Você está na página 1de 15
Sébado 9 de Setembro de 1972 “Toda a corespendéncia, quer ofl quer relative 9 anuncios ea astinat So xDidrio do, Governo» do. «Diario (das Sesabesn, deve ser dvigida & Acmi= Fistragio da’ Imprensa Nacional~Casa Ge Moeda, Rua de D. Francisca Manuel e Melo, 5, Lisboa-t. SUMARIO Ministério do Uliramar: Decreto n.” 352/72: Reguls « organizagio das ecoretariae judioiais do ultrumar. Mixistério da Edncario Nacional: Declaragio: Do terem sido sutorizadus transfortncias de verbas no or- ‘gemento do Ministério. Foi publicalo um euplemento ao Didrio joverno, n.° 204, de 1 de Setembro de 1972, ineesindo 0! seguinta’ Ministério dos Negécios Estrangetros: Aviso: ‘Torna piiblieo ter a Unido das Repiblioas Sovialiotas Sovis Yious depositado 0 eeu inetrumento de ratifeugio do Pro- fecolo referente he emeudae do artigo 60.°, ¢), da Con. vengio Relativa & Avingio Civil Intemecional. Ministério da Economia: Despacho: Altern @ redvegio de alguna dos nimeros do deepacho mi- ‘isterial de 80 de Setembro do 1071, reforonto e preqce do comercinlizagio do lete MINISTERIO DO ULTRAMAR Direc¢do-Geral de Justica Decreto n.* 352/72 de 9 de Setembro ‘Tomando-so premente a concatenagto da abundante le- gislagio extravagante que tem vindo a regular as secrete- rias dos tribunsis judiciais, havendo, por outro lado, conve- nigneia om efectuar virios ajustamentos para uma melhor delimitagio das atribuigdes dos funeionérios dessas secre- toriss © proceder & actualizagto dos quedros dos seus agentes, bom como das formas do seu recrutamento; ASSINATORAS 1 Série — Nimero 2i1 IARIO 00 GOVERNO PREGO DESTE NUMERO—6$40 (© prego dos anincios 6 de 128 a linha, acrescido do. respectivo.imposto do selo, dependendo a sua publicacso o pagamento antecipado a efectuar na Imprensa Nacional-Casa da Moeda, quando se trate de entidade particular. Ouvido o Conselho Ultramarino; Usando da faculdade conferida pelo § 1.* do artigo 196.° dda Constituigio e de acordo com 0 § 2.° do mesmo artigo, © Governo decrets © eu promulgo, para valer como lei no ultramar, o seguinte: CAPITULO I Organizagdo © atribuigdes das secreterias judi SECQKO 1 Disposigbes gerais Artigo 1.°— 1. Ao expediente e funcionamento de cada tribunal ordinério do ultramar assiste um servigo de seere- taria dotado do pessoal adequado ao volume © complexi- dade dos servigos respectivos. 2. 0 pessoal do secretaria que actualmente compie os quadros dos tribunais ordindrios do ultramar é 0 constante dos mapas anexoa a este diploma, B. As alteragies futuras nas quélificagies do pessoal de secrotaria sto feitas pelo Ministro do Ultramar, ouvide 0 Conselho Superior Judiciério, 4. Guardadas as categorias de funciondrios fixadas por este diploma, os governos das provineias podem alterar, ‘em quantidade, a dotagio do pessoal de secretaria perten- conte 80 quadro privativo. Art. 2.°— 1. As secretarias judiciais siio em geral cons- tituldas imicamente por cartérios, mas podem desdobrar- ‘so em seogdes administrativas © cartérios sempre que, por eonveniéneia de servigo, assim for determinado por do- exeto do Ministro do Ultramer 2. 0 servigo de secretaria destinado & realizagto do ex- pediente relativo & distribuigho dos processos © papéis da ‘competéncin dos tribunais da ‘comarca denomina-se dist buigio-geral 8. O servigo do secretaria destinado & realizagio” da conta em processos © papéis denomina-se contadoria Art. 8.°—1. Os chefes das secretarias judicisis desdo- bradas em seogdes administrativas e eartérios denominam- -s0 secretirios; os das distribuigdes-gerais, distribuidores -gerais; os das contadorias, contadores; 0s das secqdes administrativas ¢ os dos cariérios, escrivies de direito. 2. Os chefes de secretaria estilo directamente subordi- nados ao presidente do tribunal, e também ao magistrado do Ministétio Piblico em relagio As atribuigdes préprias deste nos processoe penais. 8. Os chofes das secretarins judiciais comuns s varios tribunais esto directamente subordinados 90 juiz mais 1308 1 SERIE — NOMERO 211 ‘antigo na classe, sem prejuizo da subordinagio ao magis- ‘trado de turno relativamente ao expodiente respectivo. ‘Art. 4° Quando algum funciondrio de secretaria judi- cial entenda que nio deve cumprir ordens recabidas do respectivo chefe ou se julgar prejudicado por qualquer de- terminagio deste, deverd imediatamente representar a0 juiz de quem o chefe depende directamente ou so magis- ‘rado do Ministério Péblieo, conforme so trate das atri- bbuigdes de um ou outro magistrado, para que, ouvido quem deus ordem, se decida de harmonia com as leis 8 conveniéneia do servigo. Art, 5.° Independentemente dos casos especialmente regulados, na falta. ou impedimento de qualquer funciond- rio de justiga é este substituido pela forma que for deter- minada pelo presidente do tribunal, ou pelo juiz mais ‘antigo na classe, em relagio is seeretarias judicinis comuns 2 varios tribunais, por proviso, enquanto nto for superior mente providenciado, ‘Arb. 6—1, Nenhum. processo ou papel teré segui- mento na secretaria sem que nele esteja langada a nota de registo de entrada no livro pedprio; 0 registo © a nota devem ser lavrados no acto de, apresentagio. 2, Todos os dias, & hora de encerramento da secretaria, «© livro do registo de entrada é encerrado com um trago € rubricado no’ fim do ultimo registo pelo funcionério a quem competir © apresentado em seguida ao presidente do tribunal para Ihe apor 0 seu visto. B. O registo de entrada das petigdes, alegagies ou re- querimentos para quaisquer fins dependentes de prazos cortos fixa a dats da entrada em juizo do papel respectivo. Art. 7."—1. Os processos papéis sé podem sair da seoretaria. nos casos em que a lei o permita e mediante as, formalidades legalmente estabelecidas, cobrando-se sem- pre os recibos adequados © averbando-se a sua saida, 2, Nenhum processo ou papel & arquivado sem’ estar resalvido 0 assunto @ quo so refere © sem dele se dar aia no respectivo registo. Art, 8.°—1. Cada chefe de secretaria judicial é fel depositirio dos papéis, processos, arquivos, objectos e valores que respeitem A carga ou servigo da sua secre- tari 2. Quando provides nos seus cargos, efectiva ou in- terinamente, os chefes de secretaria devem conferir 0 respectivo inventirio na presenga de quem os esteja ser- vindo, mencionando no termo de recebimento, que as- sinario, as faltas que encontrarom. 8. Quando, por morte ou impedimento do serventuéio do lugar, nio possa ser feita a conferéncia do inventirio, © presidente do tribunal provederé, ou mandaré, procedet Por pessoa idénea, ao arrolamento do que na secgio existir, valendo 0 srrolamento assim efectundo como in- ‘ventirio para todos os efeitos legis. ‘Art. 9.°—1, Aos chefes do secretaria judicial compete ‘passa certidio dos livros, documentos @ processos pen- dentes ou arquivados. 2. A passagem de certiddes de livros ou documentos esti sujeita hs mesmas condigées e limitagdes que as leis, de processos estabelecem para os certidées de actos © termos judiiais. B. A passagem de certidio que depends de despacho 6 autorizada pelo juiz ou relator, se tivor de ser extraida de processo pendente; no caso contrério, 6 autorizada pelo presidente do tribunal ou pelo juiz mais antigo na classe. 4, 0 juiz ou relator, o presidente do tribunal ou o juiz, mais antigo na classe, conforme os casos, pode, quando isso se justifique, conceder prorrogagio de prazo para a sua passagem, ainds que esta nio dependa de despecho. Art, 10.°—1. O hordrio das secretarias judiciais 4 0 mesmo dos restantes servigos publicos da localidade. 2. Os funciondrios incumbidos de acompanhar as di- ligéneiss judiciais do tribunal sto obrigados a prestar assisténcia ao servigo em curso, mesmo para além do fecho da secretaria judicial respectiva. Art. -11*—1. 0 livro de ponto, que estard em poder do chefe da secretaria, 6 encerrado no fim de cada més, extractando-se dele @ nota das faltas mio justificadas dadas por cada funcionério nesse perlodo, a fim de ser Jevada aos respectivos registos 2. As faltas no justificedas importam, além da perda dos respectivos vencimentos, procedimento diseiplinar con- tra o faltoso. Art, 12.°— 1. Os funciondrios estarto permanentemente na secretaria judicial durante s horas de servigo, salvo 's0 estiverem impedidos por outro motivo de servigo pu- blieo, no podendo susentar-se sem autarizagto do chefe, 2. Sto dispensados de permanecer na Secretaria os funeionérios de justiga requisitados para qualquer funglo piiblies que, em conformidade com a lei, possam exercer cumulativamente com a dos seus cargos, devendo, con- tudo, apresentarse sempra que a sua vomperéneia se tome necessiria, Art. 18.°—1. Nas férins grandes judicinis, se as eon- veniéneias do servigo 0 permitirom, © juiz do tribunal distribuird 0s funciondrios por dois turnos, eada um dos quais prostaré sorvigo durante trinta dias. 2. Os funciondrios que niio estejam de tumo podem ausentar-se da sede durante o periodo de férins, mediante simples comunieagio eserita ao juiz do tribunal ¢ indi- eagio do lugar para onde vao residir. 8. So considerados de licenga disciplinar os dias em que os funcionsrios nfo estiverem de ture. Art. 14.° Em tudo 0 que nio esteja previsto no presente diploms e nfo seja contririo & orginica judicial 6 aplieével a0 funcionamento das secretarias judiciais 0 disposto no Estatuto do Funcionalismo Ultramarine © disposigoes ‘complementares, SECGAO 1 Secretarias dos tribunals da Relagio Art. 15°—1. A secretaria de cada tribunal da Re- Ingo do ultramar 6 composta de uma secgto adzminis- trativa destinada ao expodiente ¢ contabilidade e dois cartérios, tendo o pessoal constante do respectivo mapa anexo a este diploma, 2.0 Ministro do Ultramar, quando o interesse dos servigos 0 exija, poderd alterar, por decreto, o miimero de seegoes © cartérios © 0 quadro dos servigas de se- cretaria, Art. 16.* A secretaria funciona sob a orientagio directa do respoctivo seeretério e a superintendéncia do presi- dente do tribunal. Ant. 17.°—1, Ao secrebirio, como chefe do secrotaria, ineumbe: 4) Dirigir os teabalhos da seoretaria e distribuir pelos funcionirios as tarefas » executar b) Zelar pelo cumprimento dos deveres dos funcions. ios, informando 0 presidente das faltas cometi- das por qualquer deles; 6) Abrir a correspomdéncia oficial © redigie @ corres: pondéncia de que o presidente o encarregar, submetendo-a 4 eus assinatura; 4) Comresponder-se com as repartigses paiblicas @ au- toridades sobee assuntos da sus competéncia e, fem caso de urgente necessidade, assinar, por or- 9 DE SETEMBRO DE 1972 dom o em nome do presidente, a correspondéncia deste, com exprossa mengio do facto; ¢) Register as informagdes referentes aos funciondétios ‘da ceoretaria, Jangando no respectivo liveo as notes relativas ao desempenho das suas fungdes © as penas disciplinares que thes sejam apli- cadas; 1) Bneerrar 0 livro de ponto We entradas ¢ saidas dos funeiondeios; 9) Subscrover 9s certidées de toilos os documentos, livros e processos existentes na secretaria © as- ssinar os mapas, edpias © amtincios; 1h) Aprosenter a0 presidente as questies que este haja ide resolver © os :processos pendentes para terem ‘0 dovido destino, prestando-Ihe todos os eselare- ceimentos necessirios pera o seu regular anda. mento; i) Rubriear os livros de servigo da secretaria, assinar 08 seus termos de abertura © encerramento ¢ visar 0 mapa dos processos; : j) Escriturar o livro de correspondéncia confidencial, ‘gue tend sob cus guarda; 2) Dar pposso acs funcionérios de secretaria ¢ subs- ‘erever 08 ermos de posse ou de inicio de fungdes dos magistrarlos © dos funciondrios dependentes do teibunal; ‘m) Gusedar 0 selo braneo © fiscalizar 0 seu. u30; 1n) Fazer 0 indice de todos os assuntos de importincia que tenham expadiente pela secretaria; 0) Assinar as contas de neceita © despesa do tribunal ‘eomo delegagio do Cofre Geral de Tustiga; p) Assiotir as cesses do tribunal © redigir as actas; 4) Lover 03 feitos & disteibuigio na primera cesta0 do tribunal apés a sua aprosemtagio; 1) Langar no livro em que os jutzes se inscrevem ‘8 termos de encorramento das respectives pre- senges; 4) Assinar as abelas das causes que tonham dia ‘dosignado para julgemento; : 1) Enoerrar ¢ rubricar dstriamente 0 livro do registo do entradas. 2. Nas sus fsltas © impedimentos 4 o secretirio subs- tituiko pelo chefe da secgio de expedionte e contabilidade , ma falta ou impedimento de ambos, pelo chefe do car- tério da Relagio mais antigo na categoria. ‘Are. 18.° Todos a8 funcionérios da secretaria. condjuvam © secretério, executando o trabalho que por ele, ou por quem o substituir, Ihes seja ordenado. ‘Art. 16.° Aos chefos de soogio ou cartdrio compete a imediata direogio e extougio do servigo da seoqio ou ceartério que chefinm. “Arb. 0.° A soogdo de expediente » cantabililale com- pete: 42) 0 expedionte das etribuig6es exclusivamente de- pendentes da prosidéncia © do secretério; ) 0 arquivo das eépins da correspondéneis expedida #0 da comespondéncia recebida, bom como das cirenlates o ondens de execugio permanente; ©) 0 mgisto das requerimentos dirigidos & presidéncia -¢ das despachos proferidos pelo presidente; 4) A organizagio da bibliotecs, quando esta no e3- tej organizada em regime especial; 2) A escrituragio © expediente dos termos do posse ‘ou do inteio de fungées das magistrados € doo funciondrios depentientes da secretaria; J) A escrituragao da receita © desposs do tribunal, como delegagio do Cote Geral de Sustiga; 1309 9) © processamento das folhas de vencimentos dos magistrados ¢ funcionérics da seoretaria; 1) 0 processamento das despeses do expodiente da ‘seoretaria © quaisquer outras; 4) A contagem dos pprocessos, certiddes © mais papéis que devam ser contados; j) 0 arquivo seus indices; 1) A distribuigdo, pelos cartdrios, dos provessos en- steados; m) Todo 0 demais expadiente relati veandcter edministeativo. ‘9 ascuntos de Art. 21.* Aos cartirios compete: 4) 0 movimento geral das processos e 0 seu rogisto no livto de porta; b) © langamento dos procossos no livro respectivo; e) A organizagio das tabelas dos feitos que hio-de ‘entrar em julgarnento; 4) O rogisto do scéndiios © suas notificagdes; ¢) A organizagio da esoala dos advogados perante o tribunal; f) A redacgto das actas dos julgamentos; g) A pascagem de centiddes de pegas dos provessos; 1h) Quaisquer outros servigas impostos por lei ou por determinagio supecicr. Ant, 82° Aos dactilégenfos compete, em especial, dac- tilografar o expediente relativo acs provessos que usual- mente soja feito por esse meio mesinico e, bem assim, fs docisdes que tenham sido votadas sob minute do relator. Art. 28.° Aos oficiais de diligéncias compete eapecial- mente: 4) Preparar os magos e sobresoritos para expedigio da eorrespondéncia. © fazer 0 seu registo; b) Fazer todo 0 servigo extemo e o demais que lhes for determinado pelo presidente, magistrados © Sunciondios superiones do tribunal © sea de sua ‘campeténeia; ©) Fazer 0 servigo de secretaria compativel com as ‘ouas habiliteges. Art, 24° Aos continuoa partence especialmente: 4) Abrir © fechar as instalagdes do tribunal; 'b) Suporintender me limpeza das imstalagdes do tri. Dunal @ conservagso da mobilia, livros e demais objectes; ¢) Selar os papéis que para ease fim Ihes sejam en- ‘tregues pelo searetario; 4) Ter & sus guards os liveos, papel e mais artigos de expediento; ¢) Cumprit as ondens dos magistrados, do seoratirio, @ dos demais funciondrica de justign em tudo 0 que for coneenente 40 servigo; f) Transportar os provessos a casa das magistrados © dest ao tribunal. Art. 25. Aos serventes pettence especialmente: 4) Cuidar da Hmpeza das instalagSes do tribunal; ») Condusir a ecerespondéncis da secretaria, por pro- tocolo, cobrando neste os recibos de entrega, © sjudae 03 cantinuos no desempenho das obriga- goes Ho seu cargo, Ant, 26.°—1. Haverd na secretaria registos indispensi- veis para o servigo, os quais serio divididos em tantos livros quantes os nevessérios para a boa ondem da escritu- agi, 1310 2. B obrigatéria o existéncia dos seguintes livros: 4) De ponto dos funclomérios; b) De egisto de entrada dos processos e demais peptis; 2) De registo dos termos das eausas das diversas 0:- pécies, denominado «ia portas; a) De eorrespeadaneia reecbida; ¢) Do coreespandéncia expedida; f) De conesponiiéncia. confidencial; 4) De rogisto de ondens de exeougio permanente, de- nominado ede provimentosy; h) De registo de processos e decisdes disciplinares; i) De termos de posse: j) Do termos de inicio de fungaes; 1) De rogisto do cartas e mandados expedidos; m) De registo de cartas reoebidas; ‘n) De inventério geral da secretaria; 0) De distribuicdo dos processos; ) De exteastos dos acérdiios temados por lombranga; 9) De insorigto dos juizes 1) De registo de aadndios: 48) Do protovolo de entzada o saida do processos Art. 27.°— 1. O livro de registo de entrada dos proces- s08 @ demais papdis hi-de conter a indieagio da data e rmiimero de ordem da, apresentaglo, suas espéeies e resumo o seu objeoto, seegio ou cartério a que pertencem, nome do requerente © rubricas do apreseatante e do funcionério que os tenha recebido, 2. Os livros de correspondéncia recebida, expedida confidencial sio formados pela prépria correspondéncia re- cebida © pelos duplieados da expodida, Art. 98° Haver ainda, além de outros que por lei ou determinagio superior sejam desigaados, os livros seguin- tes: 4) Do registo de contas em provessos civeis; ') Das folhas de vencimento dos magistrados judi- ciais ¢ dos funciondrios da secrotaria, o qual & constituido pelo préprio duplicado das folhas ou titulos, conforme os casos, devidemente auten- tieado. SECQXO TIT Distribuieto-geral Art, 20.°—1. Bm oada ume das comereas de Tuanda © Lourengo Marques hi um servigo de distribuigio-geral comum todas as varas e julzos © com o pessoal cons- tante do respective mapa anexo a este diploma 2. A distribuigho-geral tem a seu cargo o arquivo-geral dos processos findos da comarca. ‘Art. 80.° Os sorvigas do disiribuiglo-geral_ funcionam sob a arientagio do juiz de direito mais antigo na elusse fem servigo me eamarce ¢ sob a dicoota chefia do distibui- dor-goral Art. 81° Nas suas auséncias e impedimentos 0 a buidor-geral seri substituldo pelo ajudante mais antigo fm serviga, quando de outra forma nto for providencindo. ‘Art, 82° — 1. Compete ao distxibuidor-geral: 4) O registo de entrada de todos os provessos © de- mais papéis, sujeitos a distribuigto ou averba- mento, dirigidos ao tribunal; istribuiglo dos processos e papsis a ela sujei- tos, independentemente de despacho do juiz, salvo no caso previsto no artigo 218.° do Cb. digo de Processo Civil; 0) A distribuigho pelos oficiais de diligéneias de todas 188 cartas precatérias © papéis avulsos; bya I SERIE — NOMERO 211 4) A guarda @ catalogagio de todos os processos da comares jé findos; €) A passagem do certidses respeitantes @ provessos confiados & sua guarda e a contagem dos res- pectivos emolumentos ou imposto de justiga; f) A elaboragio dos termos de posse ou de inicio de fungdes, tomadas perante o juiz competente; ) A organizagao e actualizagio do cadastro dos fan- cionéirios do tribunal; hk) A guarda e catalogagdo da biblioteca, onde se reu- nnirdo todos os livros de consulta juridica do tri- bunal; i) © processamento das folhas de vencimentos dos magistrados ¢ funcionérios do tribunal; j) A superintendéneia e fisealizagko dos servigos de impeza, arrumaglo e conservagao das instala- es do tribunal. 2, Para cumprimento do disposto na alinea é) do ni- ‘mero anterior deverio os esorivaes comunicar ao distribu dor-geral, logo que tal se verifique, todas as alteragbes {que haja na situagdo dos magistrados © funciondrios.. ‘Art. 88.°—1. Todo o expediente da competéncia da distribuigho-geral e todos os processes ou papfis que cons- tituem inicio de processos sujeitos a distribuigio devem dar entrada naquele servigo ou ser para ele remetidos. 2. A distribuigdo dos processos 6 presidida pelo juiz de tumo. SEOGKO IV Contadoria Art. 84.°— 1, Sempre quo as exigincias do servigo 0 justifiquem, ser criada uma eontadoria comum as diver- fas varas, julzos ou cartérios que compoem o tribunal de comarea de 1.* classe. 2, As contailorias actualmente existentes do as cons- tantos do respectivo mapa anexo a esto diploms. '8. Os servigos de contadoria funcionam sob a orienta: ‘0 do juie de direito mais antigo na classe e sob a di- recta chefia do contador. ‘Art. 85.° Nas suas auséncias e impedimentos 6 o con- tador substituido pelo seu ajudante mais antigo em ser- htt, 80° Compete ao contador: 2) Contar todos os processos ¢ papéis avulsos que Ihe forem remetidos; b) Registar as contas efectuadas; ¢) Preparar os processos para a distribuiglo ¢ prat ear todos os demais actos préprios do distri dor-geral nos tribunais onde nfo haja distribui- ‘glo-geral; 4) Distribuir 6 servigo pelo pessoal seu colaborador. SECOKO V Cartérlos dos tribunals de comarea At, 87.°—1. Em cada tribunal de comarea, vara ou julzo hd, consoante o volume de servigo, um ou dois car- térios, com o pessoal constante do respective mapa anexo a este diploma, 2. Cada cartério 6 chefiado directamente por um eseri- ‘vio de direito, vob a superintendéncia do presidente do ‘tribunal. * Art. 88.° Na chefia e execugtio do servigo do cartério imeumbe ao escrivio de direito fazer os autos conclusos 20 jutiz, para decisfio, ou com vista ao Ministério Pie 9 DE SETEMBRO DE 1972 blico, para promogio ou decislo, passar o remeter bolo- tins de registo criminal, distribuir o servigo pelo pessoal do cartério e, em especial: 4) A distribuigio © contagem dos processos e papéis, avulsos; b) A liquidagio das despesas do tribumal, sob fiscali- zragao do juiz e com prestagio de contas 90 Co- fro Goral do Justiga; ©) A guarda da biblioteca © do arquivo do tribunal, no qual, quando nio haje arquivo-geral, entram 0s feitos findos, depois de vistos em correigio, € bem assim a dos objectos respeitantes ® proces- sos pendentes ou findos, enquanto Ihes no for dado destino definitivo; 4) 0 registo de entrada no cartério de todos 02 pro- 28508 e demais papéis dirigidos ao tribunal eo encerramento do respectivo liveo: @) A apresentagio ao juiz de todos os papéis entra- dos © registados na secretaria que necessitem de despacho e nfo respeitem a processos pen- dentes; 1) 0 registo dos processos e decisBes diseiplinares; 9) O registo das cartas precatérias © rogatérias © dos mandados recebidos no tribunal, para cumpri- ‘mento on jé cumpridos, ou por ele expedidos, e ‘05 das circulares e ordens de execugio perma- nente; 2) O arquivo dos processos findos, o arquivo, por or- dem ceonolégica, da correspondéncia recebida que nfo deva ser junta a processos, depois de numerada @ rubricada, e da cépia integral de toda a correspondéncia expedida pelo cartério © a propria redacgio dequels que nio for de mero expediente, se os magistrados nio fornece- rem minuta especial e nao for consequéncia de despachos proferidos nos processos; 4) A remessa a0 arquivo-geral da comarca dos pro- cessos que, nos termos do artigo 89.°, se consi derem findos; 3) A organizagio, registo © expedigio, sob a direcgio ¢ fiscalizago dos magistrados do Ministério Pi blico, de mapas estatisticos ou de outra natu: reza, © bem assim a execugio do expediente do Ministério Péblico quo nao diga respeito a pro- cess0s afectes @ outro cartdrio; 1) A entrega aos magistrados do Ministério Pablico das guins do depésito e demais documentos que por estes devam ser directamente enviados a0 seu destino legal; ‘m) 0 processamento das folhas de vencimentos dos funcionérios; 1n) 0 registo das licengas concedidas, bem como das faltas vorificadas; 0) A elaboragio dos termos de posse ou de inicio de fung’es conferidas pelos juizes; 1p) A organizseio e actualizaglo do eadastro dos fun- ciondrios do tribunal; 4) A ireogio dos servigos de manutengio da or- dem ¢ de policia no tribunal, de harmonia com as instrugdes quo sejam dadas pelos magistra dos; 1) A superintendéncia dos servigos de limpeza, arru- ‘magio © conservagio das instalagies do tribu- nal 4) 0 encerramento do livro de ponto; #) A execugiio de quaisquer outros servigos que por lei ou determinagdo superior Ihes devam per- ‘tencer. 1811 Art, 89.°—1, Para o efsito de ingressarem no arquivo da vara ou juizo ou do tribunal consideram-se findos 98 processos penais apés trés meses sobre a data da decisio que os mande arquivar ou aguardar melhor prova, e bem assim os processes civeis, logo que paséem trés meses sobre @ data do trinsito em julgado da respective se tenga, salvo so estiver pendente execugio ou algum inci- dente, pois neste caso s6 decorrido igual perfodo apés 0 fim da execugdo ou do incidente e de pagas as custas os processos devem ser arquivados; tém-se ainda como findos 08 processos parados mais de um an depois de internom- pida a instancia 2. Nenhum processo poder dar entrada no arquivo sem dele constar o visto de correigdo, para o que deverd ser apresentado ao juie. 3. 5 podertio ser remetidos ao arquivo-geral os proc sos definitivamente findos, depois de vistos em eorreigio pelo juiz e em inspecgdo pelo inspector judicial. 4. Quando seja necessirio movimentar algum processo anquivado no arquivo-geral, o requerimento ou papel que © determine seri apresentado, no prazo de quarenta e oito hhoras, ao distribuidor-geral com a indicagio de que eth arquivado, entregando-se 0 proveiso ao respectivo escri vio em igual prazo, mediante reeibo, que ficaré no mago donde foi retirado e no seu lugar. 5. Incorre em responsabilidade diseiplinar o escrivto que enviar para o arquivo processo que nio esteja visto ex coneigio, Art. 40.* A correspondéncia oxpedida om cumprimento do despacho lavrado em qualquer processo é redigida pelo escrivdo ao gual o proceso portence @ por ele subserita, dovendo aomegar pola iérmula ePor despacho do E: Juiz deste Tribunal, Iangado no processo & margem indi- ado. 2 Art. 41,°— 1, Aos ajudantes de eserivio compete coad- juvar 0 escrivio de dizeito nas suas fungdes, de aeordo com a distribuigio de servigo que tiver sido feita, e subs- titut-lo, por ordem decrescente do antiguidade, nas suas ‘auséncias © impedimentos, ‘as comareas em que o escrivido exerce cumulativa- ‘mente as fungdes de contador, devo o ajudante de escri vvio ofectuar a contagem dos processos que Ihe eouberem pela distribuigto do servigo, cumprinds ao eserivao euxi- lidelo em todas as diffculdades Art, 42.° 0 intérprete eoudjuvari o escrivilo de direito © seus sjudantes no exerefcio das respectivas fungdes, sem Prejulzo do cumprimento das que le sio proprias. Art, 48. Os escriturdrios realizario, com eardeler de estdgio, todo o trabalho no cartério que permite habilité- los a0 coneurso para ajudante de eserivio, Art, 44.° Aos dactilégrafos compete, em especial, dac- tilograéar 0 expediente relativo aos processos que usual- mente seja feito por esse meio mecdnico, © bem assim o servigo de expediente préprio das delegagies da Procura- doria' de Replica Art, 45.2 Ao restante pessoal dos cartérios dos tribu- ansis de comarca aplicam-se, com as necessérias adapte- ‘ges, 08 preceitos relativos hs respeetivas fungdes no ti- bunal da Relagio. Art. 46.*— 1. Em cada cartério hé, além de outeos que por lei ou determinagto superior sejam designadoe, os se. guintes livros: 2) De pon b) De registo do entrada de papé ¢) De registo do processos; 1812 4) De registo de deprecadas; €) Protocolo dos processos conelusos; 1) Protocolo dos processos com vista. 2. Os livros de registo de processos dasdobram-se nas seguintes especies: a) De processos elvis; b) De processos erimes; ©) De processes do inventiio obrigatério; 4) De processas de inventéio facultative © de arre- eadagao de espslio; €) De processos eiveis do trabalho; f) De processos penais de trabalho; g) De processos de prevengiio criminal da jurisdigao de menores; hh) De processos de providéneias efveis da jurisdigao de menores; 4) De registo dos ensclumentos provenientes de actos ‘avulsos, competindo so esorivao anotar nos do- eumentos, livros ou processos o respectivo ni mero de registo; j) De mandados; 2) Diversos, 8. Os cartérios pertencentes a tribunais de competéncia especializada tém apenas os livros de rogisto de processos com que trabalham. SECGAO VI Cartérios dos tribunais municipals de 1.+ ¢ 2.* classes Art, 47.°—1, Em cada julgado municipal de 1.* classe ‘h& um eartério com o pessoal constante do respectivo ‘mapa anexo a este diploma 2. Nos julgados municipais de 2* classe cujo movi ‘mento 0 justifique haverd pessoal privativo de secrota- is, dotado pelos governos das provincias & medida das necessidades. 8. Ao cattério, sob a chefia de um esorivio e @ superin- tendincia do juiz municipal, incumbe dar expediente 8 todos os processos judieiais, mesmo durante a fase da instrugdo preparetéria afeota ao Ministério Piiblieo, © aos ascuntes de natureze edministeativa do respectivo tri- bunel ‘Art, 48.°—1. Os funcionérios de seoretaria dos jul- gados munieipais de 1.* e 2* classes tém, em relagio «@ estes tribunais, @ competéneia dos funciondrios de jus- tiga dos tribanais de comarca, 2. Em cada cariério dos julgados municipais de 1. lasso haverd os livros referidos mo artigo 46.° 8. Nos julgados municipsis de 2* classe sio dispon- sades os livros que, em razio da sun competéncia, s¢ maostrem desnecessirios, CAPITULO Ir Funciondrios de justia SECGRO I Requisitos gerais de recrutamento Ant. 49.° Sio funcionérios de justiga os individuos pro- ‘vidos ‘nos Tngares dos quadros dos’ servigos de justiga Uo ultramar comstantes dos mapas anexos a este diploma. Art. 50.° Os prosidentes dos tribunais comunicardo aos Srgios competentes a existéneia de qualquer vage nos ‘quadros das respectivas secretaries logo que ele ocorra ©, bem assim, a falta de posse ou de inicio de fungdes, dentro do peazo fixado de qualquer funciondrio de jus- I SERIE — NOMERO 211 tiga que haja sido nomeado ou o seu no comparecimonto fem tempo oportuno para cslebraglo do eontrato, Art. 61.°—1. Se 0 provimento competir ao Ministro do Uléramar, 03 presidentes das Relagies, logo que te nham conhecimento da vacatura do lugar, comunicé-la-80 & DitecglioGoral de Justiga do Ministério do Ultramar. 2. Seo provimento competir aos governos provinciais, © presidente da Relagio, em Angola e Mogambique, © 0 juiz mais antigo da comarca de sede da provincia abri- Ho imedista ¢ oficiosamente concurso para provimento da vaga, sendo caso disso, ou se nlio houver opositor com dirsito a ser nomesdo. Ark, 52.° Se o coneurso para provimento de qualquer lugar das secretarias judiciais ficar desert ou se for im- perioso prover ripidamente o lugar, este serh ocupado interinamente, por tempo nio superice a seis meses, por funciondrio de categoria ou classe imediatamente inferior, ‘ou, 280 0 havendo, por individuo que esteja, pelo menos, habilitedo com o cielo preparatério do ensino secundério. ‘Art. 53.° Os funciondrios de justiga, além de estarem sujeltos sos damais impodimeitos estabelecidos ma. Iei geral, nio poderio ser comerciantes ou industriais, advo- gados ou solicitadores, desempenhar outro emprego pu- blioo ou as fungées de perito ou louvado nomeado pelas paries em processos pendentes mos tribunais ou de admi- nistrador de foléncias ou insolvéncias, mio podendo ou- frossim os rospectivos eerventudrios fazer por outrem, quaisquer requerimentos, ainda mesmo que a lei nio exija que sejom assinados por advogido ou solicitedor. ‘Art. 54.°— 1. 86 pode ser nomeado funciondrio de jus- tiga o individuo portugués, maior de 21 nos, que tenha ‘as habilitagies oscolares © os estigins estabslecidos por lei e, quando esta o exije, também aprovagio no res- peetivo conourso de habilitagio. 2. Os menores de 21 anos, emancipades, podem ser tmomeados, segundo as formas previstas na’lei, pars os Tugares de intérprete ou dactilégrato. SECGXO IT Roquisitos especials de reerutamento determinados pela categoria do eargo Art. 55.° Os lugares de seoretirio das Relagies serio provides pelo Ministro do Ultramar em livenciados em Direito de reconhecide aptidiio para 0 exercicio do cargo ‘ou em distribuidores-gerais com cimeo anos de servigo electivo na categoria e a classificagio de Muito bom. ‘Art. 58° Os lugares de esoriviio nas Relagdes cero provides pelo Ministro do Ultramar em escriviics de di- reito de 1.* classe que tenham, polo menos, dois anos de efeetivo servigo na classe e laesificagio nio inferior Ade Bom, e, quanto A seogio de expediente © contabili- dade, também por contedores, nas mesmas condigbes. ‘Arb. 57." Os lugares de distribuidor-geral serio provi- dos pelo Ministro do Ultramar em ecerivies do direito Has Relagies do respectivo distrito judicial com # elassi- ficagio de Muito bom mo cargo © em escrivaes de direito do Lt classe © contadores com cinco anos de servigo efectivo ma classe ¢ na categoria, respectivamente, @ a classificagio de Muito bom. ‘Art. 58.° Os lugares de ajudante de distribuidor-geral corilo provides pelo governsdor da provineia, sob proposta Wo presidente da Relagio, em ajudantes de escrivio de ‘1 classe do respestivo distrito judicial com tres anos de servigo na classe ¢ clacsificagio nfo inferior & de Bom. ‘Art. 9° Os lugares do contador sero providos. pelo Minisiro do Ultramar, mediante concurso documental, em escrivies do direito de 2.* classe com cinco anos de ser- 9 DE SETEMBRO DE 1972 vvigo efectivo ma classe e classitioagio nfo inferior & de Bom © em ajudantes de contador com dex eos de ser- igo efectivo © a classificagso do Muito bom nos ultimos trés anos. ‘Art, 60.°— 1. Os lugares de ajudante de contador se- do provitios pelo govemador da respective provincia me- diante concurso de provas préticas, realizado sob. pro- posta do presidente da Relago, em Angole © Mocambique fe sob proposta do juiz da comarce, nas restantes pro- vincias. 2. Sio admitidos ao comourso os ajudantes de eseri- vio de 2.* classe com, pelo menos, trés amos de servigo efectivo e clussificagio nfo inferior a de Bom ¢ os intér- pretes © escriturdrios com quatro anos de servigo efectivo © muito boas informagoes. 3. Podem também concorrer os ajudantes de eserivio de 12 classe, ‘Art. 61.°— 1, 0 conourso para ajudante de contador conséa do dune proves, ume cierite ¢ outa oral. 2. A. prove eserita, ém.que os concorrentes devem usar os termos © férmulas legais adequados, inclu « elabora lo de contas de processo, acto ou papel judicial © a redacgio de um ou mais actos judicias. '8, A prova oral consiste em interrogatério sobre o tema da prova ecerita, interpretagio 0 aplieagto do Cédigo das Costas Judieiais, legislagto fiscal aplicdvel © organizagio judiciéria, com ‘especial’ incidéncia. sobre 0 pessoal das seereterias judiciais, 4. 0 juiri do concurso é canstitufdo, em Angola e Mo- gambique, pelo presidente da Relagio, que a ele presi- ind, por um juiz de diteito em seevigo na sede da Rels- fo, designads em despacho do respeotivo presidente, ¢ pelo contador dos tribunais da mesma sede, servindo de Searetirio 0 escrivio da seegio de expediente © conta. bilidade da Relagio; e mas restantes provineias, pelo juiz mais antigo da comaroa da sede do governo, pelo respec: tivo delegudo do procurador da Repiblica @ pelo conta- dor, ou, nio 0 havenio, pelo esctivio do éribunal da mesma ccmarea desiguado pelo julz, sorvindo de secro- tebrio o ajudante de contador ou de escrivio que o mesmo juiz designar. ‘Arb, 62.° Os lugares de escrito de direito do 1.* classe sto provides pelo Ministro do Ultramar em escriviies de direito de 2* classe com, pslo menos, sobo anos de ser- vigo efectivo na classe © classifiengio no inferior & de Bom, com excepgio des comarcas de Sobevento, Bacla- vents, Guing, 8. ‘Tomé, Macau © Timor, em que o pr vimento $ feito por concurs, os tetmos wo artigo 6 ‘Art. 08.°—1. Para a redlizagio das promogdes dos escrivies do divcito & classe imetiiata 0 diector-geral de Tustign comunioaré 29 Conselho Suporior Judieidrio, no lltimo més de oada semesire © om relagio & classe mais clevade, o mimero de veges existentes, enviando simul- tineamente a lista dos esorivies mais antigos da classe inferioe, em niimero conespondente ao dobro dessas vages. 2. 0 Conselho Superior Judicideio, stendendo eos mé ritos @ deméritos dos funciondrios, gradud-os-& para a promogio segundo a ordem de antiguidede © os clessifica ges de servigo, sendo motade das vagas preenchidas pelos funcionirios com a classificagio de Muito bom, por ‘ordem de antiguidade. ‘Art, 64.°—1. Os lugares do escrivio de direito de 2° classe a0 provides pelo Ministeo do Ultramar em indi- ‘viduos habilitedos com 0 respectivo concurs documen- tal. 2, So admitidos ao emeurso para escrivio de direito: 4) Os escrivies de diveito da metrépole em efectivi ‘dado de servigo © com boas informagies do eer- ‘vigo na categoria; 1818 b) Os ajudantes de distribuidor-geral com dois anos de servigo elective © classifioagdo mio inferior A do Bom; ¢) Os ajudantes de eserivio de 1+ classe ¢ de con- tador com cineo anos de servigo elective na classe © na categoria, respectivamente, © classi fioagdo mio inferior k de Bom. 8. Os concursos so abertos na Direegio-Geral de Jus- tiga, por onde corre todo o expediente eos mesmos tes- peitante. Art. 65.°— 1, Os tugares de ajudante do eseriviio de L® classe serio providos em ajudantes de escrivio de 2 classe com quatro anos de servigo efectivo e boas informagdes. 2. Nas comarcas de Sotavento, Barlavento, Guiné, 8, Tomé, Mecau © Timor o provimento des ajudantes do escrivao 4 feito par coneurso, nos termos dos atti- 05 €8.° © 69.°, aberto pelo govemador da provincia, sob proposta do juiz de comarca, Art. 66.°— 1, Para efeitos de promogéo dos ajuddantes de escrivio de 2.* classe classe imediata 0 presidento de Relagio, em Angola © Mogambique, mo titimo més do cada semestre © em relagdo & classe mais elovade, enviaré eo govemador da provincia a lista graduads dos ajudantes de escrivio mais antigos da classe, em mimero correspondente a0 dobro das voges existentos, oom infor- magio sobre as suns classificagies de servigo. 2, Metade das vagas seri proenchida segundo @ ordem do antiguidade © outra metade pelos funeiondrios com ‘8 classifiongdo de Muito bom, guardando-se entre cles a ordem de ontiguidade, quando seja mais do que um. Art, 67.° Os Jugares de ojudante de esorivéo de 2* classe serio providos entre os concorrentes aprovados no eoncurso de ‘proves priticas, aberto pelo governador da provincia, eob proposta do presidente da Relagio, em An- pola © Mogambique. Art, 68.°—1. Sio sdmitidos so concurso para xju- antes de esorivao de 2.* classe os intérpretes e os eScri- turérios com, pelo menos, um ano de servigo efectivo € bows informagses. 2. Podem concoreer os oficinis de diligéncias © os dac- ‘ilégrafos quando tenham cinco anos de servigo efectivo © elassifioago ndo inferior & de Bom. Ant. 69.°—1. 0 concureo para ajudante de escriviio de 2+ classe constaré de duas provas, uma escrita outa oral, de harmonia com o disposto no artigo 61.*, mas ma prova oral haveré ainda interrogatério sobre pro- cesso eivil © penal. 2. 0 jtiri do concurso & constituido nos termos indi- cados no n.* 4 do artigo 61° ‘Art. 70.2— 1. Os lugares de oficial do diligincias so providos em individuas do sexo masculino aprovados em concurs documental aberto pelo govemador da. provia- cia, sob proposta do presidente da Rolegio, em Angola © Mogambique, © gob proposte do juiz da comarca, nas restantes provincias, 2. As habilituotes escolares minimas so 0 ciclo pre- paratério do ensino secundério, 8. As primeiras nomeagies, em Angola © Mogambique, silo feites em comarcas de 2* classe © em julgados mu- nicipais de 1.* classe, 4. Podem concorer os oficiais de diligénciss dos jul- gedos municipais de 2.* classe, no obstante carocerom das habilitagdes escolares exigides, quando tenham trés ‘mos de sorvigo efectivo e classificagdo mio inferior & de Bom. 1814 Art. T1L* Os intéepretes so nomeados pelo. governador da provincia, sob proposta do presidente da Relagio, em Angola e Mocamt que, © sob proposte do juz da comarca, ngs restantes provincias. em individuos habilitedos cam © ciclo preparatério do ensino secundério ou equivalente com suficiente conbecimenio das principais linguas da rea da comaren onde vio prestar servigo. Art. 72°—1. Os lugares de doctilégeato so provides, ‘por meio de contrato, em individuos com a habilitagio escolar minima da 4* classe da instrugto priméria e mediante coneurso de provas pritions, constituidas por ‘uma cépia e um ditado dectilografedos 2. A edpia tecd a duragio do trinta minutos, e o ditalo de quinze minutos. 8. Pode ser contratado indapendentemente de concurso quem, satislazendo aos requisitos gerais exigides para 0 reerutamento em funglo publica, prove ter prestado nos “ltimos dois anos, com aproveitamento, provas para dac- tilégrafo em miro servigo piblico. Ast, 78. Os lugares de escriturétio sto providos, por meio de contrato, em regime de estigio, em individuos com a hubilitagio eseolar minima do cielo. preparatério do ensino secundaio, sob proposta do presidente da Re. lagio, em Angola e Mogambique, e do juiz da camarea, fas restantes provincia ultramarinas. . 74. — 1. As fungbes de esorivio dos juigados mu- nicipais de 1.* e@asse 20 exereidas, em comissio de eer. ‘vigo, por ajodantes de escrivéo com cineo anos de ser- vigo’ electivo, preferindo os do classe enais clevada © melhores informagies de servigo. 2. A nomeagio € feita pelo govemador da provincia, sob proposta do presidente da Relagio, em Angola e Mogam- bique, ¢ sob proposta do juiz da comarca, mas restantes provineias, SECGXO TIT Direitos e deveres dos funclonarios de justiga Art. 75. Os funeionérios de justiga tém, em gersl, os direitos Woveres dos rostantes funciondrios @, em espe til, 05 eonstantes deste diploma ou decorrentes da ne- tureza do servigo « que pertencem. Art. 76. As dicengas graciasas dos funciondrios de jus- tiga 96 podem ser gozadas do modo a abranger nelas a tolalidede das férias grandes judicias, cumprindo 30 ser igo provineial competente nfo auterizar a partida da provincia em data que, atendendo ao periodo de licenga graciosa eoncedide, ndo venha a compreendé-las por in- teiro Art. 71.2 —1. Os funcionérios de justign 26 podem ser transferidos a seu requerimento decorridos dois anos sobre 8 data da posse do lugar, se a colocagio foi a seu pe- ido, © decorrido um ano, nos demais casos, com ressalva dos fundedos no superior interesse do. servigo, 2. A transferéneia 86 é eoncodida ao requerente quando ro seja contriria is convenineias do eervigo. Art, 78.°— 1. © permitida a pemmuta de lugares entre funciondrios de justiga tom menos do 60 anos de idade, desde que tenham mesma categoria e sirvam em co. marcas da mesma classe. 2. A permits 96 ¢ autorizeda quando os pedidos se fundam em motivos ponderosos, dosignadamente de satide dos priprias funeionirios ov de algum dos componentes do sou agrogado familias, devidamente comprovados. 8. As permutas denizo da mesma provinela sio autor ada pelo govemador da provincia respootive, e entre provineias diversas, pelo Ministro do Ultramas, ouvido © Conselho Superior Judiciério. I SERIE — NOMERO 211 Art. 79.°—1. Os funeionérios de justiga podem ser comeados para quaisquer comissies de servigo piiblico dependentes do Ministério do Ultramar © autorizados a aceitar comissdes de servigo publico dependentes de outros Ministérios. 2. Compete a0 Ministro do Ultramar, ouvido o Con selho Superior Judicideio do Ultramer, conceder ou de- negara autorizagio, e decidir sobre o provimento da vaga, quando se trate de funciondrio pertencente ao quadro comumn, Art, 80.°—1. Os funeiondrios de justign tomam_pes- soalmente posse dos seus cargos perante o presidente do tribunal onde devem servir, salvo encontrando-se na motrépole ou em provincia diversa daquela em que vio prestar servigo, caso em que a poste serd tomada perante 0 director-geral de Justiga ou perante o presidente do ribunal em que se encontravam a prostar cervigo, res pectivamente, o dentro de 10 dias apés a publieagao do acto que a ela dé luger. 2. Quando a posse tenha sido tomada em territério di- ferente daquele em que o funciondrio vai prostar servigo, © inicio do exereicio de fungdes dove verificar-se dentro do prazo de trinta dias aps a posse, podendo este prazo ser prorrogado por igual perlodo por deapacho do Minis- tro. 8. director.geral de Justiga pode eonooder deloga- glo para conferir passe ao chefe da Repantigio de Jus- tiga. ‘Art. 81° —1. Anualmente, até 15 do Fevereiro, sento elaboradas 0 publicadas nos jornais ou publicagdes oficiais as listas de antiguidade dos funciondrios de justiga, com referéncia a 81 de Dezembro do ano anterior. 2. As listas de antiguidade dos funcionérios de justiga do quadro comum sero publicadas no Boletim Judiciério do Ultramar, 8. As listas do antiguidade dos fancionérios de justign pertencantes aos quadros privativos serio publicadas no respectivo Boletim Oficial, pela presidéncia da Relagio, em Angola e Mogambique, e pelo juiz de direito da co- marea da capital da provincia, nes restantes provincias vulteamarinas, 4. Verificando-se ter havido inexactidao material ou lapso manifesto poder oficiosamente proceder-se hs cor- recgdes necessitias, publicando-se nova lista corrigida, de que se fard expressa mengio, 5. Os factos que ocorram posteriormente publicagio das tistas de antigiuidade © que influam na posigio nela ‘ccupsda pelos funciandrios de justiga serio tomedas em ‘eonta pelos servigos competentes, que introduairio na lista publicada as alteragées devidas. 6. O cémputo da antiguidade na vategoria ou classe inolui haicamente o servigo prestado no ‘ultramar. Art, 82° —1. Os funciondrios de justiga que se consi- derem lesados pela graduagio ofactuada nas listes de ‘antiguidade podem, no prazo de trinta dias, a contar da Publicagio no Boletim Oficial au da reeepgto do Boletim: Judicidrio, recorrer para o Ministro do Ultramar ou para © governalor da provincia, conforme os quadros a que pertencem, fazendo acompanhar a petigio de tantos du- plicados quantos os funciondrios a quem o provimento do recurso possa prejudicar. 2. Aqueles a quem o recurso possa eausar prejulzo sto notifieados para, no prazo que for fixado, 0 contes- tarem, devendo logo juntar os documentos que julguem convenientes. 8. Quando houver reourso para o Ministro do Ultramar, esto docidiné, ouvido © Conselho Superior Judiciério do Ulteamar. 9 DE SETEMBRO DE 1972 Art, 88. Todos os funciondrios de justiga cessam 0 exereioio de fungies no dia sqguinte Aquele ee que chegue 4B camarca ou Sugar ondo servam o Boletim, Oficial com 0 despacho da sus nova situagio legal ou igual comunica- ‘glo feita pelos servigos de justiga competentes. ‘Art, 84.’ — 1, Nenbum funciondrio de justiga pode ser

Você também pode gostar