Você está na página 1de 26
a tearia dos generos os 1 , 2 de valor. Ao genero ser i, Lat. : ‘ Jcomidin ea sitira. J4 2s relacbes entre realidade © Ar Géneros discursivgg Irene Machace GENEROs COMO ESFERAS DE USOS DA LINGUAGEM hes a clissica teoria dos géneros, a definicgo das formas Potticas se i ; festava em termos de classificagao. A obra de Aristoteles muito clara esse senti 5 F p sentido. Em sua Poética, classifica os generos como obras da voz to- mando como critério ° mod lo de representagio mimetica. Poesia de pri liricas a poesia de segunda voz, da épica, ¢ a do drama, Trata-se de uma classificagio paradigms. ‘mani Meira vox & Tepresentagao da Poesia de terceira voz, wea © hierérquica, "nico meio: S40 bingy € jurzos 4 facilitada pela observagio das formas no interior de um a voz. Antes de Aristételes, Plato havia proposto uma classiti- a, Cujas esferas eram dominios precisos de obras representativas fe valor. Ao género sério pertencia a epopéia ¢ a tagedias ao "S, a comédia e a sivira, Ja em A repiblica, Pltio elabors a eciade “rind das rlagoes entre realidad e represent. Ao gener mine : 152 BAKIITIN concestos-chave _ ou dramsitico pertencem a tragedia ea comédia: a0 expositvo ou nary ativ, 6 dititambo, 0 nomo e poesia litieas ao misto, a epopdia. A classiticagag dica fundada na mi ese €a base para a Potion de Aristteles, em gue, tragédia € romada como paradigma para 0 que ele chama de poesia, yo, sio as linhay gerais da base testica convolidada € que até hoje orients. anilise de tudo 0 que se entende como género. A nida que o estudo dos géneros tenha se constituida no campo da Po Gtica e da Retstica, tal como foram formuladas por Aristétels, foi na lite. ratura que o rigor da classificagiio aristotélica se consagrou. Prova disso éo fato de a teoria dos géneros ter se tornado a base dos estudos literiros desenvolvidos no interior da cultura letrada. O estatuto dos géneros lie ios © consolidou e nada tetia abalado seus dominios se 0 imperativo tpico da epoca de Aristételes tivesse se perpetuado, quer dizer, se nao howvese surgido a prosa comunicativ: De modo geral, a emergéncia da prosa pas sou a reivindicar outros parimetros de anilise das formas interativas que se Bakhtin desenvolveu sobre os géneros discursivos considerando nao a classificagao das espécies, mas 0 realizam pelo discurso. Os estudos que Mikh dialogismo do proceso comnicativ, esti insetidos no campo dese" géncia. Aqui as relagdes interativas sto processos produtivos de lingwase™ Conseqtientemente, génetos e discursos passam a ser focalizados como & feras de uso da linguagem verbal ou da comunicasio fandada na palavt-4 partir dos estudos de Bakhtin foi possivel mudar a rota dos estucdos ob géneros: além das formasses poéticas, Bakhtin afirma a necessidade de & exame circunstanciado nao apenas da retdrica mas, sobretuclo, das Prt prosaicas que diferentes usos da linguagem fazem do discurso, oferevets° como manifestagao de pluralidade. Este é 0 micleo conceitual a partie!” qual as formulagdes sobre os géneros edo unive™ discus” discursivos distanciam: tedrico da teoria cléssica criando um lugar para manifestagoes 4 da heteroglossia, isto é, das diversas coditic Gragas a essa aberiura conceit agées no vescricas 3 pale! ay forms Lips’ itl & possivel considersar discursivas do amplo e: seja ayes mpo da comunicagae mediada, cessada pelos meios de comunicacay de massis ou « digitais, sobre o qual, evidentemente, Bakhtin nada dive unas pall? suas formulagics convergem Ei mula. gindo tanto prosa. por dik xdo crit nao se d © roman so dav posicion: cultura le contra as tradicées combinatc 0 0 deseri aos génerc incerativa e de valorizags ordinsirias. 4 © dialogisma Fecurso para sistemas de si Diferenter © 6 por uma “ontaminagdes “amavalizada, | 4S quais os gé1 ‘liscursivas pron “ © Prosificay Stica Poesia, la prosa, 1 quanto na 2 Wu Vcomedia; 0 ditinanbe, 0 eEprsitivn, 18 DOMO © pues Uihicas 40 miste, 9 POG N yg Hila tondals a mimes, base paras Pata Ava bes og Hapcdia Ctomady 1M Patadizma pata que ch Chats de peasy ft S048 Tinhas petais da bage tStica comolidady © gue aunilise dete HE Iije ory, 40-0 que se emtende coy nO penero, Ainda que 0 estuda do sonetos ¢ M Revitica, tal como foram formulac ME que o igor da classfcagae istondli tito de a teoria dos generos ts se tornad desenvolvides no interi tenhia se constituide 1 cared nO amped MS Por Ativételes, fing ASC Consaprony, p loa base Hos se consolidow e nada te dha epoca de Atiststeles tives se perpetuado, quer sa comunicativa, De modo geral, a emergéncia da prosa pax sou @ reivindicar outros parimetros de anise das formas interativas gue « realizam pelo discutso. Os estudos que Mikhail Bakhtin desenvols 0: géneros discursivos considerando na dialogismo do processo comunicativo, (0 a classificagao das espécies, €stdo inseridos no campo géncia. Aqui as relagdes interativas sao Processos produtivos de li: Consegiicntemente, géneros e discursos Passim a sr falas sre ~ feras de uso da linguagem verbal ou de Comunicagio fundada na pal! partir dos estudos de Bakhtin foi possiv. ‘el mudar a rota dos estudos 0 wéncros: além das formagies pocticas, B akhtin afirma a necessidade o exame circunstanciado nio apenas da retrica m; as, secu, dis 92° so, oferecetse Prosaicas que diferentes usos da linguagem fizem do discus como manifestagao de pluralidade i ual a pa "ste € 0 nticleo conceitual 4 P qual as formulasies sobre 0s yénetos discursives distanciam : tedrico da teoria cléssca ctiando um lugar para mn vite da hereroglossia, isto é das diversas codificages nio ret : rar as fon Gragas 4 essa abertura conccitual & possivel eonsidetat : mediada, seid 4S" discursivas do amplo campo da comunicasio medila moderns cessada pelos meios de comunicasio de masas ou din pace digitais, sobre © qual, evidemtemente, Bakhtin nasa aise 1 digitais, sol suas formulaybes con 152 ! muls ginde tanto prosa. por di Wo cn nio se © roma sao da Dik Por ums frente Caminage SAmavalizada, Ls quais os g. Uiscursivas pro, Prositicagio Stic da prosa, Poesia, quanto n je orienta mpo da Po. foi na lite- vad ogo Is litenirios ros literi- ative tipico 0 houvesse prosa pas- ivas que se Iveu sobre jes, mas 0 essa emer inguagem. “como es palavra. A 1s sobre 0S de de um 1s priticas recendo- rir dO pa J PROCESO DE PROS ¢ PROSTICAGAO IN CUUIURA > apresentent aunty mbort hs Hvis sols anes nthe o dialogisme propoe G scan HM alt Goscw alvo past uma stort do muna ecm ne et ee ee aa Nele Bablatin sitow 0 umivcrw dis intetagnee iaterce s ws aay tnteragues ggorentes tealizagdes discunsivas, inhaindo o aso romance, A valorizagio dos romanee 1 4 MW Nas estudos de B as quais ela se insurgita, Alem ali, por se repartar a dite extn conta ue gery de poss ¥n odes culturais, oO FOMANG cas conto garnrbert de gues mt pinatdrias nao apenas de dis grandios. ay formas discursly as Imprintin geandilogarsnw cas da comedy: dda cura panel soo desctitivisma das aydes sneros pocticas clissives < combinayses & dosh VOREECERTT O AAT AOMCAS CONT S de: we stray cen cotidianas sirias. Mais do que reverter 0.8 Be CHLAEY COTES gion ds desevbrin tant s owls fevalori: agoes sero tipols 9g ZENETUS: srglossia 64 PE estado do ibridismo. + hew og ° rgismo, ao valorizat recuno para “radiogralar” ob Ar tividers biota reactos pl 7 sicemas de signos na cult ce dos 8 jo de puts sstilisttet® éncros _ jury ht Post SO" Diferentemet yeas etl mn ses li pawn soles a6 por uma certa nog. pais a PEEL ntaminagoes de formas Pes a a athavainndy, heteraghaosia = 2 gat vail § roth c ae syne ds quais os géneros plomte’® se os pes ange gots ie & vane PO Fanta ptt Sicursvas promovcrarm | epuin, eerste ™ aha 9 mh 4 prosificagan da cuties: Pat paki ipo ee 6 ge prone sgauwialiabials is SS ics psa, vada 20 TT gag mt ot . idales Poesia, quanto na fitters, N*S ul A — it | ie Sificacs ° O PROCESO py PR oe om {Sto ROSH, ~ ss CAC NO py, Que, Fmbora nao se ay Pau Presente *. Ese nulaydes sobre ae hE ages sobre 9 dialogismg 7 sewalvo para Uma est gle su. a Esker, Bo FeESrica quantg qy 1 a poy : akhtin situou rvr diferentes realizagses AGES disc Pa Scursiy Ke NO, ao valoriz "SUTSO para “ temas de si Diferente “por um % Maminacs, aro estudo dos géneros, descobrin um evcelente tadiografar” © hibridismo, a heteroglossia e a plucalcal ignos na cultura. le de mente dos géneros poticos, marcados pela fivides, hietarquia @ certa nogado de purismo, os generos da prosa sio, oe Kes de formas pluriestilisticas: parddia, evtlizasto, li mse “Mavalizada, heteroglossia — eis as caracteristicay fandamentai a pari S os gé Ti se mobilidade i i fal varicdade @ mobilid Wais os géneros prosaicos se organiztm hl pros indo se olla o- mundo pela © pri ve tients processo, a é ae 0 consegiiente p "Sivas promoveram a emergcncit da Sticg ificagao da ¢ Khoin, qu ta ° Oe A pros esti Gio na you, tt ea da Pros Pe e ifica. a, toda a cultura se pro sna potencialidade que se a pros € un | "2, quanto na Jittera, Na verdade, 153 a BAKHTIN conceitos-chave manifesta como fendmeno de mediagio, qe age Por contamina 0, Migr, on deuma dimensao a outa, Mediagio, mignagao, comaminagio nig gy " nos Timites da Padtiva. Para dar coma das mensagens geradas ney cone, ue discursive, Bakhtin insinua um campo conceitual que ficou SUE cya - 6 de uma “prosaica’s termo sugerido por Bakhtin © conceptualizads, » . Gary Saul Morson & Caryl Emerson (1990) no sentido de desing, campo Go inyportante para a cultura lerada quite a Praia fy py mundo grego oral, Longe de incemtivar uma mera oposicio enty. rs poesia, como pode parecer & primeira vista, a prosaica abre a posib|s.+ de constvuir um sistema te6rico coerente com a produgao cultura, = gio significativo da civilizagdo ocidental." Para Mikhail Bakhtin a prosificago da cultura letrada pode se cny derada um processo altamente transgressor, de desestabilizaczo de um, dem cultural que pareciainabalivel. Trata-se da instauraggo de um cor, de luta, da arena discursiva onde € possivel se discutir idéias e const Pontos de visa sobre 0 mundo, inclusive com cédigos culturais ome ‘cs, Bakhtin alcangou essa outra dimensao da cultura letrada, nie... do 0 seu impacto sobre a cultura oral, nem polarizando tradigoes, mas ex mninando a insurreisao de uma forma dentro da outta, no mele naeman Processo dialdgico, Nela os discursos e processos de transmiscio dos mere amp. Bens se deinam contaminar, permitindo o surgimento dos hibridos. are Porque é discurso, a Prosa s6 existe na interagao, Nao se constitui 1 cago perdr de nenhuma estrutura formulae, Mas (2 somente em discuros. 0. duzid 4 prosa ser considerada uma manifestacdo de emergéncia, tal come o» ws uma d ricos Jefltey Kinay © Wlad Godvicl?’ pudetam constatar em seus ests dialog sobre a emergéncia da prosa, Viata-se de um processo, nao de substitu jornal; uma forma discursiv 4 Por outra & dh » das prdprias pri ; ft conseqiicnte polaridaule, mas de ¢ uy iticas signitic atntes de sistemas comunicatives 4 emerge das interagies di ; : tha se int Alo gicas, aineke que cada ann dels te Campo de significay significame tudo o « Tentes esfer 1 0 ni tic ite pci 0. Estamos considerande P IME die tespeite ao y : sai verse do discutrso em sth’ 8 de uso da Tingupem, vale ros disci” as aque! Partirdos quais se on cortesponde, assim, \ 154 Nn eum ‘onsi- 1a or- impo struir rgen- isan- exa- ntico ensa- cui a Dat red- udos ode RENE Ma aesetdatc . cn igstincias da comunicacao em “ oe ‘inda que o i empregados ainda que nao haja 1 , os d ‘aja nenh cer fendmeno de emergéncia 'ENEOS entre si sig '@ combinatéria b@ prosa na ; anion simento, gr hein, Ma rege : ling rinua se fazendo, desde o se Btlagem, ° Usury aparente, Por wscet ‘CCU pronta: ela con gas a dindmi ves discutsivos. Como afirma Bal aun ‘a dos gé géne- a riquera € diversidade dos porque as possibilidades da atividadk t6rio de géneros discursivos que tifeen eum dda que se desenvolve e se compl een plexi BEner0s discutsivos ¢ otis pe Ame: ica propria esfera. AS ESFERAS DE USO DA LINGUAGEM Exatamente porque surgem na esfera prosaica da linguagem, os géneros jogos cotidianos bem como enunciagoes ca efiloséfica. Talvez porisso.os estuudos mais sistematizados, nerosliterdtios a partir da discursivos incluem toda sorte de dial davida publica, institucional, artistica, cientif géneros discursivos tenham ficado & margem de deixando 0 caminho livre para a abordagem dos gén vista do dialogismo, poréms @ or das quais outras eros discursivos primdrios secundérios (da comunicas20 PO ‘escrita). Trata-se de agem em proceso prosaica éesfera mais esferas sio experimen- (dacomuni- Joética. Do ponto de ampla das formas culturais no interi tadas, Assim, Bakhtin distingue 08 8 «acio cotidiana) dos generos discursives duzida a partir de cédigos culturais elabor i uma distinggo que dimension & csferas de uso da ling dialégico-interativo. Os géneros os — tm sdficos ~ $40 tural ofB™ ao quer ¢ ggneros secundaric se formagoes complexas porans ‘io el ‘ J cificos come 4 dan sistemas peclices OO" «eles ea ya forma do por ese jomalisticos, ensaios filo "50s da comunicagao cull Ciencia, a arte, a politica. 1880! da impede 0 possa entrar para a esfera daci yas as eferts Ps com oe ee “exioartitieone reltatitios 1088 jy mundo coridiar Em Ay n.ivia nizada i imple. ancia, daar “gnoeilica © eH eee ee jac tess nto» 4 a of pore da filosoli complement ner iri (0s primdrios: na jeayio oli aisticas © mtatos como esses, amb me si 6 mum didlogo perde su# ! Quandoentea, porexempl®> P BAKHTIN conee umntonmance au uma rb, Adguite, ass 08 mates dss nt cay Fm ultimo caso, 0 estudo dos generos discusivos considera, Sobretid, natureza do enunciado” em sua diversidade e nas dife TENtes esferg daariva, de comunicacional, isto porque, como afitma Bakhtin a lingnagem participa na vida atra é dos enunciados con cretos que a realizam, assim como a vida participa da vidg attavés dos enunciados.* Osenunciados configuram tipos de géneros discursivose fun- cionam, em relasio a eles, como “correias de transmissig” entre a histéria da sociedade e a histéria da lingua.’ AS esferas de uso da linguagem no so uma nogdo abstrata, mas una referencia direta aos enunciados concretos quie se manifestam nos dca sos. A vinculagio dos géneros discursivos aos enunciados concretos i uz uma abordagem lingtifsica centrada na fungéo comunicativa en & trimento até mesmo de algumas tendéncias dominantes como a funcio expressiva “do mundo individual do falante’ "6 Quando considera a funcio comunicativa, Bakhtin analisa a dialogia entre ouvinte e falante como um Processo de interacao “ativa’, quer dizer, nao est no horizonte de st formulacao 0 clissico diagram, ao de transporte da mensagem de um emissor Para um receptor, bastan do, para isso, um cédigo comum. Para Bakhtin, tudo © que se a! sobre a relacao falante/ouvinte e da agao do flame sobre um ouvinte pe sivo nao passa de “ficgdo cientifica”, um ry © papel ativo tanto de um qu acontece, [390 porque, a espacial da comunicagio fundado na no- Son esconsiderd vcintio raso que descom anto de outro sem o qual a intesty » 40 perceber & com tico) do d ipreender 6 significado (lings Ascurso, imediatamente assume em relagio a le uma postura ativa d z le resposta No comexto de sua aborcagem, tole compreensiv sé poile set ¥™ atividade; uma comprees uma contradigao em ween mo que nao seja vocalizada pore ‘Vado discu Seguinte, como resposta. O falante contestador em potencial: S036 pode scr pensido, seja cle quem for, € sempre Emv respor agGes res comunica discursivo ne “didlogo it definido « contestado cientifica n: de sentido’ sua conclus A inten, fe as forma Uncia do co * pode disp 8€neros disc ™anuais, ma 156 NN a - . cloniocoprinicira falang QUE iNKettomp texto, crerno silencio do universes a ttn S10: cle Mie apenagn, ‘ ra siado sistema da lingua que utiliza can eee Aevscen a certos cnunciades anterio heen ms ‘ Ketones, 7 csenga cabelece todo tipo de te ia ios. comasiqiaises Ap sia nee conhecia werd, ganizada, de outros enuneiados.* las0 (se los ou simplesmente os supe Pata pre los de s Todo enunciado’ um clon, US ouvintes) Muito complexamente op Ever de ui diagrama espacial o que Bakhtin apresemea m poste C, : senta € um circuito ge espondibilidade: falante e ouvinte nio sig ea es resultantes da propria mobi unciado idade de se pensar 0 discurso no contexto enunc © € no como unidade de estrururas lingisticas. “Enunciade” ¢ ‘discurso” pressupGem a dinamica dialégica da troca entre suicitos éscutsivos no processo da comunicacio, seja num dislogo cotidiano. seis sum género secundairio. Ainda que o discurso assuma o caniter de um iativo da “dilogo inconcluso”, € preciso considerar que o emunciado s6 pode ser ésfinido como uma manifestagao conclusa sem a qual nio pode ser contestado. Por exemplo: uma formulacio filosdfica ou uma prope: irma Cienuifica ndo pode ser contestada se nao se apresentar como “ums tor ” ; intengi or. Quer d pas- desentido” que depende, evidentemente, da intengio do autor. Quer ivi i irculaga a discursiva. dera wa conclusividade interna é condigdo para a circulagio na cadeia di eferuada den- ; Zo de uma escolha efetuada den nao Aintengao do autor se realiza em fungio de uma escolha eferuad o, Bakhtin atirma a impor- ‘*€as formas estveis dos enunciados. Com is : ssimilagio desse repertorio de que “ncia do contexto comunicativo para a assimilagio desse rep 1 ara enu ma determi mensagem. lsso porque os : ! i a nada mensagem. Lss Spor para ciar un ermin nio si ; i s que adquiridas em e i yas que Bncros discursivos sio formas comunicativas q ™anuais, mas sim nos processos inrerativos: ti jwuca gramatival, trio esse " ; bulitio est nes ing mim 0 So dos dicion iti on- no 05 conhecemos por mc ee os enuncia = gramética, mas sim geass co eanivnckeiea comunic ouvimos ¢ reproduzimos na com com as pessoas que nos rodeia™ mM BAKHTIN conceitoschave — Q anto maior o conhecimento dessas form: as discursivas ang dade de uso dos generos: manifestagio de um; isso tambes OF a libe, Posture ag, 5, Vale oy Pecifica den, onfere ag lingifstica, mas de cnunciativa que depende muito mais do contexto comunicati ra do que da p do usuario da lingua par a efeitos comunicativos © expressiy, var quea proy pria “entoagio expressiva” é um ciado e nao pode s articulagio es, er cogitada fora dele." F. isso que ¢« nao de uma forma Bene, discursive 0 carter Uma form, VO € da cul, O GRANDE TEMPO DA CULTURA Os géneros discursivos concebidos como uso co! cativas ¢ expressivas nao é ago deliberada, manifestacao da cultura. Nesse sentido, dalidade de composica armazenamento, m finalidades comu: mas deve ser dimensionado coms nao € espécie nem tampouco mo 105 € dispositive de organizacao, toca, divulgicio, » de criagao de mensagens em inal, antes mesmo de se configurar como transmissao ¢, sobretudo. contextos culturais especificos, Afj er pensado fora da dimensio espacio-temporal. representa Go que nele estio abrigadas sao, igual » oFientadas pelo. espago-tempo, tante da teoria dials; revis mente, Essa € outra coordenada impor em ut eros apresentada por Bakhcin © la Poetica de gica dos ge » da teoria dos génetos d, SG¢8 espdcio-temporais ¢ ea eas tele Aristételes em nome dh las representagdes © da rege culinrcriont coer, ma B; sobre a pros 48 Feservou sist reratividade disctt Jos i est akhtin dedicou seus 0. Ant ca, as primeir bos sao fundim, a8 aniilises sobre o eronotep' *estudo dos generos dh ios em que 1 com jas mensagens da fo subs © postica do mundo foi sub" postica do - nicagéo em diferentes ine a vis tufda pela prosaica. © yen adquire ena 0 uma Bakhtin procura demonstrar en sua teori n 7 . expres c Spria ® *p ‘las culturas e civilivagoes." A prop! $20 de contemporaneidade oe Sniquece & luz da concepgio dialdgi® ero « existéncia cultural, 3 ast do cronoropo, e pass XN Obra cen Oe — — tior a |; MTN scan er. poe das culture . MF >stuta an cat SO gener, 4 09 Vale. tiva ultras €M Teaco. g qual ge tia oy Obser. wiio depositadas nag 56.0 8 ™Mifestg sn Hilogign, Ado en, . SOS Brandes.) SMO %, » O8t4 ing ao nun tum as descobertas significgas S coqu Meméria cgi lon me, Beret eno espago. Hi sobre ge ees lg ch” Onde ™a for, : omen PCS, come ™ ct ra su - far “da a na Na cultura, tanto 4 experigng 85 Ades no, tem, Ir gos marcadas pela temporalidada eM? a repr a Sentacso ga cis de relagdes temporai cto AGRO ik S868 FEMPOFAIS © espaciig NPO tata enn? Mila wura, Enquanto 0 €Spago € social S assimiladas artist ‘ONeKGES essen, : Lo ca que tanto na experiéncia quanto 9, Po SSeMPre hisses litera ‘ona tico, nizado por convenes, Os g@ FePtesentacio est ctieg 'ss0 significa . . . nero © tempo é comunj- com as quais se relacionam de alo, we dentto de algumas nae algum as trad 1 ; gum m -. igs do como imagem espécio-temporal da repr de ermitind conto , an . resentacdo esté io ico mo Ensagin "2 género vive do presente mare oe © da - i : ret vulgacao, dha Bakhtin. A teoria do cronotope ner et Paste 1 co wns fOpo nos faz gens em una exséncia cultutl, eliminandor poroge nae M8 BE em . > » portant . rar como tote dfinitiva, Os génetoee ns Portanto, o nascimento original ¢ a deia que Poe constituem a partir de situages cronotdpicas ‘ambém recorrentes por isso sio ti . i" 80 SG0 to anti ; ou siste- nizagbes sociais, Se amis Be Os principai a ; org * Principais Pontos da abordagem cronotépica dos génetos podem ‘mporal. Sintetizados pelo que se segue. o, igual- impor- (9) As obras, assim como todos os sistemas da cultura, io Fensmenos marcados em sua Pela mobilidade no espago € no tempo. jas rela- . . po porque sio scursiva Bakhtin entende que as obras vive num grande on porg) ‘ Capare sem, Reportan-se Neo estudos : Paes de romper os limites do presente onde surgen S&P © passa ir, Quer dizer, ayer Passado quanto ao futuro, ao devir. Que ‘ ue oa ao peparadtas a0 longo dos seer com! as grandes obras literdrias 40 preP* esti ade et 8 substi- los ea época de sua eiagio 95 Tyger a Jo ¢ comple |, come | frutos maduros do amp! > cio,!? - a sera array sce em felagio a0 passades & nente € oe jo se di son ria NO by, O deslocamento, contudo, 94° ra o futuro. a ys pa! rica dO ‘'m prolongamentos apontados P ES ee "a BANPITIN’ conceitoschave Va proceso de sia vid pestis que as of 85 encom ag ‘rows siaifcatos, novos sentido: asin ay oly °8 deixar que cram na épaca de sta eriagao Shakes Podlemos dice g ME nem ME MEN Ses cONteMpor’Neos cones £0 “gran Shakespeare! que conhecemos agora. Nae hai a MeNOF posi dle de enfiar nosso Shakespeare na época clizabetana, [ "asa duilo que houve © hi em say, obras POFNCOS puderam rt de sui © um prisionciro de sua época, de sua contem, [Shakespeare] cresceu gy c le nem seus contemy mas que nem mesmo ele ne per ' €poca.[..] 0 autor PoFancidade. As ng, « to da cultur cher e apreciar no contexte da S posteriores oliberam-no desta prisio,. Eo que han, 2s obras shakesperean, Sobretudo os gér las que nj io foi digetido ems, neros: formas da linguagem car navallizada, farsas, mis (b)A cultura é uma unida ide aberta, Possibilidades nao um sistema fechado a Para demonstrar sua idéia, "Os gregos antigos ndo sabiam Gus eram antigos e nunca se Eno entanto, Bakhtin recorre a uma anedota. Con: de si mesmo 0 mais iny denominaram assim”,'" a chave de portance: nio si Da mes Nossa compreensio da cultuca g ge mt ansformac “antigiiidade”, Eycq unidade de sentido foi se formando naquela disso Ses. Para | *emporal que os separa de NOS. Esses so 0s “tesouros de sentile” lovee Sombinaréri fiam as unidades culearsie & seu desdobramento ulterior, Como se : sscritas. Gan jena da culura para Bakhtin Runea € “coisa do passado”, ou as!" que nada tem a dir, Pardo tempo presente, (6) Comprecnder y ) Comp Her um sistema cuttur Al & ditigie a cle um olhar ext 1 fabo.n 4 ents absolutas pata culeun Lo Olt a pi des comprecnile uy Cultura sinpl fe Posao . : simplesmente mergulla oY Pres Pelo comuiig, 11 Observador yg 4 cultura alia quando TSSUpast6 ee de um ponto de vists “terion a ela. Isso € @ aque Babin de conf MUlagée extnaposicao, f 20 Contracampe AME surge o didlogo, ou seja. a 60" Vids @ prod S80 responsiva, Bakhtin alia gue * Bakhtin 160

Você também pode gostar