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Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2000 1 SERIE—Ndamero 8 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL OA REPUBLICA BE MOGAMBIOUE SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE AVISO A matéria a publicar no «Boletim da Repii- blican deve ser remetida em cépia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das indicacdes necessérias para esse efeito, 0 averbamento seguinte, assinado e autenticado: Para publicagio no «Boletim da Republican. SUMARIO Resolugéo n 6/99: Aprova a Politica de Difusdio da Informagio Estatistica Reaolupio n> 1/2000: ‘Aprova 0s. qualificadores das carreiras especificas de Tepime geral, constantes desta Resolucto ‘CONSELHO SUPERIOR DE ESTATISTICA Resolugao n.: 6/99 0 13 de Outubro Nos termos da alinea c) do artigo 18 da Lei n° 7/96, de 5 de Julho, o Conselho Superior de Estatistica, delibera: Unico: B aprovada a Politica de Difusio da Informagio Estatistica no Ambito, do Sistema Estatistico Nacional, em anexo, que é parte integrante desta Resolucéo. Publique-se, © Presidente, Pascoal Manuel Mocumbi -Ministro.) (Primeiro- Politica de Difusio 1. Introdugo: Ao Sistema Estatistico Nacional (SEN), compete, de entre outras, a responsabilidade de assegurar que a infor- magio estatistica oficial seja difundida de forma sistemé- tica e consistente junto dos diferentes utilizadores. Para alcancar esse objective, € imperativo adoptar’ uma Politica de Difuséio que responda a0 desafio imposto pelo crescimento da cultura estatistica, que vem tendo lugar nna sociedade mogambicana, Com a adopedo da economia de mercado ¢ os esforgos de consolidagao da democracia no Pais, a informagio estatistica constitui hoje, uma das ferramentas indispen- siveis, nid 6 para as instituigdes pblicas, como também para 0s diferentes segmentos da sociedade. Este facto impde aos Srgios produtores de estatisticas uma maior responsabilidade, nfo apenas no capitulo da producao, como também e sobretudo na divulgacao dessa informacao. Com efeito, a difusdo da informacio estatfstica oficial produzida no quadro do SEN, constitui uma das fungdes fundamentais do Sistema, tendo em atengio a multidis- ciplinaridade e a mutaco permanente das necessidades, dos. utilizadores. De facto, a produgfo de informacio estatistica de um aig ndo se esgota na recolha e processamento dos dados. Ela prossegue efectivamente com a utilizagéo dessa infor- magio por parte dos usuérios. Nesta perspectiva, a Politica de Difusdo do SEN deve assentar em quatro vertentes: —A criagio de condigdes para a divulgacdo da informagio estatistica oficial; — A descentralizacao do programa de divulgaggo com vista. a dotar gs provincias de uma maior capa- cidade de interveneaos —A criagio de novos produtos estatfsticos; —A pesquisa e promoco de novas formas de dis- seminacao. 2. Objectives, 2.1. Objective geral —Divulgar o conhecimento estatistico to exacto quanto possivel, nos seus diferentes aspectos e aplicagdes, aos utilizadores © 20 piblico em geral, como forma de promover a sua utilizacio, 40-2) 2.2. Objectives especiticos —Divulgar a informagio estatistica aos diferentes de utilizadores do SEN, com vista a criar uma base alargada de disseminagzo; —Disseminar 0 conhecimento estatistico junto da populagio, como forma de promover o seu ‘enyolvimento na realizagio dos planos de desen- volvimento do pafs, 3. Prioridades. Tendo presente que as necessidades dos diferentes uti- Tizadores da informacao estatistica oficial tendem a alterar- sea um rfano cada vez mais acelerado, e na procura de melhorar, nio 36 0 grau de acessibilidade, como também o cumprimento dos prazos da sua disponibili- zagio, a Politiea de Difusio deve observar as seguintes Jinhas de acgdo © respectivas prioridades: 1, Melhorar progressiva ¢ significativamente as co igdes de acessibilidade informagdo estatistica © dos respectivos prazos de disponibilizagio (prioridade: 1)s 2, Desenvolver um process de avallacio permanente das necessidades dos diferentes utilizadotes, com vista a adequarthes a difusdo da respectiva informaglo estatis tica, bem como a definir uma estratégia e correspondente politica de comercializagio de produtos ¢ servigos esta tisticos, em particular pelo INE, sem perder de vista as suas responsabilidades enquanto prestador de servigo piiblico (priotidade: 1); 3, Desenvolver acgdes de divulgacio que déem a conhecer a producao estatistica oficial no ambito do Sistema Estatistico ‘Nacional, visado a promogio da res- pectiva utilizagéo (prioridade: 1); 4. Desenvolver a difusdo da informagdo estatistica atra- vvés do recurso progressivo & utilizagao de suportes infor- métioos, designadamente estruturando a informago a disponibilizar em bases de dados temiticos (prioridade: 2). Pela sua importincia no contexto da politica estatistica do Pafs, estas accdes e actividades devem estar no cere da Politica de Difusdo do Sistema Estatistico Nacional, A sua priorizagdo justifice-se pelo facto de 0 sucesso de cada ‘uma das tarefas nelas consagradas depender do envolvi- ‘mento dos usuarios ¢ de toda a sociedade na sua realizasio. 4, Estratégla de implementagfio Para garantir que os objectives aqui propostos sejam alcangados, deve ser adoptada uma estratégia de imple- mentagio assente na descentralizagéo do programa de difusio, criagio de novos produtos estatisticos e uma divulgacfo a dois nfveis— interinstitucional e junto do grande piblico. Para isso, 08 drgaos executores, de entre eles o INE, devem organizar-se no sentido de envolver os drgios de comunicacao social nesta gigantesca tarefa, Trata-se aqui de utilizar de forma eficaz, o seu nivel de abrengéncia © a sua capacidade de disseminagio da informa Por outro lado, e tendo em conta o desenvolvimento tecnolégico actual, deve ser priotizada a utilizagéo das novas tecnologias; tanto na produgdo assim como na divulgagio da informagéo estatistica. Dada_a importincia do seu papel na sociedade, as associagdes empresariais, os sindicatos, _organizagées stcio-profissionais © outros organismos representantes da sociedade civil, devem ser envolvidos no processo de dis- seminagdo da informagio estatistica, I_SERIE— NOMERO 8 4.1, Descentraltzagdio. da difuséo Um processo de disseminagdo, para ter sucesso num pals exienso como Mogambique, deve assentar em alicerces s6lides a todos os niveis, principalmente a partir da base, Sendo que neste caso sfo as provincias que constituem ‘a base, devem ser criadas condigdes para que a divul- gacdo da informagdo estatfstica néo seja feita apenas a partir dos Grgios centrais. Nesta perspectiva, deve ser seguida uma estratégia que consista na desconcentragio para o nivel regional, das ctividades consagredas no programa de divulgagio da informagio estatistica. Para o efeito, devem ser criados trés ndcleos a saber: sul, centro e norte, cabendo a cada nicleo @ coordenaglo do programa em cada regio, Entre- tanto, a descentralizagéo das actividades de divulgacao nngo deve significar 0 abandono das sctividades locais de difusio por parte das provincies. 4.2. Criagdo de novos produtos Com vista a satisfazer prontamente as solicitagdes dos ‘usuétios, deve ser desenvolvido no quadro da Politica de Difusdo, um processo de avaliagdo permanente das suas necessidades em termos de produtos estaisticos. Nesta perspectiva, os 6rgios produtores de informagio estatistica oficial devem estar capacitados no sentido de criar produtos que satisfaam em tempo dtil, a5 reais necessidades dos utilizadores. 4.3. DifusBo interinstituctonal ‘A. divulgagdo da informacio estatistica oficial, no ‘quadro da Politica de Difusio, deve assentar numa linha de dois sentidos. Um, de nivel horizontal — interinstitu- clonal, e 0 segundo, de nivel vertical — dos 6gios produ- tores para o grande piblico. ‘A divulgagao ao nivel interinstitucional deve ter como alvos prioritérios: —Instituigdes Pablices. —AssociagSes Empresariais. —Sindicatos. —Organizagies Sécio-Profissionais, instituiges de Ensino Superior. —Parlamento, — Partidos Politicos. —Organismos do Sistema das Nag6es Unidas, Orge- nismos Internacionais e Regionais. 4.4, DifusBo ao grande piblico A divulgagio da informagio estatistica ao nivel do grande pablico, deve ser orientada no sentido de mobili- ziclo com vista & sua adeséo e participagdo na realizagao dos planos de desenvolvimento do pais. 5. Pesquisa @ promogéo de novas formas de di- vulgagzo © ritmo com que se desenvolve © mundo dos nossos dias, exige da sociedade um acompanhamento ¢ adaptagdo permanente, compattveis com a velocidade desse crescl- mento. Assim, os Srgios produtores de informagdo esta tistica oficial, devem, no quadto da Politica de Difusio, trabalhar permanentemente na pesquisa, promogfo e adop- so de novas formas de difusto. 6. O Papel dos érgéios cls informagio Os Orgios de Comunicagio Social, constituem um veiculo importante pate a disseminagao do conhecimento. 25 DE FEVEREIRO DE 2000 ‘A sua capacidade de abrangéncia deve ser utilizada de forma eficaz numa perspectiva de alargar © campo de divulgagio da informagao estatistica oficial. Assim, os ‘rgios executores do Sistema Estatistico Nacional, devem, no quadro da Politica de Difusio, promover um’ relacio. namento so € permanente com Orgdos de Informagio, 7. Recurso @ novas tecnologias A evolugio cientifica e tecnolégica ue caracteriza 0 ‘mundo dos nossos dias, proporciona-nos enormes possi lidades na realizagéo das nossas actividades, ‘Assim, na procura de novas formas de difusio da informagio estatistica oficial, deve ser priorizado o recurso 4 novas tecnologias, como forma de melhorar, néo 55 0 sgrau de acessibilidade & informacdo produzida, mas também © cumprimento dos prazos da sua disponibilizacao. 8 Comercializagio de produtos estatisticos Facilitar 0 acesso a informagio estatistica oficial aos usuétios, constitui prioridade dos érgi0s produtores. Con- tudo, reconhecese que a produgo dessa informacdo apresenta-se onerosa, pela necessidade de melhorar per- manentemente as condigGes de acessibilidade e da sua utilizagao. O que determina a adopedo de uma politica de comercializagdo de produtos estatisticos, que tenha ‘em conta os aspectos e factos anteriormente referidos. Na definigdo de uma politica de pregos para produtos estatistios, colocase sempre o dilema de procurar esta- belecer um equilfbrio entre as receitas que cubram os eustos ds produgdo ¢ a pritica de pregos acessiveis. Nao obstante esta realidade, as instituigdes produtoras da informacao estatistica oficial devem estabelecer uma politica de pregos para todo o tipo de produtos estatis- ticos, devendo-se entretanto evitar a prética de pregos que possam desencorajar a sua aquisicao. B importante ter presente que os usudtios atribuem alguma importancia © credibilidade a produtos que sejam comezcializados. a ‘CONSELHO NACIONAL DA FUNCAO POBLICA Rosolugo n° 1/2000 18 do Janeiro ‘Ao abtigo do disposto no n° 4 do artigo 7 do Decreto no 64/98, de 3 de Dezembro, ouvido o Orgio Director Central do Sistema Nacional de Gestio de Recursos Humanos, o Conselho Nacional da Fungo Piiblica decide: ‘Unico. Sdo aprovados os qualificadores das carreiras especificas de regime geral a seguir mencionadas que cconstam em anexo & presente Resolugdo e que dela fazem arte integrante: ‘Técnico superior de recursos minerais N1; ‘Téenico superior de recursos minerais Técnico profissional de recursos minerais Assntente téenioo de recursos minerals; Auniliar tonico de recursos minerais; Técnico superior de obras piblicas Nz Técnico profissional de obras publi Assistente técnico de obras péblicas; Auxiliar téenico de obras pablicas. ‘© Presidente do Consetho Nacional da Fungo Publica, Alfredo Maria de Sao Bernardo Cepeda Gamito, (Ministro da Administragao Estatal.) 40-(3) ‘Qualficadores Profissionais Céd'go 120 Grupo salarial —11 Carreira de téenico superior de recursos minerais Nt Conteido de trabalho: Exerece fungées de investigago ¢ estudos para con- cepefio de novos métodos de trabalho © processos de natureza técnica aplicando cs conhecimentos técnico-tecnolégicos da sua especialidade; Aplica os principios de organizacéo de trabalho rela- cionados com a sua rea de actividade ¢ executa- com autonomia e responsabilidade, tendo em vista preparar a deciséo superior; Analisa pareceres, relatérios ¢ planos de trabalho © apresenta os ‘respectivos resultados elaborando ropostas © recomendagdes com vista ao desen- volvimento da érea energético-mineira; Planifica, programa e coordena operagdes que garan- tam o incremento da produgao e da produtividade, a eficiéncia dos sistemas de seguranga no trabalho @ a maximizacio da utilizagdo das tecnologias existentes; Realiza estudos de impacto ambiental relacionados ‘com 0s processos de beneficiacio de minerais; Realiza estudos de optimizagéo tecnol6gica com vista a introdugdo de medidas de proteccéo ambiental; Executa outras tarefas de grande complexidade assessoramento ao dirigente. Requisitos: Para ingresso: Formagio de nivel superior com o grau de licencia tura na especialidade de Geofisica, Geologia, Ané- lise de Sistemas de Energia, Engenharia Hidro- 16gica, Engenharia de Minas, de Tratamento Mineiro, Topografia, Petroquimica, Quimica e Geo- quimica’ e outras do ramo Geoldgico-Mineiro. ‘Aprovago em avaliagio curricular, acompanhado de entrevista profissional. Para promogio: Aprovaco em avaliagio curricular, seguido do en- ‘revista profissional. Céaige 145 Grupo salarial - 10 Carreira de téenico superior de recursos minersis N2 Conteddo de trabalho: Exerce fungdes de estudo ¢ aplicagdo de métodos € pprocessos de natureza técnica aplicando os conhe- cimentos téenico-tecnolégicos da sua especialidade; Aplica os principios de organizagio de trabalho re- Tacionados com a sua drea de actividade © execu- ta-as com autonomia e responsabilidade; Participa em projectos de investigagdo na respectiva ‘rea de actividade, e faz 2 platificagio, progra- ‘magio, coordenagio © execusdo de operacées que gerantam o incremento da produgao e da produ-

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