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Introdução
Segundo Vaz (2014), as relações entre o continente africano e o Brasil
aconteceram intensamente por mais de três séculos. Mas, por várias razões, com o fim
do tráfico de africanos, houve significativas mudanças na dinâmica desse vínculo.
Ainda que a história da chegada dos lusitanos tenha sido, durante anos, mal
contada nos diversos livros de história e nas salas de aulas, segundo o autor, havia
estudos que se ocupavam de apontar a importância da contribuição do africano na
cultura brasileira. E, na contemporaneidade, existe, por parte de alguns pesquisadores,
um interesse de resgatar tal discussão, consolidando algumas observações anteriores.
Sob o aspecto legal, somos orientados a incentivar os estudantes a
Contudo, mais importante do que a lei, deve-se criar situações que desvendem
a contribuição do povo africano para a cultura brasileira, a fim de que os estudantes,
além de compreenderem essa importância, disseminem essa verdade incontestável,
repeitem e aceitem-na.
Anterior à orientação dos PCN, a cultura afro era invisível nos currículos
escolares, e apenas era revisitada quanto elemento do folclore brasileiro, durante o
mês de agosto. Porém, essa utilização longe de valorizar a cultura daquele continente,
salientava, não raro, aspectos reducionistas que a marginalizava.
De conversa em conversa
Para realizar a proposta, iniciamos explorando a oralidade dos discentes,
interrogando suas informações sobre aspectos relacionados à africanidade. A fim de
colaborar com a reflexão, perguntamos o que entendiam sobre assunto e qual a
contribuição do africano para a nossa cultura. Sem exceção, traziam conhecimentos a
respeito desse particular, sempre relacionados ao folclórico. Para eles, entendido
como inferior, exótico, risível ou de valor duvidoso.
Ao se lembrarem da contribuição dos africanos para a cultura brasileira, os
estudantes citavam algumas iguarias, tais como o acarajé e a feijoada, além de
manifestações como a capoeira, o samba, e o candomblé, que denominavam
macumba e se referiam ao ritual como algo primitivo e violento sem nenhuma
importância para o contexto contemporâneo.
À linguagem o africano
Deu contribuição até,
Palavras suas são várias,
Caxambu, mingau, cafuné,
xepa, xará, trambique,
cachaça, fuxico, acarajé.
Da cultura popular,
Muito se deve ao negro,
Maracatu, afoxé, alfaia,
Capoeira e outro folguedo,
Bombo, tambores de mina,
Coco, calunga, samba enredo.
A história do Brasil
Não se importa com guerreiros,
Que sempre foram contrários
Ao açoite dos companheiros,
Não valoriza os costumes
De valentes altaneiros.
Vê se negro no cinema,
No teatro, na ficção,
Desempenhando papel
De pobre, e de ladrão,
de empregada doméstica,
desordeiro e beberrão.
Se a escola quisesse,
Os preconceitos diminuiriam,
Educaria as crianças
Que logo se tornariam
Cidadãos Conscientes
E as diferenças aceitariam.
Documentários
O Dia em que Dorival encarou a guarda. Direção: Jorge Furtado, José Pedro Goulart.
Rio Grande do Sul: Giba Assis Brasil, 1986 [produção]. Curta (14 min) 35mm , NTSC,
color.
O Xadrez das cores. Direção: Marco Schiavon. Rio de Janeiro: Midmix
Entretenimento, 2004 [produção]. Curta (22 min) 35mm , NTSC, color.