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TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL NA BIPOLARIDA

MAYARA MARTINS LEONI1


Discente do curso de Pós-graduação em Terapia Cognitiva Comportamental
CEUNSP – Centro Universitário Cidade de Salto/SP

RESUMO: A bipolaridade ou transtorno bipolar é uma doença psiquiátrica que


afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes, milhões de pessoas
em todo o mundo já foram diagnosticadas com bipolaridade. Esse transtorno
caracteriza-se por mudanças bruscas e intensas do humor, que podem oscilar
entre fases de euforia, conhecidas como mania, e fases de depressão. O
tratamento da bipolaridade envolve o uso de medicamentos psiquiátricos, mas
também pode incluir algumas terapias tais como a Terapia Cognitiva
Comportamental (TCC). A TCC é uma abordagem terapêutica baseada em
evidências, que se concentra nos pensamentos, emoções e comportamentos
dos indivíduos, visando modificar crenças disfuncionais e comportamentos
inadequados Diante disto o trabalho tem por objetivo analisar a eficácia da TCC
como tratamento para pacientes com transtorno bipolar através de uma revisão
sistemática da literatura, e para tal, apresentou os seguintes objetivos
específicos: identificar os principais estudos que avaliam a eficácia da TCC na
bipolaridade; avaliar os efeitos da TCC nos sintomas afetivos e no
funcionamento global de pacientes com bipolaridade; comparar a eficácia da
TCC com outras abordagens terapêuticas para o tratamento da bipolaridade.
Nessa abordagem foram utilizadas diversas fontes de informação, como
bancos de dados tais como: PubMed, Portal de Periódicos Capes, Scorpus e
outros. Dessa forma, a revisão sistemática permitiu a reunião das informações
mais relevantes e confiáveis, sendo possível concluir que há evidências
consistentes de que a TCC é eficaz na prevenção de recaídas e na redução
dos sintomas depressivos e maníacos em pacientes com transtorno bipolar.
Além disso, a TCC tem sido associada a melhorias no funcionamento social e
ocupacional dos pacientes e que apesar das evidências positivas existentes,
ainda há muito a ser explorado na pesquisa sobre a eficácia da TCC na
bipolaridade, e as futuras pesquisas podem ajudar a desenvolver abordagens
de tratamento mais personalizadas e eficazes para os pacientes.

Palavras-chaves: transtorno psíquico, abordagem terapêutica, transtorno


bipolar.

ABSTRACT:. Bipolar disorder or bipolar disorder is a psychiatric illness that


significantly affects the quality of life of patients, millions of people around the
world have been diagnosed with bipolar disorder. This disorder is characterized
by sudden and intense mood swings, which can oscillate between phases of
euphoria, known as mania, and phases of depression. The treatment of bipolar

1 E-mail: psi.mayaramartins@gmail.com
disorder involves the use of psychiatric medications, but may also include some
therapies such as Cognitive Behavioral Therapy (CBT). CBT is an evidence-
based therapeutic approach that focuses on the thoughts, emotions, and
behaviors of individuals, aiming to modify dysfunctional beliefs and
inappropriate behaviors In view of this, this paper aims to analyze the
effectiveness of CBT as a treatment for patients with bipolar disorder through a
systematic review of the literature: identify the main studies evaluating the
effectiveness of CBT in bipolar disorder; evaluate the effects of CBT on
affective symptoms and global functioning in patients with bipolar disorder;
compare the effectiveness of CBT with other therapeutic approaches for the
treatment of bipolar disorder. In this approach several sources of information
were used, such as databases like PubMed, Portal de Periódicos Capes,
Scorpus and others. Thus, the systematic review allowed the gathering of the
most relevant and reliable information, being possible to conclude that there is
consistent evidence that CBT is effective in preventing relapses and reducing
depressive and manic symptoms in patients with bipolar disorder. Furthermore,
CBT has been associated with improvements in patients' social and
occupational functioning and that despite the existing positive evidence, there is
still much to be explored in research on the effectiveness of CBT in bipolar
disorder, and future research may help to develop more personalized and
effective treatment approaches for patients.

Keywords: psychic disorder, therapeutic approach, bipolar disorder.

INTRODUÇÃO

A bipolaridade é uma doença psiquiátrica que afeta milhões de pessoas


em todo o mundo. Ela se caracteriza por mudanças bruscas e intensas do
humor, que podem oscilar entre fases de euforia, conhecidas como mania, e
fases de depressão. O transtorno bipolar afeta significativamente a qualidade
de vida dos pacientes
O tratamento da bipolaridade envolve o uso de medicamentos
psiquiátricos, mas também pode incluir algumas terapias tais como a terapia
interpessoal, familiar, psicoeducação, terapia de grupo e terapia cognitiva
comportamental (TCC).
A terapia cognitiva comportamental (TCC) tem sido amplamente utilizada
como abordagem terapêutica em diferentes transtornos psiquiátricos, uma das
mais utilizadas e estudadas para na bipolaridade, e para tal, a pesquisa possui
como objetivo geral: analisar a eficácia da TCC como tratamento para
pacientes com transtorno bipolar, propondo com os seguintes objetivos
específicos: identificar os principais estudos que avaliam a eficácia da TCC na
bipolaridade; avaliar os efeitos da TCC nos sintomas afetivos e no
funcionamento global de pacientes com bipolaridade; comparar a eficácia da
TCC com outras abordagens terapêuticas para o tratamento da bipolaridade.
Esses objetivos específicos guiarão a revisão de literatura e permitirão
uma análise mais aprofundada da eficácia da TCC na bipolaridade.
A TCC é uma abordagem terapêutica baseada em evidências, que se
concentra nos pensamentos, emoções e comportamentos dos indivíduos,
visando modificar crenças disfuncionais e comportamentos inadequados.
Sendo assim, entende-se a TCC como uma abordagem psicoterapêutica cujo o
objetivo ajudar o paciente a identificar e modificar padrões de pensamento
disfuncionais e comportamentos inadequados, e para tal, neste trabalho,
revisaremos a literatura sobre a eficácia da TCC no tratamento da bipolaridade
através de uma revisão sistemática da literatura sobre a temática estabelecida
para a pesquisa.
A revisão sistemática é um método de pesquisa que tem como objetivo
identificar, avaliar e sintetizar de forma sistemática os resultados de estudos
relevantes sobre uma questão específica, a fim de fornecer evidências mais
precisas e confiáveis sobre a eficácia da TCC no tratamento da bipolaridade.
Nessa abordagem foram utilizadas diversas fontes de informação, como
bancos de dados tais como: PubMed, Portal de Periódicos Capes, Scorpus e
outros. Os artigos selecionados foram analisados e sintetizados de forma
sistemática, a fim de identificar tendências, discrepâncias, lacunas e
consistências nos resultados. Dessa forma, a revisão sistemática permitiu a
reunião das informações mais relevantes e confiáveis, a fim de chegar a
conclusões mais fundamentadas e seguras sobre a questão em estudo. Além
disso, essa revisão poderá fornecer informações úteis para profissionais de
saúde mental e pesquisadores que trabalham com o tratamento da
bipolaridade, contribuindo para o desenvolvimento de novas estratégias
terapêuticas baseadas nas evidências apresentadas.

1. BIPOLARIDADE
A bipolaridade é um transtorno mental caracterizado por alterações
extremas e abruptas do humor, com períodos de euforia (mania ou hipomania)
intercalados com períodos de depressão. Essas oscilações podem ocorrer ao
longo de dias, semanas ou meses e podem afetar gravemente a qualidade de
vida do indivíduo (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1980)
Conforme o CID-10 (Classificação Internacional de Doenças, 10ª
revisão), a bipolaridade é uma condição psiquiátrica caracterizada pela
presença de episódios recorrentes de mudanças de humor, que podem variar
de um estado de humor elevado ou mania a um estado de humor deprimido.
Esses episódios podem ocorrer separadamente, como no transtorno bipolar
tipo I, ou em ciclos, como no transtorno bipolar tipo II. O diagnóstico de
transtorno bipolar também pode incluir sintomas psicóticos, como alucinações
ou delírios, durante os episódios de humor elevado ou depressivo. O CID-10
classifica a bipolaridade como um transtorno afetivo (ou do humor) e listada na
categoria F31 (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1994).
Os sintomas da fase maníaca ou hipomaníaca incluem aumento de
energia, excitação, irritabilidade, hiperatividade, insônia, fala rápida e pressão
alta. Já na fase depressiva, os sintomas incluem tristeza, desesperança, perda
de interesse em atividades prazerosas, fadiga, insônia ou sonolência
excessiva, alterações de apetite e pensamentos suicidas. Ainda sobre os
sintomas, a Associação Americana de psiquiatria estabelece:

A característica essencial do transtorno bipolar é a presença de


um ou mais episódios de humor anormalmente elevado,
expansivo ou irritável, que duram pelo menos uma semana e
são acompanhados de sintomas adicionais como aumento da
energia, diminuição da necessidade de sono, fala acelerada,
pensamento acelerado, distraibilidade, agitação psicomotora,
comportamento impulsivo e/ou hipersexualidade. Os episódios
de depressão bipolar são caracterizados por tristeza
persistente, falta de prazer ou interesse, baixa autoestima,
perda de energia, fadiga, distúrbios do sono e do apetite,
dificuldade de concentração e pensamentos suicidas
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA), 2014).

O transtorno bipolar pode ser dividido em diferentes subtipos, incluindo o


tipo I caracterizado por episódios maníacos ou mistos graves e episódios
depressivos, ou tipo II, caracterizado por episódios hipomaníacos e
depressivos e ciclotimia (caracterizada por alterações de humor menos graves,
mas crônicas (CORYELL, [s. d.])
Quanto ao tratamento da bipolaridade, (CORRÊA; LIMA, 2018)
descrevem que no tratamento da bipolaridade deve ser adotadas medidas
diversas, tais como: uso de medicamentos, estabilizadores de humor,
psicoterapia e mudanças no estilo de vida, como a prática de atividades físicas
e uma dieta saudável. O acompanhamento médico regular é fundamental para
garantir a eficácia do tratamento e a prevenção de recaídas
A descrição dos sintomas da bipolaridade pode ser rastreada até o
início do século XIX, mas o conceito moderno de transtorno bipolar como uma
entidade clínica distinta surgiu no final do século XIX e início do século XX. Em
1854, o psiquiatra francês Jean-Pierre Falret descreveu um transtorno que ele
chamou de "folie circulaire" (loucura circular), que envolvia episódios
recorrentes de mania e depressão. Em 1899, o psiquiatra alemão Emil
Kraepelin introduziu o termo "psicose maníaco-depressiva" para descrever um
transtorno que envolvia episódios alternados de mania e depressão. Ele
acreditava que o transtorno era biológico e herdado, e que poderia ser tratado
com medicamentos. Desde então, houve uma série de avanços no diagnóstico
e tratamento do transtorno bipolar. Hoje em dia, a bipolaridade é considerada
uma condição médica tratável e muitas pessoas conseguem levar uma vida
plena e saudável com o tratamento adequado (KAPCZINSKI, QUEVEDO,
2016).
A prevalência do transtorno bipolar varia entre as diferentes regiões do
mundo, mas estima-se que cerca de 1-2% da população mundial sofra de
bipolaridade. A prevalência pode ser influenciada por fatores como idade, sexo,
etnia e cultura (GARCIA et al., 2022).
A idade de início do transtorno bipolar geralmente varia entre a
adolescência e o início da idade adulta, mas pode ocorrer em qualquer idade.
O transtorno afeta homens e mulheres igualmente, embora alguns estudos
sugiram uma leve predominância em mulheres. A bipolaridade também pode
estar associada a outras condições médicas e psiquiátricas, como transtornos
de ansiedade, transtornos do sono, transtornos alimentares e abuso de
substâncias. Pessoas com histórico familiar de transtorno bipolar têm maior
probabilidade de desenvolver a condição. Estudos genéticos sugerem que o
transtorno é influenciado por múltiplos genes e fatores ambientais (GARCIA et
al. 2022).
A bipolaridade é uma condição crônica, com episódios recorrentes de
mania e depressão. É importante destacar que, com o tratamento adequado,
muitas pessoas com transtorno bipolar conseguem levar uma vida plena e
saudável. O tratamento pode envolver medicamentos, estabilizadores de
humor, psicoterapia e mudanças no estilo de vida (KAPCZINSKI, QUEVEDO,
2016).
Há algumas décadas, houve um aumento no diagnóstico de bipolaridade
no Brasil e em todo o mundo. Vários fatores podem explicar essa tendência,
como uma maior conscientização sobre a condição, aprimoramentos na
identificação e diagnóstico do transtorno, bem como uma maior disponibilidade
de tratamentos eficazes. Outro fator que pode ter contribuído para o aumento
do diagnóstico de bipolaridade é a maior compreensão da bipolaridade como
uma condição de saúde mental comum e grave. Além disso, a crescente
demanda por serviços de saúde mental e o aumento do acesso aos cuidados
médicos também podem ter levado a um aumento no diagnóstico de
transtornos mentais, incluindo o transtorno bipolar. No entanto, é importante
notar que o diagnóstico de bipolaridade pode ser desafiador, pois a condição
pode ser confundida com outras condições de saúde mental, como depressão,
transtornos de ansiedade ou transtornos de personalidade. Além disso, a
bipolaridade é uma condição complexa que pode variar amplamente em
gravidade e sintomas, o que pode dificultar o diagnóstico (BOSAIPO, 2017).
Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de
Transtornos Afetivos (ABRATA) independentemente das razões por trás do
aumento do diagnóstico de bipolaridade, é importante lembrar que a condição é
tratável e muitas pessoas com bipolaridade conseguem levar uma vida
saudável e produtiva com o tratamento adequado (ABRATA [s.d]).
Na bipolaridade, como em qualquer outra condição, estudar as
alterações funcionais e estruturais que ocorrem no corpo humano como
resultado da doença contribui fortemente para a melhor compreensão de todos
os processos relacionados a esta condição, e para tal, a fisiopatologia da
doença é o estudo destas alterações funcionais e estruturais que visa explicar
as mudanças que ocorrem no corpo durante uma doença ou condição,
incluindo alterações bioquímicas, fisiológicas e a anatomia dos órgãos e
sistemas. Sendo assim, A compreensão da fisiopatologia de uma doença é
fundamental para o diagnóstico e tratamento eficazes, pois ajuda a identificar
os processos biológicos subjacentes que causam os sintomas da doença e a
escolher a melhor abordagem terapêutica para restaurar a função normal do
organismo (HAMMER; MCPHEE, 2018)
Como explicitado anteriormente, a fisiopatologia da bipolaridade envolve
vários fatores, incluindo genética, neuroquímica e neuroanatomia. Estudos
como o de Craddock e Jones (1999) mostram que a bipolaridade tem um forte
componente genético, com uma herança estimada em cerca de 80% que
investigou a hereditariedade do transtorno bipolar em uma grande amostra de
indivíduos. Eles descobriram que os parentes de primeiro grau de indivíduos
com transtorno bipolar tinham uma probabilidade significativamente maior de
desenvolver o transtorno do que os parentes de primeiro grau de indivíduos
sem o transtorno. Outro estudo relevante foi realizado por Kelsoe et al. (2001),
que identificou uma região do cromossomo 18 que estava significativamente
associada ao transtorno bipolar em uma grande família com vários membros
afetados pelo transtorno. Além disso, estudos de genética molecular, como a
análise de marcadores genéticos, têm encontrado várias regiões do genoma
humano que parecem estar envolvidas na susceptibilidade ao transtorno
bipolar.
Ainda existem vários estudos que indicam que indivíduos com parentes
próximos de que têm transtorno bipolar têm um risco maior de desenvolver o
transtorno, onde, um estudo realizado por Smoller et al. (2019) aponta que ter
um pai ou irmão com transtorno bipolar aumentava significativamente o risco
de desenvolver o transtorno em comparação com a população em geral. O
risco foi ainda maior se o parente afetado tivesse um transtorno bipolar mais
grave.
Esses estudos sugerem que a presença de parentes próximos com
transtorno bipolar é um fator de risco significativo para o desenvolvimento do
transtorno. No entanto, segundo (CARNEIRO; SORATTO, 2016) é importante
lembrar que a hereditariedade não é a única causa do transtorno bipolar e
outros fatores, como o ambiente e o estilo de vida, também podem
desempenhar um papel.
A neuroquímica também desempenha um papel importante na
fisiopatologia da bipolaridade. Acredita-se que os desequilíbrios dos
neurotransmissores no cérebro estejam envolvidos na doença.

Uma das hipóteses mais estudadas é a de que o transtorno


bipolar está associado a disfunções nos sistemas de
neurotransmissores monoaminérgicos, particularmente a
serotonina, a dopamina e a noradrenalina" (Kauer-Sant'Anna et
al., 2007, p. 92).

Segundo Kapczinski e Quevedo (2016) a mania é frequentemente


associada a níveis elevados de dopamina, enquanto a depressão está
relacionada a níveis baixos de serotonina e noradrenalina. Além disso, a
neuroanatomia também desempenha um papel importante na bipolaridade.
Estudos de imagem cerebral mostraram diferenças estruturais e funcionais em
áreas do cérebro, como o córtex pré-frontal, o hipocampo e a amígdala, em
indivíduos com transtorno bipolar em comparação com indivíduos saudáveis.
Ainda segundo o autor, a fisiopatologia da bipolaridade é complexa e
multifacetada, envolvendo uma combinação de fatores genéticos,
neuroquímicos e neuroanatômicos que interagem para causar a doença.
A fisiopatologia da bipolaridade é complexa e não está totalmente
compreendida, o que pode dificultar ainda mais o diagnóstico preciso, tornando
o diagnóstico da bipolaridade um desafio para os profissionais de saúde, já que
a doença apresenta ampla variedade de sintomas e fatores de risco, bem como
diferentes subtipos e variações entre os indivíduos afetados (HAMMER;
MCPHEE, 2018)
O diagnóstico da bipolaridade é geralmente feito por um profissional de
saúde mental, como um psiquiatra, psicólogo ou médico de clínica geral. Para
diagnosticar a bipolaridade, o profissional de saúde mental normalmente faz
uma avaliação clínica completa, incluindo uma entrevista com o paciente e
seus familiares ou amigos próximos, para obter informações sobre a história
clínica, sintomas atuais e comportamento geral do paciente (ABRATA, [s. d.]).
Ferramentas usadas por profissionais de saúde mental para diagnosticar
a bipolaridade incluem:
● Critérios diagnósticos: A bipolaridade é geralmente diagnosticada
usando critérios específicos da Classificação Internacional de Doenças
(CID) ou do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(DSM). Esses critérios incluem episódios maníacos, hipomaníacos e
depressivos.
● Questionários de avaliação: Os profissionais de saúde mental podem
utilizar questionários padronizados para avaliar a presença e gravidade
dos sintomas, como o Inventário de Depressão de Beck (BDI) ou a
Escala de Avaliação da Mania de Young (YMRS).
● Exames médicos e de laboratório: Os profissionais de saúde mental
também podem solicitar exames médicos e de laboratório para descartar
outras condições médicas que possam estar causando sintomas
semelhantes (BONSATO, et al., 2017).

De acordo com Pereira et al. 2010) é importante lembrar que o


diagnóstico de bipolaridade pode ser complicado, pois a doença pode ser
confundida com outras condições de saúde mental, como depressão unipolar,
transtorno de ansiedade e transtorno de personalidade. Por isso, é importante
que o diagnóstico seja feito por um profissional de saúde mental experiente,
tendo em vista que o reconhecimento da bipolaridade e de seus subtipos pode
ser desafiador devido a uma série de fatores clínicos. Alguns desses desafios
incluem:

● Sintomas variáveis: Os sintomas da bipolaridade podem ser variáveis, o


que significa que o paciente pode apresentar episódios maníacos,
hipomaníacos e depressivos em diferentes momentos. Isso pode
dificultar o diagnóstico preciso, especialmente se o paciente está
passando por um episódio depressivo no momento da avaliação clínica.
Neste sentido declaram:

Os sintomas da bipolaridade podem variar de pessoa para


pessoa e de acordo com a fase do episódio. Durante um
episódio maníaco, por exemplo, o indivíduo pode apresentar
humor elevado, excesso de energia, pensamento acelerado e
comportamento impulsivo. Já durante um episódio depressivo,
os sintomas incluem tristeza, falta de energia e interesse,
dificuldade de concentração e alterações no sono e apetite"
(Malhi & Porter, 2018, p. 7).

● Comorbidades: Muitos pacientes com bipolaridade têm outras condições


médicas ou psiquiátricas, o que pode dificultar o diagnóstico e o
tratamento adequado da doença. Por exemplo, a depressão e a
ansiedade podem coexistir com a bipolaridade, dificultando distinguir os
sintomas da bipolaridade dos de outras condições. Neste sentido,
Cavanagh et al. (2017) apresenta:

Depressão e ansiedade são comuns em pacientes com


transtorno bipolar e podem coexistir com a mania ou a
hipomania, o que torna a identificação da doença bipolar difícil
em alguns casos" (Cavanagh et al., 2017, p. 9).

● Subtipos de bipolaridade: Existem diferentes subtipos de bipolaridade,


incluindo o tipo I, tipo II, ciclotimia e transtorno bipolar não especificado.
Cada subtipo tem suas próprias características e sintomas distintos, o
que pode dificultar o reconhecimento e o tratamento adequado. Para tal
afirmação, Grunze et al., (2018) relata o quanto o reconhecimento e
tratamento da bipolaridade devido aos vários subtipos é um ato
desafiador:

A classificação do transtorno bipolar em subtipos é útil na


prática clínica, mas existem limitações na sua aplicação, devido
à variação dos sintomas e à dificuldade em distinguir entre os
subtipos. O tratamento do transtorno bipolar também pode ser
desafiador, uma vez que cada subtipo pode responder de
forma diferente aos medicamentos (Grunze et al., 2018, p. 1).

● Adesão ao tratamento: A adesão ao tratamento é um desafio comum em


pacientes com bipolaridade, pois os episódios de mania podem levar o
paciente a acreditar que não precisa de tratamento ou a abandonar o
tratamento. Isso pode levar a uma piora dos sintomas e à necessidade
de ajustes no tratamento. Neste sentido, Fountoulakis et al., (2019)
apresenta:

"A adesão ao tratamento é um desafio comum em pacientes


com transtorno bipolar, pois a doença pode afetar o julgamento
e a percepção do paciente sobre a necessidade do tratamento.
Durante os episódios de mania, os pacientes podem acreditar
que não precisam de tratamento e, durante os episódios de
depressão, podem sentir-se desesperançados e sem energia
para seguir o tratamento" (Fountoulakis et al., 2019, p. 20).

Para superar esses desafios, é importante que os profissionais de saúde


mental realizem avaliações clínicas completas e usem ferramentas de
avaliação padronizadas para ajudar no diagnóstico. Além disso, é importante
que os pacientes com bipolaridade recebam tratamento personalizado e
adaptado às suas necessidades individuais, incluindo medicamentos, terapia e
suporte contínuo. A educação do paciente e da família sobre a doença e seus
sintomas também pode ajudar a melhorar a adesão ao tratamento e o manejo
dos sintomas (GRADE et al., (2016).

2. A PSICOLOGIA NA BIPOLARIDADE

A psicologia desempenha um papel importante no tratamento da


bipolaridade, uma vez que a doença afeta não apenas o estado de humor, mas
também o comportamento, o pensamento e a vida diária do paciente. O
tratamento psicológico pode ajudar a controlar os sintomas, melhorar a
qualidade de vida e prevenir recaídas (MIKLOWITZ, 2018). Algumas
abordagens terapêuticas podem ser eficazes no tratamento da bipolaridade:

2.1 Terapia Interpessoal (TIP)

A terapia interpessoal (TIP) é uma abordagem psicoterapêutica, se


concentra nas relações interpessoais do paciente e ajuda a melhorar a
comunicação, solucionar problemas e lidar com conflitos interpessoais que
possam estar afetando o humor do paciente (KLERMAN, 1993).
A abordagem da TIP se concentra em quatro áreas principais de
problemas interpessoais: luto, mudanças de papéis, conflitos interpessoais e
déficits interpessoais. Sendo assim, a (TIP) é uma abordagem que pode ser
aplicada ao tratamento da bipolaridade, com objetivando a melhora da
qualidade das relações interpessoais e, consequentemente, a estabilidade do
humor do paciente. A TIP é baseada na ideia de que os problemas emocionais
do paciente podem estar relacionados a dificuldades nos relacionamentos
interpessoais, já que a abordagem é baseada na ideia de que os problemas
emocionais do paciente podem estar relacionados a dificuldades nos
relacionamentos interpessoais (KLERMAN, WEISSMAN, 1994).
Uma das referências principais para a aplicação da TIP no tratamento da
bipolaridade é o livro "Terapia Interpessoal: Teoria e Prática", de Scott Stuart e
Michael Robertson, publicado em 2012. Os autores destacam que a TIP pode
ser uma abordagem útil para ajudar pacientes com transtornos bipolares a lidar
com problemas interpessoais, como conflitos com parceiros, familiares e
amigos, e a desenvolver habilidades para melhorar a qualidade dessas
relações (STUART, ROBERTSON, 2012).
Outra referência importante é o artigo "Interpersonal psychotherapy for
bipolar disorder: A review of feasibility and efficacy studies", de Holly Swartz e
Ellen Frank, publicado em 2001. Os autores revisam estudos que investigaram
a aplicação da TIP no tratamento da bipolaridade e concluem que a abordagem
pode ser eficaz para melhorar a estabilidade do humor, reduzir sintomas
depressivos e melhorar a qualidade dos relacionamentos interpessoais em
pacientes com transtorno bipolar. Segundo os autores, a TIP pode ser
especialmente útil no tratamento da bipolaridade porque as flutuações de
humor podem afetar negativamente os relacionamentos interpessoais do
paciente, o que pode levar a um ciclo de estresse e piora dos sintomas. A TIP
busca ajudar o paciente a identificar e resolver conflitos interpessoais, melhorar
as habilidades de comunicação e reduzir o estresse nas relações interpessoais
(SWARTZ, FRANK, 2001).

2. 2 Terapia Psicoeducacional

A terapia psicoeducacional aplicada a bipolaridade é uma abordagem


psicoterapêutica que se concentra em fornecer informações e estabelecer
estratégias para ajudar pacientes com transtorno bipolar a gerenciar sua
doença e prevenir recaídas, envolve a educação do paciente e da família sobre
a bipolaridade, seus sintomas e como gerenciá-los. Isso pode ajudar o paciente
e a família a entender melhor a doença, a desenvolver um plano de tratamento
eficaz e a melhorar a adesão ao tratamento. É uma abordagem baseada em
evidências que combina educação sobre o transtorno bipolar com técnicas de
resolução de problemas, treinamento de habilidades sociais e estratégias de
gerenciamento de estresse (REINARES et al., 2016).
A terapia psicoeducacional aplicada a bipolaridade geralmente envolve
sessões de terapia em grupo, onde os pacientes recebem informações sobre
os sintomas da bipolaridade, as causas da doença e as estratégias para
gerenciá-la. Os pacientes também aprendem técnicas para identificar sinais de
alerta de recaída e estratégias para prevenir recaídas. Além disso, a terapia
psicoeducacional pode ajudar os pacientes a desenvolver habilidades sociais,
como comunicação eficaz e resolução de conflitos (COLON, VIETA, 2017).
A terapia psicoeducacional é frequentemente utilizada como parte de um
tratamento mais amplo para transtorno bipolar, que pode incluir medicamentos,
terapia cognitivo-comportamental e outras abordagens psicoterapêuticas. É
uma abordagem que pode ajudar os pacientes a gerenciar melhor sua doença
e levar uma vida mais estável e satisfatória (SURESH, 2018).

2.3. Terapia cognitivo-comportamental (TCC)

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem


terapêutica cujo objetivo é ajudar pacientes a identificar e modificar padrões de
pensamento disfuncionais e comportamentos mal adaptativos que contribuem
para problemas emocionais e comportamentais (BEZERRA; BADARÓ, 2023).

2.1.1 A terapia cognitiva comportamental na bipolaridade

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) na bipolaridade é uma


abordagem terapêutica cujo objetivo é ajudar o paciente a identificar e
modificar padrões de pensamento e comportamentos disfuncionais que podem
contribuir para os episódios de mania e depressão. A TCC pode ser usada em
conjunto com medicamentos para tratar a bipolaridade. O tratamento com TCC
pode ajudar o paciente a desenvolver habilidades para gerenciar a doença e a
prevenir recaídas. A terapia pode ser realizada individualmente ou em grupo,
dependendo das necessidades do paciente e da disponibilidade de recursos
terapêuticos (MORAES; GON; ZAZULA, 2016).
Na bipolaridade, a TCC pode ajudar o paciente a identificar e mudar
padrões de pensamento e comportamentos que podem desencadear episódios
de mania ou depressão através de estratégias para lidar com o estresse,
regular o humor, manter um estilo de vida saudável, a estabelecer relações
interpessoais positivas e a alcançar seus objetivos pessoais e profissionais
(BEZERRA; BADARÓ, 2023).
As estratégias terapêuticas mais utilizadas na TCC (quadro 1) que
incluem:

Quadro 1 Estratégias Terapêuticas Aplicadas na Terapia Cognitiva


Comportamental

Identificação de pensamentos O terapeuta ajuda o paciente a identificar padrões


disfuncionais: de pensamento negativos e distorcidos que podem
estar contribuindo para a bipolaridade. Por exemplo,
o paciente pode estar pensando de forma
catastrófica ou exagerando os problemas, o que
pode levar a episódios de mania ou depressão.

Reestruturação cognitiva: O terapeuta ajuda o paciente a desenvolver


habilidades para desafiar e modificar esses padrões
de pensamento disfuncionais. Por exemplo, o
paciente pode aprender a identificar e questionar
pensamentos negativos e a desenvolver
pensamentos mais realistas e positivos.

Regulação emocional: A TCC pode ajudar o paciente a desenvolver


habilidades para regular as emoções e evitar os
extremos de humor que ocorrem na bipolaridade. O
paciente pode aprender estratégias para lidar com o
estresse, a ansiedade e a depressão, como a
meditação, o relaxamento muscular progressivo e a
atenção plena.

Resolução de problemas: A TCC pode ajudar o paciente a desenvolver


habilidades para solucionar problemas e lidar com
situações estressantes de forma mais eficaz. O
paciente pode aprender estratégias para identificar
os problemas, avaliar as possíveis soluções e
escolher a melhor opção.

Fonte: (CONCEIÇÃO, BUENO, 2020).


A TCC na bipolaridade é baseada na premissa de que os padrões de
pensamento e comportamento de uma pessoa podem afetar diretamente o seu
humor e bem-estar, e para tal, busca identificar e modificar padrões
disfuncionais de pensamento e comportamento que podem desencadear
episódios de mania ou depressão. O tratamento é colaborativo, centrado no
paciente e visa capacitar o paciente para que ele aprenda a reconhecer e
desafiar pensamentos e comportamentos disfuncionais (JOAQUIM, 2022).
Neste mesmo entendimento, Viera e Marques (2016) compreendem que
a TCC é uma abordagem terapêutica eficaz no tratamento da bipolaridade e
que as ações do terapeuta podem ajudar o paciente a desenvolver habilidades
para lidar com o estresse e a regular o humor, identificando fatores
desencadeantes que possam levar estes episódios. O paciente trabalha com
um terapeuta para aprender a reconhecer e questionar pensamentos e crenças
disfuncionais que podem levar a comportamentos inadequados e/ou
desencadear episódios de mania, ou depressão. A abordagem tem se
mostrado eficaz no tratamento da bipolaridade, ajudando os pacientes a reduzir
a frequência e gravidade dos episódios, e prevenir recaídas. Na TCC, O
terapeuta ajuda o paciente a desenvolver habilidades para identificar e
modificar esses padrões de pensamento disfuncionais, que podem incluir:

● Pensamento negativo: O paciente pode ter pensamentos negativos


recorrentes sobre si mesmo, sobre os outros ou sobre o mundo em
geral. O terapeuta ajuda o paciente a identificar esses pensamentos e a
desenvolver estratégias para desafiá-los e substituí-los por pensamentos
mais realistas e positivos;
● Catastrofização: O paciente pode exagerar a gravidade de uma situação
ou evento, levando a sentimentos de ansiedade ou depressão. O
terapeuta ajuda o paciente a identificar e modificar esses padrões de
pensamento distorcidos;
● Raciocínio dicotômico: O paciente pode ter uma visão extremista de si
mesmo e dos outros, vendo tudo como "preto ou branco". O terapeuta
ajuda o paciente a identificar e modificar esses padrões de pensamento
para uma visão mais equilibrada (MONTIEL et al., 2014)
Além de ajudar o paciente a modificar os padrões de pensamento
disfuncionais, a TCC também pode ajudar o paciente a desenvolver habilidades
para lidar com o estresse e a regular o humor, e ainda, a TCC também pode
ser útil para prevenir recaídas a partir de um plano de ação para lidar com os
primeiros sinais de um episódio de mania ou depressão evitando desencadear
episódios futuros (HAYES; HOFMANN, 2020). Existem várias técnicas de
Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) (quadro 2) que podem ser utilizadas
no tratamento da bipolaridade. Algumas das técnicas mais comuns incluem:

Quadro 2: Técnicas de Terapia Cognitiva Comportamental para


Bipolaridade

Monitoramento de Humor: Esta técnica envolve o paciente manter um diário de


humor para registrar os seus estados de ânimo ao
longo do dia. O monitoramento do humor ajuda o
paciente a reconhecer os padrões de humor e a
identificar possíveis gatilhos de episódios maníacos ou
depressivos.

Identificação de Padrões A TCC ajuda o paciente a identificar e desafiar os


de Pensamento pensamentos negativos ou distorcidos que podem
Disfuncionais: contribuir para a bipolaridade. O terapeuta trabalha com
o paciente para identificar os pensamentos que
contribuem para a sua instabilidade de humor e ajuda-o
a substituí-los por pensamentos mais realistas e
equilibrados.

Treinamento em Solução Esta técnica envolve o paciente em aprender a resolver


de Problemas: problemas de forma eficaz. O terapeuta ajuda o
paciente a identificar e definir os problemas, a
considerar possíveis soluções e a avaliar as
consequências de cada opção antes de decidir como
resolver o problema.

Treinamento em Esta técnica ajuda o paciente a desenvolver habilidades


Habilidades de Regulação para regular as emoções e a resposta a situações
Emocional: estressantes. O terapeuta ajuda o paciente a identificar
as suas emoções e a desenvolver estratégias para lidar
com elas de forma saudável e eficaz.

Terapia Interpessoal: Esta técnica envolve o paciente em aprender a lidar


com relacionamentos interpessoais e a estabelecer
relações saudáveis e significativas. O terapeuta ajuda o
paciente a reconhecer os padrões disfuncionais nas
suas relações interpessoais e a desenvolver habilidades
para se comunicar de forma clara e assertiva.
Fonte: (AGRESTA, 2020).
Essas são apenas algumas das técnicas que podem ser utilizadas na
TCC para o tratamento da bipolaridade. O terapeuta pode adaptar o tratamento
para atender às necessidades individuais de cada paciente (OLIVEIRA et al.,
2019).
Existem diversas evidências clínicas que demonstram a eficácia da
Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) no tratamento da bipolaridade.
Alguns estudos indicam que a TCC pode ser uma abordagem eficaz como
tratamento complementar à farmacoterapia no manejo dos sintomas da
bipolaridade. Abaixo estão alguns resultados de pesquisas:
Tabela 1: Estudos que demostram a eficácia da Terapia Cognitiva no tratamento da bipolaridade.

REFERÊNCIA OBJETIVO INTERVENÇÕES RESULTADOS


Reinares et.al., Melhoria da adesão Comparou o tratamento farmacológico isolado com o Os resultados indicaram que a terapia combinada aumentou a
(2014) ao tratamento de tratamento combinado de medicamentos e TCC em adesão dos pacientes ao tratamento e reduziu o número de
bipolaridade pacientes com transtorno bipolar I e II. hospitalizações em comparação com o tratamento farmacológico
isolado.

Miklowitz et al. Eficácia da Terapia O estudo incluiu 175 pacientes com transtorno bipolar tipo ● A TCC e a terapia interpessoal foram igualmente eficazes na redução d
(2011) Cognitivo- I ou II que apresentavam um episódio depressivo atual. Os sintomas depressivos em comparação com o tratamento medicamento
Comportamental pacientes foram randomizados para receber 20 sessões padrão
(TCC) na depressão de TCC, 20 sessões de terapia interpessoal ou tratamento ● A TCC e a terapia interpessoal foram mais eficazes na redução d
e o tratamento medicamentoso padrão. Os pacientes foram avaliados no sintomas de ansiedade e na melhora da qualidade de vida em comparaç
medicamentoso início do tratamento, no final do tratamento e 1 ano após o com o tratamento medicamentoso padrão.
padrão. término do tratamento. ● A TCC foi mais eficaz na redução dos sintomas de mania em comparaç
com a terapia interpessoal e o tratamento medicamentoso padrão.

Miklowitz et. al., Redução dos Comparou o tratamento farmacológico isolado com o Os resultados indicaram que a terapia combinada foi mais
(2007) episódios de mania tratamento combinado de medicamentos e TCC em eficaz na redução do número de episódios de mania e
e depressão pacientes com transtorno bipolar I e II. depressão, além de melhorar a qualidade de vida dos
pacientes

Scotte et al., Prevenção de Comparou a TCC com tratamento padrão em pacientes Os resultados indicaram que a TCC reduziu
(2006) recaídas com transtorno bipolar. significativamente a taxa de recaídas em comparação com
o tratamento padrão, além de melhorar a qualidade de vida
e reduzir a gravidade dos sintomas depressivos.

Lam et. al., Melhoria da comparou o tratamento farmacológico isolado com o Os resultados indicaram que a terapia combinada foi mais
(2003) qualidade de vida tratamento combinado de medicamentos e TCC em eficaz na melhoria da qualidade de vida dos pacientes,
pacientes com transtorno bipolar I e II. reduzindo os sintomas depressivos e aumentando o
funcionamento social.

Fonte: (a autora, 2023).


Essas são algumas das evidências clínicas que demonstram a eficácia
da TCC no tratamento da bipolaridade. No entanto, é importante ressaltar que
a TCC deve ser adaptada às necessidades individuais de cada paciente e o
tratamento deve ser realizado em conjunto com a farmacoterapia, sob a
supervisão de um profissional de saúde mental capacitado. Esses estudos
sugerem que a utilização da TCC é uma estratégia eficaz para a prevenção de
recaídas em pacientes com transtorno bipolar do que o tratamento
farmacológico isolado. Além disso, a TCC sozinha também pode ser uma
opção eficaz de tratamento para prevenir recaídas em pacientes com
transtorno bipolar. No entanto, é importante ressaltar que a escolha do
tratamento deve ser individualizada, considerando as necessidades e
preferências do paciente, bem como a gravidade da doença e a presença de
comorbidades (NEUFELD, RANGÉ, 2017).
Ainda segundo Andrade (2022) esses resultados sugerem que a TCC
pode ser uma opção eficaz de tratamento para pacientes da bipolaridade,
oferecendo benefícios adicionais na redução dos sintomas de ansiedade e
mania, bem como na melhoria da qualidade de vida. É importante ressaltar que
a escolha do tratamento deve ser individualizada, considerando as
necessidades e preferências do paciente, bem como a gravidade da doença e
a presença de comorbidades.
Ainda sobre a ótica de Araújo (2022) a literatura recente sobre a Terapia
Cognitivo-Comportamental (TCC) na bipolaridade tem apontado para algumas
conclusões e tendências emergentes. Em primeiro lugar, há evidências
consistentes de que a TCC é eficaz na prevenção de recaídas e na redução
dos sintomas depressivos e maníacos em pacientes com transtorno bipolar.
Além disso, a TCC tem sido associada a melhorias no funcionamento social e
ocupacional dos pacientes. Em segundo lugar, estudos têm explorado o papel
da TCC na melhoria da adesão ao tratamento e na redução do estigma
associado ao transtorno bipolar. A TCC pode ajudar os pacientes a entender
melhor sua doença, a identificar sinais de alerta de recaída e a adotar
comportamentos saudáveis que podem ajudar a prevenir novos episódios. Em
terceiro lugar, estudos recentes têm avaliado a eficácia da TCC combinada
com outras abordagens, como a psicoeducação, a terapia familiar e a
farmacoterapia. Essas abordagens combinadas podem melhorar ainda mais os
resultados do tratamento, especialmente em pacientes com comorbidades ou
sintomas graves.
Por fim, Da Fontoura (2020) enfatiza a importância da individualização
do tratamento, levando em consideração as necessidades e preferências do
paciente, bem como a gravidade da doença e a presença de comorbidades. A
TCC pode ser adaptada para atender às necessidades específicas dos
pacientes, com foco em seus desafios e metas pessoais. Em suma, a literatura
recente tem reforçado o papel da TCC como uma abordagem eficaz e
promissora no tratamento da bipolaridade, com várias tendências emergentes
que podem melhorar ainda mais os resultados do tratamento

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A literatura recente sobre a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) na


bipolaridade tem apontado para algumas conclusões e tendências emergentes.
Em primeiro lugar, há evidências consistentes de que a TCC é eficaz na
prevenção de recaídas e na redução dos sintomas depressivos e maníacos em
pacientes com transtorno bipolar. Além disso, a TCC tem sido associada a
melhorias no funcionamento social e ocupacional dos pacientes.
Em segundo lugar, estudos têm explorado o papel da TCC na melhoria
da adesão ao tratamento e na redução do estigma associado ao transtorno
bipolar. A TCC pode ajudar os pacientes a entender melhor sua doença, a
identificar sinais de alerta de recaída e a adotar comportamentos saudáveis
que podem ajudar a prevenir novos episódios.
Em terceiro lugar, estudos recentes avaliam a eficácia da TCC
combinada com outras abordagens, como a psicoeducação, a terapia familiar e
a farmacoterapia. Essas abordagens combinadas podem melhorar ainda mais
os resultados do tratamento, especialmente em pacientes com comorbidades
ou sintomas graves.
Por fim, a literatura recente tem enfatizado a importância da
individualização do tratamento, levando em consideração as necessidades e
preferências do paciente, bem como a gravidade da doença e a presença de
comorbidades. A TCC pode ser adaptada para atender às necessidades
específicas dos pacientes, com foco em seus desafios e metas pessoais.
Em suma, a literatura recente reforça o papel da TCC como uma
abordagem eficaz e promissora no tratamento da bipolaridade, com várias
tendências emergentes que podem melhorar ainda mais os resultados do
tratamento. As evidências atuais indicam que a Terapia Cognitivo
Comportamental (TCC) é uma abordagem eficaz e promissora para o
tratamento da bipolaridade, ajudando a prevenir recaídas e reduzir os sintomas
depressivos e maníacos dos pacientes. A TCC também pode melhorar a
adesão ao tratamento, reduzir o estigma e melhorar o funcionamento social e
ocupacional dos pacientes. No entanto, há ainda lacunas na literatura que
precisam ser abordadas em futuras pesquisas. Por exemplo, estudos podem
explorar a eficácia da TCC em pacientes com bipolaridade tipo II, bem como
em populações específicas, como adolescentes e idosos. Além disso, é
importante investigar o papel da TCC em combinação com outras abordagens,
incluindo intervenções farmacológicas e terapia familiar.
Outra direção importante para a pesquisa futura é a investigação da
eficácia da TCC em contextos de tratamento mais amplos, como em clínicas
comunitárias e em cuidados primários. Esses estudos podem ajudar a entender
como a TCC pode ser integrada em serviços de saúde mental existentes para
melhorar o atendimento e o resultado dos pacientes com transtorno bipolar.
Em resumo, apesar das evidências positivas existentes, ainda há muito
a ser explorado na pesquisa sobre a eficácia da TCC na bipolaridade, e as
futuras pesquisas podem ajudar a desenvolver abordagens de tratamento mais
personalizadas e eficazes para os pacientes.
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