CAPÍTULO 6
SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico
inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico da vítima. São eles:
● Pulso;
● Respiração;
● Pressão arterial;
● Temperatura.
1. Pulso
Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial cada
vez que o ventrículo esquerdo se contrai. Em locais onde as artérias de grosso calibre se
encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação. Cada onda de
pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco, pois a freqüência de pulso equivale à
freqüência cardíaca. Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por cada um dos
lados do coração em um minuto.
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ou fraco e fino). O pulso fraco e fino, também chamado filiforme, geralmente está associa-
do à diminuição do volume sangüíneo (hipo-
volemia).
1.1. Taquicardia
1.2. Bradicardia
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Sinais Vitais
1) Relaxe a vítima. Para palpar o pulso radial, mantenha o braço da vítima des-
cansando confortavelmente, preferencialmente cruzando a parte inferior do tórax.
Para o pulso carotídeo, palpe a cartilagem tireóide no pescoço (pomo de Adão) e
deslize os dedos lateralmente até sentir o pulso.
2) Use dois ou três dedos para encontrar e sentir o pulso. Use somente a ponta
dos dedos e nunca o polegar (usando o polegar o examinador poderá sentir seu
próprio pulso digital).
Em vítima com doença cardíaca, o ideal é medir o pulso durante um minuto. Sentir
o pulso de uma criança muito pequena é difícil: o pescoço de comprimento curto e, algu-
mas vezes, rico em gordura, torna difícil localizar o pulso carotídeo, sendo recomendável
que seja pesquisado o pulso braquial. Com o crescimento torna-se possível a palpação
dos vasos periféricos. Ao atender uma criança pesquise os diversos locais de pulso até
encontrar aquele mais acessível.
2. Respiração
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● Adultos – 12 a 20 movimentos
respiratórios por minuto (mrpm);
● Crianças – 20 a 30 mrpm;
● Bebês – 30 a 60 mrpm.
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Sinais Vitais
2) Aproxime sua face do rosto da vítima, olhando para o seu tórax. Com o tato
da pele do seu rosto e com a sua audição você vai perceber o movimento da cor-
rente de ar mobilizada pela respiração e com a visão você irá observar os movi-
mentos de subida e descida do tórax e/ou do abdome.
Em crianças muito pequenas o movimento torácico é menos evidente que nos adul-
tos e, usualmente, ocorre próximo ao abdome. A mão colocada levemente sobre a parte
inferior do tórax e superior do abdome pode facilitar a contagem da atividade respiratória.
Por causa do pequeno volume e da reduzida força do fluxo de ar, em crianças também é
quase impossível ouvir a respiração normal ou sentir a movimentação do ar através da
boca e do nariz.
3. Pressão Arterial
A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pelo sangue no interior das artérias.
Depende da força desenvolvida pela sístole
ventricular, do volume sangüíneo e da resis-
tência oferecida pelas paredes das artérias.
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O local mais comum de verificação da Fig. 6.8 - Método auscultatório para medir a
pressão arterial é no braço, usando como pressão arterial.
ponto de ausculta a artéria braquial. Os equipamentos usados são o esfigmomanômetro e
o estetoscópio.
Uma pressão sangüínea normal não deve ser considerada como uma clara indica-
ção de estabilidade. Os pacientes saudáveis e jovens são particularmente propensos a
compensar o déficit de volume.
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Sinais Vitais
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10) Desinsufle o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg por se-
gundo.
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Sinais Vitais
● Estetoscópio danificado.
4. Temperatura
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tura mais ampla, pois raramente o ser humano sobrevive com temperatura corporal fora
desta faixa.
O termômetro deve estar seco (se necessário enxugue com algodão ou gaze) e
marcando temperatura inferior a 35ºC (se necessário sacudi-lo cuidadosamente até que a
coluna de mercúrio desça).
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