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eee eC ced Ue) lel {EmSocdoga, quanto alam sotreas elementos que marcam sociamentaa deren. & reso desta atercnciahunana de esabeeer reacts ent as aractrstcas turd cats grupos seus az boipes eines Dos exeglos comuns dessa tendénciastoasdiferenasanatbmiasentreharens¢ulerese amb areacdo ee mora, 1 ParaaSoootga, os sores hunanos nso nastem homens munres mas actos remeas pos € apenas iso qu podemos tee com basen seta dg decade nano Seguin aclissea amas sta rancesaSimane ce Bawa (1900-1022) (nia se sce mulher taa-se user, pace-econstatr que as ages defeminn emasculnn ea quidaces es compartments que as impcam em cada grupo sto prenddss om soceade, mas 55 nob 20 Sio ada pea gentca © Nocaso da ciassificacao racial, a Sociologia tem uma abordagem parecida com a questao do sexo biol6gico. No contexto historico e econdmico dos saculos XVII XVII, foi necessario legitimar tanto o trafico de escravos quanto a continua Subjugaco dos inaigenas nas Américas. Nesse sentido, a nocao de raca buscou classificar a humanidade em supostos troncos de matriz biol6gica, de acordo com a cor da pele, do formato do nariz e dos olhos, do tipa de cabelo etc. Assim, cada tipo fisico e biol6gico concordava com certas caracteristicas culturals, e esses grupos foram hierarquizados numa escala de evolugao. No entanto, as caracteristicas culturais, assim como as nogdes de ferninino e masculina, nao sao dadas de farma biol6gica, Na realidade, todos os seres humanos so biologicamente iguais e, por isso, 0 conceito de raca é bastante equivocado. © Nesses dois casos, em relacZo a0 sexo biolégico ea idela de raca, tentam extrair da Biologia a explicacao para a diversidade cultural humana, Essa tentativa recebe o nome de “biologizacao da cultura’, atitude criticada ha décadas e classificada como determinismo biol6gico, que encara como causa fundamental do comportamento hhumano algo inscrito na Biologia, e que descarta a importancia dos processos de aprendizado e da interacao social © Outra importante problemitica no debate sobre os marcadores socials €a rela¢ao entre a diversidade e a desigualdade.Q desafio de estudar os marcadores socials da diferenca passa por entender os mecanismos usados para que isso acorra, denunciando-os. A primeira atitude nessa diregao consiste em distinguir ambos os conceitos: enquanto “diversidade” diz respeito as multiplas formas de identificacao e expressio de que os grupos se valem para classificar a sua realidade, a ‘desigualdade" diz respeito a maior dificuldade que certas grupas tem de acessar os recursas (econdmicos, politicos, simbélicos etc) mais valorizados em uma sociedade. 1 Oprimeir err est em afrmar que a forma come um grupo se expressarno mundo {20 e25sfin stun e580 gina em ua posigia sci menos favoreccaIss0 59 torna exndente quando dadosestatistcos mais ampios So analsados, com foco em rmarcadores como raga ou género.€ possivel perceber que oacess0 de homens a rendne mas ats tapahos mais qualifies © moins cancghoe oo representacao pola é maior do que o das mulheres (o que se agrava quando pensamos em homens e mulheres quero s&o brancs), 20 mesmo tempo que as Syporeneas do homiciio viento, do ncarceramenta oda trabalho procarzado tingem mas popuaca0 negra Conceito de género e sua historia ‘¢- Para discutirmas o canceita de género, precisamas conhecer duas ideias bésicas. —A primeira é de que a categoria “genera” é uma construcio social, feta com base nas caracteristicas que determinam que 0s indwviduos sejam considerados ‘machos ou fémeas biologicamente. A essa construcdo ligarse as concepcGes de ‘masculin e feminino em cada grupo social, — A segunda 6 0 fato de que essa constructo sacialérelacional,i8 que masculino € feminino nao s8o nodes fsoladas, mas que dependem uma da outra para terem sentido. Trata-se, portanto, do estudo das relag ‘© Tals relacoes so estudadas com base na maneira comio uma sociedad estahelece as diferengas entre homens e mulheres. Um fato visto em multos pafses é que 05 homens acupam uma posiglo mais alta na hierarquia do poder politico, o que Ihes canfere maior capacidade de decidir einfiuenciarrelagOes socials. Outro exemplo, que ainda existe no meio rural brasileiro, é 0 fato de a mulher ter pouco espaco para opinar nas estratégias produtivas, embora um casal de agricultores tenha cargas horarias similares de trabalho. Ela nao @ considerada juridicamente dana da terra, pois 2 propriedade fica no nome do marido. Alm disso, a mulher tem seu trabalho reduzido ao ambita doméstica e da harta — que multas vezes so considerados “mats leves" e, por isso, menos importantes. Quando ela participa de atividades ligadas &lavoura, 20 rato afirma-se que "trabalha coma homem’ pois este teria um conjunto de tarefas mais pesadas ‘© Pode-se afirmar, portanto, que o estudo das relacbes de género se concentra na desigualdade de poder entre homens e mulheres. As sociedades em que a ddominacao masculina é predominante na organizacao social sao chamadas de patriarcals, Nessas sociedades, sto relegados as mulheres os papéis considerados ssecundsrios, sob os quais elas Sd submetidas a exclusbes e violéncias sistematicas. No patriarcado, é muito comum atnibuir somente aos hamens caracteristicas valorizadas socialmente, como forca, capacidade de lideranca, coragem e responsabilidade, enquanto ao feminino so atribuidas a fraglidade, 2 obediénciae certa superfcialidade, par serem muitas vezes excluidas da produgao cientifica e d= postos de chefias. Ou seja,além das diferencas biol6gicas ha indmeros mecanismos de hierarquizacao e dominacao que operam de formas muito suts, ‘© Assituag6es a seguir demanstram algumas das hierarquias tipicas do patriarcado: recentemente, no mundo, # maioria das pessoas formadas no Ensino Superior & composta de mulneres, ao mesmo tempo que 70% dos analfabetos também S30 ‘mulheres; as mulheres cmpaem massivamante a mao de obra no mundo do trabalho, ao mesmo tempo que a maioria tem condicdes de trabalho bastante precarias, centenas de milhares de mulheres ainda mortem anualmente de Ccamplicagdes decorrentas da gravidez e por negligéncias hospitalares; a populag3o Pobre ainda é majoritariamente feminina, ao mesmo tempo que hé cada vez mais, ‘mulheres participando da polftica etc. Socializacao, identidade de género e orientacdo sexual ‘¢ Os papéis a serem desempennadas nas relagdes de ganera, ue condensam as concepcdes de masculinge feminino de cada sociedade, sao aprencldos desde cedo Uma das bases do processo de soclalizagio, que consiste em ensinar umm incviduo a ‘ornar-se membro de determinado grupa human — como assinalam os SOci6logos Petar Berger (1929-) Brigitte Berger (1928-2015) —, 6 transmissio dessas concepcdes de genera. Geralmente, os pais € os professoresressaltam as diferenas| de género por meio da obsarvaczo das roupas, da cabelo, da diferenca entre as brincaderas e dos tipos de comportamentos. ‘© As aiferenciagdes sao ressaltadas prinopalmente para as meninas, que desde edo ‘to privacas das liberdadesligadas ao uso do corpo {comumente permitdas 20s reninos), coro sujar-se durante ativdades licicas, usar certos bos de roupas ou ‘mesmo entrar em confitos com outras pessoas. Essasdiferencas poder ser ‘observadas também nos lugares que as criangasfrequentam desde cedo. AS meninas so levadas a lugares ligadas ao cuidado com a estética corparal feminina, como sales de beteza e lojas de roupa, No passado, havia uma forma explicta e ‘espacial da separar homens e mulheres. enquanta os homens fraquentavam fespages pUbiicos por c2usa das rotinas de trabalho, as mulheres estava reservado 0 ‘espaga domestic, pols a elas cabiam as funcoes da culdade Tartar ec gestae da ‘© Assim, os processos de sacalizagao sao fundamentals para a constituggo do queen Sociologia se cefine camo identidade de género Ou sea, de que frmas.cada indiviouo atribui para si caracteristcas consideradas masculinas ou femininas, Um ‘exemplo muito expressive é separacia de cores deroupas para meninas e meninos como instrumentos de fnagao de atributos de genero, a despeita das preferéncias pessoais Par exerpla, enfatiza-ce que as meninas ucem cores consideradas “Ternininas’ tendendo ao rose e a0 iss, que cs meninos sem cores em tons de azul ou outras cores mais fias ‘Quand os incvidues estao prestes a entrar no mundo do trabalho, também se percebem tendéncias na escolha de profssées, de acorda com o génera.ASSim, a5 profissdes que exiger cursos unversitanos, come pedagogia, enfermagem ou assisténcia Social, tém maior contingente feminine, Além disso, sao profissbes ligadas pratica do culdado com os outros, historicamente atribuida as mulheres Empregos como condutor de veculos e traballiador da construcdo iil S20 largamente ocupados por homens, pela eficigncia necesséria ao desempenho das tarefas,ligada as nodes de forge virlidade, que &considerada exclusiva de individuos do genero masculino Entretanto, a ientidade de género nao éimutavel. Ha muita possibiidade de individuos nascidas machos incarporarem atributos femininos @ férmeas assumirem caracteristicas tidas como masculnas. ( fenémena do travestismo, no qual ndividuos assumem tragos distintos dos preuistos para seu sexe biolgco, que podem varar desde roupas e maquiagem até alteragoes corporais mais duradouras (tatamento par horménios @ ‘ransgenitalizagdo, por exemplal ter ocupado o centro dos debates sobre o caréter

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