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IDE Vs Emprego
IDE Vs Emprego
i. Acrónimos.............................................................................................................................2
I. INTRODUÇÃO....................................................................................................................3
2.1 Objectivos..............................................................................................................................5
2.2 Metodologia......................................................................................................................6
III. ABORDAGENS...............................................................................................................7
IV. EMPREGO......................................................................................................................13
VI. Conclusão........................................................................................................................17
VII. Bibliografia.....................................................................................................................18
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i. Acrónimos
IDE-
BM
PIB
IESE
PME
MP- Megaprojecto
FMI-
UNCTAD
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I. INTRODUÇÃO
Investimento- é uma aplicação de capital com a finalidade de obter lucros futuros. A decisão de
investir supõe abster-se de um benefício imediato por um futuro que é incerto.
Emprego- uma relação entre homens que vendem sua forca de trabalho em troca de valor ou
remuneração e homens que comprem essa forca de trabalho pagando salário. Uma espécie e
contrato estável, mais ou menos duradouro no qual o possuidor dos meios de produção paga pelo
trabalho de outros (INEFP, 2004).
2.1 Objectivos
O presente trabalho apresenta os seguintes:
2.2 Metodologia
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III. ABORDAGENS
Objectivos do IDE
II) Projectos de procura de recursos (resource-seeking): esse tipo de projecto visa ter acesso às
matérias-primas, mão-de-obra e todos outros factores de produção a custos relativamente baixos
e em maiores quantidades de oferta, que sejam mais eficientes em relação aos que possam ser
adquiridos no país de origem do investidor directo. Esses projectos são mais frequentes nos
países em desenvolvimento e geralmente são associados ao desenvolvimento de actividades de
exploração de produtos intensivos em recursos disponíveis nos países receptores.
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Desde 1987, o governo de Moçambique está a trabalhar para criar um ambiente de investimentos
que seja atraente para os investidores estrangeiros, por meio de reformas económicas e
privatizações (programa de reabilitação económica ou PRE). Com poucas excepções, como a
pesca, 100% de controlo externo, é permitido na maioria dos sectores, incluindo o sector
bancário. Em 1999, Moçambique adoptou uma legislação que prevê o estabelecimento e
operações de zonas de processamento de exportação (EZP).
Moçambique tem experimentado taxas de crescimento económico muito satisfatórias nos últimos
anos. Segundo os dados da African Economic Outlook (AEO, 2014), o país cresceu em média
7% ao ano nos últimos dez anos. Os dados do Banco de Moçambique (2015) mostram que o
fluxo de Investimento Directo Estrangeiro para o país evoluiu deUS$ 347,3 milhões para US$
4,9 bilhões entre 2002 e 2014. O governo moçambicano tem vislumbrado o IDE com papel
estratégico para manter as taxas de crescimento económico, aumentar o nível de empregos,
proporcionar o desenvolvimento e actualizar a economia moçambicana em termos de
transferência de tecnologias
problemas de subemprego. Por exemplo, estima-se que o projecto apresentado na tabela criará
apenas 5000 empregos directos e talvez 15 000 empregos indirectos nas indústrias de apoio,
sendo que cada emprego directo “ custa” bem mais o US$ 1 milhão em investimento. Além
disso, a natureza de uso intensivo de capital deste projecto implica que os retornos de factores
sejam desviados para lucro para os investidores e para o serviço da divida em vez de para
salários.
de produtos
têxteis e
vestuários
Fonte:
Ainda nos últimos 5 anos, a realização do IDE na forma de acções e participações situou se em
média nos USD 732.3 milhões, tendo em 2016 superado a média em cerca de 10% para USD
805 milhões, o que denota o aumento do capital social das empresas investidoras o país, com
destaque para as de sectores de actividades financeiras, indústria extractiva e transformadora não
significando surgimento de novos projectos de investimentos.
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Grandes projectos
- 240.2 - 324.9 70.0
Outras empresas
216.0 538.8 553.2 803.2 735.0
2.Lucros reinvestidos
- - - - -
Grandes projectos
- - - - -
Outras empresas
- - - - -
3.Outro capital (sup.
e Cred. Com.) 5413.4 5216.1 4348.60 2738.7 2288.4
Grandes projectos
Na perspectiva geográfica pôs 5 maiores países investidores em 2016 foram: África do Sul com
30.2%. Emirados Árabes Unidos com 19.7%, Itália com 13.6%, Maurícias com 10.7%, Estados
Unidos da América com 9.6%, destacando se de seguida Austrália e Portugal com 3.4% e 2.7%,
respectivamente. Estes investidores concentraram seus investimentos em indústrias extractivas,
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IV. EMPREGO
Este pode referir-se a acção e ao efeito de empregar ou para designar uma ocupacao ou oficio.
Actualmente, o trabalho assalariado é a forma de emprego mais dominante.
A maior parte do emprego é na agricultura, cuja produtividade é muito menos do que noutros
sectores. Apenas 0.6% da força de trabalho moçambicana está empregada nas indústrias
transformadoras e o sector contribui com menos de 10% do valor acrescentado bruto.
O emprego gerado pelas EMNs pode ser directo ou indirecto. Para além do emprego directo
criado, a Declaração também defende a função das EMNs na promoção de oportunidades de
emprego indirecto através de ligações a jusante e a montante a nível local e nacional
O emprego é considerando um tipo de ligação Industria; para ligar crescimento económico com
geração de emprego e redução da pobreza é absolutamente necessário garantir a oferta de bens e
serviços básicos de consumo
No entanto estes projectos têm uma relativamente elevada procura de trabalhadores qualificados,
o que pode servir de estímulo e ponto de referência para o sistema de educação, tanto na
orientação das áreas de formação, como na elevação da qualidade do ensino para níveis
aceitáveis.
Uma vez que não foram encontrados os dados da evolução dos empregos nos megaprojectos vai
mostrar a evolução da taxa de desemprego em Moçambique entre 2002 e 2014 Esse gráfico é
uma tentativa de analisar o impacto dos megaprojectos, ou o crescimento económico dinamizado
por eles, na taxa de desemprego nacional. No entanto, como se observa no gráfico 2.3, o
comportamento da variação da taxa de desemprego parece estar a margem das altas taxas de
crescimento económico registado na economia moçambicana no tempo analisado. Em 2002 ela
registava 22.8%caiu para 22,7% em 2003 apresentou a mesma taxa em 2004, depois decresceu
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para 22,6%em 2005, taxa que permaneceu constante até 2013, quando caiu para 22,5% e em
2014voltou aos padrões de 2012. Nesses anos todos a taxa de desemprego registou queda abaixo
de 22%, nesse sentido pode-se concluir que os megaprojectos não têm nenhum peso no mercado
de trabalho moçambicano, contribuem muito pouco para a geração desemprego. (World Bank).
Na hora de investir, há que contemplar três variáveis: o rendimento esperado (isto é, quanto se
conta ganhar com o investimento), o risco aceite (associado às probabilidades de obter o
rendimento esperado) e o horizonte temporal (quando é que o investimento irá render; a curto,
médio ou longo prazo). Com o processo da globalização, o investimento estrangeiro começou a
viver um período de expansão, limitado em momentos de crise económica. A globalização
implica o livre fluxo de capitais, o levantamento das restrições alfandegárias e tributárias, a
circulação de pessoas e de bens e outras características que contribuem para o investimento
estrangeiro.
O Investimento Directo Estrangeiro tem uma importância fundamental para os países em vias de
desenvolvimento (PVDs), em particular, é visto como uma forma eficaz e eficiente de solução
dos constrangimentos financeiros e de capacidades enfrentados pela maioria dos PVDs, através
da transferência de capital e tecnologia, ganhos em moeda externa, acesso a mercados
internacionais, efeitos no emprego, crescimento e poupança doméstica. A maioria dos países
africanos, tem falta de recursos financeiros para fazer investimentos de longo prazo
“Estas empresas multinacionais constituem assim uma fonte essencial de recursos financeiros,
tecnológicos e organizacionais para os países, revelando-se os fluxos de IDE um mecanismo
importante na provisão daqueles recursos, em especial nos países menos desenvolvidos. Este tipo
de investimento engloba o controlo de uma empresa, ou parte dela, num país estrangeiro, sendo
acompanhado por algumas transferências de recursos técnicos, humanos, de conhecimento,
marcas e outros para o estrangeiro. O fundamental para distinguir o IDE de outras formas de
operação é que a empresa tem um controlo sobre os activos de que são detentoras no estrangeiro”
(p. 156).
aos propósitos da análise dos resultados é a Declaração Tripartida dos Princípios Relativos às
Empresas Multinacionais e à Política Social da OIT (ILO, 1977), que trata das funções e
responsabilidades respectivas dos Governos, das Multinacionais (EMN) e das organizações de
empregadores e de trabalhadores sob as quatro rubricas seguintes:
• Formação;
Esta criação de emprego aumenta claramente as oportunidades para a população local ganhar
rendimentos e, dependendo do nível e da segurança destes rendimentos, para a redução da
pobreza e quiçá criação de alguma riqueza.
Além disso, os MP não têm grande impacto sobre o mercado de trabalho nacional. De acordo
com Mussagy (2013), Castel-Branco (2002, 2008, 2009, 2010),Mosca (2012) Sulemante (2009)
Mosca e Sulemane (2011) os megaprojectos são geralmente intensivos em capital e, portanto,
não geram emprego directo proporcional ao seu peso no investimento, produção e comércio. Os
megaprojectos não são grandes criadores de emprego; por serem intensivos em capital, a sua
capacidade de criar empregos directos é limitada. A Mozal tem cerca de 1.100 funcionários no
quadro e 1.600 em regime de prestação (FMI, 2014). Enquanto projecto cuja contribuição para o
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PIB ronda os 5% anuais, emprega apenas 0,02% da população activa. É de esperar que noutros
megaprojectos a escala de criação de trabalho seja equiparável a este, de resto é pouco provável
que se tornem grandes fontes de emprego para a maioria dos moçambicanos (FMI, 2014). A
construção das estruturas dos megaprojectos também usa muito pouco dos factores produtivos de
Moçambique. Por exemplo, a construção também foi intensiva em capital e dependia
amplamente de bens importados: apenas 6% dos custos da construção da Mozal foram
despendidos em bens e serviços com origem em Moçambique, inclusive o trabalho (FMI, 2014).
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VI. Conclusão
VII. Bibliografia