevantes.
Uso dos objetivos para determinar a necessidade de procedimentos adicionais de auditoria (ver
item 21(a))
A72. Os requisitos das NBCs TA são planejados para possibilitar ao auditor cumprir os objetivos
especificados nas NBCs TA e, com isso, os objetivos gerais do auditor. Espera-se, portanto,
a aplicação apropriada dos requisitos das NBCs TA pelo auditor, para a obtenção de uma
base suficiente para o cumprimento dos objetivos pelo auditor. Contudo, como as
circunstâncias dos trabalhos de auditoria variam amplamente e todas as circunstâncias não
podem ser antecipadas, o auditor é responsável pela determinação dos procedimentos de
auditoria necessários para satisfazer os requisitos das NBCs TA e cumprir os objetivos. Nas
circunstâncias do trabalho, pode haver assuntos específicos que exigem que o auditor
execute procedimentos de auditoria, além daqueles exigidos pelas NBCs TA, para cumprir
os objetivos especificados nas NBCs TA.
Uso dos objetivos para avaliar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente (ver item
21(b))
A73. Exige-se que o auditor use os objetivos para avaliar se foi obtida evidência de auditoria
apropriada e suficiente no contexto dos objetivos gerais do auditor. Se, como resultado, o
auditor concluir que a evidência de auditoria não é suficiente e apropriada, então, o auditor
pode seguir uma ou mais das seguintes abordagens, para cumprir a exigência do item 21(b):
avaliar se foi, ou será, obtida evidência de auditoria relevante como resultado do
cumprimento de outras NBCs TA;
estender o trabalho executado ao aplicar uma ou mais exigências; ou
executar outros procedimentos julgados pelo auditor como necessários nas
circunstâncias.
Quando nenhum dos procedimentos acima seja prático ou possível nas circunstâncias, o
auditor não será capaz de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente e as NBCs TA
exigem que ele determine o efeito disso no seu relatório ou sobre a sua capacidade de
completar o trabalho.
A74. Em alguns casos, uma NBC TA (e, portanto, todos os seus requisitos) pode não ser
relevante nas circunstâncias. Por exemplo, se a entidade não tem a função de auditoria
interna, nenhum aspecto da NBC TA 610 – Utilização do Trabalho de Auditoria Interna é
relevante.
A75. Pode haver requisitos condicionais em uma NBC TA relevante. Tal requisito é relevante
21
quando as circunstâncias contempladas na exigência são aplicáveis e a condição existe. Em
geral, a natureza condicional da exigência será explícita ou implícita, por exemplo:
O requisito de modificar a opinião do auditor se houver uma limitação de alcance (NBC
TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente) representa uma exigência
condicional explícita.
O requisito de comunicar aos responsáveis pela governança (NBC TA 265 –
Comunicação de Deficiências do Controle Interno), as deficiências significativas no
controle interno identificadas durante a auditoria, depende da existência dessas
deficiências significativas serem identificadas. De forma similar, a exigência de obtenção
de evidência de auditoria apropriada e suficiente no que se refere à apresentação e
divulgação da informação de segmentos em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável (NBC TA 501 – Evidência de Auditoria - Considerações Específicas
para Itens Selecionados) depende de ser tal divulgação permitida ou exigida pela
estrutura. Elas representam exigências condicionais implícitas.
Em alguns casos, o requisito pode ser expresso como sendo condicional a uma lei ou
regulamentação aplicável. Por exemplo, o auditor pode ser requerido a renunciar ao trabalho
de auditoria, quando a renúncia seja possível de acordo com a lei ou regulamentação
aplicável, ou o auditor pode ser requerido a fazer algo, exceto se proibido por lei ou
regulamentação. A permissão legal ou regulatória ou proibição pode ser explícita ou
implícita.
A77. A conclusão de que um objetivo foi cumprido ou não é um assunto que requer julgamento
profissional do auditor. Esse julgamento leva em conta os resultados dos procedimentos de
auditoria executados no cumprimento das exigências das NBCs TA, e a avaliação do auditor
quanto à obtenção ou não de evidência de auditoria apropriada e suficiente e se há algo
mais que precisa ser feito nas circunstâncias específicas da auditoria para o cumprimento
dos objetivos formulados nas NBCs TA. Portanto, circunstâncias que podem dar origem a
uma falha no cumprimento de um objetivo incluem aquelas que:
impedem o auditor de cumprir com requisitos relevantes de uma NBC TA;
têm como resultado não ser praticável ou possível para o auditor executar os
procedimentos adicionais de auditoria ou obter evidências de auditoria adicionais, como
determinado a partir do uso dos objetivos, em conformidade com o item 21, por exemplo,
devido à limitação nas evidências de auditoria disponíveis.
22
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC TA 200 (R1), DE 19 DE AGOSTO DE 2016
13. Para fins das NBC TAs, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a
seguir:
(...)
(f) Demonstrações contábeis são a representação estruturada de informações financeiras
históricas, incluindo divulgações, com a finalidade de informar os recursos econômicos ou
as obrigações da entidade em determinada data no tempo ou as mutações de tais recursos
ou obrigações durante um período de tempo em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro. O termo “demonstrações contábeis” refere-se normalmente ao conjunto completo
de demonstrações contábeis como determinado pela estrutura de relatório financeiro
aplicável, mas também pode referir-se a quadros isolados das demonstrações contábeis. As
divulgações compreendem informações explicativas ou descritivas, elaboradas conforme
requeridas, permitidas expressamente ou de outra forma pela estrutura de relatório
financeiro aplicável, incluídas nas demonstrações contábeis, ou nas notas explicativas, ou
incorporadas por referência cruzada (ver itens Al e A2).
(...)
A1. Algumas estruturas de relatórios financeiros podem referir-se aos recursos econômicos
ou às obrigações da entidade em outros termos. Por exemplo, eles podem ser denominados
ativos e passivos da entidade, e a diferença residual entre eles também pode ser
denominada patrimônio ou patrimônio líquido.
A2. Informações explicativas ou descritivas que devem ser incluídas nas demonstrações
contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável podem ser
incorporadas nelas por referência cruzada com informações em outro documento, como
relatório da administração ou relatório de risco. "Incorporadas nelas por referência cruzada"
significa cruzar a referência das demonstrações contábeis para outro documento, e não do
outro documento para as demonstrações contábeis. Quando a estrutura de relatório
financeiro aplicável não proíbe expressamente o uso de referência cruzada ou quando as
informações explicativas ou descritivas podem ser encontradas, e as informações forem
adequadamente incluídas como referência cruzada, as informações devem fazer parte das
demonstrações contábeis.
23
2. Em razão da inclusão dos itens A1 e A2, a numeração existente é renumerada em ordem
sequencial, ou seja, A1 para A3, A2 para A4, A3 para A5, e assim sucessivamente. Além
disso, as referências em outras normas também são ajustadas em função dessas alterações
de numeração.
3. Em razão dessas alterações, as disposições não alteradas desta norma são mantidas e a
sigla da NBC TA 200, publicada no DOU, Seção 1, de 3/12/2009, passa a ser NBC TA 200
(R1).
24
RESOLUÇÃO CFC N.º 1.201/09
RESOLVE:
Sumário Item
INTRODUÇÃO
Alcance 1–3
Autoridade 4–9
Data de vigência 10
OBJETIVO 11
DEFINIÇÕES 12
REQUISITOS
Aplicação e cumprimento de exigências relevantes 13 – 15
Recursos humanos 29 – 31
Execução do trabalho 32 – 47
Monitoramento 48 – 56
Esta Norma que trata do controle de qualidade para auditores (pessoas jurídicas e físicas) que
executam exames de auditoria e revisões de informação financeira histórica, outros trabalhos de
asseguração e serviços correlatos deve ser lida juntamente com a NBC TA 200 – Objetivos Gerais
do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria.
Introdução
Alcance
1. Esta Norma trata das responsabilidades do auditor (pessoa jurídica ou pessoa física,
doravante referido como firma) por seu sistema de controle de qualidade para auditorias e
revisões de demonstrações contábeis, assim como outros trabalhos de asseguração e
serviços correlatos. Esta Norma deve ser lida juntamente com as exigências éticas
relevantes.
Autoridade
4. Esta Norma se aplica a todas as firmas (pessoas jurídicas e pessoas físicas) com relação a
auditorias e revisões de demonstrações contábeis, outros trabalhos de asseguração e
serviços correlatos. A natureza e extensão das políticas e procedimentos desenvolvidos por
firma individual para cumprir com esta Norma dependem de diversos fatores, como o porte e
as características operacionais da firma, e se ela faz parte de uma rede.
5. Esta Norma contém o objetivo da firma, e requisitos estabelecidos para permitir que a firma
alcance esse objetivo. Além disso, ela contém orientações relacionadas na forma de
aplicação e outros materiais explicativos, conforme discutido adicionalmente no item 8,
assim como material introdutório que fornece contexto relevante para o devido entendimento
da Norma e definições.
Embora essas orientações por si só não imponham um requisito, elas são relevantes para a
correta aplicação dos requisitos. A aplicação e outros materiais explicativos podem,
também, fornecer informações básicas sobre assuntos tratados nesta Norma. Quando
apropriado, são incluídas considerações adicionais específicas de firmas de auditoria do
setor público ou firmas menores na aplicação e em outros materiais explicativos. Essas
considerações adicionais ajudam na aplicação dos requisitos desta Norma. Contudo, elas
não limitam ou reduzem a responsabilidade da firma de aplicar e cumprir os requisitos desta
Norma.
9. Esta Norma inclui, sob o título “Definições”, a descrição dos significados atribuídos a certos
termos para fins desta Norma. As definições são fornecidas para ajudar na aplicação e
interpretação consistentes desta Norma, e não pretendem anular as definições
estabelecidas para outros fins, seja em termos legais, regulatórios ou de outra natureza.
Data de vigência
Objetivo
11. O objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade para obter
segurança razoável que:
(a) a firma e seu pessoal cumprem as normas técnicas e as exigências regulatórias e
legais aplicáveis; e
(b) os relatórios sobre demonstrações contábeis e demais relatórios emitidos pela firma
e pelos sócios encarregados do trabalho são apropriados nas circunstâncias.
Definições
Sócio encarregado do trabalho é o sócio ou outra pessoa na firma responsável pelo trabalho
e sua execução, e pelo relatório que é emitido em nome da firma. Quando necessário, é
quem tem a autoridade apropriada conferida pelo Sistema CFC/CRC e quando requerido
pelo regulador. Os termos sócio encarregado do trabalho, sócio e firma devem ser lidos
como os equivalentes aplicados para o setor público.
Companhia aberta é a entidade que tem ações, cotas ou outros títulos cotados ou
registrados em bolsa de valores ou negociados de acordo com os regulamentos de bolsa de
valores reconhecida ou outro órgão equivalente. (Eliminada pela Revisão NBC 03)
Sócio é qualquer pessoa com autoridade para comprometer a firma à execução de serviços
profissionais.
Segurança razoável no contexto desta Norma é um nível alto, mas não absoluto, de
segurança.
Exigências éticas relevantes são exigências éticas às quais estão sujeitos a equipe de
trabalho e o revisor do controle de qualidade do trabalho, que normalmente compreendem o
Código de Ética Profissional do Contabilista bem como outros aspectos previstos em NBC
PAs.
Pessoa externa qualificada é uma pessoa de fora da firma com competência e habilidades
que poderia atuar como sócio encarregado do trabalho, por exemplo, um sócio de outra
firma ou um empregado (com experiência apropriada) de outra firma de auditoria, cujos
membros podem realizar auditorias e revisões de informações contábeis históricas ou outros
serviços de asseguração e serviços correlatos.
Requisitos
14. A firma deve cumprir todos os requisitos desta Norma a menos que, nas circunstâncias da
firma, o requisito não seja relevante para os serviços fornecidos em relação a auditorias e
revisões de demonstrações contábeis e outros serviços de asseguração e serviços
correlatos (ver item A1).
15. Os requisitos são projetados para permitir que a firma alcance o objetivo estabelecido nesta
Norma. Portanto, espera-se que a correta aplicação destes requisitos forneça uma base
suficiente para alcançar o objetivo. Entretanto, considerando que as circunstâncias podem
ter grande variação e todas essas circunstâncias não podem ser previstas, a firma deve
verificar se há determinados assuntos ou situações que requerem que a firma estabeleça
políticas e procedimentos além daqueles exigidos por esta Norma para alcançar o objetivo
estabelecido.
Elementos do sistema de controle de qualidade
16. A firma deve estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade que inclua políticas
e procedimentos que tratam dos seguintes elementos:
(a) responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;
(b) exigências éticas relevantes;
(c) aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos;
(d) recursos humanos;
(e) execução do trabalho;
(f) monitoramento.
17. A firma deve documentar suas políticas e procedimentos e comunicá-las ao pessoal da firma
(ver itens A2 e A3).
18. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para promover uma cultura interna que
reconheça que a qualidade é essencial na execução dos trabalhos. Essas políticas e
procedimentos devem requerer que o presidente da firma (sócio-gerente ou equivalente) ou,
se apropriado, a diretoria executiva da firma (ou equivalente), assuma a responsabilidade
final pelo sistema de controle de qualidade da firma (ver itens A4 e A5).
19. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos de modo que qualquer pessoa a quem o
presidente ou a diretoria executiva atribui a responsabilidade operacional pelo sistema de
controle de qualidade tenha experiência e capacidade suficiente e apropriada e autoridade
necessária, para assumir essa responsabilidade (ver item A6).
20. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de
que a firma e seu pessoal cumprem as exigências éticas relevantes (ver itens A7 a A10).
Independência
21. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de
que a firma, seu pessoal e, quando aplicável, outras pessoas sujeitas a requisitos de
independência (incluindo pessoal de firma da mesma rede) mantêm a independência
requerida por exigências éticas relevantes. Essas políticas e procedimentos devem permitir
à firma:
(a) comunicar seus requisitos de independência a seu pessoal e, quando aplicável, às
outras pessoas sujeitas a elas; e
(b) identificar e avaliar circunstâncias e relações que criam ameaças à independência, e
tomar as medidas apropriadas para eliminá-las ou reduzi-las a um nível aceitável,
mediante a aplicação de salvaguardas ou, se considerado apropriado, retirar-se do
trabalho, quando esta retirada é permitida por lei ou regulamentação (ver item A10).
23. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de
que é notificada sobre violações dos requisitos de independência, e permitir que tome as
medidas apropriadas para resolver essas situações. As políticas e procedimentos devem
incluir exigências para:
(a) o pessoal notificar prontamente a firma sobre violações de independência de que
tomou conhecimento;
(b) a firma comunicar prontamente as violações identificadas dessas políticas e
procedimentos para:
(i) o sócio encarregado do trabalho que, juntamente com a firma, precisa
endereçar a violação; e
(ii) outro pessoal na firma e, quando apropriado, na rede, e para as pessoas
sujeitas aos requisitos de independência que precisam tomar as medidas
apropriadas; e
(c) a firma ser prontamente comunicada, se necessário, pelo sócio encarregado do
trabalho e pelas outras pessoas mencionadas no subitem (b)(ii) sobre as medidas
tomadas para resolver o assunto, de modo que a firma possa determinar se deve
tomar alguma medida adicional (ver item A10).
24. Pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter confirmação por escrito do cumprimento de
suas políticas e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma, que precisa
ser independente por exigências éticas relevantes (ver itens A10 e A11).
Recursos humanos
29. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de
que ela possui pessoal suficiente com competência, habilidade e compromisso com os
princípios éticos necessários para:
(a) executar trabalhos de acordo com normas técnicas e exigências regulatórias e legais
aplicáveis; e
(b) permitir à firma ou aos sócios encarregados do trabalho emitir relatório de auditoria
ou outros tipos de relatórios apropriados nas circunstâncias (ver itens A24 a A29).
30. A firma deve atribuir a responsabilidade de cada trabalho a um sócio e estabelecer políticas
e procedimentos requerendo que:
(a) a identidade e o papel do sócio encarregado do trabalho sejam comunicados aos
membros chave da administração do cliente e aos responsáveis pela governança;
(b) o sócio encarregado do trabalho tenha a devida competência, habilidade e
autoridade para desempenhar o papel; e
(c) as responsabilidades do sócio encarregado do trabalho sejam claramente definidas e
a ele comunicadas (ver item A30).
31. A firma também deve estabelecer políticas e procedimentos para designar pessoal
apropriado com a competência e habilidades necessárias para:
(a) executar trabalhos de acordo com normas técnicas e exigências regulatórias e legais
aplicáveis; e
(b) permitir à firma e aos sócios encarregados dos trabalhos emitirem relatórios de
auditoria e outros tipos de relatórios apropriados nas circunstâncias (ver item A31).
Execução do trabalho
32. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de
que os trabalhos são executados de acordo com normas técnicas e exigências regulatórias
e legais aplicáveis, e que a firma e o sócio encarregado do trabalho emite relatórios de
auditoria ou outros relatórios apropriados nas circunstâncias. Essas políticas e
procedimentos devem incluir:
(a) assuntos relevantes para promover consistência na qualidade da execução dos
trabalhos (ver itens A32 e A33);
(b) responsabilidades pela supervisão (ver item A34); e
(c) responsabilidades pela revisão (ver item A35).
33. As políticas e procedimentos da firma sobre responsabilidade pela revisão devem ser
determinados com base no fato de que o trabalho dos membros menos experientes da
equipe é revisado por membros da equipe mais experientes.
Consulta
34. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável de
que:
(a) é feita uma consulta apropriada no caso de assuntos difíceis ou controversos;
(b) há recursos disponíveis suficientes para permitir que uma consulta apropriada seja
feita;
(c) a natureza e o alcance dessas consultas e as conclusões resultantes são
documentadas e acordadas pela pessoa que faz a consulta e pela pessoa
consultada; e
(d) as conclusões resultantes das consultas são implementadas (ver itens A36 a A40).
35. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que requeiram, para determinados
trabalhos, a revisão de controle de qualidade do trabalho que forneça uma avaliação
objetiva dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e as conclusões
obtidas para elaboração do relatório de auditoria ou de outros relatórios. Essas políticas e
procedimentos devem:
(a) requerer a revisão do controle de qualidade do trabalho para todas as auditorias de
demonstrações contábeis de entidades listadas;
(b) especificar critérios a serem usados para avaliar todas as outras auditorias e
revisões de informações contábeis históricas e outros serviços de asseguração e
serviços correlatos para determinar se deve ser feita a revisão do controle de
qualidade do trabalho (ver item A41); e
(c) requerer a revisão do controle de qualidade para todos os trabalhos, se for o caso,
que preenchem os critérios estabelecidos de acordo com a alínea (b).
37. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para requerer que a revisão de controle
de qualidade do trabalho inclua:
(a) discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho;
(b) revisão das demonstrações contábeis ou outras informações sobre objeto e o
relatório proposto;
(c) revisão da documentação do trabalho selecionada relativa a julgamentos
significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas; e
(d) avaliação das conclusões obtidas para elaboração do relatório e consideração se
esse relatório proposto é apropriado (ver item A44).
38. Para auditoria de demonstrações contábeis de entidades listadas, a firma deve estabelecer
políticas e procedimentos para requerer a revisão de controle de qualidade do trabalho para
incluir, também, as seguintes considerações:
(a) a avaliação da independência da firma pela equipe de trabalho em relação ao
trabalho específico;
(b) se foi feita consulta apropriada sobre assuntos que envolvem diferenças de opinião
ou outros assuntos difíceis ou controversos, e as conclusões resultantes dessas
consultas; e
(c) se a documentação selecionada para revisão reflete o trabalho realizado em relação
aos julgamentos significativos feitos e suporta as conclusões obtidas (ver itens A45 e
A46).
39. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para tratar da indicação de revisor do
controle de qualidade do trabalho e estabelecer sua elegibilidade considerando:
(a) as qualificações técnicas exigidas para desempenhar o papel, incluindo a experiência
e autoridade necessária (ver item A47); e
(b) até que nível o revisor de controle de qualidade do trabalho pode ser consultado
sobre o trabalho sem comprometer a sua objetividade (ver item A48).
40. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para manter a objetividade do revisor de
controle de qualidade do trabalho (ver itens A49 a A51).
Diferença de opinião
43. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para tratar e resolver diferenças de
opinião dentro da equipe de trabalho, com as pessoas consultadas e, quando aplicável,
entre o sócio encarregado do trabalho e o revisor de controle de qualidade do trabalho (ver
itens A52 e A53).
Documentação do trabalho
Monitoramento
48. A firma deve estabelecer um processo de monitoramento para fornecer segurança razoável
de que as políticas e os procedimentos relacionados com o sistema de controle de
qualidade são relevantes, adequados e estão operando de maneira efetiva. Esse processo
deve:
(a) incluir a contínua consideração e avaliação do sistema de controle de qualidade da
firma, incluindo, de modo cíclico, a inspeção de, pelo menos, um trabalho concluído
para cada sócio encarregado de trabalho;
(b) requerer que a responsabilidade pelo processo de monitoramento seja atribuída a
um ou mais sócios, ou a outras pessoas com experiência e autoridade suficientes e
apropriadas na firma para assumir essa responsabilidade; e
(c) requerer que as pessoas que executam o trabalho ou a revisão do controle de
qualidade do trabalho não estejam envolvidas na inspeção desses trabalhos (ver
itens A64 a A68).
49. A firma deve avaliar o efeito das deficiências observadas em decorrência do processo de
monitoramento e determinar se elas são:
(a) casos que não necessariamente indicam que o sistema de controle de qualidade da
firma é insuficiente para fornecer segurança razoável de que a firma cumpre as
normas técnicas e as exigências regulatórias e legais aplicáveis, e que os relatórios
emitidos pela firma ou pelos sócios encarregados dos trabalhos são apropriados nas
circunstâncias; ou
(b) deficiências sistêmicas, repetitivas ou significativas, que requerem uma medida
corretiva imediata.
50. A firma deve comunicar aos sócios encarregados e a outras pessoas consideradas
necessárias, as deficiências observadas em decorrência do processo de monitoramento e
as recomendações para a medida corretiva apropriada (ver item A69).
52. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para tratar dos casos onde os resultados
dos procedimentos de monitoramento indicam que um relatório possa ser inadequado ou
que foram omitidos procedimentos durante a execução do trabalho. Essas políticas e
procedimentos devem requerer que a firma determine qual ação adicional é apropriada para
o cumprimento das normas técnicas e das exigências regulatórias e legais relevantes e
considere a necessidade de obter assessoria legal.
53. A firma deve comunicar, pelo menos uma vez por ano, os resultados do monitoramento de
seu sistema de controle de qualidade aos sócios encarregados dos trabalhos e outras
pessoas apropriadas na firma, incluindo o presidente ou, se apropriado, a diretoria executiva
da firma. Essa comunicação deve ser suficiente para permitir que a firma e essas pessoas
adotem prontamente as ações apropriadas, quando necessário, de acordo com suas
funções e responsabilidades definidas. As informações comunicadas devem incluir o
seguinte:
(a) uma descrição dos procedimentos de monitoramento realizados;
(b) as conclusões obtidas dos procedimentos de monitoramento;
(c) quando relevante, uma descrição das deficiências sistêmicas, repetitivas ou outras
deficiências significativas e das medidas tomadas para resolver ou corrigir essas
deficiências.
54. Algumas firmas operam como parte de uma rede e, para fins de consistência, podem
implementar alguns de seus procedimentos de monitoramento no contexto dessa rede.
Quando as firmas da rede operam segundo políticas e procedimentos comuns, projetados
para cumprir esta Norma, e essas firmas confiam nesse sistema de monitoramento, as
políticas e procedimentos da firma devem requerer que:
(a) a rede comunique, pelo menos uma vez por ano, o alcance, a extensão e os
resultados gerais do processo de monitoramento às pessoas apropriadas das firmas
da rede; e
(b) a rede comunique, prontamente, quaisquer deficiências identificadas no sistema de
controle de qualidade às pessoas apropriadas na firma ou nas firmas da mesma
rede, para que sejam tomadas as medidas necessárias, de modo que os sócios
encarregados do trabalho das firmas da mesma rede possam confiar nos resultados
do processo de monitoramento implementados na rede, a menos que as firmas ou a
rede aconselhem de outra forma.
Reclamações e alegações
55. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos projetados para fornecer segurança
razoável de que a firma trate de maneira apropriada as:
(a) reclamações e alegações de que o trabalho realizado pela firma não está de acordo
com as normas técnicas e exigências regulatórias e legais aplicáveis; e
(b) alegações de não cumprimento do sistema de controle de qualidade da firma.
Como parte desse processo, a firma deve estabelecer canais claramente definidos para que o
pessoal da firma manifeste quaisquer preocupações sem medo de represálias (ver item A70).
56. Se, durante as investigações das reclamações e alegações, forem identificadas deficiências
no desenho ou na operação das políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma
ou o não cumprimento do sistema de controle de qualidade da firma por uma ou mais
pessoas, a firma deve tomar as ações apropriadas conforme especificadas no item 51 (ver
também itens A71 e A72).
Documentação do sistema de controle de qualidade
59. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que requeiram a documentação das
reclamações e alegações e as respectivas respostas.
A1. Esta Norma não requer o cumprimento de requisitos que não são relevantes, por exemplo,
nas circunstâncias de um único auditor independente – pessoa física, sem quadro técnico.
Os requisitos desta Norma, como os relacionados com políticas e procedimentos para a
designação de pessoal apropriado para a equipe de trabalho (ver item 31), a
responsabilidade de revisão (ver item 33), e à comunicação anual dos resultados do
monitoramento aos sócios encarregados do trabalho da firma (ver item 53) não são
relevantes na ausência de quadro técnico.
A4. A liderança da firma e os exemplos que ela dá influenciam de maneira significativa a cultura
interna da firma. A promoção de uma cultura interna orientada por qualidade depende de
ações e mensagens consistentes e frequentes de todos os níveis da administração da firma
que enfatizem as políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma, e a
necessidade de:
(a) realizar trabalhos de acordo com normas técnicas e exigências regulatórias e legais
aplicáveis; e
(b) emitir relatórios que são apropriados nas circunstâncias.
Essas ações e mensagens estimulam uma cultura que reconhece e recompensa o trabalho
de alta qualidade. Essas ações e mensagens podem ser comunicadas por meio de
seminários de treinamento, reuniões, conversas formais ou informais, declarações de
missão, boletins informativos ou memorandos informativos. Elas podem ser incorporadas na
documentação interna e nos materiais de treinamento da firma, e nos procedimentos de
avaliação dos sócios e do quadro técnico, de forma a apoiar e reforçar a opinião da firma
sobre a importância da qualidade e de como esta deve ser alcançada na prática.
A11. A confirmação por escrito pode ser feita em papel ou em formato eletrônico. Ao obter
confirmação e tomar a medida apropriada em relação a informações que indicam não
conformidades, a firma demonstra a importância que atribui à independência e torna o
assunto atual e visível para seu pessoal.
A13. A determinação de critérios apropriados para tratar a ameaça de familiaridade pode incluir
assuntos como:
a natureza do trabalho, incluindo até que ponto ele envolve um assunto de interesse
público; e
o tempo de serviço do pessoal sênior no trabalho.
A salvaguarda determinada pela norma profissional relativa à independência do Conselho
Federal de Contabilidade consiste da rotação dos líderes da equipe.
A14. A norma profissional que trata da independência do auditor independente reconhece que a
ameaça de familiaridade é especialmente relevante no contexto de auditoria de
demonstrações contábeis de modo que requer o rodízio do sócio do trabalho após o período
de cinco anos.
A14. A NBC PA 400, itens 540.1 a 540.20A1, reconhece que a ameaça de familiaridade é
particularmente relevante no contexto das auditorias das demonstrações contábeis de
entidade listada. Para essas auditorias, essa Norma exige a rotatividade do principal
parceiro de auditoria após um período predefinido, normalmente não superior a sete anos, e
fornece padrões e orientações relacionados. Os requisitos nacionais podem estabelecer
períodos de rotação mais curtos. (Alterado pela Revisão NBC 03)
A15. Medidas legais podem fornecer salvaguardas para a independência dos auditores do setor
público. Entretanto, ainda pode haver ameaças à independência independentemente das
medidas projetadas para protegê-la. Portanto, ao estabelecer as políticas e procedimentos
requeridos nos itens 20 a 25, o auditor de entidade do setor público pode considerar os
termos de sua contratação como auditor e tratar quaisquer ameaças à independência nesse
contexto.
A16. Entidades listadas, conforme mencionado nos itens 25 e A14, não são comuns no setor
público. Entretanto, pode haver outras entidades do setor público que são significativas em
decorrência de porte, complexidade ou aspectos de interesse público, e que
consequentemente possuem uma ampla gama de partes interessadas. Portanto, pode haver
casos em que a firma determine, com base em suas políticas e procedimentos de controle
de qualidade, que uma entidade do setor público é significativa com o objetivo de expandir
os procedimentos de controle de qualidade.
A19. Com relação à integridade do cliente, os assuntos a serem considerados incluem, por
exemplo:
a identidade e a reputação empresarial dos principais proprietários, do pessoal chave
da administração e dos responsáveis pela governança do cliente;
a natureza das operações do cliente, incluindo suas práticas empresariais;
informações sobre a postura dos principais proprietários, pessoal chave da
administração e dos responsáveis pela governança do cliente, com relação a assuntos
como interpretação agressiva de normas contábeis e o ambiente de controle interno;
se o cliente está primordialmente preocupado em manter os honorários da firma no
nível mais baixo possível;
indicações de limitação indevida no alcance do trabalho;
indicações de que o cliente pode estar envolvido em lavagem de dinheiro ou outras
atividades criminosas;
as razões da disposição de contratar a firma e de não recontratar a firma anterior;
a identidade e a reputação empresarial de partes relacionadas.
O grau de conhecimento sobre a integridade do cliente em geral aumenta no contexto de
relacionamento contínuo com esse cliente.
A20. As fontes de informação obtidas pela firma sobre esses assuntos podem incluir o seguinte:
contato com prestadores de serviços contábeis para o cliente, atuais ou anteriores, de
acordo com exigências éticas relevantes, e discussões com outros terceiros;
indagação do pessoal de outras firmas ou terceiros, como bancos, consultores legais e
pares do setor;
buscas de informações em bases de dados relevantes.
Continuidade do relacionamento com clientes (ver item 27(a))
A21. Decidir sobre continuar o relacionamento com o cliente inclui considerar os assuntos
significativos levantados durante os trabalhos atuais ou anteriores e suas implicações para
essa continuidade. Por exemplo, o cliente pode ter começado a expandir suas operações de
negócios em uma área em que a firma não possui a especialização necessária.
A22. As políticas e procedimentos para retirar-se de um trabalho bem como para interromper o
relacionamento com o cliente tratam de assuntos que incluem:
discussão com o nível apropriado da administração e os responsáveis pela
governança do cliente sobre a medida apropriada que a firma poderia adotar com base
nos fatos e nas circunstâncias relevantes;
no caso da firma determinar que é apropriado retirar-se, discutir com o nível
apropriado da administração e os responsáveis pela governança do cliente sobre
retirar-se do trabalho, ou retirar-se do trabalho e interromper o relacionamento com o
cliente, e as razões da retirada;
considerar se há alguma exigência profissional, regulatória ou legal para que a firma
continue no trabalho ou para a firma informar às autoridades reguladoras sobre sua
retirada do trabalho, ou do trabalho e do relacionamento com o cliente, juntamente
com as razões da retirada;
documentação de assuntos significativos, consultas, conclusões e a base para as
conclusões.
Considerações específicas para organização de auditoria do setor público (ver itens 26 a 28)
A23. No setor público, os auditores podem ser contratados de acordo com procedimentos
regulamentares. Consequentemente, certos requisitos e considerações relativos à aceitação
e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos, conforme
especificados nos itens 26 a 28 e A18 a A22, podem não ser relevantes. Não obstante,
estabelecer políticas e procedimentos conforme descrito pode fornecer informações valiosas
para auditores do setor público na realização de avaliações de risco e no cumprimento de
responsabilidades em relação a relatório.
A25. A competência pode ser desenvolvida por diversos métodos, incluindo os seguintes:
educação profissional;
desenvolvimento profissional contínuo, incluindo treinamento;
experiência de trabalho;
orientação de pessoal mais experiente, por exemplo, outros membros da equipe de
trabalho;
educação sobre independência para o pessoal a quem se requer que seja
independente.
A27. A firma pode usar uma pessoa externa adequadamente qualificada, por exemplo, quando
não há recursos técnicos e de treinamento internos disponíveis.
A30. As políticas e procedimentos podem incluir sistemas para monitorar a carga de trabalho e a
disponibilidade dos sócios encarregados do trabalho de modo a permitir que essas pessoas
tenham tempo suficiente para desempenhar adequadamente suas responsabilidades.
Execução do trabalho
A36. Consultas incluem discussão no nível profissional apropriado com pessoas de dentro e de
fora da firma que têm experiência especializada.
A37. Para as consultas são utilizados recursos apropriados de pesquisa, assim como a
experiência e especialização técnica coletivas da firma. As consultas ajudam a promover a
qualidade e melhoram a aplicação do julgamento profissional. O apropriado reconhecimento
da consulta nas políticas e procedimentos da firma ajuda a promover uma cultura onde a
consulta é reconhecida como uma vantagem e que estimula o pessoal a fazer consultas
sobre assuntos difíceis ou controversos.
A38. Pode-se conseguir uma consulta eficaz sobre assuntos técnicos, éticos ou outras assuntos
significativos dentro da firma ou, quando aplicável, fora da firma, quando as pessoas
consultadas:
são informadas de todos os fatos relevantes que permitirão que elas forneçam
assessoria fundamentada em informações; e
possuem conhecimento apropriado, senioridade e experiência, e quando as
conclusões resultantes das consultas são adequadamente documentadas e
implementadas.
A40. Uma firma que precisa fazer consultas externamente, por exemplo, uma firma sem recursos
internos apropriados, pode beneficiar-se dos serviços de assessoria fornecidos por:
outras firmas; ou
órgãos profissionais e reguladores.
Antes de contratar esses serviços, a análise da competência e da habilidade do fornecedor
de serviços externos ajuda a firma a determinar se ele é adequadamente qualificado para
esse fim.
Natureza, época e extensão da revisão do controle de qualidade do trabalho (ver itens 36 e 37)
A42. O relatório do trabalho não deve ser datado enquanto não for concluída a revisão do
controle de qualidade do trabalho. Entretanto, a documentação da revisão do controle de
qualidade do trabalho pode ser completada após a data do relatório.
A43. A condução da revisão do controle de qualidade do trabalho em momentos oportunos
durante as devidas etapas do trabalho permite que assuntos significativos sejam
prontamente resolvidos, de maneira satisfatória para o revisor do controle de qualidade do
trabalho na data, ou antes, da data do relatório ou relatório.
A44. A extensão da revisão do controle de qualidade do trabalho depende, entre outras coisas,
da complexidade do trabalho, se a entidade é entidade listada, e do risco do relatório não
ser apropriado nas circunstâncias. A realização de revisão do controle de qualidade do
trabalho não reduz as responsabilidades do sócio encarregado do trabalho.
A45. Outros assuntos relevantes para a avaliação dos julgamentos significativos feitos pela
equipe de trabalho que podem ser considerados na revisão de controle de qualidade do
trabalho de auditoria de demonstrações contábeis de entidade listada incluem:
riscos significativos identificados durante o trabalho e as respostas a esses riscos;
julgamentos feitos, especialmente com relação à materialidade e riscos significativos;
a importância e disposição de distorções corrigidas e não corrigidas identificadas
durante o trabalho;
os assuntos a serem comunicados à administração e aos responsáveis pela
governança e, quando aplicável, a outras partes como órgãos reguladores.
Esses outros assuntos, dependendo das circunstâncias, também podem ser aplicáveis a
revisões de controle de qualidade do trabalho em auditoria de demonstrações contábeis de
outras entidades, assim como nas revisões de demonstrações contábeis e outros serviços
de asseguração e serviços correlatos.
A46. Embora não sejam denominadas entidades listadas, conforme descrito no item A16, certas
entidades do setor público podem ter importância suficiente para justificar a revisão do
controle de qualidade do trabalho.
A48. O sócio encarregado do trabalho pode consultar o revisor do controle de qualidade, durante
o trabalho, para, por exemplo, garantir que o julgamento feito por ele será aceitável para o
revisor do controle de qualidade. Essa consulta evita a identificação de diferenças de
opinião em etapa posterior e não compromete necessariamente a elegibilidade do revisor do
controle de qualidade para desempenhar o papel. Quando a natureza e a extensão das
consultas se tornam significativas, a objetividade do revisor pode ficar comprometida, a
menos que a equipe de trabalho e o revisor tomem o cuidado de manter a objetividade do
revisor. Quando isso não for possível, outra pessoa dentro da firma ou pessoa externa,
adequadamente qualificada, pode ser nomeada para desempenhar o papel de revisor do
controle de qualidade do trabalho ou da pessoa a ser consultada sobre o trabalho.
A50. Pode não ser praticável, no caso de firmas com poucos sócios, que o sócio encarregado do
trabalho não esteja envolvido na seleção do revisor de controle de qualidade do trabalho.
Pessoas externas adequadamente qualificadas podem ser contratadas quando um único
profissional ou firmas de pequeno porte identificam trabalhos que requerem revisão do
controle de qualidade do trabalho. Alternativamente, alguns profissionais individuais ou
algumas firmas de pequeno porte podem desejar usar outras firmas para facilitar a revisão
do controle de qualidade dos trabalhos. Quando a firma contrata pessoas externas
adequadamente qualificadas, as exigências nos itens 39 a 41 e as orientações nos itens
A47 e A48 são aplicáveis.
A53. Os procedimentos para resolver essas diferenças podem incluir consulta a outro
profissional, outra firma ou órgão profissional ou regulador.
Documentação do trabalho
A54. O item 45 requer que a firma estabeleça limites de tempo que refletem a necessidade de
completar a montagem de arquivos finais do trabalho no momento oportuno. No caso de
auditoria, por exemplo, esse limite de tempo seria normalmente de no máximo 60 dias após
a data do relatório do auditor independente.
A55. Quando são emitidos dois ou mais relatórios diferentes referentes ao mesmo objeto ou
informação da entidade, as políticas e procedimentos da firma em relação a limites de tempo
para a montagem dos arquivos finais do trabalho tratam cada relatório como se fosse um
trabalho separado. Esse pode ser o caso, por exemplo, quando a firma emite um relatório de
auditoria independente sobre as informações contábeis de um componente para fins de
consolidação do grupo e em data posterior, um relatório de auditoria independente sobre as
mesmas informações contábeis para fins estatutários.
Confidencialidade, custódia, integridade, acessibilidade e recuperabilidade da documentação do
trabalho (ver item 46)
A57. Qualquer que seja o formato da documentação, impressa, eletrônica ou outro meio, a
integridade, acessibilidade e a recuperabilidade dos dados de suporte pode ficar
comprometida se a documentação puder ser alterada, adicionada ou excluída sem o
conhecimento da firma, ou se ela puder ser perdida ou danificada de forma permanente.
Consequentemente, os controles que a firma estabelece e implementa para evitar alteração
não autorizada ou perda da documentação do trabalho podem incluir aqueles que:
permitem determinar quando e por quem a documentação do trabalho foi criada,
alterada ou revisada;
protegem a integridade das informações em todas as etapas do trabalho,
especialmente quando as informações são compartilhadas pela equipe de trabalho ou
transmitidas para outras partes via internet;
previnem alterações não autorizadas na documentação do trabalho; e
permitem o acesso da equipe de trabalho e de outras partes autorizadas à
documentação do trabalho conforme necessário para o desempenho de suas
responsabilidades.
A59. Por razões práticas, a documentação original em papel pode ser escaneada para ser
incluída nos arquivos do trabalho. Nesses casos, os procedimentos da firma estabelecidos
para manter a integridade, acessibilidade e recuperabilidade da documentação podem
requerer que as equipes de trabalho:
gerem cópias escaneadas que refletem o conteúdo total da documentação original em
papel, incluindo assinaturas manuais, referências cruzadas e anotações;
integrem as cópias escaneadas aos arquivos do trabalho, inclusive indexando e
transmitindo as cópias escaneadas, conforme necessário; e permitam que as cópias
escaneadas sejam recuperadas e impressas, conforme necessário.
Podem existir razões legais, regulatórias ou outras razões para a firma reter documentação
original que já foi escaneada.
A62. Os procedimentos adotados pela firma para retenção da documentação do trabalho incluem
aqueles que permitem que as exigências do item 47 sejam cumpridas durante o período de
retenção, por exemplo:
permitir a recuperação da documentação do trabalho e o acesso a ela durante o
período de retenção, especialmente no caso de documentação eletrônica, uma vez
que a respectiva tecnologia pode ser melhorada ou alterada ao longo do tempo;
fornecer, quando necessário, o registro das alterações feitas na documentação do
trabalho, depois de concluídos os arquivos do trabalho; e
permitir que as partes externas autorizadas acessem e revisem a documentação de
trabalhos específicos para controle de qualidade ou para outros fins.
Monitoramento
Monitoramento das políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma (ver item 48)
A67. O processo de inspeção inclui a seleção de trabalhos individuais, alguns dos quais podem
ser selecionados sem a notificação prévia da equipe de trabalho. Ao determinar o alcance
das inspeções, a firma pode levar em consideração o alcance ou as conclusões do
programa de inspeção externa independente. Entretanto, o programa de inspeção externa
independente não funciona como substituto do programa de monitoramento interno próprio
da firma.
Reclamações e alegações
Fonte de reclamações e alegações (ver item 55)
A70. A origem de reclamações e alegações (que não incluem aquelas claramente frívolas) pode
ser interna ou externa. Elas podem ser feitas pelo pessoal da firma, por clientes ou terceiros
e podem ser recebidas por membros da equipe de trabalho ou por outra pessoa da firma.
A72. Pode não ser praticável, no caso de firmas com poucos sócios, que o sócio que
supervisiona a investigação não esteja envolvido no trabalho. Essas firmas de pequeno
porte e auditores pessoa física podem usar os serviços de pessoa externa qualificada ou
outra firma para realizar a investigação sobre reclamações e alegações.
A75. Firmas menores podem usar métodos mais informais para a documentação de seus
sistemas de controle de qualidade, como anotações manuais, listas de verificação e
formulários.
AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
Quando surge a intenção de realizarmos uma pesquisa em busca de informações e dados acerca de
determinada população de itens, podemos esbarrar na quantidade relevante de elementos presentes
nesta população. Esta quantidade pode tornar inviável a abrangência total dos elementos presentes na
população.
Seja por falta de recursos, tempo ou outro motivo, faz-se justificada a utilização da técnica de Amos-
tragem para a obtenção das informações pretendidas.
Podemos definir em linguagem clara e objetiva de que a Amostragem é selecionar uma parcela, sub-
conjunto ou parte de um universo ou população para que se possa definir com base nesta parcela as
características da população.
Existem duas formas de selecionarmos esta parcela de elementos dentro da população total, e estas
são: Amostragem Estatística e Amostragem Não-Estatística, também chamadas de Probabilística e
Não Probabilística.
Amostragem Estatística
Este tipo de amostragem evita que o pesquisador (no nosso caso o Auditor) possa ter qualquer tipo de
escolha sobre a inclusão ou exclusão de um item, permitindo que todos possam ter a mesma possibi-
lidade de pertencer à amostra. Esta inclusão/exclusão é feita através de técnicas matemáticas como
tabelas com números aleatórios, sistemas próprios para este fim, números gerados por computador,
etc.
A Amostragem Não Estatística é logicamente o contrário da Estatística, ou seja, quando não se pode
ter certeza de que os elementos escolhidos para fazerem parte da amostra possuem as características
da população.
A Amostragem Não Estatística não se utiliza das probabilidades matemáticas como a Estatística e sim
do feeling do pesquisador, ou seja, a experiência e o conhecimento que o pesquisador possui para
selecionar as amostras.
De modo simplificado estes são os dois tipos de Amostragem utilizados ao se escolher uma parcela de
elementos para aplicação de testes e procedimentos. Mas, como que a Auditoria pode utilizar a Amos-
tragem para realizar seu trabalho?
Na execução de seus trabalhos de auditoria, na maioria das vezes, o profissional auditor se depara
com um volumoso conjunto de informações, dados e documentos e muitas vezes impossibilitado por
tempo ou recursos torna-se inviável a análise da totalidade dos elementos de uma população. É diante
desta situação que o Auditor lança mão das técnicas de Amostragem para facilitar seu trabalho.
De acordo com a NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria, o Objetivo do Auditor ao utilizar a amostra-
gem em auditoria é o de proporcional uma base razoável para o auditor concluir quanto à população
da qual a amostra é selecionada.
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AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
De acordo com a mesma NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria, ao definir qual amostra o auditor
irá selecionar, deve levar em consideração quais os objetivos que pretende alcançar e quais os proce-
dimentos de auditoria utilizados para atingir esses objetivos. Então, é importante para o auditor ter bem
claro os objetivos e meios que utilizará para alcançá-los quando for selecionar a amostra a ser testada
nos trabalhos.
Na questão do tamanho da amostra a ser utilizada, este é determinado através de uma análise que o
auditor deverá fazer da taxa esperada de desvio ou distorção na população. Se a distorção for muito
alta o auditor deve optar por realizar um exame completo ou uma amostra maior na execução dos
testes.
Outro fator importante que devemos levar em consideração é o nível do risco que o auditor está dis-
posto a aceitar em um trabalho de auditoria. Quanto maior for essa disposição ao risco menor será a
amostra por ele selecionada e quanto menor a tolerância ao risco maior será a amostra, podendo ser
admitida a totalidade da população.
Diga-se de passagem que, amostragem em auditoria nada mais é que a aplicação de procedimentos
de auditoria em menos de 100% (cem por cento) dos itens de população relevante para fins de audito-
ria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas
para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população.
A NBC TA 530 aplica-se quando o auditor independente decide usar amostragem na execução de
procedimentos de auditoria. Além disso, ela trata do uso de amostragem estatística e não estatística
na definição e seleção da amostra de auditoria, na execução de testes de controles e de detalhes e na
avaliação dos resultados da amostra.
Assim, concluídas essas breves explanações, passaremos a discorrer nos próximos capítulos sobre a
amostragem em auditoria, tendo por base a citada NBC TA 530 - Amostragem em Auditoria.
(1) A NBC TA 530 é aplicável a auditoria de demonstrações contábeis para os períodos iniciados em
ou após 01/01/2010.
(2) A NBC TA 530 complementa a NBC TA 500 - Evidência de Auditoria, que trata da responsabilidade
do auditor na definição e execução de procedimentos de auditoria para obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente para chegar a conclusões razoáveis que fundamentem sua opinião de auditoria.
A NBC TA 500 fornece orientação sobre os meios disponíveis para o auditor selecionar os itens para
teste, dos quais a amostragem de auditoria é um deles.
(3) A NBC TA 530 deve ser lida juntamente com a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Indepen-
dente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria.
Base Legal: ISA 530; Preâmbulo e arts. 1º e 2º da Resolução CFC nº 1.222/2009 e; Itens 1 a 4 da
NBC TA 530 .
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AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
2) Conceitos:
Para fins das normas de auditoria, os termos deste capítulo têm os significados a eles atribuídos.
2.2) População:
População é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o
auditor deseja concluir.
Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser
diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O risco de amostra-
gem pode levar a 2 (dois) tipos de conclusões errôneas:
a. No caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que real-
mente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção relevante, quando,
na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea porque ela afeta
a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião de auditoria não apropriada;
b. No caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do que real-
mente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção relevante, quando, na
verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria porque ela nor-
malmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as conclusões iniciais estavam incorre-
tas.
Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por
qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem.
Os exemplos de risco não resultante da amostragem incluem o uso de procedimentos de auditoria não
apropriados ou a interpretação errônea da evidência de auditoria e o não reconhecimento de uma dis-
torção ou de um desvio.
2.5) Anomalia:
Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população.
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AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
As unidades de amostragem podem ser itens físicos (por exemplo, cheques relacionados em compro-
vante de depósito, lançamentos de crédito em extratos bancários, faturas de venda ou saldos de deve-
dores) ou unidades monetárias.
b. O uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração
do risco de amostragem.
A abordagem de amostragem que não tem as características mencionadas é considerada uma amos-
tragem não estatística.
2.8) Estratificação:
Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo
de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário).
Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segu-
rança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população.
(4) Ao definir uma amostra, o auditor determina a distorção tolerável para avaliar o risco de que o
conjunto de distorções individualmente irrelevantes possa fazer com que as demonstrações contábeis
apresentem distorções relevantes e forneça margem para possíveis distorções não detectadas. A dis-
torção tolerável é a aplicação da materialidade na execução da auditoria, conforme definido no item 9
da NBC TA 320 em procedimento de amostragem específico. A distorção tolerável pode ter o mesmo
valor ou valor menor do que o da materialidade na execução da auditoria.
Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definida
pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida
pela taxa real de desvio na população.
3) Amostra:
Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria
e as características da população da qual será retirada a amostra.
(5) A amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria em
relação a algumas características dos itens selecionados de modo a concluir, ou ajudar a concluir sobre
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AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
a população da qual a amostra é retirada. Além disso, a amostragem em auditoria pode ser aplicada
usando tanto a abordagem de amostragem não estatística como a estatística.
Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins específicos a serem alcançados
e a combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar esses fins.
Ao cumprir com as exigências do item 8 da NBC TA 500, quando definir a amostragem em auditoria, o
auditor executa os procedimentos de auditoria para obter evidência de que a população da qual a
amostra de auditoria foi extraída está completa.
Por exemplo, em um teste de detalhes relacionado com a existência de contas a receber tais como,
confirmação, pagamentos efetuados pelo cliente da entidade antes da data de confirmação, mas que
a entidade recebeu pouco depois dessa data, não é considerada distorção.
Adicionalmente, um registro errôneo entre as contas de clientes não afeta o saldo total das contas a
receber.
Portanto, pode não ser apropriado considerar que isso seja uma distorção na avaliação dos resultados
da amostragem desse procedimento de auditoria em particular, embora isso possa ter um efeito impor-
tante em outras áreas da auditoria, como por exemplo, na avaliação do risco de fraude ou da adequação
da provisão para créditos de liquidação duvidosa.
Ao considerar as características de uma população, para testes de controles, o auditor faz uma avalia-
ção da taxa esperada de desvio com base no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no
exame de pequena quantidade de itens da população.
Essa avaliação é feita para estabelecer a amostra de auditoria e determinar o tamanho dessa amostra.
Por exemplo, se a taxa esperada de desvio for inaceitavelmente alta, o auditor geralmente decide por
não executar os testes de controles.
Da mesma forma, para os testes de detalhes, o auditor faz uma avaliação da distorção esperada na
população. Se a distorção esperada for alta, o exame completo ou o uso de amostra maior pode ser
apropriado ao executar os testes de detalhes.
Ao considerar as características da população da qual a amostra será extraída, o auditor pode deter-
minar que a estratificação ou a seleção com base em valores é apropriada. O subcapítulo 3.1.3.1 apre-
senta mais informações sobre estratificação e seleção com base em valores.
A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou não estatística é uma questão
de julgamento do auditor, entretanto, o tamanho da amostra não é um critério válido para distinguir
entre as abordagens estatísticas e não estatísticas.
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AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
Ao considerar as características da população da qual a amostra será retirada, o auditor pode determi-
nar que a estratificação ou a seleção com base em valores é apropriada.
Este subcapítulo fornece orientação para o auditor sobre o uso das técnicas de estratificação e de
amostragem com base em valores.
Estratificação:
2. Na execução dos testes de detalhes, a população é geralmente estratificada por valor monetário.
Isso permite que o trabalho maior de auditoria possa ser direcionado para os itens de valor maior, uma
vez que esses itens podem conter maior potencial de distorção em termos de superavaliação. Da
mesma forma, a população pode ser estratificada de acordo com uma característica específica que
indica maior risco de distorção como, por exemplo, no teste da provisão para créditos de liquidação
duvidosa na avaliação de contas a receber, os saldos podem ser estratificados por idade;
3. Os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra de itens dentro de um es-
trato só podem ser projetados para os itens que compõem esse estrato. Para concluir sobre toda a
população, o auditor precisa considerar o risco de distorção relevante em relação a quaisquer outros
estratos que componham toda a população. Por exemplo, 20% (vinte por cento) dos itens em uma
população podem compor 90% (noventa por cento) do saldo de uma conta. O auditor pode decidir
examinar uma amostra desses itens. O auditor avalia os resultados dessa amostra e chega a uma
conclusão sobre 90% do saldo de uma conta separadamente dos 10% (dez por cento) remanescentes
(nos quais outra amostra ou outros meios de reunir evidências de auditoria serão usados ou que pos-
sam ser considerados não relevantes);
4. Se uma classe de operações ou o saldo de uma conta tiver sido dividido em estratos, a distorção é
projetada para cada estrato separadamente. As distorções projetadas para cada estrato são, então,
combinadas na consideração do possível efeito das distorções no total das classes de operações ou
do saldo da conta.
Ao executar os testes de detalhes, pode ser eficaz identificar a unidade de amostragem como unida-
des monetárias individuais que compõem a população. Após ter selecionado unidades específicas da
população, como por exemplo, o saldo das contas a receber, o auditor pode, então, examinar os itens
específicos, como por exemplo, os saldos individuais que contêm essas unidades monetárias. O bene-
fício dessa abordagem para definir a unidade de amostragem é que o trabalho de auditoria é direcio-
nado para itens de valor maior porque eles têm mais chances de serem selecionados e podem resultar
em amostras de tamanhos menores. Essa abordagem pode ser usada juntamente com o método sis-
temático de seleção de amostras (descrito no subcapítulo 3.3.1) e é muito eficiente quando os itens
são selecionados usando a seleção aleatória.
O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um
nível mínimo aceitável.
O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra
exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da
amostra.
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AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
O tamanho da amostra pode ser determinado mediante aplicação de fórmula com base em estatística
ou por meio do exercício do julgamento profissional. O subcapítulo 3.2.1 e o subcapítulo 3.2.2 indicam
a influência que geralmente vários fatores têm na determinação do tamanho da amostra. Quando as
circunstâncias são semelhantes, o efeito de fatores no tamanho da amostra, como aqueles identificados
no subcapítulo 3.2.1 e no subcapítulo 3.2.2 é semelhante, independentemente da abordagem esco-
lhida, estatística ou não estatística.
3.2.1) Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra para os testes de controles:
A seguir, os fatores que o auditor pode levar em consideração ao determinar o tamanho da amostra
para os testes de controles. Esses fatores, que precisam ser considerados em conjunto, pressupõem
que o auditor não modifica a natureza ou a época dos testes de controles nem de outra forma modifica
a abordagem aos procedimentos substantivos em resposta aos riscos avaliados.
Fator Efeito no
tamanho
da amos-
tra
1. Aumento na extensão Aumento Quanto mais segurança o auditor pretende obter da efetivi-
na qual a avaliação de dade operacional dos controles, menor será a avaliação do
risco do auditor leva em auditor quanto ao risco de distorção relevante e maior deve
consideração os controles ser o tamanho da amostra. Quando a avaliação do auditor
relevantes quanto ao risco de distorção relevante no nível de afirma-
ções inclui uma expectativa da efetividade operacional dos
controles, o auditor tem que executar os testes de contro-
les. Sendo os outros fatores iguais, quanto maior for a con-
fiança que o auditor deposita na efetividade operacional
dos controles na avaliação de risco, maior será a extensão
dos testes de controles do auditor (e, portanto, maior o ta-
manho da amostra).
2. Aumento na taxa tolerá- Redução Quanto menor a taxa tolerável de desvio, maior o tamanho
vel de desvio da amostra precisa ser.
3. Aumento na taxa espe- Aumento Quanto mais alta a taxa esperada de desvio, maior o tama-
rada de desvio da popula- nho da amostra precisa ser para que o auditor esteja em
ção a ser testada posição de fazer uma estimativa razoável da taxa real de
desvio. Fatores relevantes para a consideração do auditor
sobre a taxa esperada de desvio incluem o entendimento
do auditor dos negócios da entidade (em particular, proce-
dimentos de avaliação de risco realizados para obter en-
tendimento do controle interno), mudanças no pessoal ou
no controle interno, resultados dos procedimentos de audi-
toria aplicados em períodos anteriores e os resultados de
outros procedimentos de auditoria. Altas taxas esperadas
de desvio de controle geralmente garantem, se garantirem,
pouca redução do risco de distorção relevante avaliado.
4. Aumento no nível de se- Aumento Quanto maior for o nível de segurança de que o auditor es-
gurança desejado do audi- pera que os resultados da amostra sejam de fato indicati-
tor de que a taxa tolerável vos com relação à incidência real de desvio na população,
de desvio não seja exce- maior deve ser o tamanho da amostra.
dida pela taxa real de des-
vio na população
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AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
5. Aumento na quantidade Efeito ne- Para populações grandes, o tamanho real da população
de unidades de amostra- gligenciá- tem pouco efeito, se houver, no tamanho da amostra. Para
gem na população vel pequenas populações, entretanto, a amostragem de audi-
toria pode não ser tão eficiente quanto os meios alternati-
vos para obter evidência de auditoria apropriada e sufici-
ente.
3.2.2) Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra para os testes de detalhes:
A seguir, apresentamos os fatores que o auditor pode levar em consideração ao determinar o tamanho
da amostra para testes de detalhes. Esses fatores, que precisam ser considerados em conjunto, pres-
supõem que o auditor não modifica a abordagem aos testes de controles nem de outra forma modifica
a natureza ou a época dos procedimentos substantivos em resposta aos riscos avaliados.
Fator Efeito no
tamanho
da amos-
tra
1. Aumento na avaliação Aumento Quanto mais alta a avaliação do risco de distorção rele-
do risco de distorção rele- vante do auditor, maior deve ser o tamanho da amostra. A
vante do auditor avaliação do risco de distorção relevante do auditor é afe-
tada pelo risco inerente e pelo risco de controle. Por exem-
plo, se o auditor não executar os testes de controles, a ava-
liação de risco do auditor não pode ser reduzida pela ope-
ração eficiente dos controles internos com relação à afir-
mação em particular. Portanto, para reduzir o risco de au-
ditoria a um nível baixo aceitável, o auditor precisa de um
risco baixo de detecção e pode confiar mais em procedi-
mentos substantivos. Quanto mais evidência de auditoria
for obtida com os testes de detalhes (ou seja, quanto mais
baixo for o risco de detecção), maior precisa ser o tamanho
da amostra.
2. Aumento no uso de ou- Redução Quanto mais o auditor confia em outros procedimentos
tros procedimentos subs- substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíti-
tantivos direcionados à cos substantivos) para reduzir a um nível aceitável o risco
mesma afirmação de detecção relacionado com uma população em particu-
lar, menos segurança o auditor precisa da amostragem e,
portanto, menor pode ser o tamanho da amostra.
3. Aumento no nível de se- Aumento Quanto maior o nível de segurança de que o auditor precisa
gurança desejado pelo au- de que os resultados da amostra sejam de fato indicativos
ditor de que uma distorção do valor real de distorção na população, excedido pela dis-
tolerável não é excedida torção real na população, maior o tamanho da amostra pre-
pela distorção real na po- cisa ser.
pulação
4. Aumento na distorção Redução Quanto menor for a distorção tolerável, maior o tamanho
tolerável da amostra precisa ser.
5. Aumento no valor da Aumento Quanto maior for o valor da distorção que o auditor espera
distorção que o auditor es- encontrar na população, maior deve ser o tamanho da
pera encontrar na popula- amostra para se fazer uma estimativa razoável do valor real
ção de distorção na população. Os fatores relevantes para a
consideração do auditor do valor de distorção esperado in-
cluem a extensão na qual os valores dos itens são determi-
nados subjetivamente, os resultados dos procedimentos de
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AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
6. Estratificação da popu- Redução Quando houver uma faixa ampla (variabilidade) no tama-
lação, quando apropriado nho monetário dos itens da população, pode ser útil estra-
tificar a população. Quando a população pode ser adequa-
damente estratificada, o conjunto de tamanhos de amostra
dos estratos geralmente será menor do que o tamanho da
amostra que seria necessário para alcançar certo nível de
risco de amostragem se uma amostra tivesse sido retirada
de toda a população.
7. Quantidade de unida- Efeito ne- Para populações grandes, o tamanho real da população
des de amostragem na po- gligenciá- tem pouco efeito, se houver, no tamanho da amostra. As-
pulação vel sim, para pequenas populações, a amostragem de audito-
ria não é geralmente tão eficiente quanto os meios alterna-
tivos para obter evidência de auditoria apropriada e sufici-
ente. (Entretanto, ao usar a amostragem de unidade mone-
tária, um aumento no valor monetário da população au-
menta o tamanho da amostra, a menos que isso seja com-
pensado por um aumento proporcional na materialidade
para as demonstrações contábeis como um todo e, se apli-
cável, nível ou níveis de materialidade para classes espe-
cíficas de operações, saldos de contas e divulgações).
O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da
população tenha a mesma chance de ser selecionada.
Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cada unidade de
amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada. Pela amostragem não estatística,
o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra. Como a finalidade da amostragem é a de
fornecer base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada, é
importante que o auditor selecione uma amostra representativa, de modo a evitar tendenciosidade me-
diante a escolha de itens da amostra que tenham características típicas da população.
Os principais métodos para selecionar amostras correspondem ao uso de seleção aleatória, seleção
sistemática e seleção ao acaso. Cada um desses métodos é discutido no subcapítulo 3.3.1 abaixo.
a. Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabe-
las de números aleatórios);
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AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
c. Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com base em valores (conforme descrito
no subcapítulo 3.1.3.1), na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma
conclusão em valores monetários;
d. Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada. Em-
bora nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosi-
dade ou previsibilidade consciente (por exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar
sempre os primeiros ou os últimos lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar
de que todos os itens da população têm uma mesma chance de seleção. A seleção ao acaso não é
apropriada quando se usar a amostragem estatística;
O auditor deve executar os procedimentos de auditoria, apropriados à finalidade, para cada item sele-
cionado.
Se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item selecionado, o auditor deve executar o proce-
dimento em um item que substitua o anteriormente selecionado.
Um exemplo de quando o auditor não pode aplicar os procedimentos de auditoria definidos a um item
selecionado é quando a documentação relacionada com esse item tiver sido perdida.
Ao analisar os desvios e as distorções identificados, o auditor talvez observe que muitos têm uma
característica em comum como, por exemplo, o tipo de operação, local, linha de produto ou período de
tempo. Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir identificar todos os itens da população que tenham
a característica em comum e estender os procedimentos de auditoria para esses itens. Além disso,
esses desvios ou distorções podem ser intencionais e podem indicar a possibilidade de fraude.
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AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
Em circunstâncias extremamente raras, quando o auditor considera que uma distorção ou um desvio
descobertos na amostra são anomalias, o auditor deve obter um alto grau de certeza de que essa
distorção ou esse desvio não sejam representativos da população. O auditor deve obter esse grau de
certeza mediante a execução de procedimentos adicionais de auditoria, para obter evidência de audi-
toria apropriada e suficiente de que a distorção ou o desvio não afetam o restante da população.
6) Projeção de distorções:
Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as distorções encontradas na
amostra.
O auditor deve projetar as distorções para a população para obter uma visão mais ampla da escala de
distorção, mas essa projeção pode não ser suficiente para determinar o valor a ser registrado.
Quando a distorção tiver sido estabelecida como uma anomalia, ela pode ser excluída da projeção das
distorções para a população. Entretanto, o efeito de tal distorção, se não for corrigido, ainda precisa ser
considerado, além da projeção das distorções não anômalas.
Para testes de controles, não é necessária qualquer projeção explícita dos desvios uma vez que a taxa
de desvio da amostra também é a taxa de desvio projetada para a população como um todo. O item 17
da NBC TA 330 fornece orientação para quando são detectados desvios nos controles nos quais o
auditor pretende confiar.
b. se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base razoável para conclusões sobre a popula-
ção que foi testada (ver subcapítulo 7.2 abaixo).
Para os testes de controles, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um
aumento no risco identificado de distorção relevante, a menos que sejam obtidas evidências adicionais
de auditoria que comprovem a avaliação inicial. Para os testes de detalhes, o valor de distorção ines-
peradamente alto em uma amostra pode levar o auditor a acreditar que uma classe de operações ou o
saldo de uma conta está distorcido de modo relevante, na ausência de evidências adicionais de audi-
toria de que não há distorções relevantes.
No caso de testes de detalhes, a distorção projetada mais a distorção anômala, quando houver, é a
melhor estimativa do auditor de distorção na população.
Quando a distorção projetada mais a distorção anômala, se houver, excederem uma distorção tolerável,
a amostra não fornece uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada. Quanto
mais próximo o somatório da distorção projetada e da distorção anômala estiver da distorção tolerável,
mais provável será que a distorção real na população exceda a distorção tolerável.
Além disso, se a distorção projetada for maior do que as expectativas de distorção do auditor usadas
para determinar o tamanho da amostra, o auditor pode concluir que há um risco inaceitável de amos-
tragem de que a distorção real na população exceda a distorção tolerável.
A consideração dos resultados de outros procedimentos de auditoria ajuda o auditor a avaliar o risco
de que a distorção real na população exceda a distorção tolerável e o risco pode ser reduzido se for
obtida evidência adicional de auditoria.
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AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
Se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para conclusões
sobre a população que foi testada, o auditor pode:
b. ajustar a natureza, época e extensão desses procedimentos adicionais de auditoria para melhor
alcançar a segurança exigida. Por exemplo, no caso de testes de controles, o auditor pode aumentar o
tamanho da amostra, testar um controle alternativo ou modificar os respectivos procedimentos subs-
tantivos.
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RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.222/09
RESOLVE:
Índice Item
INTRODUÇÃO
Alcance 1−2
Data de vigência 3
OBJETIVO 4
DEFINIÇÕES 5
REQUISITOS
Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste 6−8
Execução de procedimentos de auditoria 9 − 11
Natureza e causa de desvios e distorções 12 − 13
Projeção de distorções 14
Avaliação do resultado da amostragem em auditoria 15
APLICAÇÃO E OUTROS MATERIAIS EXPLICATIVOS
Definições A1 − A3
Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste A4 − A13
Execução de procedimentos de auditoria A14 − A16
Natureza e causa de desvios e distorções A17
Projeção de distorções A18 − A20
Avaliação do resultado da amostragem de auditoria A21 − A23
Esta Norma deve ser lida juntamente com a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor
Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria.
Introdução
Alcance
Data de vigência
Objetivo
4. O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionar uma
base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é
selecionada.
Definições
5. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados a eles
atribuídos:
Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível
apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção
real na população (ver item A3).
Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos
previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que
essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população.
Requisitos
Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste
8. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de
amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada (ver itens A12 e
A13).
10. Se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item selecionado, o auditor deve
executar o procedimento em um item que substitua o anteriormente selecionado (ver
item A14).
13. Em circunstâncias extremamente raras, quando o auditor considera que uma distorção
ou um desvio descobertos na amostra são anomalias, o auditor deve obter um alto
grau de certeza de que essa distorção ou esse desvio não sejam representativos da
população. O auditor deve obter esse grau de certeza mediante a execução de
procedimentos adicionais de auditoria, para obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente de que a distorção ou o desvio não afetam o restante da população.
Projeção de distorções
14. Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as distorções
encontradas na amostra (ver itens A18 a A20).
A2. As unidades de amostragem podem ser itens físicos (por exemplo, cheques
relacionados em comprovante de depósito, lançamentos de crédito em extratos
bancários, faturas de venda ou saldos de devedores) ou unidades monetárias.
A3. Ao definir uma amostra, o auditor determina a distorção tolerável para avaliar o risco
de que o conjunto de distorções individualmente irrelevantes possa fazer com que as
demonstrações contábeis apresentem distorções relevantes e forneça margem para
possíveis distorções não detectadas. A distorção tolerável é a aplicação da
materialidade na execução da auditoria, conforme definido na NBC TA 320, item 9,
em procedimento de amostragem específico. A distorção tolerável pode ter o mesmo
valor ou valor menor do que o da materialidade na execução da auditoria.
Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste
A5. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins específicos a
serem alcançados e a combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar
esses fins. A consideração da natureza da evidência de auditoria desejada e as
eventuais condições de desvio ou distorção ou outras características relacionadas com
essa evidência de auditoria ajudam o auditor a definir o que constitui desvio ou
distorção e qual população usar para a amostragem. Ao cumprir com as exigências do
item 8 da NBC TA 500, quando definir a amostragem em auditoria, o auditor executa
os procedimentos de auditoria para obter evidência de que a população da qual a
amostra de auditoria foi extraída está completa.
A10. O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho
da amostra exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior
deve ser o tamanho da amostra.
A11. O tamanho da amostra pode ser determinado mediante aplicação de fórmula com base
em estatística ou por meio do exercício do julgamento profissional. Os Apêndices 2 e
3 indicam a influência que geralmente vários fatores têm na determinação do
tamanho da amostra. Quando as circunstâncias são semelhantes, o efeito de fatores no
tamanho da amostra, como aqueles identificados nos Apêndices 2 e 3 é semelhante,
independentemente da abordagem escolhida, estatística ou não estatística.
A12. Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cada
unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada. Pela
amostragem não estatística, o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra.
Como a finalidade da amostragem é a de fornecer base razoável para o auditor
concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada, é importante que o
auditor selecione uma amostra representativa, de modo a evitar tendenciosidade
mediante a escolha de itens da amostra que tenham características típicas da
população.
A18. O auditor deve projetar as distorções para a população para obter uma visão mais
ampla da escala de distorção, mas essa projeção pode não ser suficiente para
determinar o valor a ser registrado.
A19. Quando a distorção tiver sido estabelecida como uma anomalia, ela pode ser excluída
da projeção das distorções para a população. Entretanto, o efeito de tal distorção, se
não for corrigido, ainda precisa ser considerado, além da projeção das distorções não
anômalas.
A20. Para testes de controles, não é necessária qualquer projeção explícita dos desvios uma
vez que a taxa de desvio da amostra também é a taxa de desvio projetada para a
população como um todo. A NBC TA 330, item 17, fornece orientação para quando
são detectados desvios nos controles nos quais o auditor pretende confiar.
Avaliação do resultado da amostragem de auditoria (ver item 15)
A21. Para os testes de controles, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode
levar a um aumento no risco identificado de distorção relevante, a menos que sejam
obtidas evidências adicionais de auditoria que comprovem a avaliação inicial. Para os
testes de detalhes, o valor de distorção inesperadamente alto em uma amostra pode
levar o auditor a acreditar que uma classe de operações ou o saldo de uma conta está
distorcido de modo relevante, na ausência de evidências adicionais de auditoria de
que não há distorções relevantes.
A22. No caso de testes de detalhes, a distorção projetada mais a distorção anômala, quando
houver, é a melhor estimativa do auditor de distorção na população. Quando a
distorção projetada mais a distorção anômala, se houver, excederem uma distorção
tolerável, a amostra não fornece uma base razoável para conclusões sobre a
população que foi testada. Quanto mais próximo o somatório da distorção projetada e
da distorção anômala estiver da distorção tolerável, mais provável será que a
distorção real na população exceda a distorção tolerável. Além disso, se a distorção
projetada for maior do que as expectativas de distorção do auditor usadas para
determinar o tamanho da amostra, o auditor pode concluir que há um risco inaceitável
de amostragem de que a distorção real na população exceda a distorção tolerável. A
consideração dos resultados de outros procedimentos de auditoria ajuda o auditor a
avaliar o risco de que a distorção real na população exceda a distorção tolerável e o
risco pode ser reduzido se for obtida evidência adicional de auditoria.
A23. Se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável
para conclusões sobre a população que foi testada, o auditor pode:
solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e o potencial
para distorções adicionais e faça quaisquer ajustes necessários; ou
ajustar a natureza, época e extensão desses procedimentos adicionais de
auditoria para melhor alcançar a segurança exigida. Por exemplo, no caso de
testes de controles, o auditor pode aumentar o tamanho da amostra, testar um
controle alternativo ou modificar os respectivos procedimentos substantivos.
Apêndice 1 (ver item A8)
Estratificação e seleção com base em valor
Estratificação
4. Se uma classe de operações ou o saldo de uma conta tiver sido dividido em estratos, a
distorção é projetada para cada estrato separadamente. As distorções projetadas para
cada estrato são, então, combinadas na consideração do possível efeito das distorções
no total das classes de operações ou do saldo da conta.
Seleção com base em valor
FATOR EFEITO NO
TAMANHO
DA
AMOSTRA
FATOR EFEITO NO
TAMANHO
DA
AMOSTRA
(a) Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por
exemplo, tabelas de números aleatórios).
(d) Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica
estruturada. Embora nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim,
evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente (por exemplo, evitar
itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros ou os últimos
lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os
itens da população têm uma mesma chance de seleção. A seleção ao acaso não é
apropriada quando se usar a amostragem estatística.
CONSIDERANDO que por se tratar de atribuição que, para o adequado desempenho, deve
ser empreendida pelo Conselho Federal de Contabilidade, em regime de franca, real e aberta
cooperação com o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários, o Instituto dos
Auditores Independentes do Brasil, o Instituto Nacional de Seguro Social, o Ministério da Educação
e do Desporto, a Secretaria Federal de Controle, a Secretaria da Receita Federal, a Secretaria do
Tesouro Nacional e a Superintendência de Seguros Privados,
RESOLVE:
12.2.2.1 – A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de
planejamento dos trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não
se atingir, de forma satisfatória, o objetivo dos trabalhos. Nesse
sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes
aspectos:
12.3.1 – O relatório é o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos
seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma
a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem
tomadas pela administração da entidade.
b) a metodologia adotada;
12.3.3 – O relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o
trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do
seu conteúdo.
O termo auditoria deriva do latim audire, que significa ouvir. Os ingleses ampliaram-no como audi-
ting1 para denominar a técnica contábil da revisão. Para atender ao mundo globalizado composto por
uma sociedade moderna com grandes organizações e em constante desenvolvimento econômico, ge-
rando crescente complexidade na administração dos negócios, onde as transações são contabiliza-
das em real-time2, sujeitas às determinações fiscais e legais, e devido à criação de normas regula-
mentadoras da profissão, o conceito de auditoria tem-se ampliado ao longo do tempo.
Esse surgimento se deu em função da evolução do mundo capitalista, principalmente pela transfor-
mação das empresas familiares em empresas corporativas. O crescimento e a modernização tecnoló-
gica, aliados ao processo de abertura de capital para investido¬res interessados em oportunizar seus
investimentos, foram fatores que contribuíram para que as demonstrações financeiras passassem a
ter maior importância e tivessem que ser auditadas ou examinadas por um profissional independente,
com voz neutra, capaz de emitir uma opinião sobre a qualidade das informações contidas nessas de-
monstrações.
Com a sofisticação e complexidade dos negócios, a auditoria passou a ter vários desdo¬bramentos,
como auditoria interna, externa, governamental, empresarial, de sistemas, entre outras.
No Brasil, a auditoria é uma atividade relativamente nova, que ainda se encontra no estágio embrio-
nário em termos de técnicas, haja vista que as legislações específicas brasileiras vêm abordando su-
perficialmente o assunto, sem definir de forma clara e precisa os procedimentos que os profissionais
da área deveriam adotar em determinadas ocasiões encontradas nas auditorias das demonstrações
financeiras de determinadas entidades.
Através de exigências do mercado, da abertura do capital social das entidades a investidores diver-
sos, entre outras, essas entidades se viram diante da necessidade de expor seu patrimônio, sua posi-
ção financeira, sua capacidade de gerar lucros e, também, como estava sendo realizada a adminis-
tração financeira dos recursos da empresa, no intuito de transmitir o maior número possível de infor-
mações e segurança aos investidores para que esses pudessem avaliar a segurança, liquidez e ren-
tabilidade de seus futuros investimentos.
Nesse sentido a auditoria sobre as disponibilidades surgiu como uma ferramenta eficaz para exami-
nar esse subgrupo de contas e confirmar ou desmentir a veracidade das informações contidas nos
registros e demonstrações contábeis das entidades e evitar fraudes ou erros nessas contas, além de
auxiliar os gestores dessas organizações nas tomadas de decisões.
O exame da auditoria efetuado na área do disponível tem por finalidade atingir objetivos previamente
determinados. Entre esses objetivos temos:
- Determinar sua existência, que poderá estar na entidade, em bancos ou com terceiros;
Dessa forma, o programa de auditoria deve ser considerado para evitar trabalhos desnecessários ou
enfoque incorreto.
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TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO
A seleção e a data de aplicação dos procedimentos de auditoria devem estar definidas com base na
eficiência dos controles internos e na materialidade envolvida.
A Auditoria Contábil
Podemos entender Auditoria Contábil como sendo o exame e avaliação dos registros e procedimen-
tos contábeis, sistemática dos controles internos e observação das normas, regulamentos, princípios
e legislações aplicáveis no que concernem à contabilidade. Segundo definição do próprio Jund (2002,
p. 92):
A auditoria das demonstrações financeiras destina-se ao exame e avaliação dos componentes des-
sas demonstrações, no que concerne à adequação dos registros e procedimentos contábeis, sistemá-
tica dos controles internos, observância das normas, regulamentos e padrões aplicáveis, bem como a
aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Um exemplo disso é quando o auditor descobre que as despesas de pessoal estão superavaliadas,
em função de os salários do mês de janeiro de 20X1 terem sido provisionados indevidamente em
20X0, é evidente que a conta credora de salários a pagar, classifica¬da no passivo circulante, tam-
bém está superavaliada. Da mesma forma, quando se testam as contas credoras para subavaliação,
as contas devedoras estão sendo testadas secundariamente nessa mesma direção.
No teste para superavaliação, o auditor parte do valor registrado no razão geral para o documento-
suporte da transação. O registro final representa o último registro contábil antes do razão geral. O re-
gistro inicial é elaborado com base no documento e representa o primeiro registro contábil em função
de uma operação. O registro intermediário representa qualquer registro contábil elaborado entre o re-
gistro inicial e o registro final.
Como exemplo de registro inicial é o resumo das compras do dia de uma filial, com base nas notas
fiscais de compra dos fornece¬dores; como registro intermediário, a elaboração do resumo mensal de
compras, que representa o somatório dos resumos diários de compra; e como final, o de compras do
mês, que é formado pelos resumos mensal de compras de cada filial, enviados para a matriz.
- selecionar débito e conferir seu valor com o valor total do registro final;
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TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO
- selecionar parcela no registro final e conferir seu valor com o valor total do registro intermediário;
- selecionar parcela no registro intermediário e conferir seu valor com o valor total do registro inicial;
- selecionar parcela no registro inicial e conferir o seu valor com a documentação comprobatória.
- transporte a maior do valor do documento para o registro inicial e do valor de um registro para outro
ou para o razão geral.
O registro intermediário é representado pela elaboração do resumo mensal de vendas, que repre-
senta o somatório dos resumos diários de vendas.
O resumo mensal de vendas de cada filial é enviado para a matriz da empresa, onde é preparado o
resumo de vendas do mês, de todas as filiais. Esse último registro é que serve de base para contabili-
zação no razão geral.
- transporte a menor do valor do documento para o registro inicial e do valor de um registro para outro
ou para o razão geral.
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TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO
Aspectos Contábeis
Os ativos são classificados por ordem decrescente de grau de liquidez. As disponibilidades são clas-
sificadas na primeira linha do lado do ativo no balanço patrimonial, ou seja, é o subgrupo do ativo de
maior grau de liquidez.
Para um ativo ser classificado no subgrupo das disponibilidades é importante que não haja restrições
quanto a seu uso imediato. Por exemplo, os cheques emitidos e ainda não entregues aos beneficiá-
rios não devem ser considerados como redução do disponível, bancos. Ainda, como visto anterior-
mente, as contas bancárias no exterior devem ter seus saldos atualizados periodicamente e, conver-
tido para reais pela taxa de câmbio do fim do período.
É importante que o auditor possua conhecimentos sobre administração financeira, para que ele possa
entender o funcionamento das contas do disponível e dar sugestões construtivas para o aprimora-
mento das políticas financeiras da empresa.
- se existe boa base para elaboração desse orçamento, ou seja, se esse não é feito em base aleató-
ria;
- se é preparado relatório comparando os resultados efetivos com as previsões e indicando por es-
crito os motivos das principais variações;
- se os valores de caixa pequena, fundo fixo, são excessivos ou requerem reposição muito freqüente;
- se são aplicadas as sobras de caixa e bancos, ou seja, aqueles não são utilizadas de imediato nas
operações da empresa;
- se existe uma centralização no controle dos recursos mantidos em diversos locais como escritórios,
filiais, subsidiárias etc., de modo a evitar que um local tenha excesso de recursos enquanto outro
toma empréstimo;
- se diariamente é preparado relatório de recursos em caixa e bancos, de forma a permitir que a ad-
ministração da empresa exerça efetivo controle sobre estes.
Aspectos De Auditoria
As disponibilidades de uma entidade, por serem ativos de pronta liquidez, é o subgrupo de contas
mais sujeito a uma utilização indevida. Nessa área, mesmo que haja bom sistema de controle interno,
é onde o auditor faz maior volume de testes do que o normal, já que o risco de erros e fraudes é
maior.
Os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação e o principal objetivo é verificar a existência
física do ativo. A melhor forma de se certificar de que os recursos em caixa existem é contá-los fisica-
mente. Já para as contas correntes bancárias, esse procedimento não pode ser executado. Sendo
assim, obter uma carta do banco confirmando o saldo dessas contas é a forma normalmente utili-
zada. No entanto, o saldo confirmado pelo banco não é sempre igual ao registrado na contabilidade
da empresa, em função da defasagem de tempo na contabilização das transações nesses registros.
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TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO
Para realmente se certificar de que o saldo informado pelo banco se relaciona com os registros da
empresa, o auditor deve auditar as reconciliações bancárias. Essas representam uma conciliação en-
tre o saldo da empresa e o do banco, onde são demonstradas as transações que apenas foram con-
tabilizadas em um desses registros.
O Programa da Auditoria é a etapa do trabalho na qual o auditor estabelece a estratégia geral dos tra-
balhos a executar na entidade a ser auditada, elaborando-o a partir da contratação dos serviços, es-
tabelecendo a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames, de modo que possa desempenhar
uma auditoria eficaz.
Para uma auditoria realizada nas contas do disponível de uma entidade, apresentaremos um exemplo
de um programa de auditoria aplicável às disponibilidades. Obviamente cada empresa tem as suas
peculiaridades, e, desta forma, não é aconselhável que se utilize o exemplo aqui expressado como
padrão, mas, simplesmente, como um roteiro.
Disponibilidades
a) Realizar o levantamento físico de caixa e reconciliar o saldo com o Razão na data do levanta-
mento. A verificação deverá abranger as todos as contas de caixa e fundos semelhantes. Em caso de
caixas em outras localidades, solicitar para a prova de saldo, se possível, que seja o valor depositado
em banco e a seguir remetido à empresa o talão de depósito (ou cópia do mesmo).
- Autorização do pagamento.
- Classificação contábil.
- Estornos.
- Pendências de caixas superiores a 30 dias (relatar por data, valor, responsável e justificativa).
e) Solicitar a conciliação da conta bancária, os extratos dos bancos e cotejar com as contas analíticas
dos bancos, observando se estão exatos os saldos.
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TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO
f) Totalizar as contas analíticas de bancos e observar se o saldo confere com o evidenciado no ba-
lanço.
g) Examinar a validade da documentação bancária e o regime de movimentação dos valores nos ban-
cos, ou seja:
- A proporcional idade dos valores debitados a título de juros, comissões, taxas etc. (em face das ta-
xas usuais do mercado), inclusive a correção monetária.
h) Exaurir todos os meios de verificação do movimento das contas bancárias nos casos de:
l) Observar e relacionar todos os elementos que, constando do disponível, não possuam liquidez ime-
diata.
o) Relacionar os cheques devolvidos por insuficiência de fundos ou outras causas, por: data, valor,
emitente e banco e observando se tais fatos foram objeto de registro.
Orientações Metodológicas
- Anotar todas as discrepâncias, indicando o motivo da anotação: rasura, entrelinhas, borrões etc.;
- Todos os levantamentos (caixa) e relações devem conter o "de acordo" do encarregado no papel de
trabalho;
- As verificações de caixa e de títulos e valores devem ser realizadas sempre na presença do encar-
regado do setor e concluídas no mesmo dia em que foram iniciadas. Havendo interrupção será con-
veniente colocar os valores a conferir em local lacrado, para manter o caráter de surpresa da verifica-
ção;
- Os levantamentos devem ser feitos nos caixas (se mais de um), todos a um só tempo;
- Para cumprir o disposto no item IV deve-se utilizar mais de um auditor e tantos quantos necessários
às unidades;
- Observar se o orçamento da empresa, relativamente ao caixa, está sendo seguido (fluxos de caixa);
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TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO
- Nas verificações da exatidão aritmética, observar sempre se os "transportes" de valores estão exa-
tos;
- Considerando que as receitas básicas são as de serviços, procurar cotejar as entradas das mesmas
com o movimento controlado pela tesouraria; e
É habitual inserir-se como exame de disponibilidades os títulos do mercado aberto ou os que, como
eles, são meios imediatos de pagamentos.
Em países de altas taxas de inflação, a proteção da disponibilidade é algo imperativo. Nesse caso, as
empresas, para protegerem seus saldos em dinheiro, fazem aplicações financeiras em títulos de alto
poder de liquidez.
Contagem De Caixa
Neste procedimento, o ideal é que o auditor estabeleça, em conjunto com o responsável pela audito-
ria, os caixas que serão contados.
A contagem deve ser realizada simultaneamente em todos os caixas e valores mobiliários, caso haja
possibilidade de substituições, ou seja, encoberta de fraudes. Ela ainda deverá ser feita de surpresa.
Deve-se contar na presença do responsável pelo caixa e não se deve assumir a responsabilidade
dele em sua ausência.
É importante que se esteja atento para situações anormais, como cheques antigos, cheques pessoais
de responsável pelo caixa, comprovantes de desembolso de caixa sem data ou com data antiga etc.
Para recebimentos não depositados, normalmente cheques, deve-se acompanhá-los até o depósito
no banco, inspeção de recibo de depósito autenticado e crédito no extrato bancário. Recebimentos
depositados, mas não incluídos na contagem, ficam em aberto na possibilidade deles terem sido utili-
zados para encobrir falta de caixa.
Quando cheques de funcionários fazem parte do saldo de caixa, tem-se que verificar se não são pós-
datados e se são depositados prontamente.
- nome da empresa;
Para as notas e moedas pode-se colocar apenas o total. Já para os outros itens, é importante que se
individualize, dando detalhes sobre:
- total contado comparado com o saldo do boletim de caixa e o razão analítico da conta, estabele-
cendo as possíveis diferenças; e
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TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO
- inclua-se a declaração, "Esse caixa foi contado em minha presença por um representante da audito-
ria e a mim devolvido intacto", e peça que o responsável pelo caixa assinale.
- terminologia da carta;
- data-base da circularização;
É importante incluir junto à carta de confirmação um envelope selado endereçado à própria firma de
auditoria externa, para evitar que a carta seja enviada para outro local e para facilitar o trabalho do
banco.
Colocar a carta de confirmação e o envelope selado da resposta em um outro envelope e enviar pelo
correio. Em nenhuma hipótese esse serviço poderá ser feito por outras pessoas da empresa, pois,
poderiam não enviar a carta ou alterar suas in¬formações.
Para as cartas não respondidas, é necessário enviar segundos pedidos após quinze dias do primeiro
pedido.
Quando as respostas forem incompletas ou contiverem erros, enviar nova carta ao banco.
Para as cartas não respondidas é importante que se obtenha confirmação pessoalmente. Para
ban¬cos fora do local onde está sendo feita a auditoria, solicite à administração da empresa telefonar
reiterando o pedido de confirmação.
Cutoff De Cheques
O cutoff de cheque é feito com o objetivo de se certificar de que os cheques estão sendo registrados
no período de sua competência e que as conciliações bancárias não contêm item errôneo ou se com-
pensando com outro item.
- obtenha ou prepare uma relação do último cheque emitido e dos cheques em branco para a data do
exame.
- obtenha ou prepare um papel de trabalho indicando o nome da empresa, data do exame, título do
papel de trabalho, nome do banco, o último cheque emitido, data, número e valor, e os cheques em
branco, do primeiro ao último;
Deve-se verificar, também, se não foi lançado nenhum cheque de número posterior ao do cutoff nos
registros do razão analítico de banco, antes da data do exame, e do extrato bancário, também antes
da data do exame.
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TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO
Verificar se isso também não ocorreu no razão analítico do banco ou registro de caixa, com paga-
mento após a data d¬o exame, e no extrato bancário após a data do exame, que não esteja também
pendente na conciliação bancária.
As conciliações demonstram as transações registradas pelo banco e não ¬pela empresa e as contabi-
lizadas pela empresa e não pelo banco.
Na prática, a reconciliação é elaborada tomando como base o último dia d¬o mês, e consiste em eli-
minar as transações que aparecem em ambos os registros. As transações que sobram representam
itens pendentes.
Um exemplo de itens pendentes nas conciliações bancárias é um cheque emitido pela empresa, de
no. 100234, no valor de R$ 1.000,00, contabilizado e entregue a seu beneficiário em 29 de dezembro
de 20X6, que, entretanto, só foi apresentado no extrato bancário em 03 de janeiro de 20X7.
Em conjunto com o responsável pela auditoria deve-se estabelecer o valor-limite individual para os
itens que deverão ser testados. Ainda que abaixo do limite de teste, devem ser lidos todos os itens
pendentes das reconciliações bancárias e investi¬gado qualquer item, que pareça incomum, anormal,
errado etc.
- testar os itens pendentes referentes a pagamentos contabilizados pela empresa e não acusados
pelo banco;
- testar os itens pendentes referentes a recebimentos, depósitos, contabilizados pela empresa e não
acusados pelo banco; e
- testar os débitos ou créditos acusados pelo banco mas não contabilizados pela empresa;
- a documentação-suporte do pagamento;
- o slip de depósito em nome da empresa e se a data da autenticação dada pelo banco é a mesma da
registrada no razão analítico;
- inspecionar documentação-suporte;
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TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO
- investigar a causa pela qual a empresa não registrou até a data da conciliação.
Para outros itens pendentes, inspecionar a documentação-suporte, analisar a natureza do item e ver
a contabilização no razão analítico e no extrato bancário em data anterior ou posterior à da concilia-
ção bancária.
Na execução dos passos programados nos testes das conciliações bancárias, identificados itens pen-
dentes que correspondam a transferências entre bancos nos últimos dias do mês da con¬ciliação,
deve-se executar os seguintes procedimentos para as transferências bancárias:
- banco sacado;
- número do cheque;
- valor do cheque;
- banco recebedor;
Nesses testes é importante que se veja o registro no razão analítico do banco sacado e no do banco
recebedor, e no razão da conta de transferência. Que se inspecione a cópia do cheque, recibo de de-
pósito bancário e o extratos bancários do banco sacado e do banco recebedor. Além da investigação
de quaisquer anormalidades de datas e valores das transferências bancárias.
Com elas se verificam se a empresa preparou durante o exercício, em base mensal, as concilia¬ções
bancárias de todas as contas bancárias, se essas têm evidências de conferência, aprova¬ção e assi-
natura de quem as preparou, além de se atentar, através de observações, para situações anormais,
como item antigo, incomum, valor redondo, valor grande etc.
A verificação do auditor para as aplicações financeiras é quase idêntica à do caixa, devendo prever
os procedimentos de auditoria aplicáveis às circunstâncias que podem ser contagem física ou de con-
firmação com os custodiantes, exame da documentação comprobatória das aplicações e resgates,
diferenciando-se apenas quanto à apuração da receita pertinente ao exercício auditado, que deve ser
contabilizada em seu período de competência.
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TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO
visto que a cada dia o mercado financeiro e de investimentos tem se desenvolvido de forma conside-
rável e, assim, exigindo cada vez mais credibilidade, exatidão e segurança às empresas.
Na auditoria contábil é onde são realizados esses exames sobre os registros e procedimentos contá-
beis, sistemática dos controles internos e observação das normas, regulamentos, princípios e legisla-
ções aplicáveis no que concernem à contabilidade. E para certificar os exames feitos pelo auditor, vi-
mos que existem uma série de órgãos, legislações, normas e procedimentos básicos e, que um dos
primeiros passos a serem dados é a escolha da proporção dos testes a serem realizados.
Para a testarmos os registros realizados nas disponibilidades das entidades, temos que realizar tes-
tes para superavaliação. Para chegarmos à certeza desses valores, hemos de inspecionar documen-
tos, verificar os valores dos documentos nos registros iniciais da contabilidade, conferir cálculos, so-
mas e inclusões no registro geral.
Ainda para a continuidade dos exames, contamos com ferramentas importantíssimas como: conta-
gem física, confirmações com terceiros, conferências de cálculos, inspeções de documentos, cutoff
de cheques, conciliações bancárias, verificaçãoões de aplicações financeiras etc.
O auditor deve estabelece a estratégia geral dos trabalhos a executar na entidade a ser auditada, a
qual podemos denominar programa de auditoria, elaborando-o a partir da contratação dos serviços,
estabelecendo a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames, de modo que possa desempe-
nhar uma auditoria eficaz. Com este programa elaborado, o auditor poderá coordenar seu trabalho
sem atropelos e atrasos.
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NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE - NBC
Normas Técnicas de Auditoria NBC TA 500
Independente
Data de vigência 1º de janeiro de 2010
Aplicável para auditoria de demonstrações contábeis
Descrição dos períodos que se iniciem em ou após 1º de janeiro
de 2010.
Esta Norma define o que constitui evidência de
auditoria em uma auditoria de demonstrações
contábeis e trata da responsabilidade do auditor na
Alcance definição e execução de procedimentos de auditoria
para a obtenção de evidência de auditoria apropriada e
suficiente que permita a obtenção de conclusões
razoáveis para fundamentar a opinião do auditor.
Introdução:
O objetivo do auditor é definir e executar
procedimentos de auditoria que permitam ao auditor
conseguir vidência de auditoria apropriada e suficiente
que lhe possibilitem obter conclusões razoáveis para
fundamentar a sua opinião.
Definições:
Para os fins das normas de auditoria, os termos a
seguir têm os significados atribuídos abaixo:
Registros contábeis compreendem os registros de
lançamentos contábeis e sua documentação-
suporte (cheques e registros de transferências
eletrônicas de fundos, faturas, contratos); os livros
diário, razões geral e auxiliares, as reclassificações
nas demonstrações contábeis não refletidas no
diário e as planilhas de trabalho, que suportem as
alocações de custos, cálculos, conciliações e
divulgações.
Requisitos
Evidência de auditoria apropriada e suficiente
O auditor deve definir e executar procedimentos de
auditoria que sejam apropriados às circunstâncias com
o objetivo de obter evidência de auditoria apropriada e
Suficiente.
A auditoria ainda não é bem compreendida pela maioria dos seus usuários, talvez pela divulgação ou,
quem sabe até porque suas necessidades vão além dos objetivos do trabalho do auditor.
Um fato de suma importância, e que precisa ser considerado, é a expectativa que a maioria das pes-
soas tem em relação à detecção de fraudes e erros por parte do auditor.
A diferença de expectativa na auditoria tem vindo a afetar os profissionais de auditoria desde há lar-
gos anos, sendo responsáveis pelo ambiente de críticas e litígio, movido por parte de tribunais, políti-
cos, imprensa e pela sociedade, contra os auditores, relativamente à sua qualidade e ao seu desem-
penho.
Dentro da classe contábil, entende-se que esse não é o objetivo principal da auditoria, podendo, as
fraudes e erros virem a serem detectadas no decurso dos trabalhos, como conseqüência das averi-
guações de controles internos e demais procedimentos técnicos.
O que compete realmente ao auditor é, ao se deparar com sinais que o alertem para possíveis erros
ou fraudes, despender todos os esforços necessários a averiguações do assunto e, ao constatar er-
ros relevantes ou fraudes, emitir relatórios e encaminhá-lo à administração da entidade inclusive su-
gerindo correções.
Ainda sob esse aspecto, surge a reflexão acerca do papel da auditoria e sua responsabilidade diante
do quadro econômico e social pelo qual a sociedade passa.
Apesar de a auditoria ter conhecido importantes mudanças nos últimos anos à confiança no seu de-
sempenho não é uma questão recente. A pressão das forças econômicas que acompanha a profissão
de auditoria desde os seus primórdios bem como a sua adaptabilidade à realidade econômica e às
exigências da sociedade tem originado o seu desenvolvimento.
A auditoria surgiu no mesmo momento em que a propriedade dos recursos financeiros e a responsa-
bilidade da sua aplicação à produção deixaram de estar ao cuidado de uma única pessoa, como
ocorre naturalmente quando uma instituição adquire um determinado tamanho e grau de responsabili-
dade.
Atualmente, a auditoria é concebida num ponto de vista mais restrito, consiste na comprovação da
veracidade da informação contida na demonstração financeira e apenas nasce na Europa depois da
Revolução Industrial, já em pleno século XIX.
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, especificamente, a NBC T11, aprovada pela
Resolução CFC nº 820, de 17 de dezembro de 1.997, é que trata da auditoria independente das de-
monstrações contábeis. “Auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimen-
tos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante aos Prin-
cípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for perti-
nente a legislação específica”.
A partir desse conceito, vê-se que um trabalho de auditoria é o de expressar uma opinião indepen-
dente acerca da fidedignidade das demonstrações contábeis de uma empresa.
Para a execução do trabalho de auditoria são realizados procedimentos técnicos com vista á obten-
ção de evidências que servirão de base para a formação da opinião do auditor quanto ás demonstra-
ções contábeis da empresa.
Assim sendo, é importante ressaltar que, dentro desse trabalho o estudo e a avaliação dos controles
internos devem ser realizados com o maior rigor, pois a dimensão do trabalho está intrinsecamente
ligada ao grau de confiabilidade desses controles.
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AUDITORIA E A DETECÇÃO DE FRAUDE E ERRO
A metodologia contábil bem manipulada por componentes profissionais, mediante análises dos fatos
econômico-financeiros, permite à administração conhecer o que:
Aconteceu =>Deveria Ter Acontecido => Acontecerá => Deveria Acontecer => Poderá Aconte-
cer.
Antes de elaborar o plano ou programa que nos guiará nos trabalhos de auditoria, é necessário ob-
servar como se encontram os controles da empresa.
Quanto menor o controle, mais cuidado será exigido na execução das tarefas.
O controle interno de uma empresa é definido como um plano de organização e o conjunto de méto-
dos e medidas adotados pela empresa para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e o grau de
confiança de seus dados contábeis, bem como promover a eficiência operacional. A grande relevân-
cia do controle interno é que precisa possuir qualidade, já que uma de suas funções é a de prevenção
contra erros e fraudes.
Por controles internos entendemos todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, fis-
calização e verificação administrativa, que permitam prever, observar, dirigir ou governar os aconteci-
mentos que se verificam dentro da empresa e que produzam reflexos em seu patrimônio. (FRANCO,
2001, MARRA, 2001, p. 267).
A avaliação dos controles internos está normalizada na Resolução CFC nº 820/97, sendo importante
destacar que apesar de ser responsabilidade da administração da empresa, compete ao auditor su-
gerir melhorias caso considere necessário, já que é a continuidade da entidade que está em jogo.
Ainda segundo a Resolução CFC nº820/97, o auditor deve efetuar o estudo e avaliação do sistema
contábil e de controles internos da entidade, com base para determinar a natureza, oportunidade e
extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria, considerando:
Alguns pesquisadores sugerem que ao avaliarem controles internos, os auditores utilizem questioná-
rios que poderão servir de roteiro para a realização dessa tarefa.
Os principais pontos a serem observados pela auditoria, referem-se à avaliação do ambiente de con-
trole existente e á avaliação dos procedimentos de controle adotadas, devendo o auditor levantar res-
postas para questões como: as relacionadas com a integridade e competência da administração; sua
estrutura organizacional; existência de segregação de funções e política de pessoal; existência de
transações anormais; a forma de execução das tarefas dentro da entidade, incluindo aí a elaboração
das demonstrações contábeis, revisões e conciliações de contas, inspeções físicas, arquivo de docu-
mentos e a segurança do sistema de informação computadorizado adotado entre outras.
Nos itens relacionados acima, observa-se que todas passam por questões extremamente importan-
tes: qualidade do pessoal e planejamento e controle da execução de atividades.
A par da questão de planejar e controlar, a empresa deve tomar cuidado com a segregação de fun-
ção, às vezes, o funcionário é antigo de inteira confiança que faz desnecessário ou excesso de zelo
tal medida. É de vital importância separar as funções de autorizar transação, executá-las, registrá-las
e contabilizar seus resultados.
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AUDITORIA E A DETECÇÃO DE FRAUDE E ERRO
Não segregar as funções pode oferecer oportunidades para fraudes e erros, a que nem sempre as
pessoas conseguem resistir, principalmente aquelas que não possuem formação ética, e àquelas que
executam suas atividades com o mínimo de atenção.
O destarte principal da auditoria não é a detecção da fraude, mas sim o de emitir uma opinião quanto
à veracidade das demonstrações contábeis; no entanto, na execução do trabalho poderão ser detec-
tados erros ou fraudes, cabendo ao auditor o dever de comunicar á administração da empresa, bem
como seus reflexos nas demonstrações contábeis, incluindo também sugestões de correções.
Erro: o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elabo-
ração de registros e demonstrações contábeis.
Ao verificar indícios de fraude ou erro, cabe ao auditor averiguar as diligências da situação, reali-
zando todos os procedimentos cabíveis, a fim de obter as evidências necessárias sobre o assunto.
Sá (1998, p.51) afirma que o auditor localiza, relata a correção dos erros, mas não é sua responsabili-
dade a execução da correção.
Os erros intencionais ou fraudes podem ser cometidos para: subtrair mercadorias, matérias-primas,
produtos e resíduos; subtrair dinheiro, subtrair títulos, iludir o fisco, evitando o pagamento de impos-
tos, dissimular atos sujeitos a penalidades, encobrir falta de terceiros, alterar resultados para usufruir
maiores percentagens em lucros, simular ocorrências, iludir a opinião de acionistas e autoridades mo-
netárias, etc.
Como se observam vários são os objetivos para cometerem fraudes nas empresas, por isso se exige
do auditor muita competência, astúcia e ceticismo, para que, ao deparar com possíveis sinais de frau-
des, tenha a capacidade de desmascará-las.
Diante disso, pode-se afirmar que alguns setores ou atividades dentro das empresas são particular-
mente passíveis de fraudes e erros merecem especial atenção do auditor no que se refere à verifica-
ção dos controles internos e a possíveis indícios de esquemas, a saber:
Setor financeiro: compreendem o caixa efetivamente, bancos, contas a pagar e a receber, merece a
averiguação minuciosa quanto a repetitivos endossos de cheques, reclamações de clientes que afir-
mam estar sendo cobrados indevidamente, pagamentos de fornecedores em duplicidade, saldos de
contas contábeis antigos e sem movimentação, documentos suspeitos e que pareçam ser forjados ou
ter sofrido adulterações, etc;
Compras: relacionamento com fornecedores são extremamente difíceis de controlar, pois o esquema
de fraude pode efetuar-se mediante repasse de recursos para contas bancárias do fraudador, ou até
mesmo em dinheiro, como também pode ocorrer por meio de privilégios e presentes desconhecidos
pela empresa, etc;
Vendas: podem ocorrer situações de descontos e prazos não usuais, concessão de créditos indevi-
dos, etc;
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AUDITORIA E A DETECÇÃO DE FRAUDE E ERRO
Os setores e atividades descritos acima normalmente são cenários de fraudes que beneficiam funcio-
nários das empresas. No entanto também podem, e o auditor deve ficar bastante alerta para isso
também, ocorrer situações de esquemas montados para o beneficiamento da empresa, nos quais
normalmente o prejudicado é o fisco.
Nesse caso, a auditoria precisa ser muito cuidadosa, possuir conhecimento profundo do negócio do
cliente e da legislação, para se certificar de que os procedimentos contábeis utilizados estão em con-
formidade com os princípios fundamentais de contabilidade e a legislação pertinente.
Tal posicionamento gera opiniões divergentes, uma vez que a fraude não é o objeto precípuo da audi-
toria, mas por outro lado, no momento atual, na tentativa de manutenção e expansão de mercados,
esse trabalho pode vir a agregar valor à auditoria, merecendo, dessa maneira, estudos mais aprofun-
dados.
A detecção de fraudes não é tarefa simples de se realizar, até porque pessoas que esquematizam
fraudes normalmente são pessoas muito inteligentes e que tentam preservar-se de quaisquer sus-
peita, utilizando-se, para tal fim, de vários meios, inclusive as facilidades que a tecnologia trás. Em
contrapartida a detecção do erro, é mais simples, porque o erro vem sempre seguido de falhas, fi-
cando evidente que houve o erro devido à ignorância por parte de quem efetuou ou desenvolveu.
Se a responsabilidade da detecção de fraudes deve ser ou não, o foco do trabalho do auditor, isso é
irrelevante do ponto de vista do usuário externo. Ao se deparar com auditoria, principalmente, com
leigo no assunto, a primeira idéia que transmitem é a de que o auditor é aquela pessoa que irá desco-
brir falcatruas, desvendar esquemas de corrupção, apropriação indébita e malversação de recursos.
A grande maioria da sociedade não conhece as verdadeiras responsabilidades do auditor, não sabe
realmente qual a finalidade da auditoria, gerando ás vezes insatisfações e questionamentos em rela-
ção ao trabalho executado.
Dessa forma, entende-se que a auditoria, quando exercida com competência e seriedade, estará con-
tribuindo para uma boa gestão tanto empresarial como pública. Assim sendo, é necessária, que se
reflita profundamente quanto ao papel do auditor, sua obrigação atual e metas que deseja atingir,
mas, acima de tudo, do que não se pode prescindir, nesta profissão, é do exercício da ética e da res-
ponsabilidade social.
Verificou-se por meio desta pesquisa, que os controles internos são vitais para resguardar a empresa
quanto a esquemas de fraudes e erros. No entanto, a valorização, motivação e conscientização de
seus funcionários são fatores igualmente relevantes.
É preciso entender que o bom funcionamento dos controles internos depende da eficiência e eficácia
das pessoas que os planejam e executam, e, nesse sentido, é cabível ressaltar que as pessoas estão
sujeitas a pressões internas ou externas.
Outro aspecto relevante, também abordado neste artigo, é a questão do papel do auditor na avalia-
ção dos controles internos, pois, no decorrer desse trabalho, é que as fraudes e erros podem vir a se-
rem descobertas, dependendo muito de sua perspicácia para identificar áreas vulneráveis ou fatos
suspeitos.
Constata-se assim que, mesmo que a detecção de fraudes e erros não seja o ponto principal de uma
auditoria, esse assunto precisa ser tratado com muito profissionalismo e competência, devendo ser
realizadas as averiguações e obtidas as evidencias, elaborando-se conseqüentemente, relatório à ad-
ministração.
É importante, também que se reflita quanto à visão que os usuários externos têm da auditoria, já que
por desconhecimento do assunto, na maioria das vezes, se exige mais do auditor do que lhe compete
fazer.
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AUDITORIA E A DETECÇÃO DE FRAUDE E ERRO
Nesse sentido, além de estudar o cenário atual, o auditor precisa repensar os objetivos de seu traba-
lho, as necessidades dos usuários e sua responsabilidade para que desta maneira ocorra avanço na
profissão.
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RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.203/09
RESOLVE:
2
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
NBC TA 200 – OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A
CONDUÇÃO DA AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE
AUDITORIA
Índice Item
INTRODUÇÃO
Alcance 1–2
Auditoria de demonstrações contábeis 3–9
Data de vigência 10
OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR 11 – 12
DEFINIÇÕES 13
REQUISITOS
Requisitos éticos relacionados à auditoria de demonstrações contábeis 14
Ceticismo profissional 15
Julgamento profissional 16
Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria 17
Condução da auditoria em conformidade com NBC TAs 18 – 24
APLICAÇÃO E OUTROS MATERIAIS EXPLICATIVOS
Auditoria de demonstrações contábeis A1 – A13
Requisitos éticos relacionados à auditoria de demonstrações contábeis A14 – A17
Ceticismo profissional A18 – A22
Julgamento profissional A23 – A27
Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria A28 – A52
Condução da auditoria em conformidade com NBC TAs A53 – A76
3
Introdução
Alcance
4
governança e não se sobrepõe às leis e regulamentos que governam as suas
responsabilidades. Contudo, a auditoria em conformidade com as normas de auditoria
é conduzida com base na premissa de que a administração e, quando apropriado, os
responsáveis pela governança têm conhecimento de certas responsabilidades que são
fundamentais para a condução da auditoria. A auditoria das demonstrações contábeis
não exime dessas responsabilidades a administração ou os responsáveis pela
governança (ver itens A2 a A11).
5. Como base para a opinião do auditor, as NBC TAs exigem que ele obtenha segurança
razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção
relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é
um nível elevado de segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém
evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente
baixo o risco de auditoria (isto é, o risco de que o auditor expresse uma opinião
inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante).
Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há
limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das
evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é
persuasiva e não conclusiva (ver itens A28 a A52).
Data de vigência
10. Esta Norma é aplicável para auditorias de demonstrações contábeis para períodos
iniciados em ou após 1º. de janeiro de 2010.
12. Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos
usuários previstos das demonstrações contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor
6
se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho, quando a renúncia for
possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável.
Definições
13. Para fins das NBC TAs, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a
seguir:
7
(ii) a adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência
de auditoria; isto é, sua relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte
às conclusões em que se baseia a opinião do auditor.
No caso de uma estrutura de apresentação adequada, o item (i) acima pode ser
redigido como “pela elaboração e apresentação adequada das demonstrações
contábeis em conformidade com a estrutura de relatório financeiro”, ou “pela
elaboração de demonstrações contábeis que propiciem uma visão verdadeira e justa
9
em conformidade com a estrutura de relatório financeiro”. Isso se aplica a todas as
referências à elaboração e apresentação das demonstrações contábeis nas normas de
auditoria.
Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para
condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma
avaliação crítica das evidências de auditoria.
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma
afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções,
não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle
interno da entidade.
Requisitos
10
Requisitos éticos relacionados à auditoria de demonstrações contábeis
Ceticismo profissional
Julgamento profissional
17. Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada
e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso,
possibilitar a ele obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião (ver itens
A28 a A52).
18. O auditor deve observar todas as NBC TAs relevantes para a auditoria. Uma NBC TA
é relevante para a auditoria quando ela está em vigor e as circunstâncias tratadas nela
existem na situação específica (ver itens A53 a A57).
19. O auditor deve entender o texto inteiro de cada NBC TA, inclusive sua aplicação e
outros materiais explicativos para entender os seus objetivos e aplicar as suas
exigências adequadamente (ver itens A8 a A66).
20. O auditor não deve declarar conformidade com as normas de auditoria (brasileiras e
internacionais) no seu relatório, a menos que ele tenha cumprido com as exigências
desta Norma e de todas as demais NBC TAs relevantes para a auditoria.
22. Observado o disposto no item 23, o auditor deve cumprir com cada exigência de uma
NBC TA, a menos que, nas circunstâncias da auditoria:
23. Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não considerar uma
exigência relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o auditor deve executar
procedimentos de auditoria alternativos para cumprir o objetivo dessa exigência.
Espera-se que a necessidade do auditor não considerar uma exigência relevante surja
apenas quando a exigência for a execução de um procedimento específico e, nas
circunstâncias específicas da auditoria, esse procedimento seria ineficaz no
cumprimento do objetivo da exigência (ver item A74).
24. Se um objetivo em uma NBC TA relevante não pode ser cumprido, o auditor deve
avaliar se isso o impede de cumprir os objetivos gerais de auditoria e se isso exige
que ele, em conformidade com as NBC TAs, modifique sua opinião ou renuncie ao
trabalho (quando a renúncia é possível de acordo com lei ou regulamento aplicável).
A falha no cumprimento de um objetivo representa um assunto significativo, que
exige documentação em conformidade com a NBC TA 230 – Documentação de
Auditoria (ver itens A75 a A76). Para melhor entendimento das expressões “que o
auditor modifique sua opinião” ou “emitir uma opinião modificada” ver NBC TA 705
que trata da emissão de relatórios com modificações, que significa emitir um relatório
adverso ou com ressalva.
Aplicação e outros materiais explicativos
12
Auditoria de demonstrações contábeis
A9. A NBC TA 210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria, item 6(a),
estabelece exigências e fornece orientação sobre como determinar a aceitabilidade da
estrutura de relatório financeiro aplicável. A NBC TA 800 – Considerações Especiais
- Auditoria de Demonstrações Contábeis Elaboradas de Acordo com Estruturas
Conceituais de Contabilidade para Propósitos Especiais, trata de considerações
especiais quando as demonstrações contábeis são elaboradas em conformidade com
uma estrutura de fim especial.
16
contábeis em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável inclui a
apresentação.
(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência e zelo profissional;
(d) Confidencialidade; e
(e) Comportamento (ou conduta) profissional.
A16. No caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido pelo
Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, se
exige que o auditor seja independente da entidade sujeita a auditoria. O Código de
Ética Profissional do Contabilista e as normas profissionais descrevem a
17
independência como abrangendo postura mental independente e independência na
aparência. A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a capacidade do
auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por influências que poderiam
comprometer essa opinião. A independência aprimora a capacidade do auditor de
atuar com integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional.
Ceticismo profissional
A21. O auditor pode aceitar registros e documentos como genuínos, a menos que tenha
razão para crer no contrário. Contudo, exige-se que o auditor considere a
confiabilidade das informações a serem usadas como evidências de auditoria (NBC
TA 500 – Evidência de Auditoria, itens 7 a 9). Em casos de dúvida a respeito da
confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude (por exemplo, se
condições identificadas durante a auditoria fizerem o auditor crer que um documento
pode não ser autêntico ou que termos de documento podem ter sido falsificados), as
normas de auditoria exigem que o auditor faça investigações adicionais e determine
que modificações ou adições aos procedimentos de auditoria são necessários para
solucionar o assunto (NBC TA 240, item 13; NBC TA 500, item 11; e NBC TA 505
– Confirmações Externas, itens 10, 11 e 16).
A22. Não se pode esperar que o auditor desconsidere a experiência passada de honestidade
e integridade da administração da entidade e dos responsáveis pela governança.
Contudo, a crença de que a administração e os responsáveis pela governança são
honestos e têm integridade não livra o auditor da necessidade de manter o ceticismo
profissional ou permitir que ele se satisfaça com evidências de auditoria menos que
persuasivas na obtenção de segurança razoável.
19
• materialidade e risco de auditoria;
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o
cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta de evidências de
auditoria;
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais
precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs e, com
isso, os objetivos gerais do auditor;
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório
financeiro aplicável da entidade;
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por
exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela
administração na elaboração das demonstrações contábeis.
A26. O julgamento profissional pode ser avaliado com base no fato de que o julgamento
exercido reflete uma aplicação competente ou não competente dos princípios de
auditoria e contábeis e se ele é apropriado considerando os fatos e circunstâncias
conhecidos pelo auditor até a data do seu relatório de auditoria e compatível com
estes.
A27. O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a auditoria. Ele
também precisa ser adequadamente documentado. Neste aspecto, exige-se que o
auditor elabore documentação de auditoria suficiente para possibilitar que outro
auditor experiente, sem nenhuma ligação prévia com a auditoria, entenda os
julgamentos profissionais significativos exercidos para se atingir as conclusões sobre
assuntos significativos surgidos durante a auditoria (NBC TA 230, item 8). O
julgamento profissional não deve ser usado como justificativa para decisões que, de
outra forma, não são sustentados pelos fatos e circunstâncias do trabalho nem por
evidência de auditoria apropriada e suficiente.
20
Evidência de auditoria e apropriada e suficiente e risco de auditoria (ver itens 5 e 17)
A31. Determinar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente para a redução
do risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo, possibilitando assim ao auditor
tirar conclusões para fundamentar sua opinião, é uma questão de julgamento
profissional. A NBC TA 500 e outras NBC TAs relevantes estabelecem exigências
adicionais e fornecem orientação adicional, aplicável durante toda a auditoria, no que
21
se refere às considerações do auditor na obtenção de evidência de auditoria
apropriada e suficiente.
Risco de auditoria
A32. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de
detecção. A avaliação dos riscos baseia-se em procedimentos de auditoria para a
obtenção de informações necessárias para essa finalidade e evidências obtidas ao
longo de toda a auditoria. A avaliação dos riscos é antes uma questão de julgamento
profissional que uma questão passível de mensuração precisa.
A33. Para fins das NBC TAs, o risco de auditoria não inclui o risco de que o auditor possa
expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis contêm distorção relevante
quando esse não é o caso. Esse risco geralmente é insignificante. Além disso, o risco
de auditoria é um termo técnico relacionado ao processo de auditoria; ele não se
refere aos riscos de negócio do auditor, tais como perda decorrente de litígio,
publicidade adversa ou outros eventos surgidos em conexão com a auditoria das
demonstrações contábeis.
A35. Riscos de distorção relevante no nível geral da demonstração contábil referem-se aos
riscos de distorção relevante que se relacionam de forma disseminada às
demonstrações contábeis como um todo e que afetam potencialmente muitas
afirmações.
A36. Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação são avaliados para que se
determine a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria
necessários para a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente. Essa
evidência possibilita ao auditor expressar uma opinião sobre as demonstrações
contábeis em um nível aceitavelmente baixo de risco de auditoria. Os auditores usam
várias abordagens para cumprir o objetivo de avaliar os riscos de distorção relevante.
Por exemplo, o auditor pode fazer uso de um modelo que expresse a relação geral dos
componentes do risco de auditoria em termos matemáticos para chegar a um nível
aceitável de risco de detecção. Alguns auditores julgam tal modelo útil no
planejamento de procedimentos de auditoria.
22
A37. Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação consistem em dois
componentes: risco inerente e risco de controle. O risco inerente e o risco de controle
são riscos da entidade; eles existem independentemente da auditoria das
demonstrações contábeis.
A38. O risco inerente é mais alto para algumas afirmações e classes relacionadas de
transações, saldos contábeis e divulgações do que para outras. Por exemplo, ele pode
ser mais alto para cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de
estimativas contábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa. Circunstâncias
externas que dão origem a riscos de negócios também podem influenciar o risco
inerente. Por exemplo, desenvolvimentos tecnológicos podem tornar obsoleto um
produto específico, tornando assim o estoque mais suscetível de distorção em relação
à superavaliação. Fatores na entidade e no seu ambiente, relacionados às várias ou
todas as classes de transações, saldos contábeis ou divulgações também podem
influenciar o risco inerente relacionado a uma afirmação específica. Tais fatores
podem incluir, por exemplo, falta de capital de giro suficiente para a continuidade das
operações ou um setor em declínio caracterizado por um grande número de falências.
A40. As NBC TAs geralmente não se referem ao risco inerente e ao risco de controle
separadamente, mas a uma avaliação combinada dos “riscos de distorção relevante”.
Contudo, o auditor pode fazer avaliações separadas ou combinadas do risco inerente e
do risco de controle, dependendo das técnicas de auditoria ou metodologias e
considerações práticas. A avaliação dos riscos de distorção relevante pode ser
expressa em termos quantitativos, como porcentagens, ou em termos não
quantitativos. De qualquer forma, a necessidade de que o auditor faça avaliações
apropriadas é mais importante do que as diferentes abordagens pelas quais elas são
feitas.
23
A41. A NBC TA 315 estabelece exigências e fornece orientação sobre a identificação e
avaliação dos riscos de distorção relevante nos níveis de demonstração contábil e de
afirmação.
Risco de detecção
A42. Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de detecção tem
uma relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nível da
afirmação. Por exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção relevante que o
auditor acredita existir, menor é o risco de detecção que pode ser aceito e, portanto,
mais persuasivas são as evidências de auditoria exigidas.
• planejamento adequado;
• designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho;
• aplicação de ceticismo profissional; e
• supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado, ajudam a aprimorar a
eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a
possibilidade de que o auditor possa selecionar um procedimento de auditoria
inadequado, aplicar erroneamente um procedimento de auditoria apropriado ou
interpretar erroneamente os resultados da auditoria.
A45. O auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco de auditoria a zero, e, portanto,
não pode obter segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de
distorção relevante devido a fraude ou erro. Isso porque uma auditoria tem limitações
inerentes, e, como resultado, a maior parte das evidências de auditoria que propiciam
ao auditor obter suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas ao
invés de conclusivas. As limitações inerentes de uma auditoria originam-se da:
A48. A dificuldade, falta de tempo ou custo envolvido não são, por si só, base válida para
que o auditor omita um procedimento de auditoria para o qual não há alternativa ou
que deva ser satisfeito com evidências de auditoria menos que persuasivas. O
planejamento adequado ajuda a tornar suficientes o tempo e os recursos disponíveis
para a condução da auditoria. Apesar disso, a relevância da informação e, por meio
dela, o seu valor tende a diminuir ao longo do tempo, e há um equilíbrio a ser
atingido entre a confiabilidade das informações e o seu custo. Isso é reconhecido em
certas estruturas de relatório financeiro, como por exemplo, no Brasil, a “Estrutura
para a Elaboração e Apresentação de Demonstrações Contábeis” aprovada pelo CFC.
Portanto, os usuários de demonstrações contábeis têm a expectativa de que o auditor
formará uma opinião sobre as demonstrações contábeis dentro de um período de
tempo e a custo razoáveis, reconhecendo que é impraticável tratar de todas as
informações que possam existir ou tratar cada assunto exaustivamente com base na
premissa de que as informações são erradas ou fraudulentas até prova em contrário.
26
Outros assuntos que afetam as limitações inerentes de uma auditoria
A51. No caso de certas afirmações ou objeto, os efeitos potenciais das limitações inerentes
à capacidade do auditor de detectar distorções relevantes são particularmente
significativos. Tais afirmações ou objeto incluem:
27
auditor, relevantes para a aplicação dessas responsabilidades a tópicos específicos.
A54. O alcance, a data de vigência e qualquer limitação específica da aplicabilidade de
uma norma específica são apresentados claramente na NBC TA. Salvo indicação em
contrário na NBC TA, o auditor tem permissão para aplicar uma norma antes da data
de vigência nela especificada.
A55. Ao executar uma auditoria, pode-se exigir que o auditor cumpra com exigências
legais e regulatórias, além das NBC TAs. As NBC TAs não passam por cima de lei
ou regulamento que regem a auditoria de demonstrações contábeis. Caso essa lei ou
regulamento seja diferente das NBC TAs, a auditoria conduzida apenas em
conformidade com essa lei ou regulamento não cumpre automaticamente com as
normas de auditoria.
A56. O auditor também pode conduzir a auditoria em conformidade com as NBC TAs e
requerimentos adicionais de auditoria de um órgão regulador específico. Em tais
casos, além da conformidade com cada uma das NBC TAs relevantes para a
auditoria, pode ser necessário que o auditor execute procedimentos adicionais de
auditoria para obter conformidade com as normas relevantes desse órgão regulador.
A57. As NBC TAs são relevantes para trabalhos no setor público. As responsabilidades do
auditor do setor público, porém, podem ser afetadas pelo contrato de auditoria, ou por
obrigações sobre entidades do setor público decorrentes de lei, regulamento ou outra
autoridade (por exemplo, diretrizes ministeriais, exigências de política governamental
ou resoluções do legislativo), que podem ter um alcance mais amplo do que a
auditoria de demonstrações contábeis em conformidade com as normas de auditoria.
Essas responsabilidades adicionais não são discutidas nas NBC TAs. Elas podem ser
discutidas em outros pronunciamentos normatizadores de órgãos reguladores ou em
orientação desenvolvida por esses órgãos ou agências governamentais.
A58. Além dos objetivos e requisitos (os requisitos são expressos nas NBC TAs com o uso
de “deve”), as NBC TAs contêm orientação relacionada com a forma de aplicação e
outros materiais explicativos. Ela também pode conter material introdutório que
forneça contexto relevante para o entendimento adequado da NBC TA e definições. O
texto inteiro da NBC TA, portanto, é relevante para o entendimento dos objetivos
formulados em uma norma e a aplicação apropriada dos requisitos da NBC TA.
Embora tal orientação em si não imponha uma exigência, ela é relevante para a
aplicação apropriada dos requisitos da NBC TA. A aplicação e outros materiais
explicativos também podem fornecer informações de suporte sobre assuntos tratados
em uma NBC TA.
A61. O material introdutório pode incluir, conforme necessário, assuntos para explicar:
A62. Uma NBC TA pode incluir, em seção separada, sob o título “Definições”, uma
descrição dos significados atribuídos a certos termos para fins das NBC TAs. Elas são
fornecidas para auxiliar na aplicação e interpretação consistentes das NBC TAs, e não
se destinam a passar por cima de definições que possam ser estabelecidas para outras
finalidades, seja em lei, regulamentação ou outros. Salvo indicação em contrário, os
termos devem ter os mesmos significados ao longo de todas as NBC TAs. Também
inclui descrições de outros termos encontrados nas NBC TAs para auxiliar na
interpretação e tradução comuns e consistentes.
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A64. Para fins de especificação das considerações adicionais para auditorias de entidades
de pequeno porte, uma “entidade de pequeno porte” refere-se à entidade que
geralmente possui características qualitativas como:
A65. As considerações específicas para entidades de pequeno porte incluídas nas NBC TAs
foram desenvolvidas tendo em mente primariamente entidades não listadas em bolsa.
Algumas das considerações, porém, podem ser úteis em auditorias de entidades
abertas de pequeno porte.
A66. As NBC TAs se referem ao proprietário de uma entidade de pequeno porte que está
envolvido no dia-a-dia da administração da entidade como “sócio-diretor” ou “sócio-
gerente”.
A67. Cada NBC TA contém um ou mais objetivos que fornecem um vínculo entre as
exigências e os objetivos gerais do auditor. Os objetivos nas NBC TAs individuais
servem para focar o auditor no resultado desejado da NBC TA, ao mesmo tempo em
que são específicos o suficiente para auxiliar o auditor a:
A69. Ao usar os objetivos, exige-se que o auditor considere as inter-relações entre as NBC
TAs. Isso porque, como indicado no item A53, as NBC TAs tratam, em alguns casos,
de responsabilidades gerais e, em outras, da aplicação dessas responsabilidades a
tópicos específicos. Por exemplo, esta Norma exige que o auditor adote postura de
ceticismo profissional; isso é necessário em todos os aspectos do planejamento e
execução de uma auditoria, mas não se repete como requisito de cada NBC TA. Em
um nível mais detalhado, a NBC TA 315 e a NBC TA 330 contêm, entre outros
aspectos, objetivos e requisitos que tratam das responsabilidades do auditor na
identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante e pelo planejamento e
execução de procedimentos adicionais de auditoria para responder aos riscos
avaliados, respectivamente. Esses objetivos e requisitos são aplicados ao longo de
toda a auditoria. Por exemplo, a NBC TA 540 pode se estender quanto à maneira
como os objetivos e os requisitos das normas como a NBC TA 315 e a NBC TA 330
devem ser aplicadas em relação ao tema da normas de auditoria, mas não os repete.
Assim, no cumprimento do objetivo formulado na NBC TA 540, o auditor considera
os objetivos e requisitos de outras NBC TAs relevantes.
A70. Os requisitos das NBC TAs são planejados para possibilitar ao auditor cumprir os
objetivos especificados nas NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor.
Espera-se, portanto, a aplicação apropriada dos requisitos das NBC TAs pelo auditor,
para a obtenção de uma base suficiente para o cumprimento dos objetivos pelo
auditor. Contudo, como as circunstâncias dos trabalhos de auditoria variam
amplamente e todas as circunstâncias não podem ser antecipadas, o auditor é
responsável pela determinação dos procedimentos de auditoria necessários para
satisfazer os requisitos das NBC TAs e cumprir os objetivos. Nas circunstâncias do
trabalho, pode haver assuntos específicos que exigem que o auditor execute
procedimentos de auditoria, além daqueles exigidos pelas NBC TAs, para cumprir os
objetivos especificados nas NBC TAs.
Uso dos objetivos para avaliar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente
(ver item 21(b))
A71. Exige-se que o auditor use os objetivos para avaliar se foi obtida evidência de
auditoria apropriada e suficiente no contexto dos objetivos gerais do auditor. Se,
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como resultado, o auditor concluir que a evidência de auditoria não é suficiente e
apropriada, então, o auditor pode seguir uma ou mais das seguintes abordagens, para
cumprir a exigência do item 21(b):
Quando nenhum dos procedimentos acima seja prático ou possível nas circunstâncias,
o auditor não será capaz de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente e as
NBC TAs exigem que ele determine o efeito disso no seu relatório ou sobre a sua
capacidade de completar o trabalho.
A72. Em alguns casos, uma NBC TA (e, portanto, todos os seus requisitos) pode não ser
relevante nas circunstâncias. Por exemplo, se a entidade não tem a função de
auditoria interna, nenhum aspecto da NBC TA 610 – Utilização do Trabalho de
Auditoria Interna é relevante.
A73. Pode haver requisitos condicionais em uma NBC TA relevante. Tal requisito é
relevante quando as circunstâncias contempladas na exigência são aplicáveis e a
condição existe. Em geral, a natureza condicional da exigência será explícita ou
implícita, por exemplo:
A75. A conclusão de que um objetivo foi cumprido ou não é um assunto que requer
julgamento profissional do auditor. Esse julgamento leva em conta os resultados dos
procedimentos de auditoria executados no cumprimento das exigências das NBC
TAs, e a avaliação do auditor quanto à obtenção ou não de evidência de auditoria
apropriada e suficiente e se há algo mais que precisa ser feito nas circunstâncias
específicas da auditoria para o cumprimento dos objetivos formulados nas NBC TAs.
Portanto, circunstâncias que podem dar origem a uma falha no cumprimento de um
objetivo incluem aquelas que:
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AUDITORIA NO ATIVO CIRCULANTE
1 - O ativo circulante das empresas mercantis é representado pelas disponibilidades financeiras e ou-
tros bens e direitos que se espera sejam transformados em disponibilidades, vendidos ou usados
dentro de um ano ou no decorrer de um ciclo operacional. Estão compreendidos neste grupo do ativo
(1) os valores monetários, (2) as aplicações temporárias de disponibilidades em títulos negociáveis,
(3) as contas a receber, (4) os créditos contra (a) acionistas, desde que não relacionados com subs-
crição de ações e (b) empresas coligadas, quando realizáveis no decurso do exercício seguinte, (5)
as dívidas de diretores e empregados, (6) os estoques de mercadorias, matérias-primas, produtos em
fabricação, produtos acabados e almoxarifado geral e (7) os pagamentos antecipados a curto prazo,
tais como aluguéis, seguros, juros e impostos.
2 - Os pagamentos antecipados são considerados como parte do ativo circulante, não porque possam
ser convertidos em disponibilidades, mas porque correspondem à parcela já paga pelo direito a servi-
ços a serem recebidos ou pelo uso no futuro de bens ou recursos financeiros de terceiros.
4 - Os comentários do parágrafo anterior objetivam ressaltar que o conceito temporal para segrega-
ção dos componentes do patrimônio entre os grupos do balanço é convencional. No entanto, a aplica-
ção das convenções descritas no parágrafo 2 é o meio de aceitação universal para proporcionar infor-
mações para apurar o montante do capital circulante ou de giro e do índice de liquidez. Há que consi-
derar, também, que mais significativo do que o conceito tradicional de curto prazo é o conhecimento
do ciclo operacional da empresa e da relação entre o capital de giro e o total do ativo, para fins de
avaliação e análise comparativas de sua posição financeira em cada exercício.
5 - A fim de que o balanço patrimonial apresente tanto quanto possível as contas agrupadas pela sua
natureza e finalidade, o ativo circulante e o ativo realizável a longo prazo são classificados em sepa-
rado, se bem que as suas características nem sempre sejam facilmente identificáveis. Os ativos e
passivos são também denominados "monetários" e "não-monetários".
7 - Ativo monetário é o numerário ou o direito a receber uma soma de numerário cujo valor é fixo ou
determinado, sem qualquer indexação a preços futuros de bens ou serviços. Passivo monetário é a
obrigação de pagar uma soma de numerário cujo valor é fixo e determinado, sem qualquer indexação
a preços futuros de bens e serviços.
8 - Ativo não-monetário é o destinado para venda ou para utilização para a prestação de serviços in-
ternos ou externos, bem como direitos residuais de participação patrimonial e fundo de comércio.
Ativo não-monetário inclui direitos a numerário cujo montante depende de preços futuros de bens ou
serviços específicos. Passivo não-monetário corresponde à obrigação de fornecer bens ou serviços
em quantidades fixas ou determináveis sem referência a mudanças nos preços e obrigação de pagar
em numerário importâncias que dependem de preços futuros de bens ou serviços específicos.
9 - Nos casos de empresas em fase pré-operacional e das entidades sociais sem fins lucrativos, a se-
gregação dos itens do ativo entre circulante e a longo prazo geralmente não é fator relevante. Assim,
nos balanços dessas pessoas jurídicas não há necessidade de destacar como tal as contas que nor-
malmente seriam classificadas no ativo circulante.
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11 - A seguir são feitas algumas considerações sobre itens classificáveis no ativo circulante.
12 - Disponibilidades:
B) Os cheques são normalmente contabilizados na data de sua emissão e deduzidos dos saldos ban-
cários. Esta norma prevalece também para os cheques emitidos antes da data do balanço e ainda
não entregues aos beneficiários, salvo se, em circunstâncias especiais, devam ser estornados na es-
crita contábeis e o seu valor reintegrado ao saldo do disponível e à respectiva conta do passivo circu-
lante.
C) Os saldos bancários credores representados por saques a descoberto são apresentados como
parcela do passivo circulante. Quando a empresa opera com mais de uma conta no mesmo estabele-
cimento bancário, é aceitável a prática de compensar um saldo bancário credor contra os saldos das
demais contas, desde que o resultado líquido apresente um saldo devedor. Assim, não é aceita a prá-
tica de compensar um saldo bancário credor contra saldos devedores de outros estabelecimentos
bancários, a fim de que determinados saques a descoberto constituam deduções do total das disponi-
bilidades bancárias consignadas no ativo circulante.
Os títulos de crédito endossados para cobrança através de estabelecimento bancário somente são
convertidos em disponibilidade quando o crédito é efetivamente registrado na conta bancária da em-
presa. O valor das duplicatas, letras de câmbio e promissórias descontadas passam a constituir dis-
ponibilidade bancária quando é concluída a operação de desconto.
Como as contas do ativo disponível são representadas pelo seu valor nominal não existe o problema
de avaliação.
Títulos negociáveis:
Os títulos negociáveis somente devem ser assim considerados e, portanto, classificados no ativo cir-
culante quando se referirem a aplicações temporárias e passíveis de liquidação imediata.
Os investimentos temporários podem incluir Letras do Tesouro Nacional, obrigações reajustáveis, le-
tras de câmbio, certificados de depósito ou, ainda, ações adquiridas ou cotadas através de bolsa de
valores.
Considerando-se que os títulos negociáveis são normalmente adquiridos com a intenção de resgatá-
los ou vendê-los em curto lapso de tempo, os seguintes dados devem ser divulgados no texto do ba-
lanço ou em notas explicativas:
II - O valor de mercado dos títulos, caso seja diferente do valor apresentado no balanço, de forma que
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AUDITORIA NO ATIVO CIRCULANTE
o usuário das demonstrações contábeis possa estimar o valor de realização desses títulos.
Contas a receber:
Sob o ponto de vista legal, considera-se uma venda realizada quando a mercadoria ou o bem vendido
passa à propriedade do adquirente. Assim, a tradição do bem ocorre no momento da entrega, embar-
que, despacho ou remessa ao destinatário conforme os termos da transação, salvo casos especiais
em que a propriedade só se transmite quando o comprador entra efetivamente na posse do bem. En-
tretanto, segundo as práticas comerciais vigentes, a emissão da nota fiscal/fatura relativa à venda de
uma mercadoria ou de um bem gera automaticamente uma conta a receber, embora possa ocorrer
pequena defasagem entre a data da emissão desses documentos fiscais e a da entrega ao destinatá-
rio.
As contas a receber decorrentes da venda de serviços originam-se da efetiva realização dos serviços,
com base nas condições contratuais negociadas entre as partes.
As vendas de mercadorias para entrega futura podem dar origem a uma conta a receber, desde que
a mercadoria tenha sido excluída dos estoques e posta à disposição do comprador.
Não obstante, as contas a receber decorrentes de vendas a prazo podem integrar o ativo circulante
quando essas vendas são realizadas dentro das práticas comerciais vigentes e sob condições com-
patíveis com a natureza do negócio.
A provisão para devedores duvidosos e outras provisões para perdas são consignadas no balanço
como fator de redução de contas a receber e de outros créditos contra terceiros.
Aplica-se o mesmo critério de apresentação ao montante das duplicatas descontadas, visto que cons-
tituem valores do ativo circulante já negociados com instituições financeiras.
Como nem sempre é possível determinar com precisão as perdas prováveis na realização de créditos
resultantes de operações mercantis, é costume estabelecer o montante da provisão para devedores
duvidosos em bases estatísticas, fundamentado em experiência acumulada e análise das tendências.
Os métodos mais comuns para a determinação das perdas calculadas são:
Fixação de uma percentagem das vendas totais como representativas de créditos de difícil recupera-
ção. Segregação das contas a receber por períodos de vencimento, considerando-se como de difícil
recuperação as contas vencidas há mais de um ciclo operacional. Obviamente, esse critério sofre a
influência de outros elementos de avaliação que não podem e nem devem ser ignorados. De qual-
quer forma, a provisão para devedores duvidosos não deve estar sujeita a um critério rígido de avalia-
ção, seja por fatores de natureza fiscal ou de condições de mercado.
Tendo em vista as condições de venda e a natureza das operações, podem ser constituídas provi-
sões para devoluções, abatimentos, descontos e fretes para atender a situações específicas que sur-
jam na ocasião da cobrança de créditos oriundos de contas a receber. Outrossim, se os preços pelos
quais os bens ou serviços foram faturados diferirem dos preços de venda a vista, essa diferença, se
significativa, deverá ser contabilizada como receita financeira, para inclusão nas contas de resultados
em proporção ao prazo do financiamento.
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AUDITORIA NO ATIVO CIRCULANTE
Classificam-se neste grupo os valores representados por dívidas de acionistas (excluídas as resultan-
tes de subscrição de ações de capital), adiantamentos a diretores, funcionários e terceiros, financia-
mentos de fornecedores, empréstimos garantidos por notas promissórias ou contratos de mútuo, re-
clamações contra terceiros, saques provenientes de operações de exportação, depósitos em caução,
depósitos compulsórios, juros, dividendos e outras contas. Esses créditos são normalmente apresen-
tados no ativo circulante em contas destacadas, salvo se sua realização ocorrer em data posterior a
um ciclo operacional, quando devem figurar no ativo realizável a longo prazo.
Os créditos não oriundos de operações mercantis também devem ser objeto de avaliação na data do
balanço, para fins de constituição de uma provisão para perdas na sua realização. De forma geral,
são aplicáveis os mesmos critérios utilizados na avaliação das contas a receber.
As transações realizadas com acionistas e diretores também devem ser consignadas em destaque no
balanço, quando por sua natureza e volume os créditos pendentes de liquidação representarem par-
cela significativa do ativo circulante ou do ativo realizável a longo prazo.
Os créditos junto a acionistas, por subscrição de capital ainda não integralizada, devem ser mostra-
dos como elemento redutor do capital social.
Conquanto os créditos de empresas coligadas e/ou controladas, acionistas e diretores não estejam
normalmente sujeitos aos riscos de realização, tal como ocorre com os créditos resultantes de opera-
ções com terceiros, nem por isso estão isentos de avaliação, a fim de que, se necessário, seja consti-
tuída uma provisão para atender a perdas que possam concretizar-se em períodos futuros.
Não se incluem neste grupo as despesas classificáveis no ativo diferido, tais como despesas pré-ope-
racionais, despesas com desenvolvimento de tecnologia, despesas com exploração e prospecção de
riquezas do solo, as quais estão vinculadas à geração de receitas e benefícios em exercícios futuros.
As despesas operacionais pagas antecipadamente são consignadas no balanço pelo seu valor efeti-
vamente amortizável no exercício seguinte, a fim de que sejam observados os critérios que caracteri-
zam o regime de competência.
19. Segundo a legislação do imposto de renda, somente será considerada despesa operacional do
exercício a importância máxima de um certo percentual (que varia de acordo com o ramo de ativi-
dade) sobre o montante dos créditos no final do exercício, abrindo-se exceção para as perdas efeti-
vas, no caso de créditos habilitados em concordatas e falências.
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AUDITORIA NO ATIVO CIRCULANTE
20. Gerais:
Os direitos, títulos de crédito e outros valores mobiliários incluídos no ativo circulante são avaliados
pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor, lançando-se as devidas provi-
sões para fins de ajuste ao valor estimado de realização.
21. Detalhados:
Os depósitos em cruzeiros no Banco Central do Brasil equivalentes a moeda estrangeira podem ser
apresentados no passivo exigível como dedução de empréstimos em moeda estrangeira aos quais
estão vinculados, cabendo, no caso, uma nota explicativa na data do levantamento do balanço.
Os depósitos em caixa, bancos e outros créditos com destinação específica, seja para atender à liqui-
dação de passivo circulante, ou para constituição de fundo para aquisição de títulos, investimentos ou
ativo permanente, devem ser, preferencialmente, excluídos do ativo circulante da empresa e reclassi-
ficados para o grupo do balanço a que se refere a destinação específica de tais recursos. Se houver
razões justificadas que não recomendam a sua reclassificação, tal vinculação especifica deve ser re-
velada, ou no próprio balanço, ou em nota explicativa.
Os investimentos temporários representados por títulos de renda fixa ou predeterminada, tais como
certificados de depósitos bancários e outros, podem ser avaliados pelo custo de aquisição acrescidos
do valor da correção monetária, variação cambial e juros calculados proporcionalmente ao período
decorrido desde a data da aquisição. Entretanto, se a qualquer momento o valor corrigido desses títu-
los superar significativamente o valor de mercado, torna-se necessária a contabilizarão de uma provi-
são com a finalidade de reduzir o excesso resultante do método de avaliação adotado pela empresa.
As duplicatas e outros tipos de créditos que forem dados em garantia de empréstimos, cauções e de-
pósitos judiciais devem ser objeto de nota explicativa indicando sua garantia.
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
Omissão De Receita
Art. 281. Caracteriza-se como omissão no registro de receita, ressalvada ao contribuinte a prova da
improcedência da presunção, a ocorrência das seguintes hipóteses (Decreto-Lei 1.598, de 1977, art.
12, § 2º, e Lei 9.430, de 1996, art. 40):
III – a manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não seja comprovada.
Notas:
O saldo credor de caixa (caixa negativo) é indício lógico de falta de escrituração de receitas.
A falta do registro de custos, despesas, pagamentos pela aquisição de bens permanentes ou de direi-
tos de qualquer natureza, admite a presunção de omissão de receitas, pois a ausência do registro faz
pressupor que este foi efetuado com dinheiro á margem da contabilidade.
O chamado "passivo fictício" tem seu fundamento na seguinte lógica: pagam-se, por exemplo, dupli-
catas a fornecedores com dinheiro do "caixa dois". Como não há saldo de caixa(contábil) suficiente,
não se procede a baixa porque ocorreria o “estouro do caixa” contábil (saldo credor de caixa). Desta
forma, mantém-se o passivo pendente de registro, embora pago, baixando-o quando o caixa contábil
apresenta condições. A forma de identificar o passivo fictício mais comumente encontrado nas em-
presas é comparar o saldo da conta fornecedores, existente na data do balanço, com as duplicatas
representativas deste saldo. Pela análise da data da quitação verifica-se a ocorrência ou não de pas-
sivo fictício, ou seja, as duplicatas quitadas antes do balanço, ainda pendentes contabilmente, repre-
sentam passivo fictício.
Suprimentos de Caixa
Art. 282. Provada a omissão de receita, por indícios na escrituração do contribuinte ou qualquer outro
elemento de prova, a autoridade tributária poderá arbitrá-la com base no valor dos recursos de caixa
fornecidos à empresa por administradores, sócios da sociedade não anônima, titular da empresa indi-
vidual, ou pelo acionista controlador da companhia, se a efetividade da entrega e a origem dos recur-
sos não forem comprovadamente demonstradas (Decreto-Lei 1.598, de 1977, art. 12, § 3º, e Decreto-
Lei nº 1.648, de 18 de dezembro de 1978, art. 1º, inciso II).
Nota: a presunção de omissão de receita, neste caso, tem seu fundamento na idéia de que o “caixa
dois”, suprido por receita omitida da contabilidade, vem abastecer o caixa contábil, quando este ne-
cessita de recursos. Assim, simula-se um suprimento do caixa, cuja origem estaria na pessoa do só-
cio. Quando algum sócio assim proceder, é importante que estes recursos sejam perfeitamente identi-
ficáveis, especialmente quanto à origem. Recomenda-se repassar o dinheiro emprestado para a em-
presa por cheque ou transferência eletrônica de fundos. Assim, fica inquestionável a origem e a efeti-
vidade do suprimento de caixa, via operação bancária.
Art. 283. Caracteriza omissão de receita ou de rendimentos, inclusive ganhos de capital, a falta de
emissão de nota fiscal, recibo ou documento equivalente, no momento da efetivação das operações
de venda de mercadorias, prestação de serviços, operações de alienação de bens móveis, locação
de bens móveis e imóveis ou quaisquer outras transações realizadas com bens ou serviços, bem
como a sua emissão com valor inferior ao da operação (Lei nº 8.846, de 1994, art. 2º).
Nota: pede-se identificar a falta de emissão de documentos fiscais através do seguinte procedimento:
contagem dos valores disponíveis no caixa, em moeda, cheques ou depósitos efetuados no dia; na
sequência compara-se tais valores com as Notas Fiscais ou documentos equivalentes emitidos no
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
dia, identificando, assim a falta de emissão destes. Evidentemente, devem ser considerados os sal-
dos de caixa de dias anteriores. Outra forma de comprovar é mediante o exame de duplicatas cobra-
das, em carteira ou em cobrança bancária sem respaldo equivalente em notas fiscais.
Art. 284. Verificada por indícios a omissão de receita, a autoridade tributária poderá, para efeito de
determinação da base de cálculo sujeita à incidência do imposto, arbitrar a receita do contribuinte, to-
mando por base as receitas, apuradas em procedimento fiscal, correspondentes ao movimento diário
das vendas, da prestação de serviços e de quaisquer outras operações (Lei 8.846, de 1994, art. 6º).
§ 1º Para efeito de arbitramento da receita mínima do mês, serão identificados pela autoridade tribu-
tária os valores efetivos das receitas auferidas pelo contribuinte em três dias alternados desse
mesmo mês, necessariamente representativos das variações de funcionamento do estabelecimento
ou da atividade (Lei 8.846, de 1994, art. 6º, § 1º).
§ 3º O critério estabelecido no § 1º poderá ser aplicado a, pelo menos, três meses do mesmo ano-
calendário (Lei 8.846, de 1994, art. 6º, § 3º).
§ 4º No caso do parágrafo anterior, a receita média mensal das vendas, da prestação de serviços e
de outras operações correspondentes aos meses arbitrados será considerada suficientemente repre-
sentativa das receitas auferidas pelo contribuinte naquele estabelecimento, podendo ser utilizada,
para efeitos fiscais, por até doze meses contados a partir do último mês submetido às disposições
previstas no § 1º (Lei 8.846, de 1994, art. 6º, § 4º).
§ 5º A diferença positiva entre a receita arbitrada e a escriturada no mês será considerada na deter-
minação da base de cálculo do imposto (Lei 8.846, de 1994, art. 6º, § 6º).
§ 6º O disposto neste artigo não dispensa o contribuinte da emissão de documentário fiscal, bem
como da escrituração a que estiver obrigado pela legislação comercial e fiscal (Lei 8.846, de 1994,
art. 6º, § 7º).
§ 7º A diferença positiva a que se refere o § 5º não integrará a base de cálculo de quaisquer incenti-
vos fiscais previstos na legislação tributária (Lei 8.846, de 1994, art. 6º, § 8º).
Nota: entendemos que as disposições são muito frágeis para sustentar um lançamento em razão da
grande quantidade de fatores que podem deturpar a amostragem colhida no curto espaço de tempo
previsto no parágrafo 1° do art. 284. Por exemplo, se a amostragem for utilizada no comércio, ás vés-
peras do Natal, dia das mães, etc. em que o movimento comercial é significativamente maior do que
nos demais dias.
Art. 285. É facultado à autoridade tributária utilizar, para efeito de arbitramento a que se refere o ar-
tigo anterior, outros métodos de determinação da receita quando constatado qualquer artifício utili-
zado pelo contribuinte visando a frustrar a apuração da receita efetiva do seu estabelecimento (Lei
8.846, de 1994, art. 8º).
Art. 286. A omissão de receita poderá, também, ser determinada a partir de levantamento por espé-
cie de quantidade de matérias-primas e produtos intermediários utilizados no processo produtivo da
pessoa jurídica (Lei 9.430/1996, art. 41).
§ 1º Para os fins deste artigo, apurar-se-á a diferença, positiva ou negativa, entre a soma das quanti-
dades de produtos em estoque no início do período com a quantidade de produtos fabricados com as
matérias-primas e produtos intermediários utilizados e a soma das quantidades de produtos cuja
venda houver sido registrada na escrituração contábil da empresa com as quantidades em estoque,
no final do período de apuração, constantes do Livro de Inventário (Lei 9.430, de 1996, art. 41, § 1º).
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
§ 2º Considera-se receita omitida, nesse caso, o valor resultante da multiplicação das diferenças de
quantidade de produtos ou de matérias-primas e produtos intermediários pelos respectivos preços
médios de venda ou de compra, conforme o caso, em cada período de apuração abrangido pelo le-
vantamento (Lei 9.430, de 1996, art. 41, § 2º).
§ 3º Os critérios de apuração de receita omitida de que trata este artigo aplicam-se, também, às em-
presas comerciais, relativamente às mercadorias adquiridas para revenda (Lei nº 9.430, de 1996, art.
41, § 3º).
Nota: a diferença de controle quantitativo ocorre quando o controle de estoques (se houver) acusar
diferenças. Por exemplo: comprou-se 100 unidades da mercadoria Y, vendeu-se 40, mas no estoque
estão apenas 10. A diferença tributável é de 100 - 40 - 10 = 50.
Mas é importante frisar que, nos estabelecimentos industriais, sempre há alguma perda de material
ou refugo, que poderá distorcer esta análise (vide artigo 291 deste Regulamento).
Depósitos Bancários
Art. 287. Caracterizam-se também como omissão de receita os valores creditados em conta de depó-
sito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa
jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos
recursos utilizados nessas operações (Lei 9.430, de 1996, art. 42).
§ 1º O valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado auferido ou recebido no mês
do crédito efetuado pela instituição financeira (Lei 9.430, de 1996, art. 42, § 1º).
§ 2º Os valores cuja origem houver sido comprovada, que não houverem sido computados na base
de cálculo do imposto a que estiverem sujeitos, submeter-se-ão às normas de tributação específicas,
previstas na legislação vigente à época em que auferidos ou recebidos (Lei 9.430, de 1996, art. 42, §
2º).
Nota: a situação mais comum é a existência de contas bancárias não contabilizadas, em nome da
pessoa jurídica. Como não estão registrados, os valores de depósitos ou créditos nas respectivas
contas dificilmente podem ter sua origem comprovada. Daí a presunção de omissão de receita.
Tratamento Tributário
Art. 288. Verificada a omissão de receita, a autoridade determinará o valor do imposto e do adicional
a serem lançados de acordo com o regime de tributação a que estiver submetida a pessoa jurídica no
período de apuração a que corresponder a omissão (Lei nº 9.249, de 1995, art. 24).
Todos os lançamentos que envolvem o caixa devem ser registrados, como pagamentos a fornecedo-
res, recebimento de vendas e saques no caixa eletrônico.
A falta destes registros pode implicar em saldo incorreto e possibilidade de, numa fiscalização, a em-
presa ser autuada por não comprovar corretamente suas operações.
O livro deve registrar as operações em ordem cronológica de pagamento ou recebimento (coluna “en-
tradas” para os recebimentos e coluna “saídas” para os pagamentos).
É muito importante que o saldo do caixa apurado seja sempre positivo. A existência do chamado
“saldo credor de caixa” (ou saldo negativo) implica na possibilidade de autuação fiscal, na presunção
que deixaram de ser registradas vendas da empresa (situação denominada “omissão de receita”).
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
Esta situação ocorre quando os pagamentos superam os recebimentos, e o saldo anterior registrado
no livro caixa é menor que o saldo negativo do período.
Por exemplo:
A fiscalização, ao se deparar com esta situação, irá notificar a empresa para que recolha os tributos
devidos (ICMS, ISS, IPI, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL ou Simples Nacional) sobre o de “saldo negativo”.
Em resumo: o problema mais comum na escrituração do livro caixa é a falta de registro de entradas
de caixa (como vendas à vista), que pode gerar notificação fiscal. Todo e qualquer recebimento de
dinheiro ou cheque precisa ser adequadamente documentado, e as vendas devem estar acobertadas
por nota fiscal emitida. A falta destes elementos (comprovação) implica na situação denominada
“omissão de receita”, quando a fiscalização autua o contribuinte por deixar de emitir documento (no
caso, nota fiscal) para acobertar suas entradas de dinheiro.
O fato de a escrituração do contribuinte indicar saldo credor de Caixa constitui presunção legal de
omissão de receitas. Dentre as inúmeras decisões do Carf – Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais, antigo Conselho de Contribuintes, a respeito da matéria, destacamos:
Os cheques emitidos pela contribuinte, compensados por instituição bancária, lançados a débito da
conta “Caixa” como suprimento, deverão ter seus correspondentes registros a crédito desta conta,
pela saída de caixa para o pagamento das obrigações da empresa, para que se opere a neutralidade
da sistemática contábil adotada, vulgarmente chamada de “lançamento cruzado na conta Caixa”. Não
comprovando a empresa o registro dessa saída, é legitima a recomposição do saldo da conta “Caixa”,
com a exclusão dos valores indevidamente registrados como suprimentos, que são considerados en-
tradas fictícias de recursos. A consequente apuração de saldo credor na conta Caixa evidencia a prá-
tica de omissão do registro de receitas, pela utilização de recursos à margem da escrituração contá-
bil, para fazer face às saídas de caixa, nos termos do art. 281, I, do RIR/99.
Excluídos da conta Caixa os valores dos cheques que lá não ingressaram, porque liquidados via com-
pensação bancária, resultando saldo credor em virtude de outras saídas de caixa não vinculadas aos
destinos dados aos referidos cheques, presume-se omissão de receitas, pela utilização de recursos à
margem da escrituração contábil, para fazer face às saídas de caixa.
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
Não logrando o contribuinte comprovar a inexistência de saldo credor de caixa, cabível a presunção
de omissão de receitas, em montante equivalente. O saldo credor de caixa, devidamente apurado
através de fluxo de caixa, realizado em procedimento de ofício, caracteriza omissão de receitas.
Tendo sido o auto de infração lavrado por omissão de receita com base em saldo credor de caixa
apurado exclusivamente em face do Livro Razão (conta Caixa) e tendo o contribuinte demonstrado
não ter havido saldo credor através do Livro Auxiliar de Caixa, não há como subsistir a presunção de
omissão de receita.
Constatado que as quantias tributadas a título de omissão no registro de receitas, por ocorrido movi-
mentação de recursos através de conta-corrente bancária, sem comprovação da origem, também fi-
guram na base de cálculo do tributo exigido por caracterizado saldo credor da conta Caixa, devem as
mesmas serem excluídas de uma das exações, para se evitar a dupla tributação.
Se os dizeres de escritura de compra e venda de títulos não possibilitam aferir-se com a necessária
certeza o momento do pagamento, impossível considerar pago um determinado valor para expurgá-lo
do saldo de caixa e apurar eventual saldo credor.
Tratando-se de presunções legais de saldo credor de caixa e de passivo fictício, cabe ao sujeito pas-
sivo refutá-las mediante a comprovação com documentos hábeis e idôneos.
A não escrituração de pagamentos efetuados pela pessoa jurídica (compras omitidas) caracteriza
omissão de receitas. Dentre as diversas decisões sobre a matéria, emanadas do Carf – Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais, antigo Conselho de Contribuintes, destacamos as seguintes:
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
A falta de contabilização de compras autoriza a presunção de que os valores dos respectivos custos
foram pagos com recursos mantidos à margem da escrituração, omitidos, portanto, dos resultados da
empresa.
Acrescenta-se ao lucro real, para efeito de tributação do imposto de renda pessoa jurídica, o valor
das compras omitidas dos registros contábeis.
4. Passivo Fictício
A existência no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não seja comprovada caracte-
riza a prática da omissão de receitas, pela utilização de recursos à margem da contabilidade da em-
presa, nos termos do art. 281, III, do RIR/99.
Cabe ao contribuinte fazer prova da efetividade dos valores contabilizados em seu passivo; do contrá-
rio, aplica se a presunção legal da ocorrência de omissão de receitas, nos termos do artigo 40 da Lei
n° 9.430, de 1996.
A existência de aquisições à vista e constantes do rol do passivo ao final do período requerem prova
a ser efetivada pelo contribuinte de que os pagamentos ocorreram no período seguinte, à falta do que
é de se manter a exigência, já que se trata de presunção legal que somente pode ser afastada medi-
ante prova.
O passivo fictício aflora por situação exatamente contrária, ou seja, a existência real de um paga-
mento, provada por documentação, dentro do ano calendário e a baixa da obrigação no ano seguinte.
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
Também caracteriza omissão de receitas a liquidação de obrigações para com fornecedores no ano-
base, porém ainda constantes em aberto no seu balanço de encerramento.
A falta de comprovação, através de documentação hábil, das obrigações mantidas junto a fornecedo-
res, registradas no balanço patrimonial, autoriza a presunção de omissão no registro de receita, res-
salvado ao contribuinte a prova de sua improcedência. Se em razão de diligência fiscal o sujeito pas-
sivo logra comprovar a veracidade dos registros contábeis, mediante documentos irrefutáveis, impõe-
se a exclusão do respectivo valor da matéria tributada de ofício.
A comprovação, em primeira instância, da existência de mais 99% das obrigações afasta a presunção
de omissão de receitas em relação as parcelas de valores ínfimos tidas como não comprovadas.
A elisão da presunção de omissão de receitas por passivo fictício não pode se dar sem a apresenta-
ção de provas objetivas de que os saldos eram devidos nas datas a que se referem.
5. Suprimentos De Caixa
A legislação do Imposto de Renda determina que uma vez provada, por indícios na escrituração do
contribuinte ou qualquer outro elemento de prova, a omissão de receita, a autoridade tributária poderá
arbitrá-la com base no valor dos recursos de caixa fornecidos à empresa por administradores, sócios
da sociedade não anônima, titular da empresa individual, ou pelo acionista controlador da companhia,
se a efetividade da entrega e a origem dos recursos não forem comprovadamente demonstradas.
O Carf – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, antigo Conselho de Contribuintes, tem se ma-
nifestado repetidas vezes a respeito das operações de reforço de caixa de empresas mediante em-
préstimos ou aumento do capital social por parte de dirigentes.
Ressaltamos, entre as inúmeras decisões:
Tributa-se como omissão de receita o aporte de capital dito efetuados por sócios à empresa, seja em
espécie ou por depósitos bancários, quando a origem ou a efetiva entrega dos suprimentos não forem
comprovadas com documentação hábil e idônea, coincidente em datas e valores. Cabe ao sujeito
passivo o ônus da prova nas infrações lançadas por presunções legais de que o fato presumido não
ocorreu.
Se a contribuinte conseguiu demonstrar a efetiva entrega do numerário, com o que concordou a pró-
pria DRJ, e, em sede de Recurso Voluntário, trouxe declaração de rendimentos do sócio que de-
monstra condições financeiras deste para suprir o caixa daquela, não há que se falar em omissão de
receita.
Para afastar a presunção de omissão de receita, não basta a prova de que os sócios dispunham de
origem regular para suprir o caixa da sociedade, sendo necessária, também, prova plena, objetiva e
inquestionável, mediante documentação idônea e coincidente, da efetividade da entrega do numerá-
rio pelos sócios à sociedade.
Cabe à pessoa jurídica provar, com documentos hábeis e idôneos, coincidentes em data e valor, os
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
registros de sua contabilidade, inclusive os de efetivo ingresso no Caixa da empresa e da efetiva en-
trega pelos subscritores de numerário para a integralização de aumentos de capital, bem como de-
verá fazer prova de sua respectiva origem, presumindo-se, quando não forem produzidas essas pro-
vas, que os recursos tiveram origem em receita omitida na escrituração.
Sendo irrelevante a capacidade econômica do sócio da empresa, titular de crédito por suprimentos,
se não for comprovada, plena, objetiva e inquestionavelmente, a origem do numerário creditado, me-
diante documentos idôneos e coincidentes, e que, igualmente, se comprove a efetividade da entrega
dos recursos supridos, exibindo-se prova indubitável de que eles se transferiram para o patrimônio da
pessoa jurídica.
Não comprovada a origem, cabe à autoridade tributária efetuar o lançamento do imposto com base
no valor dos recursos de Caixa fornecidos. Incabível a recomposição da conta “Caixa” para excluir os
suprimentos efetuados e provocar o saldo credor de Caixa, hipótese de tributação prevista em outro
dispositivo legal. Insuficiência da caracterização da infração.
Configura-se como omissão de receita a não comprovação da origem e efetiva entrega do numerário
destinado a aumento de capital.
O simples não registro na contabilidade de suprimentos feitos à empresa por sócio e de empréstimo
bancário não autoriza, sem o aprofundamento da ação fiscal, a conclusão de que teria havido omis-
são de receitas, mormente quando as receitas supostamente omitidas foram apuradas em simples
confronto com extratos bancários.
Caracteriza omissão de receita, inclusive ganhos de capital, a falta de emissão da nota fiscal, recibo
ou documento equivalente, no momento da efetivação das operações de:
a) venda de mercadorias;
b) prestação de serviços;
c) alienação de bens móveis;
d) locação de bens móveis e imóveis;
e) quaisquer outras transações realizadas com bens e serviços.
Ficará ainda caracterizada a omissão de receita se for verificada emissão de nota fiscal, recibo ou do-
cumento, em valor inferior ao da operação (subfaturamento).
Comprovado documentalmente que foram preenchidos as Ordens de Serviços, com o modelo im-
presso, com data de entrega e de faturamento definida e, ainda, registrada palavra “Pago”, “Pg” ou
“0k” , permite presumir que a nota fiscal de prestação de serviços não foi emitida e nem contabilizada
a receita correspondente.
A falta de emissão de Notas Fiscais de vendas de mercadorias e serviços no momento da sua efeti-
vação evidencia a prática de omissão de receitas e autoriza o lançamento de ofício dos tributos cor-
respondentes, sobretudo se os respectivos valores não foram registrados na contabilidade oficial da
pessoa jurídica.
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
A prática de emitir Notas Fiscais de apenas parte das vendas realizadas configura omissão de recei-
tas ao crivo do tributo, caracterizando, evidente intuito de fraude e ensejando a aplicação da multa
exasperada.
No silêncio da manifestação da autoridade, prevista no artigo 1º, § 2º, da Lei nº 8.846/94, se o contri-
buinte utiliza outro documento que sirva à escrituração da receita e determinação do fato gerador do
Imposto de Renda (CTN, artigo 43), não há concretização da presunção de omissão de receita, pre-
vista no artigo 2° do diploma legal.
A não emissão de nota fiscal na venda de combustível ao consumidor não enseja a aplicação da
multa prevista na Lei nº 8.846/94 ao Posto Revendedor, tendo em vista que o mesmo está sujeito ao
Registro Diário de suas vendas no LMC – Livro de Movimento de Combustíveis –, instituído pela Por-
taria nº 26, de novembro de 1992, do Departamento Nacional de Combustíveis.
7. Depósitos Bancários
Constituem, também, presunção legal de omissão de receita, os valores creditados em conta de de-
pósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular pessoa
jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos
recursos utilizados nas respectivas operações.
Configura-se omissão de receita a existência de depósitos bancários não escriturados quando não
provada a sua origem. A mera alegação de que tais valores foram devolvidos ao cliente, sem prova
efetiva da devolução, não tem o condão de afastar a exigência do crédito tributário.
Para que os depósitos bancários possam ser considerados receita omitida é necessário que a Fiscali-
zação, de forma prévia, relacione individualizadamente os valores e intime o titular dos recursos para
comprovar a origem dos mesmos. A intimação prévia para comprovação dos recursos se constitui em
requisito essencial para formação da presunção de que trata o artigo 42, da Lei n° 9.430, de 1996.
Sem tal procedimento não se pode falar em presunção de omissão de rendimentos. Não preenchidos,
por falta de regular intimação, os requisitos de que trata o artigo 42, da Lei n° 9.430, de 1996, para
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
formação da presunção, o lançamento torna se insubsistente. Acórdão da DRJ que se mantém pelos
seus próprios fundamentos. Recurso de ofício negado.
O valor cuja origem houver sido comprovada, que não tiver sido computado na base de cálculo do im-
posto, será tributado de acordo com a legislação vigente à época do respectivo fato gerador.
Para efeito de determinação da receita omitida, os créditos bancários serão analisados individualiza-
damente, observado que não serão considerados os decorrentes de transferências de outras contas
da própria pessoa jurídica.
Verificada por indícios a omissão de receita, a autoridade tributária poderá, para efeito de determina-
ção da base de cálculo sujeita à incidência do imposto, arbitrar a receita do contribuinte, tomando por
base as receitas, apuradas em procedimento fiscal, correspondente ao movimento diário das vendas,
da prestação de serviços e de quaisquer outras operações.
Para fins de arbitramento da receita mínima do mês, a autoridade tributária identificará os valores efe-
tivos das receitas auferidas pelo contribuinte em três dias alternados desse mesmo mês, necessaria-
mente representativos das variações de funcionamento do estabelecimento ou da atividade.
A renda mensal arbitrada corresponderá à multiplicação do valor correspondente à média das recei-
tas apuradas pelo número de dias de funcionamento do estabelecimento naquele mês.
O critério em exame poderá ser aplicado a, pelo menos, três meses do mesmo ano-calendário. Nesse
caso, a receita média mensal das vendas, da prestação de serviços e de outras operações corres-
pondentes aos meses arbitrados será considerada suficientemente representativa das receitas auferi-
das pelo contribuinte naquele estabelecimento, podendo ser utilizada, para efeitos fiscais, por até
doze meses contados a partir do último mês submetido ao arbitramento pelo critério de três dias alter-
nados.
O tratamento examinado não dispensa o contribuinte da emissão de documentário fiscal, bem como
da escrituração a que estiver obrigado pelas legislações comercial e fiscal.
É facultado à autoridade tributária utilizar quaisquer outros métodos de determinação da receita, para
efeito do arbitramento a que se refere o subitem 8.1, quando ficar constatado qualquer artifício utili-
zado pelo contribuinte com o intuito de frustrar a apuração da receita efetiva do seu estabelecimento.
A legislação vigente estabelece outra hipótese de presunção legal de omissão de receitas, através de
levantamento, por espécie, das quantidades de matérias-primas e produtos intermediários utilizados
no processo produtivo da pessoa jurídica.
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
A) B)
Diferença Positiva
Se a soma de “A” for maior do que a de “B” ficará configurada a presunção da venda de produtos sem
a emissão ou sem registro de notas fiscais.
Diferença negativa
Se, ao contrário, “A” resultar menor que “B", presumir-se-á que houve compra de matérias-primas ou
produtos intermediários com recursos de ingresso não escriturado.
Uma vez verificada a omissão de receita, a autoridade tributária determinará o valor do Imposto de
Renda e do adicional a serem lançados, de acordo com o regime de tributação a que estiver subme-
tida a pessoa jurídica no período de apuração a que corresponder a omissão.
O valor submetido à incidência do imposto deve corresponder à totalidade da receita desviada da es-
crituração, sendo inadmissível deduzir quaisquer custos ou despesas a ela inerentes, de vez que es-
tes já estarão, por pressuposto, computados no resultado.
No caso de pessoa jurídica com atividades diversificadas tributadas com base no lucro presumido ou
arbitrado, não sendo possível a identificação da atividade a que se refere a receita omitida, esta será
adicionada àquela a que corresponder o percentual mais elevado.
O valor da receita omitida será considerado na determinação da base de cálculo para o lançamento
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para a Seguridade Social (Co-
fins) e da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Ser-
vidor Público (PIS/Pasep) e das contribuições previdenciárias incidentes sobre a receita.
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
A administração tributária procederá ao lançamento de ofício quando, dentre outras razões, o sujeito
passivo omitir receitas ou rendimentos, nas hipóteses examinadas neste trabalho. O lançamento de
ofício poderá ser realizado, também, arbitrando-se os rendimentos com base na renda presumida,
mediante utilização dos sinais exteriores de riqueza.
Considera-se sinal exterior de riqueza a realização de gastos incompatíveis com a renda disponível
do contribuinte. Constitui renda disponível a receita auferida, diminuída das deduções, admitidas pela
legislação do Imposto de Renda, e do imposto pago pelo contribuinte.
Verificando a autoridade tributária sinais exteriores de riqueza, o contribuinte será notificado para o
devido procedimento fiscal de arbitramento, para o qual serão tomados por base os preços de mer-
cado vigentes à época da ocorrência dos fatos ou eventos, podendo, para tanto, ser adotados índices
ou indicadores econômicos oficiais ou publicações técnicas especializadas.
O contribuinte que detiver a posse ou propriedade de bens que, por sua natureza, revelem sinais ex-
teriores de riqueza, deverá comprovar, mediante documentação hábil e idônea, os gastos realizados
a título de despesas com tributos, guarda, manutenção, conservação e demais gastos indispensáveis
à utilização desses bens.
Nesse caso, consideram-se bens representativos de sinais exteriores de riqueza automóveis, iates,
imóveis, cavalos de raça, aeronaves e outros bens que demandem gastos para sua utilização.
A falta de comprovação dos gastos, ou a verificação de indícios de realização de gastos não compro-
vados, autorizará o arbitramento dos dispêndios em valor equivalente a até 10% do valor de mercado
do respectivo bem, observada necessariamente a sua natureza, para cobertura de despesas realiza-
das durante cada ano-calendário em que o contribuinte tenha detido a sua posse ou propriedade.
Para esse efeito, serão tomados como base os preços de mercado vigentes em qualquer mês do
ano-calendário a que se referir o arbitramento.
O valor arbitrado (I), deduzido dos gastos efetivamente comprovados pelo contribuinte, será conside-
rado renda presumida nos anos-calendário relativos ao arbitramento.
A multa de lançamento de ofício aplicável aos casos em que a autoridade tributária constatar as hipó-
teses previstas nos artigos 71, 72 e 73 da Lei 4.502/64 é de 150%, independentemente de outras pe-
nalidades administrativas ou criminais cabíveis.
Os artigos citados definem, respectivamente:
Sonegação – é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, o
conhecimento por parte da autoridade fazendária:
– da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, sua natureza ou circunstâncias ma-
teriais;
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EMISSAO DE DOCUMENTOS FISCAIS
Fraude – é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a
ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, ou a excluir ou modificar as suas caracte-
rísticas essenciais, de modo a reduzir o montante do imposto devido, ou a evitar ou diferir o seu pa-
gamento.
Conluio – é o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas, visando qualquer dos
efeitos de sonegação ou fraude.
Se o contribuinte não atender, no prazo marcado, à intimação para prestar esclarecimentos, a multa
de lançamento de ofício passará a ser de 225%.
Serão concedidas reduções da multa de lançamento de ofício, nos percentuais a seguir, ao contribu-
inte que, notificado, efetuar o pagamento, a compensação ou parcelamento do débito:
– 50%, se for efetuado o pagamento ou a compensação no prazo de 30 dias, contado da data em que
o contribuinte foi notificado do lançamento;
– 40%, se o contribuinte requerer o parcelamento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi
notificado do lançamento;
– 30%, se for efetuado o pagamento ou a compensação no prazo de 30 dias, contado da data em que
o contribuinte foi notificado da decisão administrativa de primeira instância; e
– 20%, se o contribuinte requerer o parcelamento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi
notificado da decisão administrativa de primeira instância.
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SUPRIMENTO DAS DISPONIBILIDADE
Os assuntos de auditoria contábil escolhidos pelo examinador são aqueles afetos ao auditor fiscal. Um
desses temas, é o suprimento não comprovado das disponibilidades. Isso interessa em muito aos au-
ditores fiscais das três esferas, pois permite concluir sobre uma das mais fortes presunções legais: o
saldo credor de caixa.
Encontrou saldo credor de caixa, pode ter certeza que tem mutreta!
Vamos analisar uma das facetas do suprimento não comprovado, entre as várias possíveis: o supri-
mento feito por meio de empréstimos de sócios ou terceiros, item previsto no edital.
A empresa dispõe apenas de R$ 500 em caixa, mas efetua a quitação de um passivo à vista por R$
600. Logo, na contabilidade seu caixa se torna negativo, o que é impossível, pois dinheiro é bem tan-
gível.
Assim, a empresa precisa dar um jeitinho de trazer novos R$ 100 do “caixa 2” para o caixa oficial para
dar ares de normalidade.
Ou seja, a empresa precisa “criar” um lançamento a débito na conta Caixa para tornar o saldo positivo
ou zero. Por óbvio, a empresa não poderá dizer que a grana saiu do “caixa 2”, mas poderá simular um
empréstimo de sócios.
Exemplificando:
O sócio João firma um contrato de mútuo (empréstimo) junto a sociedade indicando que efetuou o
empréstimo de R$ 100 para a empresa. Assim, formalmente, a questão estaria resolvida.
Ocorre que nem sempre é fácil sustentar o alegado, pois nem o auditor independente e nem o Fisco
são ingênuos. O auditor solicitará, por exemplo, a comprovação da efetiva entrega do recurso, por
exemplo: um cheque ou transferência da conta do João para conta da empresa.
Percebeu?
A simples alegação de que a entrada desse numerário R$ 100 foi a título de empréstimo ou mesmo a
presença de um contrato de empréstimo entre o sócio e a entidade pode não ser suficiente para eliminar
o ceticismo do auditor.
Na maioria das vezes, o suprimento de disponibilidades indevido ocorre apenas de forma formal, isto
é, apenas o registro na contabilidade é efetuado e são forjados os documentos suportes, como o con-
trato de empréstimo.
Na realidade, nenhum dinheiro foi transferido de forma efetiva. O cerne da questão é comprovar a efe-
tividade da entrega do recurso e não apenas o aspecto formal.
Lembre-se dos recibos apresentados pelo ex presidente Lula para comprovar o pagamento do aluguel
do Triplex do Guarujá. Os recibos existiam de fato e possuíam assinaturas verdadeiras. Logo, do ponto
de vista formal eram autênticos. Mas o que não ocorrera, no entendimento da Justiça, foi o efetivo
pagamento, a efetiva entrega do recurso.
E assim também funciona na auditoria das disponibilidades. Não basta ter documento, tem que ter efe-
tividade! Afinal, a “existência” é a principal afirmação a ser validada numa auditoria de Ativos, especi-
almente se envolve numerário.
Tome os valores já citados como exemplo, assumindo que o suprimento de R$ 100 efetuado pelo sócio
é inexistente de fato pois não houve a efetiva entrega do recurso. Veja como ficaria a recomposição do
caixa:
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SUPRIMENTO DAS DISPONIBILIDADE
Ao recompor o saldo da conta caixa que inicialmente estava zerado ( entrou 600 e saiu 600), o que é
matematicamente e fisicamente possível, ao se eliminar o lançamento de entrada inexistente (R$ 100),
o saldo apurado após recomposição do fluxo é de R$-100 (Cem reais negativos). Isso permite concluir
que a empresa não está registrando todas suas entradas de recursos. Existe omissão de receitas. O
auditor tributário, em qualquer um dos fiscos (ISS, ICMS, RFB) irá concluir que ocorrera omissão de
receitas de vendas/serviços, o que é fato gerador presumido dos mais variados tributos. Assim, con-
cluímos sobre esse ponto da auditoria.
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CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO IMPOSTO
Art. 68. Compete à Secretaria de Estado da Fazenda a supervisão, o controle da arrecadação e a fis-
calização do imposto
Art. 69. A fiscalização será exercida sobre todas as pessoas, naturais ou jurídicas, contribuintes ou
não, que estiverem obrigadas ao cumprimento de disposições da legislação do imposto, mesmo as
que gozarem de imunidade ou isenção.
§ 1º Para os fins deste artigo, as pessoas nele referidas obrigam-se a manter sob sua guarda os li-
vros e documentos fiscais e o arquivo da Escrituração Fiscal Digital - EFD pelo prazo mínimo de cinco
(5) anos contados do exercício seguinte ao do encerramento dos livros, ao da emissão dos documen-
tos ou do período a que se referem os registros da EFD, enquanto não decair o direito de a Fazenda
Pública constituir o crédito tributário.
§ 2° As pessoas referidas no “caput” exibirão aos agentes do fisco, sempre que solicitado, as merca-
dorias, livros das escritas fiscal e comercial e todos os documentos, inclusive os relativos a sistema
de processamento de dados e meios magnéticos, em uso ou já arquivados, que forem julgados ne-
cessários à fiscalização e lhes franquearão o acesso aos seus estabelecimentos, depósitos e depen-
dências, bem como centrais ou equipamentos de processamento eletrônico de dados, veículos, co-
fres e outros móveis, em horário de funcionamento do estabelecimento.
§ 4° É obrigatória a parada, nos postos de fiscalização, fixos ou móveis, mantidos pela Secretaria de
Estado da Fazenda, de veículos:
II - de transporte de passageiros;
Art. 69-A. As ações de fiscalização serão executadas, salvo motivo relevante devidamente fundamen-
tado, a partir de planejamento elaborado pela Diretoria de Administração Tributária.
Art. 70. Os livros fiscais, bem como os correspondentes documentos de emissão própria ou de tercei-
ros, somente poderão ser retirados do estabelecimento para serem entregues à Gerência Regional
da Fazenda Estadual ou aos agentes do fisco aos quais foi cometida a atribuição de fiscalizá-los.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, será lavrado termo de recebimento, em duas vias, uma
das quais será entregue ao contribuinte ou seu preposto.
§§ 2º a 4º - REVOGADOS.
Art. 70-A. A administração tributária poderá credenciar contabilistas e organizações contábeis para
fins de guarda de livros e documentos fiscais, bem como da manutenção cadastral do contribuinte
junto à Secretaria de Estado da Fazenda.
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CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO IMPOSTO
III - ao deixar de deter a responsabilidade pela escrita contábil ou fiscal do contribuinte, comunicar
esse fato, no prazo de 30 (trinta) dias da ocorrência do fato, à Secretaria de Estado da Fazenda, indi-
cando o motivo, se possível, o nome do novo contabilista.
§ 4º O credenciado, mediante fornecimento de senha, poderá ser habilitado para acessar o sistema
de processamento de dados da Secretaria de Estado da Fazenda, com privilégios para consultar e
atualizar dados cadastrais e acompanhar a conta corrente dos contribuintes cuja escrita fiscal ou con-
tábil esteja sob sua responsabilidade.
§ 5º O credenciado responsabiliza-se pelo uso e guarda da senha, bem como pela inviolabilidade das
informações disponibilizadas.
II - qualquer ação ou omissão que contribua para a prática de infrações à legislação tributária;
Art. 71. Os livros, documentos fiscais, outros papéis, equipamentos e meios magnéticos que consti-
tuam prova de infração à legislação tributária poderão ser apreendidos pelos agentes do fisco, medi-
ante termo do qual se deixará cópia com o contribuinte.
Parágrafo único. A devolução da coisa apreendida somente será efetuada mediante apresentação de
cópia autenticada da mesma e desde que isto não importe em prejuízo para a Fazenda Estadual.
Art. 72. Quando vítima de embaraço ou desacato no exercício de suas funções ou quando seja ne-
cessária a efetivação de medidas acauteladoras de interesse do fisco, ainda que não se configure
fato definido em lei como crime ou contravenção, os agentes do fisco, diretamente ou por intermédio
da Gerência Regional da Fazenda Estadual, poderão requisitar o auxílio da Força Pública Estadual.
Art. 73. No exercício de suas funções, o agente do fisco procederá ao exame dos livros e documentos
de escrituração contábil e fiscal do contribuinte, inclusive meios magnéticos.
Parágrafo único. No caso de recusa de apresentação dos livros, documentos ou meios magnéticos, o
agente do fisco, diretamente ou por intermédio da Gerência Regional da Fazenda Estadual, providen-
ciará junto ao Ministério Público para que se faça a exibição judicial, sem prejuízo da lavratura de no-
tificação por embaraço à ação fiscal.
Art. 74. Reputar-se-á infração à obrigação tributária acessória a simples omissão de registro de docu-
mentos fiscais de entrada na escrita fiscal, desde que lançados na comercial.
Art. 75. Presumir-se-á operação ou prestação tributável não registrada, quando se constatar:
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CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO IMPOSTO
I - suprimento de caixa sem comprovação da origem do numerário, quer esteja escriturado ou não;
II - diferença apurada pelo cotejo entre as saídas registradas e o valor das saídas a preço de custo
acrescido do lucro apurado mediante a aplicação de percentual fixado em portaria do Secretário de
Estado da Fazenda;
III - efetivação de despesas, pagas ou arbitradas, em limite superior ao lucro bruto auferido pelo con-
tribuinte;
IV - registro de saídas em montante inferior ao obtido pela aplicação de índices de rotação de esto-
ques levantados no local em que situado o estabelecimento, através de dados coletados em estabe-
lecimentos do mesmo ramo;
V - diferença entre o movimento tributável médio apurado em regime especial de fiscalização e o re-
gistrado nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores;
VII - a falta de registro de documentos fiscais referentes à entrada de mercadorias ou bens ou à utili-
zação de serviços, na escrita fiscal ou na contábil, quando existente esta;
VIII - efetivação de despesas ou aquisição de bens e serviços, por titular de empresa ou sócio de pes-
soa jurídica, em limite superior ao pró-labore ou às retiradas e sem comprovação da origem do nume-
rário;
X - a existência de despesa ou de título de crédito pagos e não escriturados, bem como a posse de
bens do ativo permanente não contabilizados;
a) a cessação de uso de ECF com inobservância das formalidades previstas nos arts. 40 e 41 do
Anexo 9 (Lei nº 17.427/17, art. 25); ou
b) a comunicação de roubo, furto, perda ou extravio de ECF com inobservância das formalidades pre-
vistas no art. 181 do Anexo 5 (Lei nº 17.427/17, art. 25);
XII – a existência de equipamentos do tipo Point of Sale (POS) vinculados a estabelecimento diverso,
caso em que serão atribuídos todos os valores transmitidos e autorizados por meio deste equipa-
mento ao estabelecimento onde encontrado.
XIII – transações autorizadas por meio de solução de software ou dispositivo de hardware vinculado a
terceiro, para registro de meio de pagamento, caso em que serão atribuídas ao estabelecimento onde
encontrados (Lei nº 17.427/17, art. 25); e
XIV – existência de valores diferentes das saídas registradas pelo contribuinte, informados por (Lei nº
17.427/17, art. 25):
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CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO IMPOSTO
§ 1º Não perdurará a presunção mencionada nos incisos II, III, IV e IX quando em contrário provarem
os lançamentos efetuados em escrita contábil revestida das formalidades legais.
III - os livros ou documentos fiscais forem declarados extraviados, salvo se o contribuinte fizer com-
provação das operações ou prestações e de que sobre elas pagou o imposto devido;
IV - o contribuinte, embora intimado, persistir no propósito de não exibir seus livros e documentos
para exame.
I - a duração do regime não será inferior a 10 (dez) nem superior a 60 (sessenta) dias, de cada vez;
II - os documentos fiscais, bem como outros meios destinados ao registro das operações poderão ser
visados previamente pelos servidores designados para aplicação do regime.
I – os equipamentos Emissores de Cupom Fiscal – ECF do contribuinte serão substituídos por equi-
pamentos ECF de propriedade do fisco, ficando o usuário como fiel depositário e praticando todos os
atos previstos na legislação e no regime especial para o seu uso;
II – os documentos fiscais, bem como outros meios destinados ao registro das operações, poderão
ser visados previamente pelos servidores designados para aplicação do regime;
III – o desenvolvedor do PAF-ECF deverá adequar o programa aplicativo, no prazo estipulado pelo
regime especial, a fim de possibilitar o funcionamento de todas as funções do ECF instalado pelo
fisco;
§ 5º A presunção de que tratam as alíneas do inciso XI do caput deste artigo não se aplica aos perío-
dos em que a leitura da memória fiscal do equipamento declarado roubado, furtado, perdido ou extra-
viado tiver sido apresentada pelo contribuinte (Lei nº 17.427/17, art. 25).
Art. 75-A. No caso de contribuinte não inscrito no CCICMS, considerar-se-á como data de início das
atividades aquela em que se realizar a primeira operação de entrada ou saída de mercadoria ou bem
ou a primeira prestação de serviço.
Art. 77. As mercadorias transportadas ou estocadas sem documentação fiscal ou com documentação
fiscal fraudulenta poderão ser retidas em depósito até a identificação de seu proprietário, mediante
lavratura de Termo de Ocorrência e Depósito, de modelo oficial, entregando-se cópia a quem detiver
a posse das mercadorias.
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CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO IMPOSTO
§ 2° Caso o sujeito passivo não seja domiciliado neste Estado, deverá ser garantido o crédito tributá-
rio, mediante fiança idônea ou depósito de bens, valores ou títulos mobiliários.
§ 3° As mercadorias poderão ser depositadas junto a terceiro idôneo se a sua guarda não for possível
em depósito do Estado.
§ 4° A devolução da coisa depositada far-se-á mediante pagamento das despesas decorrentes do de-
pósito, se existentes, e assunção da responsabilidade pelo crédito tributário, em termo próprio, pelo
real proprietário da mercadoria, contra quem será emitida a Notificação Fiscal.
Art. 78. Se dentro de 30 (trinta) dias contados do depósito a mercadoria apreendida não for recla-
mada, será iniciado o processo de leilão público, na forma prevista na Lei n° 3.938, de 26 de dezem-
bro de 1966, arts. 125 a 130.
§ 1° Tratando-se de bens rapidamente deterioráveis, o prazo referido neste artigo poderá ser redu-
zido para 24 (vinte e quatro) horas ou menos, findo o qual os bens serão doados a instituições benefi-
centes, fazendo-se constar essa circunstância no Termo de Ocorrência e Depósito.
§ 2° Enquanto não entregue a coisa ao arrematante, o real proprietário poderá reclamá-la, observado
o disposto no art. 77, § 4°.
Art. 78-A. Nas operações e prestações interestaduais com destino a consumidor final não contribuinte
do ICMS, relativamente ao diferencial de alíquotas, a fiscalização, autuação e execução do sujeito
passivo será efetuada:
I – por este Estado, no caso de contribuinte localizado em outra unidade da Federação, mediante cre-
denciamento prévio no Estado de origem das mercadorias;
II – pelo Estado de origem, no caso de contribuinte localizado neste Estado, mediante credencia-
mento prévio neste Estado; ou
§ 1º Fica dispensado o credenciamento prévio na hipótese de a fiscalização ser exercida sem a pre-
sença física da autoridade fiscal no local do estabelecimento a ser fiscalizado.
§ 2º O credenciamento de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo será concedido em até 10
(dez) dias, configurando anuência tácita a ausência de resposta.
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COTEJAMENTO CONTABIL
Cotejamento Contábil
Uma empresa que não faz o levantamento e o cotejamento contábil de seus ativos torna-se vulnerável
a riscos que serão muito prejudiciais ao seu desenvolvimento. A falta de controle sobre o ativo imobili-
zado reflete em uma gestão patrimonial desorganizada, o que inviabiliza a tomada de decisões asser-
tivas em um negócio.
Você consegue imaginar os problemas que podem acontecer em decorrência da ausência do coteja-
mento contábil na gestão patrimonial?
– Imagine uma fábrica de pães que não realiza a gestão patrimonial e recebe uma grande demanda de
produção, para a qual precisará utilizar todos os fornos. Entretanto, alguns não estão em boas condi-
ções e outros não foram encontrados no local em que deveriam estar. O dono da empresa não estava
esperando por isso e, portanto, não será possível cumprir os prazos exigidos para a entrega dos pro-
dutos.
– Esta mesma fábrica não realiza corretamente o registro contábil, o que gera uma omissão de receita.
Isso pode acarretar uma autuação fiscal, com incidência de tributos para a fábrica, tornando-se um
grande prejuízo.
Estes exemplos são fictícios, mas passíveis de ocorrer. Você já pode perceber que realizar a gestão
patrimonial periodicamente possibilita a redução de gastos, a previsão de custos e a otimização do
processo de compras e gestão da empresa.
A primeira etapa da gestão patrimonial é a realização do inventário. Logo após, são feitos os processos
de levantamento e cotejamento contábil.
Este processo é realizado através de pesquisas em notas fiscais, razões, balancetes, balanços, livros
diários, projetos e todo e qualquer documento que possibilite a identificação e registro individualizado
dos bens na base contábil em estruturação. Assim, obtemos informações detalhadas de cada bem,
como:
Cadastro;
Data da aquisição;
Valor de aquisição;
Fornecedor;
Descrição do bem.
Através deste levantamento, é possível regularizar a consideração dos bens e individualizar os itens
contabilizados por totais em Projetos, Notas fiscais, Ordens de Serviços, entre outros.
Logo após, faz-se a conciliação dos dados com as razões (lançamento de todas as entradas e saídas
na empresa), para verificar se há ativos que foram lançados na contabilidade, mas não foram conside-
rados no levantamento inicial devido à falta de suporte ou desorganização contábil. Alguns aspectos
importantes para que o levantamento possa ser realizado são:
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COTEJAMENTO CONTABIL
– A reconstituição da base de dados dos bens patrimoniais deve ser fundamentada na escrituração
contábil e documentos fiscais. Além disso, este processo se estende desde a fundação da empresa;
– A nota fiscal dos bens adquiridos nos últimos 5 anos devem estar no sistema de controle e balanço
patrimonial, como é exigido legalmente;
– Como somente os bens com residuais contábeis têm influência na empresa, a pesquisa contábil deve
se estender até os últimos 10 anos.
Desta forma, é possível apresentar um levantamento coerente nos quesitos fiscal e contábil.
Neste momento, para fazer o cotejamento contábil verifica-se se os bens contabilizados existem fisica-
mente e estão operacionalmente ativos. Além disso, a descrição do ativo é conferida e, em caso de
divergência, regularizada.
É comum a constatação de ativos que foram contabilizados, mas não possuem existência física e ativos
existentes fisicamente, porém, sem registro contábil. Para que a situação seja adequadamente anali-
sada, são emitidos três relatórios:
1. Bens conciliados;
2. Sobras físicas;
3. Sobras contábeis.
Para que o ativo imobilizado esteja sempre sob controle, é ideal que seja feito o acompanhamento de
qualquer aquisição, transferência ou baixa de ativos e que estes se encontrem sempre no local indi-
cado.
Neste processo é fundamental fazer o levantamento e o cotejamento contábil. Dessa forma, o sistema
de controle patrimonial é efetivo e cumpre com o seu objetivo: demonstrar a real situação da empresa.
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COTEJAMENTO CONTABIL
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AUDITORIA DAS CONTAS
a) Ínterim
O Auditor analisa as contas contábeis com maior profundidade, verifica os controles internos das ope-
rações da empresa. Até mesmo em função das horas de auditoria programadas. Na auditoria de ínte-
rim, por exemplo, destina-se:
b) Balanço
Enquanto que para a Auditoria de Balanço estão programadas apenas 60 horas, a título de exemplo,
pois o objetivo maior é constatar a adequação dos saldos contábeis, os detalhes foram examinados
na Auditoria de Ínterim.
Na auditoria do Balanço, o Auditor deverá realizar uma profunda análise nos saldos contábeis, pois
poderá encontrar contas contábeis que não foram totalmente conciliadas que interferem na apuração
direta do Imposto de Renda Pessoa Jurídica.
Também, cabe ressaltar, já que estamos na era da informática: o Auditor pode solicitar ao setor Con-
tábil ou Administrativo, um TERMINAL DE COMPUTADOR que tenha acesso ao sistema contábil da
empresa, com isso poderá visualizar o razão contábil das contas e emitir somente as contas que jul-
gar necessário. A navegação pelo razão contábil, além de facilitar o trabalho, pode ser feita uma aná-
lise virtual mais abrangente das contas, sendo as seleções mais específicas.
Conforme art. 179, da Lei 6.404/76, as contas do ATIVO serão classificadas do seguinte modo:
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, as-
sim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou contro-
ladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem
negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das ativi-
dades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade
industrial ou comercial;
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AUDITORIA DAS CONTAS
V - no ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do re-
sultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante
o período que anteceder o início das operações sociais.
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o
exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em dinheiro, no prazo de até
12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível, realizável a curto prazo, estoques e despesas
antecipadas.
O Ativo Circulante Disponível (A) é composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas
contas de caixa, bancos conta movimento e aplicações financeiras.
2) através da análise de um determinado mês, nos movimentos de boletins de caixa, verificar a con-
sistência dos documentos. Exemplo: analisar os documentos constantes dos boletins de caixa refe-
rente alguns dias do mês de dezembro, por amostragem* aleatória (como modelo examinar os dias 5,
10, 15, 20, 23, 30 e 31) conforme o Auditor julgar necessário.
* Selecionar apenas alguns dia do mês de dezembro, para certificar-se da qualidade da documenta-
ção.
3) conferir se os saldos dos bancos constantes no balancete contábil estão em conformidade com os
extratos bancários e/ou conciliações apresentadas pela empresa;
De uma forma geral, são classificáveis no Realizável a Longo Prazo contas da mesma natureza das
do Ativo Circulante, que, todavia, tenham sua realização certa ou provável após o término do exercí-
cio seguinte, o que, normalmente, significa realização num prazo superior a um ano a partir do próprio
balanço.
As despesas apropriáveis após o exercício seguinte também são classificadas no Ativo Realizável a
Longo Prazo.
Até 31.12.2007, a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) era obrigatória para
as companhias abertas e para as companhias fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço
patrimonial, superior a R$ 1.000.000,00 (limite este atualizado pela Lei nº 9.457/97). A DOAR indica
as modificações na posição financeira da companhia.
A partir de 01.01.2008, a DOAR foi extinta, por força da Lei 11.638/2007, sendo obrigatória para apre-
sentação das demonstrações contábeis encerradas somente até 31.12.2007.
Forma De Apresentação
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AUDITORIA DAS CONTAS
a) dividendos distribuídos;
4 - os saldos no início e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o montante do capital cir-
culante líquido e o seu aumento ou redução durante o exercício.
Origens De Recursos
As origens de recursos são representadas pelos aumentos no Capital Circulante Líquido, e as mais
comuns são:
a) das próprias operações, quando as receitas (que geram ingressos de capital circulante líquido) do
exercício são maiores que as despesas, ou seja, resultam do lucro líquido apurado exclusivamente
das operações regulares da empresa.
Assim, se houver lucro, teremos uma origem de recursos, se houver prejuízo, teremos uma aplicação
de recursos;
b) dos acionistas, pelos aumentos de capital integralizados pelos mesmos no exercício, já que tais
recursos aumentaram as disponibilidades da empresa e, conseqüentemente, seu capital circulante
líquido;
c) de terceiros, por empréstimos obtidos pela empresa, pagáveis a longo prazo, bem como dos recur-
sos oriundos da venda a terceiros de bens do Ativo Permanente, ou de transformação de Realizável a
Longo Prazo em Ativo Circulante.
Os empréstimos feitos e pagáveis a curto prazo não são considerados como origem de recursos para
fins dessa demonstração, pois não alteram o Capital Circulante Líquido. Nesse caso há um aumento
de disponibilidades e, ao mesmo tempo, do Passivo Circulante.
A depreciação, amortização ou exaustão, por representarem uma recuperação de fundos, devem ser
adicionadas ao lucro líquido apurado no exercício, para efeito de elaboração da demonstração das
origens e aplicações de recursos.
Aplicações De Recursos
As aplicações de recursos são representadas pela redução do Capital Circulante Líquido entre o iní-
cio e o término de determinado período.
As aplicações de recursos mais comuns que implicam na variação do Capital Circulante Líquido são
as seguintes:
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AUDITORIA DAS CONTAS
1) Imobilizações
A amortização de empréstimos a longo prazo significa, em princípio, uma redução do passivo exigível
a longo prazo e representa uma aplicação de recursos. Por outro lado, a obtenção de um novo finan-
ciamento representa uma origem de recursos.
Tendo em vista que o conceito de recursos é o de Capital Circulante Líquido, a mera transferência de
um saldo de empréstimo do Exigível a Longo Prazo para o Passivo Circulante, por vencer no exercí-
cio seguinte, representa uma aplicação de recursos, pois reduziu o Capital Circulante Líquido.
c) Remuneração de dividendos:
O Capital Circulante Líquido é a diferença entre o ativo circulante (disponível, contas a receber, esto-
ques e despesas pagas antecipadamente) e o passivo circulante (fornecedores, contas a pagar e ou-
tras exigibilidades do exercício seguinte) em determinada data.
Quando o Ativo Circulante é maior do que o Passivo Circulante, tem-se um Capital Circulante Líquido
próprio.
Quando o Ativo Circulante é menor do que o Passivo Circulante, tem-se um Capital Circulante Lí-
quido negativo ou de terceiros.
Além das origens e aplicações relacionadas anteriormente, há inúmeros tipos de transações efetua-
das que não afetam o Capital Circulante Líquido, mas são representadas como origens e aplicações
simultaneamente, como por exemplo:
b) conversão de empréstimos de longo prazo em capital, caso em que há uma origem pelo aumento
do capital e, paralelamente, uma aplicação pela redução do Exigível a Longo Prazo, como se hou-
vesse ingresso de recurso de capital aplicado na liquidação da dívida;
c) integralização de Capital em bens do Ativo Permanente, situação também sem efeito sobre o Capi-
tal Circulante Líquido, mas representada na origem (aumento de capital) e na aplicação (bens do
Ativo Permanente recebidos), como se houvesse essa circulação do recurso;
d) venda de bens do Ativo Permanente recebível a Longo Prazo, operação que também deve ser de-
monstrada na origem, como se fosse recebido o valor da venda e, na aplicação, como se houvesse o
empréstimo sido feito para recebimento a longo prazo;
e) depreciação, amortização e exaustão. Tais valores, lançados como despesa do exercício, dimi-
nuem o resultado, mas não reduzem o capital circulante líquido; representam redução no Ativo Per-
manente e redução no Patrimônio Líquido, mas não alteram os valores de Ativo e Passivo Circulan-
tes. Desta forma, o valor desses itens registrados no ano devem ser adicionados ao Lucro Líquido
para apuração do valor efetivo dos recursos gerados pelas próprias operações;
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AUDITORIA DAS CONTAS
f) variação nos resultados de exercícios futuros representa lucros que, pelo regime de competência,
pertencem a exercícios futuros, porém, já afetaram o Capital Circulante Líquido, ou seja, se o saldo
de Resultados de Exercícios Futuros tem um aumento no exercício, significa que a empresa já o re-
cebeu, aumentando o Capital Circulante Líquido, mas sem que o tenha registrado como receita, não
fazendo parte do lucro do ano. Assim, como se trata de recebimento originário pelas operações da
empresa, deve ser agregado ao resultado do exercício. Se houver redução do saldo desse grupo,
deve ser diminuído do Lucro Líquido;
g) lucro ou prejuízo registrado pelo método da equivalência patrimonial para investimentos em coliga-
das ou controladas, esse resultado, que afeta o lucro da investidora, não afeta o seu Capital Circu-
lante Líquido. Por isso, na apuração da origem de recursos das operações, esse valor deve ser dimi-
nuído do Lucro Líquido, se for receita; ou a ele acrescentado, se for despesa;
h) ajustes de exercícios anteriores; esses ajustes são registrados diretamente na conta de Lucros ou
Prejuízos Acumulados, não afetando, portanto, o Lucro Líquido do ano. Neste caso, os ajustes são
efetuados nos saldos iniciais do balanço, nas contas a que se refere, como se já houvesse sido regis-
trado nos anos anteriores, assim sendo, as origens e aplicações de recursos do ano já ficarão expur-
gadas desse efeito;
i) variações monetárias de dívidas de longo prazo, essas despesas afetam o lucro mas, por reduzirem
o Patrimônio Líquido e aumentarem o Exigível a Longo Prazo, não alteram o Capital Circulante Lí-
quido. Devem, por isso, também ser adicionadas ao Lucro Líquido do exercício.
Ocorrência De Prejuízo
Quando as operações consomem Capital Circulante Líquido, isso representa uma aplicação e, como
tal, deve ser apresentado na demonstração, no grupo de aplicações, como o primeiro item do grupo.
Isso ocorre quando a empresa está operando com prejuízo. Entretanto, se a empresa está com preju-
ízo, mas em decorrência dos ajustes citados, as operações próprias apresentam uma origem de re-
cursos (lucro), a apresentação do prejuízo e de seus ajustes deve ser no agrupamento das origens.
No caso da empresa apresentar lucro, mas os ajustes evidenciarem uma aplicação de recursos (pre-
juízo), a apresentação do lucro e seus ajustes deve ser no agrupamento de aplicações.
1º passo: obtenção do balanço final, depois de todos os ajustes, na data de encerramento do exercí-
cio, bem como do balanço de encerramento do exercício anterior.
2º passo: apurar as variações dos saldos das contas, ou seja, a diferença líquida entre os mesmos.
Os grupos de Exigível a Longo Prazo, Resultados de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido, por se-
rem credores, devem ser indicados como negativos.
3º passo: análise da composição das variações ocorridas em cada uma das contas.
EXEMPLO:
DAS OPERAÇÕES:
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AUDITORIA DAS CONTAS
DOS ACIONISTAS:
DE TERCEIROS:
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AUDITORIA EM INVESTIMENTOS
1.1 Os títulos em carteira, representativos dos investimentos, são custodiados por pessoal indepen-
dente do que lida com os registros e controles em local seguro e inacessível a terceiros (indicar por
quem) ?
1.2 São mantidos registros subsidiários sobre os investimentos, por pessoal alheio ao da custódia,
sendo conciliados mensalmente com os saldos do razão, por funcionário da contabilidade, de forma
evidenciada ?
1.3 A custódia e registros referidos incluem ações bonificadas, sem registro contábil?
1.4 São efetuadas contagens periódicas dos títulos em carteira, por pessoal independente do que lida
com os registros e custódia (indicar por quem, periodicidade e data da última efetuada) ?
1.5 São efetuadas circularizações periódicas sobre as posições dos títulos em poder de terceiros, por
pessoal independente do que lida com os registros e custódia (indicar por quem, periodicidade e data
da última efetuada)?
a) se foram autorizadas pela direção, de forma evidenciada; se foram registradas em tempo hábil; se
conformam com a documentação suporte; se essa documentação é hábil e suficiente e se é mantida
em arquivo permanente;
a) se foram autorizadas pela direção, de forma evidenciada; se foram registradas em tempo hábil; se
conformam com a documentação suporte e se essa documentação é hábil e suficiente;
c) se foram registrados os resultados os resultados apurados nas contas de receitas ou despesas ex-
tra-operacionais e se esses resultados foram apurados adequadamente.
2.3 Nas aquisições e baixas de investimentos relevantes em controladas e coligadas verificar, ainda,
além dos pontos descritos em 2.1 e 2.2
a) a adequação do valor registrado em relação ao patrimônio líquido da investida, inclusive se este foi
considerado com base em demonstrações contábeis formais levantadas em tempo hábil (caso contrá-
rio, indicar critério adotado);
2.4 Efetuar balanceamentos dos saldos do razão contra os registros subsidiários (havendo diferen-
ças, verificar se são conciliadas, identificadas, ajustadas em tempo hábil e de forma evidenciada).
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AUDITORIA EM INVESTIMENTOS
Verificar se as contas que compõem este subgrupo classificam-se, efetivamente, como investimentos.
3.1 Examine as adições e baixas mais significativas havidas desde nossa visita de ínterim, seguindo,
no que for aplicável, os passos indicados neste programa, item 2.1..
3.2 Confira cálculos e contabilização da correção monetária, integralmente ou numa base de testes.
3.3 Confira respostas aos pedidos de confirmação de saldos ou posições, investigando divergências
havidas.
a) equivalência patrimonial;
3.6 Certifique-se quanto à adequação da classificação e divulgação das contas nas demonstrações
financeiras e nas notas explicativas.
4. CONCLUSÃO
4.1 Ínterim
a.2 - da aplicação de procedimentos adicionais de auditoria, incluindo entrevistas com pessoal habili-
tado do cliente, corroborando o resultado das mesmas através de exames e observações pertinentes.
b.1 -procedimentos alternativos utilizados pelo cliente, que possam compensar as falhas de controle
interno verificadas;
b.2.1 -ser consignados em relatórios ou cartas de controle interno a serem remetidos ao cliente;
b.2.2 - merecer destaque para atenção nos trabalhos de final e sua extensão.
c.1 - na cédula 3, espaço próprio, os pontos deste programa que, por qualquer motivo, ficaram pen-
dentes de verificação;
c.2 -na mesma cédula, espaços próprios, bem como nas demais cédulas, as situações aplicáveis ali
requeridas.
4.2 Final
a) Registre, na cédula-mestre desta seção, a conclusão sobre o resultado dos trabalhos desenvolvi-
dos conforme item 3 deste programa, quanto à aplicação dos PCGA’s e sua consistência em relação
ao exercício anterior, bem como seus eventuais desvios.
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AUDITORIA EM INVESTIMENTOS
b.1 - na cédula 3, espaço próprio, os pontos de atenção para o gerente, sócio ou diretor;
b.2 -na mesma cédula, espaço próprio, os pontos deste programa que, por qualquer motivo, ficaram
pendentes de verificação;
b.3 -na mesma cédula, espaços próprios, bem como nas demais cédulas, as situações aplicáveis ali
requeridas.
Auditoria Imobilizado
As contas do Imobilizado devem estar de acordo com os controles patrimoniais da empresa. Caso
tais controles sejam inexistentes deve-se manter planilha comprovando as despesas de depreciação
e amortização contabilizadas, bem como, através de visualização do Razão Contábil, verificar se es-
tão corretos os lançamentos de aquisição do imobilizado e se nas vendas foram baixadas as depreci-
ações e o custo contábil dos bens vendidos.
Principais erros:
- bens do ativo imobilizado contabilizado como despesas para diminuir irpj e csll
- bem constante no balanço, porém está obsoleto, não está de posse da empresa
- Razão contábil de todas as contas do imobilizado, e a partir do razão selecionar as principais aquisi-
ções e solicitar a referida documentação para análise
1.1) fazer testes de movimentação do imobilizado, ou seja, verificar se as aquisições e as baixas es-
tão em conformidade com os documentos; neste procedimento o Auditor deverá solicitar o razão con-
tábil de 01.01 a 31.12, com a movimentação das aquisições e baixas do imobilizado e por amostra-
gem averiguar os valores mais representativos. Caso o razão contábil esteja contabilizado por totais
mensais oriundos do sistema de controle do ativo imobilizado, solicitar razão analítico desse sistema
para efetuar a conferência com os documentos;
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AUDITORIA EM INVESTIMENTOS
1.2) verificar por amostragem se a empresa está baixando corretamente o custo e a depreciação dos
bens vendidos. Exemplo, na venda de um veículo deverá haver necessariamente a baixa na conta
veículos, do valor que o veículo adquirido, e na conta de depreciação de veículos, do valor já depreci-
ado relativamente ao bem vendido;
1.3) como papel de trabalho do Ativo Imobilizado o Auditor poderá fazer um resumo contendo: saldo
inicial em 01/01 + aquisições – baixas = saldo em 31/12 e fazer a referência com o razão contábil ou
razão analítico do sistema de controle do ativo imobilizado, no qual estão feitas as análises;
1.4) através do sistema de controle do Ativo Imobilizado, por amostragem, verificar se a empresa está
depreciando os bens em conformidade com a Instrução Normativa 162/98 e 130/99. O RIR/99 trata
das depreciações nos seus artigos 305 a 323;
1.5) verificar se os totais das depreciações constantes no sistema de controle do Ativo Imobilizado
“batem” com o valor registrado na contabilidade;
1.6) lembrar que a depreciação calculada a menor em um ano, não poderá ser compensada no ano
seguinte, isto porque, a empresa deve observar as taxas anuais máximas de depreciação, conforme
a legislação. Exemplificando: No ano de 2002, um automóvel é depreciado a taxa de 10% ao ano, em
2003 poderá ser depreciado no máximo à taxa de 20% ao ano, a qual é permitida pela legislação, não
podendo ser depreciado a 30% ao ano. Caso utilize a taxa 30% ao ano, em uma fiscalização o fisco
considerará indedutível a depreciação superior a taxa de 20%.
1.7) se a empresa não possuir Controle do Ativo fixo, no mínimo deverá manter planilhas alternativas
para comprovar as despesas com depreciação, senão as depreciações poderão ser glosadas pelo
fisco;
1.8) demonstrar em papéis de trabalho as análises efetuadas sobre as contas do Ativo Imobilizado;
1.9) Verificar se a empresa está aproveitando o crédito de ICMS sobre as aquisições do Imobilizado,
na proporção mensal de 1/48, e lançando o valor líquido no Ativo Imobilizado ( valor do produto me-
nos o ICMS);
No exemplo abaixo, movimentação global do ativo imobilizado, o qual deverá constar de papel de tra-
balho do auditor. Como exemplo, na conta máquinas e equipamentos, no valor de R$ 100.000,00
pelo razão contábil ou pelo próprio razão do controle do ativo imobilizado, o auditor deverá solicitar e
verificar a documentação inerente e assim sucessivamente para as demais contas relevantes*.
*como no exemplo abaixo, a conta outros imobilizados não deverá ser analisada, pois as aquisições
de R$ 563,00 no período é irrelevante.
Saldo em Saldo em
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AUDITORIA EM INVESTIMENTOS
Depreciação
Testes de depreciação: o auditor deverá selecionar alguns bens do controle do ativo imobilizado e
conferir se estão corretas as taxas de deprecação.
As taxas de depreciação utilizadas que constam no sistema de controle do Ativo Imobilizado ou plani-
lhas alternativas do cálculo da depreciação acumulada, devem estar em conformidade com a Instru-
ção Normativa - IN SRF 162/1998 e IN SRF 130/99. O RIR/99 trata das depreciações nos seus arti-
gos 305 a 323. Em muitos casos, utiliza-se uma taxa menor que a legislação permite, pagando-se
mais tributos.
Exemplo: normalmente utiliza-se a taxa de 20% ao ano para caminhões, no entanto a taxa de depre-
ciação da maioria dos caminhões é de 25% (neste caso reflete também no recolhimento do Pis e da
Cofins, que, a partir de 01.02.04, há o crédito sobre depreciação dos bens do ativo imobilizado).
Edificações – 4% ao ano
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AUDITORIA EM INVESTIMENTOS
Sendo a Contabilidade uma ciência que controla o Patrimônio das empresas, faz-se necessário, no
mínimo, uma relação com todos os bens da empresa (em forma de planilha), com o valor original de
aquisição, sua depreciação e saldo residual, bem como, uma cópia dos respectivos documentos de
aquisição.
No exemplo abaixo, movimentação global das depreciações do ativo imobilizado, a qual deverá cons-
tar de papel de trabalho do auditor. Como exemplo, na conta máquinas e equipamentos, no valor de
R$ 65.000,00 pelo razão contábil ou pelo próprio razão do controle do ativo imobilizado, o auditor de-
verá solicitar e verificar a documentação inerente e assim sucessivamente para as demais contas re-
levantes*.
*como no exemplo abaixo, a conta de móveis e utensílios não deverá ser analisada, pois as aquisi-
ções de R$ 700,00 no período é irrelevante.
Saldo Saldo
em em
Terrenos 0
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AUDITORIA EM INVESTIMENTOS
Se a empresa não tiver contabilizado a depreciação em 20X1 ou a tiver constituído por valores insufi-
cientes, caberá ao auditor expressar parecer com ressalva se os efeitos forem relevantes. Imagi-
nando que o auditor está expressando opinião sobre demonstrações contábeis comparativas (20X1 e
20X0), poderia dar ao seu parecer a seguinte estrutura:
c. O parágrafo da opinião cobriria somente 20X1, com a correspondente ressalva "exceto quanto".
(4) Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos da não-contabilização de depreciação descritos no
parágrafo 3, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente.
(5) As demonstrações contábeis relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X0, cujos valo-
res são apresentados para fins comparativos, foram por nós examinadas, e nosso parecer, sem res-
salva, foi datado de________de_____________________de 20X1.
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AUDITORIA EM ATIVOS E PATRIMONIOS
Trata-se de um ativo não monetário identificável sem substância física ou incorpóreo (CPC 04), isto é,
possui valor econômico, mas não tem existência física. Representa direitos de uso de um bem ou di-
reitos associados a uma organização.
Devido às suas peculiaridades, é difícil medir um ativo intangível, sobretudo pela incerteza da mensu-
ração de seus valores e da estimação de suas vidas úteis.
Marcas;
Patentes;
Licenças;
Softwares;
Franquias;
Direitos autorais;
Desenvolvimento de tecnologia;
Receitas e fórmulas;
Know-how;
Capital intelectual;
Entre outros.
For separável, ou seja, capaz de ser separado ou dividido da empresa, podendo ser negociado,
vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado;
For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo sejam gerados
em favor da entidade;
Marca
Você já se deu conta do motivo pelo qual prefere efetuar suas compras habitualmente em local “reno-
mado”, onde o atendimento é profissional e os produtos e serviços são de qualidade inquestionável, a
ter que comprar o mesmo produto ou serviço em um local mais próximo, porém com um atendimento
oposto?
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AUDITORIA EM ATIVOS E PATRIMONIOS
Um dos motivos é porque você confia na marca, nas pessoas e na filosofia do estabelecimento “reno-
mado”.
Patente
É comum encontrarmos instituições que possuem uma patente que gerará “benefícios futuros” para a
entidade. Consequentemente, o empresário afirma que a patente está registrada somente pelo valor
de custo e que esta vale mais do que está registrado contabilmente.
Capital Humano
Qual o valor contábil do capital humano registrado, por exemplo, em uma empresa de serviços?
Se refletirmos, chegaremos à conclusão de que o maior ativo de uma empresa prestadora de servi-
ços são os colaboradores, que fomentam e engrenam o negócio. Se eles prestarem um serviço sem
qualidade, sem capacitação, sem treinamento e sem motivação a empresa tende a perder resultados.
O subgrupo Ativo Intangível no grupo Ativo Não Circulante foi introduzido pela Lei nº 11.638/2007.
Antes disso, o ativo imobilizado abrangia desde os bens imóveis e veículos até bens incorpóreos,
como marcas e patentes, entre outros; ou seja, o grupo englobava bens com naturezas muito distin-
tas e diferentes graus de liquidez.
Houve, então, a necessidade de criar mais um grupo, dissociado do ativo imobilizado. A partir daí,
criou-se o subgrupo Ativo Intangível, devido às suas peculiaridades.
Por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), foi aprovado o Pronunciamento Técnico
(CPC 04), que tem correlação com as Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 38. Esse Pro-
nunciamento trata de todos os ativos intangíveis, exceto os intangíveis por expectativa de lucros futu-
ros alcançados por outro Pronunciamento.
O CPC 04 tem dois objetivos principais: o primeiro é definir o tratamento contábil dos ativos intangí-
veis (exceto os abrangidos em outro Pronunciamento), e o segundo é mensurar o valor contábil, exi-
gindo divulgações específicas sobre esses ativos.
Reconhecimento e mensuração
Confira agora como o CPC 04 trata o reconhecimento e a mensuração dos ativos intangíveis.
Critérios de reconhecimento
2. Os critérios de reconhecimento.
Dessa forma, uma empresa deve ser capaz de demonstrar que atende a todos os seguintes critérios:
Assim, um ativo que atender à definição de ativo intangível e aos critérios de reconhecimento deve
ser reconhecido (contabilizado) no balanço patrimonial. Caso não seja possível reconhecer um item
como ativo intangível, ele deve ser registrado como despesa.
Mensuração
Mensurar um ativo intangível pode ser extremamente difícil, sobretudo os não identificáveis ou sepa-
ráveis. Quando o ativo pode ser identificado e separado, a medida mais esclarecedora seria o valor
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AUDITORIA EM ATIVOS E PATRIMONIOS
presente de seus benefícios projetados. Porém, normalmente é utilizado o custo de aquisição para
efeito de registro contábil, por sua maior objetividade.
Definida: é o período determinado em que se espera que o intangível gere entradas líquidas de
caixa. Nesse caso, a amortização deve ser calculada com base na estimativa de utilidade econômica,
pelo método linear.
Indefinida: quando não existe um limite previsível para o período durante o qual o intangível deverá
gerar entradas líquidas de caixa. Nesse caso, os ativos intangíveis não devem sofrer amortização,
entretanto, devem ser submetidos a teste de impairment anualmente ou sempre que houver qualquer
sinal de que o ativo tenha se desvalorizado.
Divulgação
Para divulgar as informações referentes aos ativos intangíveis, as empresas devem considerar as
principais regras relacionadas a seguir, distinguindo os intangíveis gerados internamente de outros
intangíveis:
Vida útil definida ou indefinida. Se definida, informar os prazos e as taxas de amortização utilizadas;
no caso de indefinida, informar o seu valor contábil e os motivos que dão razão a essa avaliação;
Os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vida útil definida;
O valor contábil bruto da amortização acumulada, mais as perdas acumuladas pela recuperação do
valor “impairment”, no início e no fim do período;
As contas da demonstração do resultado no qual a amortização dos ativos intangíveis foi incluída;
Valor agregado dos gastos com pesquisa e desenvolvimento reconhecidos no resultado durante o
período.
Aquisição dos direitos de uso de determinada marca por prazo determinado (a empresa adquirente
tem a licença de uso pelo período acordado em contrato).
Os custos que a empresa tiver para a criação de marcas próprias não devem ser registrados na conta
Ativo Intangível, uma vez que não podem ser separados dos custos relacionados ao desenvolvimento
do negócio como um todo. Nesse caso, devem ser registrados como custo ou despesa operacional.
Suponhamos que a empresa ABC Indústria e Comércio de Bebidas Ltda. tenha adquirido a marca de
refrigerantes “Refreski” de sua detentora original pelo valor total de R$ 2 milhões.
Além do valor pago pela marca, a ABC ainda pagou o valor de R$ 10 mil a título de custos, emolu-
mentos e taxas de registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão responsável
pelo registro de marcas e patentes.
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AUDITORIA EM ATIVOS E PATRIMONIOS
Assim, a contabilização referente à aquisição da marca e das despesas legais de registro será feita
da seguinte forma:
O valor de mercado de muitas empresas supera o seu valor contábil e muitas vezes esse fenômeno
está no valor de seus ativos intangíveis, como marcas e patentes, modelo de negócios, capacidade
de inovação, capital humano, entre outros.
A avaliação dos intangíveis precisa quebrar alguns paradigmas, e o principal deles é o valor absoluto
de um ativo. A questão é justamente o acompanhamento do desempenho, assim, a empresa avaliaria
os acréscimos de valor do intangível, independentemente do seu valor absoluto.
Ou seja, criando uma preocupação constante em controlar a geração de valor do ativo, seria dada
uma direção concreta à administração da empresa no seu processo de produção e gestão estraté-
gica.
Contudo, essa falta de consenso a respeito do método de avaliação dos intangíveis pode ser minimi-
zada mantendo-se um padrão de quantificação e mensuração, ano após ano, buscando gerar infor-
mações sempre atuais e fundamentais para o suporte ao processo de tomada de decisão das ativida-
des desenvolvidas.
Em todo caso, ainda que sua avaliação seja um tanto complexa, é a própria intangibilidade desses
ativos que os tornam ainda mais valorosos. As marcas, por exemplo, representam permissão, pois
permitem que as empresas façam negócios com seus clientes.
Com a crescente transição do conhecimento para a economia, observada nas últimas décadas, acio-
nistas e investidores têm se preocupado em olhar mais atentamente para o valor de mercado dos ati-
vos intangíveis de uma empresa do que necessariamente para seus métodos de avaliação.
Certamente sabem que os intangíveis contribuirão de maneira considerável para o resultado finan-
ceiro da empresa no longo prazo.
Enfim, o ativo intangível é uns dos ativos mais importantes das empresas e possui valor — conhe-
cido ou desconhecido, porém, somente são reconhecidos quando satisfazem os critérios de reconhe-
cimento já mencionados.
A existência de Passivo Fictício na contabilidade pode ter duas origens possíveis: (i) a manutenção
no passivo de obrigações já pagas; ou (ii) a manutenção no passivo de obrigações cuja exigibilidade
não seja comprovada.
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AUDITORIA EM ATIVOS E PATRIMONIOS
A constatação de qualquer uma dessas situações implica a presunção de omissão de receita, nos ter-
mos do art. 40 da Lei n. 9.430/96. Em virtude disso, enseja que a autoridade fiscal lance suplementar-
mente tributos cuja base de cálculo seja diretamente influenciada pela receita, tais quais IRPJ, CSLL,
PIS e COFINS.
No segundo caso, o legislador presumiu que a escrituração indevida de uma obrigação (crédito em
uma conta passiva) se deu com o fito de justificar acréscimos no patrimônio do contribuinte cujo
custo, na verdade, foi arcado com receitas mantidas à margem da escrituração.
Em ambas situações está-se, portanto, face a presunções relativas que são suscetíveis de elisão, isto
é, oposição de provas e argumentos que modificam a conclusão sobre os fatos. E assim o é pois,
muitas vezes, a constatação de Passivo Fictício não decorre de uma efetiva omissão de receita, mas
de mero lapso contábil.
Efetivamente, imagine-se a hipótese em que um pagamento não foi escriturado no momento oportuno
por equívoco contábil, constituindo, pois, o crédito na conta passiva não baixado um Passivo Fictício.
Contudo, em análise à conta Caixa, por exemplo, verifica-se que esta dispunha, à época do paga-
mento, de saldo suficiente para absorver um creditamento respectivo ao pagamento não escriturado.
Observa-se, também, que a ausência de lançamento da quitação foi devidamente retificada em mo-
mento posterior, antes de iniciada qualquer fiscalização fazendária.
Tem-se, por conseguinte, situação em que a lógica da presunção da omissão de receita –saldo insufi-
ciente na conta ativa originária para contabilização do pagamento – não se sustenta, porquanto a au-
sência de escrituração do pagamento não implicaria saldo credor de Caixa, a indicar que as receitas
estão sendo devidamente escrituradas.
Interessante notar que a Norma Brasileira de Contabilidade T 2.4, que dispõe acerca da retificação de
lançamentos, prevê em seu item 2.4.6 que “os lançamentos realizados fora da época devida deverão
consignar, nos seus históricos, as datas efetivas das ocorrências e a razão do atraso”. Extrai-se de
seus termos, portanto, a possibilidade de que lançamento posterior supra a ausência de escrituração
na data do fato, bem como a necessidade de que referida retificação seja devidamente justificada. No
mesmo sentido é a situação em que o Passivo Fictício decorre de lançamento dúplice (referente à
mesma obrigação) a crédito em alguma conta passiva, devidamente retificado antes de iniciada qual-
quer fiscalização. Neste caso, a retificação deve se dar mediante estorno, que “consiste em lança-
mentos inverso àquele feito erroneamente, anulando-o totalmente” (NBC 2.4.3). Em verdade, cabe ao
próprio Auditor Fiscal, quando da fiscalização, reunir elementos indiciários que corroborem a presun-
ção de omissão de receita decorrente de Passivo Fictício, tal qual a perquirição acerca do saldo da
conta ativa na data dos pagamentos não escriturados e a existência de retificação posterior, a fim de
não proceder a glosas indevidas.
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AUDITORIA EM ATIVOS E PATRIMONIOS
a) se corresponde a movimentação havida às deliberações da lei, da assembléia geral e/ou dos esta-
tutos sociais;
2.2 -Examine processos de emissão de ações, de debêntures, partes beneficiárias, etc., por tipos,
classes, espécies, quantidades, valores, n.º dos certificados ou títulos, e examine os referidos proces-
sos, integralmente ou em uma base de testes, verificando ou efetuando:
a) autorizações e registros pelos ou nos órgãos oficiais controladores (CVM, BCB, Bolsa de Valores,
Cartórios de Títulos e Documentos, etc.);
b) atas das assembléias gerais respectivas onde são autorizados os processos (pelas publicações
e/ou pelos registros de atas);
b) adequação dos valores em termos legais, de decisão de assembléia geral e/ou dos estatutos soci-
ais
c) exame dos cupons/recibos, inclusive da sequência numérica dos recibos, quando utilizados exclu-
sivamente, investigando n.º faltantes;
2.5 - Inspecionar cautelas, títulos ou certificados “virgens” existentes na empresa, verificando ou ano-
tando:
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AUDITORIA EM ATIVOS E PATRIMONIOS
2.6 - Examine termos de inspeções de cautelas, títulos ou certificados “virgens” que tenham sido rea-
lizados, investigando ocorrências descritas.
d) confronto da posição do registro de ações nominativas com o saldo contábil da conta de capital.
3.1 - Efetue ou complemente os trabalhos iniciados em visita de ínterim, seguindo, no que for aplicá-
vel, os passos indicados neste programa, item 2.
3.3 - Concilie a conta do capital social com o livro de registro de ações nominativas.
3.4 - Verifique a adequação legal e estatutária da proposta de destinação do resultado, quanto a divi-
dendos, reserva legal, reserva de lucros a realizar e outros, bem como da destinação do saldo de lu-
cros acumulados, nas companhias abertas.
3.5 - Verifique compensação obrigatória de prejuízo contra saldo de lucros acumulados, de reservas
de lucros e da reserva legal, nessa ordem (Lei n.º 6404/76, artigo 89 parágrafo único).
Nota: O saldo de prejuízo eventualmente remanescente da compensação acima, pode ser compen-
sado, ainda, contra reservas de capital, exceto quanto à de correção monetária do capital social.
3.6 - Verifique a correta constituição e reversão das reservas constituídas em exercícios anteriores
contra a sua conta de origem (resultados acumulados), ou seja:
3.7 - Verifique se as reversões acima devem compor a base de cálculos dos dividendos e, em caso
positivo, se compuserem a referida base de cálculo, adequadamente.
3.8 - Certifique se da existência de situações especiais sobre o capital , ações, dividendos, reservas,
etc., quanto à destinação proposta ou divulgação em notas explicativas, tais como:
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AUDITORIA EM ATIVOS E PATRIMONIOS
3.9 - Caso houver restrições, preferências ou vantagens estatutárias sobre dividendos, ou aprovação
dos mesmos ou redistribuição de resultados determinados pela assembléia geral:
a) confira os cálculos das determinações propostas sobre dividendos, verificando se tais destinações
levaram em conta tais restrições, preferências, dividendo mínimo obrigatório, etc.;
3.10 - Verifique a correta classificação das contas nas demonstrações financeiras, bem como a divul-
gação, em notas explicativas, das situações referidas no subitem 3.8 ( “a” e “e”).
4.1 - Ínterim
a.2 -da aplicação de procedimentos adicionais de auditoria, incluindo entrevistas com pessoal habili-
tado do cliente, corroborando o resultado das mesmas através de exames e observações pertinentes.
b.1 -procedimentos alternativos utilizados pelo cliente, que possam compensar as falhas de controles
internos verificados;
b.2.1 - ser considerados em relatórios ou cartas de controle interno a serem remetidos ao cliente;
b.2.2 - merecer destaque para atenção nos trabalhos de final e sua extensão.
c.1 - na cédula 3, espaço próprio, os pontos deste programa que, por qualquer motivo, ficaram pen-
dentes de verificação;
c.2 - na mesma cédula, espaços próprios, bem como nas demais cédulas, as situações aplicáveis ali
requeridas.
4.2 - Final
a) Registre, na cédula-mestre desta seção, a conclusão sobre o resultado dos trabalhos desenvolvi-
dos conforme item 3 deste programa, quanto à aplicação dos PCGA’s e sua consistência em relação
ao exercício anterior, bem como seus eventuais desvios.
b.1 - na cédula 3, espaço próprio, os pontos de atenção para o gerente, sócio ou diretor;
b.2 -na mesma cédula, espaço próprio, os pontos deste programa que, por qualquer motivo, ficaram
pendentes de verificação;
b.3 -na mesma cédula, espaços próprios, bem como nas demais cédulas, as situações aplicáveis ali
requeridas.
AUMENTO DE CAPITAL
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AUDITORIA EM ATIVOS E PATRIMONIOS
É comum as empresas, visando fortalecer a situação patrimonial e financeira dos seus negócios, ca-
pitalizarem parte dos lucros gerados, na forma de aumento de capital.
Exemplo:
A entrada de novo sócio normalmente é procedida de alteração contratual, com subscrição de capital.
D – Edificações (Imobilizado)
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NBC T 11
11.1.1.2 – Salvo declaração expressa em contrário, constante do parecer, entende-se que o auditor
considera adequadas e suficientes, para o entendimento dos usuários, as informações divulgadas
nas demonstrações contábeis, tanto em termos de conteúdo quanto de forma.
11.1.1.3 – O parecer do auditor independente tem por limite os próprios objetivos da auditoria das de-
monstrações contábeis e não representa, pois, garantia de viabilidade futura da entidade ou algum
tipo de atestado de eficácia da administração na gestão dos negócios.
11.1.2.1 – Os procedimentos de auditoria são o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter
evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações
contábeis auditadas e abrangem testes de observância e testes substantivos.
11.1.2.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e vali-
dade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade, dividindo-se em:
11.1.3.2 – Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor, responsável por sua
guarda e sigilo.
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NBC T 11
b) erro, o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na ela-
boração de registros e demonstrações contábeis.
11.1.4.2 – Ao detectar erros relevantes ou fraudes no decorrer dos seus trabalhos, o auditor tem a
obrigação de comunicá-los à administração da entidade e sugerir medidas corretivas, informando so-
bre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas.
Entretanto, o auditor deve planejar seu trabalho de forma a detectar fraudes e erros que impliquem
efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.
11.2.1.1 – O auditor deve planejar seu trabalho consoante as Normas Profissionais de Auditor Inde-
pendente e estas normas, e de acordo com os prazos e demais compromissos contratualmente assu-
midos com a entidade.
11.2.1.3 – O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos,
especialmente os seguintes:
a) o conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações procedi-
das em relação ao exercício anterior;
c) os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade, quer pelo volume de tran-
sações, quer pela complexidade de suas atividades;
g) a natureza, conteúdo e oportunidade dos pareceres, relatórios e outros informes a serem entre-
gues à entidade; e
11.2.1.4 – O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programas de trabalho por
escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em
termos de natureza, oportunidade e extensão.
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11.2.1.5 – Os programas de trabalho devem ser detalhados de forma a servir como guia e meio de
controle de sua execução.
11.2.1.6 – O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve prever a
orientação e supervisão do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos executados.
11.2.1.7 – A utilização de equipe técnica deve ser prevista de maneira a fornecer razoável segurança
de que o trabalho venha a ser executado por pessoa com capacitação profissional, independência e
treinamento requeridos nas circunstâncias.
11.2.1.9 – Quando for realizada uma auditoria pela primeira vez na entidade, ou quando as demons-
trações contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por outro auditor, o planejamento
deve contemplar os seguintes procedimentos:
a) obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham re-
presentações errôneas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as demonstrações con-
tábeis do exercício atual;
b) exame da adequação dos saldos de encerramento do exercício anterior com os saldos de abertura
do exercício atual;
c) verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são uniformes com as adotadas no
exercício anterior;
d) identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patri-
monial e financeira; e
11.2.2 – RELEVÂNCIA
b) avaliar o efeito das distorções sobre os saldos, denominações e classificação das contas; e
11.2.3.1 – Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente ina-
dequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas.
11.2.3.2 – A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos con-
siderando a relevância em dois níveis:
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a) em nível geral, considerando as demonstrações contábeis tomadas no seu conjunto, bem como as
atividades, qualidade da administração, avaliação do sistema contábil e de controles internos e situa-
ção econômica e financeira da entidade; e
b) em níveis específicos, relativos ao saldo das contas ou natureza e volume das transações.
11.2.3.3 – Para determinar o risco da auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da enti-
dade, compreendendo:
d) a fixação, pela administração, de normas para inventário, para conciliação de contas, preparação
de demonstrações contábeis e demais informes adicionais;
h) as comparações e análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados.
11.2.4.1 – Na supervisão dos trabalhos da equipe técnica durante a execução da auditoria, o auditor
deve:
b) avaliar se as tarefas distribuídas à equipe técnica estão sendo cumpridas no grau de competência
exigido; c) resolver questões significativas quanto à aplicação dos Princípios Fundamentais de Conta-
bilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade;
e) avaliar se as conclusões obtidas são resultantes dos trabalhos executados e permitem ao auditor
fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis.
11.2.4.2 – O auditor deve instituir um programa de controle de qualidade visando avaliar, periodica-
mente, se os serviços executados são efetuados de acordo com as Normas Profissionais de Auditor
Independente e estas normas.
11.2.4.3 – O programa de controle de qualidade deve ser estabelecido de acordo com a estrutura da
equipe técnica do auditor e a complexidade dos serviços que realizar. No caso do auditor atuar sem a
colaboração de assistentes, o controle da qualidade é inerente à qualificação profissional do auditor.
11.2.4.4 – Os requisitos que o auditor deve adotar para o controle da qualidade dos seus serviços são
os que seguem:
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a) o pessoal designado deve ter a competência e habilidade profissionais compatíveis com o reque-
rido no trabalho realizado;
b) o pessoal designado deve ter o nível de independência e demais atributos definidos nas Normas
Profissionais de Auditor Independente para ter uma conduta profissional inquestionável;
c) o trabalho de auditoria deverá ser realizado por pessoal que tenha um nível de treinamento e de
experiência profissional compatível com o grau de complexidade das atividades da entidade auditada;
e
d) o auditor deverá planejar, supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de modo a
garantir aos usuários de seus serviços a certeza razoável de que o trabalho foi realizado de acordo
com as normas de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias.
11.2.4.5 – O controle de qualidade do auditor inclui a avaliação permanente da carteira dos clientes,
quanto ao seguintes aspectos:
11.2.4.6 – A avaliação permanente da carteira de clientes deverá ser feita por escrito considerando os
seguintes pressupostos:
a) a capacidade de atendimento será determinada pela soma das horas disponíveis, segundo horário
contratado com a equipe técnica, em relação às horas contratadas com os clientes;
b) a independência em relação aos clientes deve abranger toda a equipe técnica que trabalhar para o
cliente;
c) que não há evidências de que a administração do cliente adotou medidas administrativas que pos-
sam comprometer o trabalho do auditor; e
d) o auditor independente deverá avaliar a necessidade de rodízio de auditores responsáveis pela re-
alização dos serviços, de modo a resguardar a independência do auditor responsável pela execução
dos serviços.
11.2.5.2 – O auditor deve efetuar o estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos da
entidade, como base para determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedi-
mentos de auditoria, considerando:
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11.2.5.4 – A avaliação do sistema contábil e de controles internos pelo auditor deve considerar os se-
guintes aspectos:
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11.2.6.1 – A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada, em razão da complexidade
e volume das operações, por meio de provas seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor,
com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos de que dispuser, determinar a ampli-
tude dos exames necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo.
11.2.6.2 – Na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar os se-
guintes procedimentos técnicos básicos:
11.2.6.3 – Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a existência, efetividade e
continuidade dos controles internos.
11.2.6.4 – Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar as seguintes conclusões:
11.2.6.6 – Se o auditor, durante a revisão analítica, não obtiver informações objetivas suficientes para
dirimir as questões suscitadas, deve efetuar verificações adicionais, aplicando novos procedimentos
de auditoria, até alcançar conclusões satisfatórias.
11.2.6.7 – Quando o valor envolvido for expressivo em relação à posição patrimonial e financeira e ao
resultado das operações, deve o auditor:
a) confirmar os valores das contas a receber e a pagar, através de comunicação direta com os tercei-
ros envolvidos; e
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b) acompanhar o inventário físico realizado pela entidade, executando os testes de contagem física e
procedimentos complementares aplicáveis.
11.2.7.1 – O auditor deve documentar, através de papéis de trabalho, todos os elementos significati-
vos dos exames realizados e que evidenciam ter sido a auditoria executada de acordo com as nor-
mas aplicáveis.
11.2.7.2 – Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes para propiciar o
entendimento e o suporte da auditoria executada, compreendendo a documentação do planejamento,
a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria, bem como o julgamento exer-
cido pelo auditor e as conclusões alcançadas.
11.2.7.3 – Os papéis de trabalho devem ser elaborados, organizados e arquivados de forma sistemá-
tica e racional.
11.2.8.1 – A continuidade normal das atividades da entidade deve merecer especial atenção do audi-
tor, quando do planejamento dos seus trabalhos, ao analisar os riscos de auditoria, e deve ser com-
plementada quando da execução de seus exames.
11.2.8.2 – A evidência de normalidade pelo prazo de um ano após a data das demonstrações contá-
beis é suficiente para a caracterização dessa continuidade.
11.2.8.3 – Caso, no decorrer dos trabalhos, se apresentem indícios que ponham em dúvida essa con-
tinuidade, deve o auditor aplicar os procedimentos adicionais que julgar necessários para a formação
de juízo embasado e definitivo sobre a matéria.
11.2.8.4 – Na hipótese de o auditor concluir que há evidências de riscos na continuidade normal das
atividades da entidade, deve avaliar os possíveis efeitos nas demonstrações contábeis, especial-
mente quanto à realização dos ativos.
11.2.8.5 – Quando constatar que há evidências de riscos na continuidade normal das atividades da
entidade, o auditor independente deverá, em seu parecer, mencionar, em parágrafo de ênfase, os
efeitos que tal situação poderá determinar na continuidade operacional da entidade, de modo que os
usuários tenham adequada informação sobre a mesma.
11.2.8.6 – Embora não exaustivos, pelo menos os seguintes pressupostos deverão ser adotados pelo
auditor na análise da continuidade da entidade auditada:
a) indicadores financeiros
1 - passivo a descoberto;
3 - empréstimos com prazo fixo e vencimentos imediatos, sem possibilidade de renovação pelos cre-
dores;
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b) indicadores de operação
c) outras indicações
11.2.9 – AMOSTRAGEM
11.2.9.2 – Ao usar métodos de amostragem estatística ou não estatística, o auditor deve projetar e
selecionar uma amostra de auditoria, aplicar a essa amostra procedimentos de auditoria e avaliar os
resultados da amostra, de forma a proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.
11.2.9.3 – A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de transa-
ções realizadas pela entidade na área ou transação objeto de exame, como também com os efeitos
na posição patrimonial e financeira da entidade, e o resultado por ela obtido no período.
b) estratificação da amostra;
c) tamanho da amostra;
d) risco da amostragem;
e) erro tolerável; e
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NBC T 11
f) erro esperado.
a) seleção aleatória;
11.2.10.2 – O uso de técnicas de auditoria que demandem o emprego de recursos de PED requer
que o auditor as domine completamente, de forma a implementar os próprios procedimentos ou, se
for o caso, supervisionar e revisar os trabalhos de especialistas.
11.2.10.3 – O grau mínimo de conhecimento que o auditor deve ter para planejar, dirigir,supervisionar
e revisar o trabalho de auditoria desenvolvido em ambiente de PED compreende:
b) determinar o efeito que o ambiente de PED possa ter sobre a avaliação de risco global da entidade
e em nível de saldos de contas e de transações; e
b) as entradas de dados nos sistemas que determinam múltiplas transações, registradas de forma si-
multânea, especialmente nos registros contábeis, as quais não podem ser validadas independente-
mente; e
11.2.10.5 – No programa de trabalho para os exames dos sistemas de PED, o auditor independente
deverá incluir:
b) o exame da estrutura e confiabilidade dos sistemas adotados para o controle e gerenciamento das
atividades da entidade; e
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11.2.11.2 – O auditor deve ter conhecimentos suficientes sobre os controles, procedimentos e méto-
dos utilizados pela entidade no estabelecimento de estimativas que resultem em provisões.
11.2.11.4 – Quando a comparação entre as estimativas feitas em períodos anteriores e os valores re-
ais destas evidenciar variações significativas, deve o auditor verificar se houve o competente ajuste
nos procedimentos, de forma a permitir estimativas mais apropriadas no período em exame.
11.2.12.1 – O auditor deve obter evidências suficientes para identificar partes relacionadas na fase de
planejamento, possibilitando detectar, no decorrer dos trabalhos, quaisquer transações relevantes
que as envolvam.
11.2.12.2 – O auditor deve examinar as transações relevantes com partes relacionadas, aplicando os
procedimentos necessários à obtenção de informações sobre a finalidade, natureza e extensão das
transações, com especial atenção àquelas que pareçam anormais ou envolvam partes relacionadas
não identificadas quando do planejamento.
11.2.13.1 – O auditor deve aplicar procedimentos específicos em relação aos eventos ocorridos entre
as datas do balanço e a do seu parecer, que possam demandar ajustes nas demonstrações contá-
beis ou a divulgação de informações nas notas explicativas.
11.2.13.2 – O auditor deve considerar em seu parecer os efeitos decorrentes de transações e eventos
subseqüentes relevantes ao exame das demonstrações contábeis, mencionando-os como ressalva
ou em parágrafo de ênfase, quando não ajustadas ou reveladas adequadamente.
11.2.13.4 – Para ter condições de formar opinião sobre as demonstrações contábeis considerando os
efeitos relevantes das transações e eventos subseqüentes ao encerramento do exercício social, o au-
ditor deve considerar:
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NBC T 11
e) a existência de eventos, não revelados pela administração nas demonstrações contábeis, que te-
nham efeitos relevantes sobre as mesmas.
11.2.14.1 – O auditor deve obter carta que evidencie a responsabilidade da administração quanto às
informações e dados e à preparação e apresentação das demonstrações contábeis submetidas aos
exames de auditoria.
11.2.14.2 – A carta de responsabilidade deve ser emitida com a mesma data do parecer do auditor
sobre as demonstrações contábeis a que ela se refere.
11.2.15 – CONTINGÊNCIAS
11.2.15.1 – O auditor deve adotar procedimentos para assegurar-se que todas as contingências pas-
sivas relevantes, decorrentes de processos judiciais, reivindicações e reclamações, bem como de lan-
çamentos de tributos em disputa, foram identificadas e consideradas pela administração da entidade
na elaboração das demonstrações contábeis.
a) discussão, com a administração da entidade, das políticas e procedimentos adotados para identifi-
car, avaliar e contabilizar as contingências passivas;
c) discussão, com os advogados e/ou a administração da entidade, das perspectivas no desfecho das
contingências e da adequação das perdas contingentes provisionadas, bem como das divulgações a
serem feitas nas demonstrações contábeis.
11.2.15.3 – O auditor deve adotar os mesmos procedimentos com relação às contingências ativas.
11.3.1 – GENERALIDADES
11.3.1.2 – Como o auditor assume, através do parecer, responsabilidade técnico profissional definida,
inclusive de ordem pública, é indispensável que tal documento obedeça às características intrínsecas
e extrínsecas estabelecidas nas presentes normas.
11.3.1.3 – Em condições normais, o parecer é dirigido aos acionistas, cotistas, ou sócios, ao conselho
de administração ou à diretoria da entidade, ou outro órgão equivalente, segundo a natureza desta.
Em circunstâncias próprias, o parecer é dirigido ao contratante dos serviços.
11.3.1.4 – O parecer deve identificar as demonstrações contábeis sobre as quais o auditor está ex-
pressando sua opinião, indicando, outrossim, o nome da entidade, as datas e períodos a que corres-
pondem.
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11.3.1.5 – O parecer deve ser datado e assinado pelo contador responsável pelos trabalhos, e conter
seu número de registro no Conselho Regional de Contabilidade.
11.3.1.6 – Caso o trabalho tenha sido realizado por empresa de auditoria, o nome e o número de re-
gistro cadastral no Conselho Regional de Contabilidade também devem constar do parecer.
11.3.1.7 – A data do parecer deve corresponder ao dia do encerramento dos trabalhos de auditoria na
entidade.
c) parecer adverso; e
11.3.2.1 – O parecer sem ressalva indica que o auditor está convencido de que as demonstrações
contábeis foram elaboradas consoante as disposições contidas no item 11.1.1.1, em todos os aspec-
tos relevantes.
11.3.2.2 – O parecer sem ressalva implica afirmação de que, em tendo havido alterações na obser-
vância das disposições contidas no item 11.1.1.1, elas tiveram seus efeitos avaliados e aceitos e es-
tão devidamente revelados nas demonstrações contábeis.
MODELO
DESTINATÁRIO
(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sis-
tema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evi-
dências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avali-
ação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da
entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
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NBC T 11
Local e data
Assinatura
11.3.3.1 – O auditor não deve emitir parecer sem ressalva quando existir qualquer das circunstâncias
seguintes, que, na sua opinião, tenham efeitos relevantes para as demonstrações contábeis:
11.3.3.3 – A limitação na extensão do trabalho deve conduzir à opinião com ressalva ou à abstenção
de opinião.
11.3.3.4 – Na auditoria independente das demonstrações contábeis das entidades, públicas ou priva-
das, sujeitas a regulamentação específica quanto à adoção de normas contábeis próprias ao seg-
mento econômico, quando elas forem significativamente conflitantes com as disposições contidas no
item 11.1.1.1, o auditor deve emitir parecer com ressalva.
11.3.3.5 – Quando o auditor emitir parecer com ressalva, adverso ou com abstenção de opinião, deve
ser incluída descrição clara de todas as razões que fundamentaram o seu parecer e, se praticável, a
quantificação dos efeitos sobre as demonstrações contábeis. Essas informações devem ser apresen-
tadas em parágrafo específico do parecer, precedendo ao da opinião e, se for caso, fazer referência a
uma divulgação mais ampla pela entidade em nota explicativa às demonstrações contábeis.
11.3.4.1 – O parecer com ressalva é emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discor-
dância ou restrição na extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adverso
ou abstenção de opinião.
11.3.4.2 – O parecer com ressalva deve obedecer ao modelo do parecer sem ressalva, com a utiliza-
ção das expressões "exceto por", "exceto quanto" ou "com exceção de" referindo-se aos efeitos do
assunto objeto da ressalva.
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NBC T 11
11.3.5.1 – No parecer adverso, o auditor emite opinião de que as demonstrações contábeis não estão
adequadamente representadas, nas datas e períodos indicados, de acordo com as disposições conti-
das no item 11.1.1.1.
11.3.5.2 – O auditor deve emitir parecer adverso quando verificar que as demonstrações contábeis
estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer com res-
salva.
11.3.6.1 – O parecer com a abstenção de opinião é aquele em que o auditor deixa de emitir opinião
sobre as demonstrações contábeis, por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la.
11.3.7 – INCERTEZA
11.3.7.1 – Quando ocorrer incerteza em relação a fato relevante, cujo desfecho poderá afetar signifi-
cativamente a posição patrimonial e financeira da entidade, bem como o resultado das suas opera-
ções, deve o auditor adicionar um parágrafo de ênfase em seu parecer, após o parágrafo de opinião,
fazendo referência à nota explicativa da administração, que deve descrever de forma mais extensa, a
natureza e, quando possível, o efeito da incerteza.
11.3.7.3 – Se o auditor concluir que a matéria envolvendo incerteza relevante não está adequada-
mente divulgada nas demonstrações contábeis, de acordo com as disposições contidas no item
11.1.1.1, o seu parecer deve conter ressalva ou opinião adversa, pela omissão ou inadequação da
divulgação.
11.3.8.1 – O auditor deve incluir no seu parecer informações consideradas relevantes para adequada
interpretação das demonstrações contábeis, ainda que divulgadas pela entidade.
11.3.9.1 – O auditor deve assegurar-se de que as demonstrações contábeis das controladas e/ou co-
ligadas, relevantes, utilizadas para fins de consolidação ou contabilização dos investimentos pelo va-
lor do patrimônio líquido na controladora e/ou investidora, estão de acordo com as disposições conti-
das no item 11.1.1.1.
11.3.9.2 – Quando houver participação de outros auditores independentes no exame das demonstra-
ções contábeis das controladas e/ ou coligadas, relevantes, o auditor da controladora e/ou investidora
deve destacar esse fato no seu parecer.
11.3.9.3 – Nessas circunstâncias, o auditor da controladora e/ou investidora deve expressar sua opi-
nião sobre as demonstrações contábeis como um todo, baseando-se exclusivamente no parecer de
outro auditor com respeito às demonstrações contábeis de controladas e/ou coligadas. Esse fato
deve ser destacado no parecer, indicando os valores envolvidos.
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NBC T 11
11.3.10.2 – O parecer sobre as demonstrações contábeis condensadas deve indicar que elas estão
preparadas segundo os critérios utilizados originalmente e que o perfeito entendimento da posição da
entidade depende da leitura das demonstrações contábeis originais.
11.3.10.3 – Toda informação importante, relacionada com ressalva, parecer adverso, parecer com
abstenção de opinião e/ou ênfase, constante do parecer do auditor sobre as demonstrações contá-
beis originais, deve estar incluída no parecer sobre as demonstrações contábeis condensadas.
11.3.11.1 – Sempre que o nome do auditor estiver, de alguma forma, associado com demonstrações
ou informações contábeis que ele não auditou, estas devem ser claramente identificadas como "não-
auditadas", em cada folha do conjunto.
11.3.11.2 – Em havendo emissão de relatório, este deve conter a indicação de que o auditor não está
expressando opinião sobre as referidas demonstrações contábeis.
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AUDITORIA DE RECEITA E DESPESAS
OBS. :Os controles internos sobre resultado de exercícios futuros são cobertos, de uma maneira ge-
ral, pelos questionários contidos nos programas de auditoria das contas e operações ativas e passi-
vas.
É conveniente, portanto, que tais questionários já tenham sido respondidos antecipadamente à apli-
cação deste programa, tornando mais racional e objetiva a sua execução.
Examine a movimentação das contas de receitas e custos ou despesas de exercícios futuros, para
um determinado período, compreendendo:
- Inspeção da documentação suporte dos registros efetuados nestas contas, atentando para sua pro-
priedade e correlação com as atividades normais da empresa e com a própria natureza das opera-
ções;
c) conferência de cálculos e somas das requisições e de seus valores unitários contra registros ou fi-
chas de estoque;
- Testes sobre apropriações de mão de obra e encargos respectivos e das despesas gerais contra
registros subsidiários dos custos de produção, envolvendo:
a) conferência dos valores da mão de obra e dos encargos contra folhas de pagamento ou registros
da área de pessoal;
b) conferência da apropriação dos gastos gerais contra bases e volumes de rateio, etc., incluindo cál-
culos e somas;
c) conferência de cálculos e somas dos registros subsidiários dos custos de produção, relatórios, or-
dens de serviço, etc.
- Verificação de que as baixas ocorridas nessas contas foram correspondidas, efetivamente nas con-
tas de resultado do exercício, em tempo hábil e por efetiva realização de resultados, investigando, de-
talhadamente, aquelas situações que não se encontrarem nessas condições, certificando-se de que:
- Verificação de que as baixas ocorridas nessas contas foram correspondidas, efetivamente, nas con-
tas de resultado do exercício, em tempo hábil e por efetiva realização de resultados, investigando, de-
talhadamente, aquelas situações que não se encontrarem nessas condições, certificando-se de que:
Confronte saldos contábeis com registros ou posições subsidiárias dos custos de produção, investi-
gando pendências verificadas, no sentido de certificar-se de sua validade e eliminação posterior.
- Verificar se os saldos das contas apresentadas neste grupo são realmente imputáveis a exercícios
seguintes e se a sua classificação e apresentação nas demonstrações financeiras:
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AUDITORIA DE RECEITA E DESPESAS
b) mesmo de acordo com as normas fiscais existentes quanto a resultados de operações a curto ou
longo prazos, não colidem com as referidas normas contábeis.
Complemente ou efetue os exames previstos no programa para trabalhos de ínterim contidos neste
programa, item 2.
c) não incluem valores que devam estar registrados nas contas de resultado;
d) estão de acordo com os princípios de contabilidade, inclusive quanto à consistência na sua aplica-
ção.
Omissão de Receitas
O artigo “Presunção legal de omissão de receitas” de autoria do saudoso Demétrio Pepice, um dos
maiores gurus da área fiscal.
“[…] De acordo com a legislação do Imposto de Renda, ocorre a presunção legal de omissão de re-
ceitas quando é detectada a ocorrência de uma das três situações a seguir:
III – Manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não seja comprovada.
A razão de existir saldo credor na conta caixa foi a omissão dos lançamentos que representam recei-
tas à vista (recebimentos) sem a concomitante omissão dos lançamentos que representam despesas
à vista (pagamentos).
Logo, se o auditor detectar a omissão de lançamento das despesas à vista, ele pode concluir que o
contribuinte fez isso propositalmente, com o objetivo de ocultar as receitas sem que ocorresse o “es-
touro de caixa”.
Ainda há outras situações que se enquadram nesse inciso, como por exemplo, a existência de um
ativo oculto. Nesse caso, utilizando o procedimento de inspeção, o auditor detecta que há bens e
mercadorias existentes no mundo real, mas não estão relacionados na contabilidade da empresa.
Isso mostra que o contribuinte tentou “esconder” as operações de aquisição desses bens, com o ob-
jetivo de não escriturar os pagamentos correspondentes, e evitar assim o saldo credor na conta caixa.
Esse último caso é exatamente o inverso do anterior. Um ativo oculto é um bem ou direito que existe
no mundo real, mas que, por algum motivo, não se encontra representado na contabilidade.
Já um passivo fictício é um passivo que existe apenas na contabilidade da empresa, mas não corres-
ponde a uma obrigação no mundo real. Note que ao falar em passivo, estamos nos referindo a pas-
sivo em sentido amplo (passivo exigível + patrimônio líquido).
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AUDITORIA DE RECEITA E DESPESAS
Outra situação possível ocorre quando o contribuinte realmente efetuou uma compra a prazo, mas,
ao pagar seu fornecedor, deixou de escriturar essa operação de pagamento, mantendo a dívida no
seu passivo.
Nessa hipótese a obrigação com fornecedores chegou a existir, mas já foi efetuado o pagamento e
isso ainda não foi contabilizado pela empresa.
Esse caso se confunde um pouco com a “Falta de escrituração de pagamentos efetuados” mas não
deixa de se enquadrar nas hipóteses de passivo fictício.
Além de ser uma tentativa de “esconder” um pagamento, um passivo fictício também pode ser utili-
zado com outro objetivo.
O contribuinte pode tentar simular uma operação que aumentaria o saldo da conta caixa.
Ele pode fazer isso através de duas formas: simular um empréstimo bancário (obtenção de capital de
terceiros) ou senão simular uma integralização de capital feita pelos sócios (obtenção de capital pró-
prio).
Resumindo:
Provada a omissão de receita, por indícios na escrituração do contribuinte ou qualquer outro ele-
mento de prova, a autoridade tributária poderá arbitrá-la com base no valor dos recursos de caixa for-
necidos à empresa por administradores, sócios da sociedade não anônima, titular da empresa indivi-
dual, ou pelo acionista controlador da companhia, se a efetividade da entrega e a origem dos recur-
sos não forem comprovadamente demonstradas.
A autoridade determinará o valor do imposto e do adicional a serem lançados de acordo com o re-
gime de tributação a que estiver submetida à pessoa jurídica no período de apuração a que corres-
ponder a omissão de receita.
Objetivo
1. As transações e eventos decorrentes das atividades normais de uma empresa são, de acordo com
determinados parâmetros e circunstâncias, classificados como receitas ou despesas. Este Pronuncia-
mento fornece critérios para identificar essas condições e determina as regras de classificação e con-
tabilizarão dessas receitas e despesas.
Alcance
f. extração de minérios;
g. contratos de construção; e
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AUDITORIA DE RECEITA E DESPESAS
Definições
4. Receita é a entrada bruta de benefícios econômicos durante o período que ocorre no curso das ati-
vidades ordinárias de uma empresa, quando tais entradas resultam em aumento do patrimônio lí-
quido, excluídos aqueles decorrentes de contribuições dos proprietários, acionistas ou cotistas.
5. Receita inclui somente a entrada bruta dos benefícios econômicos recebidos e a receber pela em-
presa em transações por conta própria. Importâncias cobradas por conta e em favor de terceiros, tais
como impostos sobre vendas, mercadorias e serviços e impostos de valor agregado, não são benefí-
cios econômicos que fluem para a empresa e não resultam em aumentos no patrimônio líquido. Por-
tanto, são excluídos da receita. Semelhantemente, no contexto de um relacionamento como agente
ou administrador, a entrada bruta dos benefícios econômicos inclui as importâncias cobradas em fa-
vor de quem outorgou os poderes para cobrar e que não resultam em aumentos no patrimônio líquido
da empresa. As importâncias cobradas em favor de terceiros (o outorgante) não constituem receita.
Nesse caso, a receita é, se houver, o valor da comissão pelos serviços prestados.
6. Despesa é saída ou decréscimo de recursos econômicos durante o período, que ocorre no curso
das atividades ordinárias de uma empresa, excluídas as reduções patrimoniais decorrentes de paga-
mento de recursos efetuados aos proprietários, acionistas, ou cotistas.
7. A definição de despesa compreende perdas, assim como as despesas que surgem no curso das
atividades normais da empresa. As despesas que surgem no curso das atividades normais da em-
presa incluem, por exemplo, o custo das vendas, salários e depreciação. Geralmente, tomam a forma
de um desembolso ou de redução de ativos. Perdas incluem, por exemplo, as resultante de acidentes
como fogo e inundações, assim como as que decorrem da venda de ativos não-correntes. A definição
de despesas também inclui as perdas não realizadas, por exemplo, as de contingências e as que sur-
gem dos efeitos dos aumentos na taxa cambial de uma moeda estrangeira.
8. Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes
interessadas, em condições ideais e com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da
transação ou que, caracterizem uma transação compulsória.
b. Receita não operacional -corresponde aos eventos econômicos aditivos ao patrimônio líquido, não
associados com a atividade ou atividades principais da empresa, independentemente da sua freqüên-
cia. O conceito de receita não operacional é de elemento líquido, ou seja, ela é considerada pelo lí-
quido dos correspondentes custos. Como casos comuns desse tipo de receita temos os ganhos de
capital, correspondentes a transações com Imobilizados ou com investimentos de natureza perma-
nente, desde que não relacionadas com a atividade principal da empresa.
c. Ganho - corresponde ao evento econômico, aditivo ao patrimônio liquido, não associado com ativi-
dades relacionadas com a cessão ou empréstimo ou aluguel de bens ou direitos.
d. Receita (ou lucro) extraordinária (o) -é o evento econômico, aditivo ao patrimônio líquido, que não
resulta das operações típicas da empresa no período contábil, sendo, conseqüentemente, de natu-
reza inusitada e apresentando alto grau de anormalidade. O conceito de receita (ou lucro) extraordi-
nária (o) também é de elemento liquido, excluindo também a correspondente parcela de impostos
aplicáveis.
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AUDITORIA DE RECEITA E DESPESAS
a. Custo -é o preço pelo qual se obtém um bem, direito ou serviço. Por extensão, é também o mon-
tante do preço da matéria-prima, mão-de-obra e outros encargos incorridos para a produção de bens
ou serviços. Ele é, portanto, o preço pelo qual é adquirido um bem ou serviço, bem como o incorrido
no processo interno da empresa para prestação de serviços ou obtenção de bens, para venda ou uso
interno.
c. Despesa não operacional -corresponde ao evento econômico diminutivo ao patrimônio líquido, não
associado com a atividade principal da empresa, independentemente da sua freqüência. Como casos
comuns desse tipo de despesa temos as perdas de capital, correspondentes a transações com Imobi-
lizados ou com investimentos de natureza permanente, desde que não relacionadas com a atividade
principal da empresa.
d. Prejuízo ou perda -corresponde a evento econômico diminutivo ao patrimônio líquido, não associ-
ado com atividades relacionadas com a cessão ou aquisição de bens ou direitos, incluindo as baixas
de bens ou direitos que perderam a utilidade para a empresa, mas não se limitando a elas. O con-
ceito de prejuízo ou perda é de elemento líquido, ou seja, após redução das eventuais receitas dos
correspondentes bens ou direitos.
e. Prejuízo (ou perda) extraordinário (a) - é o evento econômico diminutivo do patrimônio líquido, que
não resulta das operações típicas da empresa no período contábil, sendo, conseqüentemente, de na-
tureza inusitada e apresentando alto grau de anormalidade. O conceito de prejuízo (ou perda) extra-
ordinário (a) também é de elemento líquido, excluindo ainda a correspondente parcela de impostos
aplicáveis.
Mensuração Da Receita
11. A receita deve ser quantificada pelo valor justo do montante recebido ou a receber.
12. O montante da receita proveniente de uma transação é usualmente determinado mediante acordo
entre a empresa e o comprador ou o usuário do ativo. Ela é medida pelo valor justo da compensação
recebida ou a receber, levando em consideração qualquer desconto comercial ou abatimento por vo-
lume de compra concedidos pela empresa.
a. taxa prevalecente para um título semelhante de um emitente com uma classificação semelhante de
crédito; ou
b. uma taxa de juros que desconte o valor nominal do título ao preço de venda corrente das mercado-
rias ou serviços.
A diferença entre o valor justo e o valor nominal do título é reconhecida como receita (ou despesa) de
juros, apropriada durante o prazo do recebimento.
14. Quando mercadorias ou serviços são permutados por outras mercadorias ou serviços, que são de
uma mesma natureza ou valor, essa troca não é considerada como uma transação que gera receita.
É este geralmente o caso de produtos como óleo ou leite, quando os fornecedores permutam ou tro-
cam estoques em diversos locais a fim de atender à demanda dentro do prazo em determinado local.
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AUDITORIA DE RECEITA E DESPESAS
Quando as mercadorias são vendidas ou os serviços são prestados em troca de mercadorias ou ser-
viços sem semelhança, essa troca é considerada uma transação que gera receita. A receita é medida
pelo valor justo das mercadorias ou serviços recebidos, ajustado por qualquer numerário ou equiva-
lente. Quando o valor justo das mercadorias ou serviços não puder ser medido com segurança, a re-
ceita é medida pelo valor justo das mercadorias ou serviços entregues, ajustado por qualquer nume-
rário ou equivalente.
Reconhecimento Da Receita
15. A receita é reconhecida somente quando for provável que os benefícios econômicos relativos à
transação venham a ser percebidos pela empresa (a receita foi "ganha" pela empresa). Em alguns
casos, isto poderá não ser provável até que o preço da venda ou do serviço seja recebido ou até que
a incerteza seja removida. Por exemplo, pode haver incerteza sobre a possibilidade de uma autori-
dade governamental estrangeira conceder permissão para remeter o preço da venda efetuada a outro
país. Quando a permissão é obtida, a incerteza é afastada e a receita é reconhecida. Entretanto,
quando surgir uma incerteza sobre a possibilidade de cobrança de uma importância já contabilizada
como receita, a importância incobrável ou a importância a respeito da qual a recuperação deixou de
ser provável é reconhecida como despesa, em vez de ajustar a receita originalmente reconhecida.
16. A receita e a despesa referentes à mesma transação ou outro evento são reconhecidas simulta-
neamente; este processo é comumente designado como confronto das receitas e despesas. As des-
pesas, inclusive garantias e outros custos a serem incorridos depois do embarque das mercadorias
ou entrega dos serviços, podem normalmente ser medidas com segurança, quando as outras condi-
ções para reconhecimento da receita tenham sido satisfeitas. Todavia, a receita não pode ser reco-
nhecida, quando as despesas não podem ser medidas com segurança; em tais circunstâncias, quais-
quer importâncias já recebidas pela venda das mercadorias são contabilizadas no passivo.
17. O conceito de receita "ganha" torna-se importante na presença de numerários recebidos anterior-
mente à remessa das mercadorias ou prestação de serviços. Esses valores não são tratados como
receita do período em que foram recebidos. São normalmente tratados como adiantamentos recebi-
dos de clientes a serem transferidos para receita quando esta estiver "ganha". Quando esses nume-
rários não forem sujeitos à devolução por cancelamento da venda de produtos ou serviços, serão
considerados "receita a realizar" (classificável no passivo circulante ou exigível a longo prazo, con-
forme os prazos estabelecidos). Essa classificação requer ponderada cautela pelo pressuposto desse
numerário corresponder a um valor líquido assegurado mas dependente exclusivamente do fator
tempo. Assim, a "receita a realizar" deverá sempre corresponder a um valor líquido dos custos já in-
corridos ou a incorrer e da respectiva parcela de impostos aplicáveis, inclusive aqueles sobre a renda.
O reconhecimento desta receita em período futuro resulta no registro de um decréscimo no passivo,
ao invés de um acréscimo no ativo.
c. vendas de outros itens além dos acima mencionados, como por exemplo, venda de equipamentos
ou investimentos em outras entidades.
19. A receita da venda de produtos ou mercadorias deve ser reconhecida, quando todas as seguintes
condições tiverem sido satisfeitas:
b. a empresa não mais detenha o envolvimento gerencial contínuo em grau usualmente associado
com a propriedade, nem o controle efetivo sobre os produtos vendidos (parágrafo 21);
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d. é provável que os benefícios econômicos decorrentes da transação sejam percebidos pela em-
presa; e
e. os custos incorridos ou a incorrer referentes à transação possam ser medidos com segurança.
20. Para determinar se a empresa transferiu os riscos significativos e os benefícios derivados da pro-
priedade ao comprador, é necessário examinar as circunstâncias da transação. Na maioria dos ca-
sos, a transferência dos riscos e benefícios da propriedade coincide com a transferência do título le-
gal ou da passagem da posse para o comprador. Este é o caso da maioria das vendas a varejo. Em
outros casos, a transferência dos riscos e benefícios da propriedade do ativo ocorre numa data dife-
rente da transferência do título legal ou da transmissão de posse.
21. Se a empresa retém riscos significativos resultantes da propriedade do ativo, a transação não é
uma venda e não se reconhece a receita. Uma empresa pode reter um risco significativo da proprie-
dade de diversas maneiras. Exemplos de situações em que a empresa pode reter riscos e benefícios
significativos são:
a. quando ela retiver uma obrigação por desempenho insatisfatório, não coberto por cláusulas nor-
mais de garantia;
c. quando os produtos forem embarcados sujeitos à instalação e esta é uma parte significativa do
contrato que ainda não está cumprida pela empresa; e
d. quando o comprador tiver o direito de rescindir a compra por uma razão especificada no contrato
de venda e a empresa tem incerteza sobre a probabilidade da devolução.
23. A receita referente a prestação de serviços deve ser reconhecida com base no estágio de execu-
ção da transação no período, quando o desfecho de uma transação pode ser estimado com segu-
rança. O desfecho de uma transação pode ser estimado com segurança, quando todas as seguintes
condições tiverem sido satisfeitas:
b. for provável que os benefícios econômicos decorrentes da transação sejam percebidos pela em-
presa;
d. os custos incorridos com a transação e os custos para completá-la possam ser medidos com segu-
rança.
24. O reconhecimento da receita com base no estágio de execução da transação é, muitas vezes, de-
signado como o método de execução percentual. De acordo com este método, a receita é reconhe-
cida nos períodos contábeis em que os serviços são prestados. O reconhecimento da receita em tal
base proporciona informações úteis sobre a extensão do andamento do serviço e do desempenho du-
rante determinado período. O Pronunciamento sobre Contratos de Construção e de Empreitada, tam-
bém exige o reconhecimento da receita nessa base. Os requisitos daquele Pronunciamento são ge-
ralmente aplicáveis ao reconhecimento da receita e respectivas despesas em uma transação que en-
volve a prestação de serviços.
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25. Geralmente, a empresa pode fazer estimativas razoáveis depois de ter acordado o seguinte com
as outras partes da transação:
a. os direitos exigíveis de cada parte, relativamente ao serviço a ser prestado e recebido pelas partes;
b. o preço do serviço; e
É também usualmente necessário, que a empresa tenha um sistema efetivo de controle orçamentário
e de relatórios. A empresa reexamina e, quando necessário, modifica as estimativas da receita, à me-
dida que o serviço é executado. A necessidade de tais revisões não indica obrigatoriamente que o
desfecho da transação não possa ser estimado com segurança.
26. O estágio de execução de uma transação pode ser determinado de acordo com vários métodos.
Cada empresa usa o método que mede com segurança os serviços executados. Dependendo da na-
tureza da transação, os métodos podem incluir:
b. serviços executados até o presente como uma porcentagem dos serviços totais a serem executa-
dos; ou
c. a proporção que os custos incorridos até o presente representa em relação ao custo da transação.
Somente os custos que refletem serviços executados até o presente são incluídos nos custos incorri-
dos até aquele momento. Somente os custos que refletem serviços executados ou a serem executa-
dos são incluídos no custo total estimado da transação. Os pagamentos conforme o andamento do
serviço e os adiantamentos recebidos geralmente não refletem os serviços executados.
27. Para fins práticos, quando os serviços forem executados por um número indeterminado de atos
ao longo de um certo período, a receita é reconhecida pelo método linear ao longo do período, a não
ser que haja evidência de que algum outro método melhor represente o estágio da execução. Quando
um ato específico for muito mais significativo do que qualquer dos demais atos, o reconhecimento da
receita é postergado até que o ato significativo seja executado.
28. Quando o desfecho de uma transação que consiste numa prestação de serviço não puder ser es-
timado com segurança, a receita deve ser reconhecida somente na extensão das despesas reconhe-
cidas, desde que estas sejam recuperáveis.
29. Durante os estágios iniciais de uma transação, acontece, muitas vezes, que o desfecho da transa-
ção não pode ser estimado com segurança. Não obstante, poderá ser provável que a empresa recu-
pere os custos nela incorridos na transação. Portanto, a receita é reconhecida na extensão dos cus-
tos incorridos que, espera-se sejam recuperáveis. Caso o desfecho da transação não puder ser esti-
mado com segurança, nenhum lucro será reconhecido.
30. Quando não se puder estimar com segurança o desfecho de uma transação e não é provável que
os custos incorridos sejam recuperados, a receita não é reconhecida e os custos incorridos são reco-
nhecidos como despesa. Quando não mais existirem as incertezas, que impediam estimar com segu-
rança o desfecho do contrato, a receita é reconhecida de acordo com o parágrafo 23, preferencial-
mente ao parágrafo 28.
31. A receita proveniente do uso, por terceiros, de ativos da empresa que produzem juros, royalties e
dividendos, deve ser reconhecida nas bases estabelecidas no parágrafo 15, quando:
a. for provável que os benefícios econômicos decorrentes da transação sejam auferidos pela em-
presa; e
32. A receita de juros, royalties e dividendos deve ser reconhecida nas seguintes bases:
a. os juros devem ser reconhecidos numa base proporcional de tempo que leve em conta o efetivo
rendimento do ativo;
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AUDITORIA DE RECEITA E DESPESAS
b. os royalties devem ser reconhecidos numa base contábil de competência de acordo com o que dis-
põem, em substância, os acordos pertinentes; e
c. os lucros ou dividendos devem ser reconhecidos quando estiver estabelecido o direito do acionista
ou cotista.
33. O rendimento efetivo de um ativo é a taxa de juros necessária para igualar a importância inicial do
ativo nos registros contábeis com o fluxo descontado dos futuros recebimentos de caixa durante a
vida do ativo. A receita de juros inclui a importância da amortização de quaisquer descontos, ágio ou
outras diferenças entre a importância inicial contabilizada de uma obrigação ou título de dívida e a
sua importância no vencimento.
34. Quando houver juros não pagos acumulados antes da aquisição de um investimento sujeito a ju-
ros, o seu recebimento subseqüente é alocado entre os períodos de pré-aquisição e pós-aquisição;
somente a parte de pós-aquisição é reconhecida como receita. Quando são declarados dividendos ou
lucros sobre ações ou quotas de capital referentes ao lucro líquido pré-aquisição, tais dividendos são
deduzidos do custo das ações ou quotas.
35. Os royalties se tornam devidos de acordo com as condições dos respectivos contratos e são usu-
almente reconhecidos nessa base, a não ser que, em razão da essência do contrato, seja mais apro-
priado reconhecer a receita em outra base sistemática que reflita melhor a substância da operação.
Reconhecimento da despesa
36. As despesas são reconhecidas na demonstração do resultado quando surgir um decréscimo, que
possa ser medido em bases confiáveis, nos futuros benefícios econômicos referentes a um decrés-
cimo em um ativo ou aumento em um passivo. Isto significa que o reconhecimento de despesas
ocorre simultaneamente com o reconhecimento de um aumento no passivo ou um decréscimo no
ativo (por exemplo, a provisão para direitos trabalhistas ou a depreciação de equipamento).
37. As despesas são reconhecidas na demonstração do resultado com base em associação direta
entre os custos incorridos e a auferição de itens específicos da receita. Este processo, usualmente
chamado de confrontação entre custos e receitas, envolve o reconhecimento simultâneo ou combi-
nado das receitas e despesas que resultam diretamente ou em conjunto das mesmas transações ou
outros eventos; por exemplo, os vários componentes que integram o custo dos produtos vendidos são
reconhecidos na mesma ocasião que a receita derivada da venda dos produtos é reconhecida.
38. Várias hipóteses, relativas ao relacionamento, devem ser feitas para acumular os custos dos pro-
dutos vendidos ou serviços prestados. Por exemplo, nos custos de produção presume-se que se in-
cluam, como base de associação de custos, as horas trabalhadas, área ou volume do local utilizado,
tempo de máquina e outras bases que indiquem o relacionamento envolvido. Adicionar custos aos
produtos freqüentemente requer várias alocações e realizações (baixa) dos custos para o resultado.
Também, hipóteses relativas ao fluxo de custos ou do produto (PEPS, Médio) são freqüentemente
feitas para determinar quais custos relacionam-se com os produtos vendidos e quais permanecem no
inventário como ativos.
39. Quando se espera que os benefícios econômicos surjam ao longo de vários períodos contábeis e
a confrontação com a receita somente pode ser feita de modo geral e indireto, as despesas são reco-
nhecidas na demonstração do resultado com base em procedimentos de alocação sistemática e razo-
ável. Muitas vezes, isto é necessário ao reconhecer despesas associadas com o desgaste de ativos,
tais como ativo imobilizado, ágio, marcas e patentes; em tais casos, a despesa é designada como de-
preciação ou amortização. Estes procedimentos de alocação destinam-se a reconhecer despesas nos
períodos contábeis em que os benefícios econômicos decorrentes de tais itens são consumidos ou
expiram.
41. Uma despesa é também reconhecida na demonstração do resultado naqueles casos em que se
incorre em um passivo sem o reconhecimento de um ativo quando, por exemplo, surgir um passivo
decorrente de uma garantia de produto.
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AUDITORIA DE RECEITA E DESPESAS
a. custo dos ativos usados e outros custos incorridos para produzir receita, como, por exemplo, custo
dos produtos vendidos, despesas de administração e de vendas, e despesas de juros;
c. custos de ativos baixados que não sejam produtos, como, por exemplo, equipamento ou investi-
mentos em outras empresas;
43. A mensuração de ativos, passivos, receita e despesa de uma empresa é baseada primariamente
em suas próprias transações. Direitos e obrigações que resultam de execução contratual não são, ge-
ralmente, registrados como ativos ou passivos até que ao menos uma das partes tenha cumprido os
compromissos. Além do mais, nem todas as mudanças na utilidade ou preço dos ativos são reconhe-
cidas. Acréscimos nos ativos e na respectiva receita não são usualmente registrados se resultarem
de eventos internos na empresa. Por exemplo, receita que é "ganha" no processo de produção não é
geralmente registrada até que os produtos tenham sido vendidos ou os serviços prestados. Também,
acréscimos ou decréscimos nos ativos e respectivas receitas ou despesas, resultantes de eventos
dos quais a empresa não tenha participado diretamente, não são, usualmente, registrados. Por exem-
plo, quase todas as mudanças nos preços de bens da empresa, tais como maquinismos, estoques e
outros, não são reconhecidas até que a transação ocorra.
44. As receitas de cada exercício social da empresa devem ser segregadas através de "corte" nos
registros das operações na Contabilidade, a fim de que haja segregação entre o início e o fim do
exercício social resguardando, desta forma, a ocorrência de sub ou superavaliação da receita. Por
outro lado, deverá ocorrer também "corte" nas operações contábeis, quanto aos inventários e os pas-
sivos decorrentes de custos e despesas incorridos em cada exercício, resguardando, desta forma, a
ocorrência de sub ou superavaliação de inventários, custos ou despesas.
a. o desgaste do ativo imobilizado, quando em operação, deve ser registrado em conta de deprecia-
ção;
b. os custos alocados no ativo diferido devem ser amortizados a partir do momento em que o evento
que os gerou se concretizou ou a partir do momento em que passem a ser usufruídos os benefícios
deles decorrentes;
c. a amortização das despesas diferidas é feita, geralmente, com base em estimativa arbitrária de, no
máximo, dez anos. As despesas de organização, por exemplo, são normalmente amortizadas em até
dez anos, não obstante elas beneficiarem toda a vida da empresa;
d. deve ser registrada em conta de despesa não operacional a perda do capital aplicado, quando
abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinam os custos, ou comprovado que
essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los;
e. as perdas prováveis, conhecidas ou estimadas com base na experiência na realização dos créditos
da entidade, devem ser provisionadas em montante suficiente para reconhecer a provável perda;
f. o Imposto de Renda, independentemente de ter o seu pagamento diferido, deve ser provisionado
no exercício social em que ocorrer o fato gerador;
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AUDITORIA DE RECEITA E DESPESAS
g. os encargos dos financiamentos devem ser apropriados pelos juros, ou pelas variações monetá-
rias ou cambiais incorridas no período;
h. quando o exercício social encerrar-se em mês diverso daquele que coincidir com o do encerra-
mento do ano civil, ou em balanços intermediários, o 13° salário deverá ser provisionado proporcio-
nalmente aos meses devidos;
i. as receitas decorrentes de aplicações financeiras devem ser reconhecidas pelo valor auferido pro-
porcionalmente no período;
l. deverá ser constituída provisão para registrar a diferença entre o custo de aquisição ou produção
dos estoques em relação ao valor de mercado, quando este for inferior àquele; e
m. deverá ser constituída provisão para desvalorização de investimentos em outras sociedades, que
não aqueles avaliados pelo método de equivalência patrimonial, quando as perdas se caracterizarem
como permanentes.
Itens extraordinários
46. Os eventos ou transações que se identificarem com o descrito a seguir deverão ser classificados
como itens extraordinários:
a. o evento ou transação de natureza inusitada, apresentando alto grau de anormalidade, não deve
ser relacionado com as atividades ordinárias da entidade;
b. o evento ou transação não ocorrer com freqüência. Deve ser do tipo que não se espera que ocorra
em futuro próximo, considerando o setor no qual a entidade opera. A ocorrência passada de um
evento ou transação similar com a entidade é indicação da probabilidade de nova ocorrência em fu-
turo próximo; e
c. o evento ou transação deve ser de valor relevante em relação ao lucro antes dos itens extraordiná-
rios, ou relevante por outros critérios.
47. Os itens compreendidos nos critérios acima devem ser classificados nas demonstrações contá-
beis, da seguinte forma:
a. itens extraordinários (deduzidos dos impostos aplicáveis) devem ser segregados do resultado das
operações ordinárias, e indicados separadamente na demonstração do resultado. É preferível apre-
sentá-los individualmente na demonstração do resultado; entretanto, divulgação em nota explicativa
também é aceitável;
c. os impostos aplicáveis aos itens extraordinários devem ser divulgados na demonstração do resul-
tado; entretanto, divulgação em nota explicativa também é aceitável; e
d. os eventos ou transações, de valor relevante, que atendam a um dos critérios, mas não a ambos,
isto é, inusitados em sua natureza, ou que não ocorram freqüentemente, devem ser divulgados sepa-
radamente na demonstração do resultado de forma que não impliquem na interpretação de que sejam
extraordinários.
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AUDITORIA DE RECEITA E DESPESAS
a. as políticas contábeis adotadas para o reconhecimento das receitas quando elas requererem um
entendimento adicional por parte do leitor para uma melhor compreensão da apresentação das de-
monstrações contábeis;
. Venda de produtos;
. Prestação de serviços;
. Receitas financeiras;
. Royalties; e
d. os critérios adotados para reconhecimento dos principais custos e despesas relacionados à ativi-
dade da empresa (exemplo: custo dos produtos vendidos ou serviços prestados, despesas de ven-
das, administrativas, receitas e despesas financeiras e outros); e
Quando da divulgação das receitas e despesas, a empresa deverá levar em consideração a materiali-
dade dos valores envolvidos.
Entrada em Vigor
49. Este pronunciamento revoga o Pronunciamento XIV -Receitas e Despesas -Resultados e entra
em vigor para as demonstrações contábeis referentes a períodos que se iniciarem em 1º de janeiro
de 2001.
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IDENTIFICAÇÃO DE FRAUDE E ERROS NA ESCRITA
A auditoria ainda não é bem compreendida pela maioria dos seus usuários, talvez pela divulgação ou,
quem sabe até porque suas necessidades vão além dos objetivos do trabalho do auditor.
Um fato de suma importância, e que precisa ser considerado, é a expectativa que a maioria das pes-
soas tem em relação à detecção de fraudes e erros por parte do auditor.
A diferença de expectativa na auditoria tem vindo a afetar os profissionais de auditoria desde há lar-
gos anos, sendo responsáveis pelo ambiente de críticas e litígio, movido por parte de tribunais, políti-
cos, imprensa e pela sociedade, contra os auditores, relativamente à sua qualidade e ao seu desem-
penho.
Dentro da classe contábil, entende-se que esse não é o objetivo principal da auditoria, podendo, as
fraudes e erros virem a serem detectadas no decurso dos trabalhos, como conseqüência das averi-
guações de controles internos e demais procedimentos técnicos.
O que compete realmente ao auditor é, ao se deparar com sinais que o alertem para possíveis erros
ou fraudes, despender todos os esforços necessários a averiguações do assunto e, ao constatar er-
ros relevantes ou fraudes, emitir relatórios e encaminhá-lo à administração da entidade inclusive su-
gerindo correções.
Ainda sob esse aspecto, surge a reflexão acerca do papel da auditoria e sua responsabilidade diante
do quadro econômico e social pelo qual a sociedade passa.
Apesar de a auditoria ter conhecido importantes mudanças nos últimos anos à confiança no seu de-
sempenho não é uma questão recente. A pressão das forças econômicas que acompanha a profissão
de auditoria desde os seus primórdios bem como a sua adaptabilidade à realidade econômica e às
exigências da sociedade tem originado o seu desenvolvimento.
A auditoria surgiu no mesmo momento em que a propriedade dos recursos financeiros e a responsa-
bilidade da sua aplicação à produção deixaram de estar ao cuidado de uma única pessoa, como
ocorre naturalmente quando uma instituição adquire um determinado tamanho e grau de responsabili-
dade.
Atualmente, a auditoria é concebida num ponto de vista mais restrito, consiste na comprovação da
veracidade da informação contida na demonstração financeira e apenas nasce na Europa depois da
Revolução Industrial, já em pleno século XIX.
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, especificamente, a NBC T11, aprovada pela
Resolução CFC nº 820, de 17 de dezembro de 1.997, é que trata da auditoria independente das de-
monstrações contábeis. "Auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimen-
tos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante aos Prin-
cípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for perti-
nente a legislação específica".
A partir desse conceito, vê-se que um trabalho de auditoria é o de expressar uma opinião indepen-
dente acerca da fidedignidade das demonstrações contábeis de uma empresa.
Para a execução do trabalho de auditoria são realizados procedimentos técnicos com vista á obten-
ção de evidências que servirão de base para a formação da opinião do auditor quanto ás demonstra-
ções contábeis da empresa.
Assim sendo, é importante ressaltar que, dentro desse trabalho o estudo e a avaliação dos controles
internos devem ser realizados com o maior rigor, pois a dimensão do trabalho está intrinsecamente
ligada ao grau de confiabilidade desses controles.
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IDENTIFICAÇÃO DE FRAUDE E ERROS NA ESCRITA
A metodologia contábil bem manipulada por componentes profissionais, mediante análises dos fatos
econômico-financeiros, permite à administração conhecer o que:
ACONTECEU =>DEVERIA TER ACONTECIDO => ACONTECERÁ => DEVERIA ACONTECER =>
PODERÁ ACONTECER.
Antes de elaborar o plano ou programa que nos guiará nos trabalhos de auditoria, é necessário ob-
servar como se encontram os controles da empresa.
Quanto menor o controle, mais cuidado será exigido na execução das tarefas.
O controle interno de uma empresa é definido como um plano de organização e o conjunto de méto-
dos e medidas adotados pela empresa para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e o grau de
confiança de seus dados contábeis, bem como promover a eficiência operacional. A grande relevân-
cia do controle interno é que precisa possuir qualidade, já que uma de suas funções é a de prevenção
contra erros e fraudes.
Por controles internos entendemos todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, fis-
calização e verificação administrativa, que permitam prever, observar, dirigir ou governar os aconteci-
mentos que se verificam dentro da empresa e que produzam reflexos em seu patrimônio. (FRANCO,
2001, MARRA, 2001, p. 267).
A avaliação dos controles internos está normalizada na Resolução CFC nº 820/97, sendo importante
destacar que apesar de ser responsabilidade da administração da empresa, compete ao auditor su-
gerir melhorias caso considere necessário, já que é a continuidade da entidade que está em jogo.
Ainda segundo a Resolução CFC nº820/97, o auditor deve efetuar o estudo e avaliação do sistema
contábil e de controles internos da entidade, com base para determinar a natureza, oportunidade e
extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria, considerando:
Alguns pesquisadores sugerem que ao avaliarem controles internos, os auditores utilizem questioná-
rios que poderão servir de roteiro para a realização dessa tarefa.
Os principais pontos a serem observados pela auditoria, referem-se à avaliação do ambiente de con-
trole existente e á avaliação dos procedimentos de controle adotadas, devendo o auditor levantar res-
postas para questões como: as relacionadas com a integridade e competência da administração; sua
estrutura organizacional; existência de segregação de funções e política de pessoal; existência de
transações anormais; a forma de execução das tarefas dentro da entidade, incluindo aí a elaboração
das demonstrações contábeis, revisões e conciliações de contas, inspeções físicas, arquivo de docu-
mentos e a segurança do sistema de informação computadorizado adotado entre outras.
Nos itens relacionados acima, observa-se que todas passam por questões extremamente importan-
tes: qualidade do pessoal e planejamento e controle da execução de atividades.
A par da questão de planejar e controlar, a empresa deve tomar cuidado com a segregação de fun-
ção, às vezes, o funcionário é antigo de inteira confiança que faz desnecessário ou excesso de zelo
tal medida. É de vital importância separar as funções de autorizar transação, executá-las, registrá-las
e contabilizar seus resultados.
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IDENTIFICAÇÃO DE FRAUDE E ERROS NA ESCRITA
Não segregar as funções pode oferecer oportunidades para fraudes e erros, a que nem sempre as
pessoas conseguem resistir, principalmente aquelas que não possuem formação ética, e àquelas que
executam suas atividades com o mínimo de atenção.
O destarte principal da auditoria não é a detecção da fraude, mas sim o de emitir uma opinião quanto
à veracidade das demonstrações contábeis; no entanto, na execução do trabalho poderão ser detec-
tados erros ou fraudes, cabendo ao auditor o dever de comunicar á administração da empresa, bem
como seus reflexos nas demonstrações contábeis, incluindo também sugestões de correções.
A NBC T11 define fraude e erro:
Erro: o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elabo-
ração de registros e demonstrações contábeis.
Ao verificar indícios de fraude ou erro, cabe ao auditor averiguar as diligências da situação, reali-
zando todos os procedimentos cabíveis, a fim de obter as evidências necessárias sobre o assunto.
Sá (1998, p.51) afirma que o auditor localiza, relata a correção dos erros, mas não é sua responsabili-
dade a execução da correção.
Os erros intencionais ou fraudes podem ser cometidos para: subtrair mercadorias, matérias-primas,
produtos e resíduos; subtrair dinheiro, subtrair títulos, iludir o fisco, evitando o pagamento de impos-
tos, dissimular atos sujeitos a penalidades, encobrir falta de terceiros, alterar resultados para usufruir
maiores percentagens em lucros, simular ocorrências, iludir a opinião de acionistas e autoridades mo-
netárias, etc.
Como se observam vários são os objetivos para cometerem fraudes nas empresas, por isso se exige
do auditor muita competência, astúcia e ceticismo, para que, ao deparar com possíveis sinais de frau-
des, tenha a capacidade de desmascará-las.
Diante disso, pode-se afirmar que alguns setores ou atividades dentro das empresas são particular-
mente passíveis de fraudes e erros merecem especial atenção do auditor no que se refere à verifica-
ção dos controles internos e a possíveis indícios de esquemas, a saber:
Setor financeiro: compreendem o caixa efetivamente, bancos, contas a pagar e a receber, merece a
averiguação minuciosa quanto a repetitivos endossos de cheques, reclamações de clientes que afir-
mam estar sendo cobrados indevidamente, pagamentos de fornecedores em duplicidade, saldos de
contas contábeis antigos e sem movimentação, documentos suspeitos e que pareçam ser forjados ou
ter sofrido adulterações, etc;
Compras: relacionamento com fornecedores são extremamente difíceis de controlar, pois o esquema
de fraude pode efetuar-se mediante repasse de recursos para contas bancárias do fraudador, ou até
mesmo em dinheiro, como também pode ocorrer por meio de privilégios e presentes desconhecidos
pela empresa, etc;
Vendas: podem ocorrer situações de descontos e prazos não usuais, concessão de créditos indevi-
dos, etc;
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IDENTIFICAÇÃO DE FRAUDE E ERROS NA ESCRITA
Os setores e atividades descritos acima normalmente são cenários de fraudes que beneficiam funcio-
nários das empresas. No entanto também podem, e o auditor deve ficar bastante alerta para isso
também, ocorrer situações de esquemas montados para o beneficiamento da empresa, nos quais
normalmente o prejudicado é o fisco.
Nesse caso, a auditoria precisa ser muito cuidadosa, possuir conhecimento profundo do negócio do
cliente e da legislação, para se certificar de que os procedimentos contábeis utilizados estão em con-
formidade com os princípios fundamentais de contabilidade e a legislação pertinente.
Tal posicionamento gera opiniões divergentes, uma vez que a fraude não é o objeto precípuo da audi-
toria, mas por outro lado, no momento atual, na tentativa de manutenção e expansão de mercados,
esse trabalho pode vir a agregar valor à auditoria, merecendo, dessa maneira, estudos mais aprofun-
dados.
A detecção de fraudes não é tarefa simples de se realizar, até porque pessoas que esquematizam
fraudes normalmente são pessoas muito inteligentes e que tentam preservar-se de quaisquer sus-
peita, utilizando-se, para tal fim, de vários meios, inclusive as facilidades que a tecnologia trás. Em
contrapartida a detecção do erro, é mais simples, porque o erro vem sempre seguido de falhas, fi-
cando evidente que houve o erro devido à ignorância por parte de quem efetuou ou desenvolveu.
Se a responsabilidade da detecção de fraudes deve ser ou não, o foco do trabalho do auditor, isso é
irrelevante do ponto de vista do usuário externo. Ao se deparar com auditoria, principalmente, com
leigo no assunto, a primeira idéia que transmitem é a de que o auditor é aquela pessoa que irá desco-
brir falcatruas, desvendar esquemas de corrupção, apropriação indébita e malversação de recursos.
A grande maioria da sociedade não conhece as verdadeiras responsabilidades do auditor, não sabe
realmente qual a finalidade da auditoria, gerando ás vezes insatisfações e questionamentos em rela-
ção ao trabalho executado.
Dessa forma, entende-se que a auditoria, quando exercida com competência e seriedade, estará con-
tribuindo para uma boa gestão tanto empresarial como pública. Assim sendo, é necessária, que se
reflita profundamente quanto ao papel do auditor, sua obrigação atual e metas que deseja atingir,
mas, acima de tudo, do que não se pode prescindir, nesta profissão, é do exercício da ética e da res-
ponsabilidade social.
Verificou-se por meio desta pesquisa, que os controles internos são vitais para resguardar a empresa
quanto a esquemas de fraudes e erros. No entanto, a valorização, motivação e conscientização de
seus funcionários são fatores igualmente relevantes.
É preciso entender que o bom funcionamento dos controles internos depende da eficiência e eficácia
das pessoas que os planejam e executam, e, nesse sentido, é cabível ressaltar que as pessoas estão
sujeitas a pressões internas ou externas.
Outro aspecto relevante, também abordado neste artigo, é a questão do papel do auditor na avalia-
ção dos controles internos, pois, no decorrer desse trabalho, é que as fraudes e erros podem vir a se-
rem descobertas, dependendo muito de sua perspicácia para identificar áreas vulneráveis ou fatos
suspeitos.
Constata-se assim que, mesmo que a detecção de fraudes e erros não seja o ponto principal de uma
auditoria, esse assunto precisa ser tratado com muito profissionalismo e competência, devendo ser
realizadas as averiguações e obtidas as evidencias, elaborando-se conseqüentemente, relatório à ad-
ministração.
É importante, também que se reflita quanto à visão que os usuários externos têm da auditoria, já que
por desconhecimento do assunto, na maioria das vezes, se exige mais do auditor do que lhe compete
fazer.
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IDENTIFICAÇÃO DE FRAUDE E ERROS NA ESCRITA
Nesse sentido, além de estudar o cenário atual, o auditor precisa repensar os objetivos de seu traba-
lho, as necessidades dos usuários e sua responsabilidade para que desta maneira ocorra avanço na
profissão.
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AUDITORIA FISCAL E NFE
Antes de começarmos a falar sobre as melhores práticas de escrita fiscal, vamos esclarecer o que é
escrita fiscal. A escrita fiscal é um conjunto de documentos fiscais e outras informações que se fazem
necessárias pelo fisco e registros de apurações de impostos por um determinado contribuinte. Este
arquivo deverá ser entregue mensal pelo empreendedor e somente é obrigatório para os contribuintes
do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e do IPI, onde não se enquadram os
optantes pelo regime do Simples Nacional.
Estamos vivendo um avanço tecnológico e, nos dias atuais, uma das maiores armas é a internet.
Com a chegada da tecnologia, uma das melhores práticas é usar a Escrita Fiscal Digital.
A Escrita Fiscal Digital nada mais é que um arquivo digital contendo um conjunto de informações res-
ponsáveis pela tributação das empresas, sendo que esse arquivo deve ser entregue, conforme men-
cionado anteriormente, mensalmente, ou seja, todo mês cabe ao empreendedor entregar seu arquivo
digital.
O arquivo deverá ser gerado e entregue com todas as informações que o Fisco, a Receita Federal e
os demais órgãos de fiscalização fizerem necessários obter. Para isso, deve-se seguir as orientações
das normativas técnicas da EFD (Escrituração Fiscal Digital), assinada e transmitida, por meio
do Certificado Digital, via internet ao ambiente SPED (Sistema Público de Escrituração Digital).
A título de curiosidade, a EFD é um dos projetos que veio para somar forças ao PAC do Governo Fe-
deral em 2007 e, de forma aleatória, avançou na informatização da relação entre o fisco e os contri-
buintes (empreendedores).
Ao contrário do que é a escrituração contábil digital, gerada todo ano com as informações contábeis
do ERP, a ECF exige um detalhamento e um formato diferenciado das informações de origem contá-
bil e fiscal para apuração dos impostos e contribuições sobre o lucro líquido. Uma grande dor de ca-
beça para as empresas não é a mudança proposta, mas sim o seu nível de detalhamento.
Antes, a equipe fiscal digitava resumidamente os dados, agora terá que alimentar um arquivo eletrô-
nico que realiza o cruzamento de dados contábeis, além de ser um rastreador de informações. Impor-
tante ainda saber que na ECF os dados informados são de responsabilidade da Receita fazer a apu-
ração dos números, a partir das informações que as empresas, escritórios e contabilidades informa-
rem nos arquivos.
Outro grande parceiro é a implantação de um sistema, que visa à alimentação de tais dados sem que
haja o esquecimento de nenhum deles, para que sejam entregues todas as informações necessárias
em tempo hábil. Podemos considerar que o grande sucesso de uma boa gestão fiscal é a interação e
união entre ferramentas e capacitação.
A auditoria fiscal pode ser um procedimento de prevenção ou correção realizado nas empresas com o
objetivo de identificar falhas e erros executados de forma intencional ou acidental que acabam refletindo
no recolhimento de seus tributos. Por meio dela é possível encontrar acúmulos de contingências tribu-
tárias e identificar se existem pendências ou vantagens fiscais que não estão sendo aproveitadas.
Este procedimento se baseia na apresentação de documentos ao órgão fiscalizador para que ele possa
averiguar todas as questões fiscais que envolvem a empresa. Assim, quando são encontradas falhas,
a empresa pode responder por elas.
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AUDITORIA FISCAL E NFE
Elaboramos este artigo com o objetivo de apresentar as possíveis consequências de erros na apresen-
tação da documentação em casos de auditoria fiscal. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto.
O erro mais comum que é descoberto quando uma empresa passa por uma auditoria fiscal é a não
apresentação de notas fiscais, causada pela falha no armazenamento desses documentos.
Muitos empresários confundem essa questão. Eles guardam apenas o Documento Auxiliar da Nota
Fiscal Eletrônica (DANFE) e esquecem que o item hábil para a comprovação de uma NF-e é o arquivo
XML, sendo ele o documento que deve ser arquivado.
De fato, os DANFEs também podem ser armazenados por um tempo para facilitar o acesso às infor-
mações contidas nas notas fiscais, mas a não apresentação do arquivo XML pode gerar multas para a
empresa em casos de auditorias. Para solucionar essa questão, é possível contar com o auxílio de sof-
twares que realizam a gestão eletrônica de notas fiscais e o armazenamento de arquivos XML.
Além das consequências causadas pelo armazenamento incorreto e perda de notas fiscais, algumas
empresas sofrem sansões pela falta delas. A nota fiscal, na maioria dos casos, é o documento hábil
para a comprovação de despesas e, principalmente, receitas. Por meio dela, os órgãos fiscalizado-
res têm acesso ao faturamento de uma empresa. Como este é o fator principal da fixação da base de
cálculo dos tributos, caso elas não sejam emitidas a empresa pode sofrer sansões graves.
Alguns auditores podem entender que você está tentando esconder as receitas de vendas ou prestação
de serviços auferidas com o objetivo de diminuir os impostos pagos pela empresa. A solução para essa
questão é simples: você deve emitir notas fiscais em todas as saídas que ocorrerem em seu negócio.
Até agora tratamos exclusivamente de consequências sofridas pelas empresas relacionadas às notas
fiscais. Isso ocorre porque esse documento é o principal foco dos auditores.
Além de haver penalizações em casos de não emissão de notas fiscais, também há quando são en-
contrados erros na emissão ou registro delas. Não raro, encontramos documentos cancelados, que
geraram créditos tributários, sendo registrados pelo setor fiscal de um negócio.
Esse erro pode ser considerado uma tentativa de evasão fiscal, uma vez que, você aproveitaria o cré-
dito de uma NF-e que simplesmente não existe mais. Esse problema pode ser resolvido facilmente com
a utilização de um sistema que realiza a busca de arquivos XML ativos na base de dados do portal da
nota fiscal eletrônica.
Outro erro muito comum é a falha no preenchimento desses documentos fiscais. Portanto, é importante
que você invista em treinamentos de reciclagem e capacitação para os colaboradores que atuam nessa
área da empresa.
Outro erro grave que pode resultar em sansões para a empresa em casos de auditoria fiscal é registrar
transações que afetam a base de cálculo de apuração dos tributos sem que esses fatos tenham a
devida comprovação por meio de notas fiscais, boletos, duplicatas ou demais documentos.
Nesses casos, ou auditor fiscal pode entender que você está incorrendo em fraude, com o objetivo de
esconder ou diminuir os tributos que seriam deduzidos da instituição.
Atualmente, as demonstrações contábeis são peças completamente dependentes umas das outras.
Por exemplo, a declaração do imposto de renda, realizada por meio da Escrituração Contábil Fiscal
(ECF), carrega os dados da Escrituração Contábil Digital (ECD) que comporta o balanço patrimonial e
demonstração de resultados da empresa.
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AUDITORIA FISCAL E NFE
Tudo isso foi possível graças à criação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), temido por
muitos empresários espalhados pelo país. Assim, é perfeitamente possível que os órgãos fiscalizadores
encontrem falhas entre as duas demonstrações e autue a empresa por esse motivo.
Este é apenas um exemplo. Os órgãos fiscalizadores possuem diversas formas de amarrar as informa-
ções encaminhadas a eles e realizar cruzamento de dados para encontrar divergências em procedi-
mentos de auditoria fiscal.
Outra falha que pode ser detectada em um processo de auditoria fiscal está relacionada ao quadro
societário e administrativo de uma empresa. Não é difícil encontrarmos negócios em que o gestor não
possui vínculo nenhum com a empresa, ou seja, não consta no quadro societário, contrato social ou
registrado como funcionário.
Esse é um erro comum, porém, extremamente condenável aos olhos dos auditores fiscais. Eles podem
entender que a empresa está tentando “proteger” o patrimônio desse “gestor oculto” de modo que ele
não responda por nada caso exista alguma sansão fiscal decorrente de uma auditoria.
Sendo assim, é imprescindível que todos os responsáveis pela gestão e administração de um negócio
possuam vínculos, contratuais ou trabalhistas, com a empresa. Isso mostra aos órgãos fiscalizadores
que essas pessoas são responsáveis pelos atos praticados no âmbito empresarial e, como tal, estão
abertos a corrigir e reparar erros que podem ser convertidos em autuações e sansões fiscais.
Além disso, essa prática divide a responsabilidade pelos atos praticados dentro da empresa por todos
os responsáveis por ela.
Os erros na apresentação de dados e documentos para os processos de auditoria podem ser conside-
ravelmente reduzidos se uma empresa possuir sistemas de gestão financeira, fiscal e contábil eficientes
que façam a organização, integração e gestão de todas as movimentações realizadas.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Testes Em Auditoria
Um dos principais aspectos em trabalhos de auditoria é a correta aplicação de testes para que o
auditor obtenha maior segurança na emissão de sua opinião demonstrada através do parecer.
Considerando que atualmente é praticamente impossível a verificação da totalidade das operações
de uma organização, é imprescindível a realização do trabalho baseado em testes de auditoria.
Diante desta situação, abordaremos neste artigo os tipos de testes que a doutrina relativa ao assunto
consagrou como sendo os adequados, fornecendo aos leitores uma visão com aplicação prática
desta importante ferramenta da auditoria.
Introdução
Considerando que a atividade de auditoria não se propõe a verificar a totalidade dos fatos ocorridos
em uma organização, pois caso isto ocorresse necessitaria de um contingente muito grande de
pessoas, e provavelmente os resultados levariam muito tempo para serem repassados aos
interessados, a auditoria necessitar fazer revisão à base de testes.
Estes testes podem ter um componente estatístico, ou não, dependendo dos objetivos que o auditor
esteja perseguindo.
Quando falamos em controle, o assunto é do domínio através do senso comum, uma vez que todos
nós temos algum tipo de controle em nossas vidas, evitando o desperdício de recursos.
Na fase inicial do desenvolvimento das técnicas de auditoria, surgiram muitas dúvidas, principalmente
relacionadas com a amplitude dos testes. A principal delas era a seguinte: O auditor para dar sua
opinião sobre um determinado fato teria que examinar todos os lançamentos contábeis/operações
referentes àquilo que está sendo examinado?
Em primeiro lugar, o auditor deve se preocupar com erros que, individualmente ou cumulativamente,
possam levar a uma interpretação errônea de um fato, por parte de quem os está analisando.
Portanto, o valor desses erros teria de ser significativo em relação às operações.
O risco da ocorrência de erros em uma empresa que possuí um bom sistema de controle interno, é
muito menor do que uma empresa com um sistema de controle interno ruim. O auditor utiliza o
sistema de controle interno da empresa para determinar a amplitude dos testes de auditoria.
Estes testes serão abordados agora, procurando demonstrar a caracterização de cada um deles, bem
como a oportunidade de empregá-los nas atividades de auditoria.
De acordo com CREPALDI (2000), inclusive ratificada por instruções do Conselho Federal de
Contabilidade, existem globalmente dois tipos de testes em auditoria, a saber:
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Teste De Observância
A aplicação destes testes requer muita atenção e acuidade do auditor, e normalmente são aplicados
sem que os envolvidos no processo auditado percebam, pois caso isto fosse notado, certamente
fariam o correto, pelo menos na frente do auditor.
Teste Substantivos
Este tipo de teste é empregado pelo auditor quando ele deseja obter provas suficientes e
convincentes sobre as transações, que lhe proporcionem fundamentação para a sua opinião a cerca
de determinados fatos.
– Avaliação e aferição: que os itens que compõem determinada transação/registro tenham sido
avaliados e aferidos corretamente.
Os testes substantivos são imprescindíveis em trabalhos de auditoria uma vez que é através da
aplicação correta destes que o auditor obtém evidências sobre os saldos, e ou transações
apresentadas pela empresa.
Renomados autores de auditoria têm debatido sobre a extensão dos exames que devem ser
realizados, sem no entanto terem chegado a conclusões pacíficas no que tange a abrangência dos
testes.
Uma questão tão controversa como esta, é pendente de uma série de variáveis que influenciam nos
exames de auditoria, tais como: número de transações, número de auditores, tempo da auditoria,
relevância dos itens a examinar entre vários outros fatores.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Revisão integral;
Revisão analítica.
Revisão Integral
Este tipo de verificação compreende o exame de todos os registros, bem como a análise de todos
os controles internos de uma entidade que respaldaram determinada transação.
Equivale a uma perícia quanto a sua abrangência, e é praticamente impossível ser aplicada por
auditores externos, e raramente é aplicada por auditores internos.
O custo de uma auditoria desta natureza tem valor elevado, considerando que uma equipe de
auditores estaria o tempo todo se dedicando ao exame de uma única área, o que é muito raro
acontecer.
Este tipo de auditoria aplica-se mais quando há indícios de fraudes, onde aí sim deve ser examinada
a totalidade das operações, buscando identificar o “modus operandi” de como a fraude se processa
na organização.
A auditoria por testes, ou por amostragem, compreende o exame de determinada porcentagem dos
registros, dos documentos ou dos controles, considerada suficiente para que o auditor faça seu juízo
sobre a exatidão e a legitimidade dos elementos examinados.
A profundidade dos exames é determinada pelo auditor, e varia de acordo com a maior ou menor
confiança que ele deposita no sistema de controles internos da empresa.
O que distingue a revisão integral da auditoria por testes, é a amostragem, considerando que quando
as empresas eram menores, e com poucas operações era possível a verificação de 100% das
transações, fato que hoje em dia é muito raro em razão do custo da auditoria, da complexidade e
volume das operações.
Nos testes de auditoria realizados por amostragem, o auditor poderá utilizar-se da amostragem
estatística ou aleatória, dependendo das circunstâncias e finalidades dos exames que serão
realizados.
Por amostragem estatística, entende-se àquelas que necessitam de cálculos tais como: média,
mediana, moda, desvio padrão, regressão linear, entre outros elementos da estatística na aplicação
dos cálculos de amostragem.
Revisão Analítica
Quando o auditor constata a existência de alguma deficiência relevante nos controles internos, ou
quando através de teste de auditoria, ele detecta erros nos registros contábeis ou na documentação
em que ele se apóia, sentindo a necessidade de aprofundamento em seus exames, ele estará
aplicando procedimentos de revisão analítica.
A revisão analítica consiste no exame profundo e minucioso de todo o fluxo de controles internos e de
exame analítico das operações de determinada natureza ou de certo período do ano, neste caso
confundindo-se com a revisão integral.
A revisão analítica de todas as transações de um período pode consistir, por exemplo, na conferência
de todos os documentos de caixas e bancos confrontando os registros contábeis com os documentos
originais, a fim de constar possíveis irregularidades.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
A revisão analítica constitui uma forma essencial de teste substantivo. As técnicas empregadas
constam de análises de flutuações, de índices financeiros, de tendências, dentre outros indicativos,
utilizando-se principalmente de técnicas empregadas em análise das demonstrações financeiras.
Para que o assunto torne-se amistoso para iniciantes, procuraremos explorar o tema com pequenos
exemplos, os quais serão a seguir explorados.
Existe um procedimento interno estabelecido por uma empresa, que prevê que a cada recepção de
mercadorias/produtos, o responsável pelo almoxarifado confronte os dados da nota fiscal de compra
com a ordem de compra.
Quando o auditor constata que há o confronto da nota com o pedido, ele está aplicando o teste de
observância, porém não está sendo levado em consideração, se de fato está existindo a conferência
dos dados dos documentos correlacionados, fato este que se aplicado pelo auditor, enquadra-se na
segunda categoria de testes, os quais recebem o nome de testes substantivos.
Em uma outra situação, por exemplo, o auditor acompanha a rotina de registro de um colaborador,
observando que há o cumprimento das obrigações trabalhistas, porém somente poderá verificar se
esta contratação atende às normas internas, se aplicados os testes substantivos. Neste sentido,
poderia haver a contratação de uma pessoa que era parente de funcionários da empresa, onde a
legislação trabalhista não faz óbice à esta situação, porém poderia estar indo contrário a
determinações internas, caso fosse proibida contratações desta natureza.
O equilíbrio a ser atingido na combinação dos testes de observância com os testes substantivos
depende de diversos fatores e circunstâncias. Entretanto, as seguintes generalizações são
apropriadas na maioria dos casos:
– Se os controles internos são fortes, a combinação dos procedimentos normalmente deve favorecer
os testes de observância e os testes substantivos analíticos;
– Se os controles internos são fracos, a combinação dos procedimentos deve normalmente favorecer
os testes substantivos mais extensos, tanto os analíticos como os de detalhes;
– O tamanho da amostragem de todos os testes normalmente deve ser maior quando os controles
internos são fracos.
Conceituação
Técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para reunir todas as
evidências necessárias para a emissão de um parecer bem fundamentado. As técnicas não são
provas entre si: elas proporcionam a obtenção das provas necessárias para o auditor emitir sua
opinião.
Todo o trabalho de auditoria é sustentado por um conjunto de normas técnicas que recebem o nome
de Normas de Auditoria Geralmente Aceitas no Brasil ou Normas Usuais de Auditoria.
Procedimentos De Auditoria
São o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e
adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas, e abrangem
testes de observância e testes substantivos.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Objetivos
Responsabilidade Do Auditor
Quando a correlação puder ser verificada relativamente á fonte externa, ela proporciona maior grau
de confiança do que quando verificada na própria empresa;
O conhecimento direto e pessoal, obtido pelo auditor por meio de verificações físicas, observações,
cálculos e inspeções, oferece maior segurança do que as informações colhidas indiretamente.
“A opinião formada pelo auditor precisa estar apoiada em bases sólidas, alicerçada em fatos
comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis”.
Dessa forma, o auditor precisa adotar algumas posturas, tais como:
Ser seu próprio controlador-atuar como fiel da balança, não chegar a conclusões precipitadas devido
à falta de substância das provas colhidas ou à interferência de pontos de vista diferentes dos seus.
Cada prova obtida tem que ser adequadamente pesada-avaliar cada elemento quanto à sua
objetividade, importância, validade e confiabilidade.
Obtenção de provas-a dificuldade ou o custo da prova a ser obtida não deve ser impedimentos para
não obtê-la, a menos que o auditor a julgue desnecessária. Caso obtenha provas concretas
suficientes que o convençam, tem que estar seguro para convencer, por outro lado, pessoas que não
estejam ligadas ao fato.
Extensão E Profundidade
A complexidade e o volume das operações realizadas pelas empresas fazem com que os
procedimentos de auditoria sejam aplicados por meio de provas seletivas, testes e amostragem.
Dessa forma, cabe ao auditor, com base nos elementos de juízos de que disponha, determinar o
número e a profundidade de operações a serem examinadas, de forma a obter elementos de
convicção que sejam válidos para o todo.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Os seguintes elementos devem ser analisados pelo auditor para exercer seu juízo à luz de elementos
palpáveis:
O uso de amostragem estatística têm sido, em alguns casos, considerado vantajoso. O emprego
dessa prática não restringe o julgamento do auditor, mas fornece fórmulas estatísticas para a
medição dos resultados obtidos, que, de outro modo, poderiam não ser considerados.
Os padrões reconhecidos de auditoria exigem que, em cada exame, o nível do trabalho seja
adequado para fundamentar um parecer competente. Isso não significa que o nível de teste em
profundidade e extensão deva ser o mesmo, para cada caso, tampouco significa que deva ser igual
de um ano para outro.
Oportunidade
Técnicas De Auditoria
Para colher as evidências que lhe proporcionem atestar a fidedignidade das demonstrações
contábeis, o auditor emprega vários métodos, chamados de técnicas de auditoria.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Dessa forma, o exame físico compreende contagem, identificação, verificação de pleno uso e
qualidade do bem. A efetividade de aplicação dessa técnica limitada a bens corpóreos ou que
possam ser objeto de qualquer prova tangível de sua existência. Sua utilidade abrange a coleta de
evidências sobre os bens integrantes do ativo permanente, estoques, numerários em mãos, títulos
negociáveis e outros valores mobiliários.
A existência física serve para determinar que os registros contábeis estão corretos e seus valores
adequados, em função da qualidade do item examinado.
É utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de correspondência (carta), bens de propriedade da
empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações.
O documento com a declaração deve seguir diretamente para o auditor, sem interferência da
empresa auditada. O pedido de informações a fonte externa deve ser preparado por um funcionário
da empresa, sob a atenta supervisão do auditor. Essa técnica permite reunir evidências sobre a
fidedignidade dos saldos das contas a receber e a pagar, saldos bancários, contas de empréstimos,
estoques em poder de terceiros, passivos contingentes, coberturas de seguros e credores em geral.
Data-base de confirmação;
Amplitude do teste de confirmação;
Tipo de confirmação a ser empregado.
O auditor seleciona os saldos sobre os quais ele julga necessário obter confirmação. São usados
formulários impressos para os pedidos de confirmações. O cliente prepara as cartas com o pedido de
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
confirmação, assina e as envia ao auditor, para aprovação final. O auditor confere o nome da fonte
externa, endereço, valores e outros detalhes, de forma a evitar qualquer problema que possa
provocar resposta incorreta.
O auditor coloca a carta no envelope com os dados do destinatário, tendo cuidado de indicar seu
endereço como remetente, para a eventualidade de devolução por incorreção de endereço ou nome
da fonte consultada. O auditor também põe a correspondência no correio, tarefa esta que pode ser
deixada por conta do cliente.
O auditor deve anexar ao pedido de confirmação um envelope de porte pago, contendo seu nome e
endereço, para assegurar que a resposta será enviada diretamente a seu escritório, sem qualquer
interceptação.
Ao receber as respostas, o auditor concilia as informações assim obtidas com os registros contábeis
do cliente, analisando minunciosamente qualquer discrepância.
A falta de resposta pode ensejar a repetição do pedido. Persistindo o fato, o auditor após autorização
do cliente, pode dirigir-se pessoalmente à fonte externa, afim de obter a confirmação desejada.
As confirmações de contas do ativo indicam sempre o valor do saldo na conta desejada, de acordo
com os registros do cliente e sua composição, solicitando-se à fonte externa confirmação para estes
dados. As circularizações de contas passivas não devem trazer indicação do valor devido conforme
os livros, ou a natureza do débito, solicitando à fonte externa que preste esse tipo de informação.
Tipos De Confirmação
Circularização positiva; e
Circularização negativa
Após a seleção dos itens a serem confirmados, o auditor deve exercer controle rigoroso quanto ao
despacho dos pedidos de confirmação e o efetivo recebimento das respostas. Dessa forma, o auditor
deve manter as seguintes informações:
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Revisão detalhada pelo auditor, da datilografia, quanto ao nome e endereço da pessoa selecionada,
data-base do pedido de confirmação e as assinaturas autorizadas.
Envelopamento das circulares, colocação do envelope de retorno (carta resposta porte pago),
selagem e postagem;
Com relação à confirmação positiva, o auditor deve envidar esforços para a obtenção de uma
resposta, utilizando o 1º pedido de confirmação, o 2º pedido de confirmação ou a confirmação
pessoal pessoal junto à empresa da qual se queira resposta.
Trata-se de procedimento voltado para a comprovação das transações, que por exigências legais,
comerciais ou de controle são evidenciadas pro documentos comprobatórios destas transações.
Tipos De Documentos
Relatório de despesas;
Boletim de caixa
Mapas demonstrativos (apropriação de custos, depreciação, amortização etc)
Requisição de compras;
Mapa de licitação de compras;
Registro de empregados;
Folha de pagamento;
Livros sociais (atas de reunião de acionistas, conselho de administração, diretoria e conselho fiscal)
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
O exame realizado pelo auditor sobre tais documentos deve atender às seguintes condições:
Nos casos de documentos oficiais, contratos e escrituras, verificará se existe o registro em órgão
competente, que lhe dá validade insuspeita.
Inspeção
Tendo contato íntimo com os documentos, o auditor adquire conhecimento importante sobre os
negócios realizados pela empresa, o que lhe permite identificar situações não usuais ou
problemáticas, com certa antecipação. Muitos enganos e irregularidades são descobertos durante a
aplicação desta importante técnica de coleta de evidências.
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FUNÇÕES BÁSICAS DE SGBD
Fundamentos SGBD
Controle de Redundância;
Compartilhamento de Dados;
Múltiplas Interfaces;
Recuperação de falhas.
Informações de clientes
Informações de inventário
Registros pessoais
Informações da biblioteca
As Vantagens de Um SGBD
Maior disponibilidade: Uma das principais vantagens de um SGBD é que a mesma informação pode
ser disponibilizada a utilizadores diferentes, ou seja, compartilhamento de dados.
Redundância minimizada: Os dados de um SGBD são mais concisos, porque, como regra geral, a in-
formação nela aparece apenas uma vez. Isto reduz a redundância de dados, ou em outras palavras,
a necessidade de repetir os mesmos dados uma e outra vez. Minimizando a redundância pode, por-
tanto, reduzir significativamente o custo de armazenamento de informações em discos rígidos e ou-
tros dispositivos de armazenamento.
Precisão: dados precisos, consistentes são um sinal de integridade dos dados. SGBDs fomentam a
integridade dos dados, porque as atualizações e alterações dos dados só tem que ser feitas em um
só lugar. As chances de se cometer um erro são maiores se você é obrigado a alterar os mesmos da-
dos em vários lugares diferentes do que se você só tem que fazer a mudança em um só lugar.
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FUNÇÕES BÁSICAS DE SGBD
dados. O nível de consistência entre os tabelas e programas também torna mais fácil de gerenciar
dados quando vários programadores estão envolvidos.
User-friendly: Os dados são são mais fáceis de acessar e manipular com um SGBD do que sem ele.
Na maioria dos casos, SGBDs também reduzem a dependência de usuários individuais à especialis-
tas em computação para atender às necessidades de seus dados.
Maior segurança: Como afirmado anteriormente, SGBDs permitem que múltiplos usuários acessem
os recursos dos mesmos dados. Esta capacidade é geralmente vista como um benefício, mas há ris-
cos potenciais para a organização. Algumas fontes de informação devem ser protegidas ou garan-
tida e vista apenas por indivíduos selecionados. Através do uso de senhas, sistemas de gerencia-
mento de banco de dados podem ser usado para restringir o acesso aos dados a apenas aqueles que
devem vê-lo.
Outros: Tempo de desenvolvimento de aplicações é reduzido, Maior flexibilidade para realizar altera-
ções (independência de dados) e Maior economia, informações atualizadas, menor volume de papel.
Catálogo
Um SGBD mantém não apenas o Banco de Dados, mas também uma definição e descrição das
estruturas e restrições (catálogo - metadados)
A existência do catálogo permite que um mesmo SGBD possa ser utilizado para aplicações distin-
tas (o catálogo indica uma estrutura física utilizada)
Independência de Dados
Um SGBD dá aos usuários uma visão abstrata dos dados, encobrindo detalhes não relevantes (o
usuário-desenvolvedor não precisa saber como os dados são fisicamente armazenados).
Compartilhamento e Transações
Controle de concorrência
As Desvantagens de Um SGBD
Existem basicamente duas desvantagens principais em SGBDs. Um deles é o custo, e a outra o pe-
rigo para a segurança dos dados.
Segurança: Mesmo com salvaguardas no lugar, pode ser possível para alguns usuários não autoriza-
dos acessar o banco de dados. Em geral, o acesso de banco de dados é uma proposição de tudo ou
nada. Uma vez que um usuário não autorizado fica no banco de dados, eles têm acesso a todos os
tabelas, e não apenas algumas.
Dependendo da natureza dos dados envolvidos, essas quebras na segurança também pode repre-
sentar uma ameaça à privacidade individual. Cuidados também devem ser tomados regularmente
para fazer cópias de backup das tabelas e armazená-las por causa da possibilidade de incêndios e
terremotos que poderiam destruir o sistema.
Lição de Encerramento
Nesta lição, um sistema de gerenciamento de base de dados foi definida, bem como os seus efeitos e
funções. Um dos aspectos mais poderosos de um SGBD é a capacidade de organizar e recuperar da-
dos a partir de diferentes, mas relacionadas, tabelas. No entanto, usando Bancos de Dados tem suas
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FUNÇÕES BÁSICAS DE SGBD
vantagens e desvantagens. À medida que avançar com a sua carreira, você deve estar ciente das
vantagens e desvantagens que acompanham o uso dessas ferramentas informatizadas. As compen-
sações que temos discutido até agora incluem coisas como a redundância, precisão, acessibilidade e
facilidade de utilização de dados em um SGBD. Ser educado sobre os pontos fortes e fracos de
SGBDs lhe permitirá tomar decisões mais eficazes sobre como organizar e utilizar os dados.
Agora que você completou esta lição, você deve ser capaz de:
Usuários
Todo agrupamento de bancos de dados possui um conjunto de usuários de banco de dados. Estes
usuários são distintos dos usuários gerenciados pelo sistema operacional onde o servidor executa.
Os usuários possuem objetos de banco de dados (por exemplo, tabelas), e podem conceder privilé-
gios nestes objetos para outros usuários controlando, assim, quem pode acessar qual objeto.
Em um ambiente de banco de dados, o recurso primário é o banco de dados por si só e o recurso se-
cundário o SGBD e os softwares relacionados. A administração destes recursos cabe ao Administra-
dor de Banco de Dados, o qual é responsável pela autorização de acesso ao banco de dados e
pela coordenação e monitoração de seu uso. Ou seja ele coordena todas as atividades do sistema de
banco de dados; possui boa compreensão dos recursos de informação da empresa e suas necessi-
dades.
o Definição do esquema
O Projetista de Banco de Dados é responsável pela identificação dos dados que devem ser armaze-
nados no banco de dados, escolhendo a estrutura correta para representar e armazenar dados. Mui-
tas vezes, os projetistas de banco de dados atuam como "staff" do DBA, assumindo outras responsa-
bilidades após a construção do banco de dados. É função do projetista também avaliar as necessida-
des de cada grupo de usuários para definir as visões que serão necessárias, integrando-as, fazendo
com que o banco de dados seja capaz de atender a todas as necessidades dos usuários.
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FUNÇÕES BÁSICAS DE SGBD
Usuários Finais
Existem basicamente três categorias de usuários finais que são os usuários finais do banco de dados,
fazendo consultas, atualizações e gerando documentos:
Usuários casuais: acessam o banco de dados casualmente, mas que podem necessitar de dife-
rentes informações a cada acesso; utilizam sofisticadas linguagens de consulta para especificar suas
necessidades;
Usuários sofisticados: são usuários que estão familiarizados com o SGBD e realizam consultas
complexas.
Os analistas determinam os requisitos dos usuários finais e desenvolvem especificações para transa-
ções que atendam estes requisitos, e os programadores implementam estas especificações como
programas, testando, depurando, documentando e dando manutenção no mesmo. É importante que,
tanto analistas quanto programadores, estejam a par dos recursos oferecidos pelo SGBD.
Tipos de SGBD
SGBDs vêm em muitas formas e tamanhos. Por algumas centenas de dólares ou até mesmo de
forma gratuita, você pode comprar um SGBD para o seu computador desktop. Para sistemas maiores
os SGBDs podem ser muito mais caros. Muitos SGBDs são baseados em mainframe e alugados por
organizações. SGBDs desta escala são altamente sofisticados e seria extremamente caro para de-
senvolver a partir do zero. Portanto, é mais barato para uma organização alugar um programa que
desenvolvê-lo. Uma vez que há uma variedade de SGBDs disponíveis, você deve conhecer algumas
das características básicas, bem como os pontos fortes e fracos, dos principais tipos.
Existem quatro tipos estruturais de sistemas de gerenciamento de banco de dados: hierárquico, rede,
relacional e orientado a objetos.
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FUNÇÕES BÁSICAS DE SGBD
Banco de dados hierárquico, comumente usados em computadores mainframe. É um dos mais anti-
gos métodos de organização e armazenamento de dados, e ainda é utilizado por algumas organiza-
ções para a realização de reservas de viagens. Um banco de dados hierárquico é organizado em
forma de pirâmide, como os ramos de uma árvore se estendem para baixo. Áreas afins ou registros
são agrupados de modo que registros de nível não são mais elevados que outros registros inferiores,
assim como os pais em uma árvore genealógica de família que fica acima das crianças.
Com base nesta analogia, o registo principal no topo da pirâmide é chamada registro raiz. Um registro
de criança sempre tem apenas um registro pai ao qual ele está ligado, como em uma árvore familiar
normal. Em contraste, um registro pai pode ter mais de um registro filho a ele ligado. Bancos de da-
dos hierárquicos trabalham movendo de cima para baixo. A pesquisa de registro é realizada come-
çando pelo topo da pirâmide e indo para baixo através da árvore de pai para filho até que o registro
da criança apropriada seja encontrado. Além disso, cada uma das crianças também pode ser um dos
pais com crianças abaixo dele.
A vantagem de Bancos de Dados hierárquicos é que podem ser acessados e atualizados rapida-
mente porque a estrutura do tipo árvore e as relações entre os registos são previamente definidas. No
entanto, esse recurso é uma faca de dois gumes. A desvantagem deste tipo de estrutura de banco de
dados é que cada criança na árvore pode ter apenas um pai, e os relacionamentos ou ligações entre
as crianças não são permitidas, mesmo se elas fazem sentido do ponto de vista lógico. Bancos de
dados hierárquicos são tão rígidos em seu projeto que a adição de um novo campo ou registro requer
que o banco de dados inteiro seja redefinido.
Bancos de dados de rede são semelhantes aos Bancos de Dados hierárquicos também com uma es-
trutura hierárquica. Existem algumas diferenças fundamentais, no entanto. Em vez de olhar como
uma árvore de cabeça para baixo, um banco de dados de rede se parece mais com uma teia de ara-
nha ou uma rede interligada de registros. Em bancos de dados de rede, as crianças são chamadas
de membros e os pais são chamados proprietários. A diferença mais importante é que cada criança
ou membro pode ter mais de um pai (ou dono).
Como bancos de dados hierárquicos, Bancos de Dados de rede são usados principalmente em com-
putadores mainframe. Como mais conexões podem ser feitas entre diferentes tipos de dados, bancos
de dados de rede são considerados mais flexíveis. No entanto, duas limitações devem ser considera-
das quando se utiliza este tipo de banco de dados. Similar aos bancos de dados hierárquicos, Bancos
de Dados de rede devem ser definidos com antecedência. Existe também um limite para o número de
ligações que podem ser feitas entre os registros.
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FUNÇÕES BÁSICAS DE SGBD
Em bancos de dados relacionais, a relação entre as tabelas de dados é relacional. Bancos de dados
relacionais conectam dados em tabelas diferentes, usando elementos comuns de dados ou um
campo chave. Dados em bancos de dados relacionais são armazenados em tabelas diferentes, cada
uma com um campo chave que identifica cada linha ou registro. Bancos de dados relacionais são
muito mais flexíveis do que as próprias estruturas de dados hierárquicos ou rede. Em bancos de da-
dos relacionais a ligação entre as tabelas são chamadas de relações, as tuplas designam uma linha
ou registro, e as colunas são referidas como atributos ou campos.
Bancos de dados relacionais trabalham no princípio de que cada tabela tem um campo chave que
identifica unicamente cada linha, e que estes campos chave podem ser usados para ligar uma tabela
de dados a outra. Deste modo, uma tabela pode ter uma linha formada por um número de conta de
cliente, tal como o campo chave, juntamente com o endereço e número de telefone.
O número de conta do cliente nesta tabela pode estar ligada a uma outra tabela de dados que inclui
também o número de conta do cliente (um campo de chave), mas, neste caso, contém informações
sobre a devolução de produtos, incluindo um número de ordem (um outro campo de chave).
Este campo chave pode ser ligado a uma outra tabela que contém números de itens e outras informa-
ções do produto, tais como local de produção, cor e outros dados. Portanto, usando esse banco de
dados, as informações dos clientes podem ser ligadoa a informações específicas do produto.
O banco de dados relacional se tornou bastante popular, por duas razões principais. Em primeiro lu-
gar, os bancos de dados relacionais podem ser usados com pouca ou nenhuma formação. Segundo,
as entradas de banco de dados podem ser modificadas sem redefinir a sua estrutura inteira. A des-
vantagem de usar um banco de dados relacional é que a busca de dados pode levar mais tempo do
que se outros métodos são usados.
Capaz de lidar com muitos novos tipos de dados, incluindo gráficos, fotografias, áudio e vídeo, ban-
cos de dados orientados a objetos representam um avanço significativo sobre seus primos. Por outro
lado, uma base de dados de objetos pode ser utilizado para armazenar os dados a partir de uma vari-
edade de fontes de multimídia, tais como fotografias e texto, e produzir como saída um formato multi-
mídia.
Banco de dados orientado a objetos usam pequenos pedaços reutilizáveis de software chamado de
objetos. Os próprios objetos são armazenados no banco de dados orientado a objetos. Cada objeto é
composto de dois elementos: 1) um pedaço de dados (por exemplo, som, vídeo, texto ou gráfico),
e 2) as instruções, ou programas de software chamados métodos, para o que fazer com os dados.
Banco de dados orientados a objeto tem duas desvantagens. Em primeiro lugar, eles são mais ca-
ros para se desenvolver. Segundo, a maioria das organizações estão relutantes em abandonar ou
converter esses bancos de dados que eles já investiram dinheiro no desenvolvimento e implementa-
ção. No entanto, os benefícios para os bancos de dados orientados objeto são convincentes.
A capacidade de misturar e combinar objetos reutilizáveis fornece uma capacidade multimídia incrí-
vel. Organizações de saúde, por exemplo, podem armazenar, controlar e recuperar tomografias,
raios-X, eletrocardiogramas e muitas outras formas de dados cruciais.
Lição de Encerramento
Como vimos, os SGBDs são de várias formas. As diferentes estruturas de SGBDs foram comparadas
e contrastadas num esforço para ajudar a demonstrar seus pontos fortes e fracos. Como um trabalha-
dor do conhecimento, você pode um dia ser convidado a selecionar e tomar decisões sobre um
SGBD. Esta lição fornece um ponto de partida para a compreensão das questões envolvidas.
Agora que você completou esta lição, você deve ser capaz de:
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FUNÇÕES BÁSICAS DE SGBD
Modelo Relacional
Hoje em dia, os novos sistemas de base de dados são quase exclusivamente do tipo relacional.
Databases relacionais substituíram os modelos anteriores porque esses sistemas têm valiosos atribu-
tos que a distinguem como superior. Provavelmente o mais importante é você pode mudar a estrutura
de dados sem alterações nas aplicações. Suponha, por exemplo, que você adicione uma ou mais co-
lunas numa tabela. Você não precisa alterar nenhum aplicativo que o sistema vai continuar a proces-
sar. Claro, se você remover uma coluna que uma aplicação existente utiliza, você vai ter problemas.
Modelos relacionais oferecem flexibilidade estrutural, as aplicações escritas para esse modelo são
mais fáceis de. Essa mesma flexibilidade estrutural permite-lhe recuperar conjuntos de dados que
você pode não tinha previsto precisar antes da concepção.
Veremos agora uma breve descrição dos objetos que compõem um banco de dados do tipo relacio-
nal. Eles serão vistos com mais detalhes a medida em que se aprofundaremos no curso.
Colunas ou São as partes das tabelas que armazenam os dados. Devem receber um tipo
Campos de dados e ter um nome único
Tipos de dados Há vários tipos de dados para serem utilizados como: caráctere, número, data.
Um único tipo de dados é atribuído a uma coluna dentro de uma tabela
Storeds Proce- São como macros em que o código Transact-SQL pode ser escrito e armaze-
dures (procedi- nado sob um nome.
mentos arma-
zenados)
Triggers (gati- São como storeds procedures que são automaticamente ativados quando os
lhos) dados são inseridos, alterados ou apagados. Asseguram que regras de negócio
e de integridade sejam impostas ao banco de dados.
Regras (rules) São atribuídas a colunas de modo que os dados que estão sendo inseridos de-
vem se adaptar aos padrões definidos. Por exemplo, pode-se utilizar regras
para permitir que um campo que irá armazenar a UF contenha somente Esta-
dos válidos.
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FUNÇÕES BÁSICAS DE SGBD
Chaves Primá- Embora não sejam objetos em si, as chaves são essenciais para os bancos de
rias (PK) dados relacionais. Promove a carácterística de unicidade das linhas, proporcio-
nando uma maneira de identificar de forma única cada item que você queira ar-
mazenar.
Chaves Estran- Novamente, não são objetos em si, as chaves estrangeiras são colunas que fa-
geiras (FK) zem referências as chaves primárias de outras tabelas.
Padrões (De- Podem ser configurados em campos de modo que, se nenhum dado for inse-
faults) rido durante uma operação de Insert, os valores padrão serão utilizados.
Views (visuali- Consistem basicamente em consultas armazenadas nos bancos de dados que
zações) podem fazer referência a uma ou muitas tabelas. Você pode criar e salvar views
e utiliza-las no futuro. Normalmente excluem certas colunas de uma tabela e
vinculam duas ou mais tabelas entre si. Podem ser utilizadas também como
mecanismo de segurança.
Índices Podem ajudar os dados de modo que as consultas executem mais rápido
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IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
E SERVIÇOS-ICMS
O Que É O ICMS?
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) é um tributo que incide
sobre a movimentação de mercadorias em geral, o que inclui produtos dos mais variados segmentos
como eletrodomésticos, alimentos, cosméticos, e sobre serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação.
Este imposto incide também sobre a entrada de bens importados do exterior, qualquer que seja seu
fim. O fato de o bem ser objeto de compra e venda ou doação, ter finalidade assistencial ou cultural,
não altera a incidência do ICMS. Apesar da rigidez do tributo, os estados têm direito de estabelecer
convênios para conceder e revogar diversos benefícios fiscais.
Fato Gerador
Sempre que uma mercadoria estiver em transporte de uma localidade para outra, deve-se haver
registro da titularidade e propriedade da mesma através da nota fiscal, porém o simples fato de haver
este registro não é considerado o fator gerador para a instituição do imposto. É necessário haver
mudança da titularidade, ou seja, a mercadoria deve ser vendida e passada para o nome de algum
outro comprador. Desta forma a cobrança do imposto é lícita e o valor devido será arrecadado pelo
estado. Com exceção da energia elétrica e dos derivados do petróleo, o imposto será cobrado no
estado da origem da mercadoria ou serviço.
Logo, o ICMS varia de acordo com cada estado. Por esse motivo, as pesquisas referentes aos
mesmos devem ser levadas em consideração de acordo com a localização.
ou seja,
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IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
E SERVIÇOS-ICMS
A alíquota do ICMS varia em diversos estados do Brasil e também depende do destino e da origem
da mercadoria. Você pode consultar uma tabela de aliquotas do ICMS para saber qual é a
porcentagem que deve incidir sobre a circulação dos produtos e serviços da sua empresa. Utilizar
um Controle de Transportadoras e Estoque Online também pode ajudar a sua empresa nesta tarefa
de separar a origem e o imposto exato de cada produto.
O ICMS é um tributo não cumulativo e dispõe de um sistema de “créditos e débitos de ICMS” para
sua apuração. Mas agora que você já entendeu um pouco o que é ICMS, isso vai virar assunto para
um outro post, aguardem!
Origem Do ICMS
Da Constituição de 1934 surgiu o IVC – Imposto sobre Vendas e Consignações. O IVC possuía
natureza mercantil, onde cada venda era tida como um fato gerador distinto, incidindo em todas as
fases de circulação, do produtor até o consumidor. Era, portanto um imposto com incidência “em
cascata”. Sendo assim, em cada uma das sucessivas vendas de uma mesma mercadoria, a começar
do produtor até o consumidor final, o IVC era exigido, repetidamente sobre a Base de Cálculo integral
(preço da mercadoria).
Pela Emenda Constitucional 18, de 01 de dezembro de 1965, surge o ICM – Imposto sobre
Circulação de Mercadorias, substituindo o IVC. A inovação do ICM advém de que, diferentemente do
IVC, não apresenta as características de cumulatividade, próprias dos impostos em “em cascata”. O
pagamento do ICM era feito sobre o valor agregado, isto é, a diferença maior entre o valor da
operação tributada e o da operação anterior.
Surgimento do ICMS
Através da Constituição Federal de 1988, o atual sistema tributário nacional entrou em vigor em 1º de
março de 1989, extinguindo os impostos especiais, de incidência única, de competência federal.
Aspectos Constitucionais
De acordo com o artigo 5, inciso II, da Constituição Federal, ninguém pode ser obrigado a fazer ou a
deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude da lei.
Do ponto de vista tributário, a nossa Carta Magna estabelece, no inciso 1 do artigo 150, que nenhum
tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça.
A lei, como um processo legislativo, deve ser compreendida no seu sentido amplo, ou seja,
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IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
E SERVIÇOS-ICMS
A Constituição Federal é a fonte primeira do Direito Tributário, submetendo todas as demais normas
jurídicas.
As Emendas Constitucionais são atos que se incorporam à própria Constituição Federal, em razão de
introduzirem modificações em seu texto.
Artigo 155 – Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I–........................................................................
A Constituição Federal determina, ainda, no artigo 155, § 2º, as diversas características do ICMS,
nem sempre respeitadas pelos entes federados, mas que passamos a apresentar a seguir.
Não Cumulatividade
O ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à
circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo
mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
Este sistema é conhecido como “débito x crédito”, onde abate-se do montante devido pelo
contribuinte o valor pago por este em etapas anteriores, em suas compras de bens ou serviços já
tributados pelo imposto.
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações
seguintes;
Este e outros princípios constitucionais visam dar coerência ao trato tributário do ICMS entre
diferentes Estados, nem sempre respeitados pelos entes federativos, daí surgindo as famosas
“guerras fiscais”.
Seletividade
O ICMS poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
Dependendo do Estado, bebidas, fumos, iates, energia elétrica e comunicações são oneradas pelo
ICMS com alíquota superior à aplicável às demais mercadorias e serviços (entre 25% a 33% para as
mercadorias e serviços citados, e 17% a 18% para outras mercadorias e serviços).
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IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
E SERVIÇOS-ICMS
O Estado de São Paulo, por exemplo, onera o consumo de energia elétrica com alíquotas variáveis
de acordo com o tipo de consumidor (residencial, agricultor etc. – seletivamente), e também de
acordo com a quantidade de energia elétrica consumida (12% até 200 kWh; 25% para consumo
superior a 200 kWh – progressivamente).
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva
interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços
de seus membros.
Salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal nos termos do disposto no inciso
XII, “g”, art. 155 da CF (que trata da necessidade de Lei Complementar para regular a forma como,
mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais
serão concedidos e revogados) as alíquotas internas do ICMS não poderão ser inferiores às previstas
para as operações interestaduais.
Alíquotas – Consumidor
Em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado
em outro Estado, adotar-se-á:
A partir de 01.01.2013, a alíquota ICMS, nas operações interestaduais com bens e mercadorias
importados do exterior, será de 4% (quatro por cento).
A alíquota aplica-se aos bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço
aduaneiro:
I – aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, a serem
definidos em lista a ser editada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex)
para os fins desta Resolução;
II – aos bens produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o
Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, e as Leis nºs 8.248, de 23 de outubro de 1991, 8.387,
de 30 de dezembro de 1991, 10.176, de 11 de janeiro de 2001, e 11.484, de 31 de maio de 2007.
III – às operações que destinem gás natural importado do exterior a outros Estados.
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IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
E SERVIÇOS-ICMS
Diferencial De Alíquotas
Assim, quando da aquisição, por parte de contribuintes do imposto, de mercadorias para consumo
próprio, deverá este recolher, quando da entrada da mercadoria no Estado de destino, o ICMS pela
diferença entre a alíquota interna do Estado de destino e a alíquota interestadual do Estado de
origem, chamando-se esta diferença, neste caso, como “diferencial de alíquotas”.
Exemplo:
Determinado contribuinte “A” do ICMS recebeu mercadorias para consumo, oriundos de outro estado
da federação, no valor de R$ 1.000,00 – sendo o ICMS destacado em nota fiscal de R$ 120,00.
Valor do ICMS pela alíquota interna no Estado de localização do contribuinte “A”: R$ 1.000,00 x 18%
= R$ 180,00
A partir de 01.05.2011, por força do Protocolo ICMS 21/2011, é devido a favor da unidade federada
de destino da mercadoria ou bem, a parcela ICMS – devida na operação interestadual em que o
consumidor final adquire mercadoria ou bem de forma não presencial por meio de internet,
telemarketing ou showroom.
A parcela do imposto devido à unidade federada destinatária será obtida pela aplicação da sua
alíquota interna, sobre o valor da respectiva operação, deduzindo-se o valor equivalente aos
seguintes percentuais aplicados sobre a base de cálculo utilizada para cobrança do imposto devido
na origem:
I – 7% (sete por cento) para as mercadorias ou bens oriundos das Regiões Sul e Sudeste, exceto do
Estado do Espírito Santo;
II – 12% (doze por cento) para as mercadorias ou bens procedentes das Regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo.
O ICMS devido à unidade federada de origem da mercadoria ou bem, relativo à obrigação própria do
remetente, é calculado com a utilização da alíquota interestadual.
Entretanto, vários Estados não assinaram referido Protocolo, entre eles, São Paulo, Paraná,
Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro, o que leva a questão da
legalidade da aplicação do referido dispositivo. Certamente, vários contribuintes destes estados,
prejudicados pela hipótese de bi-tributação do imposto, impetrarão mandados de segurança, visando
excluir-se da obrigação. É mais um episódio da “guerra fiscal” que travam os entes federativos, dado
o caos legislativo e desorganização financeira que são marcas das administrações públicas.
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda
que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre
o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;
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IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
E SERVIÇOS-ICMS
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não
compreendidos na competência tributária dos Municípios.
Alguns conflitos surgiram sobre a aplicação dos dispositivos constitucionais, tendo o STJ expedido as
seguintes súmulas relativamente ao ICMS-Importação e do conflito tributário com o ISS:
Súmula 155 STJ – O ICMS incide na importação de aeronave, por pessoa física, para uso próprio.
Súmula 156 STJ – A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda,
ainda que envolva fornecimento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS.
Súmula 163 STJ – O fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de serviços em bares,
restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total
da operação.
O ICMS não incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços
prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do
imposto cobrado nas operações e prestações anteriores.
1. operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e
gasosos dele derivados, e energia elétrica;
2. sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º da CF (quando definido em lei como ativo
financeiro ou instrumento cambial);
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COTEJAMENTO DO ICMS
TÍTULO I
CAPÍTULO I
DO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO
(Veja a Resolução SEFAZ n.º 537/2012 que dispõe sobre a Substituição Tributária no Estado do Rio
de Janeiro)
Art. 1.º A qualidade de contribuinte substituto - responsável pela retenção e recolhimento do imposto
incidente em operações ou prestações antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive do
valor decorrente da diferença entre as alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações
que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado que seja contribuinte do
imposto - poderá ser atribuída, nas hipóteses e condições definidas pela legislação tributária:
Parágrafo Único - No caso do inciso II deste artigo, considera-se ocorrido o fato gerador, relativo às
operações ou prestações subsequentes, tão logo a mercadoria seja posta em circulação ou o serviço
seja iniciado pelo contribuinte substituto.
Art. 2.º Na saída das mercadorias relacionadas no Anexo I fica atribuída ao estabelecimento indus-
trial, na qualidade de contribuinte substituto, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do
ICMS relativo às operações subsequentes realizadas por estabelecimento distribuidor, atacadista ou
varejista.
§ 2.º O Secretário de Estado de Fazenda e Planejamento, nos casos previstos em convênio ou proto-
colo, pode atribuir ao estabelecimento industrial, distribuidor ou atacadista, ou prestador de serviço
localizado em outra unidade da Federação, o encargo da retenção e do recolhimento do imposto rela-
tivo às operações ou prestações subsequentes realizadas no Estado do Rio de Janeiro.
§ 3.º A responsabilidade pelo recolhimento do imposto pode ser atribuída também ao adquirente da
mercadoria, em substituição ao alienante.
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COTEJAMENTO DO ICMS
§ 4.º Sem prejuízo das penalidades aplicáveis, pode ser desqualificado o contribuinte substituto que
reiteradamente descumprir a legislação, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento do imposto ao
contribuinte que receber a mercadoria.
§ 5.º O regime de substituição tributária se aplica também à diferença entre a alíquota interna e a inte-
restadual quando da entrada destinada ao ativo permanente ou ao uso ou consumo do estabeleci-
mento destinatário, sendo a base de cálculo corresponde ao preço efetivamente praticado na opera-
ção, incluídos, quando for o caso, os valores de frete, seguro, impostos e outros encargos transferí-
veis ou cobrados do destinatário.
I - o contribuinte que receber mercadoria sujeita ao regime, de fora do Estado ou do exterior, para co-
mercialização em território fluminense, exceto quando o imposto já tiver sido retido em outro Estado,
nos termos de convênio ou protocolo;
II - o contribuinte de outra unidade da Federação que realizar, inclusive por meio de veículo, operação
com mercadoria sujeita ao regime, em território fluminense, sem destinatário certo;
III - o abatedor, o avicultor, o pregoeiro e o importador, no caso de, respectivamente, carne, ave,
peixe, e fruta e alho importados.
Parágrafo Único - Na hipótese dos incisos I e II, deste artigo, o imposto retido pode ser cobrado na
entrada da mercadoria no território do Estado.
SEÇÃO II
Art. 3.º-A. Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto incidente nas sucessivas
operações internas e interestaduais com energia elétrica destinada a este Estado, desde a importa-
ção ou produção até a última operação da qual decorra a saída com destino a estabelecimento ou do-
micílio onde deva ser consumida por destinatário que a tenha adquirido mediante contrato de compra
e venda firmado em ambiente de contratação livre, na condição de sujeito passivo por substituição
tributária:
I - à empresa distribuidora que praticar a última operação em referência por força da execução de
contratos de conexão e de uso da rede de distribuição por ela operada, firmados com o respectivo
destinatário que deva conectar-se àquela rede para fins do recebimento, em condições de consumo,
da energia elétrica por ele adquirida de terceiros;
II - ao destinatário que, estando conectado diretamente à rede básica de transmissão, promova a en-
trada de energia elétrica no seu estabelecimento ou domicílio para fins de consumo próprio.
Parágrafo Único - Na hipótese do inciso I, a distribuidora deverá enviar à SEFAZ arquivo digital con-
tendo informações relativas a cada estabelecimento ou domicílio, situado no território fluminense, que
estiver conectado à linha de distribuição ou de transmissão integrante da rede de distribuição, por ela
operada, em razão da execução de contratos de conexão e de uso da referida rede, por ela firmados
com a respectiva pessoa jurídica destinatária, para fins do consumo da energia elétrica objeto da ope-
ração.
Art. 3.º-B. A base de cálculo do imposto das operações será o valor da última operação, nele incluí-
dos o valor devido, cobrado ou pago pela energia elétrica, os valores e encargos cobrados pelas em-
presas responsáveis pela operação da rede ou da linha de distribuição ou de transmissão à qual esti-
ver conectado o destinatário e quaisquer outros valores e encargos inerentes ao consumo da energia
elétrica, ainda que devidos a terceiros.
§ 1.º Na hipótese do inciso I do art. 3.º-A, o destinatário da energia elétrica deverá prestar, para fins
da apuração da base de cálculo de que trata o caput, declaração do valor devido, cobrado ou pago
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COTEJAMENTO DO ICMS
pela energia elétrica por ele consumida no mês imediatamente anterior para o conjunto de todos os
seus domicílios ou estabelecimentos localizados na área de abrangência do submercado Su-
deste/Centro-Oeste, conforme definido na Resolução 402, de 21 de setembro de 2001, da Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), ainda que essa área alcance, total ou parcialmente, o território
de outras unidades federadas.
§ 2.º Na ausência da declaração de que trata o § 1.º ou quando esta, a critério do fisco, não mereça
fé, a base de cálculo do imposto, na hipótese do inciso I do art. 3.º-A, será o preço praticado pela em-
presa distribuidora em operação final, relativa à circulação de energia elétrica objeto de saída por ela
promovida com destino a domicílio ou estabelecimento localizado neste Estado, onde a energia elé-
trica deva, por força da execução de contrato de fornecimento firmado sob o regime da concessão ou
permissão da qual ela for titular, ser consumida pelo destinatário em condições técnicas equivalentes
de conexão e de uso do respectivo sistema de distribuição.
§ 3.º O destinatário da energia elétrica poderá, a critério do fisco e mediante requerimento específico
dirigido à autoridade fiscal competente, solicitar dispensa da obrigação de prestar a declaração pre-
vista no § 1.º em relação aos fatos geradores ocorridos do dia 1.º de janeiro até o dia 31 de dezembro
de cada ano, cuja concessão implicará na aplicação do disposto no § 2.º para fins de arbitramento da
base de cálculo do imposto incidente sobre as operações correspondentes aos fatos geradores objeto
do respectivo pedido.
Art. 3.º-C. Quando a última operação de que trata o art. 3.º-A for praticada por empresa geradora ou
distribuidora que destine a energia elétrica diretamente, por meio de linha de distribuição ou de trans-
missão por ela operada não interligada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a domicílio ou a esta-
belecimento localizado neste Estado, que não deva ser objeto de nova comercialização ou industriali-
zação da qual resulte a sua saída subsequente, a responsabilidade pela apuração e pagamento do
imposto incidente sobre a entrada da energia elétrica no território deste Estado poderá ser por este
atribuída à empresa:
I - distribuidora, localizada em outra unidade federada, que praticar a última operação em referência
por força da execução de contratos de conexão e de uso da linha de distribuição ou de transmissão
por ela operada, firmados com o respectivo destinatário que deva conectar-se àquela linha para fins
do recebimento, em condições de consumo, da energia elétrica por ele adquirida de terceiros, obser-
vado o disposto no art. 3.º-B e neste artigo;
II - geradora, localizada em outra unidade federada, que praticar a última operação em referência por
força da execução de contratos de compra e venda de energia elétrica, firmados com o respectivo
destinatário em ambiente de contratação livre.
§ 1.º A empresa geradora ou distribuidora à qual for atribuída a responsabilidade pela apuração e pa-
gamento do imposto nos termos deste artigo:
I - deverá inscrever-se no Cadastro de Contribuintes do ICMS deste Estado, na forma prevista na le-
gislação fluminense;
II - ficará sujeita, no que couber, ao cumprimento das demais obrigações previstas neste Livro.
§ 2.º O valor do imposto a ser apurado e pago nos termos deste artigo deverá:
I - corresponder ao resultado da aplicação da alíquota interna deste Estado sobre a base de cálculo
definida no art. 3.º-B;
Art. 3.º-D. O disposto nesta Seção também se aplica, no que couber, nas demais hipóteses em que a
energia elétrica, objeto da última operação de que trata o art. 3.º-A, não tenha sido adquirida pelo
destinatário por meio de contrato de fornecimento firmado com empresa distribuidora sob o regime da
concessão ou permissão de que esta for titular.
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COTEJAMENTO DO ICMS
Art. 3.º-F. As geradoras e distribuidoras de energia elétrica, bem como os consumidores e terceiros
que façam parte das operações tratadas no art. 3.º-A devem, adicionalmente, observar o disposto
no Convênio ICMS n.º 77, de 5 de agosto de 2011.
Art. 3.º-G. O descumprimento das obrigações previstas nesta Seção e na legislação pertinente sujeita
o infrator à penalidade prevista no art. 62-B da Lei n.º 2.657, de 26 de dezembro de 1996.
(Capitulo I, alterado pela Decreto Estadual n.º 46.196/2017, vigente a partir de 13.12.2017)
CAPÍTULO II
DO RESPONSÁVEL
Art. 4.º O contribuinte que receber, de dentro ou de fora do Estado, mercadoria sujeita à substituição
tributária, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, fica solidariamente respon-
sável pelo recolhimento do imposto que deveria ter sido retido.
1. também se aplica em relação à mercadoria sujeita à substituição tributária apenas nas operações
internas;
2. não exime da aplicação da penalidade prevista na legislação, qualquer contribuinte que, designado
substituto, deixar de fazer a retenção do imposto;
2. da saída subseqüente por ele promovida, ainda que isenta ou não tributada;
3. ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do paga-
mento do imposto.
TÍTULO II
DO IMPOSTO RETIDO
CAPÍTULO I
DA BASE DE CÁLCULO
II - no caso do inciso II do artigo 1.º, o preço máximo, ou único, de venda a varejo fixado pela autori-
dade competente ou, na falta desse preço, o montante formado pelo valor da operação ou prestação
própria realizada pelo contribuinte substituto, neste valor incluído o valor do IPI, acrescido do frete e
carreto, seguro e outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de ser-
viço, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, da margem de valor
agregado, relativa às operações ou prestações subseqüentes, determinada pela legislação;
(redação do inciso II do Artigo 5.º, do Livro II, alterada pelo Decreto Estadual n.º 41.175/2008, vigente
desde 26.12.2007).
III - no caso do inciso III, do artigo 1.º, o valor da mercadoria ou, na sua falta:
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COTEJAMENTO DO ICMS
3. o preço FOB estabelecimento comercial à vista, nas vendas a outros comerciantes ou industriais,
caso o remetente seja comerciante.
IV - no caso do inciso IV, do artigo 1.º, o valor da prestação ou, na sua falta, o valor corrente do ser-
viço.
§ 2.º Quando o contribuinte substituto remeter mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária
a substituído intermediário interdependente, o valor inicial para a determinação da base de cálculo de
retenção será o preço praticado por esse último, nas operações com o comércio varejista.
§ 3.º Na hipótese do § 2.º, a critério do fisco, pode ser concedido Regime Especial para que o substi-
tuído intermediário interdependente assuma a qualidade de contribuinte substituto.
§ 4.º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, a base de cálculo
será este preço.
II - a estipulada no inciso II do caput deste artigo, tomando-se como valor inicial aquele estabelecido
no inciso III do caput deste artigo.
(redação dos §§ 1.º, 2.º, 3.º, 4.º e 5.º, do item IV do Artigo 5.º, do Livro II, alteradas pelo Decreto Esta-
dual n.º 41.175/2008, vigente desde 26.12.2007).
§ 6.º Em substituição ao disposto no inciso II do caput, nos termos de ato a ser editado pelo Secretá-
rio de Estado de Fazenda, a base de cálculo em relação às operações ou prestações subseqüentes
pode ser o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado do Estado do Rio de Janeiro,
em condições de livre concorrência, adotando-se para sua apuração as regras estabelecidas no Ca-
pítulo II.
(redação do § 6.º, do item IV do Artigo 5.º, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º
41.175/2008, vigente desde 26.12.2007).
(redação do § 7.º do Artigo 5.º, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 44.318/2013, vi-
gente a partir de 08.08.2013).
Art. 6.º A base de cálculo do imposto devido por empresa distribuidora de energia elétrica, responsá-
vel pelo pagamento do imposto relativamente às operações anteriores, na qualidade de contribuinte
substituto, é o valor da operação da qual decorra o fornecimento do produto ao consumidor.
CAPÍTULO II
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COTEJAMENTO DO ICMS
Art. 7.º A margem de valor agregado será estabelecida com base em preços usualmente praticados
no mercado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e ou-
tros elementos fornecidos por entidades representativas dos setores, adotando-se a média ponde-
rada dos preços coletados, observado ainda os seguintes parâmetros:
I - levantamento de preços efetuado por órgão oficial de pesquisa ou pela Secretaria de Estado de
Fazenda;
II - o levantamento deverá abranger um conjunto de municípios que represente pelo menos 40%
(quarenta por cento) do valor adicionado fiscal previsto na legislação que define o índice de participa-
ção dos municípios na arrecadação do imposto;
III - as informações resultantes da pesquisa deverão conter os dados cadastrais dos estabelecimen-
tos pesquisados, as respectivas datas das coletas de preços e demais elementos suficientes para de-
monstrar a veracidade dos valores obtidos.
(redação do Artigo 7.º, do Livro II, alterada pelo Decreto Estadual n.º 41.175/2008, vigente desde
26.12.2007).
Art. 8.º Quando uma nova espécie de mercadoria for submetida ao regime de substituição tributária
relativamente às operações subseqüentes, a Secretaria de Estado de Fazenda e Controle Geral, atra-
vés de seu órgão técnico, convocará as entidades representativas do setor na produção e comerciali-
zação da mercadoria, a fim de que sugiram a margem de valor agregado a ser utilizada na composi-
ção da base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária, bem como forneçam as informa-
ções que julgarem pertinentes para justificar sua sugestão.
§ 1.º O ato convocatório determinará o prazo para a apresentação da margem sugerida e das infor-
mações.
§ 2.º Poderá ser exigido que as informações apresentadas estejam acompanhadas de confirmação
de instituto, órgão ou entidade de pesquisa de reputação idônea, desvinculado da entidade represen-
tativa do setor, quanto à fidelidade das informações.
Art. 9.º Após o recebimento e análise das informações, serão adotadas as medidas necessárias para
a fixação da base de cálculo do ICMS para efeito de substituição tributária.
§ 1.º Na hipótese de haver discordância em relação à margem sugerida, o setor será cientificado,
sendo apontados os motivos da rejeição e apresentada a pesquisa efetuada pela Secretaria de Es-
tado de Fazenda e Controle Geral, bem como a sistemática aplicada.
§ 2.º O setor apresentará suas contra-razões, no prazo de 15 (quinze) dias após a ciência.
§ 3.º Decorrido o prazo fixado no parágrafo anterior sem que tenha havido manifestação das entida-
des representativas do setor, presume-se aceita a pesquisa realizada pelo Estado, sendo implemen-
tada a margem de valor agregado por ele apurada.
§ 4.º Não sendo atendida a convocação de que trata o § 1.º do artigo anterior, o Estado adotará a
margem de valor agregado por ele apurada.
§ 5.º O disposto no parágrafo anterior também se aplica quando não forem aceitas as contra-razões
apresentadas pelo setor.
Art. 10. Na definição da metodologia da pesquisa a ser efetuada pelo órgão técnico da Secretaria de
Estado de Fazenda e Controle Geral e pelas entidades representativas do setor envolvido para fixa-
ção da margem de valor agregado, deverão ser observados os seguintes critérios, dentre outros que
poderão ser necessários face a peculiaridade da mercadoria:
I - identificação do produto, observadas as características particulares, tais como: tipo, espécie e uni-
dade de medida;
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COTEJAMENTO DO ICMS
II - preço de venda à vista no estabelecimento fabricante ou importador, incluído o IPI, frete, seguro, e
demais despesas cobradas do destinatário, excluído o valor do ICMS relativo à substituição tributária;
III - preço de venda à vista no estabelecimento atacadista, incluído o frete, seguro e demais despesas
cobradas do destinatário, excluído o valor do ICMS relativo à substituição tributária;
IV - preço de venda à vista no varejo, incluído o frete, seguro e demais despesas cobradas do adqui-
rente.
§ 1.º Não serão considerados os preços de promoção, bem como aqueles submetidos a qualquer tipo
de comercialização privilegiada.
§ 2.º A pesquisa será efetivada por levantamento a ser realizado por sistema de amostragem nos se-
tores envolvidos.
§ 3.º Sempre que possível, a pesquisa considerará o preço de mercadoria cuja venda no varejo tenha
ocorrido em período inferior a 30 (trinta) dias após sua saída do estabelecimento fabricante, importa-
dor ou atacadista.
§ 4.º As informações resultantes da pesquisa deverão conter os dados cadastrais dos estabelecimen-
tos pesquisados, as respectivas datas das coletas de preços e demais elementos suficientes para de-
monstrar a veracidade dos valores obtidos.
(redação do § 4.º, do Artigo 10, do Livro II, alterada pelo Decreto Estadual n.º 30.459/2002 , vigente
desde 22.01.2002).
Art. 11. A margem de valor agregado será estabelecida calculando-se a relação percentual entre os
preços do varejo e da indústria ou entre os preços do varejo e do atacado, adotando-se a média pon-
derada dos preços coletados.
Art. 12. Aplica-se o disposto neste Capítulo à revisão de margem de valor agregado de mercadoria
sujeita ao regime de substituição tributária, que porventura vier a ser realizada por iniciativa do Es-
tado ou de entidade representativa do setor interessado.
Art. 13. A mercadoria submetida ao regime de substituição tributária em operação interestadual terá a
margem de valor agregado estabelecida em convênio ou protocolo.
Art. 13-A. Observado o disposto no artigo 5.º e Anexo I, nas operações internas ou interestaduais
com destino ao Estado do Rio de Janeiro, o contribuinte ou o responsável por substituição observarão
a margem de valor agregado:
I - Original: quando o remetente for designado contribuinte substituto nas operações internas;
II - Ajustada:
§ 1.º Na hipótese de operações interestaduais destinadas ao Estado do Rio de Janeiro com a adoção
de alíquota de 4% (quatro por cento), os sujeitos passivos por substituição deverão observar a mar-
gem de valor agregado ajustada prevista na coluna do Anexo I a partir da referida alíquota.
§ 2.º Aplica-se a margem de valor agregado original nas operações interestaduais destinadas ao terri-
tório fluminense quando não houver previsão de ajuste no Anexo I ou em instrumentos normativos de
que o Estado do Rio de Janeiro seja signatário.
(redação do Artigo 13-A, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 44.318/2013, vigente a
partir de 08.08.2013).
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COTEJAMENTO DO ICMS
§3.º Na hipótese de operações interestaduais destinadas ao Estado do Rio de Janeiro em que a alí-
quota aplicável, nominal ou efetiva decorrente de isenção ou redução de base de cálculo, seja inferior
ao percentual de 12% (doze por cento), em substituição às margens de valor agregado ajustadas
constantes do Anexo I, o contribuinte substituto deve adotar a margem obtida com a aplicação da fór-
mula prevista no artigo 13-B.
(redação do § 3.º do Artigo 13-A, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.258/2015, vi-
gente a partir de 25.05.2015, com efeitos a contar de 01.07.2015).
Art. 13-B. Na hipótese de operação interestadual destinada ao Estado do Rio de Janeiro com os pro-
dutos relacionados nos itens 5 a 20 e 22 a 27 em que a alíquota interna aplicável, nominal ou efetiva
decorrente de redução de base de cálculo, seja inferior ao percentual de 20% (vinte por cento), já
considerado o Fundo Estadual de Combate à Pobreza (FECP), em substituição às margens de valor
adicionado ajustadas constantes do Anexo I, o contribuinte substituto deve adotar a margem obtida
com a aplicação da fórmula a seguir, para adequar a Margem de Valor Adicionado Ajustada:
MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1, em que:
I) "MVA ST original" é a margem de valor agregado fixada para as operações internas no Anexo I;
III) "ALQ intra" é o coeficiente correspondente à alíquota interna (nominal ou efetiva decorrente de re-
dução de base de cálculo) aplicável às operações realizadas pelo contribuinte substituto industrial lo-
calizado no Estado do Rio de Janeiro com as mesmas mercadorias.
(Redação do caput do Artigo 13-B, alterada pelo Decreto Estadual n.º 45.612/2016, vigente a partir de
23.03.2016, com efeitos a contar de 28.03.2016).
§ 1.º Na hipótese de alíquota efetiva inferior ao percentual de 20% (vinte por cento), o disposto no ca-
put somente se aplica caso a redução de base de cálculo seja concedida em caráter geral, indepen-
dentemente de termo de acordo ou da prática de ato administrativo de enquadramento do contribu-
inte.
(Redação do § 1.º, do Artigo 13-B, alterada pelo Decreto Estadual n.º 45.612/2016, vigente a partir de
23.03.2016, com efeitos a contar de 28.03.2016).
§ 2.º A MVA Ajustada e adequada, obtida nos termos do caput, não poderá ser inferior à MVA original
aplicada às operações internas.
§ 3.º Caso sejam adotadas as disposições presentes no caput, o contribuinte substituto deve consig-
nar no documento fiscal, no campo "Informações Complementares", o dispositivo normativo que fun-
damenta a aplicação da alíquota interna incidente (nominal ou efetiva) inferior a 20% (vinte por
cento), a alíquota respectiva e a MVA Ajustada utilizada no cálculo.
(Redação do § 3.º, do Artigo 13-B, alterada pelo Decreto Estadual n.º 45.612/2016, vigente a partir de
23.03.2016, com efeitos a contar de 28.03.2016).
§ 4.º Na hipótese de aquisições realizadas em operações provenientes de outra unidade federada por
contribuinte substituto localizado neste estado com mercadoria sujeita à substituição tributária quando
não há convênio, protocolo ou termo de acordo atribuindo a qualidade de contribuinte substituto ao
remetente, as informações de que trata o § 3.º deste artigo deverão ser consignadas no Documento
de Arrecadação do Estado do Rio de Janeiro - DARJ que acompanha as mercadorias, no campo “In-
formações Complementares.
(redação do Artigo 13-B, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 44.318/2013, vigente a
partir de 08.08.2013).
TÍTULO III
DO PAGAMENTO
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COTEJAMENTO DO ICMS
Art. 14. O recolhimento do ICMS retido pelo contribuinte substituto deverá ser realizado até o dia 9 do
mês subseqüente ao da saída da mercadoria.
§ 1.º O disposto no caput não se aplica às operações com cimento, cujo prazo de recolhimento do im-
posto retido por substituição tributária será até o dia 10 do mês subseqüente ao da saída da merca-
doria.
§ 3.º O disposto no caput não se aplica a contribuinte substituto optante pelo Simples Nacional, cujo
recolhimento do imposto retido por substituição tributária deverá ser realizado até o dia 2 do segundo
mês subsequente ao da saída da mercadoria.
(§ 3.º, do Artigo 14, acrescentado pelo Decreto Estadual n.º 45.612/2016, vigente a partir de
23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016).
§ 4º O disposto no caput não se aplica às operações mencionadas no art. 3º-A deste Livro, cujo prazo
de recolhimento do imposto retido por substituição tributária será até o dia 15 do segundo mês subse-
quente ao da emissão da nota fiscal pelo contribuinte substituto.
(§ 4.º do art. 14 do Livro II alterado pelo Decreto Estadual n.º 46.408/2018, vigente a partir de
31.08.2018).
§ 5.º Na hipótese de contribuinte substituto optante pelo Simples Nacional impedido de recolher o
ICMS por esse regime, em face de ultrapassagem do limite previsto no art. 13- A da Lei Complemen-
tar Federal n.º 123, de 14 de dezembro de 2006, e relativamente às saídas ocorridas durante o perí-
odo em que perdurar os efeitos do referido impedimento, o recolhimento do imposto retido por substi-
tuição tributária deverá ser realizado no prazo estabelecido no caput deste artigo, não se aplicando o
previsto no § 3.º deste artigo.
(§ 5.º, do Artigo 14, acrescentado pelo Decreto Estadual n.º 46.211/2017, vigente a partir de
02.01.2018, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2018).
(Artigo 14.º, do Livro II, alterado pelo Decreto Estadual n.º 41.961/2009, vigente a partir de
01.09.2009).
Art. 15. O sujeito passivo por substituição efetuará o recolhimento do imposto retido independente-
mente do resultado da apuração relativa às suas próprias operações.
Parágrafo único - O imposto retido pelo contribuinte substituto será recolhido mediante DARJ em se-
parado, código de receita 023-0.
Art. 16. Na hipótese de o contribuinte substituto estar localizado em outra unidade da Federação, o
imposto será recolhido em agente arrecadador autorizado localizado na praça do estabelecimento re-
metente, em conta especial, a crédito do Estado do Rio de Janeiro, mediante Guia Nacional de Reco-
lhimento de Tributos Estaduais (GNRE).
§ 1.º Os agentes arrecadadores autorizados devem repassar os valores arrecadados na forma do ca-
put até o 3.º dia útil após o efetivo recolhimento.
§ 2.º Deve ser utilizada GNRE específica para cada convênio ou protocolo, sempre que o sujeito pas-
sivo por substituição operar com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária regidas por
normas diversas.
TÍTULO IV
DA RESTITUIÇÃO E DO RESSARCIMENTO
Art. 17. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por
força da substituição tributária correspondente ao fato gerador que não se realizar.
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COTEJAMENTO DO ICMS
Art. 18. O fato gerador não realizado caracteriza-se pela inocorrência de operação subseqüente por
motivo de perda, roubo, quebra, extravio, inutilização ou consumo de mercadoria, salvo disposição
em contrário em legislação específica.
Parágrafo único - A não realização do fato gerador será comunicada à repartição fiscal de circunscri-
ção do contribuinte, no prazo de 10 (dez) dias a contar da data em que ocorrer o evento que a carac-
terize.
Art. 19. A repartição fiscal, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, efetuará as verificações cabíveis e
autorizará o crédito do valor correspondente ao imposto retido, devidamente atualizado segundo os
mesmos critérios aplicáveis à atualização do tributo, na escrita fiscal do contribuinte.
§ 1.º O crédito será lançado no campo 007 "Outros Créditos" do livro RAICMS, consignando-se a ex-
pressão "restituição de imposto retido".
§ 2.º Não havendo deliberação no prazo de 90 (noventa) dias, o contribuinte substituído poderá efe-
tuar o crédito objeto do pedido, observado o disposto no parágrafo seguinte.
§ 3.º Sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte substituído, no prazo de 15 (quinze) dias
da respectiva notificação, efetuará o estorno dos créditos lançados, também devidamente atualiza-
dos, com o pagamento dos acréscimos legais cabíveis.
Art. 20. Na hipótese de remessa, em operação interestadual, de mercadoria cujo imposto já tenha
sido objeto de retenção anterior, neste ou em outro Estado, o remetente pode se ressarcir do imposto
retido, mediante a emissão de Nota Fiscal, exclusiva para esse fim, em nome do estabelecimento que
tenha efetuado a retenção, pelo valor do imposto retido.
NOTA - O remetente pode creditar-se do imposto relativo à entrada daquela mercadoria, na propor-
ção da quantidade saída, calculando-o sobre o valor que serviu de base de cálculo da operação pró-
pria do contribuinte substituto original, escriturando-o, no mesmo período de apuração, no campo
"007 - Outros Créditos", do livro RAICMS.
(redação da NOTA, do Artigo 20, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 29.281/2001,
com efeitos a partir de 28.09.2001).
§ 1.º A Nota Fiscal emitida para fim de ressarcimento deverá ser visada pela repartição fiscal, acom-
panhada de relação discriminando as operações interestaduais, facultada sua apresentação em meio
magnético, na forma estabelecida pela Secretaria de Estado de Fazenda e Controle Geral.
(redação do § 1.º, do Artigo 20, do Livro II, alterada pelo Decreto Estadual n.º 27.816/2001 , vigente
desde 25.01.2001).
§ 2.º O valor do ICMS a ser ressarcido não poderá ser superior ao valor retido na operação de que
decorreu a entrada da mercadoria no estabelecimento.
§ 3.º Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS retido na aquisição da respectiva
mercadoria, tomar-se-á o valor do imposto retido na sua aquisição mais recente pelo estabeleci-
mento, proporcional à quantidade saída.
§ 4.º A cópia da GNRE relativa à operação interestadual que gerar direito a ressarcimento será apre-
sentada à repartição fiscal, no prazo máximo de 10 (dez) dias após o pagamento.
(redação do § 4.º, do Artigo 20, do Livro II, alterada pelo Decreto Estadual n.º 27.816/2001 , vigente
desde 25.01.2001).
§ 5.º A empresa que descumprir o disposto no parágrafo anterior não terá visada outra Nota Fiscal de
ressarcimento, até que se cumpra o exigido.
§ 6.º O estabelecimento fornecedor, de posse da Nota Fiscal de que trata o caput, visada na forma do
§ 1.º, poderá deduzir o valor do imposto retido, do próximo recolhimento ao Estado do Rio de Janeiro.
§ 7.º Na hipótese de desfazimento do negócio, se o imposto já houver sido recolhido, aplica-se o dis-
posto neste artigo, no que couber.
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COTEJAMENTO DO ICMS
§ 8.º O disposto nos §§ 4.º e 5.º não se aplica na hipótese de a unidade federada de destino não ser
signatária de protocolo ou convênio que determine a substituição tributária com as mesmas mercado-
rias.
(redação do § 8.º, do Artigo 20, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 32.031/2002, vi-
gente a partir de 18.10.2002).
TÍTULO V
CAPÍTULO I
DO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO
Art. 21. O sujeito passivo por substituição localizado em outra unidade da Federação deve providen-
ciar sua inscrição no CADERJ, nos termos da legislação específica.
§ 1.º O número de inscrição deve ser aposto em todos os documentos dirigidos a esta unidade da Fe-
deração, inclusive no de arrecadação.
§ 2.º Se o sujeito passivo por substituição não providenciar a sua inscrição nos termos deste artigo,
em relação a cada operação, deverá efetuar o recolhimento do imposto devido a este Estado, por
ocasião da saída da mercadoria de seu estabelecimento por meio de GNRE, devendo uma via acom-
panhar o transporte da mercadoria.
§ 3.º No caso previsto no parágrafo anterior, deverá ser emitida uma GNRE distinta para cada um dos
destinatários, constando no campo informações complementares o número da nota fiscal a que se
refere o respectivo recolhimento.
(redação do § 3.º, do Artigo 21, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 30.459/2002, vigente desde
22.01.2002).
I - emitir Nota Fiscal, por ocasião da saída da mercadoria, que contenha, além das indicações exigi-
das na legislação, o valor que serviu de base de cálculo para a retenção e o valor do imposto retido;
II - lançar a Nota Fiscal mencionada no inciso anterior no Registro de Saídas, da seguinte forma:
2. na coluna "Observações" na mesma linha do lançamento de que trata a alínea anterior, os valores
do imposto retido e da respectiva base de cálculo, utilizando colunas distintas para tais indicações,
sob o título comum "Substituição Tributária";
3. no caso de contribuinte que utilize o sistema eletrônico de processamento de dados, os valores re-
lativos ao imposto retido e à respectiva base de cálculo serão lançados na linha abaixo do lança-
mento da operação própria, sob o título comum "Substituição Tributária" ou código "ST";
1 - remeter à repartição fiscal de sua circunscrição neste Estado arquivo magnético com registro fiscal
das operações interestaduais efetuadas no mês anterior, inclusive daquelas não alcançadas pelo re-
gime de substituição tributária, em conformidade com o artigo 8.º, do Livro VII, até o dia 20 do mês
subseqüente ao da realização das operações;
(redação do item 1, do Inciso III, do Artigo 22, do Livro II, alterada pelo Decreto Estadual n.º
30.459/2002 , vigente desde 22.01.2002).
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COTEJAMENTO DO ICMS
§ 1.º Os valores constantes nas colunas relativas ao imposto retido e à sua base de cálculo, de que
trata item 2, do inciso II, serão totalizados no último dia do período de apuração para lançamento no
livro Registro de Apuração do ICMS, separadamente, a saber:
1. operações internas;
2. operações interestaduais.
§ 2.º Na hipótese de não terem sido realizadas, no período, operações sob o regime de substituição
tributária, o sujeito passivo informará, por escrito, ao fisco onde estiver inscrito como substituto tribu-
tário, no prazo previsto no inciso III, essa circunstância.
§ 3.º O arquivo magnético previsto no item 1, do inciso III, substitui o exigido no artigo 8.º, do Livro
VII, desde que inclua todas as operações nele citadas, mesmo que não realizadas sob o regime de
substituição tributária.
§ 4.º O sujeito passivo por substituição não poderá utilizar, no arquivo magnético referido no pará-
grafo anterior, sistema de codificação diverso da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias/Sistema
Harmonizado - NBM/SH, exceto para os veículos automotores, em relação aos quais utilizar-se-á o
código do produto estabelecido pelo industrial ou importador.
§ 5.º As operações em que tenha ocorrido o desfazimento do negócio serão informadas em arquivo
magnético em apartado.
§ 6.º O sujeito passivo por substituição que, por 60 (sessenta) dias ou 2 (dois) meses alternados, não
remeter o arquivo magnético, deixar de informar por escrito não ter realizado operações sob o regime
de substituição tributária, ou, ainda, deixar de entregar a GIA-ST, poderá ter sua inscrição impedida
até a regularização.
§ 7.º Na hipótese do parágrafo anterior, o sujeito passivo por substituição deverá efetuar o recolhi-
mento do imposto devido a este Estado, de acordo com o § 2.º, do artigo 21.
Art. 23. O sujeito passivo por substituição apurará os valores relativos ao imposto retido, no último dia
do respectivo período, no livro Registro de Apuração do ICMS, em folha subseqüente à destinada a
apuração relacionada com as suas próprias operações, com a indicação da expressão "Substituição
Tributária", utilizando, no que couber, os quadros "Débitos do Imposto", "Crédito do Imposto" e "Apu-
ração dos Saldos" devendo lançar:
I - o valor de que trata o § 1.º, do artigo anterior, no campo "Por Saídas com Débito do Imposto";
II - o valor de que trata o § 1.º, do artigo 35, no campo "Por Entradas com Crédito do Imposto";
III - para as operações interestaduais, o registro se fará em folha subseqüente às operações internas,
pelos valores totais, detalhando os valores relativos a cada unidade da Federação nos quadros "En-
trada" e "Saída", nas colunas "Base de Cálculo" (para base de cálculo do imposto retido), "Imposto
Creditado" e "Imposto Debitado" (para imposto retido, identificando a unidade da Federação na co-
luna "Valores Contábeis").
Art. 24. Os valores referidos no artigo anterior serão declarados ao fisco, separadamente dos valores
relativos às operações próprias:
II - relativamente às operações interestaduais, por meio do arquivo magnético a que se refere o item
1, do inciso III, do artigo 22.
Art. 25. A GIA-ST de que trata o item 2, do inciso III, do artigo 22, será utilizada para a informação e
apuração do ICMS devido por substituição tributária à unidade federada diversa daquela do domicílio
fiscal do substituto, e conterá, além da denominação "Guia Nacional de Informação e Apuração do
ICMS Substituição Tributária - GIA-ST", o seguinte:
I - campo 1: GIA-ST Sem Movimento: assinalar com "x" na hipótese de que não tenha ocorrido opera-
ções sujeitas à substituição tributária;
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COTEJAMENTO DO ICMS
II - campo 2: GIA-ST Retificação: assinalar com "x" quando a GIA-ST estiver retificando outra entre-
gue anteriormente, referente ao mesmo período;
III - campo 3: Data de Vencimento do ICMS-ST: preencher com a data de vencimento do ICMS-ST no
formato DD/MM/AAAA, podendo ser informado até 6 (seis) vencimentos diferentes e respectivos valo-
res, conforme prazos constantes de Convênios e Protocolos ICMS;
V - campo 5: Período de Referência: informar mês e ano do período de apuração do ICMS-ST, no for-
mato MM/AAAA;
VII - campo 7: Valor dos Produtos: informar o valor total dos produtos sujeitos à substituição tributária.
Nota - Quando destinados à Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio, informar como se
devido fosse o ICMS.
VIII - campo 8: Valor do IPI: informar o valor do IPI incidente sobre os produtos sujeitos à substituição
tributária;
IX - campo 9: Despesas Acessórias: informar o valor do frete, seguro e outras despesas acessórias
cobradas ou debitadas ao destinatário;
X - campo 10: Base de Cálculo do ICMS Próprio: informar o valor que serviu de base para o cálculo
do ICMS próprio.
Nota - Quando destinados à Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio, informar o valor da
base de cálculo do crédito presumido.
Nota - Quando destinados à Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio, informar o valor do
crédito presumido.
XII - campo 12: Base de Cálculo do ICMS-ST: informar o valor total da base que serviu de cálculo
para retenção do ICMS-ST, inclusive referente às Notas Fiscais cujo ICMS-ST foi recolhido antecipa-
damente por GNRE, em decorrência de inadimplência de pagamento, de entrega de meio magnético
ou de entrega de GIA-ST;
XIII - campo 13: ICMS Retido por ST: informar o valor do ICMS retido por substituição tributária, inclu-
sive os valores do ICMS-ST que foram recolhidos antecipadamente por GNRE;
XIV - campo 14: ICMS de Devoluções de Mercadorias: informar o valor correspondente ao ICMS rela-
tivo à substituição tributária creditado em função de devolução de mercadorias sujeitas a substituição
tributária, observado o disposto no § 1.º;
XV - campo 15: ICMS de Ressarcimentos: informar o valor do ressarcimento de ICMS que possa ser
apropriado no período de referência, observado o disposto no § 2.º;
XVI - campo 16: Crédito do Período Anterior: informar o valor do crédito apurado na GIA-ST do perí-
odo anterior (campo 20) quando for o caso;
XVII - campo 17: Pagamentos Antecipados: informar englobadamente, os valores de ICMS-ST reco-
lhidos antecipadamente, nota a nota, por intermédio de GNRE, em decorrência de inadimplência de
pagamento ou de entrega de meio magnético ou de entrega de GIA-ST.
Nota - As Notas Fiscais, cujo ICMS-ST for lançado neste campo, devem estar contidas no meio mag-
nético e fazer parte dos dados totais constante de cada GIA-ST (campos 12 e 13).
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COTEJAMENTO DO ICMS
XVIII - campo 18: ICMS-ST Devido: informar o valor devido referente ao ICMS substituição tributária
(campo 13 menos campos 14, 15, 16 e 17);
XIX - campo 19: Repasse de ICMS-ST referente a combustíveis: informar o valor do ICMS-ST devido
à unidade federada, relativo as operações de vendas de combustíveis derivados de petróleo, cujo im-
posto foi recolhido anteriormente.
Nota - Este campo deve ser preenchido exclusivamente pela refinaria de petróleo que efetuar o cál-
culo de repasse, conforme relatórios recebidos de distribuidoras de combustíveis, importador e Trans-
portador Revendedor Retalhista (TRR).
XX - campo 20: Crédito para Período Seguinte: informar o valor do crédito do ICMS-ST a ser apropri-
ado no período seguinte, no caso em que a soma dos valores dos campos 14, 15, 16 e 17 seja supe-
rior ao valor do campo 13;
XXI - campo 21: Total do ICMS-ST a Recolher: informar o valor total do ICMS-ST a recolher (soma
dos campos 18 e 19);
XXII - campo 22: Nome da Unidade da Federação Favorecida: informar o nome da UF favorecida;
XXIII - campo 23: Nome, Firma ou Razão Social: informar o nome, a firma ou a razão social do substi-
tuto declarante;
XXIV - campo 24: DDD/Telefone: informar o número do DDD e do telefone do substituto para contato;
XXV - campo 25: Endereço Completo: informar o logradouro, o número e complemento do endereço
do substituto;
XXVII - campo 27: CEP: informar o número do Código de Endereçamento Postal do endereço;
XXVIII - campo 28: Inscrição no CNPJ: informar o número da inscrição do substituto no Cadastro Na-
cional de Pessoa Jurídica;
XXIX - campo 29: Nome do Declarante: informar o nome do declarante, que deverá ser sócio, ge-
rente, contabilista ou pessoa legalmente autorizada pelo substituto;
XXX - campo 30: CPF/MF: informar o número de inscrição do declarante no Cadastro de Pessoas Fí-
sicas do Ministério da Fazenda;
XXXI - campo 31: Cargo do Declarante na Empresa: informar o cargo do declarante na empresa;
XXXII - campo 32: DDD/Telefone: informar o número do DDD e do telefone do declarante, para con-
tato;
XXXIII - campo 33: DDD/Fax: informar o número do DDD e do fax do declarante, para contato;
XXXIV - campo 34: E-mail do Declarante: informar e-mail, do declarante, para contato;
XXXV - campo 35: Local e Data: informar o local e a data do preenchimento da GIA-ST;
XXXVI - campo 36: Informações Complementares: campo reservado para informações relevantes
para a compreensão do preenchimento da GIA-ST;
XXXVII - campo 37: Se Distribuidora de Combustíveis ou TRR: somente se for distribuidora de com-
bustíveis ou TRR, assinalar na quadrícula correspondente, se realizou operações destinadas à uni-
dade federada favorecida, de combustíveis derivados de petróleo cujo imposto já tenha sido retido
anteriormente;
XXXVIII - campo 38: Transferências Efetuadas: informar as transferências efetuadas para filial do su-
jeito passivo por substituição tributária, localizada na unidade federada favorecida, relativo a produtos
sujeitos à substituição tributária, observado o disposto no § 3.º;
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COTEJAMENTO DO ICMS
§ 1.º Na hipótese do inciso XIV, existindo valor a informar, preencher o Anexo I da GIA-ST, contendo
os seguintes dados: número da Nota Fiscal de devolução, série, inscrição estadual do contribuinte
que está procedendo a mesma, data de emissão e valor do ICMS-ST de devolução, relativo à substi-
tuição tributária;
§ 2.º Na hipótese do inciso XV, existindo valor a informar, preencher o Anexo II da GIA-ST, contendo
os seguintes dados: número da Nota Fiscal de ressarcimento, série, inscrição estadual do contribuinte
que está procedendo ao mesmo, data de emissão e valor do ICMS-ST de ressarcimento, relativo à
substituição tributária;
§ 3.º Na hipótese do inciso XXXVIII, existindo valores a informar, preencher o Anexo III da GIA-ST,
contendo os seguintes dados: inscrição estadual do destinatário, base de cálculo e valor do ICMS
destacado.
§ 4.º A GIA-ST deve ser remetida pelo sujeito passivo por substituição tributária à repartição fiscal de
circunscrição neste Estado, até o dia 10 (dez) do mês subsequente ao da apuração do imposto, ainda
que no período não tenham ocorrido operações sujeitas à substituição tributária, hipótese em que de-
verá assinalar o campo 1 correspondente à expressão "GIA-ST SEM MOVIMENTO";
§ 5.º A GIA-ST deve ser apresentada por transmissão eletrônica de dados ou em meio magnético, a
critério do fisco deste Estado, após ser validada pelo programa de computador aprovado pela CO-
TEPE/ICMS.
Art. 26. O programa de computador de uso obrigatório pelas unidades federadas e pelos sujeitos pas-
sivos por substituição tributária, para digitação, validação e transmissão de dados referente a GIA-ST,
é o aprovado pelo Ato COTEPE/ICMS 45/00, de 25 de julho de 2000."
(redação do Artigo 26, do Livro II, alterada pelo Decreto Estadual n.º 27.816/2001 , vigente desde
25.01.2001).
CAPÍTULO II
DO DISTRIBUIDOR OU ATACADISTA
Art. 27. O estabelecimento distribuidor ou atacadista que receber mercadoria com imposto retido
deve:
I - escriturar a Nota Fiscal do fornecedor na coluna "Outras", de "Operações sem Crédito do Imposto",
do livro Registro de Entradas;
II - emitir Nota Fiscal, por ocasião da saída da mercadoria, sem destaque do imposto, contendo, além
dos demais requisitos, a declaração "imposto retido por substituição", citando o dispositivo da legisla-
ção que determinou a retenção;
III - lançar a Nota Fiscal mencionada no inciso anterior na coluna "Outras", de "Operações sem Débito
do Imposto", do livro Registro de Saídas.
Art. 28. A parcela do imposto retido correspondente à operação do varejista será calculada à parte
pelo distribuidor ou atacadista e cobrada no corpo da Nota Fiscal de que trata o inciso II, do artigo an-
terior, da seguinte forma:
I - deduz-se o valor do imposto destacado pelo contribuinte substituto, do que seria devido na opera-
ção própria do atacadista ou distribuidor, segundo as normas comuns de tributação;
II - o resultado encontrado nos termos do inciso anterior é abatido do total do imposto retido.
Art. 29. Na saída de mercadoria para utilização em processo industrial, realizada por distribuidor ou
atacadista que a tenha recebido com imposto retido, o remetente deve emitir a Nota Fiscal segundo
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COTEJAMENTO DO ICMS
as normas comuns de tributação, escriturando-a nas colunas "Base de Cálculo", "Alíquota" e "Imposto
Debitado", de "Operações com Débito do Imposto", do livro Registro de Saídas.
§ 1.º Na hipótese deste artigo, o distribuidor ou atacadista pode creditar-se do imposto relativo à en-
trada daquela mercadoria, na proporção da quantidade saída, calculando-o sobre o valor que serviu
de base à retenção e escriturando-o, no mesmo período de apuração, no campo 007 "Outros Crédi-
tos" do livro RAICMS, com a expressão "imposto retido".
(redação original do parágrafo único, renomeada para § 1.º pelo Decreto n.º 34.756/2004, vigente a
partir de 03.02.2004)
§ 2.º O disposto no § 1.º também se aplica na hipótese de o industrial receber mercadoria sujeita ao
regime de substituição tributária para utilização como insumo em processo industrial. (AC)
(redação do § 2.º acrescentada pelo Decreto n.º 34.756/2004, vigente a partir de 03.02.2004)
CAPÍTULO III
DO VAREJISTA
Art. 30. Na operação com mercadoria cujo imposto tenha sido retido anteriormente, o estabeleci-
mento varejista deve:
I - escriturar a Nota Fiscal do fornecedor na coluna "Outras", de "Operações sem Crédito do Imposto",
do livro Registro de Entradas;
II - emitir documento fiscal por ECF na saída da mercadoria, conforme o disposto no Livro VIII;
III - lançar o documento fiscal mencionado no inciso anterior na coluna "Outras", de "Operações sem
Débito do Imposto", do livro Registro de Saídas.
Parágrafo único - Quando o contribuinte não estiver obrigado ao uso de ECF, o documento fiscal por
ele emitido conterá a declaração "imposto retido por substituição".
TÍTULO VI
Art. 31. Na saída de mercadoria submetida ao regime de substituição tributária destinada à realização
de operação fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículo, o contribuinte substituto emitirá
Nota Fiscal que contenha, além das indicações exigidas na legislação, o número e série dos docu-
mentos fiscais a serem emitidas por ocasião das entregas da mercadoria, devendo, ainda, destacar o
imposto correspondente à própria operação e reter o imposto relativo às operações subseqüentes,
sobre o total do carregamento.
§ 1.º Na entrega da mercadoria, será emitido documento fiscal, sendo indicado, além dos requisitos
exigidos na legislação, o número e série da Nota Fiscal originária.
§ 2.º Por ocasião do retorno do veículo, caso não tenham sido entregues todas as mercadorias, o
contribuinte pode se creditar dos respectivos impostos destacado e retido desde que cumpra as se-
guintes providências, cumulativamente:
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COTEJAMENTO DO ICMS
2. emita Nota Fiscal (entrada) que especifique as mercadorias em retorno e os respectivos valores do
impostos destacado e retido.
§ 3.º O crédito a que se refere o parágrafo anterior é calculado com base no valor da mercadoria
constante na Nota Fiscal originária.
§ 4.º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao contribuinte de outra unidade da Federação
que realize, em território fluminense, operação sem destinatário certo, com mercadoria submetida ao
regime de substituição tributária, devendo, neste caso, ser recolhidos antecipadamente o imposto de-
vido pela própria operação e o retido, e visados, pela repartição fiscal de circunscrição, o documento
de arrecadação e a Nota Fiscal da totalidade do carregamento.
TÍTULO VII
Art. 32. O regime de substituição tributária aplica-se à remessa de mercadoria para ponto de venda
fixo ou permanente, situado em via ou logradouro público ou particular, ou em área de circulação
de shopping center ou assemelhado, dispensado de inscrição.
Parágrafo único - O disposto no caput não se aplica a mercadoria cujo imposto tenha sido retido ante-
riormente.
Art. 33. A responsabilidade pela retenção do ICMS de que trata o artigo anterior é atribuída ao esta-
belecimento inscrito no Estado, ao qual o ponto de venda está vinculado.
Art. 34. O imposto retido é calculado pela aplicação da alíquota vigente nas operações internas sobre
o preço de venda a varejo a ser praticado no ponto de venda, deduzindo-se, do valor obtido, o ICMS
destacado na Nota Fiscal do remetente, correspondente à sua operação própria.
§ 1.º Na hipótese de desconhecimento do preço a ser praticado no ponto de venda, o imposto retido
pelo contribuinte substituto é calculado aplicando-se a alíquota interna sobre o preço praticado pelo
estabelecimento remetente com o comércio varejista, computada a parcela correspondente ao IPI, se
incidente nessa operação, sendo adicionados, ainda, frete, seguro e demais despesas porventura
existentes e acrescida a margem de valor agregado de 40% (quarenta por cento).
§ 2.º No caso de o remetente não realizar operação diretamente com o comércio varejista, será to-
mado como valor de partida, para o cálculo referido no parágrafo anterior, o preço praticado pelo dis-
tribuidor.
(redação do § 3.º do Artigo 34, do Livro II, alterada pelo Decreto Estadual n.º 41.961/2009, vigente a
partir de 01.09.2009).
§ 4.º O imposto retido pelo contribuinte substituto será recolhido mediante DARJ em separado, no có-
digo de receita 023-0, até o dia 9 (nove) do mês subseqüente ao da saída.
(redação do § 4.º, do Artigo 34, alterada pelo Decreto n.º 31.983/2002, com efeitos a partir de 1.º de
novembro de 2002)
TÍTULO VIII
DA DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA
Art. 35. No caso de devolução, total ou parcial, de mercadoria cujo imposto tenha sido retido anterior-
mente, o contribuinte substituto originário poderá creditar-se do imposto destacado e do imposto re-
tido, desde que constem do documento fiscal referente à mercadoria devolvida:
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COTEJAMENTO DO ICMS
III - o valor da mercadoria devolvida, bem como os respectivos impostos destacado e retido.
§ 1.º Na hipótese do caput, o sujeito passivo por substituição deverá lançar no livro Registro de Entra-
das:
1. o documento fiscal relativo à devolução, com utilização das colunas "Operações com Crédito do
Imposto", na forma prevista na legislação;
2. na coluna "Observações", na mesma linha do lançamento referido no item anterior, o valor da base
de cálculo e do imposto retido, relativos à devolução;
§ 2.º Os valores relativos ao imposto retido serão totalizados no último dia do período de apuração,
para lançamento no livro Registro de Apuração do ICMS.
TÍTULO IX
Art. 36. Quando nova espécie de mercadoria for submetida ao regime de substituição tributária, deve-
rão ser adotados os seguintes procedimentos:
2 - pelo varejista: pelo preço de venda a consumidor, da referida mercadoria no dia anterior ao da im-
plantação do regime de substituição tributária.
II - cálculo do imposto:
1 - pelo distribuidor ou atacadista: mediante a aplicação da alíquota vigente nas operações internas,
sobre o valor do estoque apurado na forma do item 1 do inciso I, acrescido da margem de valor agre-
gado prevista no Anexo I;
2 - pelo varejista: mediante a aplicação da alíquota vigente nas operações internas sobre o valor do
estoque referido no item 2 do inciso I;
3 - pela Microempresa (ME) e pela Empresa de Pequeno Porte (EPP) optantes pelo Simples Nacio-
nal, mediante aplicação da alíquota vigente nas operações internas sobre o valor adicionado à merca-
doria em estoque, calculado conforme a margem de valor agregado prevista no Anexo I.
III - pagamento do imposto, calculado na forma do inciso II, em quota única ou em até 12 (doze) par-
celas mensais, iguais e consecutivas, mediante pedido de parcelamento dirigido à repartição fiscal de
circunscrição do contribuinte, devendo a primeira quota ser paga até o 20.º (vigésimo) dia do mês
subsequente ao da entrada da mercadoria no regime de substituição tributária e as demais até os
dias 20 (vinte) dos meses subsequentes.
(redação do inciso III do Artigo 36, do Livro II, alterada pelo Decreto Estadual n.º 45.258/2015, vigente
a partir de 25.05.2015, com efeitos a contar de 01.07.2015).
§ 1.º O pagamento em cota única deverá ser efetuado até a data fixada para o pagamento da 1ª par-
cela.
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COTEJAMENTO DO ICMS
§ 2.º O pagamento do imposto a que se refere este artigo será feito mediante DARJ em separado,
emitido no Portal de Pagamentos da SEFAZ na Internet.
§ 3.º No caso de atraso no pagamento de cada uma das parcelas acarretará cobrança de atualização
monetária e dos acréscimos moratórios previstos na legislação.
§ 4.º Nas hipóteses referidas nos itens 1 e 2 do inciso II do caput, o contribuinte que possua saldo
credor apurado em seu livro RAICMS no período, poderá deduzi-lo do valor do imposto devido nos
termos desses itens.
(redação do Artigo 36, do Livro II, alterada pelo Decreto Estadual n.º 42.015/2009, vigente a partir de
02.09.2009).
§ 5.º Sobre o valor das parcelas haverá a incidência de juros de mora, na forma prevista na legisla-
ção.
(redação do § 5.º do inciso III do Artigo 36, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º
44.200/2013, vigente a partir de 14.05.2013).
§ 6.º A solicitação do parcelamento de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser dirigida à
repartição fiscal de circunscrição do contribuinte até o 20.º (vigésimo) dia posterior ao da entrada da
mercadoria no regime de substituição tributária.
(redação do § 6.º do Artigo 36, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.258/2015, vi-
gente a partir de 25.05.2015, com efeitos a contar de 01.07.2015).
TÍTULO IX-A
(redação do Título IX-A, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 34.682/2003, vigente a
partir de 30.12.2003).
Art. 36-A. Quando da saída de mercadoria do regime de substituição tributária, o contribuinte sujeito
ao regime normal de apuração e pagamento do ICMS, deve:
(redação do caput do Artigo 36-A, do Livro II, alterado pelo Decreto Estadual n.º 45.531/2015, vigente
a partir de 30.12.2015).
I - apurar o estoque da mercadoria existente após o encerramento das operações no último dia do
mês anterior, efetuando o respectivo lançamento no livro Registro de Inventário;
(redação do inciso II do Artigo 36-A, do Livro II, alterado pelo Decreto Estadual n.º 45.531/2015, vi-
gente a partir de 30.12.2015).
III - a partir do primeiro dia do mês, debitar-se normalmente do imposto por ocasião da saída da mer-
cadoria.
§ 1.º Caso a quantidade da mercadoria inventariada seja superior à discriminada no documento fiscal
referido no inciso II deste artigo, o crédito da parte remanescente será aproveitado, à razão de 1/12
(um doze avos) por mês, proporcionalmente ao imposto retido e destacado, em operações com a
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COTEJAMENTO DO ICMS
mesma mercadoria, na Nota Fiscal imediatamente anterior, e assim sucessivamente até que todo o
estoque mencionado seja levado à crédito.
(redação do § 1.º do Artigo 36-A, do Livro II, alterado pelo Decreto Estadual n.º 45.531/2015, vigente
a partir de 30.12.2015).
§ 2.º REVOGADO
(redação do § 2.º do Artigo 36-A, do Livro II, revogado pelo Decreto Estadual n.º 42.015/2009, vigente
a partir de 02.09.2009).
§ 3.º Para aplicação do disposto no inciso II e no § 1.º deste artigo, o montante do crédito a ser apro-
priado mensalmente, pelo período de 12 (doze) meses, será obtido multiplicando-se o valor total do
respectivo crédito pelo fator igual a 1/12 (um doze avos).
(redação do § 3.º do Artigo 36-A, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.531/2015, vi-
gente a partir de 30.12.2015).
(redação do Artigo 36-A, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 34.682/2003, vigente a
partir de 30.12.2003).
Art. 36-B. Quando da saída de mercadoria do regime de substituição tributária, o contribuinte enqua-
drado no Simples Nacional ou em qualquer outro regime de tributação que não seja o regime normal
de apuração e pagamento do ICMS, deve:
I - apurar o estoque da mercadoria existente após o encerramento das operações no último dia do
mês anterior, efetuando o respectivo lançamento no livro Registro de Inventário;
IV - a partir do primeiro dia do mês, recolher normalmente o imposto incidente por ocasião da saída
da mercadoria na forma do Simples Nacional ou de qualquer outro regime de tributação que não seja
o de apuração do ICMS pelo confronto entre débitos e créditos.
§ 1.º Caso a quantidade da mercadoria inventariada seja superior à discriminada no documento fiscal
referido no inciso II deste artigo, deverá ser calculada a parte remanescente proporcionalmente ao
imposto retido, em operações com a mesma mercadoria, na Nota Fiscal imediatamente anterior, e as-
sim sucessivamente até que todo o estoque mencionado seja levado à restituição.
§ 2.º A restituição de que trata o inciso III deste artigo será efetivada em espécie, em 12 (doze) parce-
las mensais e consecutivas.
(redação do Artigo 36-B, do Livro II, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.531/2015, vigente a
partir de 30.12.2015).
TÍTULO X
I - seja alterado o percentual de margem de valor agregado, observados os limites máximos estabele-
cidos na Lei n.º 5.171, de 21 de dezembro de 2007;
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COTEJAMENTO DO ICMS
III - o contribuinte substituto seja qualquer dos estabelecimentos participantes do ciclo de comerciali-
zação da mercadoria;
Parágrafo único - Na aplicação do disposto nos incisos I e II devem ser levadas em consideração as
peculiaridades do setor econômico encarregado da retenção do imposto, bem como as condições de
comercialização da mercadoria produzida no Estado.
(redação do Artigo 37, do Livro II, alterada pelo Decreto Estadual n.º 41.175/2008, vigente desde
26.07.2007).
I - à operação que destine mercadoria a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria;
II - à transferência para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por substituição,
hipótese em que a obrigação pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabeleci-
mento que promover a saída da mercadoria com destino a empresa diversa;
(Redação do Parágrafo único, do Artigo 38, revogada pelo Decreto Estadual n.º 45.612/2016, vigente
a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016).
(redação do Artigo 39, do Livro II, revogada pelo Decreto Estadual n.º 45.354/2015, vigente a partir de
01.09.2015).
ANEXO I
(Anexo I, do Livro II, alterado pelo Decreto nº 46.595/2019, vigente a partir de 13.03.2019, com efeitos
a contar de 01.07.2019).
ANEXO II
OPERAÇÕES INTERNAS
(redação do Anexo II, do Livro II, revogada pelo Decreto Estadual n.º 41.961/2009, vigente a partir de
01.09.2009).
ANEXO II-A
REVOGADO
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COTEJAMENTO DO ICMS
(redação do Anexo II-A, revogada pelo Decreto Estadual n.º 41.175/2008, vigente desde 26.12.2007)
ANEXO III
REGISTRO PRINCIPAL
ID Re- A0 2 X 2
gistro
Fixo GST 3 X 5
Versão 02 2 X 7
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REGISTRO ANEXO I
ID Regis- A1 2 X 2
tro
Inscrição Estadual 14 X 27
REGISTRO ANEXO II
ID Regis- A2 2 X 2
tro
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Inscrição Estadual 14 X 27
ID Registro A3 2 X 2
Inscrição Estadual 14 X 16
Base de Cálculo 15 N 31
ANEXO IV
REVOGADO
(redação do Anexo IV, do Livro II, revogada pelo Decreto Estadual n.º 41.961/2009, vigente a partir de
01.09.2009).
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AUDITORIA ADUANEIRA
Auditoria Aduaneira
De acordo com os estudos realizados sobre a legislação aduaneira e sua correlação com outras leis e
regulamentos fiscais, a auditoria aduaneira deve ser capaz de revisar as informações registradas nos
documentos de importação e exportação (DI, BL, fatura comercial, packing list entre outros) e elaborar
um relatório de auditoria contemplando os seguintes pontos:
A auditoria aduaneira pode trazer uma revisão abrangente dos processos de embarque e seus docu-
mentos. Para um auditor, este processo deve começar com uma revisão dos registros de modo a iden-
tificar se a empresa possui todos os documentos referentes ao embarque realizado.
Um processo de auditoria verifica também a movimentação física dos documentos utilizados pelo des-
pachante aduaneiro ou agente estão em conformidade com a legislação aduaneira, prevendo a neces-
sidade adequar o pedido aos ditames legais definidos pelos documentos contábeis, evidenciando o
movimento de câmbio (pagamentos e recebimentos).
Depois de localizados todos os arquivos, estes serão analisados para determinar se os anexos oficiais
e não oficiais estão completos. Todos os anexos são documentos importantes, pois podem ajudar a
especificar o tipo de operação, quantidade de mercadoria, valor, tipo de transação, etc.
Com todos os registros em mãos, o primeiro passo será verificar se a empresa possui um procedimento
formal, no modelo de check list, que assegure que todos os documentos sejam arquivados na pasta,
devido à existência de sanções previstas em lei, relacionadas à guarda precária dos documentos.
De posse de toda a documentação, o auditor passa a executar a fase I. Nessa, terá a capacidade de
extrair informações relativas às operações revisadas e determinar, por exemplo, o tempo gasto na ope-
ração de embarque e talvez com isso a empresa adotará as melhores estratégias sobre as rotas, mo-
dais com aqueles usados atualmente, principalmente porque as operações deverão ser mais eficientes
em tempo e custo. Esta informação irá ajudar a melhorar a logística Internacional para benefício dos
importadores e exportadores.
Na fase II, o objetivo é trazer a informação dos documentos que integram os registros da operação
internacional. Esta fase requer o conhecimento detalhado da legislação aduaneira referente ao período
de abrangência da auditoria, com o objetivo de determinar os erros e as omissões, que possam gerar
penalidades expressas ou considerações fiscais. Os pareceres da exatidão da documentação adua-
neira devem procurar determinar a afirmação correta a respeito dos:
b) Detalhes dos produtos, tais como a quantidade, descrição das mercadorias de origem, e de tarifas;
c) Dados relativos à avaliação, tais como o valor real de propriedade, o tipo de transação tributária, e
certos pagamentos e a aplicação preferencial de tarifárias para casos excepcionais;
d) Dados sobre procedimentos aduaneiros aplicados e a consequências e/ou obrigações de cada um.
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AUDITORIA ADUANEIRA
Nesta fase II a verificação poderá ser amostral, isto é, não é necessário controlar todos os movimentos,
porém é aconselhável estabelecer parâmetros que possam alcançar o objetivo e, assim, determinar
uma percentagem adequada para que a amostra seja representativa.
É importante a determinação clara de parâmetros sensíveis que ajudarão a localizar erros comuns e
evitar a análise individual de cada processo, o que poderá significar uma tarefa interminável depen-
dendo do tamanho de sua empresa e do número de operações que são realizadas a cada ano.
A determinação dos parâmetros é sugerida através do valor amostral obtido na aplicação da norma
ABNT NBR 5426/85, onde se aplica uma quantidade adicional de 20% como amostra de segurança,
obtendo-se desta forma, a quantidade de processos a serem auditados. Ainda para a seleção, poderá
optar-se por utilizar diversos critérios de verificação, como por exemplo, valor CIF, fornecedores / cli-
entes, país de origem ou canal de parametrização.
Caso haja o interesse, a empresa poderá optar também pela verificação de 100% dos documentos,
assim a auditoria deverá realizar a verificação completa da base de dados da empresa e estabelecer
uma estratégia para a correção destes.
A fase III de uma auditoria aduaneira está relacionada com controle de inventário. Neste momento o
processo seria o de determinar os montantes e tipos de mercadorias entre o registro das declarações
com o que fisicamente foi registrado ou apenas poderá ser para determinar se a forma controle de
inventário e monitoramento registrado está consistente com deveres fiscais e aduaneiros.
A última fase aplicável, fase IV, possui o objetivo de identificar as retificações ocorridas nas declarações
aduaneiras de importação e exportação. Será verificado se a empresa mantém um controle das retifi-
cações realizadas, bem como as providências tomadas para evitar novas incidências. Será solicitada
para a empresa uma relação atualizada de todas as retificações ocorridas nas declarações aduaneiras,
perdimento e abandono das mercadorias, estas classificadas por tipo de erro/ajuste, por pessoa res-
ponsável pela elaboração da retificação, se despachante aduaneiro ou funcionário e por iniciativa pró-
pria ou por exigência da fiscalização. Por fim, será verificada a natureza dos erros ocorridos bem como
as medidas tomadas para evitar novas ocorrências e as medidas tomadas para retificar as declarações
aduaneiras.
No que diz respeito à fase IV desta auditoria, esta é geralmente uma das etapas mais negligenciadas
por parte dos auditores, e se refere as informações que poderiam mudar a estratégia da logística inter-
nacional de importação e exportação, melhorando os serviços que auxiliam na movimentação de mer-
cadorias, que permitem estabelecer melhores orçamentos operacionais e reduzir as despesas desne-
cessárias.
Esta parte da auditoria também permitirá identificar problemas logísticos, como por exemplo, o presta-
dor não relatar seus problemas de embarques ou o mesmo deixar de enviar a fatura para a aduana,
sendo as principais razões para atraso dos embarques.
Com o exame detalhado das operações aduaneiras e com a revisão dos procedimentos e controles
internos, a auditoria apresentará um parecer para os interessados nessas demonstrações. Este parecer
provavelmente relatará recomendações para a empresa, contendo os problemas detectados pelos au-
ditores, as consequências desses problemas e a recomendação da auditoria, das medidas de correção
a serem tomadas. Com isso, o processo ajudará no desenvolvimento da empresa e contribui para o
aperfeiçoamento de sua competitividade.
Um trabalho eficiente de Auditoria levará a empresa a alcançar resultados concretos e ganhos signifi-
cativos. A auditoria garantirá a qualidade dos processos, ajudará na identificação e gerenciamento de
riscos, ajudará no aprimoramento dos procedimentos e controles internos, permitirá a detecção de frau-
des, cada vez mais comuns no ambiente corporativo, e aprimorará o desenvolvimento das pessoas.
Enfim, é um serviço que contribuirá muito para o desenvolvimento das empresas.
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
IX – cooperativas de crédito;
I – de terrorismo;
V – contratos de mútuo;
Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta Lei
Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão,
de um a quatro anos, e multa, aplicando-se, no que couber, o Código Penal,
sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omitir, retardar
injustificadamente ou prestar falsamente as informações requeridas nos termos
desta Lei Complementar.
Art. 12. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.