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Inteligência emocional – Emoções e os desafios inerentes à gestão e

conciliação da vida pessoal e profissional

Universidade da maia – ISMAI


Ano Letivo 2022/2023
Licenciatura em Psicologia (1ºCiclo)
2ºAno
Unidade Curricular – Psicologia das Emoções
Docente - Joana Filipa Fonseca Carreiro
Turma C
Alunos:
Bárbara Carvalho Tigre Pereira (A040715)
Nuno Fernando da Conceição Cortez Carvalho (A040805)
Raquel Antónia Pinto Bastos (A040676)
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Índice
1. Introdução.......Página
2. Enquadramento teórico.......Página
3. Grelha de Planificação.......Página
4. Resultados esperados.......Página
5. Reflexão final.......Página
6. Referências bibliográficas .......Página
7. Anexos : Artigo Cientifico.......Página

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1. Introdução

Apesar de ser um tema abordado desde o seculo XX, existiu diferenças para a
construção da sua definição. Segundo, Woyciekoski C. & Hutz C (2008, “(...) á
autores que a definiram como uma capacidade geral de compreensão e raciocínio,
enquanto outros a descreveram como envolvendo diversas capacidades mentais
relativamente independentes umas das outras.” (Woyciekoski C. & Hutz C., 2008, P.2)
A inteligência emocional foi definida pela primeira vez, academicamente, devido
aos trabalhos de Salovey e Mayer (1990), que consiste nas capacidades
mentais que estão associadas ao processamento de informações e que
acomoda afetos.
A conciliação da vida profissional com a vida familiar começou durante a 2º
guerra mundial, mas, só atingiu o seu pico, durante os anos 60-70 quando as
mulheres entraram para o mercado de trabalho.
Com a entrada das mulheres no mercado de trabalho, aconteceu uma
mudança na estrutura convencional das famílias, onde a mulher era
responsável pelos trabalhos domésticos e dos filhos enquanto o homem era
encarregado do trabalho remunerado, sofreu uma grade alteração, tendo de
existir uma conciliação entre a vida familiar e a vida profissional, principalmente
no que toca ao papel da mulher na sociedade. (Moreira. M., 2011,p.8).
A inteligência emocional tem sido amplamente estudada na literatura como
uma habilidade importante tanto para a vida pessoal como profissional. Ela
refere-se à capacidade de reconhecer, compreender e gerir as emoções,
permitindo que os indivíduos lidem melhor com situações stressantes e
melhorem a qualidade de vida.
De acordo com Goleman (1995), a inteligência emocional pode ser definida
como a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias
emoções e as emoções dos outros. Isso inclui habilidades como
autoconsciência emocional, regulação emocional, empatia e habilidades
sociais. A inteligência emocional pode ser desenvolvida e aprimorada ao longo
do tempo com treinamento e prática.
A conciliação entre a vida pessoal e profissional tem sido um tópico de grande
interesse e preocupação nos últimos anos. Com o aumento das exigências do

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trabalho, muitas pessoas lutam para encontrar um equilíbrio saudável entre
suas vidas pessoais e profissionais. Nesse contexto, a inteligência emocional
tem sido identificada como uma ferramenta importante para ajudar as pessoas
a lidar com o stress e a encontrar um equilíbrio mais saudável entre suas vidas
pessoais e profissionais.

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2. Enquadramento teórico

Seguidamente indicamos alguns dos principais problemas associados à gestão


e à conciliação da vida pessoal e profissional, de acordo com a literatura
científica:
 Desgaste emocional: A conciliação entre vida pessoal e profissional
pode levar a um desgaste emocional nos indivíduos, o que pode
prejudicar a sua saúde mental e física (Greenhaus & Powell, 2016). A
sobrecarga de tarefas e responsabilidades pode aumentar o risco de
burnout, um estado de exaustão emocional, despersonalização e baixa
realização pessoal no trabalho (Maslach & Leiter, 2016).
 Conflito entre vida pessoal e profissional: O conflito entre a vida pessoal
e profissional pode levar a uma falta de equilíbrio e harmonia entre
esses dois domínios, o que pode ter consequências negativas para a
saúde e o bem-estar dos indivíduos (Allen et al., 2014). Além disso, o
conflito pode prejudicar a satisfação com a vida e a produtividade no
trabalho (Shockley et al., 2017).
 Falta de suporte organizacional: A falta de suporte organizacional para a
conciliação entre vida pessoal e profissional pode aumentar o risco de
problemas relacionados a essa questão. A falta de flexibilidade no
horário de trabalho, a ausência de políticas de licença parental
remunerada e a falta de programas de assistência à família são alguns
exemplos de problemas organizacionais que podem afetar a conciliação
entre vida pessoal e profissional (Kossek et al., 2014).
 Preconceito e discriminação: A discriminação e o preconceito podem
afetar negativamente a conciliação entre vida pessoal e profissional. Por
exemplo, mulheres podem enfrentar preconceito no mercado de trabalho
quando se tornam mães, e isso pode afetar sua carreira e suas
oportunidades de desenvolvimento profissional (Kossek et al., 2014).
 Dificuldade de estabelecer limites: Estabelecer limites claros entre a vida
pessoal e profissional pode ser um desafio para muitas pessoas,
especialmente em um mundo cada vez mais conectado e interconectado

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(Greenhaus & Powell, 2016). A falta de limites pode levar a uma
sobrecarga de trabalho e a uma sensação de falta de controle sobre a
própria vida.

As emoções desempenham um papel fundamental na gestão e conciliação da


vida pessoal e profissional. A literatura científica destaca algumas emoções que
podem estar presentes nessas situações, tais como o stress, a frustração, a
culpa, a ansiedade e a felicidade.
O stress é uma emoção comum relacionada à conciliação entre a vida pessoal
e profissional. Pesquisas apontam que o stresse ocupacional pode afetar
negativamente a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, além de prejudicar o
desempenho profissional (González-Roma et al., 2015). Um estudo realizado
por Garcia-Santos (2021) mostrou que o stress ocupacional pode levar a um
conflito entre a vida pessoal e profissional, prejudicando a qualidade de vida e
a satisfação no trabalho.
A frustração também é uma emoção comum na conciliação entre vida pessoal
e profissional. De acordo com estudos, a frustração pode surgir quando as
expectativas dos indivíduos em relação à conciliação não são atendidas, o que
pode levar a um desequilíbrio entre vida pessoal e profissional (Lamela et al.,
2019). Além disso, a falta de suporte organizacional para a conciliação pode
aumentar a frustração dos trabalhadores (Kossek et al., 2014).
A culpa é outra emoção que pode estar presente na conciliação entre vida
pessoal e profissional. De acordo com estudos, a culpa pode surgir quando os
indivíduos sentem que estão negligenciando suas responsabilidades em casa
ou no trabalho (Greenhaus & Powell, 2016). A falta de suporte organizacional
para a conciliação pode aumentar a culpa dos trabalhadores (Kossek et al.,
2014).
A ansiedade é outra emoção que pode estar presente na conciliação entre vida
pessoal e profissional. De acordo com estudos, a ansiedade pode surgir
quando os indivíduos se sentem sobrecarregados com as demandas do
trabalho e da vida pessoal (Pitt-Catsouphes et al., 2018). A falta de suporte
organizacional para a conciliação pode aumentar a ansiedade dos
trabalhadores (Kossek et al., 2014).

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Por fim, a felicidade é uma emoção importante na conciliação entre vida
pessoal e profissional. Estudos apontam que o bem-estar e a satisfação com a
vida estão associados a um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional
(Shockley et al., 2017). Além disso, a promoção do bem-estar dos
trabalhadores pode melhorar a produtividade e a retenção de talentos nas
organizações (Wanberg et al., 2016).
Vários estudos têm mostrado que indivíduos com altos níveis de inteligência
emocional têm maior probabilidade de lidar com sucesso ambas as esferas de
suas vidas (Sánchez-Ruiz et al., 2020).
Porém, é importante destacar que a conciliação entre vida pessoal e
profissional não deve ser vista como um equilíbrio estático entre essas esferas,
mas sim como uma integração dinâmica e flexível que leva em consideração as
necessidades e exigências de cada indivíduo em diferentes momentos da vida
(Greenhaus e Powell, 2018).
Nesse sentido, a inteligência emocional pode desempenhar um papel
importante na gestão da flexibilidade e adaptabilidade necessárias para
alcançar uma conciliação efetiva entre vida pessoal e profissional. A
capacidade de lidar com mudanças, incertezas e desafios pode ajudar os
indivíduos a se ajustarem às exigências em constante mudança de suas vidas
pessoais e profissionais (Van den Broeck et al., 2018).
É importante destacar que a inteligência emocional não é uma habilidade inata
e pode ser desenvolvida ao longo da vida por meio de formação e prática.
Vários estudos têm investigado a eficácia de programas de formação em
inteligência emocional, mostrando resultados positivos na melhoria da
inteligência emocional, bem-estar emocional e satisfação no trabalho.
Um estudo realizado por Jung, Kim, Lee e Kim (2019) descobriu que a
formação em inteligência emocional melhorou a capacidade dos enfermeiros
clínicos em lidar com o stress ocupacional, reduzindo o burnout e melhorando
as estratégias de enfrentamento.
Outro estudo conduzido por Kafetsios e Zampetakis (2021) também encontrou
benefícios na formação em inteligência emocional. Os autores realizaram um
estudo randomizado controlado em que um grupo de participantes recebeu
formação em inteligência emocional, enquanto outro grupo não recebeu
nenhuma formação. Os resultados mostraram que o grupo que recebeu
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formação em inteligência emocional apresentou melhorias significativas na
inteligência emocional e na capacidade de lidar com o stress, em comparação
com o grupo de controle.
Além disso, a satisfação das necessidades psicológicas básicas no trabalho
também tem sido associada a uma melhor conciliação entre a vida pessoal e
profissional. De acordo com Van den Broeck, Vansteenkiste, De Witte e Lens
(2018), as necessidades psicológicas básicas incluem a necessidade de
competência, autonomia e conexão social.
Segundo Joshi, C., & Sharma, R. (2016), a inteligência emocional não é a única
habilidade necessária para a conciliação efetiva entre vida pessoal e
profissional e deve ser vista em conjunto com outras habilidades importantes,
como a gestão do tempo e organização.
É importante ressaltar que a conciliação entre a vida pessoal e profissional é
um processo individualizado e que pode variar de pessoa para pessoa.
Segundo Hammer, L. B., Kossek, E. E., Yragui, N. L., Bodner, T., & Hansen, G.
B. (2009), embora a inteligência emocional possa ajudar a lidar com o stress e
a melhorar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, é preciso haver uma
abordagem holística para alcançar esse equilíbrio. Isso envolve uma
combinação de estratégias pessoais, organizacionais e sociais.
Outra questão importante é que nem todas as profissões são iguais em termos
de exigência de recursos emocionais (Halbesleben, J. R., Buckley, M. R., &
Sauer, P. L. 2004). Por exemplo, algumas profissões, como aquelas que
envolvem atendimento ao cliente ou prestação de serviços de emergência,
podem ser mais stressantes do que outras. Portanto, as estratégias para a
conciliação entre a vida pessoal e profissional precisam ser adaptadas às
necessidades e exigências específicas de cada profissão.
A gestão eficaz da vida pessoal e profissional é frequentemente associada à
regulação emocional adequada. A literatura científica dos últimos cinco anos
destacou algumas estratégias de regulação emocional que podem ser úteis
para gerenciar as emoções no contexto da conciliação entre vida pessoal e
profissional.
Uma das estratégias de regulação emocional é o uso de estratégias de
enfrentamento adaptativo, que envolvem o uso de estratégias de
enfrentamento ativas e de solução de problemas para lidar com situações
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stressantes (Carver, 2019). Essas estratégias podem ajudar a reduzir a
perceção de stress e melhorar a satisfação com a vida.

Outra estratégia eficaz de regulação emocional é o apoio social. Pesquisas


mostram que o apoio social de colegas de trabalho, amigos e familiares pode
ajudar a reduzir o stress e melhorar a saúde e o bem-estar dos indivíduos
(Cohen, 2018).
Além disso, a prática de mindfulness também tem sido apontada como uma
estratégia de regulação emocional eficaz. A literatura científica destaca que a
prática regular de mindfulness pode ajudar a reduzir a ansiedade e o stress,
melhorar a atenção e a capacidade de lidar com emoções negativas (Lu et al.,
2020).
Outra estratégia eficaz é a promoção do equilíbrio entre vida pessoal e
profissional. Isso pode incluir a definição de limites claros entre trabalho e vida
pessoal, a prática de atividades de lazer e a definição de prioridades pessoais
(Clark et al., 2019).
Por fim, a promoção da resiliência também é importante para a regulação
emocional. A literatura científica destaca que a resiliência pode ajudar a reduzir
a percepção de stress e melhorar o bem-estar emocional e físico (Shatté et al.,
2019).

Em resumo, a regulação emocional é fundamental para a gestão e conciliação


da vida pessoal e profissional. As estratégias de regulação emocional
destacadas pela literatura científica incluem o uso de estratégias de
enfrentamento adaptativo, o apoio social, a prática de mindfulness, a promoção
do equilíbrio entre vida pessoal e profissional e a promoção da resiliência.

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3. Grelha de Planificação

4. Resultados esperados

5. Reflexão final

6. Referências bibliográficas

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7. Anexos : Artigo científico

Gragnano, A., Simbula, S., & Miglioretti, M. (2019). Work-Life Balance:


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