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Andreia Nava e Amanda Moura
Andreia Nava e Amanda Moura
Brasília, 2020
Membro da banca:_________________________________________
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RESUMO i
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INTRODUÇÃO
obesidade. Além disso, estudos demonstram que o comer emocional está relacionado
a baixa autoestima e sentimentos de inadequação, o que afetam a qualidade de vida
do indivíduo (LAZAREVICH et al., 2016; LITWIN et al., 2016).
Logo, é fundamental o aprofundamento de estudos que revelem as emoções
envolvidas no comer emocional, bem como a origem e as características
comportamentais individuais, de modo a propiciar maior respaldo para o tratamento
desses indivíduos, tendo em vista, que o comer emocional pode ser um preditor de
risco para transtornos emocionais, como o transtorno de compulsão alimentar, que é
definido pela perda de controle sobre a alimentação, acompanhada por uma ingestão
rápida e em quantidade excessiva, podendo esta, desencadear sobrepeso, obesidade
e doenças relacionadas a obesidade, como a diabetes, hipertensão e
hipercolesterolemia.
Diante da relevância do comer emocional para os dias atuais, como forma de
avaliar as características individuais no ganho de peso, este estudo buscou
compreender melhor os sentimentos envolvidos neste ato.
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OBJETIVOS
Objetivo primário
Compreender os sentimentos envolvidos no comer emocional de indivíduos
adultos.
Objetivos secundários
Identificar as situações em que estes indivíduos comem em respostas às
emoções;
Avaliar o estado nutricional dos participantes através do IMC;
Analisar a influência familiar dos indivíduos com a alimentação.
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MATERIAIS E MÉTODOS
Sujeitos da Pesquisa
Nesta pesquisa foram recrutados, adultos do sexo masculino e feminino, com
idade entre 18 e 59 anos, residentes no Distrito Federal.
Desenho do estudo
Foi realizada uma pesquisa de campo do tipo transversal e descritiva.
Metodologia
Foram aplicados instrumentos previamente validados em outras populações e
um instrumento construído pelas autoras. A amostra foi por conveniência, do tipo bola
de neve, e o convite para participar do estudo foi feito via WhatsApp. Após receberem
a explicação dos objetivos e procedimentos do estudo, os voluntários que
preencheram os critérios de inclusão e concordaram em participar, assinaram um
termo de consentimento livre e esclarecido. Em seguida, eles preencheram dois
questionários de auto-relato (Dutch Eating Behavior Questionnaire DEBQ) (Anexo 1)
o questionário espanhol GARAULET (Anexo 2) e um questionário para saber se seus
pais possuíam ou já possuíram comportamento alimentar semelhante, além de dados
como idade, sexo e peso (Apêndice A).
O comportamento alimentar foi avaliado utilizando o DEBQ, que é um
questionário de auto relato de 33 itens desenvolvido por Van Strien et al. (1986), para
avaliar três comportamentos alimentares distintos em adultos: (1) alimentação
emocional, (2) alimentação externa e (3) alimentação restrita. Os itens no DEBQ
variam de 1 (nunca) a 4 (com muita frequência), com pontuações mais altas indicando
maior endosso do comportamento alimentar (STRIEN VAN et al., 1986).
A versão em português do questionário DEBQ é o TFEQ-R21, aprovado e
autorizado pelos autores estrangeiros do questionário. Para determinar os graus de
restrição cognitiva (RC), alimentação emocional (AE) e descontrole alimentar (DA),
foram utilizadas as instruções de classificação fornecidas pela equipe que
desenvolveu o questionário. Foi utilizado um formato de resposta de 4 pontos para os
itens de 1 a 20, e uma escala de classificação numérica de 8 pontos para a questão
21 (NATACCI e JÚNIOR, 2011).
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Critérios de Inclusão
Para participar da pesquisa os indivíduos deveriam preencher todos os
questionários e dados solicitados, o TCLE, e ter entre 18 e 59 anos.
Critérios de Exclusão
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Aspectos Éticos
Os procedimentos metodológicos do presente trabalho foram preparados nos
procedimentos éticos e científicos fundamentais, como disposto na Resolução N.o
466, de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde.
A coleta de dados foi iniciada apenas após a aprovação do comitê de ética e
pesquisa do UniCEUB com o número 4.371.423 e ciência dos participantes do TCLE.
Na execução e divulgação dos resultados foi garantido o total sigilo da identidade dos
participantes e a não discriminação ou estigmatização dos sujeitos da pesquisa, além
da conscientização dos sujeitos quanto à publicação de seus dados.
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RESULTADOS
N %
Masculino 6 12,0%
Tabela 2. Média e desvio padrão da idade, peso e estatura dos voluntários. Brasília-
DF, 2020.
Idade 36 8
Estatura 165 18
N %
Eutrofia 6 52,0%
Sobrepeso 7 34,0%
Obesidade 6 12,0%
N %
Não 20 40,0%
Não 10 20,0%
Tabela 5. Média e desvio padrão das notas por categoria e total de avaliação do comer
emocional dos voluntários. Brasília-DF, 2020.
Restrição Cognitiva 18 3
Alimentação emocional 14 3
Descontrole alimentar 20 3
DEBQ 52 8
N %
nutricional dos voluntários foi percebido que para os participantes com excesso de
Comedor Emocional P
IMC Eutrofia 4 22
100,0% 47,8%
Sobrepeso 0 17
Obesidade 0 6
12
0,0% 13,0%
Total 4 46
100,0% 100,0%
Por fim, foi realizado a relação entre comer emocional e o sexo, e foi encontrado
que todos os homens da amostra comem emocionalmente, porém sem diferença
estatística entre o sexo (p<0,05).
De acordo com a tabela 8, o comportamento alimentar dos voluntários se
assemelha ao dos pais às vezes em 38% dos casos e usualmente em 24%. Ainda,
segundo a tabela 8, em 32% dos casos não há semelhança entre o comportamento
alimentar dos voluntários e dos pais.
N %
Usualmente 12 24,0%
Sempre 3 6,0%
13
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
3.BRADEN, Abby et al. Emotional eating is associated with weight loss success
among adults enrolled in a weight loss program. Journal of Behavioral Medicine, v.
39, p. 727–732, 2016.
11.LITWIN, Rachel et al. Negative emotions and emotional eating: the mediating role
of experiential avoidance. Springer International Publishing Switzerland, jul,
2016.
19
13.NATACCI, Lara; JÚNIOR, Mauro. The three factor eating questionnaire - R21:
tradução para o português e aplicação em mulheres brasileiras. Revista Nutrição,
Campinas, vol. 24, n. 3, May/June, 2011.
16.SPOOR, Sonja et al. Relations between negative affect, coping, and emotional
eating. Appetite, v. 48, p. 368–376, 2007.
18.STRIEN, VAN Tatjana et al. The Dutch Eating Behavior Questionnaire (DEBQ) for
assessment of restrained, emotional, and external eating behavior. International
Journal of Eating Disorders, 5, 295–315, 2015.
20. WOOD, Samantha et al. Emotional eating and routine restraint scores are
associated with activity in brain regions involved in urge and self-control. Physiology
& Behavior, v. 165, p. 405 - 412, 2016.
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APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE Ic
IDADE
SEXO
PESO (Kg)
ALTURA (cm)
ATIVIDADE FÍSICA
ATIVIDADE PROFISSIONAL
SEUS PAIS POSSUEM OU POSSUÍAM COMPORTAMENTO ALIMENTAR
SEMELHANTE
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