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Disciplina de Saúde Publica/Integral - Vania dos Santos

SUS

1902 - Programa de Obras Públicas - Saneamento no Rio de Janeiro.


1903 - Inicio do combate a Febre Amarela Urbana e Malária.
1904 – Oswaldo Cruz - Lei da Vacinação Obrigatória contra a Varíola / Reformas
nos serviços Sanitários
1919 – Inicia-se a Reforma Chagas.
Serviços de Profilaxia dos Estados - Controlados pelo Ministério da Justiça e
Negócios do Interior.
1923 - Lei Eloy Chaves - Criação das CAPs (Caixas de Aposentadorias e Pensões)
- organizado por empresas.
1930 a 1945 / 1951 a 1954 – Getulio Vargas.
1930 - IAPs - Institutos de Aposentadorias e Pensões - por categoria profissional.
1935 - Retomada das Campanhas Sanitaristas.
1937 – Processo de Centralização.
Lei 378 - Institui a Conferencia Nacional de Saúde.

1941
Institucionalização das campanhas sanitárias.
I Conferencia Nacional de Saúde

1950 (Gaspar Dutra) - II CNS - Saúde discutida nos limites institucionais -


Políticas Sanitárias vinculadas ao Ministério da Educação e Cultura.
1953 (G. Vargas) - Criação do Ministério da Saúde.
1956 a 1960 - Juscelino Kubitesch

CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO
Centralização
Campanhas Sanitaristas
Criação das Caixas de Pensões (CAPS)
Criação dos IAPAS
Conferências Nacionais de Saúde

1961 a 1964 - João Goulart


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1963 -
Fundo de assistência ao trabalhador Rural - FUNRURAL.
III CNS - Saúde vista como resultado de várias iniciativas governamentais no
campo do saneamento básico, educação, trabalho, salário e condições de vida.
1964 a 1967 – Castelo Branco
1964 - GOLPE MILITAR - Retrocesso - Visão puramente técnica. Repressão aos
movimentos sociais.
1966 -
IV CNS - Visão mercantilista da saúde. Discussão dos recursos humanos.
Criação do INPS - Unificação dos IAPs.
Gradualmente agrega os trabalhadores rurais, empregados domésticos e
autônomos – antes excluídos.
Origina o segundo maior orçamento do pais atrás somente da União.
Endurecimento do Regime Militar
1967 a 1970 – Costa e Silva
1969 a 1974 – Emilio G. Medici

CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO

 Área de medicina e equipamentos hospitalares - investimento do capital


estrangeiro.
 Atendimento hospitalar - ações curativas em detrimento das preventivas.
 Especialização e sofisticação tecnológica.
 Sistema com vários comandos e ineficiente.
 Saúde voltada para pequenas parcelas da população - exclusão.
 80% da arrecadação da Previdência Social (referente a assistência médica) -
repassada a iniciativa privada.

DÉCADA DE 70

1974 - Ministério da Previdência e Assistência Social.


Criação do Instituto Nacional de Assistência Medica da Previdência Social
(INAMPS).
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Credenciamento de médicos, contratação de serviços hospitalares e


laboratoriais.
Parceria entre Estado e setor privado.
Atendimento somente para os segurados da Previdência - mercado formal
Fundo previdenciário - 90% do gasto público para o setor.
Pagamento por ato médico - com falta de fiscalização.
Ministério da Saúde - Ações preventivas - higienista e atendimento primário -
caráter universal.
Ministério da Previdência Social - Assistência médico-hospitalar - ações
curativas, de diagnóstico, tratamento e reabilitação.
1975 - V CNS
1976
Eleições municipais - Vitória da oposição.
PIASS - Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS) -
Estrutura básica de saúde e saneamento em municípios com menos de 20 mil habitantes.
Propôs:
Regionalização e Hierarquização.
 Grande investimento em atenção Primaria.
Plano Comum de Aplicação de Recursos Federais e Estaduais.
Redirecionamento dos recursos para a Rede Pública.
Contrários:
Federação Brasileira de Hospitais
Associação Brasileira de Medicina de Grupo
Clientelismo

1977 - VI CNS - Participação dos envolvidos no movimento sanitarista -


Discussão de temas como universalização e hierarquização.
1978 - Alma Ata (OMS e UNICEF) - Conferencia Internacional Sobre Cuidados
Primários da Saúde - Saúde para Todos no Ano 2000 .
1979 - VII CNS - mesmo perfil da VI CNS.

Década de 80
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Crise Econômica - Diminui recursos - Diminui o limite para os gastos públicos -


Parceria entre o publico e o privado fica prejudicada.
Aumento da democratização - Participação de críticos de sistema como detentores
de cargos públicos e burocráticos.

1982
Eleição direta para Governador.
Criação das Ações Integradas de Saúde (AIS)
Recursos do INAMPS para as secretarias estaduais de saúde – havendo também
diminuição da relação com o setor privado.
Em 1980 – 28,7% do total de verbas para a saúde foi dirigida para o setor público,
em 1987 esse valor é de 54,1%.

AIS
Características
Integração das instituições federais,estaduais e municipais - Estadualização dos
serviços federais (ambulatorial e hospitalar).
Universalização das cobertura assistencial.
Descentralização das decisões.
Participação da comunidade
A rede publica assume a assistência curativa individual (antes somente o
privado).
Transferência de recursos é aprimorada mas ainda fortemente centralizada -
estipulava valores médios padronizados e teto máximo.
Redefinição do controle e da regulação.
Criação das comissões interinstitucionais de saúde com a finalidade de planejar
e avaliar o novo modelo.
1984 - 132 municípios conveniados com as AIS - todos os estados participam.
1985 - 644 municípios - 67% da população.
1986 - 2500 municípios - 90% da população

1984- Diretas já

1986 – VIII CNS


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1987 - Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde – SUDS


Criação do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde
(CONASEMS)

Resistências as AIS e ao SUDS


Clientelismo Político
Interesse da Iniciativa Privada
Secretários Estaduais tem resistência em repassar verbas

1988 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante


políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.
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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

UNIVERSALIDADE
Atenção a saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Acesso a todos
os serviços públicos de saúde, assim como aqueles contratados pelo poder público.

EQÜIDADE
Aações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso
requeira, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual e será atendido conforme
suas necessidades até o limite do que o sistema pode oferecer.

INTEGRALIDADE

DO INDIVÍDUO
O indivíduo deve ser considerado em seus aspectos bio-psico-sociais.

DAS AÇÕES
As ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam um todo
indivisível e não podem ser compartimentalizadas.

DO SISTEMA
As unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade,
formam também um todo indivisível. Deve haver, portanto, uma utilização conjunta dos
recursos e atividades municipais, estaduais ou federais, priorizando o atendimento
integral e de qualidade a população.

HIERARQUIZAÇÃO
Srviços organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente. O acesso
se dá através do serviço de nível primário de atenção que deve estar qualificado para
atender os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Os demais
deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade.
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REGIONALIZAÇÃO
Os serviços além de serem hierarquizados devem ser dispostos em uma área
geográfica delimitada com definição da população a ser atendida.

DESCENTRALIZAÇÃO/MUNICIPALIZAÇÃO
Redistribuição das responsabilidades quanto as ações e serviços de saúde entre os
vários níveis de governo, com um nítido reforço no poder municipal.
Democratização do atendimento
Delimitação da realidade local
Controle social mais efetivo.

RESOLUTIVIDADE
O serviço deve estar capacitado para enfrentar e resolver o atendimento individual
ou problemas de impacto coletivo até o nível de sua competência.

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
(Controle Social)
Garantia de que a população participará do processo de formulação das políticas
de saúde e do controle de sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local.
A participação se dá principalmente através dos Conselhos e Conferência de Saúde.

COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO

Quando por insuficiência do setor publico, for necessário a contratação de


serviços privados, isso deve se dar sob 3 condições:
 O interesse público deve prevalecer sobre o particular;
 A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas
técnicas do SUS;
 A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa
do SUS, em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos
serviços.
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HUMANIZAÇÃO NAS RELAÇÕES

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES (necessárias ao profissional de saúde e ao


atendimento mais humanizado)

Capacidade de análise critica


Tomada de decisões
Liderança
Administração e Gerenciamento
Comunicação
Aptidões para desenvolver ações de prevenção da doença, promoção, proteção e
reabilitação da saúde tanto em nível individual quanto coletivo.
Prática integrada e continua com as demais instâncias do sistema de saúde.

PLANO DE SAÚDE SUS

O que aparece
O que não aparece

FILA / SUPER LOTAÇÃO / DEMORA / TENTATIVA

Assistência integral e totalmente gratuita para a população de portadores do HIV e


doentes de AIDS, renais crônicos e pacientes com câncer.

PREGUIÇA / BUROCRACIA / PAGAMENTO / ATENDIMENTO

Por ano
2,4 consultas para cada brasileiro
2,5 milhões de partos
200 milhões de exames laboratoriais
6 milhões de ultrassonografias
165.000 cirurgias de catarata
Distribuição 200 milhões de preservativos
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DOENÇA / CARÊNCIA / PÚBLICO / ASSISTÊNCIA

Na última década
 Aumento da esperança de vida.
 Diminuição da mortalidade e da desnutrição infantil.
 Eliminação da varíola e da poliomielite.
 Controle da tuberculose infantil, tétano, sarampo e outras doenças prevenidas
por vacinação.

INEXPERIÊNCIA / INEFICIÊNCIA / DIFICULDADE / DESORGANIZAÇÃO


 500.000 profissionais de saúde
 6.500 hospitais
 487.000 leitos
 Mais de um milhão de internações por mês
 60.000 UBS - realizam 350 milhões de atendimentos por ano.

SUSTO
Realiza 85% de todos os procedimentos de alta complexidade do país.
Em 2000:
72 mil cirurgias cardíacas.
420 mil internações psiquiátricas.
90 mil atendimentos de politraumatizados no sistema de urgência/emergência.
7.234 transplantes de órgãos.

FALIDO / PRECÁRIO

Programa Saúde da Família (2002)

 Mais de 16.000 equipes.


 Atendendo 55 milhões de pessoas.
 Presente em 90% dos municípios brasileiros.
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INTEGRAÇÃO / UNIVERSALIDADE
Campanhas educativas.
Ações de Vigilância Sanitária de Alimentos e Medicamentos.
Controle de doenças e epidemias.

Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde (2001) com 110 mil usuários internados, mostra
que:
85% consideram excelente ou bom o atendimento oferecido pelo hospital.

Pesquisa IBOPE
Metade da população acredita que a implantação do SUS está dando certo e 41%
admitem que a qualidade dos serviços vem melhorando.
Fonte: Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, 2002.

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