Estrutura Da Deliberacao em Rousseau

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Oà o jeti oà desteà a tigoà à ap ese ta à aà fu ç oà daà deli e aç oà oleti a à aà

arquitetônica argumentativa da obra Do Contrato Social de Rousseau. A tese subjacente é


a seguinte: a estrutura da deliberação em Rousseau implica numa concepção de
conhecimento prático que é distinta da tradição aristotélica.

Deliberação e Sabedoria Prática em Aristóteles

A estrutura básica da atividade de deliberação envolve justificações, desejos (vontade,


ato de querer – as distinções entre estes conceitos vão aparecer mais tarde) e ação. Cada
um destes momentos possui determinações próprias. Em especial, as justificações para
adoção de um curso de ação não podem ser conclusões de um silogismo demonstrativo:
... à o oàoà o he i e toà ie tífi oàe ol eàde o st aç o,à asà oàh àde o st aç oàdeà
coisas cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser
diferentemente, (...) EN, L VI,1140 a

Portanto, pela mesma razão, as ações que devem ser justificadas são ações
olu t ias,àaç esàdasà uaisàfazàse tidoàpe gu ta à po à ueàfaze àistoàeà oàout aà oisaà? :à
... à eà o oà à i possí elà deli e a à so eà oisasà ueà s oà po à e essidade,à aà sa edo iaà
prática não pode ser ciência àEN,àLàVI, àa

Dito de outro modo, ações voluntárias são produto de uma escolha. Mais
precisamente, a deliberação procura justificar a escolha de um curso de ação em
det i e toàdeàout o:à àáào ige àdaàaç oà– sua causa eficiente, não final – é a escolha, e a
daàes olhaà àoàdesejoàeàoà a io í ioà o àu àfi àe à ista àEN,àLàVI, 9àaà

Esta justificação não é, strictu sensu, uma demonstração. Poderíamos interpretá-la


como uma maximização na obtenção de um fim. No caso em que temos uma
multiplicidade de sequências de meios para um mesmo fim, optamos pela alternativa
a i iza te:à Não deliberamos acerca de fins, mas a respeito de meios. Um médico, por
exemplo, não delibera se há de curar ou não, (...), nem um estadista se há de implantar a
ordem pública, (...). Dão a finalidade por estabelecida e consideram a maneira e os meios
de alcançá-la; e se parece poder ser alcançada por vários meios, procuram o mais eficaz
(...) EN, L III, 1112 b 12-20

Para fins didáticos, podemos comparar uma justificação na deliberação com um juízo
de probabilidade. Por outro lado, uma analogia interessante seria entre um juízo de
probabilidade em relação à evidência e uma decisão em relação a desejabilidade da
realização do fim, em uma situação determinada. (ver Donald Da idso ,à Ho àisà eak essà
of willàpossi leà? à,ài àFei e gà Ed à Mo alàCo epts ,àO fo d,à 9 9 à

Por último, o desejo é, em parte, determinação da escolha (1139 a ) e determinado


pelaàjustifi aç o:à à“e doàpois,àoào jetoàdeàes olhaàu aà oisaà ueàest àao nosso alcance e
que é desejada após deliberação, a escolha é um desejo deliberado de coisas que estão ao
nosso alcance; por que , após decidir em resultado de uma deliberação, desejamos de
acordo com o que delibe a os àEN,àLàIII,à àaà

Assim descrita, a atividade de deliberação é generalizável para qualquer tipo de ação


voluntária; é a descrição de um procedimento geral de escolha. Mas para Aristóteles, a
deli e aç oà podeà eà de eà se à espe ifi adaà pa aà aç esà o ais:à à áà o ige à daà aç oà – sua
causa eficiente, não final, é a escolha,e a da escolha é o desejo e o raciocínio com um fim
em vista. Eis aí por que a escolha não pode existir nem sem razão e intelecto, nem sem
uma disposição moral; pois a boa ação e seu contrário não podem existir sem uma
combinação deài tele toàeàdeà a te àEN, L VI, 1139 a 30

O ponto crucial aqui é o reconhecimento de que a sabedoria prática só é acessível ao


homem bom (L VI,1144 a 35) isto é, para aqueles sujeitos que possuem um tipo particular
de caráter. Anscombe discute este po to,àaoàdeli ita àoàusoàdoà o eitoàdeà es olha àpa aà
algoà ....dete i edà otàjustà àa àdeli e atio ,à utà àdeli e atio àho ào tai àa ào je tà
of one´s will rather than merely of one´s desire...

Esta especificação da deliberação para ações morais envolve o reconhecimento de um


o ju toàdeà e sà o oàfi àdaàaç o:à áàsa edo iaàp ti aà àaàdisposiç oàdaà e teà ueàseà
ocupa com as coisas justas, nobres e boas para o homem, mas essa são as coisas cuja
p ti aà à a a te ísti aàdeàu àho e à o àENàLàVI,à à à 0.

A apresentação sumária da estrutura básica da deliberação em Aristóteles que realizei


é suficiente para o que tenho em vista. Cabe reter os seguintes pontos:

(1) A deliberação, do ponto de vista moral, determina a escolha de acordo com um


fim, que é o bem visado pela ação;
(2) Por definição, estes bens não são objeto de deliberação;
(3) Só deliberamos com respeito das coisas que estão ao nosso alcance (ver definição
deà oisaàpossí el :àEN,àLàIII,à ;à
(4) A deliberação é uma atividade do sujeito individual (este ponto não está explícito
na apresentação acima, mas pode ser derivado de (1) em conjunção com a
e pli aç oà daà disti ç oà e t eà e à eà e à apa e te - ver EN , 1113 a 15-30, L
III);
(5) A sabedoria prática está vinculada com definições materiais de excelência na ação
(virtude): ser honrado, saudável, próspero, etc.

Deliberação e atividade legislativa: Rousseau

Ao contrário da teoria aristotélica da deliberação, Rousseau se utiliza deste conceito


para referir a um tipo especial de ação, a saber, a participação do Soberano no
processo legislativo. O objeto de exame na segunda parte deste ensaio é a estrutura da
deliberação em Rousseau. Este exame divide-se em duas considerações:

(1) Qual o sujeito desta ação;


(2) Quais as condições desta ação.
Poderíamos pensar que as poucas passagens em que Rousseau utiliza o conceito de
deli e aç o àde o st a àaàpou aài po t iaàte i aàdesteà o eito.àNoàe ta to,àistoà oà à
assim. A ação deliberativa é condição necessária da obtenção do enunciado da vontade geral.

Raciocínio prático: conjunto de regras formais para obtenção do enunciado da vontade geral

(a) Di eitoàNatu alàMode oàeà euài di idual .à

O primeiro ponto a destacar é a relação interna entre a tese de titularidade de direitos


inalienáveis dos particulares e a tese da necessidade de participação do Soberano no processo
legislativo. Há duas razões elementares para sustentar esta relação interna: pela primeira
razão, osà pa ti ula es àeàosà e osàdoà“o e a o às oàosà es osài di íduos,à o side adosà
sob descrições diferentes. Estas descrições possuem duas notas conceituais importantes: a)
uma indexação temporal, ou seja, os mesmos indivíduos considerados antes (particulares) ou
depois ( membros do Soberano, cidadão) do pactum societatis; b) uma atribuição predicativa
aos indivíduos, ou seja, os particulares considerados independentemente de suas relações
artificiais com outros particulares, e os membros do Soberano considerados numa relação de
associação artificial, isto é , estabelecida por convenção (pactum societatis).

A segunda razão é a seguinte: faz parte do conceito de direito natural moderno, a


autodeterminação dos interesses, que implica na exigência de autonomia no processo
legislativo. A satisfação desta exigência garante a justiça da lei e a legitimidade da obrigação.
Co oà dizà Ho es:à Nenhuma lei pode absolutamente ser injusta, na medida em que cada
homem cria, com seu consentimento, a lei que ele é obrigado a observar; esta, por
conseguinte, tem de ser justa, a não ser que um homem possaàse ài justoà o sigoà es o.
O àLi e t àa dàNe essit ài àEW,àIVàPP. -3

Sob este ponto de vista, para Rousseau a relação interna entre as teses acima está na
passage àdaà li e dadeà atu al àpa aàaà li e dadeà i il :à O que o homem perde pelo contrato
social é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo quanto aventura e pode alcançar. O
ueàeleàga haà àaàli e dadeà i ilàeàaàp op iedadeàdeàtudoà ueàpossui. àC“,àLàI, cap. VIII.

Esta autodeterminação dos interesses, que é expressa nas vontades particulares dos
indivíduos, está presente na exigência de autonomia no processo legislativo – sob a condição
de conformidade com a vontade geral. Portanto, a deliberação deve ser analisada como uma
aç oàdoàsujeitoàpa ti ula àso àaàdes iç oàdeà e oàdoà“o e a o à idad o .à

(b) Pactum societatis eà euà o u .

I ediata e te,à esteà atoà deà asso iaç o,à p oduzà e à luga à daà pessoaà pa ti ula à de cada
contratante, um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos são os votos
da assembléia, e que po àesteàato,àga haàsuaàu idade,àseuàeuà o u ,àsuaà idaàeàsuaà o tade. à
L I, cap. VI.

Vimos no ponto anterior que a deliberação deve ser analisada como uma ação do sujeito
i di idual,àe ua toà idad oà pa tí ipeàdaàauto idadeàso e a a .àNoàe ta to,àaàat ibuição do
p edi adoà ela io alà idad o àaoàsujeitoài di idual,à iaàoà ueàRousseauà ha aàdeà u à o poà
o alàeà oleti o .àPo ta to,àde e osàdisti gui àoàsujeitoài di idual,àe ua toà idad oà parte)
do Soberano (todo). Para tal, vou usar uma distinção cu hadaà po à Vo à W ight:à Podemos
distinguir entre agentes pessoais e impessoais. Um agente impessoal é, por exemplo,
qualquer, assim chamada, pessoa legal ou jurídica (tal como uma corporação), um tribunal,
uma assembléia legislativa, ou o estado. A ação de agentes impessoais é, certamente, aç oà
hu a a àe àalgu àse tidoàdaàpala a.àáà uest oà ueàpodeàse àle a tadaà àseàatosà ueà sà
i puta osàaàpessoasàju ídi asàeàout osàage tesài pessoaisàdeàatosàhu a osàs oà o st uç esà
l gi as ,à istoà ,à pode à se à defi idas (conceitualmente explicados) em termos de atos de
algu sàage tesàpessoais.

Vouà o side a àesteà o poà o alàeà oleti o à o oàu àage teài pessoalàe,àdeàa o doà o à
o ponto anterior, deve ser possível mostrar que a ação deliberativa deste agente é redutível às
ações dos sujeitos individuais que est oà aà elaç oà se à idad oàde... .àEstaà elaç oài pli aà ueà
o sujeito x est àasso iadoàa x,y,z,....n àeà àpa tí ipeà aàauto idadeàso e a a .à

Consideremos agora a estrutura básica da deliberação: justificação, desejo (vontade) e


ação. A ação que interessa a Rousseau é o voto, a favor ou contra uma proposta legislativa. A
justificação e a vontade estão relacionados, ou melhor, a justificação é expressa na fórmula
estaà à aà i ha o tade .à De e osà esta à atentos, no entanto, a que, para Rosseau, a
deli e aç oà de eà e ol e à p i ípiosà deà o ie taç oà aà aç oà disti tosà dosà i pulsosà físi os ,à
apetites àeà i sti tos :à àáàpassage àdoàestadoàdeà atu ezaàpa aàoàestadoà i ilàdete i aà o
homem uma mudança muito notável, substituindo na sua conduta o instinto pela justiça e
dando às suas ações a moralidade que antes lhe faltava. É só então que, tomando a voz do
dever o lugar do impulso físico, e o direito o lugar do apetite, o homem, até aí levando em
consideração apenas sua pessoa, vê-se forçado a agir baseando-se em outros princípios e a
o sulta àaà az oàa tesàdeàou i àsuasài li aç es. àLàI,à apàVII.à

O o eàa uiàalgoàsi ila à àdisti ç oàe t eà o tade àeà apetite à oà asoàdeàá ist teles – o
ponto importante é que Rousseau não estabelece estes princípios como um conjunto de bens
determinados: estes princípios, ao contrário, são regras formais (procedimentais) para a
obtenção do enunciado da vontade geral. Podemos dizer que a vontade geral é um mecanismo
de generalização das vontades particulares. A necessidade de generalização das vontades
particulares é implicada pela moralidade da ação que resulta da deliberação. Portanto a
relação entre a expressão das vontades particulares e a expressão da vontade geral não é a
elaç oà e t eà e u iadosà pa ti ula esà eà u à e u iadoà daà fo aà pa aà todoà à F →G .à áà
relação em jogo é entre enunciados descritivos e enunciados normativos. Rousseau defende
estes pontos nas seguintes passagens:

(1) H à o u e te muita diferença entre a vontade de todos e a vontade geral. Esta se


prende ao interesse comum; a outra ao interesse privado e não passa da soma das
o tadesàpa ti ula es LàI,àCap.àIII
(2) O soberano, somente por sê-lo,à àse p eàa uiloà ueàde eàse àLàI,àCap. VII.

Vejamos agora quais as condições que devem estar satisfeitas para a obtenção do
enunciado da vontade geral. Estas condições, como disse acima, são regras formais e
universais. São regras formais, pois não especificam nenhum princípio material da
orientação da ação deliberativa. São regras universais, pois implicam na determinação da
o tadeà ge al.à Co oà dizà Rousseau:à Pelo pacto social demos existência e vida ao corpo
político. Trata-se agora de lhe dar, pela legislação, movimento e vontade, porque o ato
primitivo, pelo qual esse corpo se forma e se une, nada determina ainda daquilo que
deverá fazer para conservar-se à Là II,à ap.à VIà O s.:à oà pactum societatis não determina a
vontade do corpo político. Cabe então corrigir Rousseau na citação com a qual começamos
o item b) desta parte do texto.

São três as regras formais da ação deliberativa:

(1) Os cidadãos devem ser suficientemente informados a respeito das circunstâncias da


ação deliberativa;
(2) Os cidadãos não podem estar relacionados em associações parciais;
(3) O objeto da ação deliberativa deve ser geral.

A satisfação da regra (1) envolve o papel do legislador, ou seja:à É preciso fazê-la (a


vontade geral) ver os objetos tais como são, algumas vezes tais como eles devem parecer-lhe,
mostrar-lhe o caminho certo que procura, defendê-la da sedução das vontades particulares,
aproximar a seus olhos os lugares e os tempos, pôr em balanço a tentação das vantagens
presentes e sensíveis com o perigo dos males distantes e ocultos. Os particulares discernem o
bem que rejeita ;àoàpú li oà ue àoà e à ueà oàdis e e. àLàII,àCapàVI.à

Deste modo, introduz-se uma caracterização epistêmica no conceito aristotélico de coisa


possí el.à Vi osà oà e a eà daà est utu aà si aà daà deli e aç oà e à á ist telesà ueà s à
deliberamos a respeito das coisas que estão ao ossoàal a e .àIstoà à ...seàu aà oisaàpa e eà
possível, tratamos de fazê-la. Por coisas possíveis entendo aquelas que se podem realizar pelos
nossos esforços; e, em certo sentido, isto inclui as podem ser postas em prática pelos esforços
de nossos amigos (...) EN, 1112 b 25 L III

Não se trata para Rousseau se está ao nosso alcance fazer tal e tal, mas sim se está ao
nosso alcance saber (prever) que tal e tal é (pode ser) o caso. Uma tarefa deste tipo envolve
esclarecer as vontadesàpa ti ula es,àafasta à aàte taç oàdasà a tage sàp ese tesàeàse sí eis .à
Deste modo, só o cidadão esclarecido é capaz de deliberação – no sentido próprio de
Rousseau.àEsteài di íduoàde eà ...su stitui àaàe ist iaàfísi aàeài depe de te,à ueàtodosà s
recebemos da natureza, por uma existência parcial e moral. Em uma palavra, é preciso que
destitua o homem de suas próprias forças para dar-lhe outras que lhe são estranhas e das
uaisà oàpodeàfaze àusoàse àso o oàalheio.à àLàII,à apàVII.à

Podemos conside a àaàaç oàdeà sa e à p e e à ueàtalàeàtalà à podeàse àoà aso à oà àu aà


aç oàdeàage teài di idual.àVi osàa i aà ueàoà o poà o alàeà oleti o à àu àage teài pessoal;à
e que suas ações devem ser redutíveis às ações dos agentes pessoais que estão na relaç oà se à
idad oàde... . Introduzo mais uma distinção deàVo àW ight:à àDoà ueàeuà ha oàa uiàage tesà
pessoais podemos ainda distinguir dois tipos, a saber agentes individuais e coletivos. Quando
um ato é realizado por um homem poderíamos dizer que o ato é realizado por ele
individualmente. (...) Que um ato é realizado por vários agentes coletivamente também pode
ser descrito dizendo que o agente que realiza este ato é uma coletividade de homens ou um
age teà oleti o. De o i o,àe t o,àoàage teàdaàaç oàdeà sa e à p e e à ue... à o oàage teà
coletivo. Não se segue daí que, necessariamente, o agente individual não possa realizar esta
aç oà se à so o oà alheio à – o que se tem em vista é que, em certos casos, esta ação é
realizada coletivamente. Cabe ainda lembrar queàestaàaç oàdeà sa e à p e e à ue... à oà àaà
deliberação. É tão somente uma condição necessária da determinação da vontade.

A regra (2) especifica que tipo de relações entre os indivíduos são relevantes para a ação
deliberativa, e mais: que tipo de relação bloqueia a ação deliberativa.

áà elaç oà ele a teà à se à idad oà de... à ueà o oà i os,à desdo a-seà e à a à est à
associado a x,y,z...n àeà à àpa tí ipeàdaàauto idadeàso e a a .à

Estas relações implicam que o agente da deliberação é um agente impessoal. Por sua vez,
oà age teà i pessoalà à a alisadoà o oà age teà oleti oà aà aç oà deà sa e à p e e à ue... à eà
como construção lógica a partir de agentes individuais na ação de escolha entre o voto a favor
ou contra a proposta legislativa, pois como diz Rousseau:à ... ua doàseàesta ele e àfa ç es ,
associações parciais a expensas da grande, a vontade de cada uma dessas associações torna-se
geral em relação a seus membros e particular em relação ao Estado: poder-se-á então dizer
não haver mais tantos votantes quantos são os homens, mas somente tantos quantos são as
asso iaç es. àLàII,à ap.àIII.à

áà eg aà àe ol eàaàdisti ç oàe t eà lei àeà de eto ,àpo ta toàaàdisti ç oàe t eà o tadeà


eà fo ça.à á uià á ist telesà podeà osà ajuda à aà o e ta à Rousseau:à à áà sa edo iaà política e a
prática são a mesma disposição mental, mas sua essência não é a mesma. Da sabedoria que
diz respeito à cidade, a sabedoria prática que desempenha um papel controlador é a sabedoria
legislativa, enquanto a que se relaciona com os assuntos da cidade como particulares dentro
doàseuàu i e salà à o he idaàpelaàde o i aç oàge alàdeà sabedoria política àeàseào upaà o àaà
ação e a deliberação, pois um decreto é algo a ser executado sob a forma de um ato
individual .àENà à -5, L VI, grifos meus.

Para Rousseau, a vontade geral deve ser geral tanto na essência (que diz respeito ao
sujeito) quanto no objeto. Os únicos atos da vontade geral são leis. A deliberação, no sentido
moral, não pode decidir uma controvérsia com respeito a um direito que envolva vontade
particular:à ... àu àp o essoàe à ueàosàpa ti ula esà ep ese ta àu aàdasàpa tesàeàoàpú li oàaà
outra, mas no qual não vejo nem que lei observar, nem que juiz deva pronunciar-se àLàII,àCap.à
IV.

Contrariamente a Aristóteles, não há para Rousseau, deliberação com objeto particular. No


entanto as diferenças que procurei apontar entre ambos, no que diz respeito a estrutura da
deli e aç oàeà aà o epç oàdeà o he i e toàp ti o à oàde e à osàe ga a àaà espeitoàdeà
um ponto comum: o caráter moral da ação deliberativa.
Bibliografia

Anscombe, G. E. M – Thougthàa dàá tio ài àá istotle ,ài àColle tedàPhilosophi alàPape s,àVolàI,à
Universtity of Minessota Press, 81;

Aristóteles – Éti aàaàNi a o à,àOsàpe sado es,àá il,à ;à

Davidson, D. – Ho àisà eak essàofàWillàpossi leà?à ài àFei e gà Ed à Mo alàCo epts àO fo d,à


69;

Hobbes, T. – O àLi e t àa dàNe essit ,ài àEW,àVolàIV, 9;à

Rousseau, J. J – DoàCo t atoà“o ialà ,àOsàpe sado es,àá il,à ;à

Von Wright, G. H – No àa dàá tio ,àLo do ,à à

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