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MOVIMENTAÇÃO FISIOLÓGICA

DO DENTE:
ERUPÇÃO E ESFOLIAÇÃO
Erupção
• É um fenômeno do desenvolvimento
que movimenta o dente de sua
posição na cripta, por meio do
processo alveolar, em uma via que
nem sempre é retilínea, para a
cavidade bucal e em oclusão com
seu antagonista.
Bolognese, AM
Ações biológicas que regulam a
erupção

1. Aumento do comprimento da raiz


do dente permanente.
2. Reabsorção do dente decíduo.
3. Aumento da altura alveolar.
4. Movimento do dente permanente.
Variabilidade de erupção

 A calcificação, a seqüência e o
tempo de erupção apresentam
enfoque genético.

 Condição sócio-econômico,
nutrição e distúrbios mecânicos.
Fases do Movimento
Eruptivo
• Fase pré-eruptiva
• Fase eruptiva Intraóssea
• Fase de penetração na mucosa
• Fase eruptiva pré-oclusal
• Fase eruptiva pós-oclusal
Fase pré-eruptiva
 Movimentos que ocorrem com as coroas
dos dentes do início até o final de sua
formação (fase de Campânula).

 Realizado pelos germes dos dentes


decíduos e permanentes dentro do osso,
antes de começarem a irromper.

 A posição do dente nesta etapa parece


ser geneticamente determinada.
Fase pré-eruptiva
Fase eruptiva Intra-
óssea

 Folículo dentário torna-se muito denso,


(folículo dentário propriamente dito) e se
adere ao epitélio externo do órgão do esmalte.

 Reabsorção óssea na região do gubernáculo,


estabelecendo a via eruptiva da cripta.
Fase eruptiva Intra-
óssea
Fase de Penetração na
mucosa
• As cúspides alcançam a altura da crista alveolar

• Velocidade de erupção aumenta

• Epitélio reduzido do esmalte funde-se com o epitélio


oral

• Aumento da liberação de glicoproteínas e anticorpos


IgE

• Canal Eruptivo, sem exposição da lamina própria da


mucosa.
Fase de Penetração na
mucosa
Fase de erupção pré-
oclusal
Nessa fase fatores intraorais interferem
na direção do movimento de erupção do
dente:

1. Forção musculares (lábio, bochecha e


principalmente língua);

2. Hábitos como sucção de dedo ou


objetos;

3. Posicionamento da língua.
Fase de erupção pré-
oclusal
Fase de erupção pós-
oclusal
• Começa quando os dentes entram em
função (contato oclusal).
• Continuam por toda a vida do
indivíduo.
• Aumento da densidade mineral do
osso.
• Fibras do ligamento periodontal
aumentam de dimensão e mudam de
orientação.
• O cemento completa sua espessura.
• A raiz se completa.
O que acontece com os
tecidos adjacentes?

• Tecidos sobrepostos

• Tecidos circundantes

• Tecidos subjacentes
Tecidos sobrepostos
- Cordão Gubernacular -

Feixe de tecido fibroso que contém remanescentes da Lâmina Dentária


Tecidos sobrepostos
- tecido ósseo -
Reabsorção e Esfoliação dos
Dentes Decíduos
• Com exceção dos molares
permanentes, a formação da via
eruptiva esta diretamente ligada a
reabsorção e esfoliação dos dentes
decíduos.
• Partes duras = odontoclastos.
• Partes moles = apoptose.
Tecidos sobrepostos
- raiz dos dentes decíduos -

Rizólise dos dentes decíduos


Tecidos sobrepostos
- raiz dos dentes decíduos -
Imagem Radiográfica

DENTES PERMANENTES
DENTES DECÍDUOS
Tecidos circundantes
Fibras aderidas a
Fibras de revestimento superfície dentária

Mudança na direção das fibras após o


aparecimento da coroa no meio bucal
Tecidos subjacentes

Assim que a coroa é formada, ela começa a se mover


em direção oclusal, promovendo assim espaço para
o crescimento radicular
Do estágio de Campânula à
função
Teorias da erupção
dentária
• Crescimento da raiz.
• Formação do ligamento
periodontal.
• Remodelação do osso na cripta.
• Papel do Folículo e do Retiículo
estrelado.
Crescimento da Raiz
Formação do Ligamento
Ligamento periodontal

A participação do ligamento periodontal em


desenvolvimento no processo da erupção seria devido a
contratilidade e motilidade de seus constituintes.
Formação do Ligamento
Ligamento
periodontal
Porém...
• Na osteopetrose há formação completa do
ligamento periodontal e não há erupção do dente
• Dentes que não tem formação radicular
erupcionam

Não pode ser considerado o único responsável


pela erupção dentária
Remodelação do osso da
cripta
Remodelação da cripta

•Formação osso alveolar

•Aumento em altura

•Consequência do movimento do dente


Folículo e Reticulo
Estrelado

• O folículo é responsável pelo inicio


da reabsorção óssea induzido pelo
retículo estrelado no final da fase da
coroa e inicio da fase da raiz.
Estágios de
Nolla
Estágios de Nolla

• 10 estágios independentes quanto à quantidade


de material dentário depositado

• Um ao seis ocorre formação completa da coroa,


do sete ao dez ocorre formação da raiz e
fechamento do ápice.
Periodonto
• Constituído pelas estruturas que
participam da sustentação dos
dentes.
• Dividido em:
– Periodonto de inserção ou
sustentação: cemento, ligamento
periodontal e osso alveolar.
– Periodonto de proteção ou
marginal: gengiva.
Cemento
• Tecido conjuntivo mineralizado que
recobre a dentina radicular.
• Não é uma estrutura dentaria mas é
muito aderido ao dente.
• Se assemelha ao tecido ósseo porém
com uma reabsorção e remodelação
pouquíssimo intensa.
Tipos de Cemento
• Acelular – constitui o terço cervical
da raiz.
• Celular de fibras mistas – restante
da raiz.
• Celular de fibras intrínsecas –
reparação.
Ligamento periodontal

• Tecido conjuntivo frouxo


atravessado por grossos feixes
colágenos que se inserem no
cemento e no osso alveolar.
Ligamento periodontal
Grupos de fibras:
• Principais: Crista alveolar,
Horizontais, Obliquas, Apicais,
Interradiculares.
• Secundarias.
• Oxitalânicas.
Osso alveolar
• Osso basal

• Processo alveolar

• Osso alveolar
Periodonto de proteção
Clinicamente dividido em 2
porções:
• Gengiva marginal ou livre;
• Gengiva inserida;
• Gengiva interdentária ou
papilar.
Lamina Própria

• Mesmos tipos celulares e


componentes da matriz extracelular
que o restante da mucosa gengival,
porem com com grossos feixes de
fibras colagenas semelhantes ao
ligamento periodontal.
Lamina Própria
• Dentogengivais
• Dentoperiosteais
• Alveologengivais
• Circulares
• Interpapilares
• Transeptais

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