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Emílio Garrastazu Médici

Quem foi?
foi um militar e político brasileiro. Foi o 28.º Presidente do Brasil, o
terceiro do período da ditadura militar brasileira, entre 30 de outubro de
1969 e 15 de março de 1974. Participou da Revolução de 1930 liderada
por Getúlio Vargas. Na sua carreira militar, atingiu o posto de General de
exército.
Como foi seu governo?
Durante o seu governo, o país viveu o chamado "Milagre Brasileiro",
caracterizado pelo crescimento de 55,84% do PIB (média de 11,16%) e
42,15% da renda per capita (média de 8,43%), mas triplicando a dívida
externa com aumento de concentração de renda. Médici assumiu com a
inflação em 19,31% e entregou a 15,54%. Entretanto, deve-se considerar
que o aumento da taxa de crescimento deste período ocorreu por causa
do aumento do total de investimento estrangeiro e de um amplo
programa de investimentos do Estado, através da aplicação de fundos de
instituições internacionais de crédito. Este último fator provocou uma
elevação drástica na dívida externa, que de um total de 3,9 bilhões de
dólares em 1968 saltou para mais de 12,5 bilhões de dólares em 1973.
No seu governo concluíram-se também projetos desenvolvimentistas
como o Plano de Integração Nacional (PIN), que permitiu a construção das
rodovias Transamazônica e a Ponte Rio-Niterói, entre outras, além de
grandes incentivos fiscais à indústria e à agricultura, o PIS/PASEP, o acordo
com o Paraguai para a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, até hoje
a hidrelétrica de maior produtividade no mundo.
Carreira Militar?
Estudou no Colégio Militar de Porto Alegre. Formou-se oficial de cavalaria
na Escola Militar de Realengo (1924-1927). Em 1927, foi promovido a
segundo-tenente e a primeiro-tenente, em 1929. Contra os opositores à
Revolução de 1930, foi o comandante do 12º Regimento de Cavalaria,
razão pela qual Getúlio Vargas o promoveu a capitão, porém devolvido a
segundo-tenente após a consolidação do Golpe de 1930 no mesmo ano.
Defendeu o Governo Vargas contra a Revolução Constitucionalista de
1932. Em 1934, galga definitivamente a patente de capitão, sendo
designado ajudante-secretário na Escola de Estado-Maior em 1937, porém
afastado do Rio de Janeiro em 1939 para o 8º Regimento de Cavalaria,
situado em Uruguaiana (RS).
Em 1957, assumiu a Chefia do Estado Maior da 3.ª Região Militar, em Porto
Alegre, a convite do general Arthur da Costa e Silva, então comandante
daquela unidade, com quem estabeleceu forte amizade.
Foi promovido a general de brigada em 1961 e apoiou a posse do
Presidente João Goulart, sob o regime parlamentarista. Não há indícios
que tenha participado da conspiração para derrubar João Goulart. Em abril
de 1964, por ocasião do movimento militar de 1964, Médici era o
comandante da Academia Militar de Agulhas Negras, mobilizando
momentaneamente os cadetes, quando avisado por telefonema de seu
amigo General Costa e Silva. Posicionando-se em Resende (RJ), Médici
angariou, isto é, pacificou as tropas paulistas do II Exército e dissuadiu o
Ministro da Guerra Armando de Moraes Ancora (nomeado por João
Goulart) da missão presidencial de ataque.
Entre 16 de abril e 20 de outubro de 1969, comandou o III Exército, com
sede em Porto Alegre. Com o afastamento definitivo do presidente Costa e
Silva por causa de um derrame cerebral, uma junta militar presidida pelo
Almirante Augusto Rademaker assumiu a presidência provisória da
república, pelo período de 60 dias. A junta fez uma consulta a todos os
oficiais generais das forças armadas, para escolher entre ele e o general
Albuquerque Lima. Médici foi eleito como novo presidente da república
com a maioria dos votos. Antes da posse de Médici, a junta ainda
outorgou uma emenda modificando o texto inicial da Constituição de
1967.
Posse
Médici exigiu que, para sua posse na presidência, o Congresso Nacional
fosse reaberto. E assim foi feito: em 25 de outubro de 1969, Emílio
Garrastazu Médici teve a escolha como presidente da república
sacramentada por uma sessão conjunta do Congresso Nacional, obtendo
293 votos, com 75 abstenções. Tomou posse no dia 30 de outubro de
1969.
Propaganda
Pelo menos dois fatos fizeram de Médici um dos mais incomuns
presidentes da ditadura militar, inaugurada em 1964: a utilização maciça
de propaganda, com gasto de milhões de cruzeiros, estimulando o
patriotismo como apoio à ditadura militar, como, por exemplo, a criação
do slogan "Brasil, ame-o ou deixe-o"; Na reabertura, por ordem de Médici,
do Congresso Nacional em 1969, o líder do Governo, Daniel Krieger,
renunciou,[ substituído pelo senador Filinto Müller (em seguida presidente
do Congresso Nacional e da Arena), ex-participante e desertor da Coluna
Prestes, ex-chefe de Polícia do Rio de Janeiro durante o Estado Novo
(prendendo Olga Benário Prestes por ordem de Getúlio Vargas), ex-líder do
PSD no Senado durante o governo Juscelino Kubitschek.
Ações contra Guerrilha
O governo Médici foi responsável pela eliminação das guerrilhas
comunistas rurais e urbanas. Ancorada pelo Ato Institucional nº 5, de
dezembro de 1968, a repressão às manifestações populares e às guerrilhas
foi bastante pesada. A resistência passou a ser armada, com assaltos aos
bancos para obter esse artifício; atentados contra militares; sequestros de
autoridades e treinamento de guerrilhas. Segundo o relatório confidencial
produzido pelo Centro de Segurança e Informação da Aeronáutica, em 9
de março de 1972 indica que o presidente Emílio Garrastazu Médici
sofreria um atentado a bomba em encontro que teria no Rio com os
presidentes da Argentina e do Uruguai. Outro documento do CISA mostra
que o ministro da Justiça do governo Costa e Silva, Gama e Silva, também
seria alvo de atentado.

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