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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL


DEPARTAMENTO OPERACIONAL
COMANDO DE MISSÕES ESPECIAIS
BATALHÃO DE POLICIAMENTO DE CHOQUE
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APOSTILA DE TIRO
POLICIAL NÃO LETAL

MAINAR FEITOSA DA SILVA ROCHA – 2º SGT PMDF


EDERSON REIS DA ROCHA – 2º SGT PMDF

Brasília-DF, setembro de 2013.

“Brasília – Patrimônio cultural da humanidade.”


Batalhão de Policiamento de Choque – SAISo Qd 03 AE nº 05 – Cep.70.619/970 Brasília/DF
Telefone: (61) 3910-1933 e (61) 3910-1934
TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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PREFÁCIO
O Brasil passa por constantes mudanças políticas, econômicas e sociais. Isso por sua
vez melhora as expectativas de vida das pessoas, porém vem provocando o crescimento acelerado
da população, principalmente nos grandes centros urbanos.
Contudo, vale lembrar que normalmente esse crescimento não vem acompanhado (ao
menos na mesma proporção e velocidade) dos meios necessários para garantir a chamada dignidade
da pessoa humana e assim atender as necessidades do ser humano como: emprego, saúde,
habitação, escolas, transporte público de qualidade, etc.
Nesse cenário o Distrito Federal não é diferente e por isso, a Polícia Militar do
Distrito Federal busca, através do curso de Operações Químicas, proporcionar o acesso, a
disseminação e a criação de formadores de opinião sobre as Técnicas e Tecnologias de Menor
Potencial Ofensivo e o seu emprego nas ações policiais de Segurança Pública, seguindo a doutrina
do Uso Diferenciado da Força, formalizado pela Portaria Interministerial nº 4.226 de 31 de
dezembro de 2010, permitindo assim a especialização de seus policiais membros.
Mas a questão é: “por que usarmos uma força policial para conter as manifestações do povo
se a razão de ser de qualquer governo é o bem estar de seus nacionais? Até que ponto os direitos
fundamentais poderão ser usufruídos em detrimento da ordem pública e vice-versa? O que vemos é que por
influência de pessoas tidas como líderes, muitos eventos pacíficos tornam-se desordeiros, isso no universo
das manifestações públicas e dos eventos esportivos, tal como acontece em jogos de futebol. Outros
problemas vivenciados em nossa realidade social encontram suas raízes naqueles de ordem social,
econômica, política, educacional, etc. Daí resultam, por exemplo, os vários conflitos em estabelecimentos
prisionais. A deficiência do nosso sistema carcerário já não é de hoje e ainda não foi encontrada uma
solução pacífica. Da mesma forma vislumbramos que as invasões de terras públicas e privadas, bem como
as de instalações estas últimas muito comuns no Distrito Federal estão diretamente ligadas a problemas de
gestão do Governo Federal e Estadual.” (Cap. PAIM – Trecho retirado do M2PM – Manual de
Operações de Choque da PMDF, pág. VII).
Dentro desse contexto o tiro policial não letal se torna uma disciplina importante na
formação dos operadores químicos, porque a sociedade que nomeia o policial como seu defensor,
espera que este faça o uso legal, necessário, oportuno e proporcional das tecnologias de menor
potencial ofensivo que tem a disposição.

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VIII CURSO DE OPERAÇÕES QUÍMICAS/2013 - PMDF


TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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INTRODUÇÃO
O tiro policial não letal ensinado aqui tem por objetivo ensinar aos agentes
encarregados da aplicação da lei a prática de tiro voltado para a simulação de situações de emprego
real.
Como tais agentes, os Operadores Químicos serão chamados a defender a sociedade
com situações que ensejam o uso das munições de menor potencial ofensivo como, por exemplo, as
de impacto controlado. Assim se faz necessário que o policial tenha conhecimentos técnicos
específicos para sua correta utilização.
De forma singular, também serão comentados e executados alguns tipos de
treinamento que podem ser levados a efeito, mas necessariamente será preciso o apoio de um
Instrutor capacitado para melhor explorar o que virá adiante. Ademais, as lições aqui presentes não
são de concepção original ou mesmo exclusivas dos autores, mas serão exploradas de maneira
exeqüível, buscando informar e aprimorar o policial, sem, contudo ter a pretensão de esgotar a
matéria.
É hora, portanto, de iniciarmos nosso treinamento buscando a eficiência que
podemos e devemos proporcionar à sociedade.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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MUNIÇÕES NÃO LETAIS NAS ESPINGARDAS E LANÇADORES

GENERALIDADES
As munições de menor potencial ofensivo a serem empregadas nas espingardas no
calibre 12 e lançadores nos calibres 37 mm, 38.1 mm e 40 mm x 46mm, tenderam a seguir as
mudanças do comportamento e pensamento organizacional da Polícia Militar do Distrito Federal
(PMDF) no que diz respeito aos meios empregados para se preservar e/ou restabelecer a Ordem
Pública no campo da Segurança Pública.
Assim, e seguindo a Doutrina do Uso Diferenciado da Força (UDF), compreende-se
que o emprego desse tipo de munição provoca uma inovação estratégica e também o
desenvolvimento de novas metodologias de abordagem tático/operacional quando do emprego do
Operador Químico em tropas especializadas em Controle de Distúrbios Civis, Patrulhamento Tático
Móvel e Operações Especiais.

MUNIÇÕES
Munições são “a reunião dos elementos necessários a alimentação da arma em um
único corpo.”
Por analogia entendemos que as munições não letais a serem empregadas em
espingardas (calibre 12) e lançadores (calibre 37 mm, 38.1 mm e 40 mm x 46mm) são as unidades
modernas das armas de fogo onde se reúnem os elementos projetados e necessários a alimentação
da arma e que possibilitam seu emprego tático/operacional contra pessoas/material de maneira não
letal.
Em nosso curso vamos classificá-las da seguinte forma:
1. Impacto Controlado;
2. Jato Direto;
3. Projéteis Explosivos;
4. Projéteis de Emissão Lacrimogênea ou Emissão Fumígena.

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Observando-as é possível perceber que de modo geral os cartuchos de munições não


letais a serem empregadas nas espingardas e lançadores são compostos por:

a) Estojo;
b) Projétil (elastômeros, agentes lacrimogêneos, etc);
c) Carga de Projeção (ou pólvora);
d) Espoleta (ou misto detonante);
e) Bucha (pneumática ou não).

ESTOJO
Existem dois grupos a serem considerados:
 Calibre 12;
 Calibre 37 mm, 38.1 mm e 40mm x 46mm.
O estojo das munições no calibre 12 apresenta como características gerais:
Ser confeccionado em plástico branco translúcido, o que permite a observação do
tipo de projétil presente em seu interior, além de diferenciar os cartuchos que contém balins ou
balotes de chumbo, que normalmente são vermelhos, cor consagrada mundialmente para indicar um
padrão de perigo;
Seu formato é cilíndrico e possui base reforçada com aro de metal tipo latão (que
facilita a extração do estojo);
1. Estojo de fogo central porque a espoleta é colocada no centro da base;
Não se oxida facilmente, resistindo à corrosão e possui propriedades de expandir-se
quando da percussão;
O estojo das munições no calibre 37 mm, 38.1 mm e 40 mm x 46mm apresentam
como características gerais:
1. Ser confeccionado em alumínio ou plástico preto opaco;
2. Seu formato varia do tipo cilíndrico ou garrafa e possui base tipo aro (facilita
a extração);
3. Estojo de fogo central porque a espoleta é colocada no centro da base;
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Não oxida-se facilmente, resistindo à corrosão e possui propriedades de expandir-se
quando da percussão;
PROJÉTIL
Dos mais variados tipos são em sua maioria compostos de elastômero macio,
contudo, existem modelos com projéteis explosivos, cargas lacrimogêneas, pó inócuo, etc.

ESPOLETA
Pequeno corpo metálico que contém determinada quantidade de mistura explosiva
destinada a inflamar a carga de projeção. É alojada na base do estojo através de pressão e a
percussão ocorre quando ela é comprimida, e como a mistura é sensível ao choque, inflama-se e dá
início a combustão da carga de projeção (pólvora) do cartucho.

CARGA DE PROJEÇÃO
É um propelente sólido que possui queima controlada e progressiva, e ao queimar
geram gases a uma velocidade muito rápida, e que ocupam volumes muitas vezes maior que os
sólidos que os geraram. Mediante esta ação os projéteis são expulsos do interior do cano dos
respectivos armamentos.

BUCHA
São estruturas que tem a finalidade de agrupar os componentes internos do cartucho
e conduzir a carga (ou projétil) para fora da arma.

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MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO
Como ensina a experiência profissional existem casos especiais como as ocorrências
de Distúrbios Civis onde pode ser necessário o uso das munições de impacto controlado.
Essas munições têm sido incrementadas principalmente por causa de suas aplicações
policiais, com a finalidade obedecer aos conceitos não letais, como o que se segue: “incapacitar
pessoal ou material, ao mesmo tempo em que minimizam mortes, ferimentos permanentes no
pessoal, danos indesejáveis à propriedade e comprometimento do meio-ambiente”. (Allen Holmes
– Subsecretário de Defesa EUA, por ocasião da II Conferência de Defesa Não-Letal, na Virgínia,
em 1996)
Por seu emprego, funções e tecnologia podem ser classificadas como recursos
antipessoais de restrição física.
Observa-se que são constituídas de cartuchos com projéteis de elastômero (borracha),
para serem disparados diretamente contra pessoas, a fim de causar ferimentos não letais e estão
disponíveis em dois tamanhos (ou calibre):
 calibre 12 (normalmente usado em espingardas);
 calibres 37 mm, 38.1 mm e 40mm x 46mm (normalmente usado em
lançadores);

MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO NO CALIBRE 12


Compostas por projéteis de borracha possuem carga de projeção menor do que nos
modelos de “caça”, sendo em sua maioria empregadas a distância de utilização de 20 a 50 metros e
outras com distância de utilização de 05 a 30 metros.
Podem ser lançadas por espingardas tipo “pump action”, ou mesmo por espingardas
semi-automáticas no regime pump. Como curiosidade podem ainda serem disparadas através de
“cassetetes lançadores”, que são feitos de metal e que podem ser utilizados como cassetetes ou
podem ser empregados como lançadores, inserindo em seu interior um cartucho de munição de
impacto controlado, que, funciona através de um mecanismo de disparo comprimido por mola. A
doutrina de Operações Químicas recomenda a não utilização do cassetete projetor com
munições de borracha, pois o tamanho do cano é muito curto prejudicando a precisão e, pela
capacidade limitada de carregamento, um cartucho por vez.
Ao atingir o ser humano pode causar hematomas e fortes dores, com alto poder de
intimidação psicológica que é o principal objetivo do tiro policial não letal.

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Ao utilizá-las o policial deve ter o cuidado de atirar somente nos membros inferiores
(região das pernas), evitando, portanto, a cabeça, tórax e baixo ventre, pois o risco de graves lesões
permanentes na caixa craniana e seus órgãos é muito alto. A expressão “da linha da cintura pra
baixo” é equivocada, pois devemos livrar o baixo ventre para não causar lesões permanentes, como
esterelidade nos homens, perfuração do entestino entre outro efeitos danosos.
Observações importantes em relação ao emprego são:
 Se empregadas a distâncias inferiores das recomendadas pelos fabricantes,
poderão causar grave lesão ou mesmo o resultado morte à pessoa atingida;
 Se empregadas a distâncias maiores que 50 metros têm sua eficiência
comprometida, ou seja, pode-se não alcançar o resultado desejado de se
atingir o agressor ou mesmo se atingí-lo, não será com a energia necessária
para se fazer cessar a agressão e se alcançar a intimidação psicológica.

Munição de borracha monoimpacto com projétil cilindrico no cal. 12.


Cartucho com 67 (sessenta e sete) milímetros de comprimento, estojo plástico branco
translúcido e 01 (um) com projétil cilíndrico de elastômero na cor preta.
Pode ser disparada contra uma ou mais pessoas, com a finalidade de deter ou
dispersar os infratores, em alternativa ao uso de munições tidas como letais.
O disparo deve ser feito em um espaço de utilização de 20 a 50 metros, apontando-
se a arma para a região das pernas.
Não realizar o tiro contra a cabeça e baixo ventre.
Essa é evitada em Operações Policiais Militares do Distrito Federal tendo em vista
atingirem o alvo de maneira imprecisa (pode causar lesões do tipo corte). Isso ocorre porque as
armas empregadas não possuem raiamento e a forma do projétil (diâmetro, comprimento e seção
transversal oposta à resistência do ar) sofre grande influencia da resistência do ar (elemento
frenador), interferindo na estabilidade da projeção, precessão (mudança do eixo de rotação) e
nutação em relação ao eixo de trajetória, possuindo apenas o movimento de translação.
Porém, ainda é empregada em treinamentos como uso de munições não letais contra
alvos inanimados, porque permite compreender o recuo da arma e melhorar na precisão do disparo.

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Figura 02

Munição de borracha tri-impacto com projéteis esféricos no cal. 12.


Cartucho com 67 (sessenta e sete) milímetros de comprimento, estojo plástico branco
translúcido e 03 (três) projéteis esféricos de elastômero na cor preta.
Apesar do fabricante permitir o seu uso em alvos múltiplos, a doutrina de operações
químicas prima pelo tiro seletivo e orienta que a utilização dessas munições seja específica para um
só agressor
O disparo deve ser feito em um espaço de utilização de 20 a 50 metros, apontando-se
a arma para a região das pernas.
Não realizar o tiro contra a cabeça e baixo ventre.
Esse modelo é evitado em Operações Policiais Militares do Distrito Federal tendo em
vista não tratar-se de um projétil único e assim pode atingir o alvo de maneira imprecisa.
Porém, ainda são empregadas em treinamentos como uso de munições não letais
contra alvos inanimados, porque permite compreender o recuo da arma e melhorar na precisão do
disparo.

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Figura 03

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Munição de borracha tri-impacto com projéteis cilindricos no cal. 12.
Cartucho com 67 (sessenta e sete) milímetros de comprimento, estojo plástico branco
translúcido e 03 (três) projéteis cilíndricos de elastômero na cor preta.
Segundo o fabricante, pode ser disparada contra uma ou mais pessoas, com a
finalidade de deter ou dispersar os infratores, em alternativa ao uso de munições tidas como letais.
Apesar do fabricante permitir o seu uso em alvos múltiplos, a doutrina de operações
químicas prima pelo tiro seletivo e orienta que a utilização dessas munições seja específica para um
só agressor.
O disparo deve ser feito em um espaço de utilização de 20 a 50 metros, apontando-se
a arma para a região das pernas.
Não realizar o tiro contra a cabeça e baixo ventre.
Esse modelo é evitado em Operações Policiais Militares do Distrito Federal tendo em
vista não tratar-se de um projétil único e assim pode atingir o alvo de maneira imprecisa por causa
do “choque” e também porque as armas empregadas não possuem raiamento e a forma dos projéteis
(diâmetro, comprimento e seção transversal oposta à resistência do ar) sofrem grandes influências
da resistência do ar (elemento frenador), interferindo na estabilidade de projeção, precessão e
nutação em relação ao eixo de trajetória, possuindo apenas o movimento de translação.
Porém ainda é empregado em treinamentos como uso de munições não letais contra
alvos inanimados, porque permite compreender o recuo da arma e melhorar na precisão do disparo.
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Figura 04

Munição de borracha multi-impacto com projéteis esféricos no cal. 12.


Cartucho com 67 (sessenta e sete) milímetros de comprimento, estojo plástico branco
translúcido e 18 (dezoito) projéteis esféricos de elastômero na cor preta.
Segundo o fabricante, pode ser disparada contra uma ou mais pessoas, com a
finalidade de deter ou dispersar os infratores, em alternativa ao uso de munições tidas como letais.
Apesar do fabricante permitir o seu uso em alvos múltiplos, a doutrina de operações
químicas prima pelo tiro seletivo e orienta que a utilização dessas munições seja específica para um
só agressor.
O disparo deve ser feito em um espaço de utilização de 20 a 50 metros, apontando-se
a arma para a região das pernas.
Não realizar o tiro contra a cabeça e baixo ventre.
Esse modelo é evitado em Operações Policiais Militares do Distrito Federal tendo em
vista não tratar-se de um projétil único e assim pode atingir o alvo de maneira imprecisa.
Porém, ainda é empregado em treinamentos como uso de munições não letais contra
alvos inanimados, porque permite compreender o recuo da arma e melhorar na precisão do disparo.

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Figura 05

Munição de borracha mono-impacto com projétil dotado de saia estabilizadora e base oca no cal.
12.
Cartucho com 67 (sessenta e sete) milímetros de comprimento, estojo plástico branco
translúcido e 01 (um) projétil de elastômero na amarela dotado de saia estabilizadora e base oca
(holow base).
Pode ser disparado contra uma pessoa por vez, com a finalidade de deter ou dispersar
o(s) infrator(es), obedecendo a intervenção seletiva com munições de impacto controlado.
O disparo deve ser feito em um espaço de utilização de 20 a 50 metros, apontando-se
a arma para a região das pernas.
Já temos no mercado nacional, a mesma munição destinada à enfrentamentos de
curta distância (de 05 a 30 metros), que tem sua cor diferenciada, comumente, cinza.
Não realizar o tiro contra a cabeça e baixo ventre.
Esses modelos são largamente utilizados em Operações Policiais Militares no
Distrito Federal, por proporcinarem aos operadores a realização de tiros seletivos, dada a sua maior
precisão em razão da sua saia estabilizadora e da sua base oca (hollow base).

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Figura 06

MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO NOS CALIBRES 37mm, 38.1mm, 40mm e 40mm


x 46mm.

O calibre 38.1 mm é expresso corretamente no sistema métrico, que não é o mesmo que o
.38 e que, tratam-se de 38 alvos de polegada, equivalentes a 9,68 mm. O 38.1 mm juntamente com
o 40 mm e o menos utilizado 37 mm, são calibres para armas de apenas um tiro ou armas com
sistema de repetição tipo tambor de revólver, chamados de multi-lançadores de granadas.
O modelo militar mais famoso de um tiro usado no Brasil é o M-79, de 40 mm,
muito usado na guerra do Vietnã e capaz de disparar um tiro de cada vez, sendo recarregado
basculando-se o cano. Outro modelo militar é o M-203, de 40 mm acoplado geralmente à parte de
baixo dos fuzis M 16. Tais armas podem lançar projéteis como granadas de alto-explosivo, munição
antipessoal, com bagos de chumbo ou tipo “flechetes”, granadas iluminativas com ou sem pára-
quedas, munição incendiária com ou sem fósforo branco e com projéteis de borracha. Estas
munições podem ser lançadas a uma distância de até 300 m. Os calibres 37 mm e 38.1 mm são
calibres mais utilizados por Forças Policiais possuindo quase que exclusivamente projéteis de
borracha. Existem dois modelos de munição de borracha para lançadores de granadas de 38.1 mm: a
munição tri-impacto super, com três projéteis esféricos de elastômeros, com diâmetro aproximado
de 38 mm e a munição multi-impacto super, com 12 projéteis esféricos de elastomêros, com
diâmetros aproximados de 12 mm. Ambos os tipos de cartuchos devem ser disparados de uma

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distância mínima de 20 m, em direção às pernas do agressor, evitando-se assim danos maiores ou
até mesmo a morte. Existe também um lançador, no formato de uma tonfa, que pode ser utilizado
como tal ou pode ser desmontado e inserido em seu interior um cartucho de borracha, podendo ser
disparado a até 100 m de distância, como exemplo, temos o AM 507C (fabricação nacional).
Observações importantes em relação ao emprego são:
 Se empregadas a distâncias inferiores das recomendadas pelos fabricantes,
poderão causar grave lesão ou mesmo o resultado morte à pessoa atingida;
 Se empregadas a distâncias maiores que 50 metros têm sua eficiência
comprometida, ou seja, pode-se não alcançar o resultado desejado de se
atingir o agressor ou mesmo se atingí-lo, não será com a energia necessária
para se fazer cessar a agressão e se alcançar a intimidação psicológica.

Munição de borracha tri-impacto super com projéteis esféricos nos calibres 37, 38.1 e 40mm.
Cartucho com 124 (cento e vinte quatro) milímetros de comprimento, estojo em
alumínio e 03 (três) projéteis esféricos de elastômero.
Pode ser disparado contra uma ou mais pessoas, com a finalidade de deter ou
dispersar os infratores, em alternativa ao uso de munições tidas como letais.
O disparo deve ser feito em um espaço de 20 a 50 metros, apontando-se a arma para
a região das pernas. No caso do tórax não se recomenda este modelo tendo em vista o “choque”
(cone de dispersão), diretamente relacionadas à distâncias de emprego.
Não realizar o tiro contra a cabeça e baixo ventre.
Esse modelo é largamente utilizado em Operações Policiais Militares no Distrito
Federal.

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Figura 07

Munição de borracha multi-impacto super com projéteis esféricos nos calibres 37, 38.1 e 40mm.
Cartucho com 115 (cento e quinze) milímetros de comprimento, estojo em alumínio
e 12 (doze) projéteis esféricos de elastômero.
Pode ser disparado contra uma ou mais pessoas, com a finalidade de deter ou
dispersar os infratores, em alternativa ao uso de munições tidas como letais.
O disparo deve ser feito em um espaço de 20 a 50 metros, apontando-se a arma para
a região das pernas. No caso do tórax não se recomenda este modelo tendo em vista o “choque”
(cone de dispersão), diretamente relacionadas à distâncias de emprego.
Não realizar o tiro contra a cabeça e baixo ventre.
Esse modelo é largamente utilizado em Operações Policiais Militares no Distrito
Federal.

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Figura 08

Munição com projétil expansível nos calibres 37 e 40mm.


Cartucho com 100 (cem) milímetros de comprimento, estojo em alumínio e 01 (um)
projétil expansível, ou seja, aproximadamente 100 (cem) gramas de talco industrial envolto por uma
película de borracha.
Pode ser disparado contra uma pessoa por vez, com a finalidade de deter ou dispersar
os infratores, em alternativa ao uso de munições tidas como letais.
O disparo deve ser feito em um espaço de utilização de 05 a 30 metros, apontando-se
a arma para a região das pernas. Bastante eficaz em enfrentamentos a curta distância e para a
promoção do tiro seletivo.
Não realizar o tiro contra a cabeça e baixo ventre.
Esse modelo é largamente utilizado em Operações Policiais Militares no Distrito
Federal.

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Figura 09

Munição com projétil plástico com ponta em espuma de EVA no calibre 40mm x 46mm.
Cartucho com 101 (cento e um) milímetros de comprimento, estojo em alumínio e 01
(um) projétil plástico dotado de cinta de forçamento com ponta em espuma de EVA. A cinta de
forçamento é localizada próximo à base do projétil com finalidade de estabilizar a munição em sua
trajetória, tendo em vista, a interação desta estrutura com as raias do lançador específico para esse
calibre. Então, esse tipo de tecnologia só irá proporcionar um tiro preciso e estável se for projetada
por um lançador com alma raiada.
Pode ser disparado contra uma pessoa por vez, com a finalidade de deter ou dispersar
os infratores, em alternativa ao uso de munições tidas como letais.
O disparo deve ser feito em um espaço de 20 a 50 metros, apontando-se a arma para
a região das pernas.
Não realizar o tiro contra a cabeça e baixo ventre.
Esse modelo é utilizado em Operações Policiais Militares no Distrito Federal.

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Figura 10

Munição com projétil plástico com ponta em espuma macia com cápsula interna frangível com
agente lacrimogeneo CS no calibre 40mm x 46mm.
Cartucho com 95 (noventa e cinco) milímetros de comprimento, estojo em alumínio
e 01 (um) projétil plástico dotado de cinta de forçamento com ponta em espuma macia com cápsula
interna frangível com agente lacrimogêneo CS. A cinta de forçamento é localizada próximo à base
do projétil com finalidade de estabilizar a munição em sua trajetória, tendo em vista, a interação
desta estrutura com as raias do lançador específico para esse calibre. Então, esse tipo de tecnologia
só irá proporcionar um tiro preciso e estável se for projetada por um lançador com alma raiada.
Pode ser disparado contra uma pessoa por vez, com a finalidade de deter ou dispersar
os infratores, em alternativa ao uso de munições tidas como letais.
O disparo deve ser feito em um espaço de 20 a 50 metros, apontando-se a arma para
a região das pernas. Bastante eficaz em enfrentamentos a curta distância e para a promoção do tiro
seletivo.
Não realizar o tiro contra a cabeça e baixo ventre.
Esse modelo é utilizado em Operações Policiais Militares no Distrito Federal.

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Figura 11

Munição com projétil plástico com ponta em espuma macia com cápsula interna frangível com gel
marcador no calibre 40mm x 46mm.
Cartucho com 94 (noventa e quatro) milímetros de comprimento, estojo em alumínio
e 01 (um) projétil plástico dotado de cinta de forçamento com ponta em espuma macia com cápsula
interna frangível com gel marcador que possibilita a identificação dos infratores para posterior
detenção. A cinta de forçamento é localizada próximo à base do projétil com finalidade de
estabilizar a munição em sua trajetória, tendo em vista, a interação desta estrutura com as raias do
lançador específico para esse calibre. Então, esse tipo de tecnologia só irá proporcionar um tiro
preciso e estável se for projetada por um lançador com alma raiada.
Pode ser disparado contra uma pessoa por vez, com a finalidade de deter ou dispersar
os infratores, em alternativa ao uso de munições tidas como letais.
O disparo deve ser feito em um espaço utilização de 20 a 50 metros, apontando-se a
arma para a região das pernas.
Não realizar o tiro contra a cabeça e baixo ventre.

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Figura 12

MUNIÇÕES DE JATO DIRETO


São munições que podem se apresentar nos calibres 12mm e 37/38.1mm,
acompanhadas de uma carga de pó lacrimogêneo de Oleoresin de Capsicum (OC) ou de
Ortoclorobenzalmolononitrilo (CS). Utilizam o recurso do agente lacrimogêneo para reduzir a
capacidade combativa do agressor e necessitam de projetores específicos para sua aplicação.
No caso das munições de jato direto no calibre 12mm, os fabricantes autorizam a sua
projeção em espingardas do mesmo calibre, pórem, a inteligência prática nos mostra que se
utilizarmos este tipo de armamento poderemos nos deparar com alguns incovenientes, a exemplo:
 Perda de percentual significativo de agente lacrimogêneo no interior do cano
das espingardas, principalmente se estas estiverem lubrificadas com óleo;
 Risco de oxidação das partes metálicas das espingardas caso permaneçam
resíduos de agente lacrimogêneo, por falta de manutenção.
Em razão desses incovenientes, orientamos que para essas tecnologias sejam
utilizados projetores específicos que são oferecidos nos catálogos dos fornecedores.
Para as munições de jato direto nos calibres 37mm e 38.1mm são utilizados os
lançadores dos mesmos calibres que são empregados com munições de elastômeros e projetéis de
emissão.

Observações importantes em relação ao emprego:


 Apesar de serem batizadas como munições de “jato direto”, não devem ser

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VIII CURSO DE OPERAÇÕES QUÍMICAS/2013 - PMDF


TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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direcionadas diretamente no rosto do agressor, sob risco de provocar lesões
graves nos olhos. Recomenda-se que a arma deve ser apontada a um ângulo
tal que permita que a carga lacrimogênea se disperse um pouco acima da
cabeça do agressor;
 Se empregadas a distâncias maiores que especificadas pelos fabricantes, têm
sua eficiência comprometida, ou seja, pode-se não alcançar o resultado
desejado de se atingir o agressor ou mesmo se atingí-lo, não será hábil para
provocar os efeitos propostos pelo agente lacrimogêneo;
 Evite o disparo contra o vento, sob risco de provocar a autocontaminação do
agente (efeito blow back);
 No disparo com munições do cal. 37/38.1/40mm , evite realizar a visada junto
ao armamento, sob o risco de ser contaminado pelo recuo do agente através
da culatra, caso não esteja utilizando uma máscara contragases;
 Munições deste tipo no cal. 12mm, são pouco eficazes em áreas de
campanha, por isso, sugerimos a aplicação de munições de jato direto no cal.
37mm ou 38.1mm por conter uma quantidade maior de agente lacrimogêneo;
 Tem como objetivo principal de evitar o contato físico dos agressores com a
equipe policial, bem como, de promover a dispersão desses quando não haja a
distância suficientemente segura para o emprego de outras tecnologias;
 Fique atento à direção do vento para que a “nuvem” lacrimogênea não migre
para áreas sensíveis como, hospitais, creches, casas de idosos e etc;
 Sempre depois de sua utilização faça a limpeza do respectivo projetor para
que não ocorra a oxidação.

Cartucho com carga de cristais de CS e diluente sólido em pó no cal. 12mm.


Cartucho com 64 (sessenta e quatro) milímetros de comprimento, estojo plástico
branco translúcido contendo uma carga lacrimogênea de cristais de CS e diluente em pó.
Deve ser disparado contra somente uma pessoa por vez, devido à quantidade
reduzida de pó lacrimogêneo, com a finalidade de deter ou dispersar o(s) infrator(es), em alternativa
ao uso de munições tidas como letais.
O disparo deve ser feito a uma distância de 03 (três) metros entre o projetor da
munição e o agressor, apontando-se a arma um pouco acima da cabeça.
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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Não realizar o tiro contra o vento.
Esse modelo de munição de jato direto não é utilizado nas operações policiais
militares no Distrito Federal, pois consideramos ineficaz em razão da pouca quantidade de carga
lacrimogênea e devido ao nível baixo de operacionalidade do seu projetor (cassetete projetor
rosqueável).

Figura 13

Cartucho com carga de oleoresin de capsicum em pó no cal. 12mm.


Cartucho com 64 (sessenta e quatro) milímetros de comprimento, estojo plástico
branco translúcido contendo uma carga lacrimogênea de OC em pó.
Deve ser disparado contra somente uma pessoa por vez, devido à quantidade
reduzida de pó lacrimogêneo, com a finalidade de deter ou dispersar o(s) infrator(es), em alternativa
ao uso de munições tidas como letais.
O disparo deve ser feito a uma distância de 03 (três) metros entre o projetor da
munição e o agressor, apontando-se a arma um pouco acima da cabeça.
Não realizar o tiro contra o vento.
Esse modelo de munição de jato direto não é utilizado nas operações policiais
militares no Distrito Federal, pois consideramos ineficaz em razão da pouca quantidade de carga
lacrimogênea e devido ao nível baixo de operacionalidade do seu projetor (cassetete projetor

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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rosqueável).

Figura 14

Cartucho com carga de cristais de CS e diluente sólido em pó no cal. 37/38mm


Cartucho com 140 (cento e quarenta) milímetros de comprimento, estojo em
alumínio contendo carga lacrimogênea com cristais de CS e diluente sólido em pó.
Deve ser disparado contra uma pessoa por vez ou contra um grupo de até cinco
pessoas, com a finalidade de deter ou dispersar o(s) infrator(es), em alternativa ao uso de munições
tidas como letais.
O disparo deve ser feito a uma distância de 03 (três) metros entre o projetor da
munição e o agressor, apontando-se a arma um pouco acima da cabeça.
Não realizar o tiro contra o vento.
Esse modelo de munição de jato direto é utilizado nas operações policiais militares
no Distrito Federal, como alternativa tática em situações onde não se tem uma distância mínima
segura para emprego de outras tecnologias ou quando de acordo com o nível de agressividade e o
tipo de agressor exigirem uma intervenção menos gravosa.
Figura 15

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Cartucho com carga de oleoresin de capsicum em pó no cal. 37/38mm


Cartucho com 140 (cento e quarenta) milímetros de comprimento, estojo em
alumínio contendo carga lacrimogênea de agente OC em pó.
Deve ser disparado contra uma pessoa por vez ou contra um grupo de até cinco
pessoas, com a finalidade de deter ou dispersar o(s) infrator(es), em alternativa ao uso de munições
tidas como letais.
O disparo deve ser feito a uma distância de 03 (três) metros entre o projetor da
munição e o agressor, apontando-se a arma um pouco acima da cabeça.
Não realizar o tiro contra o vento.
Esse modelo de munição de jato direto é utilizado nas operações policiais militares
no Distrito Federal, como alternativa tática em situações onde não se tem uma distância mínima
segura para emprego de outras tecnologias ou quando de acordo com o nível de agressividade e o
tipo de agressor exigirem uma intervenção menos gravosa.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Figura 16

PROJÉTEIS EXPLOSIVOS
São munições que se apresentam nos calibres 12mm e 40mm x 46mm, podendo ser
acompanhadas de uma carga de pó lacrimogêneo de Ortoclorobenzalmolononitrilo (CS) ou carga
atordoante de luz e som ou carga de tinta marcadora.
Os projéteis explosivos no cal. 12mm foram projetados, segundo seus fabricantes,
para as finalidades de desalojar infratores em ambientes fechados e dispersar grupos de agressores
localizados à distâncias superiores à capacidade de arremesso de uma granada manual pelos
Operadores Químicos. Essas munições são projetadas em forma parabólica em relação ao solo e
depois de um dado tempo em segundos apresenta seu resultado, explodindo.
Esses projéteis no cal. 12mm, são de uma forma geral ineficazes para aplicação em
áreas de campanha e perigosas para operações de desalojamento de perpetradores, considerando seu
longo alcance e a capacidade de excitar materiais combustíveis no cenário da ação. Outro fator
desfavorável à utilização desses projéteis é a sua pequena quantidade de agressivo químico, cerca
de 08 (oito) gramas, podendo variar de fabricante para fabricante, que não seria hábil para
contaminar um grupo de agressores. Além da quantidade insuficiente de agente químico, obrigando
o operador a aplicar um grande número de projéteis para alcançar um concentração eficiente, o seu
projetor (cassetete projetor rosqueável) possui uma capacidade operacional muito reduzida devido
ao seu modo de recarga.
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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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As munições no cal. 40mm x 46mm, são projéteis de nova geração no Brasil e com
uma maior capacidade de contaminação, atordoamento e alcance útil. Podemos encontrar modelos
que utilizam o tempo de retardo para promover a explosão e as que operam por acionamento através
do impacto a anteparos rígidos para provocar a explosão. Nestes projéteis de impacto, podemos
encontrar em suas estruturas mecânicas: gatilhos de disparos, pinos de disparo e pinos de contra
pesos.
São projetadas através de lançadores mais ergonômicos e com boa capacidade
operativa.
Observações importantes em relação ao emprego:
 Deve-se evitar o tiro direto (no agressor) e no caso dos projéteis explosivos
por retardo, o tiro tenso (tiro em anteparos rígidos);
 Na utilização de projéteis com carga lacrimogênea deve-se observar a direção
do vento, bem como, avaliar se o local permite o emprego deste agente
químico;
 Na utilização de projéteis explosivos por impacto, avaliar a superfície onde
receberá o impacto para não provocar resultados desastrosos, como a
transfixação do alvo e a explosão em local não desejado;
 Nos projéteis de cal. 12mm que operam por retardo, evite utilizar
espingardas, mesmo não existindo esta restrição por parte dos fabricantes,
pois, se ocorrer uma obstrução no cano este será destruído pela explosão do
projétil, podendo ferir o operador. Utilize o cassetete projetor que tem o cano
menor se comparado ao cano da espingarda, minimizando a probabilidade de
retenção do projétil;
 Evite posicionar os dedos na boca do cano do cassetete projetor.

Projétil explosivo com retardo e carga lacrimogênea CS no cal. 12mm


Cartucho com 63,5 (sessenta e três e meio) milímetros de comprimento, estojo
plástico branco contendo uma ogiva explosiva com carga lacrimogênea de CS em pó.
Deve ser disparado por tiros de angulação (45º) onde o projétil alcançará sua maior
trajetória e depois de um dado tempo em segundos ele explodirá lançando o talco lacrimogêneo na
atmosfera. Deve-se evitar o tiro tenso, pois há possibilidade, dependendo da distância do amteparo,
de quebrar a coluna de retardo e interromper o funcionamento da munição.
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O projétil poderá alcançar uma distância de até 150 (cento e cinquenta) metros.
Não realizar o tiro direto nos agressores.
Utilize o projetor específico para este tipo de munição.
Esse modelo de munição não é utilizado nas operações policiais militares no Distrito
Federal, pois consideramos ineficaz em razão da pouca quantidade de carga lacrimogênea e devido
ao nível baixo de operacionalidade do seu projetor (cassetete projetor rosqueável).
Figura 17

Projétil explosivo com retardo e carga de pó inócuo no cal. 12mm


Cartucho com 63,5 (sessenta e três e meio) milímetros de comprimento, estojo
plástico branco contendo uma ogiva explosiva com carga de pó inócuo.
Deve ser disparado por tiros de angulação (45º) onde o projétil alcançará sua maior
trajetória e depois de um dado tempo em segundos ele explodirá lançando o talco lacrimogêneo na
atmosfera. Deve-se evitar o tiro tenso, pois há possibilidade, dependendo da distância do amteparo,
de quebrar a coluna de retardo e interromper o funcionamento da munição.
O projétil poderá alcançar uma distância de até 150 (cento e cinquenta) metros.
Não realizar o tiro direto nos agressores.
Utilize o projetor específico para este tipo de munição.
Esse modelo de munição não é utilizado nas operações policiais militares no Distrito
Federal, pois consideramos ineficaz em razão da pouca quantidade de carga inócua e devido ao
nível baixo de operacionalidade do seu projetor (cassetete projetor rosqueável).
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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Figura 18

Projétil explosivo de luz e som com carga lacrimogênea de CS com retardo no cal. 40mm x 46mm
Cartucho com 95 (noventa e cinco) milímetros de comprimento, estojo em alumínio
com projétil com carga explosiva de luz e som e carga de agente lacrimogêneo CS.
Deve ser disparado por tiros de angulação (45º) onde o projétil alcançará sua maior
trajetória e depois de um dado tempo em segundos ele explodirá lançando o talco lacrimogêneo na
atmosfera. Deve-se evitar o tiro tenso, pois há possibilidade, dependendo da distância do amteparo,
de quebrar a coluna de retardo e interromper o funcionamento da munição.
O projétil poderá alcançar uma distância de até 50 (cinquenta) metros.
Não realizar o tiro direto nos agressores.
Observe a direção do vento para que a “nuvem” lacrimogênea possa contaminar os
agressores.
Utilize o projetor específico para este tipo de munição.

Figura 19

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Estas munições poderão se apresentar também sem o agente lacrimogêneo.

Projétil explosivo de luz e som com carga lacrimogênea de CS com acionamento por impacto no
cal. 40mm x 46mm
Cartucho com 95 (noventa e cinco) milímetros de comprimento, estojo em alumínio
com projétil com carga explosiva de luz e som e carga de agente lacrimogêneo CS.
Deve ser disparado contra anteparos rígidos para que ocorra a explosão.
O projétil tem um alcançe de 50 (cinquenta) metros.
Não realizar o tiro direto nos agressores.
Observe a direção do vento para que a “nuvem” lacrimogênea possa contaminar os
agressores.
Utilize o projetor específico para este tipo de munição.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Figura 20

Estas munições poderão se apresentar também sem o agente lacrimogêneo.

PROJÉTEIS DE EMISSÃO
São munições que emitem agente químico sublimado e se apresentam nos calibres
37/38.1mm e 40mm x 46mm, podendo ser acompanhadas de uma carga lacrimogênea de
Ortoclorobenzalmolononitrilo (CS) ou de uma carga fumígena de Haxacloretana (HC) ou ainda de
hexacloretana com pigmento colorido. Esses projéteis funcionam através da sublimação do agente
químico por ação de um misto iniciador que promove a queima.
Sua principal razão tática se destaca quando o operador, em razão da distância, não
alcança o objetivo através de lançamento de granadas manuais, recorrendo a uma arma para
aplicação dos projéteis de emissão que poderão alcançar uma distância de até 150 metros.
Os projéteis de emissão foram projetados, segundo seus fabricantes, para as
finalidades de desalojar infratores em ambientes fechados e dispersar grupos de agressores
localizados à distâncias superiores à capacidade de arremesso de uma granada manual pelos
Operadores Químicos. Porém, na doutrina aqui estabelecida, não recomendamos a aplicação desses
recursos em ambientes confinados, pois a concentração de agente químico poderá ser muito alta e,
pela sua característica de queima poderá provocar incêndios nestes ambientes. Deve-se avaliar com
muito cuidado a sua aplicação em áreas abertas levando em consideração o tipo de piso (asfalto,
cascalho, areia e etc), a condição da vegetação (se está seca ou não) e direção do vento para não

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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causar transtornos em pontos sensíveis como, escolas, creches, hospitais, casas de idosos e etc.
Essas munições são projetadas em forma parabólica em relação ao solo e depois de
um dado tempo em segundos apresenta seu resultado produzindo uma intensa “nuvem”
lacrimogênea ou fumígena.
São projetadas por meio de lançadores mais ergonômicos e com boa capacidade
operativa.
Observações importantes em relação ao emprego:
 Deve-se evitar o tiro direto (no agressor) e o tiro tenso (tiro em anteparos
rígidos);
 Na utilização de projéteis com carga lacrimogênea deve-se observar a direção
do vento, bem como, avaliar se o local permite o emprego deste agente
químico;
 Avalie o risco de provocar incêndios em áreas de vegetação seca ou próximo
a locais com presença de materiais combustíveis tais como papelão, madeira,
combustíveis líquidos, entre outros;
 Não utilizar próximo ou dentro de atmosferas explosivas;
 Avalie o risco desses projéteis caírem sobre as cabeças das pessoas;

Projétil de Emissão de Médio Alcance com carga lacrimogênea CS no calibre 37/38.1


Cartucho com 115,5 (cento e quinze e meio ) milímetros de comprimento, estojo em
alumínio com projétil com carga de agente lacrimogêneo CS.
Deve ser disparado com angulação de 45º em relação ao solo para ter o
paroveitamento máximo do seu alcance e não deve ser disparado contra anteparos rígidos.
O projétil tem um alcançe de 90 (neventa) metros.
Não realizar o tiro direto nos agressores.
Observe a direção do vento para que a “nuvem” lacrimogênea possa contaminar os
agressores.
Utilize o projetor específico para este tipo de munição.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Figura 21

Projétil de Emissão de Longo Alcance com carga lacrimogênea CS no calibre 37/38.1


Cartucho com 115,5 (cento e quinze e meio ) milímetros de comprimento, estojo em
alumínio com projétil com carga de agente lacrimogêneo CS.
Deve ser disparado com angulação de 45º em relação ao solo para ter o
paroveitamento máximo do seu alcance e não deve ser disparado contra anteparos rígidos.
O projétil tem um alcançe de 140 (cento e quarenta) metros.
Não realizar o tiro direto nos agressores.
Observe a direção do vento para que a “nuvem” lacrimogênea possa contaminar os
agressores.
Utilize o projetor específico para este tipo de munição.

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Figura 22

Projétil de Emissão com carga múltipla lacrimogênea CS no calibre 37/38.1


Cartucho com 140 (cento e quarenta) milímetros de comprimento, estojo em
alumínio com discos (canisters) com carga de agente lacrimogêneo CS.
Deve ser disparado com angulação de 45º em relação ao solo para ter o
paroveitamento máximo do seu alcance e não deve ser disparado contra anteparos rígidos.
O projétil tem um alcançe de 80 (oitenta) metros.
Composto por 05 (cinco) canisters (discos).
Não realizar o tiro direto nos agressores.
Observe a direção do vento para que a “nuvem” lacrimogênea possa contaminar os
agressores.
Utilize o projetor específico para este tipo de munição.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Figura 23

Projétil de Emissão com carga múltipla lacrimogênea CS no calibre 37/38.1


Cartucho com 115 (cento e quinze) milímetros de comprimento, estojo em alumínio
com discos (canisters) com carga de agente lacrimogêneo CS.
Deve ser disparado com angulação de 45º em relação ao solo para ter o
paroveitamento máximo do seu alcance e não deve ser disparado contra anteparos rígidos.
O projétil tem um alcançe de 80 (oitenta) metros.
Composto por 03 (três) canisters (discos).
Não realizar o tiro direto nos agressores.
Observe a direção do vento para que a “nuvem” lacrimogênea possa contaminar os
agressores.
Utilize o projetor específico para este tipo de munição.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Figura 24

Projétil de Emissão Fumígena Colorido no calibre 37/38.1


Cartucho com 115 (cento e quinze) milímetros de comprimento, estojo em alumínio
com projétil de alumínio com carga de hexacloretano com pigmentação colorida.
Deve ser disparado com angulação de 45º em relação ao solo para ter o
paroveitamento máximo do seu alcance e não deve ser disparado contra anteparos rígidos.
O projétil tem um alcançe de 120 (cento e vinte) metros.
Não realizar o tiro direto nos agressores.
Observe a direção do vento para que a “nuvem” de hexacloretano possa comprir o
objetivo para o qual foi lançada.
Utilize o projetor específico para este tipo de munição.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Figura 25

Esta munição está disponível nas cores VD,VM, AZ, LR, AM e BR.
Projétil de Emissão Lacrimogênio CS no calibre 40X46mm
Cartucho com 108 (cento e oito) milímetros de comprimento, estojo em alumínio,
com projétil plástico estabilizado com carga de agente quimico lacrimogêneo CS.
Deve ser disparado com angulação de 45º em relação ao solo para ter o
paroveitamento máximo do seu alcance e não deve ser disparado contra anteparos rígidos.
O projétil tem um alcançe de 100 (cem) metros.
Não realizar o tiro direto nos agressores.
Observe a direção do vento para que a “nuvem” de lacrimogênea possa contaminar
os agressores.
Utilize o projetor específico para este tipo de munição.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Figura 26

Projétil de Emissão Fumígena Colorido no calibre 40X46mm


Cartucho com 104 (cento e quatro) milímetros de comprimento, estojo em alumínio,
com projétil plástico estabilizado com carga de hexacloretano com pigmentação colorida.
Deve ser disparado com angulação de 45º em relação ao solo para ter o
paroveitamento máximo do seu alcance e não deve ser disparado contra anteparos rígidos.
O projétil tem um alcançe de 120 (cento e vinte) metros.
O projétil plástico é dotado de cinta de forçamento que o estabiliza no disparo.
Não realizar o tiro direto nos agressores.
Observe a direção do vento para que a “nuvem” de possa cumprir o objetivo para o
qual foi lançada.
Utilize o projetor específico para este tipo de munição.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Figura 27

Esta munição está disponível nas cores VD,VM, AZ, LR, AM e BR.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Armamentos
Diversos são os tipos de armamentos utilizados para o tiro policial não letal, desde o
calibre 36mm até o 40mm, com armas que funcionam por ação muscular e outras que trabalham no
regime semi-automático. O que vale salientar é que os mais utilizados atualmente são os
armamentos nos calibres 38.1mm, 40mm e as espingardas calibre 12, que se apresentam com
regime de tiro por ação muscular ou semi-automático, estas armas quando utilizadas para o disparo
de impacto controlado, não nos beneficia com o sistema semi-automático pois a carga de projeção
das munições de impacto controlado não geram os gases suficientes para que se faça ciclar a arma.
Lançador de Munições Não Letais no Cal. 37/38.1mm e 40mm
O lançador AM 600 é uma arma projetada para fazer o lançamento de projéteis de
emissão lacrimogênea, emissão fumígeno, munição de impacto controlado entre outros. Este
Armamento tem suas peculiaridades as quais se seguem:
• Lançador cal. 37/38.1 ou 40mm de munições de menor potencial ofensivo;
• Para abrir, basta liberar o cano e incliná-lo para baixo;
• Introduzir a munição não-letal desejada;
• Elevar o cano com rigidez até ouvir um clique;
• Angular a arma conforme o tipo de munição;
• O curso longo do gatilho é o mecanismo de segurança nos modelos mais antigos.
•Os modelos mais modernos possuem trava do gatilho e neutralizador da arma.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Lançador de Munições Não Letais no Cal. 40mm x 46mm
O lançador AM 640 é uma arma projetada para fazer o lançamento de projéteis de
emissão lacrimogênea, emissão fumígeno, projéteis detonantes, munição de impacto controlado
entre outros. Este Armamento possui algumas características que se veem adiante:
• Lançador cal. 40 x 46mm de munições menor potencial ofensivo;
• Para abrir, basta liberar o cano e incliná-lo para baixo;
• Introduzir a munição não-letal desejada;
• Elevar o cano com rigidez até ouvir um clique;
• Angular ou apontar a arma conforme o tipo de munição;
• A trava do gatilho é o mecanismo de segurança da arma;
• Possui dispositivo neutralizador da arma.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Lançador Multiplo
• Lançador cal. 40 mm de munições de menor potencial ofensivo;
• Opções com 5 ou 6 tiros;
• Lançador com ação pump;
• Angular ou apontar a arma conforme o tipo de munição;
• Não comercializado no Brasil.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Cassetete Lançador no Calibre 12
O lançador AM 402 foi desenvolvido para utilização de munições no calibre 12,
segundo o fabricante podem ser disparadas tanto munições de impacto controlado no calibre 12,
quanto projéteis detonantes de igual calibre e munições de jato direto.
No entanto podemos destacar que a doutrina de operações químicas da Polícia
Militar do Distrito Federal recomenda que o lançador em questão seja utilizada tão somente para o
disparo de projéteis detonantes e para as munições de jato direto, pois a carga de projeção das
munições de impacto controlado é bem maior e pode haver o rompimento da câmara de explosão do
lançador, e lembrando os conceitos do impacto controlado, podemos ratificar que o disparo é
seletivo embora não seja de precisão, e com tal armamento não temos a condições de fazer um
disparo que preserve as características necessárias para o impacto controlado e por último
destacamos que a arma em si é confeccionada em alumínio que com a cadência de disparo aquece
consideravelmente e não possui isolante térmico ou mesmo alguma tipo de empunhadura protegida
do calor produzido pela queima da pólvora no interior da munição, e que pelo tipo de manuseio
torna-se inviável a utilização deste armamento para o impacto controlado e para áreas de campanha,
tendo a sua destinação apenas didática
Vejamos adiante algumas pormenores do lançador:
ë Utilização:
ë Desenroscar o punho do cano;
ë Introduzir a munição;
ë Montar o lançador;
ë Segurar o punho no ângulo correspondente ao lado do corpo no alinhamento da cintura;
ë Recuar o percursor com o dedo polegar para disparar.
ë Limpar com água/esponja.

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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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Espingardas Calibre 12
CBC PUMP ACTION (BRA)

WINCHESTER DEFENDER (USA)

BENELLI M3 SUPER 90 (ITA)


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TIRO POLICIAL NÃO LETAL
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FRANCHI SPAS 15 (ITA)

“Boas ferramentas podem ser consideradas responsáveis por metade do trabalho


feito. Será, no entanto, a habilidade do artesão que influenciará decisivamente na
beleza e qualidade do produto final.”

Cees de Rover

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VIII CURSO DE OPERAÇÕES QUÍMICAS/2013 - PMDF

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