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TCC Catia
TCC Catia
GRANDE DO SUL
DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,
ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Primeiramente, agradeço a DEUS, que tem sido o meu refúgio e fortaleza, pois, foi
quem esteve sempre comigo nesta caminhada, trazendo paz, tranquilidade e força para que eu
chegasse ao final. Obrigado Senhor!
À minha família, primeiramente e em especial, aos meus pais Sergio Luis e Eugenia
Schultz, por terem me concedido a vida, a minha irmã Keli e ao meu marido Cidiclei
Antoniassi pelo apoio, carinho, compreensão e incentivo nos momentos de cansaço e
desânimo e que sempre estiveram ao meu lado, me apoiando e me ajudando por inúmeras
vezes.
A Professora Ms. Maira Fátima Pizolotto, pelo talento no papel de orientadora, pela
disponibilidade, sabedoria, orientação, pelos experientes conselhos e pela maestria na arte de
ensinar.
A todos os professores pelos seus ensinamentos, durante toda a graduação.
Ao Sargento Oliveira líder do grupo do Posto Policial Rodoviário de Santo Augusto/
RS, por ter oportunizado a realização deste estudo sobre a motivação no trabalho, com a sua
equipe, que deu origem ao documento sistematizador do curso de administração da Unijui,
bem como, a todos os servidores que colaboraram com este trabalho.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1
Documento Sistematizador do Trabalho de Conclusão de Curso em Administração
2
Aluna do curso de Administração, (catia.schultz@unijui.edu.br)
3
Prof. Mestre, Orientadora, (mairap@unijui.edu.br)
RESUMO
Atualmente a motivação é um dos assuntos que mais se destaca no meio empresarial, uma vez
que, manter indivíduos motivados no trabalho, não é tarefa fácil. Pois a motivação é intrínseca
a cada pessoa e pode variar, conforme o ambiente no qual está inserida. Dando ênfase a este
contexto que constituiu-se o Documento Sistematizador do Curso de Administração da
Unijuí, através do qual, se verificou, a Motivação no Trabalho dos Policiais Rodoviários
Estaduais da cidade de Santo Augusto/RS. A metodologia utilizada, foi pesquisa aplicada,
com abordagem quantitativa e qualitativa. Quanto aos fins, esta pesquisa é exploratória e
descritiva, e quanto aos meios é bibliográfica, de campo, estudo de caso, documental e de
levantamento. O instrumento de coleta de dados foi adaptado do questionário proposto por
Borges et.al. (2008) apud Siqueira, (2008), concentrando-se em vinte e cinco questões,
direcionadas aos dezenove servidores do Posto Policial. Utilizou-se a escala Likert, para obter
uma maior uniformidade capaz de quantificar as respostas, além de uma entrevista com o
sargento/líder da equipe, para conhecer melhor o trabalho realizado por estes profissionais. Os
dados coletados foram analisados com base na teoria motivacional das expectativas de Vroom
(1964), os quais apresentaram resultados positivos, quanto às questões relativas à
responsabilidade e independência econômica. Porém resultados menos satisfatórios, quanto, à
motivação ligada a fatores de envolvimento e reconhecimento, auto-expressão, e segurança e
dignidade, necessitando de monitoramento por parte do sargento/líder nestas variáveis.
Através deste estudo foi possível, visualizar a motivação dos servidores, bem como, as suas
carências e necessidades, em relação às expectativas motivacionais elencadas, propondo-se
assim, ações motivacionais, para propiciar um ambiente de trabalho mais motivador e
satisfatório a estes profissionais.
Palavras-chave: Gestão de pessoas; Motivação; Polícia Rodoviária Estadual.
INTRODUÇÃO
O processo de motivação realiza-se através das emoções do indivíduo junto à sociedade. Ela é
introduzida através de necessidades tanto fisiológicas quanto psicológicas, que geram no fim
uma satisfação. Por este fato, é de suma importância para este processo, que os líderes das
empresas em geral conheçam as habilidades e potencialidades dos seus servidores e saibam
aplicá-las da melhor maneira possível, motivando-os a desenvolverem-se, gerando assim uma
maior entrega individual na organização e um crescimento desta, perante o mundo
empresarial. Como destaca Glasser (1994) apud Bergamini (1997, p. 24) “O fracasso da
maioria das empresas não está na falta de conhecimento técnico. E, sim, na maneira de como
lidar com as pessoas”. Neste sentido, esta pesquisa foi um método utilizado para analisar se os
servidores do Posto Policial de Santo Augusto/RS encontram-se motivados no trabalho, e
assim, poder propor ações motivacionais, que visem um ambiente mais agradável aos
mesmos. Para que, desta maneira, o sargento/líder possa descobrir, conhecer e atender as
necessidades e/ou desejos da sua equipe e consequentemente, monitorar os pontos
considerados negativos a fim de proporcionar as mudanças necessárias ao todo
organizacional. Segundo Archer, (1990, p. 8), apud Gil (2008, p 202): “A motivação é
consequência de necessidades não satisfeitas, as quais são intrínsecas as pessoas. Não podem
os gestores por necessidades nas pessoas, isso significa que estes não são capazes de motivar,
mas de satisfazer as necessidades humanas ou contrafazê-las”.
Este trabalho teve como objetivos, diagnosticar se os Policiais Rodoviários Estaduais do
Posto localizado na cidade de Santo Augusto/RS encontram-se motivados em relação ao
trabalho desempenhado, descrever o perfil biográfico e profissional dos policiais, conhecer o
trabalho realizado por estes profissionais, conhecer a motivação para o trabalho dos servidores
com base na Teoria das Expectativas e propor ações visando a melhorar os aspectos não
geradores de motivação para o trabalho.
METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, conforme Vergara (2009) é
aplicada, pois, é motivada pela necessidade de resolver problemas e pela curiosidade
intelectual do pesquisador. Do ponto de vista de seus objetivos, quanto aos fins, esta pesquisa
é de caráter exploratório e descritivo, é exploratória pelo fato de se buscar maiores dados
sobre a motivação de cada individuo da equipe em estudo. E descritiva porque tem como
objetivo a descrição das características do que os motiva ou deixa de motivá-los. Em relação
aos procedimentos técnicos, quanto aos meios, esta é uma pesquisa bibliográfica, de campo,
estudo de caso, documental e de levantamento. A pesquisa bibliográfica, segundo Vergara
(2009, pg. 43), “É o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em
livros, revistas, jornais, redes eletrônicas”, isto é, material acessível ao público em geral e,
fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, a qual será necessária a
fim de complementar os conteúdos apresentados na Base Conceitual. Utilizando-se da
bibliografia sugerida pela orientadora da pesquisa, em livros, teses ou outras obras disponíveis
na biblioteca universitária. De acordo com Vergara (2009), a pesquisa de campo se utiliza da
investigação empírica realizada no local, onde ocorre ou ocorreu o fenômeno ou que dispõe
de elementos para explicá-lo, na qual se incluirá questionário, entrevista e observação.
Classifica-se como estudo de caso pelo fato de se deter com profundidade e detalhamento em
apenas uma organização. É documental, pois se utilizou de documentos da organização para
obter informações mais abrangentes. E é de levantamento, pois, permite ao pesquisador
realizar uma sondagem de opinião pública sobre o tema em estudo. Os resultados foram
transformados em gráficos e quadros através do Programa Excel, tratados de forma
quantitativa e qualitativa para sua classificação e análise, levando em conta o tema, o
problema e os objetivos da pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após os dados coletados e analisados, verificou-se através das expectativas motivacionais,
que grande parte dos servidores, nos itens abordados, mostraram-se, neutros ou pouco
motivados com o trabalho no Posto Policial de Santo Augusto-RS. Porém existem variáveis
que podem ser melhoradas para despertá-las.
Quanto às expectativas de envolvimento e reconhecimento, a maioria dos servidores neste
estudo, destacou, que sente prazer na realização de suas tarefas em seu trabalho, porém,
sentem que o reconhecimento pelo seu trabalho nem sempre é visível pela sociedade e
principalmente, pelo seu superior. Nas Expectativas de Independência Econômica
descreveram que o trabalho lhes proporciona o seu sustento e de sua família e permite assumir
as suas próprias despesas, além de possuir estabilidade no emprego. Com relação às
expectativas de Auto-Expressão, os servidores expressaram que somente às vezes, as suas
opiniões são levadas em conta e possuem a oportunidade de expressar a sua criatividade em
seu trabalho. Nas expectativas de Responsabilidade, a maioria dos profissionais destacaram
que percebem a confiança de seus chefes em seu trabalho, sendo este, um fato de extrema
importância, para a motivação. Quanto às expectativas de Segurança e Dignidade, estes
destacam que somente às vezes possuem a disponibilidade de materiais e equipamentos
adequados para a realização de um bom trabalho, o que se torna preocupante, pois trabalham
para a segurança no trânsito e principalmente com a vida de outras pessoas.
Com base na análise realizada neste estudo, pode se destacar que apenas duas das cinco
expectativas motivacionais, apresentaram um bom resultado perante a motivação destes
servidores no trabalho, as quais são as expectativas motivacionais relativas à independência
econômica e as relativas à responsabilidade. As outras três expectativas motivacionais
relativas ao envolvimento e reconhecimento, de auto-expressão e de segurança e dignidade
apresentaram porcentagens preocupantes, necessitando de urgente monitoramento por parte
do sargento/líder, para não desencadear maiores conseqüências negativas aos profissionais e
conseqüentemente a organização.
CONCLUSÃO
Através deste estudo, é possível concluir que atualmente os indivíduos necessitam se
encontrar motivados para realizar um trabalho mais eficiente. Sendo que, somente se obterá
pessoas comprometidas e interligadas às suas tarefas diárias se estiverem realmente motivadas
com o que desenvolvem. De acordo com os dados nos quadros, sobre as expectativas dos
servidores, em relação ao grau de motivação no trabalho, percebe-se, que das cinco
expectativas motivacionais analisadas, em sua média geral, as expectativas motivacionais de
responsabilidade e as de independência econômica mostraram-se mais positivas na visão
destes servidores, por outro lado, os servidores colocaram-se menos motivados respondendo
aos itens atribuindo a palavra às vezes referindo-se as expectativas motivacionais que
correspondem ao envolvimento e reconhecimento, a auto-expressão, e a segurança e
dignidade. Estas últimas três expectativas merecem maior atenção, pois atualmente, obter e
manter indivíduos motivados no trabalho se tornou algo essencial para o desenvolvimento
profissional e da própria organização.
Neste sentido, o sargento/líder do grupo de policiais rodoviários estaduais de Santo
Augusto/RS, precisa verificar continuamente como os seus servidores estão percebendo a
motivação e se o ambiente ao qual estão inseridos no trabalho pode-lhes ajudar a despertá-la,
para mantê-los motivados e satisfeitos no que desempenham, abrangendo positivamente desta
forma todas as expectativas expostas neste estudo. Para proporcionar a motivação aos
servidores, o sargento/líder necessita conhecer os aspectos que mais motiva a sua equipe e a
sua percepção sobre motivação. Conhecendo estes itens é que poderá aplicar ações e soluções
para a melhora desses índices. Em outras palavras, elaborar todo o processo que foi realizado
neste trabalho, porém de forma mais completa e complexa, a fim de obter melhores
resultados. A Motivação possui uma grande complexidade, se todos os seus conceitos forem
aplicados de forma correta na organização, sendo que, em compensação esta receberá em
troca servidores mais produtivos, capacitados e comprometidos em prol dos objetivos
organizacionais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SIQUEIRA, Mirlene Maria Matias/ Medidas do comportamento organizacional: ferramentas
de diagnostico e de gestão, organização Alvaro Tamayo (et al) – Porto Alegre: Arqmed, 2008.
GIL. Antonio Carlos. GP. Enfoque nos papéis profissionais, – São Paulo: Atlas, 2008.
VERGARA, Sylvia, Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração, 10° ed.
São Paulo: Atlas, 2009.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 11
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DE ESTUDO ............................................................................. 13
1.1. Apresentação do Tema .................................................................................................. 13
1.2. Problema ou Questão de Estudo .................................................................................... 15
1.3. Objetivos........................................................................................................................ 15
1.3.1. Objetivo Geral ......................................................................................................... 16
1.3.2. Objetivos Específicos .............................................................................................. 16
1.4. Justificativa .................................................................................................................... 16
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 17
2.1. Polícia Rodoviára Estadual............................................................................................ 17
2.2. Motivação: Uma abordagem conceitual ........................................................................ 18
2.3. O processo motivacional ............................................................................................... 21
2.4. Teorias motivacionais: clássicas e contemporâneas ...................................................... 24
2.4.1. Teorias clássicas ......................................................................................................... 24
2.4.1.1. Teoria de Maslow ................................................................................................. 25
2.4.1.2. Teoria X e Teoria Y .............................................................................................. 26
2.4.1.3. Teoria dos dois fatores de Herzberg ..................................................................... 28
2.4.2. Teorias Contemporâneas ............................................................................................ 30
2.4.2.1. Teoria ERC ............................................................................................................ 30
2.4.2.2. Teoria das necessidades adquiridas de Mc Clelland ............................................. 32
2.4.2.3. Teoria da Avaliação Cognitiva .............................................................................. 33
2.4.2.4. Teoria do Estabelecimento ou fixação de Objetivos ............................................. 34
2.4.2.5. Teoria da Auto-eficácia ......................................................................................... 35
2.4.2.6. Teoria da Equidade ................................................................................................ 35
2.4.2.7. Teoria do reforço ................................................................................................... 37
2.4.2.8. Teoria da Expectativa ............................................................................................ 37
2.5. A Motivação e os servidores públicos ........................................................................... 41
3. METODOLOGIA................................................................................................................. 44
3.1. Classificação do Estudo ................................................................................................. 44
3.2. Universo Amostral e Sujeitos da pesquisa .................................................................... 46
3.3. Coleta de Dados ............................................................................................................. 46
3.4. Análise e Interpretação dos Dados ................................................................................ 47
4. DIAGNÓSTICO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ......................................................... 50
4.1. Polícia Rodoviária Estadual de Santo Augusto/ RS ...................................................... 50
4.2. Perfil dos servidores. ..................................................................................................... 51
4.2.1. Perfil Biográfico ...................................................................................................... 51
4.2.2. Perfil Profissional .................................................................................................... 54
4.3. O trabalho dos servidores.............................................................................................. 56
4.4. A Motivação dos servidores .......................................................................................... 58
4.4.1. Expectativa Motivacional de Envolvimento e Reconhecimento ............................. 58
4.4.2. Expectativa Motivacional de Independência Econômica ........................................ 63
4.4.3. Expectativa Motivacional de Auto-Expressão ........................................................ 66
4.4.4. Expectativa Motivacional de Responsabilidade ...................................................... 69
4.4.5. Expectativa Motivacional de Segurança e Dignidade ............................................. 72
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 77
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 79
APÊNDICES ............................................................................................................................ 82
Apêndice A. .............................................................................................................................. 82
Apêndice B. .............................................................................................................................. 83
INTRODUÇÃO
ações que realmente despertem os seus interesses, o que em grande parte, gera o
desinteresse e consequentemente a desmotivação perante o espaço em que estão
inseridas. Como destaca Glasser (1994) apud Bergamini (1997, p. 24) “O fracasso da
maioria das empresas não esta na falta de conhecimento técnico. E, sim, na maneira de
como lidar com as pessoas”.
Os fatores mais comuns que geram a desmotivação dos profissionais em relação
ao trabalho são geralmente uma demonstração de várias circunstâncias da trajetória
pessoal e profissional, que podem induzir níveis mais ou menos elevados de estresse.
Contribuem para este estado, as contínuas mudanças no cenário organizacional, às
pressões psicológicas do dia a dia, as incertezas, os conflitos entre colaboradores e
gestores, desencadeando as relações de trabalho insatisfatórias, as quais provocam
mudanças no comportamento com consequências significativas para as organizações
devido ao seu efeito negativo.
Neste ambiente, um dos ramos de atividade em que os profissionais mais sofrem
com as pressões e os estresses do dia a dia, são os policiais, que ficam expostos a um
grande desgaste psicológico, estando diariamente envolvidos com a resolução dos mais
diversos problemas. Pois fazem cumprir a lei, prestam atendimento às vitimas em
acidentes, expõe suas vidas a riscos, encontram-se em constantes situações-limite que
acabam abalando a sua saúde física e mental, além de possuir um cotidiano tumultuado
e muitas vezes restrito que infelizmente afeta o convívio com os amigos e familiares.
Uma vez que o seu serviço não pode ser interrompido em função de suas
responsabilidades.
A motivação e a satisfação dos profissionais, com relação às condições de
trabalho, são alguns dos aspectos que estão em primeiro plano nas discussões acerca da
produtividade e desempenho das organizações. A partir desta abordagem, observou-se
nesta atividade a oportunidade de se verificar a motivação dos Policiais Rodoviários
Estaduais com relação ao trabalho, pois como profissionais precisam estar preparados
tanto psicologicamente como emocionalmente e principalmente motivados para saber
como conduzir e lidar com os novos desafios do dia a dia.
15
De acordo com este estudo, obter servidores motivados dentro de uma equipe
tornou-se algo essencial para qualquer empresa que quer desenvolver-se por meio de
seu trabalho. Atualmente, propor um ambiente agradável nas organizações, passou a ser
uma obrigação do gestor, ao buscar uma resposta recíproca com dedicação e
comprometimento dentro do espaço que seus servidores estão inseridos e desta maneira
saber se possui ao seu lado pessoas trabalhando satisfeitas, motivadas e dispostas a dar o
melhor de si em prol do grupo.
Pode-se dizer que o poder da motivação pode gerar grandes resultados no
desempenho das atividades. A resposta para o problema da motivação, em qualquer que
seja o setor, é primeiramente identificar e buscar as ferramentas capazes de promover a
satisfação das suas necessidades, bem como, encontrar algo que motive na realização do
seu trabalho e, consequentemente, obter melhores resultados para a equipe em questão.
Neste âmbito, as empresas precisam ter conhecimento ao que, os seus
servidores atribuem maior valor dentro do ambiente em que estão inseridos, podendo
desta forma, proporcionar melhores maneiras de recompensá-los, assim deixando-os
mais satisfeitos e motivados. As pessoas possuem naturezas diferentes e, assim, o que
pode ser bom para uma pessoa, pode não ser para outra, já que as necessidades variam
de acordo com o indivíduo, desencadeando diferentes comportamentos.
Diante deste cenário, este estudo teve como propósito responder a seguite
questão: Os Policiais Rodoviários Estaduais do Posto localizado na cidade de Santo
Augusto/RS encontram-se motivados em relação ao trabalho desempenhado?
1.3 Objetivos
1.4 Justificativa
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Dessa forma, Borges et tal (2008) apud Siqueira (2008) passa a mensurar os
componentes da motivação propondo as seguintes variáveis motivacionais:
- Expectativa de Envolvimento e Reconhecimento: diz respeito o quanto às pessoas
percebem o próprio desempenho como essencial para que se sintam reconhecidas,
identificadas com a atividade, influentes, incluídas em grupos, merecedoras de
confiança, produtivas e visualizem-se como indivíduos que buscam a melhor maneira de
realizar a tarefa e com igualdade de direito nas relações interpessoais com os colegas.
- Expectativa de Independência Econômica: define que o trabalho garante
independência econômica de sobrevivência, de sustento pessoal e de assistência à
família, à existência humana e de outras contrapartidas pelo esforço desempenhado.
- Expectativa de Auto-expressão: indica que a pessoa espera encontrar no trabalho
respeito e oportunidade de expressar a criatividade, de aprender e qualificar-se
continuamente, da capacidade de tomar decisões, do sentimento de produtividade, do
prazer pela realização das tarefas, do reconhecimento do que faz, sentindo-se respeitado,
do reconhecimento e crescimento pessoal, e por fim das habilidades interpessoais.
- Expectativa de Responsabilidade: expressa as expectativas no que diz respeito ao
cumprimento de tarefas e das obrigações para com a instituição, à responsabilidade pela
tomada de decisão, do sentimento de dignidade, à apresentação de atitudes de
obediência e a permanecer-se ocupado, de produzir e de contribuir para o progresso
social.
- Expectativa de Segurança e Dignidade: diz respeito às expectativas de que o trabalho
garanta uma assistência merecida bem como a independência econômica do trabalhador,
assim como disponha de segurança, higiene, conforto ambiental e equipamentos
adequados para o cumprimento das atividades.
Nesta teoria, Robbins (2005), afirma que Douglas McGregor propõe duas visões
do ser humano, uma basicamente negativa, chamada de Teoria X e outra basicamente
positiva, chamada de Teoria Y. A partir da análise de McGregor depois de observar por
27
um bom tempo a forma como executivos tratavam seus funcionários, concluiu que a
visão que eles têm da natureza dos seres humanos é baseada em um agrupamento de
premissas que os mesmos tendem a moldar o seu próprio comportamento conforme o
conjunto de premissas dos funcionários.
Ainda para Robbins (2005), na Teoria X, de acordo com McGregor, existem
quatro premissas dos executivos que são: 1) os funcionários, por natureza, não gostam
de trabalhar e sempre que possível, tentarão evitar o trabalho; 2) como eles não gostam
de trabalhar, precisam ser coagidos, controlados ou ameaçados com punições para que
atinjam as metas; 3) os funcionários evitam responsabilidades e buscam orientação
formal sempre que possível; 4) a maioria dos trabalhadores coloca a segurança acima de
todos os fatores associados ao trabalho e mostram pouca ambição.
Conforme Gil (2008), na teoria X, o indivíduo prefere ser orientado a orientar
alguém, não gosta de trabalhar, por sua própria natureza e em geral busca evitar
responsabilidades sempre que pode, precisa ser controlado e ameaçado com punições
para que atinja as suas metas, mostrando pouca ambição, o autor descreve que seus
adeptos supõem que a maioria das pessoas não gosta de trabalhar e por isso esta equipe
vai funcionar apenas se for controlada diretamente, através de disciplina e possibilidade
de recompensa. Nesta teoria, a tendência é que seus adeptos trabalhem afastados de suas
equipes.
Já a Teoria Y, Gil (2008), a apresenta como aquela em que os adeptos
consideram que os servidores encaram o trabalho como fonte de satisfação e são
capazes de obter os melhores resultados através de dedicação. Costumam partilhar com
a equipe as decisões a serem tomadas e a dar um retorno antes de serem implementadas
as mudanças, onde, as gratificações estariam ligadas aos compromissos assumidos, estes
unidos as necessidades de realização individual e às gratificações despendidas pelo
esforço, demonstrando auto-orientação e autocontrole comprometidos com os seus
objetivos a alcançar.
De outro lado, McGregor traz as premissas da Teoria Y, que são: os servidores
podem achar o trabalho algo tão natural quanto descansar ou se divertir; as pessoas
demonstrarão auto-orientação e autocontrole se estiverem comprometidas com os
objetivos; as pessoas podem aprender a aceitar ou até buscar a responsabilidade; a
capacidade de tomar decisões inovadoras pode estar em qualquer pessoa, não sendo um
privilégio exclusivo daquelas em posições hierárquicas mais altas (Robbins, 2005).
28
A teoria dos dois fatores também denominada de Teoria dos Fatores Higiênicos
e Motivadores, é conceituada por Gil (2008), através de Frederick Herzberg que
ofereceu importante contribuição aos estudos sobre motivação ao considerar os fatores
conhecidos como higiênicos e motivadores. Os primeiros são aqueles necessários para
ajustar os empregados ao seu ambiente, podem ser, por exemplo, pagamento e
condições de trabalho. Estes fatores por si só, não são suficientes para promover a
motivação, porém devem ser pelo menos satisfatórios, a fim de não desmotivar as
pessoas.
Os fatores higiênicos referem-se as condições que rodeiam a pessoa enquanto
trabalha, são necessários para ajustá-las ao seu ambiente, os quais não são suficientes
para promover a satisfação, mas precisam ser satisfatórios para não desmotivar as
pessoas. Se estes se situam em um nível abaixo do adequado, em termos de expectativas
do empregado podem causar insatisfação, atuando em uma direção negativa. Enquanto
ótimos estes fatores apenas evitam a insatisfação, mas quando precários provocam a
insatisfação, sendo através destes que as organizações tem tentado motivar os seus
colaboradores. Os fatores higiênicos estão relacionados com as condições externas ao
individuo, como as necessidades primárias dos mesmos.
29
De outro lado, a teoria de Herzberg indica que os fatores motivadores devem ser
promovidos para manter a equipe motivada. Gil (2008) complementa dizendo que tais
fatores têm a ver com satisfação no trabalho, envolvimento de cada empregado,
enriquecimento do trabalho, aumento de responsabilidades na realização de tarefas, na
amplitude e do desafio do trabalho. Os fatores motivacionais estão relacionados com as
necessidades mais elevadas da hierarquia de Maslow que são: a realização, o
reconhecimento, a responsabilidade, o crescimento e o trabalho em si, os quais
realmente promovem a motivação, pois, se interligam com as condições internas do
individuo que conduzem a sentimentos de satisfação e de auto-realização que dizem
respeito as necessidades secundárias da pessoa.
Davis e Newstrom (2002) destacam que Herzberg concluiu que dois fatores
diferentes influenciam a motivação. Anteriormente a esta descoberta as pessoas
imaginavam que motivação ou a falta dela dependia apenas de um fator e seus opostos.
Porém foi desfeita esta visão ao afirmar que certos fatores de trabalho têm como poder
principal insatisfazer os servidores quando certas condições estão ausentes. Porém
quando estão presentes trazem apenas um sentimento neutro. São os chamados Fatores
de Higiene ou Fatores de Manutenção.
Enquanto, por outro lado, existem os Fatores de Motivação, que diferentemente
dos Fatores Higiênicos ou de Manutenção, conseguem apresentar nas equipes benefícios
capazes de aumentar a motivação. Portanto houve uma distinção entre fatores de
manutenção dos Fatores de Motivação para que se soubesse o que realmente tem força
de motivar.
Os mesmos autores ainda apresentam de uma forma simplificada a classificação
de Herzberg sobre os fatores motivacionais e os de manutenção:
1) Fatores de Manutenção: São fatores de insatisfação, fatores higiênicos,
conteúdo do trabalho e são fatores extrínsecos. Ex.: políticas organizacionais
e administração, qualidade de supervisão, relação com supervisores, relação
com pares, relação com subordinados, dinheiro, segurança no trabalho,
condições de trabalho, status.
2) Fatores de Motivação: São fatores de satisfação, motivadores, conteúdo do
trabalho e são fatores intrínsecos. Ex.: realização, reconhecimento,
progresso, trabalho em si, possibilidade de crescimento, responsabilidade.
30
Esta teoria foi trabalhada por Clayton Aldefer da Universidade de Yale em cima
da teoria das necessidades de Maslow. Segundo Robbins (2005), o estudioso trabalhou
esta hierarquia para alinhá-la melhor com a pesquisa empírica e a condensou nas
necessidades de existir, de relacionar-se e de crescer, a qual, Aldefer chamou de Teoria
ERC, que consiste em:
31
Robbins (2005) diz que a teoria ERC, ao contrário da hierarquia de Maslow, não
pressupõe a existência de uma hierarquia rígida, em que uma necessidade de nível mais
baixo seja satisfeita antes que uma de um nível mais alto. Para este modelo as três
categorias podem ser atendidas ao mesmo tempo ou até em ordem inversa.
McClelland obteve reconhecimento à medida que suas idéias têm auxiliado largamente
para a definição de Clima Organizacional, sendo um fator que aumenta a eficácia, na
proporção em que contribui para o alinhamento dos interesses individuais da
organização (Robbins, 2005).
Essas três necessidades são aprendidas e adquiridas ao longo da vida como
resultado de experiências de cada pessoa. Como resultado desta aprendizagem, as
pessoas desenvolvem padrões únicos de necessidades que afetam o seu comportamento
e desempenho.
Esta teoria foi desenvolvida no final da década de 1960 por Edwin Locke, que
propôs através dela que a intenção de lutar por um objetivo é a maior fonte de
motivação no trabalho. Esta teoria postula que o ato de lutar por um objetivo é a maior
fonte de motivação no trabalho para as pessoas, ou seja, um objetivo demonstra o que
precisa ser realizado e quanto esforço a pessoa terá de gastar para a atividade
desempenhada. Ou seja, para chegar a um objetivo o que precisa ser feito e quanto
esforço será despendido para seu alcance.
Conforme Robbins (2005) esses objetivos tendem a melhorar os resultados
quando são específicos e não genéricos. Um melhor aproveitamento desta teoria, passa
pelo comprometimento do funcionário com o objetivo, além da possibilidade de
participação do mesmo na definição deste objetivo e do feedback, ainda pela auto-
eficácia adequada; e, ainda, nas características da tarefa e fatores culturais envolvidos
Robbins (2005, p. 153) define resumidamente e mais claramente esta teoria:
“Existe pouca controvérsia sobre o fato de que os
objetivos claros e difíceis conduzem a níveis mais altos
de produtividade. Esta evidência nos leva a conclusão
de que a teoria da fixação de objetivos oferece uma das
mais poderosas explicações sobre esta variável
dependente. A teoria, entretanto, não enfoca o
absenteísmo, a rotatividade ou a satisfação com o
trabalho”.
Davis e Newstrom (2002) afirmam que a fixação de objetivos como instrumento
motivacional é mais eficaz quando têm presentes quatro elementos que são: 1) a
aceitação de objetivos, onde, não se pode apenas passar para a equipe os objetivos
propostos, mas eles devem ser compreendidos, terem propósito e serem aceitos; 2)
especificidade, os objetivos precisam ser específicos, claros e mensuráveis, para que os
empregados saibam quando forem alcançados; 3) desafio, quanto mais difícil o objetivo
maior é o desafio, melhor os empregados trabalharão, porém eles devem ser atingíveis;
e por último, 4) o feedback pelo desempenho, que nada mais é que o retorno sobre o
35
desempenho dos funcionários, que não poderão trabalhar no escuro, precisarão saber
como estão no alcance para a obtenção do sucesso.
A teoria se fundamenta em objetivos bem definidos, os mais difíceis de serem
alcançados, levam a melhores resultados do que as metas mais abrangentes. As pessoas
trabalham melhor quando recebem um feedback em relação ao seu progresso, o qual,
demonstra o que elas tem feito e o que precisa ser realizado para o alcance dos
objetivos, funciona basicamente como um guia para o comportamento.
tendem a colocar em uma balança alguns fatores reconhecidos como chave para o
estabelecimento da equidade.
De um lado são colocados outputs como: pagamento real e benefícios,
recompensas sociais, recompensas psicológicas; e de outro os inputs: esforço no
trabalho, educação, tempo de casa, desempenho, dificuldade no trabalho, entre outros.
Comparando esses fatores tem-se a teoria da equidade, onde os empregados “temperam”
suas motivações colocando aquilo que produzem de acordo com aquilo que recebem,
deixando, portanto em equidade.
Para Robbins (2005) esta teoria apresenta indivíduos que comparam entradas e
resultados de seu trabalho a entradas e resultados de outros funcionários e,
normalmente, respondem no sentido de eliminar injustiças. Para o trabalhador existe
uma percepção de equidade quando se encontra entre um momento de injustiça por ser
sub-recompensado e injustiça por ser super-recompensado. Quando ele perceber que há
esta injustiça ele poderá diminuir o ritmo, perder qualidade, distorcer imagem e até
mesmo abandonar o emprego. Desta forma, os critérios para determinar as recompensas
são uma grande percepção de justiça do processo, sendo que este aspecto não deve ser
observado somente pelo prisma de injustiça que tem como consequência a remuneração.
Nesta teoria, portanto, a motivação acontece principalmente e
significativamente, quando as recompensas recebidas estão de acordo com o que os
trabalhadores esperam, ou imaginam como justa. As pessoas sentem-se motivadas
sempre que esperam receber da organização, uma compensação justa pelos os seus
esforços em favor da organização. A justiça desta compensação é avaliada pelas pessoas
através da comparação entre o que recebem outras pessoas cujos contributos são
semelhantes.
No caso da compensação ser injusta (inferior à compensação atribuída a outras
pessoas), as pessoas sentem-se insatisfeitas e tendem a reduzir as suas contribuições ou,
se estas “injustiças” se repetirem, pode mesmo até sair da organização. Quando a
compensação é justa (equilibrada com a de outras pessoas), as suas contribuições
continuam idênticas. Sempre que a compensação está acima da recebida pelas outras
pessoas, verifica-se a tendência para um maior esforço. A teoria da equidade procura
explicar a justiça distribuitiva, a maneira como se percebe a distribuição e alocação das
recompensas entre as pessoas na organização.
37
força que as expectativas exercem sobre uma ação, baseia-se na afirmação de que as
pessoas optam por comportamentos que as levaram há algum resultado, julgando-os
atrativos e que atendam as suas necessidades mais especificas, bem como, o que o
alcance deste resultado reflete nestes indivíduos.
A teoria da Expectativa ajuda a explicar por que tantos trabalhadores não se
sentem motivados em seu trabalho e fazem o mínimo para continuarem empregados.
Mostra também, como analisar e predizer os caminhos das ações que as pessoas
tomarão quando tiverem oportunidade de realizar escolhas sobre o seu comportamento.
Em resumo, consiste na compreensão dos objetivos de cada individuo e as ligações
entre esforço e desempenho, desempenho e recompensa e entre recompensas e alcance
de metas pessoais.
Apresenta uma explicação importante para os temas absenteísmo, produtividade
e rotatividade dos colaboradores, porém ela parte do princípio de que os colaboradores
encaram poucos obstáculos e isso acaba por restringir sua aplicabilidade. Essa teoria
possui grande importância, pois os indivíduos dão valor aos resultados esperados com
relação a muitos comportamentos. Segundo Vroom, o nível de produtividade parece
depender de três forças básicas. Conforme demonstra a figura 01 a seguir.
A motivação
de produzir é Relação percebida entre produtividade e Recompensas
função de alcance de objetivos individuais
Dinheiro
Benefícios
sociais
Comportamento Produtividade
da Reconhecimento
pessoa Elevada do
gerente
Promoção
Aceitação
do grupo
3 METODOLOGIA
a) Quanto à natureza
b) Quanto à abordagem
Do ponto de vista de seus objetivos, quanto aos fins, esta é uma pesquisa de
caráter exploratório e descritivo, é exploratória pelo fato de se buscar maiores dados
sobre a motivação de cada individuo da equipe em estudo, segundo Gil (2010, p. 27),
“estas pesquisas tem o propósito de proporcionar maior familiaridade com o problema,
com vistas a torná-los mais explícito ou a construir hipóteses”. E descritiva porque tem
como objetivo a descrição das características do que os motiva ou deixa de motivá-los.
Em relação aos procedimentos técnicos, quanto aos meios, esta é uma pesquisa
bibliográfica, de campo, estudo de caso, documental e de levantamento.
A pesquisa bibliográfica, segundo Vergara (2009, pg. 43), “é o estudo
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais,
redes eletrônicas”, isto é, material acessível ao público em geral e, fornece instrumental
analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si
mesma, será necessária a fim de complementar os conteúdos apresentados na Base
Conceitual. Utilizando-se da bibliografia sugerida pela orientadora da pesquisa, em
livros, teses ou outras obras disponíveis na biblioteca universitária.
De acordo com Vergara (2009), a pesquisa de campo se utiliza da investigação
empírica realizada no local, onde ocorre ou ocorreu o fenômeno ou que dispõe de
elementos para explicá-lo, na qual se incluirá questionário, entrevista e observação.
Classifica-se como estudo de caso pelo fato se deter com profundidade e
detalhamento em apenas uma organização. Segundo Vergara (2005), estudo de caso é o
circunscrito a um ou a poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma
família, um produto, uma empresa, um órgão público, uma comunidade ou mesmo um
país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo.
É documental, pois se utilizará de documentos da organização para obter
informações mais abrangentes. Conforme Gil (2010), de modo geral, são documentos
e/ou materiais que ainda não foram analisados, mas que, de acordo com a questão e
objetivos da pesquisa, podem ter valor científico.
46
reduzir os indicadores de tempo de chegada nas ocorrências, ou seja, uma maior rapidez
no atendimento dos chamados.
O desempenho operacional está intimamente ligado às ações que têm sido
realizadas nas diversas rodovias, através de operações de abordagem fiscalização de
veículos e pessoas, visando retirar de circulação os veículos que não apresentam
condições de segurança e os motoristas que se conduzem de maneira irregular ou
imprudente, com e emprego do Pelotão de Operações Especiais naqueles locais de
maior incidência de acidentalidade e criminalidade, seguindo um planejamento que é
extraído de um minucioso sistema de acompanhamento e controle operacional e dos
contatos mantidos com todos os segmentos da comunidade, de forma a que, todos
juntos, possam participar da segurança de todos.
Em breves palavras, fez-se um breve histórico do Comando Rodoviário da
Brigada Militar do Posto 232 da cidade de Santo Augusto/RS, o qual é um conjunto de
pessoas de uma unidade de prestação de serviços à comunidade, que trabalha buscando
proporcionar, através do policiamento ostensivo nas rodovias estaduais, uma maior
segurança aos cidadãos que trafegam neste trecho.
Valério do Sul, Campo Novo, Tenente Portela, Ijui entre outras e apenas 7% são de
Santo Augusto.
Segundo o gráfico 02, pode-se observar que 86% dos servidores que atuam neste
Posto Policial, possuem idades entre 33 a 52 anos, os quais fazem parte da chamada
geração X, e apenas 14% destes possuem mais de 52 anos, os quais fazem parte da
geração baby boomers. Neste ambiente trabalham profissionais que possuem idades
parecidas, fazem parte da mesma geração, que por sua vez, conclui-se que pensam e
agem da mesma forma ou parecidamente.
No gráfico 04 abaixo, pode-se observar que a maioria 93% dos servidores são
casados e apenas 7% são divorciados/separados.
Como pode ser observado no gráfico 06, cerca de 35% dos servidores possuem
de cinco a dez anos de trabalho no Posto Policial de Santo Augusto, cerca de 29% dos
profissionais estão a mais de dez anos, os outros 29% estão de um a cinco anos e 7%
estão há menos de um ano, o que pode se perceber pelos números demonstrados acima
que há pouca rotatividade de pessoal neste ambiente.
55
pois, destaca que se ouvia bastante reclamação por parte dos policiais da estrutura do
Posto Policial por estar em mal estado de conservação. Também organizou e colocou
em ordem a documentação necessária para o bom funcionamento administrativo do
local, bem como, nas reuniões mensais busca motivá-los, para retomarem os estudos,
participarem de concursos, para poder ser bem sucedidos no decorrer de suas carreiras.
“Um grupo de funcionários leais e produtivos é a arma competitiva mais eficaz de uma
organização”. Já para suprir o desejo de se sentirem reconhecidos pela sociedade, o
grupo policial pode divulgar mais o trabalho realizado, para que esta conheça melhor e
acompanhe o seu vasto trabalho.
item que contribui para a motivação dos servidores, os quais possuem mais segurança
para poder trabalhar com maior tranquilidade. Como foi visto, anteriormente, a maioria
dos servidores relataram, anteriormente, que atuam neste Posto Policial de cinco a dez
anos, havendo pouca rotatividade de pessoal no trabalho e na mesma atividade a mais
de dez anos.
Quando se fala em questões relativas à independência econômica assim como a
maioria das pesquisas que incluem o tema salário como fator para levantamento,
apresentam alguns pontos negativos. Neste estudo, este fato se reflete na questão que se
refere aos benefícios sociais, em que, 72% dos servidores consideraram que nunca
dispõe de tais compensações. Este índice alto se torna preocupante, pois causa a
desmotivação dos servidores, como destacado no perfil biográfico estes indivíduos são
casados, moram com suas famílias e tem filhos, que de alguma forma, também
poderiam usufruí-lo, além de que, todo e qualquer benefício, sempre é bem vindo em
todos os níveis e setores de qualquer trabalho.
Porém neste setor a questão dos benefícios sociais e salariais depende
estritamente do Estado disponibilizar aumento para esta categoria de profissionais, os
quais se sentirão mais reconhecidos, trabalhando mais satisfeitos e comprometidos com
o que desempenham em suas funções.
No quadro 02 a seguir apresentam-se as médias encontradas nas respostas dos
servidores em relação a cada um dos itens propostos:
Conforme Borges et.al., (2008) apud Siqueira (2008), indica que o individuo
espera encontrar oportunidades para sentir-se reconhecido, para expressar sua
criatividade, seu bem estar, a aprendizagem e as habilidades interpessoais, para opinar,
para perceber proporcionalidade entre as retribuições da organização e o que faz, para
ser respeitado como ser humano e merecer a confiança dos superiores. A Expectativa de
auto-expressão descreve o trabalho como oportunidade para aplicação de opiniões dos
participantes e como lugar de influenciar nas decisões, de reconhecimento do que se faz,
de expressar criatividade, de aprender e qualificar-se, de sentir-se tratado como pessoa
respeitada, de relacionamento de confiança e de crescimento pessoal.
O quadro 03 apresenta as questões relativas à Auto-Expressão conforme a
pesquisa realizada no Posto Policial Rodoviário de Santo Augusto/RS. Observa-se que
64% dos servidores destacaram que somente às vezes obtém oportunidades permanentes
de aprendizagem de novas coisas. Seguindo a linha de pensamento de Borges et tal
(2008) apud Siqueira (2008), relacionada a expectativa de aprendizagem expressada
acima, pode-se concluir que estes profissionais precisam sentir-se parte da organização
67
para poder expor o seu aprendizado do dia a dia, pode-se sentir através desta variável
que este fato não é percebido por estes servidores.
Neste mesmo sentido, 50% dos servidores expressaram que somente às vezes
fazem o uso do pensamento e do conhecimento no trabalho, e outros 50% destacaram
que sempre fazem o uso do mesmo. Isto demonstra que, a função de policial rodoviário
estadual necessita muitas vezes do uso do seu pensamento, bem como do seu
conhecimento em diversas situações em que estão expostos no dia a dia o que gera uma
forte predisposição para estes indivíduos se manterem atualizados no decorrer do
exercício de suas funções, sempre buscando expressar suas novas experiências através
do seu aprendizado para uma mútua integração com os demais colegas.
Já 86% dos servidores destacaram que somente às vezes as suas opiniões são
levadas em conta. O sentimento de ser ouvido e de influenciar nas decisões são muito
importantes para estes indivíduos. Esta variável demonstra que estes profissionais
seguem uma rotina de trabalho e as ordens são seguidas de acordo com a demanda do
sargento/líder, ou do próprio comandante da guarnição responsável por delegar as
instruções para a realização dos trabalhos no decorrer de cada dia, o qual coordena o
grupo no início de cada expediente. Pode-se perceber que este foi o fato que pode estar
relacionado para a grande maioria relatar que somente às vezes as suas opiniões são
levadas em conta, o que é pouco motivador, não podendo muitas vezes expressar suas
vontades no decorrer de suas funções ou mudar alguma conduta, pois não cabe a este
tomar muitas decisões e sim depende de segui-las para desempenhar seu trabalho.
Conforme o quadro três, 50% dos servidores atribuiu que às vezes e 43%
atribuiu que sempre consegue desenvolver no trabalho as suas habilidades interpessoais.
Estas variáveis retratam que no trabalho ser habilidoso nas relações é imprescindível. É
preciso entender a natureza humana, para obter uma carreira de sucesso. Para isto o
sargento/líder, precisa ouvir, esperar antes de responder e prestar atenção a todos em um
grupo de trabalho, para tornar um ambiente mais agradável para se conviver.
De acordo com o que foi levantado na pesquisa, 64% dos servidores descreveu
que somente às vezes possui-se a oportunidade de expressar a sua criatividade em seu
trabalho, esta variável revela que estes indivíduos através do trabalho que desempenham
não conseguem expressá-la tanto como gostariam, a qual carece de um olhar mais
abrangente, do sargento/líder para a sua equipe, de modo, que o trabalho em suas vidas
não se torne uma frustração que possa afetar o andamento de sua rotina diária.
68
para que estas possam ser levadas em conta na tomada de decisões, quando possível, já
que seguem regras, e assim resolver o problema daqueles, que, de alguma forma
manifestaram que não influenciam nas decisões, e que, conseqüentemente não
perceberam a confiança que o sargento/líder deposita em seu trabalho, bem como,
poderão realizar mais adequadamente as suas tarefas e obrigações de acordo com as
suas possibilidades. Segundo Vromm (1997, pg. 38), “O individuo só contribui com
seus serviços quando isso proporciona a satisfação de suas necessidades pessoais”.
da metade 64% dos servidores atribuíram que somente às vezes recebem a mesma. Fato
este que pode desencadear a insatisfação com o trabalho e consequentemente a sua
desmotivação, estas variáveis merecem urgente monitoramento para não causarem
maiores frustrações oriundas do trabalho.
Da mesma forma, 72% dos servidores destacaram, que somente às vezes,
possuem a disponibilidade de materiais e equipamentos adequados para a realização de
um bom trabalho, o que pressupõe-se que muitas vezes não dispõe-se dos mesmos para
desempenhar suas funções. Um fato que merece atenção redobrada por parte do
sargento/líder para suprir estas demandas.
O sargento/líder relatou em entrevista que há um comandante da guarnição
responsável por delegar as instruções para a realização dos trabalhos no decorrer de
cada dia, o qual coordena o grupo no início de cada expediente e após as instruções, é
realizada a manutenção preventiva de todas as viaturas, bem como, nos equipamentos
de proteção individual, tudo isto, é verificado novamente a cada troca de turno, para
evitar os acidentes de trabalho e garantir uma maior rapidez e agilidade nas chamadas
de urgência.
Confrontando estes relatos pode-se observar que a maioria dos servidores não
percebem como adequados estes equipamentos o que pode colocar em risco a vida
destes e de outras pessoas em função da má qualidade ou falta dos mesmos. Em outro
momento o lider também destaca que quando assumiu o comando deste Posto Policial
remodelou os equipamentos de trabalho instalando um novo canal de dados, tablets com
acesso a informação instalados nas viaturas, radar, pois, destaca que se ouvia bastante
reclamação por parte dos policiais da estrutura do Posto Policial por estar em mal estado
de conservação.
O que cabe destacar, que mesmo após, todos estes investimentos ainda percebe-
se que grande parte dos servidores 72%, acredita que somente às vezes há
disponibilidade de equipamentos necessários, para a realização de um trabalho
adequado. Aqui revela-se um impasse, onde cabe ao sargento/líder verificar quais são as
demandas que precisam ser revistas que não estão de acordo para a realização de suas
funções na visão destes servidores.
No quadro 05 a seguir, apresentam-se as médias encontradas nas respostas dos
servidores em relação a cada um dos itens propostos:
74
por parte do sargento/líder, para suprir estas demandas negativas na visão destes
servidores em relação ao trabalho. Desta forma pode-se indicar ao sargento/líder, que
busque com os servidores, sugestões de apoio para reverter esta posição, bem como,
pode-se utilizar das ações motivacionais sugeridas pela autora deste estudo, a cada
expectativa motivacional, buscando a adoção de ferramentas para prover a resolução
destas insatisfações levantadas.
Nas questões quanto à expectativa motivacional de independência econômica do
quadro 02 apresentou uma média de 60,7%, juntamente com a expectativa motivacional
de responsabilidade quadro 04, com 62,8% na variável sempre, apresentando resultados
positivos a este estudo, mostrando que dentro dessas variáveis, o Posto Policial atende
as expectativas de seus servidores, sem que seja necessário realizar nenhuma mudança.
Conforme Hopp (1998, pg. 346), “a motivação é o processo de induzir uma pessoa, ou
um grupo, cada qual com necessidades e personalidades distintas, a atingir os objetivos
da organização, enquanto tenta também atingir os objetivos pessoais”.
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CONCLUSÃO
complexa, a fim de obter melhores resultados. Pode-se dizer, que a motivação possui
uma grande complexidade, se todos os seus conceitos forem aplicados de forma correta
na organização, a qual em compensação, receberá em troca servidores mais produtivos,
capacitados e comprometidos em prol dos objetivos organizacionais.
Para o aprofundamento deste estudo, fica como sugestão para os próximos
estudos, a relação que existe entre a motivação e a gestão de pessoas, pode-se elencar
também, a motivação e a sua influência na tomada de decisões na organização.
Concluindo, encerra-se demonstrando a satisfação da acadêmica com a
conclusão deste Documento Sistematizador do Trabalho de Conclusão de Curso e
consequentemente do curso de Administração. Com o presente estudo, finaliza-se um
processo árduo, mas gratificante após a efetivação do resultado final. A partir disto, os
conhecimentos adquiridos com a realização deste trabalho, somados a todos os
conteúdos acumulados no transcorrer deste curso, colaborarão na vida profissional,
social e familiar desta acadêmica.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZKOUL, Marco Antonio, A polícia e sua função constitucional, São Paulo: Oliveira
Mendes, 1998.
CASTRO, Alfredo Pires de, e outros autores, Manual de gestão de pessoas e equipes:
Estratégias e tendências,Volume 01, São Pulo: Editora Gente, 2002.
DALLARI, Adilson. O que é funcionário público, São Paulo, Editora Brasiliense S.A,
1989
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5° edição. São Paulo:
Atlas, 1999.
HOOP, Maria Isabel. Administração aplicações e conceitos. 4° ed. Sao Paulo: Harbra,
1998.
APÊNDICES
CARO SERVIDOR
Desde já agradeço.
Catia Rejane Schultz
Acadêmica do Curso de Administração da Unijui
- Marque com um “X” em uma única opção de resposta que considerar correta:
PARTE I:
PERFIL BIOGRÁFICO
Naturalidade Faixa etária: Reside com:
Santo Augusto Até 21 anos Os pais
Ijui 22 a 32 anos Sozinho
Campo Novo 33 a 52 anos Família
Outros Mais de 52 anos Amigos
PARTE II:
PERFIL PROFISSIONAL
Qual o cargo que exerce: _________________________________________________________________
PARTE III:
ÀS VEZES
SEMPRE
NUNCA
Em meu trabalho no Posto Policial Rodoviário Estadual de
Expectativas
Motivacionais Santo Augusto/ RS: