UNIVERSIDADE

DOENÇASANTA ÚRSULA - USU

DE AUJESZKY
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Patologia Clínica da Reprodução Animal

Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)

Jaci de Almeida

Botafogo
2020
PROPROF. DR. LEONARDO J. RICHTZENHAIN VPS/FMVZ/USP
RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA

DOENÇA DA LISTA “B”

Doenças transmissíveis consideradas de
importância sócio-econômica e de saúde
pública e significativas para o comércio
internacional de animais ou produtos de
origem animal.

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

HISTÓRICO

No Brasil:
• Primeiro diagnóstico em 1978 na Bahia.

Nos EUA:
• Primeiro isolamento em 1956.

Animais susceptíveis:
Bovinos, Caprinos, Suínos, Búfalos e Animais selvagens.

PRO
 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

ATUALIDADE: COSMOPOLITA

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 IBR

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

REPRODUTIVAS:
abortos/vulvovaginite/balanopostite

RESPIRATÓRIAS:
pneumonias

SISTEMA NERVOSO:
conjuntivite

Restrição comércio internacional de animais,

embriões e sêmen.

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RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

ETIOLOGIA

Familia: Herpesviridae

Sub-familia: Alphaherpesvirinae
HVB-1.1 (IBR)
Genero: Varicellovirus HVB-1.2 (IPV)

145 - 156 nm virion

108 nm nucleocápside

162 capsômeros

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

• Herpesvírus bovino 1
Subtipos:
– HVB - 1.1 = doença respiratória;
– HVB - 1.2 = doença genital;
– HVB - 1.3 = doença encefálica (HVB-5).

• Alphaherpesvírus
• Família: Herpesviridae
• Subfamília: Alphaherpesviridae
• Gênero: Herpesvirus
 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

ETIOLOGIA
LATÊNCIA
PRINCIPALMENTE EM
TECIDO NERVOSO

Reativação do vírus:

Pode ocorrer por superinfecção, injeções de glicocorticóides

(Dexametasona), estresse como transporte, parto, introdução em novo
rebanho.

Também ocorre por um aumento de glicocorticóides

endógenos.
PRO
 Consequências da latência

 Todos os animais infectados se tornam latentemente

infectados;

 Reescreção esporádica do vírus;

 Novos episódios de sintomatologia clínica.

 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

PATOGENIA
ACKERMAN, 1982;
1984
IPV
infecção respiratória:
Latência gânglio
trigêmio

infecção genital:
Latência gânglio sacral

Respiratória
Genital Abortiva

IPB

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

PATOGENIA
Multiplicação intensa nas células epiteliais da porta de
entrada (mucosa respiratória e genital). Latência gânglio nervoso
local.

Disseminação se faz por três vias:

sangue/sistema nervoso/célula a célula

Na infecção primária, após viremia transitória, o vírus pode

atingir:
 trato digestivo;
 ovários;
 úbere;
 placenta/feto.

PRO
 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

PATOGENIA

 Multiplicando-se nas células epiteliais das mucosas o

vírus contamina os nervos periféricos e atinge por via axonal
retrógrada o gânglio nervoso regional.

 Disseminação célula a célula sem fase extracelular

abrigado de anticorpos específicos mecanismo provável
reativação em animal imunizado.

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

PATOGENIA

Abortos mais associados a infecções respiratórias;

Naturalmente abortos mais comuns 4 a 8 meses;

Infecções experimentais abortos 3 meses ou menos;

Transmissão vertical/mortalidade perinatal.

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

PATOGENIA

1o Lesões Fetais
Dim. Circul. Placenta
Degeneração / Descol./ Aborto

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 PATOGENIA

Estresse (desequilíbrio hormonal)

Afeta função reprodutiva: hipotalâmico ou ovariano

Útero: via vaginal (cópula ou sêmen), formando na vagina ou

prepúcio petéquias, pústulas que coalescem em úlceras

Corrimento seroso a mucopurulento com a evolução da doença, e

as lesões regridem em cerca de oito dias
 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

Período de incubação: 2 a 4 dias

Sintomatologia
- febre;
- redução do apetite;
- rinotraqueíte e conjuntivite;
- infertilidade temporária (ooforite, endometrite);
- vacas prenhes: morte embrionária e fetal;
- abortamentos;
- natimortos;
- nascimento de bezerros fracos.
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SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

Fonte: Leite (2008)

Fonte: Leite (2008).
Fonte: Leite (2008).

Fonte: Leite (2008). Fonte: Leite (2008).

 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

SINTOMAS
RESPIRATÓRIOS

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

VULVOVAGINITE

Fonte: Leite (2008). Fonte: Leite (2008).

PRO
 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

BALANOPOSTITE

Fonte: Leite (2008).

Fonte: Leite (2008).

PRO
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SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

ABORTOS

Fonte: Leite (2008). Fonte: Leite (2008).

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

Típico “Red-Nose” de IBR

Fonte: Leite (2008).

Fonte: Leite (2008).

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SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

Exsudato e congestão da mucosa nasal, com alguns exsudatos purulentos.

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

Pulmão bovino com IBR

Notar ausência de material purulento
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SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

Úlceras e erosões multifocais palato mole.

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SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

Vesículas fibrinosas coalescentes em esôfago

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SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

Lesão clássica de traquéia em IBR

Traqueíte com úlceras fibrinosas aderidas

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

Lesões IBR em rúmen de animal com infecção mista com BVD.

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

LESÕES CAVIDADE BUCAL

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SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

ENTERITES

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

SINAIS CLÍNICOS E LESÕES

CONJUNTIVITE

Fonte: Leite (2008).

Fonte: Leite (2008).

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 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

Epidemiologia

Animais susceptíveis: maior freqüência em bovinos acima seis meses.

TRANSMISSÃO
 mucosas;
 cópula, lambida e focinho e entre mãe e filho;
 aerossóis;
 sêmen contaminado.

PRO
 Encaminhamento de material clínico ao laboratório

Fetos Bovinos
Autolisados (IBR)

Fonte: Jesus, V. L. T. (2008).

Fonte: Jesus, V. L. T. (2008).

Fonte: Jesus, V. L. T. (2008).

 Diagnóstico Laboratorial

Pesquisa de Antígeno

 Isolamento Viral

 Imunofluorescência Direta Fonte: Jesus, V. L. T. (2008).

 Técnicas Moleculares
(Fetos; Sêmen; Vísceras; Embriões)

Fonte: Jesus, V. L. T. (2008).

 Diagnóstico laboratorial

• Pesquisa de vírus
- Animal vivo; • Isolamento viral
- Necrópsia; • Imunofluorescência (IF)
- Feto. • Métodos moleculares

• Pesquisa de anticorpos • Soroneutralização

- Sorologia pareada; • ELISA indireto
- Soro colostral; • IFI
- Feto.
 RINOTRAQUEÍTE
DOENÇA DEINFECCIOSA
AUJESZKYBOVINA

Programa Sanitário para IBR

Erradicação

 Propriedade fechada: controle de trânsito;

 Condições para isolamento dos soropositivos;
 Sêmen livre de BoHV-1;

Prevalência Baixa

 Não precisa vacinar;

 Descarte economicamente viável;
 Permite a eliminação a curto prazo dos soropositivos.

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 RINOTRAQUEÍTE
DOENÇA DEINFECCIOSA
AUJESZKYBOVINA

Terapêutica

 Não há tratamento específico;

 Suporte para alívio dos sintomas respiratórios e genitais;

 Controle das complicações bacterianas secundárias com

antiinflamatórios não esteróides;
 Antibiótico ou pomada antisséptica local;
 Permanganato de potássio (1:4000).

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Profilaxia

PRO
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