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Estrutura Da Deliberacao em Rousseau
Estrutura Da Deliberacao em Rousseau
Estrutura Da Deliberacao em Rousseau
Portanto, pela mesma razão, as ações que devem ser justificadas são ações
olu t ias,àaç esàdasà uaisàfazàse tidoàpe gu ta à po à ueàfaze àistoàeà oàout aà oisaà? :à
... à eà o oà à i possí elà deli e a à so eà oisasà ueà s oà po à e essidade,à aà sa edo iaà
prática não pode ser ciência àEN,àLàVI, àa
Dito de outro modo, ações voluntárias são produto de uma escolha. Mais
precisamente, a deliberação procura justificar a escolha de um curso de ação em
det i e toàdeàout o:à àáào ige àdaàaç oà– sua causa eficiente, não final – é a escolha, e a
daàes olhaà àoàdesejoàeàoà a io í ioà o àu àfi àe à ista àEN,àLàVI, 9àaà
Para fins didáticos, podemos comparar uma justificação na deliberação com um juízo
de probabilidade. Por outro lado, uma analogia interessante seria entre um juízo de
probabilidade em relação à evidência e uma decisão em relação a desejabilidade da
realização do fim, em uma situação determinada. (ver Donald Da idso ,à Ho àisà eak essà
of willàpossi leà? à,ài àFei e gà Ed à Mo alàCo epts ,àO fo d,à 9 9 à
Raciocínio prático: conjunto de regras formais para obtenção do enunciado da vontade geral
Sob este ponto de vista, para Rousseau a relação interna entre as teses acima está na
passage àdaà li e dadeà atu al àpa aàaà li e dadeà i il :à O que o homem perde pelo contrato
social é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo quanto aventura e pode alcançar. O
ueàeleàga haà àaàli e dadeà i ilàeàaàp op iedadeàdeàtudoà ueàpossui. àC“,àLàI, cap. VIII.
Esta autodeterminação dos interesses, que é expressa nas vontades particulares dos
indivíduos, está presente na exigência de autonomia no processo legislativo – sob a condição
de conformidade com a vontade geral. Portanto, a deliberação deve ser analisada como uma
aç oàdoàsujeitoàpa ti ula àso àaàdes iç oàdeà e oàdoà“o e a o à idad o .à
I ediata e te,à esteà atoà deà asso iaç o,à p oduzà e à luga à daà pessoaà pa ti ula à de cada
contratante, um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos são os votos
da assembléia, e que po àesteàato,àga haàsuaàu idade,àseuàeuà o u ,àsuaà idaàeàsuaà o tade. à
L I, cap. VI.
Vimos no ponto anterior que a deliberação deve ser analisada como uma ação do sujeito
i di idual,àe ua toà idad oà pa tí ipeàdaàauto idadeàso e a a .àNoàe ta to,àaàat ibuição do
p edi adoà ela io alà idad o àaoàsujeitoài di idual,à iaàoà ueàRousseauà ha aàdeà u à o poà
o alàeà oleti o .àPo ta to,àde e osàdisti gui àoàsujeitoài di idual,àe ua toà idad oà parte)
do Soberano (todo). Para tal, vou usar uma distinção cu hadaà po à Vo à W ight:à Podemos
distinguir entre agentes pessoais e impessoais. Um agente impessoal é, por exemplo,
qualquer, assim chamada, pessoa legal ou jurídica (tal como uma corporação), um tribunal,
uma assembléia legislativa, ou o estado. A ação de agentes impessoais é, certamente, aç oà
hu a a àe àalgu àse tidoàdaàpala a.àáà uest oà ueàpodeàse àle a tadaà àseàatosà ueà sà
i puta osàaàpessoasàju ídi asàeàout osàage tesài pessoaisàdeàatosàhu a osàs oà o st uç esà
l gi as ,à istoà ,à pode à se à defi idas (conceitualmente explicados) em termos de atos de
algu sàage tesàpessoais.
Vouà o side a àesteà o poà o alàeà oleti o à o oàu àage teài pessoalàe,àdeàa o doà o à
o ponto anterior, deve ser possível mostrar que a ação deliberativa deste agente é redutível às
ações dos sujeitos individuais que est oà aà elaç oà se à idad oàde... .àEstaà elaç oài pli aà ueà
o sujeito x est àasso iadoàa x,y,z,....n àeà àpa tí ipeà aàauto idadeàso e a a .à
O o eàa uiàalgoàsi ila à àdisti ç oàe t eà o tade àeà apetite à oà asoàdeàá ist teles – o
ponto importante é que Rousseau não estabelece estes princípios como um conjunto de bens
determinados: estes princípios, ao contrário, são regras formais (procedimentais) para a
obtenção do enunciado da vontade geral. Podemos dizer que a vontade geral é um mecanismo
de generalização das vontades particulares. A necessidade de generalização das vontades
particulares é implicada pela moralidade da ação que resulta da deliberação. Portanto a
relação entre a expressão das vontades particulares e a expressão da vontade geral não é a
elaç oà e t eà e u iadosà pa ti ula esà eà u à e u iadoà daà fo aà pa aà todoà à F →G .à áà
relação em jogo é entre enunciados descritivos e enunciados normativos. Rousseau defende
estes pontos nas seguintes passagens:
Vejamos agora quais as condições que devem estar satisfeitas para a obtenção do
enunciado da vontade geral. Estas condições, como disse acima, são regras formais e
universais. São regras formais, pois não especificam nenhum princípio material da
orientação da ação deliberativa. São regras universais, pois implicam na determinação da
o tadeà ge al.à Co oà dizà Rousseau:à Pelo pacto social demos existência e vida ao corpo
político. Trata-se agora de lhe dar, pela legislação, movimento e vontade, porque o ato
primitivo, pelo qual esse corpo se forma e se une, nada determina ainda daquilo que
deverá fazer para conservar-se à Là II,à ap.à VIà O s.:à oà pactum societatis não determina a
vontade do corpo político. Cabe então corrigir Rousseau na citação com a qual começamos
o item b) desta parte do texto.
Não se trata para Rousseau se está ao nosso alcance fazer tal e tal, mas sim se está ao
nosso alcance saber (prever) que tal e tal é (pode ser) o caso. Uma tarefa deste tipo envolve
esclarecer as vontadesàpa ti ula es,àafasta à aàte taç oàdasà a tage sàp ese tesàeàse sí eis .à
Deste modo, só o cidadão esclarecido é capaz de deliberação – no sentido próprio de
Rousseau.àEsteài di íduoàde eà ...su stitui àaàe ist iaàfísi aàeài depe de te,à ueàtodosà s
recebemos da natureza, por uma existência parcial e moral. Em uma palavra, é preciso que
destitua o homem de suas próprias forças para dar-lhe outras que lhe são estranhas e das
uaisà oàpodeàfaze àusoàse àso o oàalheio.à àLàII,à apàVII.à
A regra (2) especifica que tipo de relações entre os indivíduos são relevantes para a ação
deliberativa, e mais: que tipo de relação bloqueia a ação deliberativa.
áà elaç oà ele a teà à se à idad oà de... à ueà o oà i os,à desdo a-seà e à a à est à
associado a x,y,z...n àeà à àpa tí ipeàdaàauto idadeàso e a a .à
Estas relações implicam que o agente da deliberação é um agente impessoal. Por sua vez,
oà age teà i pessoalà à a alisadoà o oà age teà oleti oà aà aç oà deà sa e à p e e à ue... à eà
como construção lógica a partir de agentes individuais na ação de escolha entre o voto a favor
ou contra a proposta legislativa, pois como diz Rousseau:à ... ua doàseàesta ele e àfa ç es ,
associações parciais a expensas da grande, a vontade de cada uma dessas associações torna-se
geral em relação a seus membros e particular em relação ao Estado: poder-se-á então dizer
não haver mais tantos votantes quantos são os homens, mas somente tantos quantos são as
asso iaç es. àLàII,à ap.àIII.à
Para Rousseau, a vontade geral deve ser geral tanto na essência (que diz respeito ao
sujeito) quanto no objeto. Os únicos atos da vontade geral são leis. A deliberação, no sentido
moral, não pode decidir uma controvérsia com respeito a um direito que envolva vontade
particular:à ... àu àp o essoàe à ueàosàpa ti ula esà ep ese ta àu aàdasàpa tesàeàoàpú li oàaà
outra, mas no qual não vejo nem que lei observar, nem que juiz deva pronunciar-se àLàII,àCap.à
IV.
Anscombe, G. E. M – Thougthàa dàá tio ài àá istotle ,ài àColle tedàPhilosophi alàPape s,àVolàI,à
Universtity of Minessota Press, 81;