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Trabalho Erp
Trabalho Erp
Beira
2023
1
UNIVERSIDADE LICUNGO
Docente:
Beira
2023
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Índice
Introdução...................................................................................................................................2
Agroecologia...............................................................................................................................3
A Regionalização agroecológica.................................................................................................4
A Região de média altitude da Zambézia, Nampula, Tete, Niassa e Cabo Delgado (R7)..........8
Conclusão..................................................................................................................................12
Referências bibliográficas.........................................................................................................13
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Introdução
A agroecologia, por sua vez, é uma ciência que busca integrar os princípios ecológicos com a
agricultura, promovendo sistemas agrícolas mais sustentáveis e resilientes. Ela enfatiza a
utilização de práticas que respeitam os processos naturais, preservam a biodiversidade,
promovem a saúde dos solos e a conservação dos recursos hídricos.
A zona ou região agroecológica é definida como sendo uma região agropecuária homogénea
em termos de clima, relevo e solos e que apresenta sistemas de produção semelhantes.
A zona agroecológica apresenta características naturais específicas que a torna distinta das
outras para o desenvolvimento de certas actividades agropecuárias, cuja exploração em outros
locais é difícil. Em seguida, faz-se uma caracterização das 10 zonas agroecológicas proposta
pelo IIAM (1994).
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Agroecologia
Uma das origens da agroecologia como prática, ocorreu em 1970 na América Latina
(HERNÁNDEZ XOLOCOTZI, 1977). Por volta da década de 1990, o uso da palavra
“agroecologia” surgiu para reconhecer o conjunto de práticas agrícolas que visavam o
desenvolvimento de uma agricultura mais “sustentável” e “amiga do ambiente” (WEZEL et
al., 2009).
Alguma das práticas citadas por Wezel et al., (2009), foram as práticas como a conservação
de recursos naturais, gestão adaptada a fertilidade do solo e conservação da
agrobiodiversidade, sendo estas, as bases práticas para os diferentes movimentos
agroecológicos.
Como afirma Guzmán Casado et al., (2000), a “Agroecologia é um enfoque científico que
reúne vários campos do conhecimento, incorporando reflexões teóricas e avanços científicos
de distintas disciplinas”. Deste modo, desde uma perspectiva mais agronômica a
Agroecologia poderia ser definida como sendo a “aplicação dos princípios e conceitos da
Ecologia no manejo e desenho de agroecossistemas sustentáveis.
Entretanto, tanto Altieri como Gliessman, que são seguramente os dois ícones da pesquisa e
do ensino neste campo de conhecimento, ampliam seus conceitos de Agroecologia, fugindo
da estreiteza do pensamento cartesiano, ao proporem a incorporação de aspectos
socioculturais e econômicos. Por exemplo, segundo Altieri (1989): a Agroecologia é uma
ciência que fornece os princípios ecológicos básicos para estudar, desenhar e manejar
agroecossitemas produtivos, que conservem os recursos naturais, que sejam culturalmente
apropriados, socialmente justos e economicamente viáveis.
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De igual forma, de acordo com Hecht (1989) a Agroecologia representa uma forma de
abordar a agricultura que incorpora cuidados especiais relativos ao ambiente, aos problemas
sociais e à sustentabilidade ecológica do sistema de produção.
A Regionalização agroecológica
A regionalização agroecológica é um conceito fundamental para a promoção da agricultura
sustentável e da segurança alimentar. Ela reconhece que os diferentes ecossistemas possuem
características únicas, como clima, solo, relevo e biodiversidade, que influenciam diretamente
a produção agrícola (CAPORAL; COSTABEBER, 2004).
Equidade social: A agroecologia busca promover a justiça social e a equidade no meio rural,
valorizando a agricultura familiar, apoiando a soberania alimentar das comunidades e
combatendo as desigualdades sociais.
São zonas agroecológicas as áreas com características naturais especificas e que as tornam
particulares para o desenvolvimento de certas actividades agropecuárias. Elas são usadas
como meio para definição de politicas e estratégias de desenvolvimento do sector
agropecuário do pais e de outros programas de desenvolvimento rural. O Instituto de
Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) apresenta dez zonas ou regiões agroecológicas
(Figura 1).
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A precipitação média anual e evapotranspiração potencial variam entre 100 e 1400 mm;
algumas zonas desta Região possuem temperaturas mais altas (acima de 25ºC) e outras
moderadamente quentes (entre 20 e 25 ºC). A textura dos solos é variável e consistente com a
topografia.
Em quase toda a região há um grande potencial para produção de algodão, a qual tem sido
praticada desde várias décadas. Com os actuais rendimentos agronómicos e preços do algodão
parece que esta não é uma cultura economicamente viável. Nesta zona o tabaco afigura-se
como uma cultura de rendimento promissora. Esta Região possui um alto potencial humano e
agro- ecológico.
A precipitação média anual varia entre 800 e 1200 mm e a evapotranspiração varia entre
1400mm e 1600 mm; os solos em geral são arenosos, sendo pesados nas zonas mais baixas. O
sistema de produção é caracterizado pela produção de mexoeira e mandioca; em geral a
mandioca encontra consociada com amendoim e feijões. Nas zonas baixas o arroz é cultivado
para auto-consumo familiar. A castanha de cajú e fonte importante de receitas familiares.
Constrangimentos: falta de serviços sociais básicos, baixo nível de emprego, baixa fertilidade
dos solos, grande pressão da população sobre o meio ambiente, rico de doença de Newcastle
nas galinhas e risco de infestação de mosca tse-tse.
dos solos, grande pressão da população sobre o meio, falta de sistemas de distribuição de água
e falta de serviços de específicos de investigação.
A terra é intensivamente usada. Após a colheita de batata uma segunda sementeira de feijões
tem lugar. Durante a época fresca nos vales é plantado banana vegetais batata, milho e batata
doce, basicamente para auto consumo. Há produção de pequena escala significante de gado
bovino e uma produção extensiva de suínos no distrito de Angónia.
Esgotamento do solo: A agricultura intensiva, sem práticas de manejo adequadas, pode levar
ao esgotamento do solo, resultando em perda de fertilidade e degradação. Uso insustentável
da água: A gestão inadequada dos recursos hídricos, como o uso excessivo de irrigação ou a
poluição da água, pode levar à escassez de água e à degradação dos ecossistemas aquáticos.
Uso eficiente da água: A adoção de técnicas de manejo da água, como sistemas de irrigação
eficientes, coleta de água da chuva e uso de práticas de retenção de água, ajuda a conservar e
utilizar de forma sustentável os recursos hídricos.
Conclusão
A regionalização agroecológica desempenha um papel fundamental na gestão sustentável dos
recursos naturais, promovendo a adaptação das práticas agrícolas às características específicas
de cada região. Ao classificar as regiões com base em critérios como clima, solo, vegetação e
relevo, é possível identificar as potencialidades e limitações de cada área, orientando as
decisões relacionadas ao uso da terra, conservação dos recursos naturais e promoção da
agricultura sustentável
Referências bibliográficas
CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia e Desenvolvimento Rural
Sustentável: perspectivas para uma Nova Extensão Rural. Revista Agroecologia e
Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre, EMATER/RS, V. 1, n. 1, p16-37, jan/mar.
2000