Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio

(EPSJV/Fiocruz)

EVELENE PEREIRA DE LIMA

IMPLANTAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE GERENCIAMENTO DE BATE MAPA

CIRÚRGICO PARA ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO REGULATÓRIO DE
CIRÚRGIAS ELETIVAS DE UM HOSPITAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE NA
AMAZÔNIA LEGAL.

Cacoal, RO
Junho/2023
 Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
(EPSJV/Fiocruz)

EVELENE PEREIRA DE LIMA

IMPLANTAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE GERENCIAMENTO DE BATE MAPA

CIRÚRGICO PARA ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO REGULATÓRIO DE
CIRÚRGIAS ELETIVAS DE UM HOSPITAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE NA
AMAZÔNIA LEGAL.

Pré-projeto de pesquisa apresentado à Escola

Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
(EPSJV/Fiocruz) como requisito parcial para
seleção de Mestrado.

Cacoal, RO
Junho/2023
 RESUMO

A metodologia do Bate Mapa é realizada através de reunião interna, com horário marcado, com
antecedência de 24 horas da execução do procedimento cirúrgico, guiado por um instrumento
estruturado que contém pontos chaves de possíveis situações que possam levar ao cancelamento
cirúrgico como: reserva de sangue e leito de unidade de terapia intensiva (UTI), entrega de
materiais órteses, próteses e materiais especiais (OPME), exames pré-operatórios, realização
da consulta pré-anestésica, aplicação de termos de consentimentos, dentre outros e, realizada
por um time multiprofissional, que está envolvido diretamente com o agendamento cirúrgico.
(BARCELOS,2020). Previamente, todos os participantes verificam o mapa cirúrgico do dia
seguinte, analisam as pendências e pontuam durante a reunião, no intuito de alinhar as
informações, esclarecer as dúvidas e subsidiar a tomada de decisão de modo a garantir o
cumprimento do agendamento cirúrgico. Discutidas e alinhadas as demandas de cada cirurgia,
as pendências passíveis de tratativas em tempo hábil são compiladas e remetidas através de
mensagem eletrônica para todos os envolvidos para as devidas providências. Deste modo, é
evidente que o Bate Mapa, é uma estratégia de gerenciamento de processos de trabalho, que
utiliza o fator comunicação linear, como um dos pilares para a tomada de decisões seguras em
favor do cliente; além de dar subsídios para o sistema público de saúde, compreender os motivos
reais de cirurgias serem canceladas. (BARCELOS 2020). Ferramentas como essa permitem ao
gestor público, conhecer as falhas do sistema de cirurgias, e corrigi-las em tempo, para que a
população que depende do serviço de saúde, não seja prejudicada, por permanecer em “filas”
sem fim, aguardando cirurgias no SUS. (Alves, 2018). Portanto a implantação do Bate Mapa
cirúrgico, através de protocolo institucional, a ser implantado através de ação educativa e
formativa com os profissionais envolvidos no processo cirúrgico, traz benefícios e melhorias
pontuais na organização do trabalho e resolutividade de problemas no serviço de saúde.
(Semeão, Alves, Real, & Rodrigues, 2017).
 SUMÁRIO
1.0 Justificativa ........................................................................................................................... 4
2.0 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 6
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................ 6
2.2 Objetivo Específico ......................................................................................................... 6
3.0 Metodologia .......................................................................................................................... 6
4.0 Conclusão: ............................................................................................................................ 7
Bibliografia ................................................................................................................................. 7
 1.0 Justificativa
O "Bate-Mapa" ou "Round de Cirurgias" é uma estratégia de planejamento cirúrgico,
que consiste em uma reunião diária em que são discutidas informações do banco de dados da
regulação de pacientes candidatos a entrar na agenda cirúrgica ou mapa cirúrgico, levando em
consideração as comorbidades, tipo de cirurgia, porte de cirurgia para, necessidade de materiais
e equipamentos que serão utilizados, necessidade de reserva de UTI, necessidade de
hemocomponentes, entre outras informações que envolvem o procedimento cirúrgico (Zeno,
2022).
É através do bate mapa cirúrgico que será homologada a agenda cirúrgica/mapa
cirúrgico, onde serão selecionados os pacientes com condições técnicas e clínicas para o
procedimento.
O mapa cirúrgico é um relatório de definição previamente elaborado para o
delineamento dos procedimentos cirúrgicos (Ferreira, et al., 2019).
É no mapa de cirurgia que constam as informações pertinentes para organização e
execução do procedimento cirúrgico. Informações como: data, horário, tipo de cirurgia, local
da cirurgia, tipo de anestesia, equipe cirúrgica, profissionais que participarão do procedimento,
materiais a serem utilizados, insumos necessários, reserva de UTI, reserva de hemocomponente,
previsão da duração do procedimento, recursos a serem utilizados, equipamentos necessários e
todas as outras informações relevantes que garantirão o atendimento mais efetivo e seguro
ao paciente (Hoerlle, 2022).
Estão envolvidos no processo de deliberação da agenda de cirurgia os setores de CME,
centro cirúrgico, recepção, almoxarifado, equipe de engenharia clínica, transportes, entre outros
(Tamiasso, et al., 2018).
A metodologia do bate-mapa consiste na validação dos processos que envolvem o
planejamento cirúrgico, com a finalidade de cumprir a programação e garantir o seguimento do
mapa cirúrgico de maneira que nada do que for necessário para o cumprimento do mapa seja
desconsiderado e não ofereça insegurança para o paciente e para equipe que irá assistir.
Para isso, o time assistencial realiza uma reunião de alinhamento no mínimo com 24
horas de antecedência do procedimento cirúrgico. Nela, uma equipe multidisciplinar analisa as
informações do paciente e debate os principais pontos para a realização ou não daquela cirurgia.
São avaliados a autorização feita com o médico, os instrumentos necessários para o
atendimento, entre outros pontos. Assim, o time multidisciplinar verifica o mapa cirúrgico e

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analisa informações, esclarece dúvidas e toma decisões a partir do entendimento da necessidade
daquele usuário.
O processo acontece antes mesmo da reunião de bate-mapa, entendendo os fluxos,
desvios e gargalos em tempo real faz com que a organização minimize a quantidade de
problemas no pré-cirúrgico para, inclusive, conseguir aumentar o volume de cirurgias. O
processo impacta na redução de retrabalho, atrasos e redução de taxas de cancelamento
cirurgia.
Para a realização desse processo será utilizado o brainstorming trata-se de
uma dinâmica de grupo usada em várias empresas como uma técnica para resolver
problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar informação e
para estimular o pensamento criativo.
O Brainstorming tem sido usado na gestão de qualidade no campo da saúde como
estratégia para soluções de problemas identificados nas reuniões de bate mapa.
Por meio da implantação do “bate-mapa”, da participação ativa dos seus integrantes e
da adoção de ferramentas de gestão, ações foram tomadas, levando à solução de fragilidades
relacionadas à dinâmica cirúrgica.
O presente projeto pretende implantar um Procedimento Operacional Padrão
utilizando-se da ferramenta bate mapa para otimizar as cirurgias eletivas no Hospital Regional
de Cacoal. Oferecendo gestão de qualidade que favoreça o planejamento compulsório da
agenda cirúrgica, de modo interdisciplinar, democrático, com o objetivo de redução dos
cancelamentos de cirurgias eletivas.
Gestão da qualidade é um sistema gerencial que parte do reconhecimento das
necessidades das pessoas e estabelece padrões para o atendimento dessas necessidades. Visa
manter os padrões que atendem às necessidades das pessoas, a partir de uma visão estratégica
e com abordagem humanística. (Fertonai, 2002).
Além do mais, uma unidade hospitalar bem estruturada e bem-preparada, com processos
definidos, garantem uma assistência de qualidade aos clientes, proporcionando um
restabelecimento da saúde com práticas definidas e disseminadas em toda a organização. Isso
inclui a capacitação e desenvolvimento contínuo dos profissionais, a humanização no
tratamento dos usuários de forma equânime, a competência técnica e o prazer em fazer parte da
equipe integrada. (Sakoda, 2011)
É notório que o Hospital Regional de Cacoal, desempenha um papel fundamental no
atendimento cirúrgico da II Macrorregião de Saúde de Rondônia, que é composta por 34

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municípios e abrange uma população de 783.830 habitantes, representando aproximadamente
43,18% da população total do estado (DATASUS, 2021). Essa região inclui as áreas geográficas
do Cone Sul, Zona da Mata, Vale do Guaporé e região Central do Estado.
Para ter acesso ao atendimento a equipe de cirurgia do HRC, os pacientes que são
oriundos da fila regulatória de consultas das especialidades cirúrgicas, são encaminhados pelas
Unidades Básicas de Saúde (UBS) por meio do Sistema de Regulação (SISREG) e são inseridos
na fila das especialidades cirúrgicas. A partir desse encaminhamento pelo SISREG, o
agendamento de retornos e alguns exames são regulados pela unidade solicitante, com exceção
dos pacientes oncológicos pois seus retornos são agendados pela regulação ambulatorial do
HRC.

2.0 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Criação de um Procedimento Operacional Padrão utilizando-se da ferramenta bate mapa
para otimizar as cirurgias eletivas no Hospital Regional de Cacoal

2.2 Objetivo Específico

• Apresentar a ferramenta de Bate Mapa Cirúrgico, para as equipes de trabalho do centro
cirúrgico;
• Implantar o Procedimento Operacional Padrão no centro cirúrgico do Hospital Regional
de Cacoal.

3.0 Metodologia
A metodologia de implantação do bate mapa será realizada através de revisão integrativa
para compreender os aspectos que irão embasar a utilização da ferramenta bate mapa. Será
utilizado uma metodologia de roda de conversa para identificar os aspectos positivos e
negativos e as dificuldades encontradas na implantação da ferramenta bate mapas e os
resultados.
Diante da necessidade de assegurar uma prática assistencial embasada em evidências
científicas, a revisão integrativa tem sido apontada como uma ferramenta ímpar no campo da
saúde, pois sintetiza as pesquisas disponíveis sobre determinada temática e direciona a prática
fundamentando-se em conhecimento científico.

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 A revisão integrativa é um método que proporciona a síntese de conhecimento e a
incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática (Souza, et al,
2010).
Após a criação do pop bate mapa será apresentado para apreciação da direção técnica
do hospital HRC e ao ser aprovado seguirá para a apresentação antação será demonstrada para
os coordenadores que por sua vez repassarão para os atores

4.0 Conclusão:
Através deste trabalho, quanti-qualitativo e analítico, evidenciaremos a importância de
implantação do bate mapa cirúrgico, afim de institucionalizar protocolo operacional de trabalho
para incorporação desta ferramenta, como instrumento de gestão do trabalho na unidade centro
cirúrgico e regulação de cirurgias, visando promover maior transparência no agendamento de
procedimentos cirúrgicos, e corrigir situações de cancelamento cirúrgicos não programados, o
que acarreta danos ao cliente atendido pelo SUS.
Visamos ainda através deste criar mecanismos preventivos aos cancelamentos de
cirurgias, e reorganizar o processo de trabalho relacionado com esta temática, de modo a educar
as equipes de saúde, sobre a importância do planejamento estratégico das ações do trabalho,
sento esta uma ferramenta de resolução de problemas dentro do sistema público de saúde.

Bibliografia
BARCELOS, Wanessa Silveira et al. ferramenta do bate mapa como instrumento de
efetividade para a segurança do planejamento cirúrgico. In: Anais da Jornada Científica
Integrativa da Agir. Anais...Goiânia (GO) Ensino Agir, 2020. Disponível em:
<https//www.even3.com.br/anais/excelenciaemsaude/280467-ferramenta-do-bate-mapa-
como-instrumento-de-efetividade-para-a-seguranca-do-planejamento-cirurgico>. Acesso em:
06 de junho de 2023.

FERTONAI, Fernando Luis et al. Gestão da qualidade total: introdução dos conceitos e a sua
utilização em um curso para abordar o comportamento individual do
aluno/profissional/cidadão. Eclética Química. 2002, v. 27, n. pg. 229-239. Disponível em: <
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=42927119>. Acesso em: 03 de Junho de 2023.

SOUSA, Cristina Silva; ACUNÃ, Andrea Alfaya. Painel do mapa cirúrgico como ferramenta
de comunicação e segurança do paciente. BVS. 2022. Disponível em: <
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1381468>. Acesso em: 03 Jun de 2023.

SAKODA, Thomas. Gestão de qualidade na saúde. São Paulo, 2011. Disponível em: <
https://dspace.mackenzie.br/bitstream/handle/10899/288/THOMAS%20JUN%20SAKODA1.
pdf?sequence=1>. Acesso em: 03 de junho de 2023.

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SANTOS, José, et al. Integração entre dados quantitativos e qualitativos em uma pesquisa de
métodos mistos. BVS. 2017. Disponível em:
<https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-904268>. Acesso em: 02 de junho de
2023.

BONATO, Vera. Gestão de qualidade em saúde: melhorando assistência ao cliente. São

Paulo, 2011. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/gestao_qualidade_saude_melhorando_assistencia_clie
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RUTKOWSKI, Jacqueline. Qualidade no serviço público: um estudo de caso. Belo

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https://www.scielo.br/j/gp/a/yHjYVTB3vF5rkTSjhkXcjTK/?format=pdf&lang=pt>.
Acesso em: 05 de junho de 2023.

REIS, D. O. N. da S.; MENESES, R. de O.; PINTO, C. M. I.; DA SILVA, M. V. G.;

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FERREIRA, Maria de Jesus Veríssimo et al.. CONSTRUÇÃO DE UM MAPA CIRÚRGICO:

FERRAMENTA DE QUALIDADE NA SEGURANÇA DO PACIENTE.. In: Anais da 15ª
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