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Hebreus
אגרת אל העברים
1T
AUTOR Félix H. Cortez-Valles
Hebreus
EDITOR Cliford Goldstein
אגרת אל העברים
CONTEXTUALIZAÇÃO
EDITOR Roberto Rheinlander Rebello
PROJETO GRÁFICO ORIGINAL
Henrique Felix Uma mensagem para os Judeus hoje
CONTEXTUALIZAÇÃO Carlos Muniz,
Paulo Ferreira, Claudia Masiero,
Roberto Rheinlander, Júlio Flores,
Marcos Gomes, Roger Rheinlander,
REVISORES Carlos Muniz, Roger
Rheinlander, Tamar Guimarães
CONSELHEIROS Dr. Richard Amram Índice
Elofer, Dr. Reinaldo Siqueira, Cristiano Silva.
Sobre o Autor 04
Introdução 05
1 A carta aos hebreus e a nós 06
2 A mensagem da carta aos Hebreus 14
3 Filho prometido 22
4 Messias, nosso irmão fiel 30
5 Messias, o doador do Shabat 38
CONFERÊNCIA GERAL 6 Messias, o fiel Cohen 46
Reinaldo Siqueira
7 Messias, a âncora da alma 54
8 Messias, o Mediador da nova aliança 62
BELO HORIZONTE, MG 9 Messias, o corban perfeito 70
Rua Aveiro 367 - S. Francisco
Marcelo Matos Gomes 10 O caminho através do parochet 78
11 Messias, o autor e consumador de nossa confiança 86
CAMPINAS, SP
Rua Joaquim Teodoro Teixeira de Souza, 227 12 Recebendo um reino inabalável 94
Edinelson Sudre Storch
13 Continuem na amizade fraterna 102
CURITIBA, PR Estudos Diários 110
CCA Rua Lysimaco Ferreira da Costa, 980
Miguel Santos Glossário e Abreviações 114
FLORIANÓPOLIS, SC Calendário 126
Rua José Boiteux, 53 - Centro Bençãos Diversas 128
Filipe Canarin
MANAUS, AM
Rua M/N, 5 - Morada do Sol
David Riarte
RIO DE JANEIRO, RJ
Jean Rufino
Notas
SÃO PAULO, SP
Rua Armando Penteado, 291 - Higienópolis 1 Este guia de estudo é uma versão adaptada das lições da Escola Sabatina
Rogel Tavares ao contexto Judaico-Adventista. É usada pelos membros das Beth Bnei Tsion
[Comunidades Judaico-Adventistas] como auxiliar e apoio ao estudo semanal.
Visa tornar a linguagem mais acessível a esse contexto. O conteúdo original é
preservado usando apenas adaptações contextuais.
2 As versões bíblicas adotadas preferencialmente nessa contextualização são
"Bíblia Judaica Completa" traduzida por David H. Stern, "Bíblia Hebraica" tra-
duzida por David Gorodovits e Jairo Fridlin e Orthodox Jewish Bible.
3 As referências para estudo semanal (Parashá, Haftará) e costumes e festas
encontram-se junto aos semanais.
4 Demais informações encontram-se anexos ao final deste guia.
Sobre o Autor
Félix H. Cortez-Valles
F élix H. Cortez-Valles é Professor Associado de Literatura
na Andrews University, Berrien Springs, Michigan. Con-
cluiu o mestrado em Literatura Moderna na Universidad Ibe-
roamericana (México, 2001), com ênfase em Teoria Literária
e Hermenêutica. Ele também obteve o título de Doutor em
Filosofia em Religião com ênfase em Estudos da B'rit Hadashá
(PhD) na Andrews University (EUA, 2008). Publicou mais de
50 artigos e capítulos de livros para editoras acadêmicas e não
acadêmicas.
LEITURAS DA SEMANA
Hb 2:3, 4; 1Pe 4:14, 16; Hb 13:1-9, 13; 1Rs 19:1-18; Hb 3:12-14; Nm 13
Introdução
J á imaginou como seria ouvir Yeshua, ou um dos seus emissários, falar? Temos tre-
chos escritos e resumos de alguns de seus sermões, mas esses textos apresentam
apenas uma ideia limitada do que foi dito. No entanto, D'us preservou nas Escrituras
pelo menos uma mensagem memorável: a carta aos hebreus.
Rabi Shaul, autor, referiu-se à própria obra como "mensagem de exortação" (Hb
13:22). Essa expressão era usada para identificar a mensagem, tanto na sinagoga (At
13:15) quanto à leitura pública e ensino das Escrituras (1Tm 4:13). Assim, argumenta-
-se que a carta aos hebreus é a primeira "mensagem messiânica completa" que temos.
Essa carta foi dirigida aos judeus que aceitaram Yeshua como Messias, mas depois
passaram por dificuldades. Alguns foram insultados e perseguidos publicamente (Hb
10:32-34), e outros enfrentaram problemas financeiros (Hb 13:5, 6). Por isso, muitos
estavam cansados e começaram a questionar sua crença (Hb 3:12, 13). Alguém no
presente se identifica com eles?
Em uma mensagem comovente, o rabi os desafiou (e, por extensão, nos desafia) a
perseverar na confiança no Messias e fixar os olhos naquele que está agora no san-
tuário do Céu.
LEITURAS DA SEMANA
Um começo glorioso
P ara compreender a carta e aplicar sua mensagem a nós mesmos, precisamos enten-
der a história da congregação e sua situação quando recebeu-a de Shaul.
1. Qual foi a experiência dos primeiros leitores da carta aos Hebreus quando aceita-
ram a mensagem do Messias? (Hb 2:3, 4).
Essa passagem indica que a audiência da carta de Shaul não tinha ouvido o próprio
Yeshua falar. Eles receberam as boas novas por meio de outros emissários que lhes anun-
ciaram as boas-novas da libertação.
Shaul também disse que muitos confirmaram a mensagem a eles e que o próprio
D'us havia testemunhado "sinais, maravilhas, milagres e dons do Ruach HaKodesh ". Isso
significa que o Eterno providenciou a confirmação das boas novas por sinais e grandes
feitos - entre elas a distribuição dos dons. As escrituras relatam que sinais, como curas,
retirada de espíritos malignos e a manifestação de dons espirituais com frequência
acompanhavam a mensagem das boas novas.
Naquele tempo, D'us derramou Seu Espírito sobre os emissários em Jerusalém para
que anunciassem as boas novas em idiomas da diáspora e fizessem milagres (At 2; 3). Fe-
lipe realizou maravilhas em Samaria (At 8), Shimon Kefa em Jope e Cesareia (At 9; 10), e
Shaul em seu trabalho na Ásia Menor e na Europa (At 13-28). Essas ações confirmaram a
mensagem de libertação - o estabelecimento do reino de D'us, a salvação da condenação
e a libertação do poder do mal (Hb 12:25-29).
O Eterno, através de Seu Espírito, deu aos primeiros crentes a convicção de que seus
pecados haviam sido perdoados; assim, não temiam o juízo e, como resultado, suas pre-
ces eram ousadas e confiantes, e sua experiência religiosa, alegre (At 2:37-47). O Espírito
Sagrado também libertou os escravizados pelo mal, o que era evidência convincente da
superioridade do poder divino sobre o Yetser Hará e revelava que o reino de D'us havia
sido estabelecido na vida deles.
Qual é a história da sua teshuvá? De que maneira o desejo de abrir o coração e acen-
der a chama completa na vida pode confirmar a crença em Yeshua como Mashiach?
Faz bem lembrar como D'us tem trabalhado em sua vida para trazê-lo a Ele?
A luta
2. Qual foi a experiência dos leitores da carta aos Hebreus após sua teshuvá? (Hb
10:32-34 e 13:3)
É muito provável que os leitores da carta aos Hebreus tenham sofrido ataques ver-
bais e físicos nas mãos de turbas incitadas por oponentes (At 16:19-22; 17:1-9). Foram
presos e é possível que também tenham sido espancados, pois os oficiais tinham poder
de autorizar punições e encarceramento, muitas vezes sem seguir as normas judiciais
adequadas, enquanto reuniam evidências (At 16:22, 23).
"Ser desprezado por causa do Messias" significava identificar-se com ele e supor-
tar a vergonha e o abuso que essa associação implicava. A animosidade pública contra
os crentes era resultado de seus compromissos religiosos distintos. Pessoas podem ficar
ofendidas por práticas religiosas que não entendem ou por aqueles cujo estilo de vida e
moral podem fazer outros se sentirem culpados ou envergonhados. Em meados do pri-
meiro século EC, Tácito considerou os crentes culpados de "ódio contra a humanidade"
(1)
. Não importa qual tenha sido a razão para essa falsa acusação, muitos dos primeiros
seguidores, como aqueles a quem Shaul escreveu a carta aos hebreus, sofriam por sua
confiança.
Todos sofrem. No entanto, o que significa sofrer por causa do Mashiach? Quanto
do nosso sofrimento é por causa dele e quanto é causado pelas nossas próprias
escolhas?
Mal-estar
O s leitores da carta aos Hebreus tiveram êxito em manter sua fidelidade e compro-
misso com o Messias, apesar da rejeição e perseguição. O conflito, no entanto, co-
brou seu preço. Eles lutaram e saíram vitoriosos, mas também cansados.
4. Quais foram alguns dos desafios que os crentes enfrentaram? (Hb 2:18; 3:12, 13;
4:15; 10:25; 12:3, 12, 13; 13:1-9, 13)
"No entanto, a reação que frequentemente se segue aos momentos de muita confian-
ça e glorioso sucesso estava pressionando Eliyahu. Ele temeu que a reforma iniciada
em Har Ha-Carmel não fosse duradoura, e a depressão tornou conta dele. Havia sido
exaltado ao topo do Pisga; agora estava no vale. Enquanto esteve sob a inspiração do
Onipotente, ele havia resistido à mais severa prova de fidelidade; mas, naquele momento
de desânimo, com a ameaça de Jezabel ecoando em seus ouvidos e Satan ainda aparen-
temente prevalecendo mediante a trama dessa ímpia mulher, ele perdeu sua firmeza em
D'us. Havia sido grandemente exaltado, e a reação foi terrível. Esquecendo se de D'us,
Elias fugiu cada vez mais, até que se encontrou num árido deserto, sozinho" (2).
Pense nas suas falhas na vida e tente entender as circunstâncias e os fatores que
contribuíram para o colapso. O que você poderia ter feito diferente?
O que Shaul aconselhou os leitores a fazer diante da situação que enfrentavam? O que
aprendemos com a carta aos Hebreus? Além disso, analisemos como D'us ajudou Eliyahu
a se recuperar da experiência de desânimo.
O modo como D'us tratou Eliyahu depois do evento no Carmel é fascinante, pois mostra o
terno cuidado e a sabedoria com que Ele serve aos angustiados, que lutam para recuperar a
confiança. O Eterno fez várias coisas por Eliyahu. Primeiro, cuidou de suas necessidades físi-
cas, dando-lhe comida e descanso. Então, na caverna, gentilmente o reprovou: "O que você está
fazendo aqui?" Assim, ajudou o profeta (Hanavi) a obter uma compreensão mais profunda de
como o Eterno trabalha e cumpre Seus propósitos. D'us não estava no vento, no terremoto nem
no fogo, mas numa voz mansa e suave. Então, deu a Eliyahu um serviço a fazer e o tranquili-
zou.
7. O que Shaul sugeriu que os Hebreus fizessem? (Hb 2:1; 3:12-14; 5:11-6:3 e 10:19-25)
Na carta aos Hebreus, há várias instruções aos leitores para ajuda-los a recuperar sua força
e emuná (originais). Um aspecto que o autor enfatizou é cuidar das necessidades físicas dos
membros da comunidade. Ele sugeriu que praticassem hospitalidade e visitassem os presos, o
que implicava prover às suas necessidades. Rabi Shaul exortou os leitores a ser generosos,
lembrando que o Eterno não os abandonaria (Hb 13:1-6). Shaul também os reprovou e encora-
jou. Ele os advertiu a não se afastarem gradualmente (Hb 2:1), a não ter "um coração perverso
e ao qual falta confiança" (Hb 3:12) e os encorajou a crescer em sua compreensão da emuná
(Hb 5:11-6:3). Também comentou sobre a importância da frequência constante às reuniões da
kehilá (Hb 10:25). Em resumo, sugeriu que permanecessem unidos, encorajando uns aos ou-
tros e estimulando o amor e as boas ações, mas também exaltou Yeshua e Seu serviço no san-
tuário do Céu em favor deles (Hb 8:1, 2; 12:1-4).
Tendo em vista nossa compreensão do estado dos mortos, de que assim que fechar-
mos nossos olhos na morte, a próxima coisa que veremos seria a vinda de Mashiach,
por que podemos dizer que todos vivem nos "acharit hayamim"?
Estudo adicional
D avid Arthur Desilva, escritor e catedrático, explica por que os judeus crentes do pri-
meiros século sofriam perseguição: Eles "adotaram um estilo de vida que [...] teria sido
considerado antissocial e subversivo. A lealdade aos deuses, expressa nos sacrifícios e atos
semelhantes, era vista como símbolo de lealdade ao estado, às autoridades, aos amigos e
à família. A adoração às divindades era uma espécie de símbolo da dedicação aos relacio-
namentos que mantinham a sociedade estável e próspera. Ao se absterem do primeiro, os
judeus eram vistos como potenciais violadores das leis e (como) elementos subversivos do
império" (3).
"Para quem está desanimado, há um remédio que funciona: emuná, tefilá e avodá (fé
oração e serviço). Fé e atividade darão segurança e satisfação que vão aumentar dia após
dia. Você é tentado a dar lugar a sentimentos de ansiedade ou de profundo desânimo? Nos
dias mais escuros, quando tudo parece ameaçador, não tenha medo. Tenha confiança em
D'us. Ele conhece suas necessidades; Ele possui todo o poder. Seu infinito amor e Sua com-
paixão jamais acabam. Não tema pensando que Ele falhará em cumprir Sua promessa. Ele
é verdade eterna. Jamais mudará a aliança que fez com os que O amam. Ele capacitará
Seus servos fiéis de acordo com as necessidades deles. O Rabi Shaul testificou [...] (2Co 12:9,
10)" (4).
REFERÊNCIAS
(1)
Alfred J. Church e William J. Brodribb, trad., The Complete Works of Tacitus, 1942 (con-
textualizado)
(2)
Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 161,162 (contextualizado)
(3)
David Arthur Desilva, Perseverance in Gratitude, p. 12 (contextualizado)
(4)
Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 164, 165 (contextualizado)
A mensagem da
carta aos Hebreus
VERSO PARA MEMORIZAR
"Aqui está o aspecto mais importante de tudo o que dissemos: temos um Cohen hagadol
como esse. E ele está sentado à direita de Hag'dulah no céu." (Hb 8:1)
LEITURAS DA SEMANA
Hb 1:5-14; Lc 1:30-33; SI 132:1-5; Hb 2:14-16; S:1-4; 1Pe 2:9; Hb 8:8-12
Introdução
LEITURAS DA SEMANA
O ponto principal da carta aos Hebreus é que o Messias é o Governante, que está sen-
tado à direita do Pai (Hb 8:1). Como D'us, o Messias Yeshua sempre foi o Soberano do
Universo (Adon Olam), mas quando Adam e Chavá pecaram, Satan se tornou o príncipe
deste mundo (Jo 12:31; 14:30; 16:11). Contudo, Yeshua veio e derrotou Satan em seu sar-
cifício, recuperando o direito de governar sobre aqueles que o aceitam como libertador
(Cl 2:13-15).
Os dois primeiros capítulos da carta focalizam Yeshua como Rei.
Esses versos estão organizados em três seções (Hb 1:5-14). Cada uma apresenta um
aspecto do serviço de entronização do Filho. Primeiro, o Eterno adota Yeshua como Seu
Filho real (Hb 1:5). Segundo, Ele apresenta o Filho à corte do Céu, que o adora (Hb 1:6, 8)
enquanto o Eterno proclama o governo eterno do Filho (Hb 1:8-12). Terceiro, D'us entro-
niza o Filho - a verdadeira atribuição de poder (Hb 1:13, 14).
Uma das crenças mais importantes da B'rit Hadashá é o cumprimento das promessas
de Mashiach ben David em Yeshua (veja 2Sm 7:8-16; Lc 1:30-33). Yeshua nasceu da linha-
gem de David na cidade de David (Mt 1:1-16; Lc 2:10, 11). Durante sua vida na Terra,
frequentemente o chamavam de "Ben David". Ele foi executado sob a acusação de afir-
mar ser "o Rei dos judeus" (Mt 27:37). Shimon Kefa e Rabi Shaul falavam que Yeshua
ressuscitou da morte em cumprimento das promessas feitas a David (At 2:22-36; 13:22-
37). E Yochanan identificou Yeshua como "o Leão da tribo de Yehudá" (Ap 5:5).
Rabi Shaul, é claro, concorda com esse conceito. D'us cumpriu Suas promessas a
Mashiach Ben David em Yeshua: deu a Ele um excelente nome (Hb 1:4), O adotou como
Seu próprio Filho (Hb 1:5), estabeleceu Seu trono para sempre (Hb 1:8-12) e o assentou à
Sua direita (Hb 1:13, 14). Além disso, Yeshua conduz o povo ao descanso de D'us (Hb 4) e
é o edificador da casa de D'us (Hb 3:3, 4).
Yeshua, então, é o Governante legítimo que faz guerra contra Satan, o usurpador, por
nossa lealdade.
2. Que promessas a Israel seriam cumpridas por meio do prometido Messias (Mashia-
ch Ben David)? (Compare Êx 4;22, 23 com 2 Sm 7;12-14; Dt 12:8-10 com 2 Sm 7:9-11; e
Dt 12:13, 14 com Sl 132:1-5, 11-14)
Israel era filho de D'us, e o Eterno lhe daria um lugar em que descansaria do inimigo.
D'us também escolheria um lugar na terra de Israel onde Seu nome habitaria. Essas pro-
messas foram transferidas para o prometido Ben David, que seria adotado como Filho de
D'us, teria descanso de seus inimigos e construiria um templo para D'us em Tsion, onde
o nome de D'us habitaria. Isso significa que o Eterno cumpriria Suas promessas a Israel
por meio desse Messias Rei, que representaria Israel perante D'us.
A inserção de um representante na relação entre D'us e Israel tornou possível a per-
petuação de sua relação de aliança. A aliança de Moshê exigia a fidelidade de Israel para
receber a proteção e as bênçãos divinas (Js 7:1-13). A aliança de David, no entanto, ga-
rantiu as bênçãos da aliança de D'us sobre Israel por meio da fidelidade de uma pessoa,
o Rei Messias da linhagem davídica.
Infelizmente, na maioria dos casos, os reis davídicos não foram fiéis, e D'us não pôde
abençoar Israel como queria. O Tanah está repleto de exemplos da infidelidade desses
reis. A boa notícia é que D'us enviou Seu Filho para nascer como Mashiach Ben David, e
Ele é perfeitamente fiel. Portanto, o Eterno é capaz de cumprir Nele todas as promessas
que fez ao Seu povo. Quando D'us abençoa o rei, todo o povo compartilha dos benefícios.
É por isso que Yeshua é o mediador das bençãos divinas para nós. Ele é o mediador na
medida em que é o canal pelo qual flui a bênção divina. Nossa esperança final de liberta-
ção está somente em no Messias Yeshua e no que ele fez por nós.
Quantas vezes você foi infiel em sua parte na aliança? O que isso nos ensina sobre
como de vemos confiar em Yeshua para a libertação?
O s israelitas queriam um rei para ser seu juiz e líder na batalha porque se esque-
ceram de que D'us era seu rei. A restauração completa do governo de D'us sobre
Seu povo aconteceu com Yeshua. Como nosso Rei, o Messias nos lidera na batalha
contra o adversário.
A carta aos Hebreus (Hb 2:14-16) descreve Yeshua como o Campeão dos seres
humanos. O Messias enfrenta e derrota Satan em um combate solo e nos livra da
escravidão. Essa descrição lembra a batalha entre David e Golias. Depois de ungido
rei (lSm 16), David salvou seus irmãos da escravidão ao derrotar Golias. Os termos
do combate determinavam que o vencedor escravizaria o povo da outra parte (lSm
17:8-10). Assim, David foi o campeão de Israel. Ele representou a nação.
A carta aos Hebreus (Hb 2:14-16) faz referência ao fato de D'us ter livrado Is-
rael em um combate solo. Observe a passagem de Isaías: "Mas assim diz o Eterno:
Certamente o cativo será tirado ao forte, e a presa, do tirano escapará; porque Eu
contenderei com os que contendem contigo e salvarei teus filhos."(ls 49:25).
Nós muitas vezes pensamos que lutamos sozinhos contra Yetser Hará. Sim, esta-
mos em combate contra o Satan, mas o Eterno é nosso Campeão e vai para a batalha
antes de nós (Ef 6:10-18). Somos parte de Seu exército, e é por isso que temos que
usar Sua armadura. Além disso, não lutamos sozinhos. O sujeito na carta aos Efésios
é plural (Ef 6). Nós pegamos a armadura e lutamos juntos atrás de nosso Campeão,
o próprio D'us.
O que significa vestir a armadura de D'us? Em nossa luta diária com o eu, a provação
e outros desafios, como podemos nos valer do poder divino, que nos permite ser
fiéis?
A carta aos Hebreus apresenta uma segunda função do Messias (cap. 5-7). Ele é nosso
Cohen Gadol. O autor explica que isso cumpre uma promessa que D'us havia feito ao
prometido Rei de linhagem de David, de que ele "Para todo o sempre seria um sacerdote
(Cohen), porquanto és o rei da justiça (segundo a ordem de Malki-Tsédec)" (Sl 110:4, con-
forme citado em Hb 5:5, 6).
5. Quais eram as funções que o Cohen cumpria? (Lv 1:1-9; 10:8-11; Ml 2:7; Nm 6:22-26
e Hb 5:1-4)
Os Cohanim eram designados para representar os seres humanos e mediar seu rela-
cionamento com D'us e com o que Lhe pertence. Eles eram mediadores. Isso acontecia em
qualquer sistema de sacerdócio. Eles tornavam possível nosso relacionamento com D'us, e
o que eles faziam tinha por objetivo facilitar a relação entre o povo e o Eterno.
Eles ofereciam sacrifícios em nome do povo, visto que o povo não podia trazer esses sa-
crifícios a D'us pessoalmente. Eles sabiam como oferecer um sacrifício "aceitável" para que
as ofertas fossem agradáveis a D'us ou para que proporcionassem purificação e perdão.
Os Cohanim também ensinavam a Torá de D'us ao povo. Eles eram especialistas nas
mitsvot de D'us, responsáveis por explicá-las e aplicá-las.
Por fim, também tinham a responsabilidade de abençoar em nome do Eterno (Bircat
Cohanim). Por meio deles, D'us mediou Sua boa vontade e propósito benéfico para o povo.
O Eterno nos escolheu para sermos Seu "reino de sacerdotes" e "nação sagrada" (Ex 19
e 20). Além disso, na carta de Shimon Kefa, vemos que nós somos chamados de "sacerdócio
real" (1 Pe 2:9). Essa função implica privilégios incríveis. Os Cohanim podiam se aproximar
de D'us no santuário. No presente, podemos nos aproximar de D'us por meio da tefilá com
confiança (Hb 4:14-16: 10:19-23). Existem também responsabilidades importantes. Deve-
mos colaborar com D'us em Sua obra de salvar o mundo (Tikun Olam). Ele quer que ensi-
nemos e expliquemos Suas mitsvot e preceitos aos outros e que ofereçamos sacrifícios de
louvor e boas ações que O agradem. Que privilégio e que responsabilidade!
Somos o "sacerdócio real" de D'us. Isso deve fazer diferença em nossa vida?
A carta aos Hebreus focaliza a ação do Messias como Mediador de uma nova aliança (Hb
8-10). A antiga era um prenúncio das coisas boas que viriam. Suas instituições foram
projetadas para prefigurar e ilustrar a ação que o Messias Yeshua faria no futuro. Assim,
os sacerdotes prefiguravam o Mashiach, mas eram pecadores, incapazes de oferecer a per-
feição que Yeshua ofereceu. E eles serviam em um santuário que era "figura e sombra" (Hb
8:5) do santuário do Céu.
Yeshua serve no principal santuário e nos dá acesso a D'us. Os corbanot prefiguravam
o sacrifício do Messias em nosso favor, mas o sangue deles não podia limpar a consciência.
Contudo, a morte dele purifica a consciência para que possamos nos aproximar de D'us
com ousadia (Hb 10:19-22).
6. O que D'us prometeu na nova aliança (B'rit Hadashá)? (Jr 31:31; Hb 8:8-12).
Ao nomear Yeshua como nosso Cohen Gadol, o Pai inaugurou uma nova aliança (B'rit
Hadashá) que cumpre o que a antiga antecipava. A nova aliança oferece o que somente um
Cohen divino feito humano, perfeito e eterno é capaz de entregar. Esse Cohen Gadol não
apenas explica a Torá divina, mas a implanta no coração. Ele apresenta um corban que nos
traz perdão, nos limpa e transforma o nosso coração de pedra em um coração de carne (Ez
36:26). Ele de fato nos recria (2 Co 5:17). Esse Cohen nos abençoa da maneira mais incrível,
dando-nos acesso à presença do próprio Pai.
D'us projetou a antiga aliança a fim de apontar para o serviço de Yeshua no futuro.
Era linda em seu modelo e objetivo, porém alguns não entenderam seu propósito. Por não
querer deixar os símbolos, as sombras, e abraçar as verdades indicadas por eles, perderam
os benefícios maravilhosos que o serviço do Messias lhes oferecia. "Mashiach era o funda-
mento e a vida do templo. Os serviços realizados nele simbolizavam o sacrifício do Filho
de D'us. O sacerdócio foi estabelecido para representar o caráter mediador e a ação de
Mashiach. Todo o plano do serviço sacrifical era uma representação da morte do Redentor
para redimir o mundo. Não haveria eficácia nessas ofertas quando se consumasse o gran-
de acontecimento para o qual haviam apontado por séculos" (2).
Estudo adicional
A pesar de todas as verdades boas e promissoras contidas na carta aos Hebreus, há tam-
bém uma série de advertências cujo clímax está nos capítulos 10-12.
Essas seções têm pelo menos dois elementos em comum. Primeiro, comparam a geração
do deserto aos leitores da carta aos Hebreus. Segundo, nos exortam a ter emuná.
A geração do deserto viu o poder divino por meio de sinais e maravilhas na libertação
do Egito. Também ouviu D'us falar do Monte Sinai os Dez Mandamentos (Asseret Hadibrot),
viu a coluna de fogo à noite e a nuvem protetora durante o dia, comeu o maná, o alimento da
fé. Também bebeu água que brotava das rochas onde quer que acampasse. Porém, quando
chegou à fronteira da terra prometida, não confiou em D'us. Ela carecia de confiança, que é
a essência do que D'us requer. "Sem confiança é impossível agradar a D'us" (Hb 11:6).
Segundo Rabi Shaul, como a geração do deserto, estamos na fronteira da terra prometida
(Hb 10:37-39). No entanto, nossos privilégios e responsabilidades são maiores. Não ouvimos
D'us falar no Sinai, mas vimos nas Escrituras uma maior revelação divina no Har Tsion: "A
palavra se tornou ser humano e viveu entre nós."; D'us em carne (Jo 1:14, Hb 12:18-24). Tere-
mos confiança? O autor nos incentiva a seguir o exemplo de uma lista de personagens, que
culmina com o Mashiach Yeshua.
REFERÊNCIAS
(1)
James H. Charlesworth, org., The Old Testament Pseudepigrapha, v. 1, p. 536
(2)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 165 (contextualizado)
Filho prometido
VERSO PARA MEMORIZAR
"Mas agora, no acharit-hayamim, ele nos falou por meio do seu Filho, a quem
concedeu a propriedade de todas as coisas e por meio de quem criou o Universo.
Este Filho é o resplendor da Shekhiná, a expressão exata da essência de D'us,
sustentando tudo o que existe por sua palavra poderosa. Depois de ele mesmo
ter realizado a purificação dos pecados, assentou-se à mão direita de Haguedula
Bam'romim." (Hb 1:2, 3)
LEITURAS DA SEMANA
Is 2:2, 3; Hb 1:1-4; Ex 24:16, 17; Is 44:24; Hb 1:10; Lc 1:31, 32; Hb 1:5
Introdução
L ogo depois que Adam e Chavá pecaram, D'us lhes prometeu uma "semente", um
Filho que os libertaria do inimigo, recuperaria a herança perdida e cumpriria o
propósito para o qual foram criados (Gn 3:15). Esse Filho os representaria e os redi-
miria tornando seu lugar e, por fim, destruiria a serpente. "Depois que o primeiro
casal ouviram pela primeira vez a promessa, aguardavam um cumprimento imediato
dela. Receberam alegremente seu primeiro filho, na esperança de que fosse o Liber-
tador. Contudo, a concretização da promessa demorou" (1). A promessa foi posterior-
mente confirmada a Avraham. D'us jurou que ele teria um descendente, um Filho por
meio do qual todas as nações da Terra seriam abençoadas (Gn 22:16-18; Gl 3:16). E fez
o mesmo a David. Prometeu-lhe que seu descendente seria como seu próprio Filho e
seria estabelecido como um Governante justo sobre todos os reis da Terra (2Sm 7:12-
14; SI 89:27-29). Contudo, é provável que nem Adam nem Chavá, nem Avraham nem
David tenham imaginado que esse Filho Redentor seria o próprio D'us.
LEITURAS DA SEMANA
O Primeiro parágrafo da carta aos Hebreus revela que Rabi Shaul acreditava
estar vivendo no "fim dos dias (acharit-hayamim)". As Escrituras empregam
duas expressões sobre o futuro, com significados diferentes. Os profetas usaram a
expressão "últimos dias" para falar sobre o futuro em geral (Dt 4:30, 31; Jr 23:20).
Daniel usou a expressão "fim dos dias", para falar sobre os últimos dias da história
da Terra (Dn 8:17; 12:4).
1. O que D'us prometeu fazer por Seu povo no "fim dos dias"? (Nm 24:14-19 e Is 2:2,3).
Vários profetas anunciaram que no "fim dos dias" D'us levantaria um Rei que
destruiria os inimigos de Seu povo (Nm 24:14-19) e que atrairia as nações para
Israel (Is 2:2, 3). Shaul disse que essas promessas foram cumpridas em Yeshua. Ele
derrotou Satan e atraiu todas as nações para Si (Cl 2:15; Jo 12:32). Nesse sentido, "o
fim dos dias" começou porque o Messias cumpriu as promessas divinas.
Nossos patriarcas morreram crendo. Eles viram e saudaram as promessas "de
longe", mas não as receberam. Nós, porém, vimos seu cumprimento no Messias.
Pensemos por um momento nas promessas de D'us. O Pai prometeu que res-
suscitaria Seus filhos (1Ts 4:15, 16). A notícia maravilhosa é que essa ressurreição
foi confirmada com a ressurreição de Yeshua (1Co 15:20; Mt 27:51-53). O Pai tam-
bém prometeu uma nova criação (Is 65:17). Ele começou a cumprir essa promessa
criando uma nova vida espiritual em nós (2Co 5:17; Gl 6:15). Ele prometeu que
estabeleceria Seu reino (Dn 2:44) e o inaugurou libertando-nos do poder de Satan
e estabelecendo o Messias como nosso Governante (Mt 12:28-30; Lc 10:18-20). Isso
é apenas o começo. O que o Pai começou a fazer na primeira vinda do Messias
(como ben Yosef ), Ele completará na segunda (como ben David).
Veja as promessas que D'us já cumpriu. Como isso nos ajuda a confiar Nele quanto
as que ainda não se cumpriram?
A primeira frase dessa carta (Hb 1:1-4) é considerado o mais belo entre todos
Escritos da B'rit Hadashá do ponto de vista de sua qualidade retórica. Sua prin-
cipal afirmação é que D'us falou conosco por meio de Seu Filho, Yeshua.
Para os judeus do primeiro século EC, a palavra de D'us não era ouvida havia
muito tempo. A última revelação expressa na Palavra divina escrita foi por meio do
profeta Malachi e dos serviços de Ezrá e Nehemiá quatro séculos antes. Porém, por
meio de Yeshua, D'us falou com eles novamente.
A revelação divina por meio do Messias, no entanto, foi superior à revelação
que D'us fez por meio dos profetas, pois Yeshua é um meio maior de revelação. Ele
é o próprio D'us, que criou o céu e a Terra e governa o Universo. Para Rabi Shaul, a
divindade de Mashiach é inquestionável.
Além disso, para ele, o Tanach era a Palavra de D'us. O mesmo D'us que falou no
passado continua a falar no presente. O Tanach comunica a vontade divina; porém,
só foi possível entender seu significado de maneira mais completa quando o Filho
veio à Terra. Na mente do autor, a revelação do Pai no Filho ofereceu a chave para
a compreensão da verdadeira amplitude da Bíblia Hebraica, assim como a imagem
na caixa de um quebra cabeça apresenta a chave para encontrar o encaixe correto
para cada uma das peças. O Messias trouxe à luz muito do Tanach.
Ele veio para ser nosso Representante e Libertador, tomar nosso lugar na luta e
derrotar "a serpente". Da mesma forma, na carta aos Hebreus, Yeshua é o Pioneiro,
Capitão e "Precursor" dos crentes (Hb 2:10; 6:20). Ele luta por nós e nos representa.
Isso também significa que o que D'us fez pelo Messias, nosso Representante, tam-
bém quer fazer por nós. Aquele que exaltou-o à Sua direita também deseja que nos
sentemos com o Messias em Seu trono (Ap 3:21). A mensagem de D'us para nós in-
clui não apenas o que Yeshua disse, mas também o que o Pai fez por meio dele e
para ele, para nosso benefício temporaI e eterno.
Pense no significado da vinda de D'us à Terra, na pessoa do Mashiach. Por que essa
mensagem nos traz tanta esperança?
5. Como a Bíblia Hebraica nos ajuda a entender o que é a glória de D'us? Êx 24:16, 17;
Sl 4:6; 36:9 e 89:15)
N o Tanach, a glória de D'us se refere à Sua presença visível entre o povo (Êx 16:7;
24:16, 17; Lv 9:23; Nm 14:10). Essa presença é frequentemente associada à luz
ou ao brilho (Shekhiná).
As Escrituras nos informam que Yeshua é a luz que veio a este mundo para
revelar a glória de D'us (Hb 1:3; Jo 1:6-9, 14-18; 2Co 4:6). Pense, por exemplo, no
Messias quando ele mudou de forma. "Enquanto olhavam, ele começou a mudar
de forma - sua face brilhava como o sol, e suas roupas se tornaram brancas como a
luz." (Mt 17:2).
Assim como o sol não pode ser percebido exceto pelo brilho de sua luz, D'us é co-
nhecido por meio de Yeshua. De nossa perspectiva, os dois são um. Visto que a glória
de D'us é a própria luz, não há diferença entre Eles, assim como não há diferença
entre a luz e seu esplendor.
Shaul também diz que o Messias é a "expressão exata" do Pai (Hb 1:3). O ponto
da metáfora é que existe uma correspondência perfeita no Ser, ou essência, entre o
Pai e o Filho. Observe que o ser humano carrega a imagem de D'us, mas não Sua es-
sência (Gn 1:26). O Filho, entretanto, compartilha a mesma essência com o Pai. Não
é de admirar que Yeshua tenha dito: "Quem vê a Mim, vê o Pai" (Jo 14:9).
Por que é maravilhoso o fato de Mashiach nos revelar o caráter e a glória do Pai? O
que ele nos diz sobre como o Pai é?
R abi Shaul afirma que D'us criou o mundo "por meio de" ou "por" Mashiach e que ele
sustenta o mundo com sua palavra poderosa.
6. Visto que no Tanach o Eterno disse que criou o mundo sozinho e que é o único D'us,
como conciliar essa afirmação com as declarações de que D'us criou o Universo por
meio do Messias Yeshua (Is 44:24; 45:18 e Ne 9:6, Hb 1:2, 3)?
Alguns creem que o Messias foi o instrumento por meio do qual D'us criou o mundo.
Isso não é possível. Primeiro, para Shaul, Yeshua é o Criador; Ele não era um ajudante. Ele
diz que o Mashiach é o Senhor que criou a Terra e os céus (Hb 1:10), e Shaul também aplica
a ele o que Tehilim sobre o Senhor como Criador (Sl 102:25-27). Em segundo lugar, Shaul
diz que o Universo foi criado "por" ou "por meio" do Pai (Hb 2:10 exatamente as mesmas
expressões aplicadas a Yeshua em Hb 1:2). O Pai criou e o Messias criou (Hb 1:2, 10; 2:10).
Há um acordo perfeito entre Pai e Filho em propósito e atividade. Isso faz parte do mistério
da Divindade. O Messias criou e D'us criou, mas há apenas um Criador: D'us - o que implica
que o Messias é D'us.
Shaul mostra que Yeshua também é Juiz. Sua autoridade para governar e julgar deriva
do fato de que D'us criou todas as coisas e sustenta o Universo (Is 44:24-28, Hb 4:13).
Ele também afirmam que Yeshua também sustenta o Universo (Hb 1:3 e Cl 1:17). Essa
ação provavelmente inclua a ideia de orientação ou governança. A palavra Φηρῶν pheron
("sustentar", "carregar") é usada para descrever o vento guiando um barco (At 27:15, 17)
ou D'us conduzindo os profetas (2Pe 1:21). Assim, o Messias não apenas nos criou, mas
também nos sustenta. Cada respiração, cada batida do coração, cada momento de nossa
existência encontra-se nele o fundamento de toda existência criada.
O que o Livro dos Atos nos diz sobre o Mashiach e seu poder? (At 17:28) Reflita sobre
as implicações da morte de Yeshua pelos nossos pecados. O que essa verdade nos
ensina sobre o caráter abnegado de D'us?
R abi Shaul relata as seguintes palavras do Pai a Yeshua: "Você é Meu Filho, hoje Eu gerei
Você" (Hebreus 1:5). Isso significa que o Messias foi "gerado", mas quando isso aconte-
ceu? Isso não mostra que ele foi de alguma forma criado por D'us em algum momento no
passado, como muitos creem?
7. Que promessa feita a David o Rabi Shaul aplicou ao Messias? (Hb 1:5; 2 Sm 7:12-14;
Sl 2:7 e Lc 1:31, 32)
O Messias Yeshua foi gerado no sentido de que ele foi "adotado" por D'us como o Gover-
nante prometido, o Filho de David. O conceito da adoção divina do governante era comum
no mundo greco-romano e no Oriente. Isso dava ao governante legitimidade e poder sobre
a terra.
No entanto, D'us prometeu a David que seu Filho seria o Governante legítimo das na-
ções. Ele iria "adotar" o Filho de David como Seu próprio. Por meio desse processo, o Rei de
David se tornaria o protegido de D'us e Seu herdeiro. D'us derrotaria Seus inimigos e Lhe
daria as nações como herança (SI 89:27; 2:7, 8).
O Messias foi publicamente revelado como o Filho de D'us (Rm 1:3, 4 e At 13:32, 33).
Sua imersão e a mudança de forma foram momentos em que D'us identificou e anunciou
Yeshua como Seu Filho (Mt 3:17; 17:5).
Contudo, Yeshua se tornou o "Filho de D'us com poder" (Rm 1:4) quando ressuscitou e
se assentou à destra de D'us. Foi nesse momento que o Eterno cumpriu a promessa feita a
David de que seu Filho seria como o próprio Filho de D'us e Seu trono seria estabelecido
para sempre (2Sm 7:12-14).
Desse modo, César (símbolo de Roma) não era o legitimo "Filho de D'us", governante
das nações, mas Mashiach. A ideia de Yeshua como um Ser gerado se refere ao início do go-
verno de Yeshua sobre as nações, e não ao início de Sua existência, pois Ele sempre existiu.
Nunca houve tempo em que ele não existisse, porque ele é o Eterno.
O Messias não tem "princípio de dias nem fim de existência" (Hb 7:3; 13:8), porque é
eterno. A ideia de "Filho unico" de D'us não trata da natureza de Mashiach, mas de Seu
papel no plano da salvação, visto que Ele cumpriu todas as promessas da aliança.
Estudo adicional
A vinda do Messias à Terra cumpriu várias funções. Em primeiro lugar, como divino
Filho de D'us, Yeshua veio para nos revelar o Pai. Por meio de Suas ações e palavras,
nos mostrou como o Pai realmente é e por que a podemos confiar nele e obedecer-lhe.
Ele também veio como o Filho prometido de David, Avraham e Adam, por meio de
quem D'us prometeu que derrotaria o inimigo e governaria o mundo. Assim, Yeshua veio
para tomar o lugar de Adam à frente da humanidade e cumprir o propósito original do
Criador (Gn 1:26-28; Sl 8:3-8). Ele veio para ser o Governante justo que D'us sempre quis
que este mundo tivesse.
"As palavras dirigidas ao Yeshua no Rio Jordão 'Este é meu Filho, a quem amo; tenho
muito prazer nele'. (Mt 3:17) - abrangem a humanidade. D'us falou a Yeshua como nosso
Representante. Com todos os nossos pecados e fraquezas, não somos rejeitados como in-
dignos. D'us 'nos fez agradáveis a Si no amado' (Ef 1:6). A glória que veio sobre Mashiach
é uma garantia do amor de D'us para conosco. [...] A luz que irradiou dos portais abertos
sobre a cabeça de nosso Salvador brilhará sobre nós ao pedirmos auxilio para resistir à
tentação. A voz que falou a Mashiach diz a todo aquele que crê: 'Este é meu Filho, a quem
amo; tenho muito prazer nele.'" (2)
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen C. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 31
(2)
Ibidem, p. 113
LEITURAS DA SEMANA
Lv 25:25-27; Hb 2:14-16; 11:24-26; 1Co 15:50; Hb 5:8, 9; Hb 12:1-4
Introdução
O s capítulos iniciais da carta aos Hebreus falam de Yeshua como o Filho de D'us,
o Governante sobre os anjos, "o resplendor da Shekhiná, a expressão exata da
essência de D'us" (Hb 1:3). O Messias é o Filho do Homem, pouco menor do que os
anjos, que adotou a natureza humana com toda a sua fragilidade, até a morte (Hb
2:7).
D'us diz sobre Yeshua: "Você é Meu Filho" (Hb 1:5). Yeshua Se referiu aos filhos
humanos como Seus "irmãos" (Hb 2:12). O Pai declarou a soberania divina do Filho
(Hb 1:8-12). O Filho afirmou Sua fidelidade ao Pai (Hb 2:13).
O Messias é o divino Senhor, Criador, Sustentador e Soberano (Hb 1). Ele é o
Cohen Gadol, misericordioso e fiel (Hb 2). Em resumo, Sua descrição como Irmão
fiel e misericordioso é retratada na descrição do Filho como a manifestação supre-
ma do D'us Criador Eterno (Hb 1:1-4).
LEITURAS DA SEMANA
A Torá estipula que, se alguém viesse a empobrecer a ponto de ter que vender
a propriedade, ou a si mesmo, para sobreviver, ele receberia a propriedade
ou a liberdade de volta no Yovel (Ano jubileu), o quinquagésimo ano (sete ciclos
da shemitá), o grande ano sabático em que dívidas eram perdoadas, propriedades
reclamadas e liberdade proclamada.
Porém, como cinquenta anos era muito tempo, a Torá também estipulava que o
parente mais próximo poderia pagar a parte que ainda era devida e, assim, resgatar
seu parente muito antes.
O parente mais próximo era também quem garantia que a justiça fosse feita em
caso de homicídio. Ele era o vingador do sangue que perseguiria o assassino de seu
parente próximo e o puniria (Nm 35:9-15).
S haul diz que Yeshua não se envergonhava de nos chamar de irmãos (Hb 2:11). Apesar
de ser um com D'us, nos abraçou como parte de sua família. Essa solidariedade con-
trasta com a vergonha pública que os leitores da da carta aos Hebreus sofreram em suas
comunidades (Hb 10:33).
3. De que forma as decisões de Moshe exemplificam o que Yeshua fez por nós? (Hb
11:24-26).
Você já imaginou o que significava para Moshe ser chamado de "filho da filha de
Faraó"? Ele foi uma figura importante no império mais poderoso da época, recebeu o
mais alto treinamento civil e militar e se tornou notável. Estevão disse que Moshe era
"poderoso em palavras e obras" (At 7:22). Ele havia se tornado "favorito dos exércitos do
Egito" e o faraó "tinha resolvido fazer de seu neto adotivo seu sucessor no trono" (Ellen
G. White, Patriarcas e Profetas, p. 245). Ele abandonou esse privilégio ao escolher se iden-
tificar com os israelitas, escravos sem instrução e sem poder.
O Mashiach decidiu nos abraçar como "Irmãos''. Por que isso foi multo mais signi-
ficativo do que as ações de Moshê, e o que nos diz sobre o amor de D'us por nós?
TU BISHVAT
S haul diz que Yeshua adotou a natureza humana para que pudesse nos represen-
tar e morrer por nós (Hb 2:9, 14-16; 10:5-10). Eis o fundamento do plano da sal-
vação e nossa única esperança de vida eterna.
R abi Shaul diz que D'us aperfeiçoou Yeshua "por meio de sofrimentos". Essa expressão
é surpreendente. O autor disse que Yeshua é "o resplendor da Shekhiná, a expressão
exata da essência de D'us " (Hb 1: 3) e que Ele é santo, inculpável, sem mancha (Hb 4:15;
7:26-28; 9:14; 10:5-10). Isso significa que Yeshua não teve que superar nenhum tipo de im-
perfeição moral ou ética.
No entanto, Shaul diz que Yeshua passou por um processo de "aperfeiçoamento" que
lhe deu os meios para nos libertar. Ele foi aperfeiçoado para ser nosso Libertador.
1. Yeshua foi "aperfeiçoado" pelos sofrimentos para se tornar o capitão da nossa salva-
ção (Hb 2: 10). Teve que morrer como um sacrifício a fim de que o Pai pudesse ter os meios
legais para nos libertar; foi a oferta de sacrifício perfeita, a única. Como D'us, Ele pode nos
julgar; mas, por seu sacrifício, também pode nos libertar.
2. O Filho aprendeu obediência por meio de sofrimentos (Hb 5:8). A obediência era
necessária para duas coisas: tornar seu sacrifício aceitável (Hb 9:14; 10:5-10) e tomá-lo
nosso exemplo (Hb 5:9). Yeshua aprendeu a obediência porque nunca a tinha experimen-
tado. Como Soberano, a quem ele teria que obedecer? Como o Filho eterno e Um com D'us,
Ele foi honrado como Governante do Universo. Portanto, Yeshua não passou da desobedi-
ência à obediência, mas da soberania e domínio à submissão e obediência. O exaltado Fi-
lho de D'us tornou-se o obediente Filho do Homem.
3. Os sofrimentos revelaram Yeshua como Cohen Gadol misericordioso e fiel (Hb 2:17,
18). Os sofrimentos não o tornaram mais misericordioso, mas foi por sua misericórdia que
ele se ofereceu para morrer para nos libertar (Hb 10:5-10; compare com Rm 5:7,8). Foi por
meio dos sofrimentos que a realidade do amor fraterno de Yeshua foi verdadeiramente
expressa e revelada.
O utra razão pela qual Yeshua adotou nossa natureza humana e viveu entre nós foi para
que pudesse ser nosso exemplo, o único que poderia ser um modelo da maneira certa
de viver diante de D'us.
7. Segundo Shaul, como devemos correr a corrida espiritual da vida? (Hb 12:1-4)
Como podemos confiar em D'us, fazendo escolhas que refletem essa confiança? Qual
é a próxima escolha importante que você precisa fazer e como pode ter certeza de
que ela revela confiança em D'us?
Estudo adicional
Y eshua disse: "Aqui estou com os filhos que D'us me deu" (Hb 2:13). O escritor Patrick
Gray sugere que Yeshua é descrito como guardião de seus irmãos. O sistema romano
de tutela impuberum determinava que, com a morte do pai, "um tutor, muitas vezes um
irmão mais velho, tornava-se responsável pelo cuidado dos filhos menores e de sua heran-
ça até que atingissem a maioridade, aumentando assim o dever natural do irmão mais
velho de assumir o cuidado de seus irmãos mais novos" (1). Por isso, Shaul se refere a nós
como irmãos de Yeshua e como seus filhos. Sendo Irmão mais velho, ele é nosso tutor,
guardião e protetor.
"Mashiach veio à Terra, tomando sobre si a humanidade e constituindo-se represen-
tante do homem, para mostrar, no conflito com o Adversário, que o homem, tal como D'us
o criou, unido ao Pai e ao Filho, poderia obedecer a todo reclamo divino" (2).
"Em Sua vida e ensinos, Mashiach deu um perfeito exemplo do abnegado serviço que
tem sua origem em D'us. Ele não vive para si. Criando o mundo, mantendo todas as coisas,
Ele está constantemente servindo em benefício de outros. 'faz seu sol brilhar, da mesma
forma, sobre pessoas boas e más e envia chuva, igualmente, para justos e injustos.' (Mt
5:45). Esse ideal de serviço D'us confiou a Seu Filho. O Mashiach foi dado pôr-Se como Ca-
beça da humanidade, para que por Seu exemplo pudesse ensinar o que significa servir" (3).
REFERÊNCIAS
(1)
Patrick Gray, Godly Fear, p. 126 (contextualizado)
(2)
Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 253 (contextualizado)
(3)
Idem, O Desejado de Todas as Nações, p. 649 (contextualizado)
Messias, o doador
do Shabat
VERSO PARA MEMORIZAR
"Dessa forma, permanece uma guarda do shabat para o povo de D'us" (Hb 4:9)
LEITURAS DA SEMANA
Gn 15:13-21; Hb 3:12-19; 4:6-11; 4:1, 3, 5, 10; Dt 5:12-15; Hb4:8-11
Introdução
LEITURAS DA SEMANA
Q uando D'us libertou Israel da escravidão no Egito, Seu propósito era levar a nação
para a terra de Canaan, onde poderia descansar (Êx 33:14; Js 1:13). A terra de Canaã
era a herança que o Eterno havia prometido a Avraham Avinu, por ter obedecido à voz
de D'us e deixado seu país (Gn 11:31-12:4).
O propósito divino ao dar a terra a Israel não era simplesmente que só o povo a pos-
suísse. D'us queria trazer os filhos de Israel para Si mesmo (Êx 19:4), pois desejava que
vivessem em uma terra onde pudessem ter um relacionamento profundo com Ele, sem
nenhum obstáculo, e fossem testemunhas para o mundo do verdadeiro D'us e do que Ele
oferecia ao Seu povo. Como o Shabat da criação, a terra de Canaan tornava possível um
relacionamento íntimo com o Redentor e permitia que desfrutassem de Sua bondade.
Em Devarim, o Eterno disse aos israelitas que eles entrariam no descanso, não ape-
nas quando entrassem na terra, mas quando a tivessem purificado da idolatria (Dt 12:1-
14). Depois disso, o Eterno mostraria a eles, os escolhidos, um lugar onde habitaria entre
eles.
2. Quais são as duas coisas que o descanso do Shabat celebra, e como se relacionam?
(Êx 20:8-11 e Dt 5:12-15).
D'us conectou o Shabat da criação com a libertação do Egito. O Eterno instruiu Israel
a observar o Shabat como memorial da criação e de sua redenção do Egito. A criação e a
redenção estão ambas consagradas na mitsvá da guarda do Shabat. Assim como não nos
criamos, não podemos nos redimir. É uma ação que só D'us pode fazer. Reconhecemos
nossa dependência Dele, não apenas para a existência, mas para a libertação. A lembran-
ça e a guarda do Shabat é uma expressão poderosa de salvação somente pela confiança
na graça amorosa de D'us.
Como o Shabat nos ajuda a entender nossa total dependência de D'us, não apenas
para a existência, mas também para a libertação?
3. Por que os que foram libertos do Egito não entraram no descanso prometido? Hb
3:12-19
O triste fato é que os que foram libertos do Egito não puderam entrar no descanso
prometido. Quando chegaram a Cadesh-Barnêa, na fronteira da terra prometida,
não tiveram a cofiança de que precisavam. Os capítulos 13 e 14 de Números explicam
que os espias israelitas "E difamaram a terra que tinham espiado" (Nm 13:32). Afirma-
ram que a terra era boa, mas avisaram que os habitantes eram fortes, as cidades forti-
ficadas, e que não poderiam conquistá-la.
Yehoshua e Calev concordaram com a declaração de que a terra era boa e não con-
testaram o fato de que seu povo era forte e as cidades fortificadas, mas afirmaram que
D'us estava com eles e os levaria para a terra (Nm 14:7-9). No entanto, aqueles que vi-
ram D'us destruir o Egito por meio de pragas (Êx 7-12), aniquilar o exército do faraó no
Mar Vermelho (Êx 14), fornecer Maná (Êx 16) e água da rocha (Êx 17), e também mani-
festar Sua contínua presença e orientação através da nuvem (Êx 40:36-38), deixaram de
confiar. É uma trágica ironia que a geração que havia visto tais demonstrações podero-
sas do poder divino tenha se tornado símbolo de falta de confiança (Ne 9:15-17; SI
106:24-26; 1Co 10:5-10).
O Eterno promete a Seus filhos dons além do alcance humano. É por isso que se
baseiam na graça e são acessíveis apenas por meio da confiança. Shaul explica que "a
mensagem que eles ouviram não lhes fez nenhum bem, pois os que a ouviram não a
fizeram acompanhar de confiança" (Hb 4:2).
Israel peregrinou até a fronteira da terra prometida como um povo. Quando con-
frontado com relatos contraditórios, muitos se identificaram com os incrédulos. A con-
fiança, ou a falta dela, é contagiosa. Por isso Rabi Shaul admoesta seus leitores: "'ani-
mem uns aos outros" (Hb 3:13), "E mantenhamos a atenção dada uns aos outros para
nos incentivarmos ao amor e às boas obras" (Hb 10:24), e "que ninguém se perca da
graça de D'us" (Hb 12:15).
Continuamos a viajar para o mundo vindouro como um povo, e temos responsabi-
lidade para com os que viajam conosco. Suas palavras e ações ajudam a edificar a con-
fiança das pessoas? Você pode melhorar nisso?
4. Qual é o convite de D'us para nós ao ouvir a Sua voz? (Hb 4:6-11)
E mbora a geração do deserto não tenha entrado no descanso por sua falta de con-
fiança, isso não impediu D'us de trabalhar em favor de Seu povo. Ele permaneceu
fiel (2Tm 2:13). Shaul repetiu várias vezes que a promessa divina permanece (Hb 4:1, 6,
9). Os verbos usados por Shaul (kataleipõ e apoleipõ) indicam que a promessa foi "dei-
xada para trás" ou ignorada pelo povo. O fato de que o convite para entrar no descanso
tenha sido repetido na época ele David (Hb 4:6, 7, referindo-se ao SI 95) implicava que
a promessa não havia sido reivindicada e que ainda estava disponível. Na verdade,
sugere que o descanso está disponível desde a criação (Hb 4:3, 4).
D'us, entretanto, nos convida "hoje" a entrar em Seu descanso. "Hoje" é um conceito
repleto de significado. Quando Moshê renovou a aliança de Israel com D'us na frontei-
ra da terra prometida, enfatizou a importância do "hoje" (Dt 5:3; compare com 4:8; 6:6;
11:2). "Hoje" foi um momento de reflexão em que ele convidou o povo a reconhecer que
D'us tinha sido fiel (Dt 11:2-7). e também foi o momento de decidir ser fiel ao Eterno (Dt
5:1-3). Essa decisão não pode ser adiada.
Da mesma forma, "hoje" é para nós um momento de decisão, de oportunidade, mas
também de perigo, como sempre foi para o povo de D'us.
Na carta de Shaul aos Hebreus, o conceito do "hoje" denota o tempo do cumprimen-
to elas promessas divinas. D'us inaugurou esse momento com o decreto: " hoje me tor-
nei seu Pai" (Hb 1:5), que estabeleceu o Messias como Governante em cumprimento de
Suas promessas (2Sm 7:8-16). Assim, a entronização de Yeshua inaugurou uma nova
era de bênçãos e oportunidades para nós. Ele derrotou os inimigos (Hb 2:14-16) e reno-
vou uma nova aliança (Jr 31:31 e Hb 8-10). Podemos nos aproximar "ousadamente" da
presença divina (Hb 4:14-16; 10:19-23) e nos regozijar diante do Eterno com sacrifícios
espirituais de ação de graças e louvor (Hb 12:28; 13:10-16). O apelo feito "hoje" nos
convida a reconhecer que D'us é fiel e nos dá todas as razões para aceitar Seu convite
imediatamente, sem tardar.
5. Como D'us caracteriza o descanso no qual nos convida a entrar? (Hb 3:11 e 4:1, 3,
5, 10)
D 'us não nos convida simplesmente para descansar. Somos convidados a entrar em
Seu Descanso (Shabat). Na Bíblia, "descanso" pode denotar descanso na terra de
Canaan (Dt 3:20), ou o templo em que a arca da aliança descansava (2Cr 6:41), ou o
Shabat em que D'us e o povo "descansa" de seu trabalho (Êx 20:11). Porém, nas passa-
gens acima, o Eterno os convida a entrar em Seu descanso (Shabat).
Como podemos entrar no descanso de D'us agora mesmo e, pela confiança, ter a
certeza da libertação no Mashiach Yeshua, e não em nós mesmos?
A Torá nos convida a olhar o passado e observar o Shabat para celebrar as obras da
criação e da redenção (Shemot e Devarim). Rabi Shaul nos convida a olhar para o fu-
turo (Hb 4:9-11). Diz-nos que D'us preparou um descanso do Shabat no mundo vindouro e
sugere uma nova dimensão para a guarda do Shabat. O descanso do Shabat celebra não
apenas as vitórias de D'us no passado, mas também as promessas divinas para o futuro.
A dimensão futura da observância do Shabat sempre existiu, mas muitas vezes foi ne-
gligenciada. Após o pecado, passou a ser a promessa de que D'us um dia restauraria a
criação à sua glória original por meio do Messias. D'us nos ordenou que celebrássemos
Seus atos de redenção por meio da observância do Shabat, pois esse dia aponta para a
culminação da redenção em uma nova criação. A observância do sétimo dia é uma anteci-
pação do mundo vindouro neste mundo imperfeito.
Isso sempre foi claro na tradição judaica. "O sétimo dia é um sinal da ressurreição, o
descanso da era vindoura"(1). A era vindoura é "o dia que
é descanso do Shabat para a eternidade" (2). Othiot of Rabi Akiva, uma fonte posterior,
diz: "Israel disse perante o Santo, 'Bendito seja Ele, Mestre do Mundo, se observarmos as
mitsvot, que recompensa teremos?' Ele lhe disse: 'O mundo vindouro'. Disse-Lhe: 'Mostra-
-nos como ele é'. Ele lhes mostrou o Shabat"' (3).
O Shabat é celebração, alegria e ação de graças. Ao observá-lo, demonstramos que cre-
mos nas promessas de D'us, que aceitamos o dom da chessed. O Shabat é a confiança plena.
Quanto às ações, a observância do Shabat provavelmente seja a expressão mais completa
da convicção de que somos libertos pela graça de D'us por meio da confiança Nele.
Estudo adicional
"P ortanto, porque pisoteais o pobre e dele tomais donativoÉ significativo que Rabi
Shaul tenha usado o descanso do Shabat, o Sábado do sétimo dia (não o domingo),
como símbolo da salvação pela graça. O uso do descanso do Shabat dessa forma implica
que os crentes valorizavam e observavam o Shabat.
Contudo, a partir do segundo século, houve um distanciamento gradativo da fé judaica
por muitos crentes no Mashiach e houve uma mudança decisiva no que estava se tornando
a "religião cristã".
Infelizmente a observância do Shabat, entre outras, começou a não ser mais conside-
rada um símbolo de libertação e passou a ser símbolo de fidelidade ao judaísmo e ao que
era chamado de "antiga aliança", que deveria ser evitado. Guardar o Shabat tornou-se o
equivalente a "judaizar". Inácio de Antioquia (por volta de 110 EC) observou: "Aqueles que
viviam de acordo com a antiga ordem encontraram uma nova esperança. Eles não mais
observam o Shabat, mas o 'dia do Senhor' - o dia em que nossa vida foi ressuscitada com o
Mashiach e por Sua morte" (4). Marcião ordenou que seus seguidores jejuassem no Shabat
como sinal de rejeição aos judeus e ao seu D'us, e Vitorino não queria dar a impressão de
que "observava o Shabat dos judeus" (5). Foi a perda da compreensão da observância do
Shabat como um símbolo da salvação pela graça que levou ao seu desaparecimento na
igreja cristã.
"A vida no Mashiach é uma vida de descanso. Pode não haver êxtase de sentimentos,
mas deve existir uma confiança constante e tranquila. Sua esperança não está em si mes-
mo, mas no Mashiach. [...]" (6).
REFERÊNCIAS
(1)
James H. Charlesworth "Life of Adam and Eve", The Old Testament Pseudepigmpha, sobre
obra escrita entre 100 AEC e 200 EC, p. 18 (contextualizado)
(2)
Jacob Neusner, The Mishnah, a New Translation, p. 873
(3)
Theodore Friedman, "The Sabbath Anticipation of Redemption", p. 443, 444
(4)
Jacques B. Doukhan, Israel and the Church: Two Voices for the Same G-d. p. 42
(5)
Ibidem, p. 41-45
(6)
Ellen G. White, CC, p. 70, 71
LEITURAS DA SEMANA
Hb 5:1-10; Gn 14:1 8-20; 1Pe 2:9; Hb 7:1-3; 7:11-16, 22, 26
Introdução
O pecado causou um abismo entre D'us e nós (Is 59:1). Esse problema se agravou,
pois o pecado também implica a corrupção da nossa inclinação. D'us é santo, e
o pecado não pode existir em Sua presença; assim, nossa própria natureza corrom-
pida nos separou Dele, como dois ímãs na orientação errada se repelem. Além disso,
nossa má inclinação (yetser hará) tornou impossível obedecermos à Torá divina. O
ser humano perdeu de vista o amor e a misericórdia de D'us e passou a vê-Lo como
irado e exigente.
Nesta semana, estudaremos as ações incríveis que o Pai e Yeshua realizaram
para superar esse abismo. Hebreus 5-7 apresentam uma análise cuidadosa do sacer-
dócio de Yeshua. O autor analisa sua origem e seu propósito (Hb 5:1-10) e, em segui-
da, exorta os leitores a não desconsiderá-los (Hb 5:11-6:8), mas apegar-se à esperan-
ça que isso envolve (Hb 6:9-20). Ele também explica as características desse
sacerdócio (Hb 7:1-10) e suas implicações para o relacionamento de D'us com os
crentes (Hb 7:11-28). Nesta semana vamos nos concentrar no Messias como fiel
Cohen (Hb 5:1- 10 e 7:1-28).
LEITURAS DA SEMANA
PARASHÁ 19 תרומהTERUMA [Oferta]: Êx 25.1-27.19
HAFTARÁ: 1Rs 5.26-6.13
BRIT HADASHÁ: Hb 8.1-6; 9.23,24;10.1; Mt 5.33-37
TEHILIM: Sl 26
Somos "um sacerdócio real"(1 Pe 2:9) em um "reino de Sacerdotes" (Êx 19:6). O que
a vida de Yeshua diz sobre como eleve ser nosso relacionamento com as pessoas ao
desempenhar esse papel sagrado?
M alki-Tsédec era rei (melech) e sacerdote (cohen). Ele também era superior a
Avraham Avinu, visto que este lhe deu o dízimo. Da mesma forma, Yeshua é
melech e cohen (Hb 1:3); diferente de Malki-Tsédec, porém, Yeshua não tinha peca-
do (Hb 7:26-28).
Shaul explica que o Messias era Cohen "à semelhança de Malki-Tsédec"( Hb 7:1).
Isso é o que significa a expressão anterior. "segundo a ordem de Malki-Tsédec" (Hb
5:6). Yeshua não foi sucessor de Malki-Tsédec, mas seu serviço era semelhante ao
dele.
Por exemplo, Rabi Shaul diz que Malki-Tsédec não tinha registro de seu pai,
mãe, antepassados, nascimento ou morte. Alguns sugeriram que Malki-Tsédec foi
uma encarnação do Messias na época de Avraham Avinu, porém isso não se encaixa
no argumento na carta aos Hebreus. Malki-Tsédec "se assemelha" ao Filho de D'us,
o que implica que não era igual a ele (Hb 7:3).
Também se sugeriu que Malki-Tsédec fosse um ser celestial, mas isso destruiria
o argumento de Shaul. Se Malki-Tsédec não teve pai, mãe, começo nem fim, ele seria
o próprio D'us. Isso representa um problema. O sacerdócio celestial de Malki-Tsé-
dec, totalmente divino, teria precedido o serviço sacerdotal de Yeshua. Se fosse esse
o caso, "por que haveria ainda a necessidade de se levantar outro cohen" (Hb 7:11)?
Rabi Shaul usou o silêncio das Escrituras a respeito do nascimento, da morte e
ancestralidade de Malki-Tsédec para construir uma tipologia, um símbolo, para o
serviço do Mashiach (Gn 14:18-20) e para o fato de que o próprio Yeshua é eterno.
Em suma, Malki-Tsédec foi um rei sacerdote que serviu como um tipo do Messias.
"Foi o Messias que falou através de Malki-Tsédec, o sacerdote do D'us altíssimo.
Malki-Tsédec não era o Mashiach, mas era a voz de D'us no mundo, representante
do Pai. E através de todas as gerações do passado, Yeshua falou, dirigiu seu povo e
tem sido a luz do mundo" (1).
O que a revelação sobre Malki-Tsédec nos ensina sobre a forma pela qual D'us traba-
lha entre aqueles que nunca ouviram falar Dele?
Um Cohen eficiente
"P ortanto, se fosse possível alcançar o objetivo por meio de um sistema de cohanim
derivado de Levi (visto que em sua vigência o povo recebeu a Torá), por que ha-
veria ainda a necessidade de se levantar outro cohen, de um tipo diferente, referido
como comparável a Malki-Tsédec, e não a Aharon?" (Hb 7:11).
Os Cohanim são mediadores entre D'us e os seres humanos. No entanto, eles não
podiam prover acesso completo e seguro a D'us, pois não ofereciam perfeição (Hb 7:11,
18, 19), visto que eles mesmos não eram perfeitos.
Os sacrifícios de animais também não poderiam limpar a consciência do pecador.
Seu propósito era apontar para o Messias e seu sacrifício, o único que proporcionaria
a completa purificação do pecado (Hb 9:14; 10:1-3, 10-14). A função dos Cohanim e seus
sacrifícios era temporária e ilustrativa. Por meio deles, D'us queria levar as pessoas a
depositar confiança no futuro serviço sacerdotal de Yeshua, "o Cordeiro de D'us! Aque-
le que tira o pecado do mundo!" (Jo 1:29).
Shaul explica a mudança do sistema de Cohanim (Hb 7:12). Por quê? Porque havia
uma mitsvá que proibia a pessoa que não fosse da linhagem de Levi por meio de Aha-
ron de servir como Cohen (Nm 3:10; 16:39, 40). Ele ainda explica que Yeshua era da li-
nhagem de Judá (Yehudá) (Hb 7:13, 14). Rabi Shaul explica sua designação como cohen.
A vinda de Yeshua também implicou a finalidade da mitsvá dos sacrifícios. Os pe-
cadores eram obrigados a trazer diferentes tipos de sacrifícios para obter expiação
(Lv 1-7), mas ao vir Yeshua e oferecer um sacrifício perfeito, os demais sacrifícios não
seriam mais necessários (Hb 10:17, 18) como resultado da renovação da aliança e da
revelação mais completa do plano da libertação.
Cohen eterno
4. Como Yeshua se tornou Cohen? (Hb 7:16)
Y eshua recebeu o sacerdócio com base em uma vida que não tem fim e por possuir
um sacerdócio eterno, o que significa que o seu nunca será superado nem ultrapas-
sado. Yeshua salva completamente, eternamente, "totalmente" (Hb 7:25). A salvação
que o Messias oferece é total e plena. Alcança os aspectos mais profundos da natureza
humana (Hb 4:12; 9:14; 10:1-4). A intercessão de Yeshua diante de D'us abrange todos
os benefícios concedidos sob a aliança (B'rit). Ela inclui muito mais do que o perdão de
pecados; implica colocar a Torá em nosso coração, fazer teshuvá (Hb 8:10-12).
Como um com D'us e com os seres humanos, ele nos representa diante do Pai. Como
Aquele que ofereceu a vida em sacrifício, Yeshua tem um favor inabalável perante D'us.
Yeshua é o fiador da nova aliança com Israel, pois D'us jurou que ele seria Cohen
"para sempre" (Hb 7:21). É muito fácil não entender a importância desse juramento.
Rabi Shaul já havia se referido aos juramentos que D'us fez à geração do deserto e a
Avraham (Hb 3:7-11; 6:13-15). A diferença é que esses juramentos foram feitos a se-
res humanos mortais. Os juramentos permanecem em vigor enquanto os beneficiários
estiverem vivos. O juramento de D'us à geração do deserto e a Avraham foi válido en-
quanto houve uma geração do deserto e seus descendentes (ver Gl 3:29).
No caso do juramento ao Filho, entretanto, cuja vida é indestrutível, será válido
para sempre. O fiador de outrem estava sujeito às mesmas penas que a pessoa a quem
ele afiançava, incluindo a morte. O Pai estabeleceu Yeshua como garantia de que Ele
não deixará de cumprir Suas promessas. Por isso, podemos ter certeza da libertação
que recebemos em Mashiach.
Y eshua era santo, sem nenhuma ligação com o mal, sem mancha, separado dos pecado-
res, exaltado acima dos céus. (Hb 2:18; 4:15; 5:7, 8). A Septuaginta, tradução do Tanah
para o grego antigo, usava o mesmo termo para designar aqueles que mantêm sua relação
de aliança com D'us e com os outros.
Yeshua é sem mancha. Ele permaneceu separado dos pecadores, apesar de ser tentado
em "todas as coisas" (Hb 4:15; 2:18). Essas características eram importantes para seu sacer-
dócio. A Torá estipula que as vítimas do sacrifício deveriam ser "sem defeito" para serem
aceitáveis (Lv 1:3, 10). A obediência perfeita de Yeshua durante sua vida tornou possível
que ele se oferecesse como um sacrifício aceitável a D'us (Hb 9:14).
Yeshua foi "separado dos pecadores" quando ascendeu ao Céu. O tempo verbal sugere
que esse seja um estado presente para Yeshua, que começou em um ponto específico no
tempo. Yeshua suportou a hostilidade dos pecadores durante sua vida, mas foi vitorioso
e se assentou à destra de D'us (Hb 12:2, 3). Ele também está "separado dos pecadores" no
sentido de que era sem pecado (Hb 4:15).
O Messias foi "exaltado acima dos céus", isto é, exaltado acima de tudo que existe e,
portanto, ele é um com D'us. Em Tehilim, D'us é Aquele que está "exaltado [...] acima dos
céus" (SI 57:5, 11; 108:5).
Yeshua se tornou totalmente humano, mas não era um ser humano pecador como nós
(Hb 2:14-16; 4:15). Ele é perfeito, não simplesmente porque nunca pecou, mas porque não
foi corrompido pelo pecado como nós.
No entanto, por ter sido totalmente humano, também é nosso exemplo. Ele nos mostra
como correr a corrida da vida (Hb 12:1-4). Ele é o exemplo que devemos seguir (1Pe 2:21-
23). Por ser " santo, sem nenhuma ligação com o mal, sem mancha, separado dos pecado-
res" (Hb 7:26), Ele é nosso redentor e nós também podemos refletir seu caráter.
Embora Yeshua tenha se tornado um ser humano como nós, ele nunca pecou. A pro-
messa de que sua santidade será creditada nós nos ajuda ter certeza da salvação?
Estudo adicional
"O Mashiach está vigilante. Ele sabe tudo sobre nossos fardos, perigos e dificuldades; e
apresenta muitos argumentos em nosso favor. Ele adapta suas intercessões às ne-
cessidades de cada pessoa, como fez no caso de Shimon Kefa. [...] Nosso advogado enche a
boca de argumentos para ensinar os que são seus, e que estão sendo provados e tentados,
a se prepararem contra as tentações de Satan. Ele interpreta todo movimento do inimigo e
conduz os acontecimentos" (2).
"O objetivo do satan era causar uma eterna separação entre a humanidade e D'us. En-
tretanto, em Yeshua, o Mashiach, ficamos em união mais íntima com Ele do que se nunca
tivéssemos pecado. Ao assumir nossa natureza, ele se ligou à humanidade por um laço
que jamais se romperá. Ele estará ligado a nós por toda a eternidade. 'O Eterno amou o
mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unico', conforme Jo 3:16. Não o deu somente
para levar os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós, deu-o à humanidade após a
queda. Para assegurar Seu imutável conselho de paz, D'us deu Seu filho unigênito para que
se tornasse membro da família humana, mantendo para sempre sua natureza humana.
Essa é a garantia de que D'us cumprirá Sua palavra. [...] D'us assumiu a natureza humana
na pessoa de seu filho e a levou ao mais alto Céu. [...]. O Mashiach é o Mediador entre D'us
e a humanidade, colocando a mão sobre ambos. [...]. O Céu está abrigado na humanidade,
e ela, envolvida no coração do Amor infinito" (3).
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 409 (contextualizado)
(3)
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1036, 1037 (contextualizado)
(4)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 25, 26 (contextualizado)
LEITURAS DA SEMANA
Hb 6:4-6; Mt 16:24; Rm 6:6; Hb 10:26-29; 6:9-13; 6:17-20
Introdução
LEITURAS DA SEMANA
T er sido "iluminado" significa ter experimentado a teshuvá (Hb 10:32). Refere-se àqueles
que se converteram das "trevas" do poder de satan para a "luz" de D'us (At 26:17, 18). Im-
plica libertação do pecado (Ef 5:11) e da ignorância (lTs 5:4, 5). A forma verbal nessa passagem
sugere que essa iluminação seja um ato divino realizado por meio de Yeshua, "o resplendor da
glória de D'us" (Hb 1 :3).
"Provaram o dom celestial" e "se tornaram participantes do Espírito" são expressões sinô-
nimas. O "dom" de D'us pode se referir à Sua graça (Rm 5:15) ou ao Espírito, por meio do qual
Ele a concede (At 2:38). Aqueles que "se tornaram participantes" do Espírito (Jo 7:37-39; 1Co
12:13) provaram "o dom celestial", que inclui o poder de cumprir a vontade divina (Gl 5:22, 23).
Provar "a boa palavra de D'us" (Hb 6:5) é experimentar a verdade (1Pe 2:2, 3). Os poderes
do olam habá se referem aos milagres que D'us fará para os crentes no futuro: ressurreição (Jo
5:28, 29), transformação do corpo e vida eterna. Porém, os crentes provam isso no presente por
meio da vida espiritual (Cl 2:12, 13), renovação da mente (Rm 12:2) e vida eterna no Messias (Jo
5:24).
É provável que Rabi Shaul estivesse falando da geração do deserto, que experimentou a
graça do Eterno e Sua libertação. Essa geração foi " iluminada" pela coluna de fogo (Ne 9:12, 19;
SI 105:39), desfrutou do dom celestial do maná (Êx 16:15), experimentou o Espírito (Ne 9:20),
provou a "boa palavra de D'us" (Js 21:45) e "os poderes do olam habá" nas "maravilhas e sinais"
realizados em sua libertação do Egito (At 7:36). Rabi Shaul, sugere, no entanto, que assim como
na geração do deserto houve gente que apostatou de D'us, apesar dessas evidências (Nm 14:1-
35), os leitores da carta aos Hebreus estavam em perigo de fazer o mesmo.
Impossível renová-los
2. O que o sacrifício do Messias tem a ver com nosso próprio sacrifício? (Hb 6:4-6, Mt
16:24, Rm 6:6, Gl 2:20, 5:24 e 6:14)
O texto enfatiza a palavra "impossível". É impossível para D'us restaurar aqueles que "caí-
ram", pois, de novo, estão como que sacrificando para si mesmos o Filho de D'us (Hb 6:6).
Rabi Shaul enfatizou que não há outro meio de libertação exceto pelo Messias (At 4:12). A
salvação por qualquer outro meio é tão impossível quanto "que D'us minta" (Hb 6:18) ou
agradar a D'us "sem confiança" (Hb 11:6).
Sacrificar novamente o Filho de D'us é uma expressão figurativa que busca descrever
algo que acontece na relação pessoal entre o Messias e o povo.
Quando alguns líderes pleitearam a morte de Yeshua, o fizeram porque Ele representava
uma ameaça à sua supremacia e autonomia. Desejavam eliminá-lo e destruir um inimigo
poderoso e perigoso. As Escrituras desafiam a soberania e autodeterminação de uma pessoa
no nível mais fundamental. A essência da vida é negar a si mesmo e seguir o Messias (Mt
16:24). Isso significa renegar "o mundo" (Gl 6:14), a "má inclinação – Yetser Hará" (Rm 6:6) e
"a velha natureza, com suas paixões e desejos." (Gl 5:24). O propósito da vida é que soframos
uma espécie de "morte". A menos que experimentemos essa morte para o eu, não podemos
receber a nova vida que D'us deseja nos dar (Rm 6:1-11).
A luta entre o Messias e o "eu" é uma batalha espiritual mantida até a morte (Rm 8:7, 8;
Gl 5:17). É uma batalha difícil que não se ganha de uma vez. Essa passagem não se refere à
pessoa que às vezes falha na batalha contra a "má inclinação" e a " velha natureza". Esse
pecado se refere à pessoa que, após ter experimentado a salvação genuína e o que ela envol-
ve (Hb 6:4, 5), decide que Yeshua é uma ameaça ao tipo de vida que deseja ter e se dedica a
matar seu relacionamento com ele. Ou seja, enquanto a pessoa não escolher se afastar total-
mente do Messias, ainda há esperança de libertação.
O que significa morrer para '"si mesmo" e tomar figurativamente o seu "madeiro"?
O que é mais difícil para você entregar ao domínio do Mashiach?
3. Como o autor descreve o pecado para o qual não há perdão? (Hb 10:26-29)
O autor não disse que não haveria expiação por pecados cometidos após receber o co-
nhecimento da verdade. O Eterno designou Yeshua como nosso advogado (1Jo 2:1). Por meio
dele temos o perdão dos pecados (1Jo 1:9). O pecado para o qual não há sacrifício ou expiação
é "pisar" o Filho de D'us, profanar o sangue da aliança e insultar o Espírito (Hb 10:29). Revi-
semos o significado dessas expressões.
A expressão "pisar o Filho de D'us – Ben HaElohim" (Hb 10:29) descreve a rejeição do
governo de Yeshua. O título "Filho de D'us" relembrava aos ouvintes que D'us colocou Yeshua
sentado à Sua direita e prometeu pôr os inimigos por "estrado" dos seus pés (Hb 1:13; Hb 1:5-
12, 14). Pisar Yeshua implica que o apóstata trata Yeshua como inimigo. No contexto do argu-
mento da carta (Hb 1:13), pode estar implícito que, no que diz respeito à vida do apóstata,
Yeshua foi tirado do trono (que agora é ocupado pelo próprio apóstata) e colocado no estra-
do. Isso é o que Satan queria fazer no Céu (Is 14:12-14) e o que o "homem da iniquidade"
tentaria fazer no futuro (2Ts 2:3. 4).
A expressão " tratar como algo comum o sangue da aliança" (Êx 24:8) refere-se à rejeição
do sacrifício de Yeshua (Hb 9:15-22). isto é, afirmar que o sangue de do Messias é desprovido
de poder purificador.
A expressão "insultar o Espírito, doador da graça divina!" é muito poderosa. O termo
enybrisas ("insulto", "ultraje") envolve manifestação de arrogância. que se refere à "insolên-
cia" ou ao "excesso de orgulho". Esse termo está em forte contraste com a descrição do Espí-
rito como "o Espírito da graça". Isso implica que o apóstata respondeu à oferta da graça de
D'us com um insulto e que, por isso, está em uma posição insustentável. Ele rejeita o Messias
e o Espírito de D'us.
Escravos no Egito
A pós a forte e sincera advertência, Rabi Shaul expressou confiança de que os leitores
não haviam se afastado do Filho, nem o fariam no futuro (Hb 6:4-8). Ele acreditava
que seu público receberia a advertência e produziria os frutos adequados, como a "terra",
que é cultivada por D'us e produz os frutos que Ele espera. Eles receberiam a bênção divi-
na (Hb 6:7), que é a "libertação" (Hb 6:9).
Eles mostravam amor a D'us por meio do serviço religioso. Essas não foram ações isola-
das no passado, mas ações sustentadas que se estenderam. Atos excepcionais não revelam
o verdadeiro caráter de alguém. A evidência mais importante de amor para com D'us não
são atos "religiosos", por assim dizer, mas atos de amor para com outros, especialmente
aqueles que estão em desvantagem (Mt 10:42; 25:31-46). Rabi Shaul exortou-os a não se
esquecerem de fazer o bem (Hb 13:2, 16).
Ele advertiu contra se tornarem "preguiçosos" (Hb 6:12), característica de quem não
amadureceu e que está em perigo de cair (Hb 5:11; 6:12). A esperança não é mantida viva
por exercícios intelectuais de confiança, mas através dela expressa em atos de amor (Rm
13:8-10).
Rabi Shaul desejava que os leitores imitassem aqueles que, pela confiança e paciên-
cia, herdaram as promessas. Ele já havia apresentado parte da geração do deserto como
um exemplo negativo daqueles que, por falta de confiança e perseverança, falharam em
herdar o que lhes foi prometido. Em seguida, apresentou Avraham (Hb 6:13-15) como um
exemplo de alguém que, "depois de esperar com paciência", herdou as promessas. A lista
de exemplos positivos é ampliada com a lista dos fiéis na carta aos Hebreus 11 e chega ao
clímax no capítulo 12 com Yeshua como o maior exemplo de confiança e paciência (Hb
12:1-4). Yochanan descreve que confiança, paciência e observância das mitsvot são carac-
terísticas dos justos nos últimos dias. (Ap 14:12)
Às vezes, temos que advertir pessoas que amamos. O que podemos aprender com
Rabi Shaul a respeito de advertir e encorajar outros?
O tema da justificação por meio da emuná é central na religião bíblica. "Pois o que diz o
Tanach? 'Avraham depositou a confiança em D'us, e isso lhe foi contado como justiça'."
(Rm 4:3).
"Que é justificação pela emuná? É a atuação de D'us abatendo até ao pó a glória do
home Rabi Shaul alcançou o ponto mais alto de sua advertência contra a apostasia e do
encorajamento ao amor e à confiança com uma bela exposição da segurança e certeza no
Messias.
D'us garantiu Suas promessas para nós de várias maneiras. Primeiro, garantiu Sua pro-
messa com um juramento (Hb 6:17). De acordo com as Escrituras, os juramentos de D'us a
Avraham e David se tornaram a base fundamental da confiança no favor permanente do
Eterno para com Israel. Quando Moshê procurou assegurar o perdão divino a Israel após
a apostasia com o bezerro de ouro, ele se referiu ao juramento divino a Avraham (ver Êx
32:11-14; Gn 22:16-18). A força implícita de seu apelo foi que o juramento de D'us era irre-
vogável (Rm 9:4; 11:28, 29).
Da mesma forma, quando Etan, o Ezraita, intercedeu diante de D'us por Israel, ele rei-
vindicou o juramento divino a David. D'us disse:
Mas não lhe negarei Minha benevolência e não renegarei Minha dedicação fiel. Não
profanarei Minha aliança, não modificarei o pronunciamento de Meus lábios. Jurei por
Minha santidade que não faltaria com Minha palavra a David. Sua semente persisitirá
para sempre e seu trono será para Mim como o sol.
Em segundo lugar, D'us garantiu Suas promessas ao colocar Yeshua à Sua direita. A
ascensão de Yeshua tem o propósito de confirmar a promessa feita aos crentes, pois as-
cendeu "como Precursor" em nosso favor (Hb 6:20). Assim, a ascensão nos revela a certeza
da libertação. D'us conduziu o Filho à glória por meio do sofrimento da "morte por todos",
para que pudesse conduzir "muitos filhos à glória" (Hb 2:9, 10). A presença de Yeshua dian-
te do Pai é a "âncora da alma" (Hb 6:19), que foi presa ao trono de D'us. De quais outras
garantias precisamos?
O que você sente ao imaginar que D'us fez um juramento a você? Esse pensamento o
ajuda a ter certeza da libertação, mesmo quando você se sente indigno?
Estudo adicional
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, CC, p. 43 (contextualizado)
(2)
Idem, Atos dos Apóstolos, p. 544, 545 (contextualizado)
LEITURA COMPLEMENTAR
Ellen G. White, AA, p. 539-545
Idem, Desejado de Todas as Nações. p. 716-722
Messias, o Mediador
da nova aliança (B'rit Hadashá)
VERSO PARA MEMORIZAR
"Agora, porém, a obra dada a Yeshua é muito superior à deles, assim como a aliança por
ele mediada é melhor. Porque esta aliança foi dada como Torá com base em melhores
promessas." (Hb 8:6)
LEITURAS DA SEMANA
Hb 7:11-19; 8:10-12; Jr 31:31-34; Hb 8:1-6; Êx 24:1-8; Ez 36:26, 27
Introdução
A o viver uma vida perfeita e morrer em nosso lugar, o Messias mediou uma
aliança nova entre nós e D'us. Por meio de seu sacrifício, cancelou a pena de
morte que nossos erros exigiam e tornou possível a aliança.
Na carta aos Hebreus, observamos que o Messias manifestou a obediência per-
feita exigida pela aliança (Hb 10:5-10). A passagem faz alusão a Tehilim, que ori-
ginalmente se refere ao desejo de David de render a D'us total obediência: "'Vê,
trarei um pergaminho, narrando o que me aconteceu.' Sempre almejei cumprir Tua
vontade, e Tua Torá está no íntimo de meu ser.
" (Sl 40:8-9 (7-8)). Ele expressou a condição da aliança de D'us com Israel: obedi-
ência como um deleite e uma Torá que estivesse escrita no coração (Dt 6:4-6). O que
David poderia apenas desejar fazer, Yeshua realizou.
Para rabi Shaul, esse salmo adquiriu um significado especial com a vinda do
Messias. O Filho personificou a obediência da nova aliança. Ele é nosso exemplo.
Fomos salvos, não apenas por Sua morte, mas também por Sua obediência perfeita.
LEITURAS DA SEMANA
O fato do Messias ter sido nomeado Cohen segundo a ordem de Malki-Tsédec im-
plicava que a nova aliança havia sido inaugurada. A aliança de Moshê foi dada
com base no sistema de Cohanim derivado de Levi (visto que em sua vigência o
povo recebeu a Torá) (Hb 7:11). Os sacerdotes levitas atuavam como mediadores
entre D'us e Israel, e a Torá excluía qualquer outra pessoa desse oficio. O autor con-
clui, então, que uma mudança do sacerdócio implicaria uma mudança da regra an-
terior por fraqueza e ineficácia por si só, bem como da aliança (Hb 7:12, 18, 19).
O problema com a aliança anterior era que ela não podia oferecer perfeição (Hb
7:11). Rabi Shaul estava falando sobre o sacerdócio levítico e seu serviço (sacrifí-
cios, etc.). Os sacrifícios de animais oferecidos nesse sistema não podiam oferecer
purificação verdadeira e total do pecado, nem acesso a D'us (Hb 10:1-4; 9:13, 14;
10:19-23).
O fato de que uma nova aliança era necessária não significa que D'us tivesse
sido injusto com Israel quando lhe deu a anterior. O trabalhoo levítico e os serviços
do Templo foram projetados para protegê-los da idolatria e para apontar-lhes o fu-
turo serviço do Messias. A carta aos Hebreus enfatiza que os sacrifícios eram "uma
sombra das coisas boas que virão" (Hb 10:1).
Ao encaminhar as pessoas ao Messias, os sacrifícios deviam ajudá-las a deposi-
tar esperança e confiança no "Cordeiro de D'us, aquele tira o pecado do mundo" (Jo
1:29; Is 53). Isso é o que rabi Shaul aponta ao dizer que "a Torá serviu como tutor
até a vinda do Messias, para que pudéssemos ser declarados justos com base na
confiança e na fidelidade." (Gl 3:24) ou que "o objetivo estabelecido pela Torah é o
Messias, que oferece justiça a todo que deposita sua confiança." (Rm 10:4).
Em outras palavras, mesmo, os Dez Mandamentos (Asseret Hadibrót), por me-
lhores e perfeitas que sejam, não podem prover a yeshuá (salvação) (Rm 3:20-28;
7:12-14). Eles apresentam um padrão perfeito de justiça, mas não oferecem justiça,
assim como olhar-se no espelho pode mostrar as rugas da idade, porém não pode
apagá-las. Para uma justiça perfeita, precisamos do Machiach como nosso Substi-
tuto.
Por que ,a Torá não pode nos salvar? Afinal, se guardamos todas as mitsvot, por que
isso não nos salva?
Nova e renovada
2. Qual é a natureza da nova aliança (b'rit hadashá)? (Dt 6:4-6, 30:11-14, Jr 31:31-34 e
Hb 8:10-12)
O que podemos aprender com a fidelidade de D'us ao Seu povo e aos Seus planos
quando consideramos nosso relacionamento com os outros e nossos planos? (2 Tm
2:13)
O termo mesitês ("mediador") deriva de mesas ("meio") e denota aquele que anda ou
fica no meio. Esse termo técnico era usado para se referir a alguém que cumpria
uma ou mais das seguintes funções: (1) árbitro entre duas ou mais partes; (2) negociador
ou corretor de negócios; (3) testemunha no sentido legal da palavra; ou (4) fiador e, por-
tanto, alguém que garantia a execução de um contrato.
"Mediador" é uma tradução muito restrita, pois focaliza apenas os dois ou três pri-
meiros usos do termo original. Entretanto, a carta aos Hebreus enfatiza a quarta fun-
ção. O Messias não é "mediador" no sentido de resolver uma contenda entre o Pai e os
seres humanos nem um pacificador que reconcilia as partes descontentes, nem uma
testemunha que certifica a existência de um contrato ou seu cumprimento. Em vez
disso, Yeshua é o Fiador da nova aliança (Hb 7:22). O termo "mediador" usado no texto
é equivalente a "fiador". Ele garante que as promessas da aliança serão cumpridas.
A morte do Messias satisfez as reivindicações da primeira aliança com Israel, que
havia sido quebrada (Hb 9:15-22). Nesse sentido, Yeshua é o Fiador que assumiu todas
as obrigações legais violadas. Por outro lado, a exaltação do Filho no Céu garante que
as promessas de D'us aos seres humanos serão cumpridas (Hb 6:19, 20). Ao ressuscitar
o Messias e colocá-Lo à Sua direita, D'us mostrou que nos ressuscitará e nos levará
para Ele.
Yeshua é um Mediador maior do que Moshé, pois trabalha no santuário que está no
céu e se ofereceu como sacrifício perfeito por nós (Hb 8:1-5; 10:5-10). O rosto de Moshé
refletia a glória de D'us (Êx 34:29-35), mas o Messias é a glória de D'us (Hb 1:3; Jo 1:14).
Moshé falou com D'us face a face (Êx 33:11), porém o Messias é a Palavra de D'us (Hb
4:12, 13; Jo 1:1-3, 14).
PURIM KATAN
P odemos ser tentados a pensar que a nova aliança tenha "superiores promessas"
no sentido de que apresenta recompensas maiores do que a antiga (Olam Habá,
vida eterna, etc.). A verdade é que D'us ofereceu aos patriarcas as mesmas recom-
pensas que nos oferece (leia Hb 11:10, 13-16). Na carta aos Hebreus, as "superiores
promessas" tratam de diferentes tipos de promessas. (Hb 8:6)
A aliança entre D'us e Israel foi uma troca formal de promessas. D'us tomou a
iniciativa de libertar Israel do Egito e prometeu conduzi-lo à terra prometida.
4. Quais são as semelhanças e diferenças entre essas duas promessas? (Ex 24:1-8 e
Hb 10:5-10)
A aliança entre D'us e Israel foi ratificada com sangue, aspergido tanto sobre o
altar, que representava D'us, quanto sobre as doze colunas, a que representavam o
povo. O povo de Israel prometeu obedecer a tudo o que o Eterno havia dito.
"A condição para a vida eterna ainda é a mesma que sempre foi: perfeita obedi-
ência à Torá de D'us, perfeita justiça, exatamente como era no Gan Eden, antes da
queda de nossos primeiros pais. Se a vida eterna nos fosse concedida sob qualquer
condição inferior a essa, a felicidade de todo o Universo estaria correndo perigo. Es-
taria aberto o caminho para que o pecado com toda a sua miséria se perpetuasse" (1).
O Eterno satisfez as exigências da nova aliança, pois deu Seu próprio Filho para
vir e viver uma vida perfeita a fim de que as promessas da aliança pudessem ser
cumpridas Nele, e então oferecidas a nós, pela confiança no Messias.
A obediência de Yeshua garante as promessas da aliança (Hb 7:22). Ela requer
que D'us dê a ele suas bênçãos, as quais então são concedidas a nós. Aqueles que es-
tão juntos com o Messias desfrutarão dessas promessas com Ele. Em segundo lugar,
D'us nos dá o Seu Espírito Sagrado para nos capacitar a cumprir as Suas mitsvot.
O primeiro registro da aliança foi escrito por D'us em tábuas de pedra e deposita-
do na arca da aliança como testemunha (Êx 31:18; Dt 10:1-4). Documentos es-
critos em pedra, no entanto, podem ser quebrados; e rolos podiam ser cortados e
queimados (Jr 36:23).
Entretanto, D'us escreveria a sua Torá no coração do povo. O coração se refere à
mente, o órgão da memória e do entendimento (Jr 3:15; Dt 29:4), onde se tomam as
decisões conscientes (Jr 3:10; 29:13).
Essa promessa não simplesmente garantiria a todos o acesso à Torá e o conhe-
cimento dela, mas também promoveria uma mudança no coração da nação. O pro-
blema de Israel era que seu pecado estava "escrito com um estilete de ferro, gra-
vado com uma ponta de diamante na tábua do coração deles e nos chifres de seus
altares." (Jr 17:1). O povo tinha um coração duro (Jr 13:10; 23:17); portanto, era-lhe
impossível fazer o certo (Jr 13:23).
Irmiáhu não anunciou uma mudança nas mitsvot, pois o problema não eram
elas, mas o coração. D'us queria que a fidelidade de Israel fosse uma resposta grata
ao que o Eterno havia feito por ele; assim, deu-lhe as mitsvot com um prólogo histó-
rico, expressando Seu amor e cuidado (Êx 20:1, 2). D'us queria que Israel obedecesse
às Suas leis como um reconhecimento de que Ele queria seu bem, fato revelado na
grande libertação do Egito. Sua obediência deveria ser uma expressão de gratidão,
uma manifestação da realidade do relacionamento entre eles.
O mesmo é verdade para nós. O amor e o cuidado do Messias em morrer por
nós é o prólogo da nova aliança (Lc 22:20). A verdadeira obediência vem do coração
como expressão de amor (Mt 22:34-40). Esse amor é a marca distintiva da presença
do Espírito Sagrado na vida do crente. D'us derrama Seu amor sobre nós por meio
de Seu Espírito (Rm 5:5), que é expresso em amor (Gl 5:22).
Se a casa de Israel naquele tempo devia amar a D'us, mesmo sem a compreensão da
morte e do Mashiach, quanto mais nós devemos amá-Lo? Como a obediência mani-
festa a realidade desse amor?
Estudo adicional
"S e nosso coração for renovado à semelhança de D'us, se o amor divino estiver nele
implantado, é claro que viveremos em obediencia à Torá de D'us. Quando o princípio
do amor domina o coração, quando o ser humano é renovado segundo a imagem Daquele
que o criou, a promessa da nova Aliança é cumprida: 'Porei minha Torá em seu coração e a
escreverei em sua mente' (Hebreus 10:16). E se a Torá no coração, claramente ela moldará
a vida. A obediência - nosso serviço e compromisso de amor - é o verdadeiro sinal do tal-
mid (aluno, discípulo). [...] 'Qualquer um que diga: "Eu conheço", mas não obedece a seus
mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele.' (1 Jo 2:4). Em vez de dispensar as
pessoas da obediência, é a confiança - e somente a confiança - que nos torna participantes
da graça do Messias, capacitando-nos a obedecer. [...]
"Quanto mais perto você estiver do Messias, mais cheio de faltas se sentirá a seus pró-
prios olhos, pois sua visão ficará mais clara, e suas imperfeições serão vistas em amplo e
distinto contraste com a natureza perfeita dele. Isso é prova de que os enganos de Satan
perderam seu poder, e que a influência vivificante do Espirito de D'us está despertando
você.
"Quem não reconhece a própria pecaminosidade não consegue desenvolver um amor
mais profundo pelo Messias. A pessoa que é transformada pela graça do Messias passará
a admirar Seu caráter divino; mas o fato de não enxergar a própria deformidade moral
é uma inequívoca evidencia de que não tivemos uma visão da beleza e da excelencia do
Messias" (2).
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, CC, p. 62, (contextualizado)
(2)
Ibidem, p. 60, 61, 64, 65, (contextualizado)
LEITURAS DA SEMANA
Hb 9:15; Gn 15:6-21; Jr 34:8-22; Ef 3:14-19; Hb 7:27; 10:10, 9:22-28
Introdução
LEITURAS DA SEMANA
A carta aos Hebreus explica que a morte de Yeshua como corban teve o propósito de
"libertar as pessoas das transgressões cometidas sob a primeira aliança", a fim de que
o povo de D'us pudesse receber "a prometida herança eterna" (Hb 9:15).
No antigo Oriente Próximo, uma aliança entre duas pessoas ou nações era algo sério
que envolvia uma troca de promessas sob juramento, e isso implicava a suposição de que
os deuses puniriam os que quebrassem o voto. Muitas vezes essas alianças eram ratifica-
das por meio do sacrifício de um animal.
Por exemplo, quando D'us fez uma aliança com Avraham, a cerimônia envolveu o ato
de cortar animais ao meio (Gn 15:6-21). As partes caminhariam entre os pedaços em reco-
nhecimento de que aqueles animais representavam o destino de quem quebrasse a alian-
ça. Somente D'us andou entre os animais, com o propósito de comunicar a Avraham que
Ele não quebraria Sua promessa.
1. Compare os textos de Bereshit e Irmiáhu O que eles ensinam sobre a aliança? (Gn
15:6-21 e Jr 34:8-22)
A aliança com D'us deu a Israel acesso à terra prometida como herança. Envolvia, no
entanto, um conjunto de mitsvot e a aspersão de sangue sobre um altar, o que apontava o
destino da parte que quebrasse a aliança. Rabi Shaul diz que "segundo a Torá, quase todas
as coisas são purificadas com sangue; de fato, sem derramamento de sangue não há per-
dão de pecados." (Hb 9:22).
Quando Israel quebrou a aliança, D'us enfrentou um dilema doloroso. A aliança exigia
a morte dos transgressores, mas o Eterno amava Seu povo. Se Ele simplesmente desviasse
o olhar ou Se recusasse a puni-los, Suas mitsvot seriam invalidadas, e este mundo mergu-
lharia no caos.
Porém, o Filho de D'us se ofereceu como substituto. Ele morreu em nosso lugar para
que pudéssemos receber "a promessa da herança eterna" (Hb 9:15, 26; Rm 3:21-26). Isto é,
Ele defenderia a santidade de Sua Torá e ao mesmo tempo, salvaria os que a violassem.
Isso só poderia ser realizado por meio do sacrifício do Messias.
O s Cohanim - que tinham de ser " em grande profusão, porque a morte os impede de
continuar o ofício." (Hb 7:23) -são comparados a Yeshua, que vive para sempre e
tem um sacerdócio imutável (Hb 7:24, 25). Os Cohanim "todos os dias" (Hb 7:27) e "to-
dos os anos" (Hb 9:25) ofereciam dons e sacrifícios, pois "a consciência da pessoa que
desempenhava o serviço não podia ser alcançada pelas ofertas e sacrifícios realiza-
dos." (Hb 9:9; 10:1-4).
Yeshua, no entanto, ofereceu a si mesmo "uma vez por todas", "um único sacrifício"
(Hb 10:10, 12-14) que purifica nossa consciência (Hb 9:14; 10:1-10) e aniquila o pecado
(Hb 9:26). Seu sacrifício é superior ao de animais, pois ele era o Filho de D'us (Hb 7:26-
28), que cumpriu perfeitamente a vontade do Pai (Hb 10:5-10).
A descrição do sacrifício de Yeshua como tendo ocorrido "uma vez por todas" tem
várias implicações importantes.
Primeiro, seu sacrifício é eficaz e nunca será superado. Os sacrifícios dos Cohanim
eram repetidos porque não eram eficazes; caso contrário, "não teria cessado a oferta
desses sacrifícios? Se as pessoas que realizavam o sacrifício tivessem sido purificadas
de urna vez por todas, não mais teriam consciência do pecado." (Hb 10:2).
Em segundo lugar, os diferentes tipos de sacrifícios se cumpriram no Messias.
Yeshua não apenas nos purifica do pecado (Hb 9:14), mas provê santificação (Hb 10:10-
14) ao afastar o pecado de nós (Hb 9:26). Antes que os Cohanim se aproximassem de
D'us no santuário e servissem em favor de seus semelhantes, eles tinham que ser lim-
pos e santificados, ou consagrados (Lv 8; 9). O sacrifício de Yeshua nos limpa e nos
consagra (Hb 10:10-14) para que possamos nos aproximar de D'us com confiança (Hb
10:19-23) e servi-Lo como "sacerdócio real – Cohanim do Rei" (Hb 9:14; l Pe 2:9).
O sacrifício de Yeshua também alimenta nossa vida espiritual; oferece um exemplo
que precisamos seguir. Rabi Shaul nos convida a fixar os olhos no Messias, especial-
mente nos eventos da sua morte, e seguir sua liderança (Hb 12:1-4: 13:12, 13).
A ideia de que o santuário do Céu precisava ser purificado fazia sentido no contexto do
santuário da Terra, que é um símbolo do governo divino (lSm 4:4; 2Sm 6:2), e a manei-
ra pela qual o Eterno lida com o pecado de Seu povo afeta a percepção da justiça de Seu
governo (SI 97:2). Sendo Governante, D'us é o Juiz de Seu povo e espera-se que Ele seja
justo, vindicando os inocentes e condenando os culpados. Portanto, quando perdoa o peca-
dor, Ele carrega a responsabilidade judicial. O santuário, que representa o caráter e o go-
verno divinos, está contaminado, pois D'us carrega nossos pecados quando nos perdoa (Êx
34:7; Nm 14:17-19, a palavra hebraica original para "perdoar" [nossê - ]נֹשֵׂאnesses versos
significa "carregar, suportar").
O sistema de sacrifícios no santuário ilustra esse ponto. Quando alguém buscava per-
dão, trazia um animal como corban em seu favor, confessava seus pecados sobre ele e o
abatia. O sangue era borrifado nas pontas do altar ou aspergido diante do parochet (cor-
tina do templo) no primeiro compartimento. Desse modo, o pecado era simbolicamente
transferido para o santuário. D'us carregava os pecados do povo.
No serviço do Templo, a purificação ou expiação dos pecados ocorria em duas etapas.
Durante o ano, pecadores arrependidos traziam corbanot para o santuário. Esses sacri-
fícios purificavam as pessoas de seus pecados e os transferiam para o santuário, para o
próprio D'us. No fim do ano, no Yom Kipur, o dia do juízo, D'us purificava o santuário,
liberando Sua responsabilidade judicial ao transferir os pecados para o bode expiatório,
bode para Azazel, que representava Satan (Lv 16:15-22).
Esse sistema de duas fases, representadas pelos dois compartimentos no santuário
terrestre, modelo do santuário do Céu (Êx 25:9; Hb 8:5), permitia que D'us mostrasse mise-
ricórdia e justiça ao mesmo tempo. Quem confessava os pecados durante o ano mostrava
lealdade a D'us observando um Shabat, descanso solene, e afligindo-se no Yom Kipur (Lv
16:29-31). Aqueles que não mostravam lealdade eram eliminados (Lv 23:27-32).
Pense no que você enfrentaria se tivesse que receber o castigo justo por seus peca-
dos. Como isso o ajuda a entender o que o Mashiach fez por você?
O perdão dos pecados envolve duas fases na mediação do Messias nos dois comparti-
mentos do santuário do Céu. Primeiro, Yeshua removeu nossos pecados e os carregou
no madeiro a fim de oferecer perdão a todos que crerem nele (At 2:38; 5:31). Ele também
inaugurou uma nova aliança, que lhe permite escrever a Torá de D'us no coração dos cren-
tes por meio do Espírito Sagrado (Hb 8:10-12; Ez 36:25-27).
A segunda fase desse serviço consiste em um juízo, o juízo pré-advento, que ainda es-
tava no futuro do ponto de vista de Shaul (Hb 2:1-4; 6:2; 9:27, 28; 10:25). Esse juízo se inicia
com o povo de D'us e é descrito em vários trechos das escrituras (Dn 7:9-27, Mt 22:1-14 e
Ap 14:7). Seu propósito é mostrar a justiça de D'us ao perdoar Seu povo. Nele, o registro da
vida de cada um será aberto para o Universo. O Juiz mostrará o que aconteceu no coração
dos fiéis, como creram em Yeshua como Messias e receberam ele como libertador.
Ao falar sobre esse juízo, a escritora Ellen G. White escreveu: "O homem não pode por
si mesmo defender-se dessas acusações. Em suas vestes manchadas de pecado, confessan-
do sua culpa, ei-lo perante o Eterno. Mas Yeshua, nosso defensor, apresenta um eficaz rogo
em favor de todos os que, mediante teshuvá e emuná, confiaram a ele a guarda de sua
vida. Defende-lhes a causa e derrota seu acusador com os poderosos argumentos de seu
sacrifício. Sua perfeita obediência à Torá de D'us, mesmo até à morte, conferiu-lhe todo o
poder no Céu e na Terra, e ele pleiteia de seu Pai misericórdia e reconciliação para o ho-
mem culpado. [...] Mas, conquanto devamos reconhecer nosso estado pecaminoso, temos
que confiar no Messias como nossa justiça, nossa santificação e redenção. Não podemos
contestar as acusações de Satan contra nós. Apenas o Messias pode pleitear eficazmente
em nosso favor. Ele é capaz de silenciar o acusador com argumentos fundamentados não
em nossos méritos, mas nos Dele" (1).
Por que o sacrifício e o serviço de Yeshua em nosso favor sugerem que olhemos para
o juízo com confiança, mas com humildade e arrependimento?
Estudo adicional
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Testemunhos, v. 5, p. 450, 451 (contextualizado)
(2)
IJiri Moskala Toward a Biblical Theology of God's Judgment, p. 155 (contextualizado)
(3)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 19, 20 (contextualizado)
TEXTO COMPLEMENTAR
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 741-764
O caminho através do
parochet (cortina do Templo)
VERSO PARA MEMORIZAR
"o Messias entrou no Lugar Santo, que não foi feito por seres humanos - mera cópia
do verdadeiro; ele entrou no próprio céu, para se apresentar agora a nosso favor na
presença de D'us." (Hb 9:24)
LEITURAS DA SEMANA
Hb 9:24, Êx 19:3, 4; Hb 12:18-21; Lv 16:1. 2; Hb 10:19-22; Cl 3:1
Introdução
Q uando os discípulos de Yeshua voltaram do Monte das Oliveiras (Har HaZeitim), de-
pois que ele subiu ao Céu, sentiram-se triunfantes e alegres. Seu Rebe e Amigo havia
ascendido a uma posição de poder sobre o mundo e os havia convidado a se aproxima-
rem de D'us em seu nome com a confiança absoluta de que suas preces seriam atendidas
(Jo 14:13, 14). Embora continuassem no mundo, atacados pela yetser hará, sua esperança
era forte. Eles sabiam que o Messias havia ascendido para preparar-lhes um lugar (Jo
14:1-3) e que era o precursor de sua libertação, pois havia aberto um caminho para o
Olam Habá por meio de seu sangue.
A ressurreição e ascensão de Yeshua ao Céu é central para a compreensão da carta
aos Hebreus. Ela marca o início do governo do Messias e de Seu serviço como Cohen Ga-
dol em nosso favor. Finalmente, e mais importante, sua ascensão marca a inauguração
da nova aliança (B'rit Hadashá – Jr 31:31), que provê os meios pelos quais podemos nos
aproximar de D'us com ousadia mediante a confiança, privilégio obtido por meio dos
méritos do Messias e de sua justiça.
LEITURAS DA SEMANA
D 'us instruiu Israel que os homens fossem três vezes ao ano a Jerusalém para compa-
recer diante do Eterno com uma oferta: em Pessach (Hag hamatzot,), em Shavuot e
em Sucot (Êx 23:14-17; Dt 16:16). Pessach celebra a libertação do Egito. Shavuot celebrava
a colheita da cevada e é associada à outorga da Torá no Sinai. Sucot celebra o cuidado de
D'us durante a peregrinação no deserto.
A carta aos Hebreus descreve a ascensão de Yeshua à presença do Pai (Hb 9:24). Ele
chegou ao santuário do Céu, "o verdadeiro", para "se apresentar" diante de D'us com um
sacrifício superior (Hb 9:23, 24): Seu próprio sangue.
O Messias celebrou as festas judaicas com incrível precisão. Ele morreu no dia da
preparação na hora nona, momento em que os corbanot pêssach eram sacrificados (Jo
19:14; Mt 27:45-50). Ressuscitou no terceiro dia e subiu ao Céu para receber a confirma-
ção de que seu sacrifício havia sido aceito (Jo 20:17; 1Co 15:20), quando o cohen deveria
movimentar o ômer das primícias da colheita (Lv 23:10-12). Então, ele subiu 40 dias de-
pois para sentar-se à direita de D'us e inaugurar a nova aliança no dia de Shavuot (At 1:
2). O propósito da peregrinação até Jerusalém era apresentar-se diante da '' face de D'us
– pnei Elohim" (SI 42:2). Isso significava experimentar o favor divino (SI 17:15). Da mes-
ma forma, a expressão hebraica "buscar a face de D'us" ( ְּש֣ ּו פְּ ֵנ֣י ֱאלֹהִֽים
ׁ בַּקbakshu pnei
Elohim)" significava pedir auxílio divino (2Cr 7:14; SI 27:8; 105:4). Na carta aos Hebreus
esse é o sentido da ascensão de Yeshua. Ele ascendeu a D'us com o sacrifício perfeito e
como nosso precursor (Hb 6:19, 20) tornou real a promessa para os crentes que peregri-
nam "procurando uma pátria", desejando "uma pátria superior" e ansiosos "pela cidade
[...] da qual D'us é o Arquiteto e Construtor" (Hb 11:10, 13-16).
Por que a realidade do que o Mashiach fez, não apenas no madeiro, mas o que Ele
fez no Céu, nos dá a certeza da libertação?
Convite divino
2. Como foi a experiência de Israel no Monte Sinal? (Hb 12:18-21)
Q uando D'us chamou Israel do Egito, seu plano era criar um relacionamento pes-
soal e íntimo com o povo. Ele disse: Tendes visto o que fiz no Egito, e que vos levei
sobre asas de águias e vos trouxe a Mim." (Êx 19:4).
Por meio de Moshê, D'us deu as instruções necessárias para preparar o povo para
se encontrar com Ele. O povo precisava se consagrar primeiro (Êx 19:10-15). Aqueles
que subissem sem preparo morreriam. A instrução divina foi: " ao prolongar-se o
som do Shofar [chifre de carneiro]" no terceiro dia, então "subirão ao monte" (Êx
19:13). Ele queria que tivessem a experiência que Moshê e os líderes do povo teriam
quando subissem o monte e vissem D'us e comessem e bebessem em Sua presença
(Êx 24:9-11). O povo mais tarde reconheceu que tinha visto a glória de D'us e que
era possível D'us falar "com as pessoas e [elas permanecerem] vivas" (Dt 5:24). Mas,
quando chegou o momento, faltou confiança. Moshê explicou anos depois: " tivestes
medo do fogo e não subistes ao monte" (Dt 5:5). O povo pediu a Moshê que fosse seu
intermediário (Dt 5:25-27, compare com Êx 20:18-21).
A manifestação da santidade divina no Monte Sinai teve como propósito ensinar
o temor ou o respeito a D'us e também levar o povo a conhecer Sua misericórdia e
fidelidade (Êx 34:4-8). O "temor do Eterno" conduz à vida, sabedoria e honra (Dt 4:10;
compare com Sl 111:10; Pv 1:7; 9:10; 10:27). Contudo, enquanto D'us queria que Israel
fosse até Ele, o povo ficou com medo. A descrição de Rabi Shaul dos eventos no Sinai
é acompanhada da falta de confiança e apostasia do povo com o bezerro de ouro, e
como temia encontrar-se com D'us por causa de seu pecado (Dt 9:19). A reação do
povo não foi o plano de D'us, mas o resultado da falta de confiança.
Devemos ter medo de nos aproximar de D'us? Quais são as condições para fazê-lo?
A s cortinas têm função dupla. O termo que Shaul usa para cortina (καταπέτασμα)
pode se referir à cortina do átrio (Êx 38:18), à entrada da área externa do santuário
(Êx 36:37), ou à cortina que separava o lugar santo do santo dos santos (Êx 26:31-35). Es-
sas cortinas eram limites que apenas algumas pessoas podiam cruzar.
4. Que advertência havia com respeito ao santo dos santos? (Lv 16:1, 2 e 10:1-3)
A cortina era uma proteção para os Cohanim enquanto serviam diante de um D'us
santo. Depois do pecado do bezerro de ouro, D'us disse a Moshê que não os acompanha-
ria até a terra prometida para que não os consumisse, pois eram um "povo teimoso" (Êx
33:3). Assim, Moshê mudou a tenda do encontro para longe do arraial (Êx 33:7). No en-
tanto, depois que Moshê intercedeu, D'us concordou em ir no meio deles (Êx 33:12-20),
mas estabeleceu várias medidas para proteger o povo.
Por exemplo, Israel acampava em uma ordem estrita que formava um quadrado va-
zio no meio onde o santuário era montado. Além disso, os levitas acampavam ao redor a
fim de proteger o santuário e sua mobiliada invasão de estranhos (Nm 1:51; 3:10). Eles
eram, de fato, uma espécie de cortina humana que protegia o povo de Israel: "E os levitas
pousarão ao redor do Tabernáculo do Testemunho, para que não haja ira contra a con-
gregação dos filhos de Israel, e os levitas farão a guarda do Tabernáculo do Testemunho."
(Nm 1:53).
Yeshua, como nosso Cohen, também foi nosso véu. Por meio de Sua encarnação, D'us
armou Seu tabernáculo entre nós e pudemos contemplar Sua glória (Jo 1:14-18). Ele tor-
nou possível que um D'us santo vivesse entre um povo imperfeito.
Pense no que significa o D'us Vivo habitar entre Seu povo, que era uma nação de
escravos recém-libertados. O que isso ensina sobre quanto D'us está perto de nós?
A carta aos Hebreus argumenta que o Messias entrou no santuário do Céu e nos convi-
da a seguir sua liderança. Essa ideia concorda com a concepção antes apresentada de que
Yeshua é o "Precursor" dos crentes (Hb 2:10; 6:19, 20; 12:2). O "caminho novo e vivo" é a
nova aliança (B'rit Hadashá) que Yeshua inaugurou com seu sacrifício e ascensão. A ex-
pressão "novo e vivo" contrasta com a descrição da aliança, como "antiga e envelhecida"
(Hb 8:13). É a nova aliança feita com a casa de Israel, aquela que providenciou o perdão dos
pecados e colocou a Torá em nosso coração, que possibilita nos aproximarmos de D'us com
confiança, não por nosso mérito, mas apenas pelo que Yeshua fez por nós, cumprindo to-
das as obrigações da aliança.
Shaul indica que a inauguração da antiga aliança envolveu a inauguração do santuário
e a consagração dos Cohanim (Hb 9:18-21; compare com Êx 40; Lv 8; 9). Seu propósito era
criar um relacionamento íntimo entre D'us e Seu povo (Êx 19:4-6). Quando Israel aceitou
esse relacionamento, D'us imediatamente ordenou que um santuário fosse construído
para que Ele pudesse viver entre eles. A inauguração do santuário e a presença de D'us
entre Seu povo consumou a aliança.
Essa lógica serve para a nova aliança. Ela também implica a inauguração do serviço de
Yeshua como Cohen em nosso favor (Hb 5:1-10; 7:1-8:13).
A ascensão dele inaugurou um novo tempo para o povo de D'us. Zacarias menciona
que Satan estava na presença de D'us para acusar Seu povo, o qual era representado pelo
Cohen Gadol Yehoshua (Zc 3). Esse acusador é o mesmo que levantou questões sobre a le-
aldade de Iyov (Jó 1; 2). Com o sacrifício de Yeshua, Satan foi expulso do Céu (Ap 12:7-12;
compare com Jo 12:31; 16:11). O Messias é quem intercede por nós e, por meio do seu sacri-
fício e sua fidelidade, dama pela nossa libertação!
Qual é a única esperança que temos de não sermos condenados por nossos pecados?
A rgumenta-se que os justos "chegaram" ao Monte Tsion, a Nova Jerusalém, por meio da
confiança. Nesse sentido, sua experiência antecipa o futuro. Assim, a Nova Jerusalém
pertence ao reino das "coisas que se esperam" e "não se veem", mas que nos são assegura-
das mediante a confiança (Hb 11:1). Também chegamos ao Monte Tsion , na própria pre-
sença de D'us, por meio de nosso representante Messias (Ef 2:5, 6; Cl 3:1). A ascensão de
Yeshua é uma questão de fato. É essa dimensão histórica da ascensão do Messias que ofe-
rece peso à exortação aos judeus para se apegar à confissão da esperança (Hb 4:14; 10:23).
Shaul disse: " Portanto, pelo fato de termos um Cohen Gadol que entrou no mais alto céu,
Yeshua, o Filho de D'us [...] aproximemo-nos confiantes" (Hb 4:14, 16).
Assim, já chegamos à presença de D'us por meio de nosso Representante e, portanto,
devemos atuar em conformidade com esse fato. Por meio dele, provamos "o dom do Céu",
provamos " a bondade da Palavra de Deus e os poderes do olam haba" (Hb 6:4, 5). A reali-
dade da ascensão e do serviço de Yeshua no santuário do Céu é a " âncora certa e segura
para nós mesmos " (Hb 6:19), a garantia de que as promessas têm substância e são confiá-
veis (Hb 7:22). Para nós, a confiança tem uma âncora histórica.
O propósito divino se cumprirá não apenas em Yeshua, mas também em nós. Dissemos
que a ascensão cumpriu a tipologia das primeiras duas peregrinações anuais de Israel,
Pessach e Shavuot. De acordo com a carta aos Hebreus e o livro Revelação, a última pere-
grinação, Sucot, ainda não se cumpriu. Vamos festejar com Yeshua, quando estivermos na
"cidade que tem fundamentos permanentes, da qual o arquiteto e construtor é D'us", no
Mundo Vindouro (Hb 11:10; 13-16). Não construiremos cabanas; o tabernáculo de D'us
descerá do Céu e viveremos com Ele para sempre (Ap 7:15-17: 21:1-4; 22: 1-5: Nrn 6:24-26).
Como podemos tornar a promessa de vida eterna real para nós no presente, neste
mundo tão cheio de dor e sofrimento? Que resposta podemos dar aos que dizem que
tudo isso é apenas uma fantasia para nos ajudar a nos sentirmos melhor?
Estudo adicional
"P ara seus seguidores, a ascensão do Mashiach ao Céu foi um sinal de que estavam
para receber a bênção prometida. Deviam esperar por ela antes de iniciarem o ser-
viço que lhes fora ordenada. Ao atravessar os portais do Céu, Yeshua foi entronizado em
meio à adoração dos anjos. Assim que essa cerimônia foi concluída, o Espírito de D'us des-
ceu em abundantes torrentes sobre os seus discípulos, e o Mashiach foi, de fato, glorificado
com aquela glória que tinha com o Pai desde toda a eternidade. A vinda do Espírito de D'us
em Shavuot foi um anúncio do Céu de que a investidura do Redentor havia sido concluída.
De acordo com sua promessa, o Mashiach enviou do Céu o Espírito Sagrado sobre Seus
seguidores, em sinal de que ele, como Cohen e Melech, havia recebido todo o poder no Céu
e na Terra, tornando-se o Mashiach (Ungido) que governaria Seu povo, [...]
"Podiam falar do nome de Yeshua com segurança, pois ele era seu amigo e Irmão mais
velho. Em comunhão profunda com o Mashiach, assentaram-se com Ele 'no Céu' (Ef 2:6).
Revestiam suas ideias com linguagem convincente quando testificavam dele" (1)
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, AA, p. 38, 39, 46 (contextualizado)
LEITURAS DA SEMANA
Hb 10:35-39; Rm 1:17; Hb 11; Js 2:9-11; Hb 12:1-3
Introdução
LEITURAS DA SEMANA
Por que é importante reconhecer que nossa confiança resulta da fidelidade divina e
dela se alimenta? Como confiar mais na fidelidade de D'us para conosco e em Suas
promessas para nós?
R abi Shaul define confiança como "a certeza do que esperamos, convencidos das
coisas que não vemos" (Hb 11:1). Em seguida, lista algumas pessoas fiéis da história
de Israel que exemplificam o que é a emuná e mostra como a manifestaram por meio
de seus atos.
2. O que a lista de fiéis descrita por Shaul fizeram que exemplifica sua confiança?
Suas ações se relacionam com a esperança de coisas não vistas? (Hb 11:1-19)
Pense sobre como o Eterno conduziu sua vida no passado. Esse exercício é importan-
te para manter sua fidelidade e confiança Nele no presente?
M oshê é o segundo grande exemplo nesse capítulo sobre a confiança. Seus pais o
esconderam quando ele nasceu, porque "não temeram o decreto do rei" (Hb
11:23), e Moshê deixou o Egito, " não temendo a ira do rei" (Hb 11:27). A ação mais sig-
nificativa de Moshê foi que ele "recusou ser chamado filho da filha de Faraó" (Hb
11:24). A referência à sua mãe adotiva como "filha de Faraó"' sugere que ele seria o
próximo governante. Moshê, no entanto, estava disposto a abandonar a perspectiva de
se tornar o rei da nação mais poderosa da época e, em vez disso, se tornar líder de es-
cravos recém-libertos.
4. Que semelhanças há entre a situação dos destinatários originais da carta aos He-
breus e a experiência de Moshê? (Hb 11:24-27 compare com Hb 10:32-35)
A grandeza de Moshê é que ele foi capaz de ver além das promessas do faraó, para
o invisível, a saber, as promessas divinas. Shaul diz que a visão de Moshê estava fixada
na "recompensa", não nas riquezas de Egito. Essa recompensa é a mesma mencionada
em no capítulo 10 (Hb 10:35), a qual o Eterno prometeu a todos os que creem Nele.
As palavras de Shaul sobre a decisão de Moshê devem ter ecoado poderosamente
no coração de seus primeiros leitores. Eles haviam suportado reprovações e insultos
por causa de sua confiança no Messias, foram afligidos e perderam bens (Hb 10:32-34).
Alguns estavam na prisão (Hb 13:3). Moshê escolheu ser maltratado com o povo de D'us
e trocou a riqueza de Egito pelos insultos associados ao Messias, pois acreditava que a
recompensa era maior do que qualquer coisa que Egito pudesse oferecer.
Quais são algumas das lutas que você enfrentou por causa de sua fé? Do que você
teve que desistir? Por que a recompensa vale a pena. mesmo que não possa vê-la
agora?
Embora não tenhamos visto nada disso acontecer (a criação em seis dias, o Êxodo, a
morte do Mashiach), por que temos tantos bons motivos para crer?
O ponto alto da exposição sobre a confiança está no capítulo 12. Shaul começou a carta
com Yeshua, que é o "que vem" e que "não irá demorar" (Hb 10:37), e a concluiu com o
"autor e consumador" da nossa confiança (Hb 12:2). Isso significa que o Messias é Aquele
que torna a confiança possível e é o exemplo que personifica perfeitamente o que é uma
vida de fé. Com Ele, a confiança atingiu sua expressão perfeita.
Yeshua é o "autor" (ou "precursor") de nossa confiança em pelo menos três sentidos.
Primeiro, Ele é o único que terminou a corrida em seu sentido mais completo. Os outros
mencionados no capítulo anterior não alcançaram seu objetivo (Hb 11:39, 40). O Messias,
no entanto, entrou no descanso de D'us no Céu e está sentado à direita do Pai. Nós, junta-
mente com esses outros, reinaremos com ele no futuro (Ap 20:4).
Em segundo lugar, a vida perfeita de Yeshua tornou possível a esses outros correrem a
corrida (Hb 10:5-14). Se ele não tivesse vindo, a corrida de todos teria sido inútil.
Finalmente, o Messias é a razão pela qual temos confiança. Sendo echad com o Pai,
Ele expressou a fidelidade divina para conosco. O Eterno nunca desistiu de Seus esforços
para nos libertar, e é por isso que alcançaremos a recompensa no final, se não desistirmos.
Yeshua correu com paciência e permaneceu fiel, mesmo quando éramos infiéis (2Tm 2:13).
Nossa confiança é apenas uma resposta à Sua fidelidade.
Yeshua é o ''consumador" da confiança porque exemplifica perfeitamente como a cor-
rida da ela deve ser executada. Como ele a correu? Pôs de lado todo o peso ao abrir mão
de tudo por nós (Fp 2:5-8), nunca pecou. manteve firmemente sua visão na recompensa,
que era a alegria proposta a ele de ver a humanidade redimida por Sua graça. Ele suportou
oposição e abusos; não se importou com a vergonha no madeiro (Hb 12:2, 3).
Agora é a nossa vez de correr. Embora não possamos alcançar o que o Messias fez com
nossas próprias forças, temos seu exemplo perfeito diante de nós, e assim, pela confiança
nele e mantendo nossos olhos nele (como os outros fizeram antes de nós), seguimos em
frente, confiando em suas promessas de uma grande recompensa.
Estudo adicional
"P ela confiança, você passou a ser do Mashiach, e pela confiança, deve crescer nele
– dando e recebendo. Você tem de entregar-lhe tudo - o coração, a vontade, a disposi-
ção de servir. Deve dar-se, enfim, a si mesmo para então obedecer a todas mitsvot. Você re-
ceberá tudo - o Mashiach, a plenitude de todas as bênçãos, para habitar em seu coração, ser
sua força, justiça e esperança eterna - para que tenha o poder necessário para obedecer" (2).
"O Eterno nunca pede que creiamos sem que nos dê suficientes provas sobre as quais
possamos alicerçar nossa confiança. Sua existência, Seu caráter e a veracidade de Sua Pala-
vra se baseiam em testemunhos que falam à nossa razão; [...] Apesar disso, o Eterno nunca
removeu a possibilidade de dúvida. Nossa confiança deve se basear em evidências, não em
demonstrações. Os que desejam duvidar terão a oportunidade de fazê-lo, enquanto os que
realmente desejam conhecer a verdade poderão encontrar muitas provas em que apoiar
sua fé.
"É impossível para mentes finitas entender de maneira plena o caráter das obras Da-
quele que é Infinito. Para o intelecto mais esclarecido e a mente mais educada, o santo Ser
ainda será um mistério. [...]" (3).
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, FD [MM 1956/2005), p. 23 (contextualizado)
(2)
Ídem, CC, p. 70
(3)
Ibidem, pg. 105 (contextualizado)
Recebendo um
reino inabalável
VERSO PARA MEMORIZAR
"Portanto, por termos recebido um Reino inabalável, sejamos agradecidos e ofereçamos a
D'us um culto que lhe seja agradável, com reverência e temor." (Hb 12:28)
LEITURAS DA SEMANA
Hb 12:18-29; Êx 32:32; Dn 7:9, 10, 13-22; Ag 2:6-9, 20-22; SI 15:5; 16:8; Hb 13:15, 16
Introdução
O texto principal desta semana (Hb 12:18-29) traz o ápice da carta de Shaul e re-
sume sua preocupação principal, repetindo a ideia com a qual começou: D'us
nos falou na pessoa de seu Filho, e devemos dar muita atenção (Hb 1:1, 2; 12:25) a
Ele. A descrição de Yeshua na carta resume as suas afirmações (em Hb 12:22-24):
Yeshua é o mediador da nova aliança, e seu sangue provê libertação para o seu
povo. Seu serviço sacerdotal e real em nosso favor é um motivo de celebração para
as hostes celestiais. E, finalmente a carta contém a última e culminante exortação:
o juízo de D'us se aproxima e trará destruição para Seus inimigos, mas vindicação e
um reino para Seu povo (Hb 12:25-29).
O final reafirma a importância das conquistas de Yeshua no madeiro e direciona
os crentes à consumação da vitória do Messias. Shaul usou Daniel (Dn 7) para lem-
brar aos leitores que o Messias recebeu um reino de D'us, o Juiz (Dn 7:9-14), e vai
compartilhá-lo com os crentes, "os santos do Altíssimo"', que o possuirão para todo
o sempre (Dn 7:18).
LEITURAS DA SEMANA
S haul afirma que chegamos ao Monte Tsion e participamos de uma grande festa.
"Em vez disso, vocês chegaram ao monte Tsion, isto é, à cidade do D'us vivo, à
Yerushalayim celestial; às miríades de anjos em assembleia festiva" (Hb 12:22). Che-
gamos pela confiança na pessoa de nosso representante, Yeshua. Nessa celebração
encontramos uma multidão inumerável de anjos, o próprio D'us e o Messias, que é
o centro da celebração. Viemos como parte da " à comunidade dos primogênitos,
cujos nomes estão registrados no céu" (Hb 12:23). Nossos nomes estão registrados
nos livros do Céu (Êx 32:32; SI 56:8; Dn 12:1; Ml 3:16; Lc 10:20; Ap 13:8; Ap 17:8).
Somos os "primogênitos" porque compartilhamos a herança do Primogênito por
excelência, Yeshua (Hb 1:6). Portanto, não somos hóspedes, mas cidadãos (compare
com Fp 3:20). Também somos descritos como "espírito dos justos que alcançaram
seu objetivo" (Hb 12:23). Essa expressão é uma figura de linguagem em que uma
dimensão da nossa natureza humana representa o todo. É análoga à expressão "Pai
espiritual" que se refere a D'us como o Pai de todos nós (Hb 12:9).
A reunião festiva celebra a inauguração do governo de Yeshua, de seu serviço
como Cohen e da nova aliança. Na carta aos Hebreus, é no Monte Tsion que esses
eventos acontecem. Três dos Tehilim citados na carta descrevem a entronização do
Filho e o Monte Tsion como o lugar em que isso ocorre (Hb 1:5-14 citando SI 2:6, 7;
110:1, 2; 102:21-27).
Ali também é o lugar em que o Filho foi nomeado "cohen para sempre" (Hb 5:6),
uma citação de Tehilim (Sl 110:4). De acordo com esse Salmo, a nomeação do Filho
como Cohen Gadol ocorre também no Monte Tsion (SI 110:2). Finalmente, a carta
argumenta que a inauguração do sacerdócio de Yeshua marca a inauguração da
nova aliança (Hb 7:11-22). Portanto, o Monte Tsion também é o lugar em que a nova
aliança foi ratificada. Shaul descreve a reunião festiva que ocorreu no Céu quando
Yeshua ascendeu (Hb 12:22-24).
A celebração descrita por Shaul alude a um juízo futuro (Hb 12:22-24). D'us, o
Juiz, preside, os livros são abertos, e o resultado é que o povo de D'us recebe o
reino (Hb 12:28).
A cena evoca o grande juízo pré-advento descrito em Daniel 7, que retrata D'us,
o "Ancião de Dias - entrado em anos" (Dn 7:9), assentado em um trono de fogo, rode-
ado por "milhares de milhares" de anjos (Dn 7:10). Os livros foram abertos (Dn
7:10), e o juízo decidido em favor dos "santos do Altíssimo", que "possuíram o reino"
(Dn 7:22).
Shaul descreve uma cena de juízo no Monte Tsion (Hb 12:22-29), a Nova Jerusa-
lém, onde D'us, "o Juiz de todos" (v. 23), está rodeado por "milhares de milhares" de
anjos (v. 22). Ali também há fogo (Hb 12:29) e há livros, porque os santos estão "ar-
rolados" neles (Hb 12:23), o que sugere um juízo favorável aos santos.
Yeshua está no centro da cena (Hb 12:24). Ele foi descrito como o filho do Ho-
mem (Hb 2), "coroado de glória e de honra" depois de ter provado a "morte" em
nosso favor (Hb 2:9). De acordo com Shaul, o Filho do Homem (veja Hb 2:6) sofreu
para que pudesse conduzir "muitos filhos à glória" (Hb 2:10); isto é, para que os
crentes também pudessem ser "coroados de glória e de honra". Por meio dos bene-
fícios da nova aliança (Hb 12:22-24), o "Filho" conduziu o povo de D'us a Tsion, a
Nova Jerusalém, onde receberão o reino (Hb 12:28).
Esse juízo é, portanto, uma boa notícia para os fiéis, pois lhes é favorável e os
vindica. É um julgamento que derrotará seu adversário, o dragão, que está por trás
das terríveis feras que perseguiram o povo de D'us no passado (Dn 7) e perseguirão
no futuro (Ap 13).
Como este estudo nos ajuda a entender que o juízo de D'us na mensagem dos três
anjos são boas-novas para este tempo (Ap 14:6, 7; compare com Dt 32:36; 1Cr 16:33-
35)?
D epois de descrever a reunião festiva no Céu, Shaul advertiu os leitores que prestas-
sem atenção à voz de D'us, pois Ele fará tremer "mais uma vez [...] não só a Terra,
mas também o Céu" (Hb 12:26). Shaul disse que, embora Yeshua tenha sido entronizado
no Céu, nossa libertação não foi consumada. Precisamos estar atentos porque um evento
importante ainda está para acontecer.
3. Qual é o propósito divino de fazer tremer os Céus e a Terra, e o que isso significa?
(Compare Ag 2:6-9, 20-22; Sl 96:9, 10; 99:1 e Hb 12:26, 27)
No Tanah, fazer a terra tremer era uma figura comum para representar a presença
de D'us, que aparece para libertar Seu povo. Quando Débora e Barac lutaram contra Sis-
rá, D'us lutou desde o Céu por eles (Jz 5:20). Isso é descrito como um poderoso terremoto,
um abalo na terra e nas montanhas por causa da presença divina (Jz 5:4, 5). Encontramos
essa mesma imagem em toda Bíblia Hebraica quando D'us aparecia para libertar os opri-
midos (SI 68:7, 8; 60:2; 77:17, 18). Assim, um tremor se tornou um sinal do juízo de D'us
quando Ele afirma Sua autoridade sobre os povos da Terra. Os profetas previram que
isso aconteceria no Dia do Eterno (Is 13:13; 24:18-23).
Esse abalo se refere à destruição dos inimigos de D'us. O Eterno disse: " "Sente-se à
minha direita até que eu coloque seus inimigos como um banco para seus pés" (Hb 1:13).
Assim, o Messias derrotou o inimigo (Hb 2:14-16) e foi entronizado (Hb 1:5-14), mas os
inimigos ainda não foram destruídos (Hb 10:11-14; 1Co 15:23-25). D'us irá destruí-los no
futuro, quando sacudir os céus e a Terra. Esse abalo significa a destruição dos poderes
terrestres que perseguem o povo de D'us e, mais importante, a destruição dos poderes
celestiais (Satan e os outros anjos expulsos com ele) que estão por trás dos poderes ter-
restres e os controlam.
Por que a promessa de que um dia a justiça será feita e o mal que prevalece no
mundo será destruído e tão esperançosa, especialmente para os que sofreram dire-
tamente nas mãos do mal?
Um reino inabalável
D 'us anunciou que sacudirá os céus e a Terra, o que significa que destruirá as nações
inimigas. No entanto, existem algumas coisas que não serão abaladas.
4. Quais coisas não serão abaladas? (Sl 15:5; 16:8; 21:7; 62:2; 112:6 e Hb 12:27).
Muitas traduções modernas da carta aos Hebreus sugerem que o tremor dos céus e da
Terra signifique que eles serão removidos e desaparecerão para sempre (Hb 12:27). No
entanto, as Escrituras afirmam que D'us criará novos céus e uma nova Terra (Is 65:17; Ap
21:1-4), os que morreram no Messias serão ressuscitados e todos os salvos terão um novo
corpo (lTs 4:13-17; Fp 3:20). Assim, o "abalo'' implica a purificação e a renovação da criação,
não em sua remoção completa. O que existe será recriado, e esta Terra será o lar dos remi-
dos.
Contudo, os justos não serão abalados, pois confiam em D'us. O Criador os sustenta e
garante sua sobrevivência.
Observe que, na carta aos Hebreus, permanência e estabilidade estão associadas a
Yeshua. Shaul diz: Hebreus 1:10-12 "No princípio, Senhor, firmaste os fundamentos da ter-
ra; o céu é obra das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; eles envelhecerão
como roupas; e tu os enrolarás como um manto. Sim, eles serão trocados como peças usa-
das, mas tu permaneces o mesmo, os teus anos jamais terão fim" (Hb 1:10-12 citando SI
102.26-28(25-2 7)). Shaul também diz que o sacerdócio de Yeshua permanece para sempre
(Hb 7:3, 24), assim como a herança dos remidos (Hb 10:34). No juízo final, os que estão "no
Messias" não serão abalados (SI 46:5).
Rabi Shaul diz que receberemos "um reino inabalável" (Hb 12:28). Essa e uma referên-
cia a Daniel 7:18, que diz que os santos "o possuirão para todo o sempre". Esse é o reino que
"jamais será destruído". mencionado em Daniel 2:44. Esse reino pertence ao Filho, mas Ele
o compartilhará conosco. Apocalipse 20:4 diz que julgaremos com Ele os poderes do mal
que nos perseguiram (1 Co 6:3).
Que escolhas você pode fazer para permanecer inabalável até o fim? (Veja Ef 4:14).
JEJUM DE ESTER
Sejamos gratos
R abi Shaul conclui essa seção indicando que resposta devida a D'us por tudo o que Ele
fez por nós é mostrar gratidão oferecendo-Lhe um tipo apropriado de adoração.
Por que é importante considerar as boas ações e compartilhar o que temos como
parte da nossa adoração a D'us? Ao mesmo tempo, de que maneiras nossos sacrifí-
cios espirituais a D'us podem ser corrompidos (Is 1:11-17)
PURIM
Estudo adicional
"Durante os mil anos entre a primeira e a segunda ressurreições ocorrerá o julgamento
dos ímpios. Rabi Shaul falou desse juízo como um acontecimento que se seguirá ao segun-
do advento. [...] (1Co 4:5). Daniel declarou que "veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos
do Altíssimo" (Dn 7:22). Nessa oportunidade, os justos reinarão como reis e Cohanim dian-
te de D'us. [...] (Ap 20:4, 6). É nesse tempo que, conforme foi predito por Shaul, "os santos
hão de julgar o mundo" (1Co 6:2). Em união com o Mashiach, eles julgarão os ímpios, com-
parando seus atos com o código - as Escrituras Sagradas - e decidindo cada caso segundo
as ações praticadas nesta vida. Então o destino que os ímpios devem sofrer, segundo suas
obras, é determinado e registrado em frente ao seu nome, no livro da morte.
De idêntica maneira, Satan e os anjos expulsos com ele serão julgados por Mashiach
e Seu povo. [...] (1 Co 6:3). E Judas afirmou que os anjos "que não guardaram o seu estado
original, mas abandonaram o seu próprio domicilio, [D'us] tem guardado sob trevas, em
algemas eternas, para o juízo do grande dia" (Jd 6) (1).
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 660, 661 (contextualizada)
SHUSHAN PURIM
LEITURAS DA SEMANA
Hb 13; Rm 12.13; Ef 5:3-5; 1Pe 5:1-4; Hb 2:9; 4:16; Gl 2:20
Introdução
LEITURAS DA SEMANA
O que mais podemos fazer pelos que estão na prisão, sejam crentes ou não?
S haul advertiu seus leitores contra a imoralidade sexual e a avareza, visto que
eram duas graves ameaças ao amor fraternal.
A admoestação de Shaul para honrar o casamento sugeria evitar qualquer coisa
que pudesse menosprezá-lo, o que incluía abster-se tanto da violação do juramento
matrimonial quanto de divórcios injustificados (Mt 19:9). A exortação para manter
o leito conjugal sem mancha refere-se a evitar a profanação do matrimónio por
meio de relações sexuais fora dele. No Tanah a palavra "imorais" refere-se a pessoas
que praticam formas de imoralidade sexual (1Co 5:9-11; 6:9, 10; Ef 5:5; 1Tm 1:9, 10;
Ap 21:8; 22:15). A sociedade greco-romana era negligente em relação à ética sexual.
Um duplo padrão era comum; os homens tinham liberdade em seus relacionamen-
tos sexuais, desde que fossem discretos. Shaul avisou, no entanto, que D'us julgará
os adúlteros. Os crentes não devem permitir que as convenções sociais estabeleçam
seus padrões éticos.
O "amor ao dinheiro" era um dos principais vícios no mundo greco-romano. Em
outra carta, Shaul se referiu a ele como a raiz de todos os males (1Tm 6:10). A luta
contra esse vício é uma atitude que o emissário incentivou em várias cartas. Primei-
ro, eles deveriam "viver contentes" com o que tinham (2Co 9:8; Fp 4:11, 12). Além
disso, deviam confiar na seguinte promessa divina: "De maneira alguma deixarei
você, nunca jamais o abandonarei" (Hb 13:5). Essa promessa foi repetida várias
vezes ao povo de D'us e está disponível para nós (Gn 28:15; Dt 31:6, 8; Js 1:5; 1Cr
28:20). Os crentes são convidados a responder a essa promessa com as palavras do
Salmo 118:6: " O
Eterno está comigo, por isso nada temerei; o que me pode fazer o ser humano?"
Essa referência é apropriada, pois o salmista expressou ali sua confiança em D'us,
apesar do sofrimento infligido a ele pelos incrédulos.
R abi Shaul exorta o povo a respeitar e obedecer aos líderes da congregação (Hb
13:7-17). Começa com um convite para lembrar-se dos líderes do passado que
falaram a palavra de D'us a eles e termina com um chamado para obedecer aos lí-
deres no presente (Hb 13:17). Os líderes do passado provavelmente sejam aqueles
que primeiro falaram a palavra e mantinham a kehilá. Lembrar-se deles não se re-
fere simplesmente a um exercício mental, nem a alguma homenagem. Shaul explica
que devem considerar o resultado de sua conduta e imitar sua confiança.
Para Shaul, o maior ato de lembrança e louvor é a imitação. Dessa forma, acres-
centou vários líderes à lista de fiéis. Pessoas que os crentes devem considerar cui-
dadosamente. Essa lista inclui a lista dos fiéis da carta aos Hebreus e Yeshua (Hb
11), o exemplo consumado de confiança (Hb 12). O autor ainda observa que Yeshua
é "o mesmo ontem, hoje e para sempre" (Hb 13:8). Ele está em forte contraste com
os falsos mestres que mudam com o tempo e cujas doutrinas se tornam" diferentes
e estranhas" (Hb 13:9).
O convite para se lembrar dos líderes é reafirmado em termos mais vigorosos
no final da seção. Os crentes são exortados a obedecer aos líderes, pois eles cuidam
das pessoas. Os líderes são descritos como responsáveis pelo bem-estar espiritual
da congregação. seu rebanho, que prestarão contas a D'us por isso (ver também 1Pe
5:1-4; 1Co 3:10-15). Certamente, também, a ideia deve se aplicar a todos os nossos
líderes de hoje.
O contexto sugere que esses líderes se espelham na liderança e servem o Mes-
sias, "o grande Pastor das ovelhas" (Hb 13:20). A combinação de cuidado e fidelida-
de dos líderes e a obediência ou confiança dos membros resultará em alegria. Isso
pode significar que os lideres sério capazes de servir à congregação com "alegria"
ou que prestarão contas da kehilá a D'us com alegria e não com pesar.
A relação entre falsos ensinos e alimentos, mencionada. Na carta aos Hebreus (Hb 13:9),
provavelmente não se refira à distinção entre alimentos limpos e impuros. Por quê?
Primeiro, Shaul não parecia preocupado na carta com a distinção entre alimentos kasher
ou não. Sabemos que a kehilá do primeiro século pregava a libertação pela graça (At 15:7-11)
e que os crentes deveriam continuar a observar alguns regulamentos kashrut (At 15:19, 20).
A distinção entre alimentos limpos e impuros e outros regulamentos bíblicos não se opõe
à graça. Na verdade, Shaul argumentou que a nova aliança colocou a Torá no coração (Hb
8:10-12). O que o autor deixa muito claro, no entanto. é que os sacrifícios de animais e a me-
diação sacerdotal no santuário terrestres foram substituídos pelo sacrifício superior e pela
mediação sacerdotal de Yeshua (H b ,8:4, 5; 10:1-18).
Em segundo lugar, o contexto sugere que Shaul não estava criticando ninguém por se
abster de certos alimentos, mas pelo fato de consumi-los com a esperança de obter graça de
alguma forma (Hb 13:9). É provável que estivesse alertando contra uma extensão dos sacri-
fícios de animais no templo e que deveriam fornecer benefícios espirituais, ou graça. Mas a
graça não é mediada por meio dessas refeições; a graça vem somente por meio do sacrifício
e da mediação sacerdotal de Yeshua. Os crentes têm um altar (Hb 13:10), o sacrifício do Mes-
sias, da qual podem se alimentar (Jo 6:47-58).
Na carta aos Hebreus, "a graça - chessed" vem do trono de D'us (Hb 4:16). Essa graça,
mediada pelo Messias, é a "âncora", "segura e firme", presa ao próprio trono de D'us (Hb 6:19,
20; compare com 4:16). Essa graça. que recebemos por meio do sacrifício do Messias, dá es-
tabilidade e segurança ao coração. Quando o coração é "confirmado" dessa forma, não será
levado por novas doutrinas (Hb 13:9), nem se desviará da verdade de D'us (Hb 2:1).
Pense no sacrifício do Mashiach. Por que "acrescentar'' algo a esse sacrifício e con-
trário aas boas novas e à graça que encontramos em Mashiach?
O lugar fora do portão era o mais impuro do acampamento. Era ali que os cadáveres
dos animais do sacrifício eram queimados (Lv 4:12), aonde os leprosos eram levados
(Lv 13:46) e onde blasfemadores e outros criminosos eram executados (Lv 24:10-16, 23;
1Rs 21:13; At 7:58). Esses regulamentos pressupunham que a presença de D'us estava no
acampamento. Qualquer coisa impura era lançada para fora porque D'us não queria ver
nenhuma coisa "impura" ou "indecente" nele (Nm 5:3; Dt 23:14).
Yeshua sofreu no madeiro fora de Jerusalém (Jo 19:17-20). o que enfatiza a vergonha
lançada sobre ele (Hb 12:2). Ele foi condenado como alguém que blasfemou de D'us e.
portanto, foi repudiado e executado fora da cidade (Mc 14:63, 64; Lv 24:11, 16). Foi lan-
çado fora do acampamento como algo "vergonhoso", "Impuro" e "indecente". Shaul, no
encanto, exorta os crentes a seguir Yeshua fora do portão e suportar a vergonha que Ele
suportou (Hb 12:2; 13:13). Moshê escolheu esse caminho, sendo "desprezado por causa
do Messias" em vez de usufruir os tesouros do Egito (Hb 11:26).
Paradoxalmente, a carta sugere que a presença divina agora está fora do acampa-
mento. Seguir Yeshua fora do acampamento significa não apenas levar a mesma desonra
ou vergonha, mas também ir ao Libertador (Hb 13:13), assim como os israelitas que bus-
cavam o Eterno iam para "fora do arraial" no deserto, quando Moshê havia removido a
tenda de D'us do acampamento após a controvérsia do bezerro de ouro (Êx 33:7). Esse
relato sugere que a rejeição de Yeshua pelos incrédulos também implicava a rejeição de
D'us, como Israel fez em sua apostasia e adoração ao bezerro de ouro (Êx 32; 33). Assim,
o caminho do sofrimento e da vergonha também é o caminho para D'us.
Shaul convida os leitores a seguir Yeshua, "Autor e Consumador" da confiança (Hb
12:2), implicitamente convidando-os a considerar seus sofrimentos uma disciplina mo-
mentânea que produzirá o fruto pacifico da justiça (Hb 12:11). Desse modo, deixam para
trás uma cidade ou acampamento corrompido em busca da "que há de vir", cujo Arqui-
teto é D'us (Hb 13:14: 11:10, 16).
Estudo adicional
"D epois da vinda do Espírito de D'us, [...] os crentes se rejubilavam na graça da comunhão
com os justos. Eram amorosos, prestativos, abnegados e voluntários em fazer qualquer
sacrifício pelo amor à verdade. Em seu contato diário entre si, revelavam aquele amor que o
Mashiach lhes havia ordenado. Por palavras e obras de altruísmo, procuravam fazer nascer
esse amor em outros corações. [...]
"No entanto. pouco a pouco. houve uma mudança. Os crentes começaram a olhar os defei-
tos uns dos outros. Concentrando-se nos erros e dando lugar a severas críticas. perderam de
vista o Libertador e Seu amor. Tomaram-se mais estritos na observância de cerimônias exte-
riores e mais rigorosos na teoria do que na prática da confiança. Em seu zelo para condenar os
outros, passavam por alto os próprios erros. Perderam o amor fraternal que o Mashiach havia
ordenado que tivessem; e, o que é mais triste, não tinham consciência dessa perda. Não reco-
nheceram que a felicidade e a alegria estavam abandonando sua vida e que. rendo excluído o
amor de D'us do coração, em breve passaram a andar em trevas.
"Percebendo que o amor fraternal estava diminuindo na kehilá, Yochanan insistiu com os
crentes sobre a constante necessidade desse amor. [...]. Ele escreveu: 'Amados amemo-nos uns
aos outros, porque o amor procede de D'us, e todo aquele que ama é nascido de D'us e conhece
a D'us. Aquele que não ama não conhece, a D'us. pois D'us é amor. [...] (1Jo 4:7-11)'" (1).
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G White, AA, p. 547,548 (Contextualizado)
A
Abba [Aramaico corresponde a Av em He- almente chamado de antes de Cristo (a.C.).
braico] Meu Pai, Pai; A palavra abbá Ashur Assíria
em aramaico corresponde à forma en- Asseret hadibrot Mais comumente conhecida
fática ou definida de av, significando como os dez mandamentos. A tradução
literalmente "o pai" ou "ó Pai". que mais se aproxima de Assêret Hadi-
Achaz Acaz brot é "Dez Falas", "Dez pronunciamen-
Acharit hayamim Literalmente, "o fim dos tos" ou "Dez Ditos", sendo que estes são
dias". O tempo do fim ou os "últimos dez princípios que incluem toda a Torá e
dias", quando o 'alam hazeh chega ao seus 613 preceitos.
fim e o 'alam haba está a ponto de ini- Av em Hebraico Corresponde a "Abba" do
ciar-se (l Coríntios 10.11 +). aramaico quer dizer: Papai, Meu Pai.
Achim (do hebraico )א ִחיםָ Irmãos [Ha'Av] - O Pai
Adam (do hebraicoָדםָ )אAdam, Adão; masc. Homem Avinu Nosso Pai; Avinu, Malkeinu: Nosso
Adon Olam Senhor do Universo Pai, nosso Rei
Adonai (em hebraico:אדֹנָי, ֲ "meu Senhor") O Avinu Shebashamayim Nosso Pai celestial,
Eterno de Israel. Nosso Pai que está no céu
Adoneinu Nosso Senhor Avimelek (hebraico: )אבימלךAbimeleque
Amha'arets literalmente povo da terra. Pes- Aviyahu Abias
soas comuns, iletradas usado pejorati- Avodah zarah (Avoda zará) Adoração es-
vamente no primeiro século EC. trangeira, paganismo, Idolatria, adora-
Amma'us Emaús ção a deuses estrangeiros.
Amoni Amonitas Avram Abrão
A.e.c Vide antes da era comum Avraham Abraão
Antes da era comum (aec) Referido ao período usu-
B
Bavel Babilônia B'rit (Berit) Aliança;
Beit-Lechem Belém B'rit Hadashá: Nova Aliança. Também usa-
Beit HaKnesset - Knesset Templo, Sinagoga do para referir-se aos livros sagrados
Beit HaMiqdash Bet Hamikdash, Templo Sagrado ou período do novo testamento;
Beit'zata Betesda B'rit Milá: circuncisão
Bamidbar (Bemidbar, Bamidbar) Números (li- Ben Filho; Ben HaAdam: Filho dos homens;
vro), do hebraico "no deserto" Ben HaElohim: Filho de D'us
Bereshit (Bereshit) Gênesis - Livro Beth Midrash LeShabat Casa de estudo do
Bimá O púlpito onde lê-se a Torá Shabat. Usado também como referên-
Berachot Hashachar Benção da aurora, de- cia a Escola Sabatina.
voção matinal B'nei HaElohim Filhos de D'us
110
Glossário
D
Dammesek Damassés Devarim (Devarim) Deuteronômio (Livro)
D-s, D-us, Eterno Forma respeitosa de es- Derashá Sermão, palestra.
crever o nome de Deus sem citar seu Derashá al Haar Sermão da Montanha, ser-
nome completo. mão do monte
E
E.c Vide era comum Eheye = Eu sou o que Sou "Ehyeh" (hebrai-
Echad É um. ex: Adonai Echad; Um - Ela é co: ) ֶא ְהיֶהou "Ehyeh-Asher-Ehyeh" (hebr:
utilizada no tradicional Shemá, Deva- " אהיה אשר אהיה- conforme em Shemot 3:14)
rim 6:4. Ouve ó Israel, Adonai nosso Era comum (ec) Refere-se ao período comu-
D'us é Um. שמע ישראל יהוה אלקינו יהוה אחד mente chamado de Anno Domini (AD)
Shemá Isra'el Adonai Eloheinu Adonai ou depois de Cristo (dC).
Echad. Outros Exemplos Exemplo: "Dei- El-Elyion Eterno Altíssimo
xará portanto o homem seu pai e sua Eliyahu Elias
mãe e se unirá à sua mulher, e serão am- Elisheva (Isabel). Mãe de Yochanan, o Imer-
bos uma só carne" - Bereshit [Gn] 2:24 sor (Lc 1.5).
El'azar Lázaro Eloheinu Nosso D'us
Emissário(s) Apóstolo(s), HaShaliach, obreiro. Elohim Eterno; elohim: quando em minúscu-
Ehyeh Ehyeh Asher Ehyeh ou Eheye Asher lo refere-se a deuses.
111
Glossário
G
Galil Vide Hagalil Ger גרConverso goy (não-judeu)
Gan'Eden Paraíso. Literalmente jardim-do- Goy (Regular plural goyim )םיוגNação, gen-
-Éden; no judaísmo o termo também til, não judeu.
refere-se ao paraíso. Goyim (goyim) Plural de Goy nações (gen-
Gat-Sh'manim (Getsêmani) Jardim onde tios) não judeus
Yeshua orou e foi preso pela guarda do Guet (do hebraico )גטÉ o nome dado ao docu-
Templo. O termo significa literalmente mento de divórcio dentro do judaísmo.
"prensa de óleos". Gueulá ( )גאולהRedenção
Gavri'el Gabriel
H
Ha'Av O Pai, ver "Av" e "Abba" judeus nas festividades judaicas.
Habessorá [Hebr: שוָֹרה
ׂ ְּ ]הַבA palavra bessorá sig- Halachá Leis Judaicas
nifica novidades, notícias, mensagem, um Hananyah Ananias;
comunicado que recebeu, sentido do grego Hananyah e Shappirah Ananias e Safira
Evangelion. Boas Novas. Normalmente refe- Hamatvil O imersor; Batista.
rente às boas novas de Yeshua HaMashiach. HaMashiach Ver Yeshua HaMashiach e Mashiach.
HaElyon, El Elyon O Eterno Altíssimo O Ungido.
HafTorá ou Haftará [Hebr: הפטרה] [plural Hanokh Enoque
haftarot ou hafTorás] é um trecho de Hanucá ou Chanuká [do Hebraico Dedica-
texto dos Neviim (Os profetas) lidos na ção]; Também faz-se referência à festa
sinagogas geralmente após a leitura da da dedicação ou festa das luzes
Parashat haShavua Har HaZeitim הר הזיתיםO Monte das Oliveiras
HaG'vurah ou Hagvurá - "O Poder", eufemis- Hasatan o Adversário, o Satan
mo para designar o Eterno. Termo em Hashachar Alvorecer
hebraico utilizado para representar a HaShaliach Emissário; Apóstolo
majestade, ou poder, do Eterno. (Mt Hashem [do hebraico ]םשה, significando O
26.64). Nome. É uma forma para designar
Hagalil [Hebr: ]הגלילGalileia, Galil Eterno dentro do judaísmo, fora do
Hallel [Hebr: ]ה ְלל
ַ [do hebraico הלל, "Lou- contexto da reza ou da leitura pública
vor"] é de origem aramaica e significa do texto bíblico.
"cântico de louvor e exaltação a D'us", Havah - Chavá Eva
músicas que celebram a vida; É uma Havakuk Habacuque
oração judaica baseada em Tehilim Heilel (Lúcifer, Samael)
(Salmos 113-118), que é utilizada como Heilel ben-shachar הילל בן שחרEstrela da ma-
louvor e agradecimento, recitada pelos nhã (a estrela matutina), a estrela D'Alva.
112
Glossário
I
Igueret (igeret) carta em Hebraico; epístola; Izevel Jezabel
epístula (latim); epistulé (Grego). Plural:
Igerot (Igrot)
K
K'far-Nachum Cafarnaum Keneh ou qenéh ( )קנהCanônico
Kanai [ ]קנאיZelote - alguém que zela pelo Kohanim Ver Cohanim
nome do Eterno Kohen ver Cohen
Kaparah Propiciação, expiação, Interces- Kohen Gadol ver Cohen Gadol
são, mediação Kehilá Congregação, Comunidade
Kapporeth כַּפֶֹּרתTampa da Arca, Propiciató- Kol Goyim Todas as Nações
rio, lugar de intercessão, Expiação. Kosher (Kasher) A comida de acordo com a
Kasher Vide Kosher lei judaica. Baseada na Torá.
Kayim Caim Korban Ver Corban
Kayafa Caifás Korbanot Ver Corbanot
Kedoshim Tornar Santo, Povo Santo, Santificação Kasdim Caldeus
Kefa Pedro
L
Lashon Hará (Hebr: )לשון הרע, Lashon signi- má, ou língua maledicente. Fofoca.
fica língua e hará significa o mal/mau, Lavan Labão
então a melhor tradução seria língua Lemekh Lameque
M
Maasser Dízimo Mashiach (do hebraico mashiah, Moshiah,
Malakhi [ ]מלאכיmeu mensageiro, Malaquias. Mashiach, or Moshia") Que significa o
Malshin Acusador, informante, diabo. ungido. O Messias e traduzido para o
113
Glossário
N
Nakdimon Nicodemos Neviim [do hebraico ]נביאיםou Profetas; é o
Nôach Noé nome de uma das três seções do Tana-
Netilat-yadayim Ritual de lavar as mãos. ch, estando entre a Torá e Kethuvim.
O
Olam Hazê Este mundo Olam Rabá Mundo vindouro, reino Eterno,
Céu dos céus.
P
Paga Intercessão P'rush Parush, Fariseu;
Parokhet Cortina. Especificamente a que di- P'rushim: Parushim Fariseus
vidia o Santo dos Santos do restante do P'lishti [Pl. P'lishtim] filisteu
Templo ou tabernáculo. Pêssach Páscoa judaica, páscoa bíblica
Pessuk (pessukim) Passagem(ns) verso(s)
Purim Festa de Purim.
R
Rabban Título dado ao rabino superior (presidente) do Sinédrio, da qual ele é o
114
Glossário
T
Talmid [Pl: Talmidim] Seguidor, discípulo, estudante; xam essas caixinhas no braço e na tes-
Talmidot Discípulado ta, em obediência a Dt 6:8. São chama-
Tefilin [com raíz do hebraico Tefilá] Nome dos também de filactérios. Não deve
dado a duas caixas pretas, de couro, ser usado como adorno religioso (Mat-
que contêm pequenos rolos com passa- tityahu [Mt] 23.5).
gens bíblicas em seu interior (Shemot Tefilá [Pl: Tefilot] Oração
[Êx] 13.1-16; Dt 6.4-9; l1.13-21). Durante Tehilim Salmo, louvores.
as orações na sinagoga, os homens fi- Terumá ou Terumah Oferta
115
Glossário
Teshuvá [Hebr: תשובה, literalmente retorno] zes o termo "Torá"; Torat Moshê [ּתוַֹרת־
Conversão; é a prática de voltar às ori- ] מֹשֶׁה: lei de Moshê, também chamada
gens do judaísmo. Também tem o senti- de lei mosaica nos termos acadêmicos.
do de se arrepender dos pecados de ma- Tzaraat lepra Doença de pele. De modo ge-
neira profunda e sincera. Aquele que ral, não se trata do mal de Hansen (han-
passa pelo processo de Teshuvá com su- seníase), o significado moderno atribu-
cesso é chamado de Baal Teshuvá. ído à palavra "lepra".
Tanakh ou Tanach [Hebr: ]תנ״ךÉ um acrôni- Tarf ou treif Alimento não Kosher (não
mo utilizado para denominar seu con- Kasher), A comida que não estiver de
junto de livros sagrados Torá, Nevii- acordo com a lei judaica é chamada de
n(profetas) Ketuvin (escritos) treif ou treyf (em iídiche: טרייף, do he-
Tevilá ou Tevilah Imersão ou Batismo, Imer- braico |טֵר ָפה,
ְ transl. trfáh). Num sentido
são em água. mais técnico, treif significa "proibido",
T'oma Tomé. "dilacerado" e se refere à carne que veio
Tveryah (em hebraico: ֶריָה ְ ) Tiberíades ou
ְטב de qualquer animal que contenha algum
Tiberíade. defeito que o torne impróprio para o
Torá (Torá) (do hebraico תוָֹרה,
ּ Torá signifi- abatimento.
cando lei, instrução, apontamento). Lei Tzdukim Saduceus.
de D'us. É o nome dado aos cinco pri- Tsadic Homem Justo.
meiros livros do Tanach (também cha- Tzadikim justos.
mados de Hamisha Humshei Torá, Tzarot Mal, Aflições, problemas, preocupações
חמשה חומשי תורה- as cinco partes da Tzedaká [Pl: Tzedakot] Caridade, Oferta, fa-
Torá) Chamada também de Lei de zer Justiça, Justiça Social.
Moshê (Torat Moshê, )תוַֹרת־מֹשֶׁה,
ּ por ve-
V-Y-Z
Veachavta Lereacha Kamocha Amarás a teu dado às instituições para estudo da
próximo como a ti mesmo. Torá e do Talmud dentro do judaísmo
Vayikrá "E chamou" em Hebraico, Livro de Yerushalayim Jerusalém.
Levíticos. Yeshayahu Isaías.
Yarden Jordão. Yeshua Jesus, O nome hebraico Yeshua [ַיֵׁשוּע/]ישוע
Yehoshafat Josafá é uma forma alternativa de Yehoshua, Josué, e
Yehoram Jeorão é o nome completo de Jesus
Yehudah Judas; Yeshuá Salvação
Yehudah de K'riot: Judas Iscariotes. Yetser Hará/tov Inclinação para o mal/bem
Yehu Jéu. Yibum Levirato
Yako'ov Jacó, correspondente em hebraico Yitsak ou Yitschak Isaque
para Tiago. Yochanan João,
Yishmael Ismael. Yochanan Hamatvil Yochanan o imersor,
Yerichó Jericó. João Batista
Yeshivá [Hebr: [ ]ישיבהPl: Yeshivot] é o nome Yom Hadin Dia do Juízo
116
Abreviações
Yom Hashem Dia do Eterno, Dia do Senhor- Yonah Jonas
Juízo Yoshiyahu Josias
Yom Kipur ou Yom Hakipurim Dia da Expia- Zakkai Zaqueu
ção
117
Calendário
Tevet e Shevat
Janeiro
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Shabat
יום ראשון יום שני יום שלישי יום דביעי יום חמישי יום שישי שבת
1
כח
28
Parashá Vaerá
2 3 4 5 6 7 8
כט א ב ג ד ה ו
29 1 2 3 4 5 6
9 10 11 12 13 14 15
ז ח ט י יא יב יג
7 8 9 10 11 12 13
Parashá Beshalach
16 17 18 19 20 21 22
יד ט"ו יו יז יח יט כ
14 15 16 17 18 19 20
23 24 25 26 27 28 29
כא כב כג כד כה כו כז
21 22 23 24 25 26 27
Parashá Mishpatim
30 31
כח כט
28 29
118
Calendário
Shevat e Adar
Fevereiro
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Shabat
יום ראשון יום שני יום שלישי יום דביעי יום חמישי יום שישי שבת
1 2 3 4 5
כח כט ל א ב ג ד
28 29 30 1 2 3 4
6 7 8 9 10 11 12
ה ו ז ח ט י יא
5 6 7 8 9 10 11
Parashá Tetsavê
13 14 15 16 17 18 19
יב יג יד ט״ו יו יז יח
12 13 14 15 16 17 18
Omer 49
Shabat Pará
Purim Katan Shushan Purim Katan Parashá Ki Tissá
20 21 22 23 24 25 26
יט כ כא כב כג כד כה
19 20 21 22 23 24 25
Parashá Vayakhel
27 28
כו כז
26 27
Adar I e Adar II
Março
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Shabat
יום ראשון יום שני יום שלישי יום דביעי יום חמישי יום שישי שבת
1 2 3 4 5
כו כז כח כט ל א ב
26 27 28 29 30 1 2
Rosh Chodesh
Rosh Chodesh Adar II Adar II Parashá Pecudê
6 7 8 9 10 11 12
ג ד ה ו ז ח ט
3 4 5 6 7 8 9
Parashá Vayicrá
13 14 15 16 17 18 19
י יא יב יג יד ט״ו יו
10 11 12 13 14 15 16
Omer 49
Jejum de Ester
Erev Purim Purim Shushan Purim Parashá Tzav
20 21 22 23 24 25 26
יז יח יט כ כא כב כג
17 18 19 20 21 22 23
Parashá Shemini
27 28 29 30 31
כד כה כו כז כח
24 25 26 27 28
119
Bençãos Diversas
ברכות תורה
Bênção para estudo da Torá
Baruch ata Adonai Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך ַא ָתּה יהוה ְ ָבּ
Elohênu mélech nosso D'us, Rei do ְֱאלֹהֵֽינוּ מֶֽלֶך
haolam, asher universo, que nos ָהעוֹלָם ֲאשֶׁר
báchar bánu escolheu dentre ָֽחר בָּֽנוּ
ַבּ
mikol haamim todos os povos e nos ִמ ָכּל ָה ַע ִמּים
venátan lánu et torato. deste a Tua Torá. תּוֹרתוֹ
ָ ָתן ָלֽנוּ ֶאת ַ ְונ
Baruch ata Adonai, Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך ַא ָתּה יהוה ְ ָבּ
noten hatora. que nos deste a Torá. תּוֹרה
ָ נוֹתן ַה ֵ
Benção posterior à leitura Benção posterior à leitura ברכה לאחר הקריאה׃
Baruch ata Adonai Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך ַא ָתּה יהוהְ ָבּ
Elohênu mélech nosso D'us, Rei do ְ ֱאלֹהֵֽינוּ מֶֽל
ֶך
haolam, asher universo, que nos destes ָהעוֹלָם ֲאשֶׁר
nátan lánu torat a Lei da verdade e ֽתן ָלֽנוּ תּוַֹרת ַ ָנ
emet vechaie olam plantastes a vida ֱא ֶמת ְו ַחיֵּי עוֹלָם
nata betochênu. eterna entre nós. ָטע ְבּתוֹכֵֽנוּ ַנ
Baruch ata Adonai, Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך ַא ָתּה יהוהְ ָבּ
noten hatora. que nos deste a Torá. תּוֹרהָ נוֹתן ַה ֵ
ברכות ההפטרה
Bênção para estudo da Haftará (profetas)
Baruch ata Adonai Bendito és Tu, Eterno, ּך ַא ָתּה יהוה ְ בָּרו
Elohênu mélech nosso D'us, Rei do ְ ֱאלֹהֵֽינ ּו מֶֽל
ֶך
haolam, asher báchar universo, que escolhestes ָֽחר
ַ ָהעוֹלָם ֲאשֶׁר ב
bineviim tovim bons profetas ׂבים ִ יאים טו ִ ְבִ ִבּנ
veratsa bedivrehem e que quisestes Suas יהםֶ ְוָרצָא ְב ִד ְבֵר
haneemarim palavras ditas ּא ָמִרים ֱ ַה ֶנ
beemet. verdadeiramente. ֶבּ ֱא ֶ מת
Baruch ata Adonai, Bendito sejas Tu, Eterno, ָבּרוּך ַא ָתּה יהוה ְ
habocher batora que escolhestes a Torá, ׂחר ַבּ ּתוָׂרה ֵ ַה ּבו
uveMoshê avdo Teu servo Moshê, Teu ֹשׂה ַע ְב ּדוֹ ֶ ּב מ ְו
uveisrael amo uvinvie povo de Israel e profetas יאי
ֵ ְב
ִ ּבנ
ִ ְׂר ֵאל ַע ּמוֹ ו ָּביִש ְו
haemet vehatsédek. da verdade e da justiça. ָה ֱא ֶמת ְו ֶצֶּדק
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Bençãos Diversas
Baruch ata Adonai Bendito és Tu, Eterno, nosso רוּך ַא ָתּה יהוה ְ ָבּ
Elohênu mélech haolam, D'us, Rei do universo, ֶך ָהעוֹלָםְ ֱאלֹהֵֽינ ּו מֶֽל
asher natan lánu que deu-nos a palavra da ָֽחר ָלֽנוַּ ֲאשֶׁר ב
hadevar haemet, verdade e plantou a vida ָׅא ֶמתֱ ַה ְד ַבר ה
vechaie olam nata eterna em nosso meio. ָטעַ ְו ַחיֵּי עוֹלָם נ
betochênu. Baruch ata Bendito sejas ְ ְבּתוֹכֵֽנוּ ָבּ
רוּך ַא ָתּה
Adonai noten habrit Tu, Eterno, que nos deste נוֹתן ַה ְבּׅריתֵ יהוה
haHadashá. a Nova Aliança. הםְ שׁ ָ ַה ַחָד
121
Islamabad
1
Afeganistão
China
Irã
Paquistão Nepal
Butão
124
Bangladesh
Omã Mianmar Hanói
Índia 2
Laos
Rangun
Tailândia Filipinas
DIVISÃO
Vietnã Manila
Bancoque 4 Camboja
Phnom
Penh 3
Palau
Colombo Sri Lanka
UNIÕES Malásia Brunei
União de Bangladesh - Central Filipina - Indonésia Oriental
União mianmar - Norte-Filipina - Paquistão - Sul-Filipina Kuala Lumpur
União do Sudeste Asiático - União da Indonésia Ocidental
Sri Lanka - Timor Leste
PROJETOS
1 Centro de saúde no norte do Paquistão.