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Relatório mês de Junho – Nucleo de Acessibilidade

Discente: Isabella Rodrigues Silva

Neste mês de junho iniciaram as provas do monitorando Douglas, e encontramos


alguns desafios. As monitorias continuam na terça e quinta de 8h às 11h. Durante
esse mês as monitorias se voltaram para o preparamento para as provas de
sociologia geral, criminologia e economia política. Embora eu tenha conversado
com todos os professores do Douglas para negociarmos meios avaliativos que
facilitassem a compreensão e o aprendizado do Douglas, alguns professores se
mantiveram rígidos em seus posicionamentos.
A exemplo, o professor de Economia política disse que seria impossível abrir
mão de dois livros da matéria dele, os quais julgava indispensáveis para a prova.
Contudo, estes livros que julgou indispensáveis se soma a outros livros
indispensáveis de outras matérias. Insta mencionar que os livros de direito são
livros extensos, cansativos e prolixos. Ou seja, encontramos dificuldades para
ler todos.
O Douglas possui alguns aplicativos de leitor de tela instalados em seu celular e
computador, entretanto, os leitores não são seu tipo de leitura mais proveitosa.
Douglas possui certa dificuldade para se concentrar no conteúdo da leitura
quando lido por um leitor de tela. Com isso, o monitorando prefere ler seus livros
com o auxílio de uma lupa instalada em seu celular.Notando a sua preferência,
eu organizo os meios para que ele consiga ler os livros em PDF utilizando sua
lupa.
Apesar de seu esforço, percebo que é uma leitura cansativa, visto que é
extremamente extensa e ele a desenvolve de maneira mais lenta. E isso o frusta.
Além dos livros extensos, o professor de economia política preferiu que a prova
fosse feita presencialmente, o que de fato não se consolidou em um problema.
No dia 21/06 o professor aplicou a prova e nos liberou para fazê-la no CAIXIM,
uma vez que o Douglas precisaria narrar suas respostas para que eu pudesse
escrevê-las, e isso poderia atrapalhar a turma.
Na monitoria durante a prova, pude perceber que o Douglas não se sentia
preparado para responder as questões que eu lia para ele. Percebendo a
situação e vendo o pouco tempo restante para responder as perguntas, formulei
algumas respostas e perguntei se ele estava de acordo com elas.
Quando cheguei em casa e fui refletir sobre a monitoria, notei que não soube
auxiliar o Douglas de forma correta durante a prova. Uma vez que, ele não
respondeu a prova de acordo com seu aprendizado. E isso pode ter se dado em
razão dele não ter conseguido compreender o livro, ou ele não ter conseguido
acompanhar as aulas em sala, ou até mesmo dele acreditar que não era capaz
de respondê-la com suas próprias palavras. O que pode ter acontecido ainda é
ele ter acreditado que meu papel como monitora fosse responder a prova, ao
invés de apenas escrevê-la. E isso o limitou a confiar em mim.
Este comportamento pode ter surgido durante as monitorias, momento em que
eu, sem perceber, possa ter tirado sua autonomia.

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