Você está na página 1de 2

Alimentação Infantil:

Até seis meses:


Crianças submetidas ao aleitamento materno durante os seis meses de vida têm menos chances de
desenvolver doenças crônicas durante a infância, adolescência e também vida adulta. O leite
materno contém energia e nutrientes adequados às necessidades fisiológicas da criança. Possui
também fatores de proteção contra doenças, o que é muito importante nesses primeiros seis meses
de vida.

A partir dos seis meses:


A partir dos seis meses deve-se dar início a complementação alimentar. É necessário que essa
complementação seja de forma adequada, pois de forma inadequada pode ocasionar danos a
criança se não oferta não é realizada antes do completo desenvolvimento fisiológico. Mas também
não é interessante começar iniciar de forma tardia, pois a partir do sexto mês o leite materno passa
a não suprir todas as necessidades nutricionais do bebê, desta forma desacelerando o crescimento e
também gerando carência nutricional.

De 1 a 2 anos:
Há a redução da velocidade do ganho de peso após o primeiro ano de vida, dos 12 aos 24 meses,
ganha-se entre 2,5 kg a 3 kg ao longo do ano.

Mudança de hábitos:
● A criança aprende a andar e fica curiosa com o ambiente ao seu redor, diminuindo o
interesse pela comida.
● Aprende a falar e pede alimentos de preferência.
● Controla a colher e segura o copo com as duas mãos, desenvolvendo a capacidade de se
alimentar sozinha.
● Novos dentes surgem e a capacidade de triturar alimentos mais sólidos fica ainda mais
desenvolvida.
● Resistência a experimentar novos alimentos ou recusa a alimentos que costumava gostar.
Situação não permanente mas que pode gerar estresse na criança se for ofertado de forma
incisiva a criança. A família incentiva a alimentação de alimentos não saudáveis.

Distração da criança com TV celular e outros equipamentos. Faz com que ela não preste atenção
aos alimentos e coma além do necessário, não respeitando sua fome e saciedade.

Sinais de fome e de saciedade mais comuns:


● Sinais de fome: combina palavras e gestos para expressar vontade por alimentos
específicos, leva a pessoa que cuida ao local onde os alimentos estão, aponta para eles.
● Sinais de saciedade: balança a cabeça, diz que não quer, sai da mesa, brinca com o
alimento,joga-o longe.

Oferta do alimento:
● Pedaços maiores e da mesma consistência da comida da família.
● Estimular com que a criança se alimente sozinha.
● Ampliar a variedade de alimentos ofertados, incluindo cores e outras formas, gerando
interesse.
● Optar por locais calmos e evitar aparelhos eletrônicos.
● Ofereça água ao longo do dia.

Refeições:
Nesta idade deve ser fornecido leite materno sempre que a criança quiser. Além do leite materno, a
criança recebe o café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Variando o
lanche da tarde com frutas, raízes e tubérculos ou grupo dos cereais. Não é preciso substituir o leite
materno pelo leite de vaca ou fórmula. Leite de vaca pode ser introduzido na dieta a partir dos 6
meses.
● Café da manhã e lanche da tarde : Fruta ou cereais ou raiz e tubérculo e leite materno.
● Lanche manhã: Fruta e leite materno.
● Almoço e jantar: 1 alimento do grupo dos cereais ou raízes e tubérculos, 1 alimento do grupo
dos feijões, 1 ou mais alimentos do grupo dos legumes e verduras,1 alimento do grupo das
carnes e ovos.Com um pedaço pequeno de fruta. Quantidade aproximada — 5 a 6 colheres
de sopa no total.
● Antes de dormir: Leite materno
Depois de um ano de vida, até por volta dos 2 anos, o leite materno continua
sendo importante fonte de nutrientes. Estima-se que dois copos (500 mL) de
leite materno no segundo ano de vida fornecem quase toda a necessidade de
vitamina C e praticamente a metade da quantidade necessária de vitamina A,
além de boa quantidade de proteínas e energia. O leite materno continua a ser
fonte de proteção natural contra doenças infecciosas.

12 passos para uma alimentação saudável:


● Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses
● .Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir
dos 6 meses.
● Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras
bebidas açucaradas.
● Oferecer a comida amassada quando a criança começar comer outros alimentos além do
leite materno.
● Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2
anos.
● Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança.
● Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família.
● Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas,
aprendizado e afeto junto a família.
● Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a
refeição.
● Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família.
● Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa.
● Proteger a criança da publicidade de alimentos.

Após 2 anos:
Pode ocorrer certa diminuição de apetite, pois a velocidade de crescimento é menor nessa idade.
Respeite os sinais de fome e saciedade da criança. O aleitamento materno pode ser mantido de
acordo com a vontade da mãe e da criança; o ideal é que a interrupção ocorra naturalmente. Como
a criança precisa de diferentes nutrientes para o desenvolvimento, é importante oferecer a maior
variedade de alimentos possível. Evite que “não comer legumes” seja uma das opções; ofereça
sempre esse grupo alimentar. Sucos de frutas naturais não são necessários. É melhor oferecer a
fruta in natura do que o suco. Depois de 2 anos, a oferta de pequenas quantidades de alimentos
com açúcar não afetará a aceitação de outros alimentos. Entretanto, não é recomendável
acrescentar açúcar, farinhas ou achocolatado ao leite e a outras bebidas.
A partir dessa idade, a alimentação da criança se enquadra nas recomendações do guia alimentar da
população brasileira.

Você também pode gostar