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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS VERNÁCULAS (DLV)

ATIVIDADE 3
CURSO: LETRAS Português
DISCIPLINA: Teoria Literária: Prosa CÓDIGO:
CARGA HORÁRIA: 80 CRÉDITOS: 04
PERÍODO: março a abril ANO/SEMESTRE: 2020/1
Prof. Dr. Fernando Simplício dos Santos (fernandosimpliciosantos@gmail.com)

As questões destacadas abaixo abordarão o estudo sistemático do seguinte texto:

Candido, Antonio. “De Cortiço a Cortiço”. In: ______. O discurso e a cidade. São
Paulo/Rio de Janeiro: Duas Cidades/Ouro Sobre Azul, 2004, pp. 105 142.

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1. Expliquem a seguinte afirmação de Antonio Candido:

“Hoje está na moda dizer que uma obra literária é constituída mais a partir
de outras obras, que a precederam, do que em função de estímulos diretos
da realidade — pessoal, social ou física” (1988, p. 111)

R:

2. Por que, na página 112 do seu ensaio, Antonio Candido afirma que, para escrever O
cortiço (1890), Aluísio Azevedo se inspirou na obra L’Assomoir (1877), de Émile Zola?

R:

3. Comentem o seguinte parágrafo de Antonio Candido:

O Cortiço narra com efeito a ascensão do taverneiro português João Romão,


começando pela exploração de uma escrava fugida que usou como amante e
besta de carga, fingindo tê-la alforriado, e que se mata quando ele a vai
devolver ao dono, pois, uma vez enriquecido, precisa liquidar os hábitos do
passado para assumir as marcas da posição nova. Mas a verdadeira
matéria-prima do seu êxito é o cortiço, do qual tira um máximo de lucro sob a
forma de aluguéis e venda de gêneros (1988, p. 113)
R:

4. Na página 114, do texto em estudo, Antonio Candido cita o poema “Mais-valia crioula”,
de Oswald de Andrade. Qual é o objetivo da comparação deste poema com o livro O
cortiço?

R:

5. Analisem a seguinte comparação, feita por Antonio Candido na página 116 de seu ensaio:
1. português que chega e vence o
2. português que chega e é vencido pelo MEIO
3. brasileiro explorado e adaptado ao

2
R:

6. Comente os trechos sublinhados abaixo, retirados do ensaio “De cortiço a cortiço”, de


Candido:

1. [...] Para o Naturalismo a obra era essencialmente uma


transposição direta da realidade, como se o escritor conseguisse ficar diante
dela na situação de puro sujeito em face do objeto puro, registrando
(teoricamente sem interferência de outro texto) as noções e impressões que
iriam constituir o seu próprio texto. A estética fin-de-siècle de Rémy de
Gormont, teoricamente tão pouco naturalista, repousa nessa utopia da
originalidade absoluta pela experiência imediata, que o levava a desconfiar
da influência mediadora das obras.
2. Mas nós sabemos que, embora filha do mundo, a obra é um mundo, e
que convém antes de tudo pesquisar nela mesma as razões que a sustêm como
tal. A sua razão é a disposição dos núcleos de significado, formando uma
combinação sui generis, que se for determinada pela análise pode ser traduzida
num enunciado exemplar. Este procura indicar a fórmula segundo a qual a
realidade do mundo ou do espírito foi reordenada, transformada, desfigurada
ou até posta de lado, para dar nascimento ao outro mundo. (2004, p. 111)

7. No tópico “5. O cortiço e/ ou o Brasil”, do texto “De cortiço a cortiço”, Candido afirma que

O leitor d' O Cortiço fica duvidando se ele é um romance naturalista


verdadeiro, que não deseja ir além da realidade observável, ou se é nutrido por
uma espécie de realismo alegórico, segundo o qual as descrições da vida
quotidiana contêm implicitamente um outro plano de significado. (2004, p.
119)

O que podemos depreender desta constatação, considerando a representação da sociedade do


contexto em que Aluísio Azevedo publicou o seu romance?

R:

8. Para Candido, no ensaio em questão, quais seriam algumas das funções da representação
do “meio e da raça” e do “reino animal”, desenvolvida no romance de Aluísio Azevedo?
Para responder a esta última questão, pensem nas correntes teóricas do Naturalismo que
estavam em voga no fim do século XIX.

3
R:

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