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Dt aIKe AMBIENTAL €squematizado St ediggo + Em consondncia com a jurisprudéncia ‘revista, atualizada e ampliada atualizada do STF e do STJ * Graficos ¢ quadros esquematicos + Guestées de Concursos Publicos Comentadas De acordo com: + Lei 12.651/2012 — Novo Cédigo Florestal + LC 140/2011 — Competéncias ambientais das entidades politicas cobrados dos sujetos que compem as bas hhomem como prius € rs (TRF 5. Regiso 2011 — Julz Federal ~ CESPE) Ao conceber 0 meio ambiente como © Conjunto de condigGes, leis, influéncias e interacées de ordem fisica, quimica e bio- légica que permite, abriga ¢ rege a vida humana, o dreito ambiental ostenta indole antropocéntrca, considerando 0 ser humano o seu Unico destinatito. ‘ado. 0 enundedo rod inconetamerteo cnet el de co ambient no ras detrao amblenta que no fl haphado panes ro Gove antopects, mes mem poss carga de outras concepibes étcas amblentas especialmente o biocentrisma. Logo, toda a natureza € destinatria do conceit legal de melo ambiente, t.(TJ PA 2009 - Juiz de Direito - FGV) A Constituicéo Federal/88 assevera que “todos ‘tem diteito ao meio ambiente ecologicamente equillbrado, bem de uso comum do ovo e essencial & sadia qualidade de vida". A esse respeito, ¢ correto inferir que a ‘concepgio constitucional sobre meio ambiente é: A) holistic, E falea. A halistica€ uma teoria que considera © homem come um todo indivisvel, que 8) panteista, £ falas. O pantezmo @ uma doutina’ que s6 coloca Deus come real ¢ 0 mundo como ode, Obviarent, or Sr 9 Estado bes Io, xa dain no inp cute donc » pregmsc €or de semilol ge ua dt suo deste, ndo mantendo rela deta com o ako artign ‘nln O eaconlimo ¢ a doutira dos sees por ergo que se ope 8 eval ‘tanea, nao tendo nexo direto com o texto constitucional, ? Peet 2 MEIO AMBIENTE E DIREITO AMBIENTAL Sumésio: 2, Deira do melo ambionto ~ 22. Espécos de meio ‘anblento ~ 23. Dergio, utonoma © cbjetvo do dito ambiertal — 24 Cueetioe do coneursos pubces comertadas, Para 0 Dicionério Aurétio da lingua portuguesa, © € 0 “que cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas, por todos os lados”. Por isso, alguns entendem que a expressio meio ambiente € redundante, podendo se Enns ‘Apesar de a definigio de meio ambiente perpetrada pela Lei da Boa ‘Terra ser até de melhor técnica que a federal, vez que ha referéncia expressa ‘ag elementos socioeconémicos ¢ culturais, no se acha recomendavel que no cro AMBNTAL EsavEUATZADO ‘cada entidade politica regional ou local trace conceitos proprios, porquanto se cuida de norma geral de Direito Ambiental, cuja competéncia legiferante € da Unitio. Afinal, os elementos bidticos (com vida) e abiéticos (sem vida) que integram o meio ambiente so 0s mesmos dentro do Brasil, néo cabendo nenhum tipo de diferenciacio, Allis, 0 préprio Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA ‘nos trouxe um conceito de meio ambiente mais completo do que © posto nna Lei 6.938/1981, englobando o patrimdnio cultural e artificial, o definindo ‘como o “conjunto de condigdes, leis, influéncias ¢ interages de ordem fisica, ‘quimica, biolégica, social, cultural e urbanistica, que permite, abriga e rege ‘a vida em todas as suas formas”? SA a ressalvando-se que no hé uniformidade doutrindria sobre a questio. Contudo, ressalte-se que o STF j reconheceu a existéncia do meio ambiente do trabalho, ao lado do natural, do cultural © do artificial respeitado quando as empresas cumprem as normas de a do trabalho, proporcionando ao obreiro condigées dignas imento de sua atividade laborativa remunerada, a e psicologica. a autGnomayo:meio ambiente genéti- -vivos do planeta Terra, que formam a sua co € composto pelos diversidade biolbgica.* (2.2 ANBENTE€ ATO ANNA = E prevalente que a expressio “Dit como sinénimo de “Direito Ambier ambiente natural, excluindo o cultural ¢ o artificial. ito Ecolégico” no deve ser tomada PEM anne nna eked lad ones também nao é simples, ambiente. E possivel Objetiva o Dircito Ambiental no Brasil especialmente 0 controle da sentes geragGes sem privar as futuras da Sua dignidade ambiental, po principios que lastreiam a Ordem Econémica & a Defesa do Meio Ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos € servigos € de seus processos de elaborago © prestagio.® E certa a autonomia didética deste novo ramo ji 02a de principios peculiares ni aplicaveis aos demais, em capitulo propri _ Conquanto jéexistissem leis ambientais anteriores, a exemplo do de Aguas,’ do Florestal antigo,* de Pesca’ ¢ da Lei de Protegao a Fé entende-se que a “certidao de nascimento” do Direito Ambiental no Bra fi @ edigto da Lei 6.938/1981, pois se trata do primeiro diploma not nacional que regula © meio ambiente como um todo, © ndo em parte aprovar a Politica Nacional do Meio Ambiente, seus objetivos ¢ instrument assim como 0 Sistema Nacional do Meio Ambiente ~ SINAMA, que tem a Antes, apenas existiam normas juridicas ambientais setoriais, mas no um Direito Ambiental propriamente dito, formado por um sistema harménico juridicos, pois informa ¢ troca informagdes com todos eles, a exemplo do artigo 170, i, da CREB. ee vw Anan scUeNATZA0D 2 woo Ammen EMO AEA, = Direito Civil, como 0 disposto no artigo 1.228, § 1.°, do Cédigo Civil, que ‘Ademais, o proprio licenciamento ambiental se revela como um cs Consigna que o proprietirio deve respeitar a fauna, a flora, as belezas natura, a para o trabalho, pos as atvidades impactan Srequiloro ecolégio, 0 patriménio histérico e artistico, bem como evitat @ tar previamente ao referido proceso adm poluigdo do ar e das aguas. % no Direito Processual Civil que © Diteito Ambiental ‘Administrative a proximidade ¢ ainda maior, pois as importants armas processus para a sua pote, a exemple | Pea ireo Misch cuiccosea ee cdl ‘Uma questiio sempre polémica e que tem contornos préprios no Direito Ambiental é a aplicabilidade da nova lei ambiental no tempo, mormente no que conceme a situagdes consolidadas ou em execugio ambiental. F certo dque a lei nova nio poder retroagir para prejudicar 0 ato juridico perfeito € 6 direito adquirido, mas a interpretagdo destas garantias constitucionais lio € nem um pouco pacifica, Nesse diapasio, quando a reserva florestal leg: para 80% na Amazénia Legal, nas dreas de floresta 2.166-67/2001, os proprietérios rurais que desmataram 50% de seus prédios Tsticos comumente se recusaram a majorar a limitago administrativa a0 dircito de propriedade em 30%, alegando direito adquirido. nenhuma incorporacdo idénea ao patriménio particular, ante ibiental e seu cariter no pecuniario. .. {nexiste dreito adquirido a poluir ou . pete Explico-me: como adjetivo ¢ agregada a qualquer coisa sem mudar a na- tureza da coisa, Exemplo: posso diminuir a poluicao quimica de uma fabrica, colocande fitros melhores em suas chaminés que voritam gases. Mas a ma- Ira com que a empresa se relaciona com a natureza dond para @ producao, no muda; ela continua devastando; a pr om 0 meio ambiente, mas com o lucro e com a competi¢so que tem que Ser garantida, Portanto, a sustentabllidade é apenas de acomodacéo © ndo ‘ adjetiva, ndo substantiva lade como substantivo exige uma mudanga de relacio para ‘com a natureza, a vida e a Terra. A primeira mudanca comeca com outra visdo da realidade. A Terra esta viva e nés somos sua porcdo consciente © inteligente. Nao estamos fora e acima dela como quem domina, mas dentro ‘como quem culda, aproveitando de seus bens, mas respeitando seus limites. Héinteracio entre ser humano e natureza. Se poluo 0 ar, acabo adoecendo reforgo 0 efelto estufa donde se deriva o aquecimento global, Se recupero {2 mata cliar do rio, preservo as 4guas, aumento seu volume e melhoro mi- inha qualidade de vida, dos passaros e dos insetos que polinizam as érvores frutiferas e as flores do jardim. Sustentabilidade como substantivo acontece quando nos fazemos res- ponséveis pela preservacao da vitalidade e da integridade dos ecossistemas.. Devido & abusiva exploracio de seus bens e servigos, tocamos nos limites da Terra. Ela néo conseque, na ordem de 30%, recompor o que the foi tirado € roubado. A Terra esta ficando, cada vex mals pobre: de florestas de solos fértels, de ar limpo e de biodiversidade. E 0 que € mais grave: mais fempobrecida de gente com solidariedade, com compaixdo, com respeito, com cuidado @ com amor para com os diferentes. Quando isso vai parar ‘de consumir e de tratar 0s dejetos. Nosso sistema de vida esta ‘sem capacidade de resolver os problemas que criov. Por, ele nos festé matando e ameagando todo o sistema de vida. “Temos que reinventar um novo modo de estar no mundo com os outros, ‘com a natureza, com a Terra e com a Ultima Realidade. Aprender a ser mais com menos e a satisfazer nossas necessidades com sentido de solidariedade para com os mies que passam fome e com o futuro de nossos filhos & netos. Ou mudamas, ou vamos ao encontro de previsivels tragédias ecol6- gicas e humanitéras. Quando aqueles que controlam as finangas © 0s destinos dos povos se reuinem, nunca é para discutir o futuro da vida humana e a preservagio da Terra, Eles se encontram para tratar de dinheiros, de como salvar o sistema financeito e especulativo, de como garantir as taxas de juros e os lucros dos bancos. Se falam de aquecimento global e de mudancas climaticas € quase sempre nesta ética: quanto posso perder com estes fendmenos? Ou entio, ‘comprando ou vendendo bénus de carbono que falam nao € nem adjetiva, nem substantiva {ue a Terra pode viver sem nés, como viveu por bilhdes de anos. Nés nao podemos viver sem ela. 'Naoinosiludamos:as empresas, em sua grande malora, sé assumem arespon- socioambiental na medida em que os ganhos ndo sejam prejudicados ipeticao nao seja ameacada. Portanto, nada de mudancas de rumo, de iferente para com a natureza, nada de valores éticose esprituais. Como ito bem 0 ecélogo soxial uruguaio Chegamos a um ponto em que nao ter revolucao paradigmiatica, sendo seremos que nos poderd levar a um fenomenal *O decrescimento é um slogan politico que tem como objetivo romper come produtivismo. Tem como meta, sk problemas ecol6gicos é a origem deles e por Iss0, deve ser analisado e denunciado como tal” SE Mn cere Lali RESPONSABIi DADE Hi decorrente da poluigo, as autoridades nacionais devem procurar promover inspirou 0 § 1.°, do artigo 14, da Lei 6.938/1 © poluidor Obrigado, independentemente da existéncia de culpa, ‘ou reparar 03.danos-causados a0meio ambiente © a terceiros, afetados. por sua-atividade”. esse sentido, 0 STI: ‘Também decorre do Principio do Poluidor-pagador a obrigagso dos fabricantes importadores de pilhas e baterias que contenham Chumbo, Cédmio ¢ Mercirio, ce de pneumaticos, de Ihes dar destinagdo ambientalmente cometa (Resohuigdes *STJ confirma quebra de contrato comercial por A Terceira Turma do ST) (Superior Tribunal de Ju: do Tribunal de Justiga de Tocantins permitindo uma empresa rescindir um Vide capitulo 9 tem 4, que especifica a decisio do STF sobre 0 percentual da compen- sagio ambiental contrato de distribuicdo comercial por motivo de descumprimento de cléusula de responsabilidade ambiental. A empresa distribuidora do produto n3o respeitou as regras de logistica reversa da mercadoria, debxando de devolver © produto para a fabricante, o que motivou a rescisio contratual. ‘A autora da agéo & fabricante para automévels e submete-se tocante & correta destinagso das ‘sucatas' das baterias produzi: ecial,conforme previsto na Re- solugdo do Conama 257, que regula o procedimento de reutilizacéo de pilhas ‘com vistas a prevenir a contaminac30 do meio ambiente. ‘Segundo a fabricante, a empresa distribuidora deixou de cumprir cidusula do contrato que previa a ‘obrigacio de devolver as ‘qualidade de revendedora do produto. De acordo com distribuidores estdo obrigados a devolverem as ba ‘A agdo de rescis8o contratual foi confirmada pelo U-TO (Tribunal de {a revendedora no apresentou provas das baterias usadas, conforme exigido vender as sucatas (baterias usadas) para rente da demandada. A votaco fol unani ‘05 ministros Sidnei Beneti, Paulo de Tarso Sanseverino, Ricardo Villas Boas Cueva e Nancy Andrigh’". ‘Também decorre do Principio do Poluidor-pagador a disposigo constante do artigo 33, § 6, da Lei 12,305/2010, que determina que os fabricantes ¢ importadores dario destinag2o ambientalmente adequada aos produtos € lagens reunidos ou devolvides, sendo o rejeito encaminhado para a ddisposigao final ambientalmente adequads, Embora o maior campo de atuagio do Principio do Poluidor-pagador il identificar a sua concretizaclo no ambito das res- istrativa e criminal. seja a esfera civil, ponsabilidades ad: Nesse sentido, dentre as penas a serem impostas as pessoas juridicas pelo cometimento de delito ambiental, encontra-se a execucao de obras de recuperagio de reas degradadas, espécie de prestagdo de servigos & comu- nidade, a teor do artigo 23, II, da Lei 9.605/1998, De arremate, vale destacar que comega a se formar uma linha doutrindria notadamente europeia, que defende a diferenciacio entre o Principio do Poluidor- -pagador e o da Responsabilidade, a exemplo da doutrina de ALEXANDRA pe a Win ARAGAO (2007, p. 47), seguindo a linha de juristas como J. J. GOMES CA- NOTILHO (por ela propria afirmado), conforme transcrigdo abaixo, ibis idem: iplos da responsabilidade ista dogmstico, uma perda dos fins de melhoria do ambiente e da qualidade de vida, ‘econdmico, seré indubitavelmente mais social ambiental, além de indenizagao. Para PAULO AFFONSO LEME MACHADO (2003, p. 53), “o pin -menos-favorecides dos recursos Siipenavel sua qualidade de vida. 7 Noie-se que, @ rigor, nfo se compra a Squa, pols, de acordo com a Lei de Recursos Hidricos (Let 9433/1997), a agua é bem de dominio publico e inaliendvel, pagando-se ‘apenas pelo seu uso e outras despesas, como 0 seu tretamento. © Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 3.378, de (09.04.2008, admitiu expressamente a existéncia do Principio do Usuario- -pagador: “Agdo direta de inconstitucionalidade. Art. 36 e seus §9 19, 29 € 3° da Lei -compensacdo ambier ‘ofende 0 principio da impor deveres 20s ad ‘quantum da compensacao, de. a ser dimenstonado no relat densifica o principio usu da razoabilidade. Compensacio ambi ’ defesa e preservacao do m« de ser fxado proporcionalmen s@ assegurem o contraditério e a ampla defesa. Prescindlbilidade da fixacao de percentual sobre os custos do empreendimento. 6. Acio parcialmente procedente”. ccurial uma miitua cooperagio spassam as divisas teritor causar 0 efeito estufa e a inversto térmica, | Por conscguinte, cresce a celebragdo de tratados internacionais na esfera | ambiental, podendo-se citar como outro exemplo deste Principio 0 artigo 77, da Lei 9,605/1998, que trata da cooperago penal intemacional para a preservagio do meio ambiente. J, este principio foi elevado pelo poder constituinte originério a0 status io fundamental que devera nortear as relagdes internacionais do Brasil, consoante insculpido no artigo 4°, 1X, da Lei Maior. Sesame rar Por este Principio, que inspirou a parte final do caput do artigo 225 da CRF, ag prsentes pergtes. ‘devem_preservar 0 meio ambiente. ¢ adotar jientais.para-a presente ¢ as futuras geragdes, no podendo uti- le, © Principio do Desenvolvimento Sustentivel busca a realizagio deste. Ha um pacto ficticio com as geragdes futuras, que devem também ter acesso aos recursos ambientais para ter uma vida digna, razio pela qual as nagdes devem tutelar com maior intensidade 0s animais © ve- ‘getais ameagados de ex Sob essa perspectiva, informa o Principio 03, da Declaragio do RIO: “O direito ao desenvolvimento deve set exercido de modo a permitir que sejam atendidas equitativamente as necessidades de desenvolvimento ¢ de ‘meio ambiente das geragdes presentes © futuras”. Este principio jé foi reconhecido expressamente pel Superior Tribunal de Justiga, consoante passagem colaci do recurso especial 647.493, de 22.05.2007: *Recurso especial, Ago chil piblica, Poluic3o ambiental. Empresas minera~ doras. Carvéo mineral. Estado de Santa Catarina. Reparacio. Responsabilidade fo por omissio. Responsabilidade solidéria, Responsabilidade Subsidié- responsabilidade Estado por omissio é subjetiva, mesmo em ‘por dano ao meio ambiente, uma vez que sejam equal ‘categoria constitucional, encontrando-se inscrita no artigo 225, §§ 1, 2° € 3° {da Carta Magna. 3. Condenada a Unido a reparagao de danos ambientals, 6 ‘certo que a sociedade mediatamente estaré arcando com os custos de tal reparacio, como se fora autoindenizacao. Esse desiderato apresenta-se con- senténeo com o principio da equidade, uma vez que a atividade industrial responsével pela degradaco ambiental - por gerar divisas para o pais © ‘ontribuir com percentual significativo de geragao de energia, como ocorre ‘com a atividade extrativa mineral ~ a toda a sociedade beneficia’ Pee dow Ltr 2 May lace Moe) cite) 9) Ue Peo te Oru \aal inspirou parcela do caput do artigo 225 da CRFB, pois & Poder Piblico promover a protegio do meio ambiente, como agente normativo © regulador itando normas juridicas e fiscalizando de ambiental ser indispor transagao judicial ~—Da_mesma forma, também caberi a toda a coletividade defender ¢ preservar 0 direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes ¢ futuras geragdes, de modo que as pessoas também deverdo proteger 0 meio ambiente. autGnomo, em regra nfo poderi yer abjeto de PROM e a yt. CoA oceania Lat Ca) Bs mnciamentos ambientais mais complexos (ELA- criaglio de unidades de conservagio )) seguiu essa tendéncia ao cristalizé-lo “amethor manelradetratarquestoes a assert apart, Essa participago popular no processo de formacao da decisaio politica ‘ambiental poderd também se dar por meio de associagdes ambientais (ONG'S), pois vozes isoladas normalmente nao tém 0 mesmo eco que um pessoas que criam uma pessoa juridica para realizar em conjunto 0 que seria crativos, cujas atividades sejam desenvolvimento tecnol6gico, 4 cultura e & saide”. titucionalidade no STF, na condi do artigo 7°, § 2°, da mbito do pi 9.784/1999. 1 se fala atualmente em fungao vvez que um dos requisitos para qiié @ pr social 6 0 respeito & legislagao ambiental CRFB), bem como a propriedade urbana, pois 0 plano i necessariamente considerar 1 preservago ambiental, a exemplo da instituigdo de areas verdes. Digno de nota, outrossim, € 0 artigo 1.228, do diploma do Cédigo Civil, odo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, 0 equilibrio ecolégico nio histrico e artistico, bem como evitada a poluigo do ar de propriedade, e sim tem atributo a0 lado do uso, Nesse sentido, leciona o grande JOSE AFONSO DA SILVA (2002, p. 283): “enfim, a fungao social se manifesta na propria configuragao estrutural do direito de propriedade”. Nessa trilha, 0 legislador rural que possuir érea abandonada.’ ‘A respeito deste tema, convém colacionar passagem de um julgado disponiveis e a preserv Sito at ubsho socal dt propledede A desuropiote ranse con Imponivel ao descumprimento da importante instrumento destinado 2 assumidos pelo Estado na ordem eco: {0s e/0U improdutivos, pois 56 se tem por atendida Jieito de propriedade, quando o titular do 2 conservacio dos recursos natui ‘que requiam as justas relacées de trabalho entre os que possuem o dominio e =A definiglo de drea abandonaa, subutilzada ¢ utlizada de maneira inadequada depen deta do alcance dos graus de efciénc to da terra, defnidos no artigo 6°, da {Lei 8629/1993, ou entdo quando © prédio ristico nao atenda aos requisites do § 3°, do citado dispositive legal So ECMO NN Ay eon orn Ee HCE aqueles que cultivam a propriedade” (ADI 2.213-MC, Rel. Min, Celso de Mello, 4.04.04,2002, DJ de 23.04.2004), De acordo com o Tribunal Regional Federal da 4* Regiao, “irrelevante posto que apresentando ecossistema de mangue, ndo poderia vastada, sob pena de violagio a0 principio da 'v © (art. 225 da CF/88)” (passagem da AC 1998.04. BEI AR Conquanto no se trate de uma norma juridica exclusiva do Dircito Ambiental, podendo também ser encontrado em outros ramos, a exemplo do Direito do Consumidor, optou-se pela insergao dé Principio da Informagdo a partir da 2.’ edig&o deste livro, em razao do seu fortalecimento ¢ importincia na esfera ambiental, Ele mantém intimo contato com © Principio da Participagdo Comu- nitiria e da Publicidade, que informa a atuagio da Administragdo Piblica, notadamente no que conceme aos 6rglios € entidades ambientais, que ficam ‘obrigados a permitir © acesso piblico aos documentos, expedientes © pro- cessos administratives que tratem de matéria ambiental e a fornecer todas as informages ambientais que estejam sob sua guarda, em meio escrito, visual, to escrito, no qual assumiré a obrigagaio de las para fins comerciais, sob as penas da bom convencimento da populagao, que participar da decisio politica ambiental, a exemplo das consultas ¢ audién- cias piblicas. ‘ero publicar em Ditirio de conduta; idéncias em infragdes ambientais; recursos interpostos em tivo ambiental e respectivas decisdes; registro de apresen- le impacto ambiental e sua aprovacio ou rejeigao.” © intercdmbio de informagdes sobre o meio ambien- tos para a execurdo da Politica Nacional é 0 EXEC Também como novidede a partis da 2* esi desta obra, com 0 pro- Realmente, o estabelecimento de dos instrumentos para a execugdo da conforme determinado pelo artigo ‘Como exemplo de sua aplicabilidade, 274/200, que estabelece os padres de qualidade da égua para a balneabi- lidade (reereagio de contato primario). pela preservag2o ambiental devem ser agraciadas como, benef alguma natureza, pois estiio colaborando com toda a coletividade para a eonsecuptio do dirito fundamental ao meio ambiente ccologicamente equilibrado. Assim, haveria uma espécie de compensagdo pela prestagdo dos servi- cas ambientais em favor daqueles que atuam em defesa do meio ambiente, Antigo 4 da Lei 1050/2003. } ; como verdadeira maneira de se promover a criago de uma compensagao financeira em ental, a exemplo da ‘or do proprietirio rural que fixado no artigo 12 do novo Cédigo Florestal. ‘Além de beneficios financeiros diretos a serem pagos pelo Poder Pé- blico, também é possivel a concessio de eréditos subsidiados, redugio de base de calculos jotas de tributos, ou mesmo a instituigdo de isengdes guns espagos am- Por meio da edigdo do Decreto 45.113/2009, o Estado de Minas Gerais criou 0 Programa Bolsa-Verde, em que 0 Poder Publico estadual paga um ios que prestain servigos ambientais, con- centre R$ 110,00 © RS 300,00 sistente em uma bolsa que preservado de reserva legal emblemitico caso de inci Outro excelente exemplo de aplic -recebedor vem do Estado do Amazonas, co Floresta, pela Lei Estadual 3.135/2007, que it Mudancas dos Climas. Conforme noticiado pelo sitio da associagio O Direito por um Planeta Verde, “ 0 primeiro programa brasileiro de remuneragdo pela prestagio de servigos ambientais feito diretamente para as comunidades que residem nas florestas. O objetivo é prover uma alternativa econdmica ao desmatamento, de modo a reduzir as emissies de gases de efeito estufa. O Bolsa Floresta transfere recursos diretamente para is no Amazonas, faz. pagamentos para ‘unidades e promove capacitagio para ati extrativismo vegetal manejado e o artesanato. Em troca, essas familias firmam Um outro importante exemplo de coneretizag:io do Principio do Prot -recebedor ocorreu com o advento da Lei 12.512, de 14 de outubro de 2011, ai e 0 Programa *Disponivel em: . De acordo com o Programa de Apoio a Conservagdo Ambiental, a Unio foi autorizada a transferir recursos financeiros e a disponibilizar servigos de cia téenica a familias em situago de extrema pobreza que desenvolvam ides de conservagio de recursos naturais no meio rural Poderio ser beneficidrias do Programa de Apoio & Conservago Ambiental que desenvolvam atividades de Executive. Assim, nota-se que finalmente « Unitio adotou uma medida especifica 5.15. PRINCIPIO DA VEDAGAO AO RETROCESSO ECOLOGICO | De acordo com este principio, especialmente voltado ao Poder Legis- lativo, & defeso o reeuo dos patamares de protesio ambiental, salvo Pois @ protegdo ambiental deve ime quando os indices de poluigdo no Planeta Terra crescem a cada ano. ‘Decorre da natureza fundamental do direito a0 meio ambiente ecologicamente equilibrado, vez que uma de suas caractersticas é a proibiglio ao retrocesso. Com efeito, 0 Superior Tribunal ica, a0 julgar o recurso especial ia do Principio da Proibigao ao Retrocesso Ecolégico: "L.JO exercico do us variand, 10 regresséo (ou, por outra terminologia, principio da igho de retrocesso}, garantia de que os avangos urbanistico-ambientais ‘conquistados no passado nio serdo diluldos, destruidos ou negados pela geracéo atual ou pelas seguintes (.J". icas, pois so os principais fera, tendo sido previsto no 1) € no artigo 3°, da Lei | {que regula as competéncias ambientais comuns entre a Unio, 0s Estados, 0 ivo fundament eeologcamente critic Destarte, & possivel apontar 0 Principio da Gesttio Ambiental Descen- i Eficiente como informador do Direito Ambiental no tre todos os entes federativos, nos moldes do artigo 23, Ul, IV, VLe VI, da Constituiga0, que deverao cooperar para alcangar o to sonhado desenvolvimento sustentavel, em parceria como toda a coletividade, que ¢ titular do direito fundamental 20 meio ambiente ecologicamente equilibrado. 4 a democracia na gestio ambiental € concretizada em varias passa- gens da legislacdo ambiental, sendo imprescindivel inserir a populag3o nos biente, que conta com 21 represen sociedade civil, na forma do artigo ito Federal e dos Municipios também deverao possuir sua composigio, sob pena de nao poderem promover gest ambiental é a exigéncia de resultados positives pela Advisitragao Piiblica dos trés poderes, fruto de uma atuagao moderna, extraindo-se mais com o menos, uma verdadeira ecoeficiéncia 5.18, OUTROS PRINCIPIOS AMBIENTAIS (17 ETE aa existéncia de outros prineipios ambientais. Por isso, este t6pico foi inserido na 2." edigao desta obra. PAULO Na realidade, o Principio do Desenvolvimento Sustentavel visa efetivar © direito fundamental a0 meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo ¢ essencial & sadia qualidade de vida, previsto na Jamental a vida, vez que € preciso uma existéncin com qualidade de vida, que pressupde condigtes ambientais dignas, sem as quais nfo se terd 1009, p. 93-94) que prega a ambientais, sendo objetiva (artigo 14, § 1°, da Lei 6.938/1981). foi reconhecido expressamente pelo Tribunal Regional “Ambiental. Dano ambiental. Ago civil public. Area degradada. Aribuicbes ‘Legtimidade para o ajuizamento da acho coltiva. Desmatamento, 10 naturale recuperacao. Principio da reparacao integral. Provecéo ‘meio ambiente, Art, 225 da Constituiglo. 1. O art. 2° da Lei n. ervacio e conservagao domeio ambiente, federal legitimada para, no exercicio da fungao que Ihe 2 principio da reparacdo integral em caso de degradacio. 4. A regenera- ‘gio natural da reserva legal é um procedimento demorado e tem sent ‘apenas se se tratar de pequenos espacos. Se 0 tamanho da area desmatada ‘do € pequeno Gi ‘no caso), a reparagdo deve se recuperagio ambi tudo, 6 preferivel designé-lo ue, por da garant de que a dignidade da pessoa humana esté ‘Ao conferir dimensio ecologi sa de que nio existe patamar (0 fundamental do meio ambiente sadio.’* respeito a0 7 Disponivel em: , 31.05.2010. Outrossim, alguns autores apontam o informador do Direito Ambiental, a exemplo ”ACHE- CO FIORILLO (2008, p. 55), para quem “o objeto de protegio do meio ambiente, localizado no epicentro dos direitos humanos, deve ser levado em ‘considerago toda vez que uma politica, atuagao, legislagio sobre qualquer tema, atividade, obra etc. tiver que ser criada e desenvolvida”, Realmente, a ubiquidade é a qualidade do que esté em toda a parte, a ‘onipresenga, de modo que 0 direito fundamental a0 meio ambiente ecologica- ‘mente equilibrado deverd nortear a atuagdo dos trés Poderes na tomada de suas decisdes, a fim de buscar a real efetivardo do desenvolvimento sustentivel Por sua vez, PAULO DE BESSA ANTUNES (2008, p. 46) aponta a exis- téncia do ‘em que “os aplicadores da politica ambiental © do Direito Ambier de uma determinada Nesse caminho, obtempera LUIS PAULO SIRVINSKAS (2 que “ha a necessidade de analisar todas as consequéncias possi siveis da intervengdo no meio ambi tivas impostas pelas Leis Estaduals Aquisicao posterior a vigéncia das dda boa-fé objetiva ‘que sofreu li- 76, que versa de proteséo relativas aos manancials, cursos e reservatérios de 2. Quem adquire imével apés a entrada em vigor de norma que discl- plina o direito de propriedade, na pers} ymbiental ou urbanistica, ‘ocorreu desapropriagso indireta, visto que tal comportamento mostra-se incompativel com 0 prin- pio da boa-fé obj identes sobre 0 bem, e © preso por ele pago incorporou os eventuais reflexos Contaiido precio que o ente ambiental faga 0 polidor recur ou elminar os ddanos amblantas, pos estes normaimente sioreversivels em espécle. Este principio trabalha com o isco certo pois j ha base clentifia, uma vez que o empreendimento & amplamente conhecido. ‘edeterminadoempreencimentopuser causa danosamblentai cont opulagio Un dublo pr natura. Hs isco incerto ou duvideso, Decors de uma ponderoio que deve sr feta casscamente trodden descent scnimcas 9a Sresevacio ambiomal € auele que atonde is necestaes prcsnte sem comometer posbidade de eiséncedgra 42s Serores fetus Aplin se 98 recursos natura renoves ‘Deve 0 poluidor responder pelos custos socals da dagradacio ‘ausada por sua atividade Impactante, devendo-se agregnr esse ‘alr no custo produtivo da atividade, para evitar que se prvatizem (0 cro @ se sociale 05 prejuzos ‘he pesioas que ulillzr recursos natura devern pagar pela sua ut ja alu, a exemplo do uso da sgua ‘cooperagso entre 05 povos a cooperaqao entre as nagbes, mormente por meio dos tatados Internacional, para se ter uma tutela global ambiental Solidariedade interge- racional ‘Natureza pablica da ’2 proterdo do melo ambiente, por ser bem eifuso, inispensivel & ‘da humana saci, ‘As pessoas tim o dlielto de partcipar da formacao da decisio am- Parnas comun- | Penne esses cme sme er secantton enna cpa cement asin re Ftp Se reanae eiaeatparen aoe eevee ao er ead ee pit enor per ae eto fim de manter 0 equiibrio ambiental, a Cm AMBHENTALESQUEMATIADO Principios amblentals Conteudo E rece » cao de bees fey oun Ce coma deer de omer emir m shuagbes calaritosas_ so responsives plo connote da pluto ea busca jidade, mas os palses mals poluidores deverdo adota cos eaten: btivamente da gest ambiental

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