Você está na página 1de 94

Índice

Equipes de Saúde ......................................................................................................................................... 3


As equipes de saúde são formas mais aprimoradas dos grupos de trabalho. ......................................... 3
Comunicação e Relações Humanas ............................................................................................................. 7
Processo Intrapessoal .............................................................................................................................. 7
Processo Interpessoal .............................................................................................................................. 8
Análise Transacional ................................................................................................................................. 8
Transações ............................................................................................................................................. 10
Métodos de comunicação ....................................................................................................................... 10
Comunicação Terapêutica ...................................................................................................................... 12
Hospital........................................................................................................................................................ 14
O Hospital ............................................................................................................................................... 14
Unidade Ambulatorial.............................................................................................................................. 15
Unidades de Internação ou Unidades do Paciente ................................................................................ 17
Unidade de Conforto e Higiene............................................................................................................... 21
Considerações gerais: ............................................................................................................................ 23
Administração de Medicamentos ................................................................................................................ 25
Comentário Geral .................................................................................................................................... 25
Drogas e Doses ...................................................................................................................................... 26
Vias de Administração Parentéricas ....................................................................................................... 27
EV (EV) ou IV (IV) ................................................................................................................................... 27
Via Intramuscular- IM ou I.M. .................................................................................................................. 29
Via Intradérmica – I.D. ............................................................................................................................ 31
Via Subcutânea - S.C. ............................................................................................................................ 31
Via Intra-Raquídea - I.R. ......................................................................................................................... 32
Outras Formas Farmacêuticas ............................................................................................................... 32
Cálculo do Número de Gotas.................................................................................................................. 39
Prevenção da Infecção Hospitalar e Biossegurança .................................................................................. 40
Precauções ............................................................................................................................................. 40
Precauções conforme Rota de Transmissão.......................................................................................... 42
Precauções Empíricas ............................................................................................................................ 44
Ambiente Hospitalar e Infecção .............................................................................................................. 46
Biossegurança ........................................................................................................................................ 51
Biossegurança e o laboratório de análises clínicas (LAC) ..................................................................... 53
Medidas de prevenção coletiva .............................................................................................................. 54
Exames Diversos ........................................................................................................................................ 55
Quimioterapia .............................................................................................................................................. 59
Estrutura Física (Com áreas distintas) ................................................................................................... 59
EPI - Equipamento de Proteção Individual ............................................................................................. 60
Atribuições do Farmacêutico ....................................................................................................................... 61
Infusão de Quimioterápicos .................................................................................................................... 62
Prevenção e Conduta em Extravasamento de Citotóxicos .................................................................... 62
Farmácia Hospitalar .................................................................................................................................... 66
Serviço de Farmácia Hospitalar .............................................................................................................. 66
Soluções Parenterais de Grande Volume (SPGV), Medicamentos e Correlatos................................... 67
Dispensação de Dose Individual............................................................................................................. 69
Preparo de Enterais e Parenterais ......................................................................................................... 70
Soluções Parenterais com Partículas Visíveis ....................................................................................... 71
Primeiros Socorros ...................................................................................................................................... 72
Doenças no Brasil ....................................................................................................................................... 80
Principais Doenças no Brasil .................................................................................................................. 80
Vacinação e Enfermagem ........................................................................................................................... 82
Vacinas ................................................................................................................................................... 82
Orientações Importantes......................................................................................................................... 89
Imunizações Recomendadas aos Profissionais de Saúde ..................................................................... 90
Imunizações do Dia Seguinte ................................................................................................................. 91
Atendente na Área da Saúde

Equipes de Saúde

As equipes de saúde são formas mais aprimoradas dos grupos de trabalho.

No grupo, as pessoas interagem para compartilhar informações e tomar decisões, desempenhando


melhor suas tarefas individuais. É uma simples soma das partes. A responsabilidade permanece individual e
habilidades individuais são variadas e se juntam quase ao acaso. Na equipe, as pessoas geram um espírito
comum e positivo através de esforços coordenados. Procuram um desempenho coletivo e o resultado é
maior que a soma das partes individuais. A responsabilidade é tanto individual quanto coletiva.
A equipe de saúde não somente proporciona melhores cuidados médicos, como também oferece
melhores condições de trabalho para todos. Dentro da equipe, ninguém é mais importante, todos têm algo a
contribuir para o restabelecimento
do paciente. O que poderá ser
mais salutar em um trabalho do
que a certeza que se está
fazendo uma contribuição
importante?
O supervisor que age com
favoritismo, o médico que não
atendeu as regras de assepsia, a
"panelinha" que criava
desarmonia com seu afastamento
e tagarelice, a auxiliar que está
tão aflita com seus problemas
familiares que não consegue falar
polidamente com ninguém - esses
assuntos também são levados à
mesa de reuniões e todos os
membros para resolvê-los.
A existência de uma
verdadeira equipe se nota pela
integralização gerencial de
habilidades e talentos individuais
em uma habilidade coletiva para produzir serviços de maneira mais eficiente e efetiva.
A equipe de trabalho facilita para as pessoas de diferentes áreas trocar informações, desenvolver
novas idéias e resolver problemas. A existência e a ação de uma equipe de trabalho independem das
intenções particulares de qualquer de seus membros. Mas, o fato de pertencer a uma equipe não reduz os
desejos e as intenções individuais em relação ao trabalho e a carreira ou profissão. Expectativas e conflitos
existentes em qualquer organização estão presentes também nas equipes, bem como a espontaneidade
individual, os acidentes de percurso e, portanto, a imprevisibilidade.
Quando se tornam membros da equipe, as pessoas tendem a adaptar o que sabem, e o fazem às
suas características pessoais.
Para se fortalecer o espírito de equipe, a reflexão, o debate, o confronto de experiências e de
expectativas, deve-se sempre recorrer a propostas de cooperação e ajuda mútua.
Os modelos organizacionais mais flexíveis procuram estruturar a equipe antes mesmo da definição
de tarefas: a diferenciação e a especialização de trabalho emergem da atividade grupal e não de
imposições burocráticas.

Uma equipe possui como principais características:


• Sistema social comum - as pessoas não são vistas prioritariamente como indivíduos
isolados, mas como membros cooperadores de uma atividade comum;
• Polivalência funcional - há diversidade nos conhecimentos e habilidades; as pessoas
desempenham vários papéis e funções;
• Relativa autonomia de auto-organização - é possível estabelecer padrões internos de
gestão nos limites das diretrizes gerais comuns;

Exattus Escola de Profissões 3


Atendente na Área da Saúde

• Espaço para a criatividade - é possível desenvolver modos próprios e variados de


execução das tarefas;
• Sentido de afiliação - as pessoas desenvolvem sentimento de pertencerem a um grupo
com identidade própria e compromissos comuns;
• Idéias claras sobre o desenvolvimento da equipe - há critérios de êxito e visão de futuro.

A visão de objetivos comuns e o reconhecimento de habilidades mútuas ajudam na solução de


problemas e conflitos no próprio grupo.
A liderança se toma mais compartilhada, o sentido da autoridade e da responsabilidade
compartilhada retiram, em grande parte, o sentido de unicidade da liderança. Pode ser alternada e variável,
em alguns casos, baseada até na voluntariedade.

Na prática, as principais dificuldades na criação de equipes encontram-se nos seguintes fatores:


• Cultura do individualismo - há praticas administrativas de valorizar a diferença e a
competição entre as pessoas;
• Sentimento de perda dos dirigentes - os gestores sentem-se ameaçados ao perderem
funções tradicionais de direção e supervisão;
• Excessos na definição de interdependências - as inter-relações são genericamente
definidas, sem discriminar tarefas que não são tão interdependentes e, portanto, não
necessitam de interação constante;
• Sobrevalorização das relações pessoais - as inter-relações humanas são consideradas
mais importantes que qualquer outra dimensão do trabalho, inclusive as próprias tarefas e
as pessoas.

Grupos coesos produzem melhores resultados, entusiasmam-se na ação e se orgulham da


concretização; geram mais informações sobre o trabalho e sentem-se seguros na auto-avaliação. Grupos
menos coesos têm dificuldade de se fixar e agir segundo metas coletivas. A participação se torna
desequilibrada: alguns poucos contribuem ou se comprometem com a decisão coletiva, sentindo-se mais à
vontade em criticá-la mais tarde, durante os percalços da implementação.

Para aumentar a coesão do grupo e o espírito de equipe, é importante observar os seguintes


pontos:
1. Manter o grupo pequeno - grupos menores são mais eficientes, principalmente porque
grupos grandes:
• Perdem a idéia de equipe;
• Possuem mais quantidade e diversidade de informações e interesses tornando mais
problemática a decisão e a ação coletiva;
• Facilitam a crença de que uns trabalham menos do que outros, quando alguém acha que
está se esforçando mais tende a buscar equidade reduzindo o próprio esforço.
2. Incentivar a reflexão em conjunto - buscar consenso entre as tentativas de fazer prevalecer
escolhas individuais e unilaterais. Todos devem se unir em torno de uma decisão conjunta;
o silêncio tende a significar apoio e não discordância.
3. Desenvolver atividades coletivas regulares - facilitar a interação para que as pessoas
fiquem mais tempo juntas. Permitir tempo maior para a decisão ajuda o aprendizado
coletivo.
4. Fazer os incentivos do grupo prevalecerem sobre os individuais - mesmo que hajam
prêmios e benefícios individuais, deve-se associá-los o máximo possível às tarefas
coletivas.
5. Considerar contato com outros grupos - deve-se procurar não isolar demasiadamente o
grupo, pois isto o faz perder as referências normais sobre desempenho e êxito.
6. Incentivar a heterogeneidade de talentos e habilidades - grupos heterogêneos, com
diversidade de profissões e de conhecimentos, normalmente têm melhor desempenho do
que os grupos homogêneos, em que prevalecem profissões e habilidades similares. Nestes,

Exattus Escola de Profissões 4


Atendente na Área da Saúde

aparecem mais as comparações e rivalidades entre pares e, em decorrência, conflitos de


interesses e vaidades.
7. Incentivar o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos - novas idéias criam uma
base para novas divergências e a necessidade de reconstruir consensos.

As relações pessoais em uma equipe podem ser conflituosas, as pessoas diferem suas iniciativas,
interesses e formas de agir.

Dentro de um serviço, há condições que criam oportunidade para o conflito, entre as quais
destacam-se as três a seguir:
1. Comunicação - a má comunicação está presente em grande parte dos conflitos nos
serviços; a falta de abertura e transparência administrativas, barreiras semânticas, o
excesso ou a falta de informação. Pouco diálogo gera pouca verdade e desconfiança,
fazendo surgir suspeitas e fantasmas nas relações pessoais.
2. Estrutura administrativa da equipe - tamanho da equipe, iniquidades na distribuição das
tarefas e dos benefícios, especialização do trabalho e burocratização aparecem com mais
frequência. Quanto maior a equipe e mais especializadas suas atividades, maior o potencial
de conflito. E conflitos são mais frequentes quando os membros do grupo são jovens e
menos acomodados à própria história da organização em que trabalham.
3. Dimensões de liderança, cultura e traços pessoais - estilos de lideranças autoritários e
paternalistas tendem a gerar mais conflitos do que os mais participativos. Culturas
heterogêneas com menos crenças coletivas também produzem mais conflitos do que os
grupos de maior homogeneidade. Os traços individuais de personalidade (individualistas,
autoritárias, com baixa-estima) também são muito característicos em relação aos conflitos
administrativos.

As pessoas têm interesses e lutam para que as decisões Ihes sejam favoráveis. Um grande número
de decisões baseia-se em interesses comuns ou convergentes: são as decisões relativas ao
desenvolvimento da equipe, à melhoria das condições de trabalho e ao aperfeiçoamento dos funcionários.
Como, em princípio, todos desejam o progresso da equipe, muitos interesses podem ser satisfeitos sem
prejudicar os de outros.
Os conflitos que mais frustram as pessoas e, por vezes, levam à colisão de interesses com as
equipes dirigentes ocorrem em relação a repartição dos resultados do trabalho, na forma de salários e
benefícios.
Existem duas maneiras de ver o conflito: negativa e positiva. Na perspectiva negativa, vê-se o
conflito como um fator de desarmonia na equipe: trata-se de comportamento irracional em relação a
objetivos coletivos e contrário em ao espírito de união que caracteriza a equipe. A sua ocorrência conduz a
um baixo desempenho e tensão entre as pessoas. Como um mal destrutivo, deve ser evitado e eliminado.
Reprimir gera reações e tensões causadoras de insatisfações e ineficiências; tentar esconder apenas
transfere o conflito para formas sutis, ou mesmo, para pelejas surdas.
Na perspectiva positiva, o conflito é natural, inevitável e, por vezes, necessário para melhorar o
desenvolvimento da equipe. Se o conflito é natural e inevitável, o melhor é aceitá-lo e buscar seu potencial
positivo. O conflito desperta as pessoas e melhora o desempenho da equipe. Para alguns até deve ser
estimulado: um grupo excessivamente harmonioso e pacífico tende a ser estático e apático em relação à
inovação.
A participação constitui uma forma dinâmica de restaurar o equilíbrio de poder e caminhar para
solução de conflitos reais. A prática da participação tem a vantagem de contribuir para as decisões de
processo e desenvolvimento, criando autonomia no local de trabalho, ajudando na cooperação e na
distribuição de informações e na solução de problemas da equipe.
A baixa participação enfraquece o comprometimento individual com o serviço e acentua a alienação
e o próprio potencial para conflitos. A alienação faz as pessoas perderem o sentido de pertencimento, além
de não se verem como parte ativa do processo de decisão e ação; tomam-se passivas, apáticas, submissas
e dependentes das chefias; despreocupam-se com a produtividade e encontram justificativas para o
pessimismo, a frustração e a acomodação.
A participação só se efetiva com a liberdade de falar e de ouvir. Permite as pessoas o uso de
recursos de criatividade e de vontade de contribuir, bem como desenvolve o seu sentido de pertencimento.

Exattus Escola de Profissões 5


Atendente na Área da Saúde

A decisão participativa é a tentativa de valorizar o que une as pessoas, e não o que as separa.
Por possuírem perspectivas e opiniões diversas, as pessoas têm um grande potencial para
divergências. Diferenças de perspectivas e de opiniões , quando não esclarecidas, facilitam mais
incompreensões e conflitos. A não-participação ressalta a separação, a distância e o reforço da divergência.
A participação ativa a consciência individual, defendendo-a da revolta interior, silenciosa e agressiva a
ideais comuns.

As pessoas não querem ser observadores passivos, mas atores ativos na realidade em que
trabalham. Na verdade, a maioria procura:
• O desempenho de um papel social relevante e reconhecimento pelos serviços desejados
pela Sociedade;
• Uma oportunidade de aprendizagem e progresso constantes;
• Possibilidade de influência nos destinos do serviço em que trabalha;
• Equidade e justiça entre o grau de contribuição e o grau de retribuição pelo trabalho
exercido.

Exattus Escola de Profissões 6


Atendente na Área da Saúde

Comunicação e Relações Humanas

Há muitas maneiras de explicar as interações ou relações humanas. Uma delas é considerá-las


como um imenso sistema de comunicação. A
dificuldade dessa consideração se deve em parte a
que o processo de comunicação humana é tão
complexo que nem sequer temos palavras
adequadas para descrevê-lo. No entanto, para
desempenhar nossa principal responsabilidade para
com um paciente, cuidar para que suas
necessidades sejam atendidas, é essencial que as
enfermeiras tenham alguma compreensão de como,
em que e por que as pessoas se comunicam. Vamos
considerar então as interações humanas,
especialmente a relação enfermeira-paciente, como
um complexo sistema de comunicação, lembrando
sempre que o processo real não é, de forma alguma,
tão simples.

Definição - A comunicação pode ser


amplamente definida como todas as etapas
envolvidas em uma relação dupla entre a pessoa e o
ambiente. A comunicação humana especificamente
envolve a transmissão de uma mensagem, que
produz uma resposta. Chamamos a isso de
processo, porque é uma série de etapas dinâmicas,
fluidas, contínuas e constantemente em mudança. É
como jogar uma pedra em um lago, de modo que os
círculos resultantes se espalhem cada vez mais e se
tornam cada vez maiores.

Finalidade - A principal finalidade da comunicação humana é satisfazer as necessidades básicas. A


eficácia do sistema de comunicações da pessoa com os quais ela está envolvida são satisfeitas. A
comunicação também serve para corrigir as informações que a pessoa tem sobre si mesma e as outras
pessoas, ajudando assim a orientar seu comportamento. Para muitas pessoas, existe ainda a satisfação ou
o prazer de se expressar.

Processo Intrapessoal

Como os sistemas usados para transmitir mensagens pelos meios de comunicação, existem duas
partes essenciais - o transmissor e o receptor. O transmissor passa por uma série de etapas interiores -
processo intrapessoal - baseado em suas necessidades e experiência de vida. Primeiramente, ele percebe
a si mesmo e a seu ambiente - ele faz uma idéia de quais são suas necessidades e qual é sua situação vital
naquele momento. Em segundo lugar, avalia esses dados comparando seus desejos internos ou
circunstâncias externas com suas experiências passadas. Em terceiro lugar, decide agir de acordo com isso
- escolhendo uma linha de ação segundo a qual espera satisfazer suas necessidades. Quarto, ele faz sinais
para o receptor - uma pessoa significativa da qual ele espera obter sua satisfação.
As pessoas não estudam deliberada ou conscientemente todos os passos tomados no processo de
comunicação. Grande parte do que acontece a elas e dentro delas ocorre fora de suas consciências. Por
exemplo, a pessoa se sente faminta e pede alimento ou vai à cozinha procurá-lo, qualquer uma das coisas
que tenha dado certo no passado. Sente um mal-estar e deseja um copo de leite. Não pára para pensar
porque talvez não pudesse fazê-lo mesmo que o tentasse. Sabe que um copo de leite a fez sentir-se melhor
em circunstância semelhante no passado, por isso tenta aliviar seu mal-estar atual da mesma maneira.

Exattus Escola de Profissões 7


Atendente na Área da Saúde

Processo Interpessoal

O transmissor transmite uma mensagem e coloca em movimento o processo interpessoal. A


mensagem é dividida em duas camadas - a camada externa, chamada conteúdo, e a camada interna,
chamada intenção. A camada externa, o conteúdo, é a chapa da mensagem e pode ser comparada á casca
de uma noz ou uma maçã. Pode-se dizer algo sobre a camada interna, em geral, apatias pela aparência,
tato ou cheiro da camada externa. Por exemplo, se uma pessoa passa por um campo plantado, pode ser
capaz de reconhecer o que está plantado, como aveia, cevada, trigo ou capim apenas pelo tamanho, forma
ou cor da casca. Pode-se separar uma noz de uma castanha-do-pará apenas pela casca ou uma maçã
vermelha deliciosa de uma maçã amarela transparente apenas olhando-se para a casca.
A camada interna, a intenção, é o núcleo ou coração da mensagem. Se as duas camadas forem
consistentes, a mensagem será mais facilmente recebida e mais prontamente compreendida. Se as duas
forem contraditórias, pouco conhecidas ou estranhas, o receptor gastará um esforço maior para decodificar
a mensagem. Por exemplo, uma comunicação muito comum entre amigos é o cumprimento "como vai
você?". As palavras externas, o conteúdo, não refletem precisamente o interior, a intenção. A pessoa que
transmite a mensagem geralmente não quer saber o estado de saúde da outra pessoa. Em vez disso, ela
quer do amigo reconhecimento e satisfação de suas próprias necessidades. Quanto maior a concordância
entre conteúdo e intenção, e quanto mais direta a mensagem, mais fácil será para o receptor compreender
e responder, e melhores serão as chances de que as necessidades do transmissor sejam satisfeitas. Em
outras palavras, quanto mais sadios os processos intrapessoais do transmissor (percepção. avaliação,
decisão e sinalização), maior a probabilidade de que ele se comunique claramente, se relacione bem e
satisfaça suas necessidades de modo aceitável.
A mensagem atinge o receptor com uma forma denominada impacto. Ela estabelece uma conexão
que alerta o receptor que uma mensagem está chegando e que ele deve estar pronto para recebê-Ia.
Segundo suas necessidades e experiências de vida, o receptor passa, por sua vez, pelo mesmo processo
que o transmissor - processo intrapessoal. Ele percebe a si mesmo em relação ao ambiente, avalia tanto as
circunstâncias internas quanto as externas à luz das experiências anteriores, escolhe a melhor linha de ação
e sinaliza a outra pessoa, ou transmissor, do qual ele espera obter satisfações. Seu sinal é chamado
resposta e tem as mesmas duas camadas da mensagem do transmissor - conteúdo e intenção. A resposta
atinge o transmissor com uma forca denominada feedback (retroalimentação). A resposta resulta em
satisfação ou frustração das necessidades do transmissor, faz uma correção ou alteração no sistema de
comunicação do transmissor ou pede esclarecimentos ou elaboração da mensagem do transmissor.
Para o sucesso da comunicação, o receptor deve ler corretamente o conteúdo e a intenção da
mensagem. Por exemplo, uma pessoa familiarizada com a intenção do cumprimento "como vai você?"
pode bem responder "estou bem e você?". Aqui, também, ela pode nem estar perguntando sobre o estado
de saúde da outra pessoa. Em vez disso, ela responde ao pedido de reconhecimento da primeira pessoa,
assim como satisfaz sua própria necessidade de reconhecimento.
Quanto maior a concordância entre conteúdo e intenção e quanto mais direta for a resposta, mais
fácil será para o transmissor compreender, e melhores serão as chances de que tanto o transmissor quanto
o receptor satisfaçam suas necessidades em interação um com o outro.
O receptor tem grande significado em qualquer sistema de comunicações, que não é menor nas
relações humanas. A satisfação das necessidades do transmissor depende não apenas da capacidade do
transmissor de se comunicar efetivamente como da capacidade do receptor de observar, analisar e
responder corretamente a mensagem do transmissor. Se o transmissor não obtiver a resposta que requer
de um receptor em particular, ele pode fazer várias coisas diferentes. Pode alterar sua mensagem e tentar
novamente obter sucesso na comunicação, especialmente se o receptor for suficientemente significativo e
importante para ele como fonte de satisfação. Pode tentar obter o que necessita de outro receptor,
especialmente se houver algum por perto. Pode desistir temporariamente ou adiar sua satisfação.
Eventualmente, porém, é essencial à vida, segurança e saúde do transmissor obter uma satisfação
suficiente de suas necessidades básicas. Qualquer distúrbio grave em sua capacidade de comunicação
pode resultar em grave distúrbio de seu comportamento.

Análise Transacional

Na década de 1950, Eric Berne estabeleceu um ramo da psiquiatria social chamado análise
transacional. A análise transacional se tornou bastante popular, resultando em dois Best-sellers, o livro de
Berne e o livro de Harris. Os conceitos de análise transacional podem ser usados para descrever a

Exattus Escola de Profissões 8


Atendente na Área da Saúde

comunicação e as relações humanas, crescimento e desenvolvimento, reações ao stress e ao tratamento


psiquiátrico. Por ser outra a maneira de considerar a comunicação, a descreveremos brevemente aqui.
Na análise transacional, a carícia é identificada como a unidade fundamental da ação social, a base
de toda interação humana. A carícia começa como uma necessidade física de sobrevivência. Sem a
estimulação física de abraços, tapinhas e carícias, a criança não sobrevive. De fato, Rene Spitz relatou a
morte de crianças alimentadas adequadamente que não eram amadas ou acariciadas. por aqueles que
cuidavam delas. A carícia começa pois como uma necessidade física, mas é gradualmente substituída por
aprovação ou reconhecimento mais simbólicos e socialmente aceitáveis. No entanto, a carícia continua
durante toda a vida a satisfazer necessidades físicas, emocionais e sociais do indivíduo. A carícia pode ser
frequente, como o aplauso ao artista que se apresenta todas as noites, e tão rara quanto o prêmio honorário
ao cientista. Pode ser tão remota quanto uma saudação militar ou tão íntima quanto um beijo. Qualquer
troca de carícias entre duas pessoas constitui uma transação.
Todos os indivíduos são constituídos de três personalidades diferentes; três diferentes conjuntos de
maneiras de pensar, sentir e realizar; três diferentes estados de ego, como são descritos na análise
transacional. Eles são designados como o Pai, o Adulto ou a Criança em cada um de nós. Não são papéis
que as pessoas desempenham, mas sim as realidades existentes dentro dos indivíduos. São o resultado de
suas experiências ou interações com o ambiente e as pessoas significativas do mesmo. Você verá que há
uma semelhança entre Pai, Adulto e Criança e as três partes da personalidade descritas - Consciência, Eu e
Necessidades. Da mesma forma, há uma semelhança com os três aspectos da personalidade descritos por
Sigmund Freud, ou seja, o superego, o ego e o ido.

Pai
O Pai em cada um de nós é um registro do que vemos nossos próprios pais viverem e fazerem.
Não é necessariamente um registro exato - é simplesmente o modo como percebemos os nossos pais
desde a nossa infância. Em virtude de a experiência do indivíduo começar antes que ele compreenda as
palavras ou antes que ele compreenda por que um pai faz alguma coisa, ele simplesmente incorpora a seu
Pai o que ele acredita que seus pais pensem, sentem e fazem. Há dois conjuntos de atitudes distintos que
geralmente fazem parte do Pai em cada um de nós. Um é moralista, crítico e proibitivo; outro é estimulante,
protetor e consolador. Contudo, se uma pessoa não vivenciou nenhum desses tipos de pai, então seu Pai
será diferente. Um deles diz: "Não, não, não. Isso é mau, seja um bom menino". O outro diz: "Você parece
cansado. Deixe-me esfregar suas costas." As crianças têm um Pai dentro delas, assim como um Adulto e
uma Criança. Se algumas vezes você observou crianças brincando, já viu o dedo admoestador e o "Não,
não, não!"

Adulto
O Adulto é aquela parte de nós que encara os fatos e faz uma avaliação. É a parte da pessoa que é
prática, realista e que resolve problemas. Sua função está baseada no presente, no aqui e agora e não no
passado. É o mediador entre a Criança e o Pai, o diplomata. É o computador, a máquina processadora de
dados em nós, que obtém a informação do interior da pessoa e de fora, do mundo em que ela vive, para
tomar uma decisão ou fazer uma previsão ou simplesmente guardar informações para uso futuro. A parte
Adulta de nós faz perguntas como "Por quê? O quê? Como? Quando?". Diz coisas como: "Examinemos
isso mais de perto" ou "Não estou certo de ter todos os fatos", "Talvez eu não compreenda bem" ou "Vamos
lhe dar o benefício da dúvida".

Criança
A Criança em nós é o registro de nossas reações emotivas ao que vemos e ouvimos enquanto
crescemos, especialmente os pais. Contém nossa criatividade, espontaneidade e sentimentos agradáveis,
assim como nossos receios, raivais e rebeldias. Assim como no Pai, há dois tipos de atitudes na Criança
que resultam em tipos bastante diferentes de comportamento. A Criança adaptada modifica seu
comportamento em resposta ao Pai, obedecendo ou retirando suas objeções, segundo o que o Pai espera.
A Criança natural é livre e espontânea, na rebeldia ou na alegria, e se expressa em termos de sentimentos
ou necessidades. A Criança diz coisas como "Oba" ou "Estou com fome" ou "Vamos nos divertir'.

Cada um dos três - Pai, Adulto e Criança - é uma parte legítima, real e respeitada da pessoa.
Cada um deles tem sua função e finalidade, uma contribuição a fazer relativamente à pessoa como
um todo e à sua auto-realização e seu próprio papel na criação de uma vida integral e produtiva para o

Exattus Escola de Profissões 9


Atendente na Área da Saúde

indivíduo. Somente quando há um distúrbio no equilíbrio entre eles ou um conflito na maneira com que a
pessoa interage com outra é que há uma necessidade de mudança e de análise transacional.

Transações

Quando duas pessoas se encontram geralmente se interagem. Esta situação pode ser um simples
estímulo e resposta (E-R), ou um processo de comunicação muito complexo. O mais simples tipo de
transação é Adulto a Adulto, como um "Alô, como está você?" e "Estou bem, e você?". Enquanto a
transação for complementar ou paralela, a comunicação será boa. Adulto a Adulto, Criança a Criança, Pai a
pai; ou Criança a Pai, Pai a Criança, Adulto a Criança, Criança a Adulto, Pai a Adulto ou Adulto a Pai (veja
figura a seguir).
Quando ocorrem transações cruzadas, então a comunicação fracassa. O tipo mais comum de
transação cruzada, que também causa mais prejuízo, é se o estímulo é de Adulto para Adulto e a resposta é
de Criança para Pai. Por exemplo, o marido volta do trabalho e pergunta à esposa: "O jantar está pronto?"
Isto é um estímulo de Adulto para Adulto, pedindo uma informação. Se a esposa interpretar isto como uma
crítica injusta, porém, ela pode responder com raiva: "É só nisso que você pensa '- comer? Você nunca
pensa em mim?" Essa é uma resposta de Criança para Pai. Para resolver essa situação, alguém tem que
dar o braço a torcer. Ou o marido tem que passar a Pai consolador, dizendo algo como: "Ora, querida,
naturalmente eu me importo com você", ou a esposa tem de mudar para o Adulto cooperativo, dizendo
"Sinto muito, acho que estou cansada. Sim, o jantar está quase pronto." De outra forma, a comunicação
termina e teremos dois adultos encarando-se raivosa e silenciosamente.
Em resumo, a análise transacional é outra maneira de considerar comportamento, comunicação e
relações humanas. Quanto mais consciente a pessoa se torne de como e por que ela está interagindo com
outra, mais lhe será possível controlar e corrigir seu comportamento e melhorar as suas relações. Como
disse Harris no livro Eu estou OK - Você está OK, podemos não ser capazes de apagar o que está
registrado dentro de cada um de nós, mas podemos resolver desligá-lo.

Métodos de comunicação

As pessoas envolvidas em qualquer interação geralmente usam métodos tanto verbais quanto não-
verbais de comunicação. Os
métodos não-verbais que
discutiremos inicialmente são
extremamente importantes em
todas as comunicações e
especialmente na relação
enfermeira-paciente.

Rapport
Rapport, palavra
francesa, é um sentimento
harmonioso que têm duas
pessoas uma pela outra, um
respeito mútuo, aceitação e
compreensão. As expressões
populares descrevem a
experiência como "estando no
mesmo comprimento de onda",
"sintonizado com a outra
pessoa" e "em contato". Por
vezes se ouve a afirmação
sobre uma enfermeira: ela tem um bom rapport com seus pacientes. Contudo, não existe bom ou mau
rapport. Ou se tem rapport com alguém ou não se tem.

Exattus Escola de Profissões 10


Atendente na Área da Saúde

Empatia
Empatia é aquele grau de compreensão que permite a uma pessoa saber como a outra se sente em
uma situação particular. A empatia não é nem simpatia nem compaixão, porém combina alguma coisa de
ambas. A simpatia geralmente implica em ter pena da outra pessoa, como em: "Eu me sentiria mal se
estivesse em seu lugar." A compaixão geralmente implica naquela qualidade de amor ou ternura que faz
com que uma pessoa sofra juntamente com a outra. A empatia implica em conhecer e compreender os
sentimentos da outra pessoa, a situação em que ela está e em ter um sentimento positivo em relação a
essa pessoa. É baseada no conceito de amor fraternal - interesse pelo semelhante, respeito por ele como
indivíduo, conhecimento de suas necessidades e um sentimento de responsabilidade em ajudá-lo a
satisfazer suas necessidades. É desenvolvida aprendendo a ler os sinais não-verbais no comportamento
dos outros e a intenção da mensagem no processo de comunicação. Linguagem Corporal
Por meio da linguagem corporal, nos expressamos fisicamente pelo tom de voz, expressão facial,
gestos, tato ou contato físico, postura, posição, andar e assim por diante. A pessoa pode expressar amor e
compreensão pela maneira com que olha para outra pessoa. Uma enfermeira pode expressar sua
ansiedade ou irritação pela maneira com que entra no quarto de um paciente. Um supervisor ou médico
pode expressar reprovação por um franzir de sobrancelha ou um gesto. O paciente frequentemente pode
dizer que as pessoas que cuidam dele o respeitam ou não pela maneira com que realizam as tarefas físicas.
O paciente frequentemente presta mais atenção ao que é feito do que ao que é dito. Ele ouve os
passos da enfermeira se aproximando, procura ver qual é sua expressão facial, sente o seu contato quando
ela o vira na cama - e dessa maneira vê se ela se importa realmente com ele ou não.

Silêncio
Pelo silêncio, as pessoas podem expressar sentimentos diferentes com um grau variado de
utilidade. Ele pode variar de uma expressão de amor, respeito e simpatia a uma comunicação destrutiva,
hostil e causadora de ansiedade. Pode ser o silêncio frio, rejeitador, punitivo, que a pessoa recebe quando
chega em casa tarde do trabalho ou quando esquece um aniversário importante. Pode ser um silêncio
oposto àquele usado para comunicar o mais profundo amor e respeito - quando frequentemente as palavras
são desnecessárias.

Ouvir
Em enfermagem psiquiátrica, você pode ouvir a expressão "ouvir com terceiro ouvido", que é tirado
do livro do mesmo nome de Theodor Reik. Quer dizer ouvir com uma dimensão perceptiva adicional. É o "ler
nas entrelinhas". É pegar o significado subjacente da mensagem (intenção) e não confiar inteiramente no
significado óbvio ou superficial (conteúdo), Há muitas maneiras de medir a própria capacidade de ouvir e é
sempre surpreendente descobrir quando a pessoa ouve o que outra pessoa diz. A brincadeira de "telefone
sem fio" realmente demonstra o ponto. Uma pessoa começa a brincadeira murmurando algo à pessoa mais
próxima, mas que por sua vez passa isso para diante, até que a última pessoa a receber a mensagem
anuncia e voz alta o que ouviu. Depois de passar por menos de meia dúzia de distorções, a mensagem
frequentemente não é mais reconhecível.

Palavra Falada
A sexta maneira de se comunicar é a verbal, ou seja, pela palavra falada - uma maneira que serve
para reconhecer, amplificar, confirmar, contrastar ou contradizer outras mensagens verbais e não verbais. A
comunicação verbal é sempre acompanhada de expressão não-verbal. Nas relações humanas,
especialmente nas boas relações, as pessoas aprendem a confiar em algo mais do que as simples
palavras. Não é só o que é dito, mas a maneira como é dito - o tom de voz, a expressão facial e os gestos
do interlocutor - que transmite muito do significado para o ouvinte. Os pacientes são geralmente menos
sofisticados e mais parecidos a crianças, sendo assim mais sensíveis e particularmente ligados à
comunicação não-verbal.
Na nossa sociedade, porém, a comunicação verbal é extremamente importante para todas as
pessoas, doentes ou sadias. É pela comunicação verbal que a pessoa tenta partilhar algo de si mesmo com
muitas outras pessoas. É a mais alta forma de comunicação, como demonstra o complexo processo de
aprender, desenvolver e refinar a linguagem humana.

Exattus Escola de Profissões 11


Atendente na Área da Saúde

Comunicação Terapêutica

O papel da enfermeira compõe-se primariamente de satisfazer as necessidades básicas do paciente


por uma boa comunicação, relação ou interação com ele. A eficácia da enfermeira como receptora no
sistema de comunicação enfermeira-paciente é uma medida de sua capacidade terapêutica.
Para cuidar efetivamente de um paciente, a enfermeira deve ser capaz de observar, avaliar e
responder corretamente à sua comunicação. Esse papel requer conhecimento, compreensão e habilidade
em relações humanas. Primeiramente, para responder à comunicação do paciente de uma maneira
terapêutica ou útil, ela deve ser capaz de decifrar sua mensagem. Deve conhecer o paciente bastante bem
para descobrir o significado subjacente de sua comunicação, a intenção. Ele pode estar pedindo água, ou o
urinol, quando o que quer realmente é o conforto da presença da enfermeira por alguns minutos ou se
reassegurar de que alguém se importa com ele. Deve se importar o bastante com o paciente para tentar
compreender o que ele quer ou necessita. Deve ser capaz de se expressar de modo à atender as
necessidades do paciente.
Em segundo lugar, para interpretar corretamente a comunicação que está recebendo, o sistema
receptor da própria enfermeira deve estar em boas condições de funcionamento. Deve estar
suficientemente alerta e ser perceptiva o bastante para captar a mensagem. Deve ser realista o bastante em
suas relações com as pessoas para poder evitar fazer suposições ou julgamentos sobre o comportamento
do paciente.
Terceiro, para atender as necessidades do paciente a enfermeira deve ser suficientemente madura
emocionalmente para retardar a satisfação de suas próprias necessidades em preferência às do paciente. É
essencial que a enfermeira não atenda as suas próprias necessidades à custa do paciente. Isto quer dizer
que ela deve ter outras fontes de satisfação além de suas relações com os pacientes, para poder tolerar as
inevitáveis frustrações que ocorrem em qualquer relação. Deve permitir ao paciente manter a própria
identidade, quando atender suas necessidades dependentes e depois permitir-lhe crescer para a
independência. O paciente depende da enfermeira para amor e carinho. Se a enfermeira puder atender as
suas necessidades, o paciente procurará espontaneamente dominar sua situação, pois terá certeza de que
será apoiado durante os fracassos e as desilusões que o aprendizado inevitavelmente acarreta.
A doença psiquiátrica, ou qualquer outra doença, representa uma ruptura na capacidade do
paciente de se relacionar bem com outras pessoas. Ajudar o paciente psiquiátrico não apenas a satisfazer
suas necessidades básicas, como a encontrar melhores maneiras de fazê-lo, é um dos objetivos primários
da enfermagem. A enfermeira se torna então, frequentemente, um modelo para o paciente em tratamento
psiquiátrico, especialmente num ambiente hospitalar. Na posição de receptor, ela usa a si mesma (sua
própria personalidade sadia) para fornecer ao paciente, na relação enfermeira-paciente, um feedback
contínuo, corretivo e não avaliativo. Desta maneira, ela ajuda o paciente a corrigir suas distorções e
conclusões errôneas que ele tirou sobre si mesmo e os outros. Ela o ajuda a melhorar os processos
intrapessoal e interpessoal em sua comunicação com os outros. Assim fazendo, ajuda-o a se relacionar
melhor, obter maior satisfação e aproximar-se de um comportamento mais sadio.
A parte mais difícil do papel da enfermeira na comunicação terapêutica é a necessidade de
pesquisar suas próprias motivações, emoções, métodos e seu impacto sobre os outros. Alguém já disse:
"Para chegar ao conhecimento de si mesmo, deve-se ter a coragem de procurá-lo e a humildade de
aceitar o que se possa encontrar'.
Os seis métodos de comunicação podem ser usados pela enfermeira como instrumentos
terapêuticos em suas relações com os pacientes, pois eles são uma parte essencial de qualquer relação de
auxílio. Marion Kalkman (New Dimensions in Mental Health - Psychiatric Nursing, 1974) relaciona métodos
semelhantes como maneiras pelas quais a enfermeira pode avaliar a ansiedade do paciente presença, tato,
ouvir e falar. A maneira pela qual a enfermeira usa os métodos de comunicação - rapport, empatia,
linguagem corporal, silêncio, ouvir e a linguagem falada - pode ajudar o paciente a satisfazer suas
necessidades e aumentar sua sensação de segurança, conforto e bem-estar ou frustrar suas necessidades
e piorar seu estado de ansiedade, desconforto e doença.
A enfermeira estabelece rapport com um paciente quando o respeita como indivíduo e aceita seu
direito de ser exatamente como é. A empatia vem do sentimento de compaixão e interesse pelo paciente e é
desenvolvida pela enfermeira em seu esforço de compreender como ele se sente nesta situação e não
como ela poderia se sentir. Por sua linguagem corporal, a enfermeira transmite ao paciente que ela
realmente se importa com ele ou não. A enfermeira deve saber quando ficar silenciosa e em seu silêncio ela
comunica o amor e a aceitação de que o paciente tanto necessita. Ouvindo um paciente, a enfermeira
aumenta seu conhecimento dele e de sua condição e ao mesmo tempo comunica-lhe que acha que o que
ele tem a dizer é importante. Com palavras de explicação, direção e encorajamento a enfermeira possibilita

Exattus Escola de Profissões 12


Atendente na Área da Saúde

aos pacientes dominar o estranho e assustador mundo da doença. Assim como atende as necessidades
físicas do paciente por suas ações de enfermeira, ela atende suas necessidades emocionais e sociais por
sua comunicação ou relação com ele.
Frequentemente, a importância e o valor da comunicação verbal são excessivamente enfatizados,
enquanto que a expressão não-verbal é minimizada. Na enfermagem, quando não obtemos o tipo de
resposta ou intercâmbio verbal que esperamos do paciente, frequentemente sentimo-nos ansiosos ou
inadequados. Num esforço para aliviar nossa própria ansiedade, nós viramos a experiência ao contrário e
erroneamente dizemos, pensamos e agimos como se o paciente estivesse fora do contato. O paciente pode
saber o que está acontecendo à sua volta e ao mesmo tempo ser incapaz de comunicar isso aos outros. Por
exemplo, um paciente que teve um derrame pode não ser capaz de responder verbalmente e, no entanto,
estar agudamente consciente daquilo que as pessoas estão dizendo para ele ou sobre ele. Os pacientes
que não estão totalmente conscientes, por exemplo, antes ou depois de uma cirurgia ou em seguida a uma
lesão na cabeça, que tiveram uma febre alta ou que estão sobre grande stress, podem estar percebendo
muito bem as outras pessoas e aquilo que está acontecendo à sua volta, sem poderem comunicar sua
consciência verbalmente ou não.
Os pacientes inconscientes ou semiconscientes podem ter sensações e responder à maneira com
que são levantados, virados ou movidos. Por exemplo, eles podem resistir fisicamente e ficar com medo,
raiva ou aborrecidos pela ação da enfermeira. Os pacientes e suas doenças são por vezes discutidos em
sua presença como se eles não existissem como seres humanos, mas somente como doenças. Este tipo de
experiência pode ser extremamente traumática para o paciente, sua família ou até mesmo para
expectadores inocentes.
Um paciente portador de uma doença mental pode não ser capaz de responder por que o seu
mundo pessoal substitui temporariamente o mundo real, mas ele ainda sabe o que lhe é dito e como é dito, e
pode responder de modo não-verbal. Os pacientes podem frequentemente contar com detalhes o que Ihes
foi dito, como foram tratados e o impacto que isto teve sobre eles, após a recuperação de doenças médicas,
cirúrgicas e psiquiátricas. A capacidade dos pacientes de perceber o que está ocorrendo em sua volta não
deve nunca ser subestimada ou desconsiderada. Embora não consigam responder ou interagir nas
maneiras costumeiras, é possível que tenham alguma noção do que está acontecendo consigo mesmos e
de como as pessoas se sentem em relação a eles.
Para um paciente em um hospital, ou até mesmo para qualquer pessoa necessitando de ajuda,
nada é mais importante do que o tipo de relação que ele tem com as pessoas ao seu redor. Os pacientes ao
chegar às mãos da enfermeira, são pessoas em dificuldades, geralmente sérias, e estão procurando
segurança e conforto. A enfermeira fornece isso em sua relação terapêutica com eles, usando métodos de
comunicação tanto verbais como não-verbais. Em qualquer interação, a enfermeira ou ajuda o paciente a
atender suas necessidades e aumenta seu bem-estar ou interfere na sua satisfação e aumenta seu
desconforto - não há nenhuma posição neutra.

Exattus Escola de Profissões 13


Atenden
A nte na Á
Área da
a Saúde
e

Hospita
al

O Hospital
H

O termo
t hospittal origina-se do latim hospifiu, que
quer dizer "local
" onde se
s hospedam e referência
m pessoas", em
a estabeleccimentos fundados pelo clero, a parttir do século o
IV d.C, cuja finalidade e era proverr cuidados a doentes e
oferecer abrigos a viajantes peregrin nos.
Hosspital é um m estabele ecimento prróprio para a
internação de doentes ou de ferid dos, que devve agir comm
hospitalidad
de e benevolência. (HOU UAISS, 2004))
Seg
gundo o Ministério da Sa aúde (MS), o hospital é
definido coomo "estabe elecimento ded saúde de estinado a
prestar asssistência sannitária em reegime de internação a
uma determ minada clientela, ou de nã ão internaçã
ão no caso
de outros seerviços."
Os Hospitaiss ou Esstabelecimen
ntos
Assistenciais de Saúde e (EAS), de acordo com m a
natureza da d Unidade, podem ser divididos ou
classificado
os de várias maneiras.
m

Classificações e Tipos
• Especia alidades
De acordo com as especialidades existeentes, o hosp pital pode se
er classificado
o como:
o Geral - Desstinado a pre estar assistência nas qua atro especiallidades médicas básicass
(clínica méd
dica, clínica-ccirúrgica, clín obstétrica e clínica pedia
nica gineco-o atra).
o Especializa ado - Com m assistênc cia em esspecialidades como maternidade,
m ,
neurocirurgia, etc.

• Número o de Leitos - De acordo com o núme


ero de leitos, o hospital p
pode ser clas
ssificado em
m
porte:
o Pequeno - até 50 leitoss
o Médio - de 51 a 150 leittos
o Grande - de e 151 a 500 leitos
o Porte especial - para os
o acima de 500
5 leitos.

• Resolutibilidade
o Hospital se ecundário - Geral ou especializado, com assistê
ência nas esp
pecialidadess
médicas báásicas. Gera
almente, oferece alto grrau de resolução de prroblemas de e
saúde de se
eus paciente
es no próprio hospital.
o Hospital terciário
t - Especializaado ou com m especialiidades. Des stina-se aoo
atendimento
o também emm outras áreas médicas além das especialidadess básicas.

• edade
Proprie
o Hospital público - Aq quele que in ntegra o patrimônio da União, Estados, Distritoo
Federal e municípios;; autarquias s, fundaçõees instituídas pelo podder público,,
empresas públicas
p e sociedade
s dee economia mista (pesssoas jurídica
as do direito
o
privado).
o Hospital prrivado ou particular
p - Integra o paatrimônio de uma pessoa a natural ou
u
jurídica de direito
d privad
do, não institu
uída pelo poder público.

Exa
attus Esc
cola de Profissõe
P es 144
Atendente na Área da Saúde

No Brasil, na área hospitalar, 80% dos estabelecimentos que prestam serviços ao Sistema Único de
Saúde (SUS) são privados e 75% da atenção ambulatorial é prestada pela rede de hospitais públicos.
Beneficência e Filantropia
Os hospitais privados podem ser não beneficentes - estes, mantidos com contribuições e doações
particulares, para prestação de serviços a seus associados (revertidos na manutenção e desenvolvimento
de seus objetivos sociais); podem prestar serviços a terceiros (SUS, convênios, etc.).
O hospital filantrópico presta serviços para a população carente, por intermédio do SUS,
respeitando a legislação em vigor. Sob a denominação de filantrópico, a pesquisa BNDES (Hospitais
Filantrópicos do Brasil, Série BNDES Social, volume 1 - Objetivos) diz "encontrou-se um conjunto de
instituições que compreende desde as tradicionais Santas Casas de Misericórdia, berço da rede hospitalar
brasileira, até instituições aparentemente lucrativas que, utilizando os mais diversos artifícios, adquirem a
natureza jurídica de filantrópicas."
No Brasil, o setor hospitalar filantrópico/beneficente é, atualmente, responsável por cerca de 1/3 do
parque hospitalar existente no país. São 1.917 unidades com, aproximadamente, 132 mil leitos, a maioria
prestadores de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme dados da pesquisa sobre Assistência
Médico-Sanitária.
Esta enorme rede, espalhada por todo o território nacional, apresenta uma grande heterogeneidade
nas suas estruturas gerenciais, tecnológicas, perfis e práticas assistências e, naturalmente, quanto à
clientela. Cumpre desde funções básicas e isoladas em termos de vinculação a redes de serviços,
particularmente no interior do país, até práticas médicas de última geração e elevado grau de complexidade,
sobretudo nos grandes centros urbanos, sendo alguns dos estabelecimentos referências tecnológicas e
assistenciais para a saúde no Brasil.
Dos hospitais filantrópicos, 40% possuem menos de 50 leitos, 73% menos de 100 leitos e somente
3,25% possuem mais de 300 leitos, concentrando-se nas regiões Sudeste (49,15%) e Sul (25,11 %). Os
filantrópicos, em sua grande maioria (80% dos hospitais e 67% dos leitos), estão localizados no interior do
país.

Considerações Gerais
Para que o paciente receba todos os cuidados de que necessita durante sua internação hospitalar
deve haver não só o envolvimento de diversos serviços integrados, mas também equipes de profissionais
competentes - Corpo Clínico, Equipe de Enfermagem, Serviço de Nutrição e Dietética, etc.
O ambiente hospitalar é considerado um local de trabalho insalubre onde pacientes e profissionais
estão expostos a agressões de diversas naturezas: agentes físicos (radiações de Raio X e radioativos),
agentes químicos (medicamentos e soluções) e agentes biológicos (microrganismos).

Unidade Ambulatorial

Ambulatório
É a unidade do EAS destinada a atender a população da área de abrangência, na modalidade de
consulta médica geral ou especializada, fonoaudiologia, psicologia, etc. com critério de promoção,
prevenção, recuperação e reabilitação de forma programada. O acesso ao ambulatório deverá ser facilitado
ao público de maneira que não interfira no movimento interno do estabelecimento.

Sala de Aerossol/Nebulização
Ambiente destinado à utilização de aparelhos para veiculação de medicamentos via inalatória.
Provido de pia e bancada. A desinfecção das máscaras após o uso deverá ser realizada com água,
sabão e imersão em hipoclorito de sódio conforme protocolo.

Sala de Reidratação Oral


Sala dotada de pia, bancada e sanitário anexo. A reidratação intravenosa deverá ser realizada em
leitos de observação.

Exattus Escola de Profissões 15


Atendente na Área da Saúde

Sala de Curativos
Este ambiente é destinado a procedimentos contaminados. Provido de pia e bancada. Os
procedimentos assépticos só poderão ser realizados neste ambiente, após a desinfecção da mesma.

Sala de Aplicação de Medicamentos


Ambiente destinado à aplicação de injeções ou outros medicamentos. Provida de pia e bancada.

Consultório
Os consultórios de ginecologia-obstetrícia, proctologia e urologia deverão possuir banheiro anexo.

Centro Cirúrgico Ambulatorial


Unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas que não demandam internação dos
pacientes. As áreas que compõe o centro cirúrgico ambulatorial são as mesmas do centro cirúrgico.

Unidade de Urgência e Emergência


Unidade destinada à assistência de pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde
necessitam de pronto atendimento. A unidade deverá dispor de área externa para desembarque de
ambulância.
• Urgência - ocorrência imprevista de agravo à saúde sem risco potencial de vida, cujo
portador necessite de assistência médica imediata.
• Emergência - constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco
iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.

Sala de Triagem
Local destinado ao atendimento, seleção e encaminhamento do paciente, segundo a gravidade e
patologia. Dotada de lavatório.

Sala de Higienização
Ambiente dotado de chuveiro e lavatório, destinado a higienizar os pacientes, se necessário.

Sala de Gesso
Local dotado de pia com cuba profunda, destinada à imobilização com gesso ou similares.

Sala de Reanimação
Ambiente destinado à assistência imediata de pacientes graves. Deverá possuir as seguintes
instalações: pias equipadas para lavagem das mãos, posto de enfermagem e armário para materiais e
equipamentos estéreis, fluxômetros de oxigênio e ar comprimido, vacuômetros (preferencialmente dois
bicos de cada, na parede, ligeiramente acima da cabeceira da maca ou leito de reanimação), equipamento
de proteção individual - EPI, equipamentos de monitoramento cardíaco, oximetria, capnografia e de
reanimação ventilatória AMBU, máscara de Hudson ou reanimador manual Muller, cateteres de
oxiqênioterapia, máscara de oxigenação mecânica não-invasiva, respiradores para ventilação mecânica
invasiva, equipamentos de entubação (cânulas, laringoscópio, etc.), material cirúrgico de intervenção de
emergência (drenagem torácica, traqueostomia/cricostomia, punção abdominal), Raio X portátil, SNG,
frascos de drenagem, sondas vesicais e de aspiração traqueal, cateteres de acesso venoso central e
periférico, soros e drogas.

Sala de Sutura
Ambiente dotado de pia e bancada, destinada a realizar suturas em tecidos com perda de solução
de continuidade ou atividades afins.

Exattus Escola de Profissões 16


Atendente na Área da Saúde

Salas de Observação/Leito de Observação


Leito destinado a acomodar os pacientes que necessitem ficar sob supervisão médica e/ou de
enfermagem para fins de diagnóstico ou terapêutico durante um período inferior a 24 horas.

Salas Coletivas de Observação Pediátrica e Adulto Masculino e Feminino


Ambiente dotado de lavatório, para uso exclusivo do profissional de saúde, com número máximo de
6 (seis) leitos e banheiro anexo. Neste ambientem deverá existir anteparos (biombos) para promover a
individualização de leitos, caso necessário. As salas de observação deverão estar separadas por faixa
etária e sexo.

Unidades de Internação ou Unidades do Paciente

Área destinada a promover internação de pacientes adultos e


infantis em ambientes individuais (apartamentos) e/ou coletivas
(enfermarias) conforme faixa etária, patologia, sexo e intensidade de
cuidados.
Esta unidade é o espaço físico hospitalar onde o paciente
permanecerá maior parte do tempo durante seu período de internação.
Composta basicamente de cama, mesa de cabeceira, cadeira,
mesa de refeições e escadinha. Há variação quando se trata de
Unidades Especiais de Internação.
Qualquer das unidades deve ter espaços adequados,
com bom estado de conservação da estrutura física, pois
influenciam sobre o estado emocional e o humor das pessoas. Decoração
atraente, cores agradáveis de paredes e tetos, iluminação adequada,
ambiente arejado, calmo e silencioso, para proporcionar maior aconchego
às pessoas, especialmente quando doentes.

Enfermaria
Área de internação coletiva destinada a prestar assistência médica de enfermagem.
Deverá possuir lavatório na área de ocupação dos leitos. A porta do banheiro deverá abrir para fora ou
permitir a retirada da folha, caso seja necessário.

Apartamento
Área da internação individual destinada à prestação de assistência médica e de enfermagem.
Deverá possuir lavatório na área de leitos. A porta do banheiro deverá abrir para fora ou permitir a retirada
da folha, caso seja necessário.

Alojamento Conjunto
Modalidade de acomodação de recém-nascido normal em berço contíguo ao leito da mãe.

Berçário
Área destinada à internação de recém-nascidos normais, patológicos e prematuros.

Berçário de Isolamento
Ambiente destinado à acomodação de recém-nascidos que, por algum motivo, necessitem ficar
isolados dos demais. Deverá ser provido de área de higienização exclusiva, lavatório ao lado do berço e
local para desprezo de secreções e excreções.

Unidade de Terapia Intensiva


Área destinada à acomodação de pacientes críticos, em ambientes individuais ou coletivos,
conforme grau de risco (semi-intensiva ou intensiva), faixa etária, patologia e requisitos de privacidade.

Exattus Escola de Profissões 17


Atendente na Área da Saúde

A UTI é composta pelas seguintes áreas:


• Esterilização química - Opção de encaminhamento para sala de expurgo do CME - Centro
de Material esterilizado para tratamento dos materiais.
• Depósito de material de limpeza (DML).
• Quarto de plantão separado por sexo e com banheiro anexo.
• Rouparia.
• Sanitários separados por sexo para funcionários.
• Sala de guarda de equipamentos.
• Copa.
• Banheiro para pacientes
• Expurgo.
• Posto de enfermagem e quarto de isolamento com banheiro anexo.
• Leitos de internação.

Apoio ao Diagnóstico e Terapia


Atendimento a pacientes internos e externos em ações de apoio direto ao reconhecimento e
recuperação do estado de saúde (contato direto).
• Métodos Gráficos
o Eletrocardiograma.
o Ecocardiograma.
o Ergometria.
o Fonocardiograma.
o Vetocardiograma.
o Eletroencefalograma.
o Potencial evocado, etc.
Observações:
• Sempre que houver um paciente (acamado ou não), examinado, manipulado, tocado,
medicado ou tratado deverá haver provisão obrigatória de lavatórios para a lavagem de
mãos com torneira do tipo que dispensa o contato dessas através do volante quando do
fechamento d'água. Os Serviços do Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) poderão liberar
o uso do álcool conforme descrito em Anti-sepsia.
• A sala de Eletroencefalograma (EEG) deverá possuir anexa área de preparo do paciente
com dispositivo para higienização do couro cabeludo.
• Nos exames de audiometria, EEG, potenciais evocados e estudo do sono deverão possuir
sala de comando,
• Observar que deverá haver área de definida para interpretação e laudos.
• A unidade funcional Métodos e Gráficos não é considerada uma unidade física.

Endoscopia
Ambiente destinado à realização de exames endoscópicos (digestivos e brônquicos). Deverá
possuir sala de exame provida de recurso hídrico para lavagem de mãos; sala para lavagem de endoscópio
com pia e bancada; sala de recuperação pós-endoscopia, sala para emissão de laudos e função de
secretaria. A sala deverá estar dotada de equipamentos a que se destinam: broncoscopia ou endoscopia
digestiva alta ou baixa.

Outros Serviços de Diagnóstico


Ambientes destinados à realização de exames diagnósticos como tomografia computadorizada,
arteriografia intervencionista ou não, Raios-X, estudos hemodinâmicos, ecografias abdominais, etc. Devem,
cada uma delas, pautar-se pelo mesmo princípio de outras salas de exames ou intervenções.

Exattus Escola de Profissões 18


Atendente na Área da Saúde

Centro Cirúrgico
Unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas, bem como à recuperação pós-
anestésica e pós-operatória imediata.
É composta das seguintes áreas: área de recepção de pacientes, áreas de escovação, salas de
cirurgias, área de prescrição médica, posto de enfermagem e serviços, sala de recuperação pós-anestésica
e áreas de apoio como: sanitários com vestiários para funcionários e médicos (barreira), DML, guarda de
equipamentos, guarda de material esterilizado e copa.

Sala de recuperação pós-anestésica


Ambiente dotado de lavatório, destinado à prestação de cuidados pós-anestésicos e/ou pós-
operatórios imediatos a pacientes egressos das salas de cirurgia.

Centro Obstétrico
Unidade destinada a higienizar parturientes, assistir em trabalho de parto; partos normais, partos
cirúrgicos, realizar curetagem e prestar assistência médica e de enfermagem ao recém-nascido.
É composta das seguintes áreas: sala de exame, admissão e higienização de parturientes; sala
de pré-parto; área de escavação, sala de parto normal, sala de parto cirúrgico, área para assistência de RN
(recém-nato), área de prescrição médica, posto de enfermagem e serviços.
Áreas de Apoio: Sanitários com vestiários para funcionários, DML, guarda de equipamentos e
copa.
O acesso às áreas de preparo da parturiente e salas de pré-parto se encontra anterior ao vestiário
de barreira.
Sala de exame, admissão e higienização da parturiente: ambiente destinado a higienizar e assistir
parturientes em trabalho de parto. Deverá possuir lavatório próximo aos leitos e banheiro anexo.
Área para assistência de RN (recém-nascido)
Ambiente destinado à execução dos primeiros cuidados dos recém-nascidos e à sua identificação.

Apoio Técnico
Central de Material Esterilizado (CME)
No expurgo realiza-se a recepção, desinfecção, separação e lavagem dos materiais. A área de
preparo e esterilização destina-se a preparar e esterilizar os materiais e as roupas vindas da lavanderia.
Alguns hospitais ou áreas hospitalares (centro cirúrgicos, por exemplo) utilizam expurgos
descentralizados os quais remetem ao CME o material preparado e limpo, pronto para a esterilização.
O armazenamento e distribuição de roupas e materiais serão realizados n a área de guarda e
distribuição.
• Áreas de Apoio da CME
o Sanitários com vestiários (barreira para área limpa).
o Depósito de material de limpeza.
o Sala administrativa.

Lactário
Unidade com área restrita, destinada ao recebimento de materiais, à higienização e desinfecção de
insumos e mamadeiras, bicos e arruelas, esterilização, preparo, armazenamento exclusivo de formulações
lácteas.
Áreas que compõe o lactário: área para recepção e lavagem das mamadeiras, bicos e arruelas,
área de prescrição de fórmulas, área de paramentação, esterilização, área de preparo e envase de formular
lácteas, área para o armazenamento e distribuição de mamadeiras.
O lactário tem as seguintes áreas de apoio:
• DML (Depósito de Material de Limpeza)
• Sanitários e vestiário exclusivo para funcionários deste setor (barreira para área de
esterilização, preparo e envase).

Exattus Escola de Profissões 19


Atendente na Área da Saúde

Serviço de Nutrição e Dietética (SND)


Ambiente destinado a proporcionar
condições de preparo de cardápios gerais e
especiais, de pacientes, acompanhantes e
funcionários.
O SND deverá proporcionar controle
desde a aquisição dos gêneros alimentícios
até o produto final (seleção de fornecedores,
recebimento, armazenamento,
acondicionamento, distribuição de alimentos e
utensílios e padronização efetiva de normas e
rotinas).
O SND é composto pela área de
recepção de alimentos, armazenamento
(câmaras frias de carne e laticínios, de
hortifrutigranjeiros recebidos e já pré-parados
e de preparações como sobremesas e bolos),
distribuição, pré-preparo, preparo, cozinha
geral, (refeições gerais, desjejum, lanche e
ceia), cozinha dietética (dietas especiais), preparo de fórmulas lácteas, nutrição enteral. Todas as áreas
deverão ser providas de local adequado para promover a higienização dos alimentos e insumo.
O SND deverá ter todas as seguintes áreas de apoio: - Vestiário exclusivo com sanitário para
funcionários.
• DML
• Sala Administrativa
• Área destinada para armazenamento do lixo até seu recolhimento pelo serviço de higiene
hospitalar.
• Câmara de refrigeração para lixo perecível (que poderá ser vinculada ao depósito da
higiene hospitalar).
• Área de recepção de gêneros alimentícios perecíveis e não-perecíveis.
• Área de pré-preparo.
• Almoxarifado
• Área de distribuição.
• Refeitório (para funcionários).
• Lactário.
• Área destinada à Nutrição Enteral.

Nutrição Enteral
A área destinada para preparo, envase, armazenamento e distribuição de nutrição enteral deve
seguir rigorosamente a resolução ou portaria do Ministério da Saúde para sua aprovação e funcionamento,
levando em consideração as normas e rotinas padronizadas para os processos que envolvem a nutrição
enteral.

Apoio Logístico
• Processamento de Roupa - Unidade destinada a atender as necessidades de suprimentos
de roupa limpa em todas as unidades do EAS. Seguirá o seguinte fluxo:
o Recepção, separação, pesagem e lavagem das roupas (área suja).
o Centrifugação - secagem de roupas - costura (quando necessário) - passar, dobrar,
separar, preparar, armazenar e distribuir as roupas lavadas (área limpa).
Recomenda-se que a lavanderia deva estar distante das unidades de internação
pelo grande ruído produzido.

Exattus Escola de Profissões 20


Atendente na Área da Saúde

• Áreas de Apoio da Lavanderia


o Banheiros para funcionários tanto na área suja, como na limpa.
o DML na área suja e na área limpa.

Ambientes de Apoio
Salas ou áreas que dão suporte aos ambientes destinados às atividades-fins de uma unidade.

Recepção
Local que se encarrega de dar informações gerais e recepcionar o público encaminhando-os aos
diversos setores do hospital, viabilizando o seu atendimento. É composta de:
• Área de espera de pacientes e acompanhantes.
• Área para registro de pacientes.
• Sanitários para o público separado por sexo, com adaptação para deficientes e anexo à
sala de espera.
• Fonte de água potável (bebedouro).

Posto de Enfermagem
Localizado na área de internação, este ambiente é destinado à enfermagem e/ou médicos, para
execução de atividades técnicas específicas e administrativas. É composto de:
• Prescrição médica e enfermagem: área dotada de bancada destinada a registrar a
assistência médica e de enfermagem diária.
• Preparo da medicação: área dotada de pia e bancada destinada a promover a dispensação
de medicamentos.

Sala de utilidades (expurgo)


Ambiente localizado próximo ao anexo ao posto de enfermagem, dotado de pia com cuba profunda,
destinado à limpeza, desinfecção e guarda dos materiais utilizados na assistência ao paciente.
O posto de enfermagem e a sala de utilidades fazem parte das seguintes unidades: ambulatório,
atendimento de urgência e emergência, internação geral, UTI, centro cirúrgico/obstétrico, unidade de
emergência / urgência e berçário.

Rouparia
Área provida de armários para guardar roupas. Necessária em todas as unidades em que se
processam a troca de roupas, como: ambulatório, internação geral, UTI, centro cirúrgico/obstétrico, unidade
de emergência / urgência e berçário.

Depósito de equipamentos e materiais


Ambiente destinado para guardar peças de mobiliário, aparelhos, equipamentos e acessórios de
uso eventual. Compõe as seguintes unidades: centro cirúrgico, centro cirúrgico ambulatorial, atendimento de
urgência / emergência, internação geral e UTl’s.

Área para guardar macas/cadeiras de rodas


Está presente nas seguintes unidades: ambulatório, atendimento de urgência / emergência,
internação geral e centro cirúrgico.

Unidade de Conforto e Higiene

Vestiário de Funcionários
Ambiente destinado à troca de roupa, higienização e guarda de pertences dos funcionários. Deverá
ser separado por sexo.

Exattus Escola de Profissões 21


Atendente na Área da Saúde

Vestiário
Ambiente destinado à troca de roupa, devendo ser separado por sexo. Deverá existir sempre que
houver necessidade de estabelecimento de barreira: centro cirúrgico, central de material, centro obstétrico,
ambulatorial e lactário, lavanderia, etc.

Quarto de Plantão
Ambiente destinado ao repouso, guarda de pertences, troca de roupa e higiene pessoal dos
plantonistas do EAS. A separação por especificação do profissional plantonista fica a critério do diretor do
EAS. Deverá ser separado por sexo e ter banheiro anexo.

Copa de Distribuição
Ambiente sob a direção do serviço de nutrição (SND) do EAS, destinado apenas à alimentação e
guarda de utensílios. Deverá estar presente nas diversas alas do EAS, para melhor organização do serviço.

Depósito do Material de Limpeza (DML)


Ambiente destinado para guardar aparelhos, utensílios e material de limpeza. Dotado de tanque de
lavagem. Cada unidade deverá possuir um DML, com dimensão mínima de 2,0 metros quadrados.

Necrotério
Unidade ou ambiente destinado a guardar conservar o cadáver. Deverá possuir uma fonte de água,
ter fácil acesso ao exterior para embarque de carro funerário. Necessita existir quando houver internação
e/ou atendimento imediato.

Abrigo de Resíduos Sólidos


Local destinado a armazenar, de acordo com as normas de segregação e de forma ordenada, os
resíduos de serviços de saúde. O abrigo, o acondicionamento dos resíduos e o transporte deverão seguir as
normas reguladoras.
Observação: Terceirização de serviços - Refere-se a todos os serviços dos EAS que possam ser
realizados por terceiros (lavanderia, cozinha, central de material esterilizado, etc.). A vigilância sanitária
regula estes serviços - contratos de terceirização enumerando o serviço, o local, o meio de
acondicionamento e o transporte dos mesmos, alvará sanitário, etc.

Geral
• Circulação
A circulação vertical para movimentação de pacientes no EAS deve ser feita por meio de rampas e
elevadores, sendo permitida a circulação pelas escadas somente para funcionários e alunos (hospitais-
escolas, universitários de graduação e pós-graduação, etc.).
A inclinação das rampas deverá obedecer aos parâmetros contidos na portaria Nº 1884 de
11/11/1994 do Ministério da Saúde.

• Monta-Carga
A instalação de monta-cargas deve obedecer a norma NBR 7.192 da ABNT. São utilizados para o
transporte de alimentos, roupas e materiais devidamente acondicionados.
As portas dos monta-cargas devem abrir para recintos fechados e nunca diretamente para
corredores. . Em cada andar o monta-carga deve ser dotado de porta corta-fogo, automática e do tipo leve.
A instalação de elevadores deve obedecer a norma NBR-7.192 da ABNT, aos dispositivos legais do
Ministério do Trabalho e a portaria de n° 1884 de 11/11/1994 do Ministério da Saúde.

Exattus Escola de Profissões 22


Atendente na Área da Saúde

Considerações gerais:

"A primeira impressão é a que fica..."


Este dito popular realmente impressiona parte dos nossos órgãos dos sentidos.
• Visão
Quem se dirige a um hospital, com raras exceções, o faz com algum grau de ansiedade, frustração,
esperança, seja durante o dia ou no meio da noite. Ao se deparar com aspectos do edifício velho, sujo, mal-
iluminado é, pela visão, remetido aos seus medos de que o desconhecido o espera.
Edifícios limpos, claros, de bonito aspecto externo, agem psicologicamente, prometendo não
declaradamente, que a ida e a estada neste ambiente poderá ter final satisfatório.
Salvo exceções, em que o paciente vai ao hospital para realizar seu parto, com acompanhamento
médico prévio, que pronuncia a chegada de nascituros hígidos, perfeitos, e que neste nascimento gera
contentamento e festa, o contrário pode ser doloroso e marcar indelevelmente por toda vida. Acidentes
variados, doenças terminais ou graves, complicações de procedimentos podem se tornar traumatizantes. É
obrigação do hospital, em seu aspecto, minimizar este impacto.
Senão, vejamos:
o Má-indicações de acesso, principalmente em grandes cidades, para atingir o
hospital.
o Prédio mal iluminado.
o Má conservação externa do edifício.
o Dificuldade de estacionamento.
o Falta de orientação na portaria, convênios, pronto-socorro/emergência.

Acesso/Estacionamento - A ajuda de prefeituras municipais ou seus departamentos de trânsito


pode melhorar o acesso ou indicação de acesso aos hospitais, com sinalização simples e adequada.
Parcerias com unidades comerciais também podem viabilizar este tipo de comunicação.
Muitas vezes, o hospital, assim como muitos shoppings, tem seus estacionamentos ocupados pelos
próprios médicos e funcionários e, no caso dos shoppings, pelos lojistas, impedindo que o paciente/cliente
possa estacionar, o que se torna um contra-senso ainda não percebido por muitos.
Iluminação - A má distribuição de iluminação externa, não necessariamente mais barata, com
certeza influenciará no psiquismo do paciente ou parente. Arquitetos especialistas em iluminação podem
tirar proveito de situações, as vezes adversas, do ambiente externo e transformá-los em diferenciais para o
hospital.
A iluminação externa não deverá ser tão intensa a ponto de sua luminosidade invadir as unidades
de internamento durante a noite, necessitando desligar parcialmente ou instalar pesadas cortinas de
anteparo de luz pelo incômodo que provoca.
Conservação - Nada mais comum que um prédio pintado de branco com um barrado sujo (de barro
mesmo) feito pelos respingos de água na pequena calçada ou na grama em volta do hospital. A grama é
inconveniente pela presença de insetos que podem adentrar o edifício e a calçada, geralmente não permite
circulação nenhuma, nem mesmo de pedestres. Então, o que se deve fazer?
A conservação externa vai além de uma demão de tinta, sendo que alguns cuidados podem
minorizar a deterioração de velhos edifícios e torná-los um referencial de orgulho para a cidade. Cidades
menores, com hospitais pequenos, padecem de, na maioria das vezes, falta de verbas para sua
manutenção. A busca de parceiros como prefeituras, banco, associações diversas, cooperativas, enfim, a
comunidade, para a manutenção do aspecto externo, é viável e quase sempre necessária.
Jardins, pinturas, pequenas modificações arquitetônicas, coerência de cores, com certeza ajudariam
na melhor impressão visual, podendo ser realizadas por voluntários da comunidade. Engenheiros, arquitetos
e estudantes destas profissões podem contribuir para sua realização.
Planejamento real, discreto, a médio e longo prazo, fielmente seguidos trarão economia e sensível
melhoria ao visual.
Imagem da Marca - A grande maioria dos estabelecimentos comerciais têm sua divulgação de
marca com luminosos que, muitas vezes, só se tomam visíveis na noite, quando acesos. E durante o dia? E
o bom gosto na logomarca? Aproveitar a iluminação externa para este tipo de informação, além de prático é
mais coerente e pode ser bem mais econômico.

Exattus Escola de Profissões 23


Atendente na Área da Saúde

Internamente, funcionários com uniformes práticos, de colorido agradável, adequados e


padronizados para a área de sua atuação, identificação visível ajuda na valorização da instituição.
Informações Externas de Acesso ao Edifício
Hoje, a sinalização da área externa pode ser realizada tanto com aparatos de alto custo, como com
os de baixo custo. A maioria destes aparatos já estão a venda em vários tipos de matérias, prontos, não
necessitando, de produtos especiais com custos maiores. Novamente, a ajuda de arquitetos e engenheiros,
bom senso e alguma vontade de mudar podem provocar grandes efeitos.

• Audição
Quer algo mais inconveniente que alguém gritando em algum lugar do hospital? Para quem está
chegando é muito desagradável. A analgesia adequada do paciente, treinamento do pessoal daquela
unidade para manejar este tipo de situação, a divisão de áreas, a presença de familiares com o paciente,
etc., conseguem diminuir este impacto e, é claro, dar mais conforto àquele doente. Cozinhas, lanchonetes,
cantinas, área de descanso de funcionários, podem gerar ruídos acima do aceitável. Música ambiente,
volume adequado em determinadas áreas levam a diminuição do stress. No entanto, pode ser irritativa na
medida em que estimula indesejavelmente o sensório. Muitas vezes, o silêncio é a melhor música para os
ouvidos cansados.

• Olfação
O cheiro hospitalar era bem característico até alguns anos atrás. Atualmente, com a diminuição do
uso de clorofórmio e do éter, com tratamento dos gases gerados, com os produtos e equipamentos de
limpeza e higiene ambientais de última geração, com os cuidados na dispensação de materiais de curativos
e recipientes especiais e a frequente remoção do resíduo hospitalar, tem diminuído sensivelmente este
cheiro.
Mas não somente este cheiro incomoda. Cheiro de cozinha, lanchonete e banheiro também
contribuem para que esta mescla de odores se tomem nauseantes. Exaustores, aerodores (eólicos), molas
que mantém portas fechadas, podem contribuir e muito para diminuir esta sensação, tornando o ambiente
hospitalar mais receptivo.
Externamente, bueiros fétidos podem ter na re-drenagem a solução do problema. Ou a aplicação de
um totem envolvendo este ponto como uma chaminé, com aproveitamento natural do sistema Venturi e ao
mesmo temo expondo a marca da instituição, poderia resolver o inconveniente.

• Tátil e Térmica
A sensação de quente ou frio em edifícios depende de muitos fatores. Falta ou mau funcionamento
de equipamentos para climatização ambiental indesejáveis ou bem-vindas correntes de ar interferem na
sensação do bem-estar do paciente ou seu familiar.
Até mesmo as cores podem ajudar a transmitir estas sensações. Cores harmônicas com o fim que
se destina ao ambiente (acalmar, estimular, etc.) estão bem definidas no arsenal das tintas.

Resumo
Como podemos perceber vários fatores fazem parte do "a primeira impressão é a que fica". Não é a
finalidade deste capítulo construir reformas e construções hospitalares, pois estas estão bem definidas em
legislação, mas lembrar que pequenos investimentos podem trazer bons retornos ou evitar grandes
problemas, se realizados ordenados e persistentemente. Nem mesmo aqui cabe discutir o conteúdo
hospitalar e o seu corpo clínico. Apenas reforçar que nós, enquanto usuários, procuraremos sempre pelo
melhor, e, as vezes, pela primeira impressão que tivemos ou tivermos.

Exattus Escola de Profissões 24


Atendente na Área da Saúde

Administração de Medicamentos

Comentário Geral

Administração de
medicamentos é o processo de
preparo e introdução de
medicamentos no organismo
humano, visando obter efeitos
terapêuticos. Segue normas e rotinas
que uniformizam o trabalho em todas
as unidades de internação, facilitando
sua organização e controle.
Para administrar
medicamentos de maneira segura, a
enfermagem deve utilizar a regra dos
cinco certos: medicamento certo,
dose certa, paciente certo, via certa e
hora certa.
Para preparar os
medicamentos, faz-se necessário
verificar qual o método para se aviar
a prescrição, sistema de cartão, receituário, prescrição médica, folha impressa em computador.
Durante a fase de preparo, o profissional de enfermagem deve estar atendo para evitar erros,
assegurando ao máximo que o paciente receba corretamente a medicação. Isto é, teoricamente, justifica-se
porque o medicamento deve ser administrado por quem o preparou, exceto em algumas unidades
especiais, ou quando do uso de dose unitária, etc.
Medicamentos de organização e de assepsia que visam auxiliar o profissional nessa fase de
trabalho podem ser protocoladas como segue.

• Preparo
Protocolo
1. Lavar as mãos antes e após o preparo e a administração de medicamento.
2. Preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação.
3. Evitar distração, diminuindo o risco de erro.
4. Realizar o preparo somente quando tiver certeza do medicamento prescrito, dose e via de
administração.
5. Verificar o período de validade, alterações do seu aspecto e informações do fabricante para
preparar o medicamento; não administrar o medicamento sem esses cuidados prévios.
6. Observar no preparo de medicamentos a dose certa, técnica asséptica e a diluição.
7. Ler e conferir o rótulo do medicamento três vezes. Ao pegar o frasco, ampola ou envelope
com medicamento; antes de colocá-la no recipiente próprio para administração e ao re-
colocar na prateleira ou descartar a ampola, frasco ou outra embalagem.
8. Verificar integridade dos invólucros que protegem a seringa e a agulha.
9. Colocar a agulha na seringa com cuidado, evitando contaminar a agulha, o êmbolo, a parte
interna do corpo da seringa e sua ponta.
10. Desinfetar toda ampola com algodão embebido em álcool a 70% e no caso de frasco ou
ampola levantar a tampa metálica e desinfetar a borracha.
11. Proteger os dedos com algodão embebido em álcool ao descartar o gargalo da ampola ou
retirar a tampa metálica do frasco ou ampola.
12. Aspirar a solução da ampola para a seringa (no caso de frasco/ampola introduzir o diluente
e homogenizar o pó com líquido sem sacudir).
13. Proteger a agulha com o protetor próprio e o êmbolo da seringa com o próprio invólucro.

Exattus Escola de Profissões 25


Atendente na Área da Saúde

14. As medicações devem ser administradas sob prescrição médica, em casos de emergência
é aceitável fazê-las sob ordem verbal; as medicações usadas devem ser prescritas pelo
médico e checadas pelo profissional de enfermagem que fez as aplicações.
15. Identificar o medicamento preparado com o nome do paciente, número do leito, nome da
medicação, via de administração e horário.
16. Deixar o local de preparo de medicação limpo e em ordem, utilizando álcool a 70% para
desinfetar a bancada.
17. Utilizar bandeja ou carrinho de medicação devidamente limpos e desinfetados com álcool a
70%.
18. Quando da preparação de medicamentos para mais de um paciente, é conveniente
organizar a bandeja dispondo-os na sequencia de administração.

• Administração
Protocolo
1. Manter a bandeja ou carrinho de medicações sempre a vista, durante a administração,
nunca deixando-o junto ao paciente (lúcido).
2. Verificar nome do paciente.
3. Esclarecer o paciente sobre o medicamento que irá receber, quando lúcido.
4. Efetuar o registro do medicamento administrado, com a hora da realização.
5. Na injeção intramuscular utilizar de 1 a 5 ml para diluição e, se houver necessidade de
maior volume, separar em duas seringas e duas áreas para injeção.
6. Não deixar o medicamento na mesa de cabeceira de pacientes ou permitir que terceiros o
administrem. Em caso de pacientes conscientes e medicamento via oral, permanecer junto
ao paciente até que o mesmo degluta o medicamento.
7. Respeitar o espaço de tempo entre medicações, como prescrito.
8. Utilizar luvas sempre que houver a possibilidade de entrar em contato com secreções ou
sangue do paciente.

Notas:
1. Todo medicamento administrado deve ser registrado e rubricado na prescrição.
2. Nas aplicações parenterais é importante anotar o local de administração.
3. A omissão inadvertida de um medicamento deve ser registrada e comunicada à enfermeira
e/ou médico tão logo seja detectada ("circular" o horário da medicação conforme
convenção).
4. Se houver recusa pelo paciente (lúcido) ou seus familiares em aceitar a medicação, deve se
comunicar imediatamente à enfermeira e/ou médico.
5. Sempre que possível, avaliar a história prévia do paciente e a droga, incluindo efeitos
contrários, alergias e idiossincrasias, antes de dar a droga. Observar ainda, jejum,
condições do músculo (IM) e rede nervosa (EV), dificuldades de deglutição (VO): história de
gastrite, úlceras, etc, são dados que devem ser registrados.

Drogas e Doses

Denomina-se droga qualquer substância capaz de produzir alterações somáticas ou funcionais ao


organismo vivo.
Dose mínima é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir efeito terapêutico. Dose
máxima é a maior dose utilizada capaz de produzir efeito terapêutico sem causar efeitos indesejáveis.
Dose terapêutica é aquela capaz de produzir efeito desejado.
Dose de manutenção é aquela necessária para manter os mesmos níveis desejáveis de
medicamento na corrente sanguínea e nos tecidos, durante tratamento.

Exattus Escola de Profissões 26


Atendente na Área da Saúde

Vias de Administração Parentéricas

Considera-se como vias de administração parentéricas ou via parental:


• Via endovenosa - EV ou IV.
• Via intramuscular - IM.
• Via intra-raquídea - VIR.
• Via subcutânea - SC.
• Via intradérmica - ID.
A via parental é utilizada quando se deseja
uma ação mais imediata da droga ou quando outras
vias não estão indicadas.

EV (EV) ou IV (IV)

A administração da venosa ou intravenosa é


efetuada introduzindo-se o medicamento
diretamente por uma veia na corrente sanguinea.
Em geral, recorre-se à veia basílica (prega do cotovelo) por ser superficial, facilmente localizável e estar em
ligação com outras grandes veias do braço. As quantidades variam de 1 a 1000 miou mais. A fusão de
grandes volumes de soluções aquosas chamam-se de flebóclise, venóclise ou perfusão endovenosa.
Por essa via apenas se administram preparações aquosas sob forma de soluções, enquanto as
suspensões aquosas ou emulsões são raramente utilizadas. As soluções devem ter PH neutro (6,O a 7,5),
serem isotônicas, isentas de pirogênios. No caso de suspensões e emulsões elas devem ter partículas
inferiores a 7 micras (igualou menor que as hemácias) e pequenos volumes, caso contrário, podem
provocar fenômenos de trombose fenômenos de trombose e/ou embolia. As formas de infusão endovenosa
podem ser:
• Direta - Administração direta dos medicamentos na veia, ou por meio de um ponto de injeção
no cateter.
Dependendo do tempo e duração da administração denomina-se bolus se durar menos de 1
minuto EV (ou IV) lenta se durar de 3 a 10 minutos.
• Perfusão Intermitente - Caracteriza-se pela administração de preparações medicamentosas
injetáveis já diluídas por meios de sistemas de perfusão. Usa-se para volumes entre 50 e 100 ml
em velocidades de 120 a 210 ml/h.
• Perfusão Contínua - Caracteriza-se pela administração de medicamentos por meio de sistema
de perfusão regulados por bombas infusoras; para grandes volumes (mais de 50 rnl), em
velocidades variáveis.
Observações:
• Flebite - processo inflamatório de veias, com a apresentação de sinais e sintomas de dor, calor
e rubor. A veia inflamada torna-se palpável, dando a sensação de cordão endurecido.
• Tromboflebite - inflamação de um vaso sanguíneo, causada pela presença de um trombo
(coágulo).
• Veias esclerosadas - veias com paredes espessas, endurecidas.

Material
• Bandeja ou cuba rim. Seringa e agulha.
• Escalpes ou dispositivos teflonados, adequados ao calibre da veia do paciente.
• Algodão em bolinhas.
• Álcool a 70%.
• Garrote (para via endovenosa)
• Medicamento - ampola, frasco - ampola, etc. Luvas de procedimentos.

Exattus Escola de Profissões 27


Atendente na Área da Saúde

Ação
Observar os protocolos de preparo e de administração de medicamento Î lavar as mãos Î calçar
luvas Î identificar o material com fita adesiva Î fazer anti-sepsia da pele, com álcool a 70% Î observar a
angulação de administração de acordo com a via e comprimento da agulha (adequado à via do tipo de
medicamento, à idade do paciente e à sua estrutura física) Î se endovenosa garrotear acima do local de
injeção (10 cm) Î solicitar que o paciente feche a mão Î introduzir a agulha no tecido com bisei pra cima -
no caso EV, confirmar aspirando levemente, mostrando presença de sangue e confirmação de estar na luz
da veia Î no caso de via subcutânea e intramuscular a presença de sangue ao aspirar contra-indica a
injeção (pulsão de vaso - retirar e refazer a pulsão em outro local) Î soltar o garrote Î injetar conteúdo da
seringa lentamente Î retirar a agulha e comprimir o local da pulsão Î desprezar a seringa juntamente com
a agulha em recipientes próprios Î retirar as luvas Î lavar as mãos Î anotar.

Local
Braço, antebraço (prega do cotovelo) e dorso das mãos. Outros locais poderão ser utilizados
dependendo da necessidade, urgência, etc.
A medicação também pode ser veiculada por meio de cateteres intravenosos de curta/longa
permanência e flebotomia.
Realizar rodízio nos locais de aplicação, o que evita lesões nos tecidos paciente, decorrentes de
repetidas aplicações.
Observações
• Preferencialmente, o paciente deve estar sentado ou deitado ao receber injeção
endovenosa.
• O ângulo de introdução da agulha na pele deve ser entre 15 e 30 graus.
• Retirar o ar da seringa após a aspiração do medicamento evitando a embolia gasosa.

Venóclise
É a administração endovenosa de regular quantidade de líquido por meio de gotejamento
controlado, num período de tempo pré-determinado.
Trocar conjunto de equipo e acesso periférico a cada 48/72 horas, ou antes, se necessário.

Material
Igual EV acrescido de: frasco com o líquido a ser infundido, suporte, medicamentos, equipo, cateter
periférico (escalpe, gelco ou similar), acessórios outros como torneirinha e bomba infusora, quando
necessário.

Notas: Protocolos de preparo e de administração devem ser seguidos.


Constante observação do gotejamento e de possível infiltração no local da inserção do cateter. Se o
paciente deambular, orientá-lo para manter o frasco elevado, evitando retorno sanguíneo e possibilidade de
coagulação do sangue no cateter ou no equipo.

Observação: Durante infusões endovenosas podem ocorrer reações pirogênicas ou bacterêmicas e


é importante observar suas manifestações clínicas. Em ambas as situações poderão ocorrer calafrios
intensos, elevação de temperatura, sudorese, pele fria, queda de pressão arterial, cianose de extremidades
elou labial com abrupta queda do estado geral do paciente. Estas reações se verificam logo após o início da
administração de uma terapia endovenosa, e devem cessar assim que esta é interrompida. Em caso de
suspeita:
Protocolo
• Interromper imediatamente a administração da terapia endovenosa.
• Desconectar o equipo adaptado ao frasco de soro suspeito.
• Proteger a ponta deste equipo com agulha descartável.
• Colher uma amostra de sangue para hemocultura para germes comuns através de veia
periférica.

Exattus Escola de Profissões 28


Atendente na Área da Saúde

• Encaminhar imediatamente para cultura este conjunto, acompanhado de requisição própria,


• especificando a suspeita de contaminação, bem como o nome e número de registro do
paciente. Amostras para anaeróbios não são necessárias pela baixa incidência nestes
casos.
• Comunicar o fato à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e à farmácia, relatando o
nome do medicamento, nome do laboratório e número do lote.
• Registrar o fato em livro de ocorrência próprio da clínica onde houve o ocorrido.

Observação: Quando se tratar de derivado sanguíneo, encaminhar o conjunto ao Banco de


Sangue, acompanhado de requisição própria do Banco de Sangue.

Via Intramuscular- IM ou I.M.

É a administração direta do medicamento na massa muscular. Habitualmente, são


escolhidos os músculos da nádega (quadrante superior externo), coxas (face lateral externa)
e músculo delt6ide(braço). O músculo estriado é dotado de alta vascularização e pouco
inervado sensitivamente. Estas duas características permitem facilidade de absorção
medicamentosa e a possibilidade de uma administração menos dolorosa. Geralmente, o
volume de líquidos administrados não ultrapassam 10 ml, sendo na maioria das vezes entre
1 e 5 ml. No entanto, algumas injeções intramusculares são dolorosas e as fórmulas podem
conter anestésicos locais, que simultaneamente sejam conservantes, como o álcool
benzílico ou o clorobutanol.

As preparações I.M. podem ser:


• Soluções Aquosas;
• Oleosas;
• Suspensões.

Aquosas: Soluções cuja tonicidade é semelhante ao soro sanguíneo permitindo-


se pequenos desvios hipotônicos e hipertônicos; no caso de hipertônicos há um leve
derrame local dos fluidos dos tecidos (exosmose), o que pode proporcionar uma
absorção uniforme. O pH deve situar-se entre 4,5 e 8,5. Um pH muito baixo ou muito
elevado pode provocar reações que vão desde uma simples dor, com congestão e
inflamação subsequentes, até a destruição por necrose de elementos celulares. A dor
concomitante ou subsequente à injeção, não depende exclusivamente das
características físico-químicas da fórmula, mas pode estar ligada à ação do próprio
fármaco. Exemplo desta situação: a penicilina é dolorosa, ao contrário da
estreptomicina, embora o pH e a tonicidade da solução sejam muito próximos aos
valores ideais.
Oleosas: Soluções em que a viscosidade é uma característica a ser levada em
conta, uma vez que a tolerância local e a velocidade de absorção do fármaco são
favorecidas pela fluidez da preparação. A absorção do fármaco é mais rápida se o sol
vente escolhido for miscível à água. É com base neste princípio que se fundamenta o
emprego de formas medicamentosas de ação prolongada destinada à via IM. Muitas
vezes são usados fármacos insolúveis na água, porém com veículos hidromiscíveis
(mas anidro), o que provocará um verdadeiro depósito do fármaco no músculo de onde
irá ser absorvido muito lentamente com o auxílio da água do músculo. Exemplo:
hormônios sexuais.
Suspensões: Aqui a absorção processa-se lentamente, conseguindo-se sob
esta forma, verdadeiros injetáveis de ação prolongada.

Indicações de I.M.
Para injeção de medicamentos irritantes - por ser uma área menos dolorosa, pela existência de
número menor de terminações nervosas no tecido muscular profundo.

Exattus Escola de Profissões 29


Atendente na Área da Saúde

Materiais
• Iguais à EV (sem o garrote).
• Agulhas 25x7, 25x8, 30x7 e 30x8

Protocolo
1. Lavar as mãos.
2. Calçar luvas.
3. Orientar o paciente para manter uma posição que auxilie o relaxamento do músculo onde
será feita a injeção, evitando o extravasamento e minimizando a dor.
4. Limpar a área onde vai ser dada a injeção, com um algodão embebido em álcool, conforme
protocolo. Nos adultos, é preferível aplicar no quadrante superior externo das nádegas. Em
lactantes, ou crianças, o melhor é utilizar a face lateral externa das coxas.
5. Aspirar a medicação para a seringa, seguindo as instruções para produtos que necessitem
de preparação.
6. Dar a picada no local programado, enfiando profundamente a agulha, mantendo o músculo
com firmeza, num ângulo de 90 graus.
7. Antes de injetar o produto, puxar o êmbolo da seringa para trás, a fim de verificar se a
agulha não atingiu nenhum vaso sanguíneo. Se aparecer sangue na seringa, ou se a cor do
produto sofrer alteração, retirar a agulha e injetar em outro local, tendo o cuidado de repetir
a operação, para saber se nenhum vaso sanguíneo foi atingido.
8. Aplicar a injeção lentamente.
9. Retirar o conjunto de agulha e seringa em movimento único.
10. Fazer pressão por alguns instantes no local da administração, com um algodão embebido
em álcool.
11. Descartar seringa e agulha em recipiente para perfuro-cortantes.
12. Retirar luvas e lavar as mãos.
13. Anotar.

Observações:
• Observar os protocolos de preparo e de administração de medicamentos.
• Usar sempre seringas e agulhas descartáveis.
• Verificar o prazo de validade. Interromper a administração da injeção se o doente se queixar
de dor intensa no local.
• Colocar um saco de gelo, após a aplicação (ou a interrupção da administração), para
minimizar a sensação de dor no local da administração.

Locais
Deltóide, dorsoglúteo, ventroglúteo e ântero-Iateral da coxa (músculo vasto lateral).
Em crianças, pela proximidade do nervo ciático, a região dorsoglútea é contra-indicada. Utilizar o
quadrante superior externo, 5 em abaixo do ápice da crista ilíaca.
Região antero-Iateral da coxa(terço médio) pode ser utilizado para adultos, crianças e bebês.
Regiâo ventroglútea (sem grandes vasos e nervos) também é indicada para qualquer idade.

Observações:
Respeitar os volumes de solução preconizados - músculo deltóide 2 ml, no glúteo 4 ml e, na coxa, 3
ml (ou maiores conforme alguns autores).
Evitar áreas inflamadas, hipotróficas, com nódulos, paresias, plegias e outros, pois podem dificultar
a absorção do medicamento.
As complicações mais comuns desta via incluem o aparecimento de nódulos locais, abscessos,
necrose e lesão de nervo.

Exattus Escola de Profissões 30


Atendente na Área da Saúde

Em caso de injeção de medicamento irritante, trocar a agulha (após aspiração do medicamento para
a seringa) e utilizar técnica em Z - deslizamento da pele no local da injeção. Não massagear, pois pode
provocar lesão tecidual.

Via Intradérmica – I.D.

Nesta via, os medicamentos são administrados na pele (na derme). Geralmente no antebraço o
volume injetado é sempre muito pequeno (de 0,06 a 0,18 ml).

Indicação
Via indicada para a administração de vacina BCG e como auxiliar em testes-diagnóstico e de
sensibilidade.

Material
Semelhante à Endovenosa, utilizando-se seringa de 1 ml e agulha 10 x 5 e 13 x 4,5. Não necessita
de garrote.

Local
• Para BCG - região deltóide do braço direito
• Testes de sensibilidade - região escapular, face interna do antebraço.

Ação
Observar os protocolos de preparo e de administração Î Anti-sepsia no local com álcool a 70% Î Esticar a pele para
inserir a agulha Î bisei elevado para cima Î angulação a 15 graus Î Injetar o medicamento que não deve ultrapassar de 0,5 ml,
observando a formação da pápula (elevação da pele) Î Descartar seringa e agulha em recipiente próprio.

Via Subcutânea - S.C.

Na via subcutânea ou hipodérmica, os medicamentos são administrados debaixo da pele, no tecido


subcutâneo. As regiões de injeções S.C., incluem regiões superiores externas dos braços, o abdome, entre
os rebordos costais e as cristas ilíacas, a região anterior das coxas e a região superior do dorso. Os locais
de injeção devem ser alternados.

Indicação
Vacinas como a anti-rábica, hormônios (insulina) anticoagulantes (heparina) e outras drogas que
necessitem de absorção lenta e contínua.

Material
Agulha 10 x 5 - utilizar ângulo de 90 graus. Agulha 25 x 7 - utilizar ângulo de 45 graus.

Protocolo
1. Lavar as mãos.
2. Limpar a área onde será aplicada a injeção, com um algodão embebido em álcool a 70% (a
escolha dessa área deve obedecer às determinações da enfermagem ou médico), conforme
o protocolo.
3. Aspirar a medicação na seringa.
4. Fazer uma prega no tecido subcutâneo.
5. Antes de injetar o produto, puxar o êmbolo da seringa para trás, a fim de verificar se a
agulha não atingiu nenhum vaso sanguíneo. Se aparecer sangue na seringa, ou se a cor do
produto sofrer alteração, retirar a agulha e injetar em outro local, tendo o cuidado de repetir
a operação, para saber se nenhum vaso sanguíneo foi atingido.
6. Injetar o medicamento.
7. Pressionar o local da injeção (não massagear).

Exattus Escola de Profissões 31


Atendente na Área da Saúde

8. Descartar o conjunto de seringa e agulha em local apropriado.


9. Lavar as mãos.

Observações
A medicação subcutânea (SC) deve ser feita longe de áreas vermelhas, cicatrizes, inflamações,
hérnias, feridas Cirúrgicas ou feridas de pele (escoriações).
Usar sempre seringas e agulhas próprias para injeções subcutâneas, descartáveis. Observar os
protocolos de preparo e de administração de medicamento.
Aplicar a injeção seguindo as instruções do laboratório e a orientação específica dada pelo médico.

Via Intra-Raquídea - I.R.

Consiste em injetar a preparação medicamentosa no canal raquidiano, podendo ser por via
subaracnóidea ou intratecal e por via epidural ou peridural. O uso desta via deve-se ao fato da difícil
passagem dos medicamentos do sangue para o tecido nervoso, especialmente para a região do encéfalo.
Os medicamentos ao devem ser soluções aquosas neutras, isotônicas, rigorosamente estéreis e
apirogências. Não devem ter conservantes germicidas, pois podem lesar o tecido nervoso.
A via subaracnóidea se realiza entre as membranas pia-máter e aracnóidea, e a administração
epidural consiste na injeção no espaço entre a dura-máter e a parede do canal raquidiano. Dado o pequeno
volume NE a lentidão do movimento do líquido céfalo-raquidiano, as preparações injetadas devem
apresentar pH e tonicidade próximos dos valores fisiológicos.

Observação
Observar os protocolos de preparo e administração de medicamentos.

Outras Formas Farmacêuticas

Protocolos
• Adesivos Transdérmicos
1. Lavar as mãos.
2. Escolher o local onde o adesivo vai ser
colocado, dando preferência a regiões
não sujeitas à movimentação
excessiva (parte superior do tórax,
barriga, nádegas ou mesmo a região
superior do braço) e que não tenham
pelos. Se houver necessidade, aplicar
a tricotomia local antes de colocar o
adesivo. A região não poderá estar
ferida, inflamada ou irritada.
3. Lavar e secar cuidadosamente o local
escolhido.
4. Retirar o produto da embalagem e
colocá-lo sobre a pele, sem tocar na
parte adesiva.
5. Pressionar o lado adesivo fortemente sobre a pele, mantendo a pressão durante 10 a 20
segundos.
6. Uma vez colocado o adesivo na pele, não tentar destacá-la, mantendo-o pelo tempo
recomendado ou orientado pelo fabricante.
7. Após o tempo recomendado de uso, retirar o adesivo, dobrando-o ao meio e embalando-o
bem, antes de descartá-lo no lixo.

Exattus Escola de Profissões 32


Atendente na Área da Saúde

8. Se restar um pouco de produto na pele, ao retirar o adesivo, removê-lo com um algodão


embebido em álcool.
9. Ao aplicar um novo adesivo, escolher um outro local. Aguardar vários dias para colocar
novamente o produto sobre uma área já utilizada.
10. Lavar as mãos.
11. Anotar
Observações:
As mulheres não devem colocar o adesivo sobre as mamas.
O ideal é colocar o adesivo pela manhã, após o banho. O adesivo geralmente não é afetado por
banhos seguintes e não descola.
Se por qualquer motivo o adesivo descolar, retire-o (descarte-o adequadamente) e aplique novo
adesivo em outro local da pele.
Examinar diariamente o local de aplicação do adesivo em busca do aparecimento de vermelhidão
ou irritação da pele.

• Colírios Oftálmicos
1. Lavar as mãos.
2. Puxar delicadamente a pálpebra inferior para baixo, usando o dedo indicador.
3. Pingar o colírio sem encostar o aplicador ao olho, usando as quantidades prescritas.
4. Fechar o olho devagar.
5. Após pingar o colírio e fechar o olho, colocar o dedo indicador no canto do olho que fica
próximo ao nariz, fazendo uma ligeira pressão, durante 1 a 2 minutos. Esse procedimento
evita que o medicamento escorra para os canais que comunicam os olhos com o nariz e a
garganta tomando a medicação mais efetiva e impedindo que ela seja absorvida pelo
organismo, o que poderia aumentar os riscos de efeitos adversos.
6. Lavar as mãos para remover possíveis resíduos do produto.
7. Em caso de conjuntivite, usar luvas para o procedimento.
8. Anotar
Observações:
Antes de aplicar os produtos, verificar o prazo de validade dos mesmos. Nunca utilizar
medicamentos com prazos de validade vencidos; verificar se o colírio não apresenta partículas em
suspensão e se a cor do mesmo não está alterada.
Quando dois ou mais produtos são receitados para os olhos, deixar um pequeno intervalo de pelo
menos 5 minutos entre a aplicação de cada um deles. Não aplicar simultaneamente os diferentes produtos.
Se a aplicação do colírio com os olhos abertos (como descrito acima) for difícil, principalmente em
crianças ou doentes (lúcidos) que tenham forte reflexo de piscar os olhos, o produto pode ser aplicado com
os olhos fechados. Nesse caso, o doente deve deitar-se, fechar os olhos e o colírio ser pingado no canto
interno do olho, abrindo-o em seguida, para que o produto penetre no saco conjuntival por ação da
gravidade. Utilizar o mesmo procedimento para o outro olho.
No caso do doente ter que utilizar colírio e pomada oftálmica num mesmo tratamento, pingar
primeiro o colírio e, após 5 minutos, fazer uso da pomada. Nunca inverter a ordem, uma vez que a pomada
adere à superfície ocular, promovendo uma barreira que impedirá o contacto do colírio com a área a ser
tratada.
Manter os frascos de colírio sempre bem fechados. Frascos contaminados utilizados por vários
pacientes podem provocar verdadeiros desastres.

• Comprimidos Sublinguais
1. Lavar as mãos.
2. Colocar o comprimido na boca, por baixo da língua e fechar a boca.

Exattus Escola de Profissões 33


Atendente na Área da Saúde

3. Se o paciente estiver lúcido, orientar para que retenha a saliva na boca, sem engolir, até
que o comprimido se dissolva completamente. Se após alguns minutos o doente sentir um
gosto amargo, é sinal de que o comprimido ainda não foi completamente absorvido e de
que deve permanecer retendo a saliva por mais algum tempo. Em pacientes comatosos,
colocar o comprimido e pingar algumas gotas de água ou soro fisiológico para facilitar a
absorção do mesmo.
4. Após a completa dissolução do medicamento, engolir a saliva e só então beber água.
5. Lavar as mãos.
6. Anotar.

• Comprimidos, Cápsulas, Drágeas, Pós-Orais


Os comprimidos, cápsulas e drágeas são geralmente deglutidos com auxílio de água. As drágeas
não devem ser cortadas (fracionadas), nem as cápsulas devem ser abertas, salvo quando para veiculação
via SNG.
Apresentações em forma de pó oral devem ser preparadas antes de ser ingeridas. O pó não deve
ser colocado diretamente na boca.

Observação: A via de administração oral está contra-indicada em pacientes comatosos ou com


dificuldades de deglutição.

• Enemas
1. Lavar as mãos e calçar as luvas.
2. Deitar o paciente sobre o lado esquerdo (lúcido), na cama, mantendo o joelho direito
flexionado em direção ao peito e a perna esquerda esticada. Se paciente comatoso, a
enfermagem deve posicioná-lo como indicado. Os braços devem ficar relaxados, apoiados
sobre a cama.
3. Introduzir a cânula do aplicador no reto.
4. Acionar o mecanismo do aplicador até que todo o seu conteúdo seja transferido para o
intestino.
5. Retirar a cânula do reto.
6. Manter o doente deitado até que o mesmo sinta forte vontade de
evacuar (lúcido). Em pacientes comatosos colocar comadre antes
de iniciar infusão do líquido para o intestino.
7. Higienizar o paciente após a evacuação (nos comatosos,
neurológicos sem controles de esfíncter colocar a comadre ao
iniciar o procedimento). Se paciente lúcido encaminhá-lo ao
banheiro.
8. Se o material (cânula, etc.) for descartável, desprezá-lo em local
apropriado; caso contrário encaminhá-lo para limpeza e desinfecção
(protocolo).
9. Trocar roupa de cama se necessário.
10. Retirar luvas e descartá-las em local apropriado.
11. Lavar as mãos.
12. Anotar.

• Gotas Nasais
1. Lavar as mãos.
2. Limpar o nariz e enxugá-lo com um lenço de papel. Ou aspirar, em
presença de muita secreção nasal.
3. Encher o conta-gotas com o medicamento.
4. Inclinar a cabeça para trás e colocar, nas narinas, o número de
gotas prescritas pelo médico, procurando não encostar o aplicador dentro do nariz.

Exattus Escola de Profissões 34


Atendente na Área da Saúde

5. Continuar com a cabeça inclinada para trás durante alguns segundos.


6. Voltar à posição normal. Se o paciente estiver lúcido, solicitar que inspire profundamente
por 2 a 3 vezes.
7. Descartar as luvas e lavar as mãos.
8. Anotar.

• Gotas Auriculares
1. Lavar as mãos.
2. Sentar e inclinar a cabeça para o lado - ou deitar - deixando o ouvido afetado para cima
(decúbito lateral esquerdo ou direito conforme o ouvido a ser medicado, se o paciente não
estiver lúcido).
3. Segurar o lóbulo da orelha (a ponta da orelha) e puxá-lo delicadamente para cima e para
trás (em adultos), a fim de permitir que o produto chegue mais facilmente ao canal auditivo.
Em crianças, o lóbulo da orelha deve ser puxado para baixo e para trás.
4. Encher o aplicador e pingar o número de gotas prescrito pelo médico, tendo o cuidado de
não encostar o aplicador no conduto auditivo, pois este seria facilmente contaminado.
5. Permanecer segurando o lóbulo da orelha, na posição acima indicada, durante alguns
segundos.
6. Fazer uma bola de algodão e colocá-la no ouvido (tamponar), para evitar que o
medicamento escorra para fora do mesmo.
7. Fechar bem a embalagem do produto.
8. Lavar as mãos.
9. Anotar.
Observação:
Antes de usar o produto ele pode ser aquecido, esfregando o frasco com as palmas das mãos até
atingir a temperatura do corpo.
Não colocar o frasco do produto em "banho-maria", ou em água quente, pois as altas temperaturas
podem alterar as propriedades da medicação e causar queimaduras ao ser aplicado.

• Óvulos, Cápsulas, Comprimidos e Supositórios Vaginais


1. Lavar as mãos.
2. Calçar luvas.
3. Remover o medicamento da embalagem.
4. Colocar o mesmo no aplicador.
5. Orientar a paciente, se estiver lúcida. Posicioná-la em decúbito dorsal, com os joelhos
dobrados e as plantas dos pés apoiadas na cama.
6. Segurar o aplicador horizontalmente e introduzi-lo na vagina, tão profundamente quanto
possível (mas que não fique desconfortável) sem fazer força.
7. Empurrar o êmbolo do aplicador lentamente, fazendo o produto passar para a vagina.
8. Retirar o aplicador e lavá-lo com água morna e sabão - submetê-lo ao protocolo de limpeza
e desinfecção; se descartável, dispensá-lo.
9. Retirar luvas, descartá-las em lixo apropriado.
10. Lavar as mãos.
11. Anotar.

• Pomadas e Cremes Dermatológicos


1. Lavar as mãos e calçar as luvas.
2. Lavar a região onde o produto vai ser aplicado, secando-a bem.
3. Colocar a quantidade prescrita de pomada ou creme.

Exattus Escola de Profissões 35


Atendente na Área da Saúde

4. Fazer uma massagem delicada na pele, até o completo desaparecimento da medicação (no
caso dos cremes) ou até que o produto tenha sido bem espalhado sobre a superfície da
pele a ser tratada (pomadas não desaparecem, deixando o local engordurado).
5. Retirar as luvas e descartá-las.
6. Lavar as mãos.
7. Anotar.
Observações:
Na maioria dos casos, não se deve colocar nada sobre a região tratada.
Quando recomendado pelo médico ou enfermeiro, pode-se usar uma folha de filme plástico
transparente (o mesmo que é utilizado para embrulhar alimentos) sobre a região tratada, até o produto ser
absorvido pela pele. Não deixar o filme plástico por mais tempo do que o recomendado.
Jamais usar filmes plásticos sobre lesões úmidas que produzam líquidos, como acontece com as
feridas.
O uso prolongado pode causar exagerada absorção do produto, o que poderia produzir reações
indesejáveis.
Cremes são produtos não-oleosos, que não mancham as roupas. Devem ser preferidos para uso no
couro cabeludo, em outras áreas da pele que apresentem pêlos ou lesões úmidas.
Pomadas devem ser escolhidas para locais onde a pele estiver seca, íntegra.
Cremes e pomadas, quando utilizados corretamente, exercem apenas efeitos benéficos no local da
lesão a ser tratada. O uso em quantidades maiores do que as prescritas - ou por período de tempo
prolongado - pode causar reações indesejáveis no organismo do doente.

• Pomadas Oftálmicas
1. Lavar as mãos.
2. Posicionar o paciente (lúcido) sentado (colocando a cabeça bem inclinada para trás) ou
decúbito dorsal.
3. Puxar a pálpebra inferior para baixo, usando o dedo indicador.
4. Colocar a pomada oftálmica sem encostar o aplicador no olho, usando as quantidades
recomendadas pelo médico.
5. Fechar o olho devagar.
6. Após colocar a pomada e fechar o olho, movimentar o globo ocular em círculos, ou de um
lado para o outro, a fim de espalhar bem o produto por toda a superfície.
7. Limpar a área externa dos olhos com lenço ou compressa de gaze, caso o produto tenha
extravasado.
8. Lavar as mãos para remover possíveis resíduos do produto.
9. Anotar.
Observações:
As mesmas observações para os colírios devem ser respeitadas para a aplicação das pomadas
oftálmicas.
Manter as bisnagas de pomada sempre bem fechadas.

• Pomadas e Cremes Vaginais


1. Ler as instruções de uso que acompanham a embalagem do produto.
2. Lavar as mãos e calçar as luvas.
3. Encher o aplicador com a medicação.
4. Colocar o paciente em decúbito dorsal, mantendo os joelhos dobrados e as plantas dos pés
apoiadas na cama.
5. Segurar o aplicador horizontalmente e introduzi-lo na vagina, tão profundamente quanto
possível, mas que não fique desconfortável (paciente lúcida), ou seja, sem fazer força.
6. Empurrar o êmbolo do aplicador até o fim, para que todo o produto contido no mesmo passe
para a vagina.

Exattus Escola de Profissões 36


Atendente na Área da Saúde

7. Retirar o aplicador e lavá-lo com água morna e sabão - submetê-lo ao protocolo de limpeza
e desinfecção; se descartável, desprezá-lo em local apropriado.
8. Após item 7, recolocá-lo dentro da embalagem do produto.
9. Retirar as luvas, descartá-las em local apropriado.
10. Lavar as mãos.
11. Anotar.

• Sprays ou Aerossóis Dermatológicos


1. Agitar bem e embalagem do produto, antes da aplicação (a não ser que, na embalagem,
seja dito o contrário).
2. Segurar a embalagem a 12 ou 15 cm de distância do local lesionado.
3. Apertar a válvula do spray (ou o libertador do aerossol) por alguns segundos e soltá-lo logo.
4. Anotar.
Observações:
Nunca usar esse tipo de medicação na pele do rosto ou perto dos olhos, pois o contato com as
mucosas ou com os olhos é muito doloroso e causa danos.
Sprays e aerossóis em contato com a pele provocam uma sensação gelada, que desagrada alguns
doentes, mas que não é prejudicial à lesão.

• Sprays Nasais
1. Lavar as mãos e calçar luvas.
2. Limpar o nariz e enxugá-lo com
um lenço de papel. Ou, aspirar
em presença de muita secreção
nasal.
3. Manter a cabeça na posição
vertical, sem, no entanto, incliná-
la para trás.
4. Retirar a tampa do frasco e
colocar o aplicador na narina,
procurando não encostá-lo nas
paredes do nariz.
5. Simultaneamente, apertar o
spray (o número de vezes
indicado pelo profissional) e, se o
paciente estiver lúcido, orientá-la
para inspirar 2 a 3 vezes, pelo nariz.
6. Manter o dedo apertando o spray até retirar o frasco do nariz (para evitar que as bactérias e
o muco do nariz penetrem eventualmente no frasco).
7. Repetir a operação na outra narina.
8. Tapar o frasco do produto.
9. Retirar as luvas, descartá-las.
10. Anotar.
Observações:
Não usar as gotas nasais ou o spray por mais de 2 ou 3 dias. No caso da prescrição ser por mais
tempo, não utilizar o conteúdo do mesmo frasco (gotas ou sprays) por mais de 1 semana, pois as bactérias
do nariz contaminam facilmente o produto.
Nunca utilizar medicação que tenha sido usada por outra pessoa, nem guardar sobras para uso
posterior.

Exattus Escola de Profissões 37


Atendente na Área da Saúde

• Sprays para Otorrinolaringologia


1. Abrir bem a boca e apertar o spray.
2. Fechar a boca e, se o paciente estiver lúcido, orientá-lo para não engolir a saliva durante 1
ou 2 minutos.
3. Em pacientes lúcidos, permitir beber água, ou outro líquido, após decorrido algum tempo.
Quanto mais tempo a medicação permanecer em contato com a garganta, melhor será seu
efeito.
4. Anotar.
Observações:
Engolir a saliva com o medicamento não causa qualquer problema ao doente.
Caso a medicação cause enjôo ou algum problema de estômago, o doente pode expelir a saliva
impregnada pela medicação, em vez de engoli-Ia.

• Supositórios
1. Lavar as mãos.
2. Calçar luvas.
3. Deitar o paciente sobre o lado esquerdo (lúcido), na cama, mantendo o joelho direito
flexionado em direção ao peito e a perna esquerda esticada. Se paciente comatoso, o
enfermeiro deve posicioná-lo como indicado. Os braços devem ficar relaxados, apoiados
sobre a cama.
4. Retirar o supositório da embalagem e colocá-lo no ânus, empurrando-o o mais profundo
possível.
5. Manter o paciente deitado por mais alguns minutos, após a colocação do supositório,
procurando retê-lo no intestino por, pelo menos, uma hora.
6. Higienizar o paciente, se necessário.
7. Descartar embalagem e luvas em locais apropriados.
8. Lavar as mãos.
9. Anotar.
Observações:
Alguns supositórios vêm com a recomendação de serem guardados em temperaturas baixas. O
ideal é guardar o produto em local seguro fora de refrigeradores e longe de fontes de calor.
No momento de administrar, se o produto estiver com uma consistência mole, colocar-lo por alguns
minutos no congelador ou dentro de um copo com água bem gelada (sem retirar da embalagem), até que
adquira novamente uma consistência firme.

• Suspensão Oral
1. Agitar bem o frasco do medicamento (uma vez que o produto contém partículas que se
depositam no fundo da embalagem.
2. Utilizar uma colher-medida de plástico, própria para esse tipo de medicamento e que,
geralmente, acompanha a embalagem do produto (alguns deles vêm com 1 copo-medida,
ao invés de colher).
3. Colocar o medicamento na colher (ou no copo), observando a quantidade recomendada: 2,5
ml, 5 ml, 7,5 ml, 10 ml, etc.
4. Com pacientes lúcidos, ofertar água após a ingestão do medicamento. Outros tipos de
bebida (sucos, refrigerantes, etc.) nem sempre podem ser tomados após a medicação.
5. Anotar.
Observação:
Esta via de administração oral está contra-indicada em pacientes comatosos ou com dificuldades de
deglutição. Neste caso, utilizar SNG para veiculação da medicação.

Exattus Escola de Profissões 38


Atendente na Área da Saúde

Cálculo do Número de Gotas

Em muitos hospitais, unidades ou serviços,


o número de gotas é calculado na bomba infusora.
Basta teclar o volume que se quer infundir e
em quanto tempo.
No entanto, podemos realizar o cálculo do
número de gotas a ser infundido em um período de
tempo, tendo os seguintes dados em mãos.
• Volume total a ser infundido.
• Tempo de infusão.
• Microgotas ou gotas.
Importante: Lembrar que 1 gota tem 3
microgotas, e 1 ml tem 20 gotas ou 60 microgotas (3
microgotas = 1 gota). Fazer os seguintes cálculos:
1. Volume x 20 gotas = número total
de gotas
2. Transformar o tempo de infusão de
horas para minutos da seguinte
forma:
3. Horas x 60 (minutos) = tempo de
infusão em minutos
4. Então, o número total de gotas dividido por tempo de infusão em minutos é igual ao número
de gotas por minuto.

Exemplos:
• Macrogotas:
Volume total = 500 ml
Tempo de infusão = 8 horas em macrogotas 500 ml x 20 gotas = 10.000 gotas
8 horas = 8 x 60 (minutos) = 480 minutos
10.000 gotas dividido por 480 minutos = mais ou menos 20 gotas por minuto.

• Microgotas:
Volume total = 250 ml
Tempo de infusão = 24 horas em microgotas
250 ml x 60 microgotas (1 rnl) = 21.000 microgotas 24 horas = 24 x 60 (minutos) = 1.440 minutos
21.000 microgotas dividido por 1.440 minutos = mais ou menos 14 microgotas por minuto.
Observação:
Existem vários modos de calcular o número de gotas. Adote um e familiarize-se com ele.

Exattus Escola de Profissões 39


Atendente na Área da Saúde

Prevenção da Infecção Hospitalar e Biossegurança

Precauções

Histórico
Em 1970, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças
(CDC) de Atlanta, EUA, publicou o Manual intitulado "Técnicas de
Isolamento para Uso em Hospitais", o qual foi revisado em
1975. Categorias de Precauções de Isolamento eram
recomendadas, tais como: estrito, protetor, ferida e pele,
precauções entéricas, precauções com secreções e
precauções com sangue.

Em 1983, surge nova revisão do Guia de


Isolamentos, com significativas alterações como:
• Abolição do Isolamento Protetor, com a
justificativa de que a maioria das infecções
em imunodeprimidos era endógena: a
lavagem das mãos tomou-se, neste
caso, a recomendação única para a
principal barreira de contaminação
com microorganismos hospitalares.
• Introdução de Isolamento para
Tuberculose.
• Tomada de Decisão - O profissional de saúde
deveria antecipar o tipo de contato que teriam
com o paciente e decidir quanto ao uso de luvas,
aventais, etc. A avaliação se estenderia à capacidade do paciente em seguir orientações
específicas (usar lenços descartáveis para tossir, por exemplo), boas condições de higiene
e isolamento daqueles que não pudessem preencher este perfil. Nesta revisão, feita 1983,
já constava a AIDS (SIDA) com orientações para sangues e fluidos corporais.
Em 1985, em função das orientações para sangue e fluidos, o CDC estabelece as Precauções
Universais.
Em 1987, um grupo da Universidade da Califórnia, em San Diego, EUA, propõe um novo esquema
chamado de Precauções com Substâncias Corporais, aparentemente uma modificação do sistema proposto
em 1983 pelo CDC.
Posteriormente, foram elaboradas orientações sobre o cuidado com pacientes com tuberculose,
revisado em 1994.
Em 1996, foi publicado um novo sistema que procurou unir todos os sistemas estudados e
revisados até então pelo CDC - Centro de Controle e Prevenção de Doenças, de Atlanta, e também pelo
HIPAC - Hospitallnfection Control Pratices Advisory Comitee. Embora, em agosto de 2004, o CDC tenha
publicado uma consulta pública que confere modificações no sistema até então utilizado, ainda vigora o
sistema de 1996. As novas discussões na consulta de 2004 incluem sistemas de ar especiais para
pacientes com imunossupressão assim como cuidados especiais para pessoas com suspeita de infecções
transmissiveis por via aérea. O motivo dos novos estudos são as novas evidências na literatura
relacionadas a esses pacientes.
O sistema de 1996, ainda em vigor, baseava-se nas seguintes precauções que serão descritas a
seguir:
1. Precauções Padrão ou Universal
2. Precauções baseadas nas Rotas de Transmissão
3. Precauções Empíricas

Exattus Escola de Profissões 40


Atendente na Área da Saúde

Precauções Padrão ou Universal


Recomenda-se que um sistema de Precauções Padrão ou Universal seja adotado por lodos os
profissionais de saúde envolvidos na assistência aos pacientes atendidos em instituições de saúde,
independente da doença inicialmente diagnosticada.
Todos os pacientes, mesmo não apresentando sintomas específicos, devem ser considerados
potenciais portadores de doenças transmissíveis e, portanto, o profissional de saúde deve adotar uma
postura de precaução para não se infectar ou servir de vetor para transmitir doenças para outros pacientes
ou para seus familiares. A adoção de medidas de Proteção Padrão é importante para prevenir a aquisição
das seguintes doenças - hepatite B (VHB), hepatite C (VHC), cotomegalovlrus (CMV), vírus de
imunodeficiência adquirida (HIV), sífilis, doença de Chagas, influenza, herpes, além de doenças menos
frequentes, onde é possível a veiculação.
As recomendações das Precauções Universais ou Precauções Padrão são um conjunto de técnicas
conhecidas que devem ser adotadas para o atendimento de pacientes principalmente na presença de
fluidos corpóreos ou sangue.

Procedimentos que fazem parte da Precaução Padrão:


Protocolo
1. Lavar as mãos.
2. As luvas devem ser utilizadas para:
• Manipulação de sangue e outros fluidos corporais;
• Manipulação de membranas mucosas ou pele não íntegra de todos os pacientes;
• Procedimentos em equipamentos ou superfícies contaminadas com sangue ou outros
fluidos corporais;
• Venopunção, punção arterial e outros procedimentos de acesso vascular.
Observações:
• Após a retirada das luvas, realizar sempre a lavagem das mãos.
• As luvas devem ser trocadas após o contato com cada paciente.
• Jamais lavar as luvas ou as reutilizar.
• Jamais tocar em qualquer objeto inanimado com luvas (maçanetas de portas,
canetas, lápis, pranchetas, teclados de computadores, monitores).
• Desenvolver o hábito de somente calçar as luvas imediatamente antes de realizar o
procedimento; certificar-se de ter todo o material necessário à mão para evitar
desparamentar-se ou circular com luvas.
• Não se justifica a utilização de luvas somente para o transporte de pacientes. Neste
caso realizar a lavagem das mãos ou o uso de álcool em gel após o transporte.
Utilizar luvas somente quando o paciente transportado apresentar risco de
sangramento, estiver entubado ou agitado ou ser portador de bactéria
multirresistente.
3. Utilizar avental fechado sobre roupas de uso comum, ou uniforme de mangas longas
quando houver.
Observações:
• Poucas doenças exigem o uso de avental para todas as pessoas que entrem no quarto
do paciente (profissionais de saúde e visitantes) - Difteria faringeana, febres virais
hemorrágicas (febre de Lassa), varicela e herpes zoster disseminados ou portadores de
bactérias estafilococos resistentes à meticilina (MARSA), enterococo resistente a
vancomicina (VRE), Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa resistente a
carbapenêmicos, entre outras e de conformidade com a orientação do SCIH.
• Na manipulação de grande quantidade de sangue ou outros líquidos corporais (líquido
aminoático, por exemplo), deve ser utilizado avental impermeável, bem como proteção
para pernas e pés (principalmente em procedimentos obstétricos).

Exattus Escola de Profissões 41


Atendente na Área da Saúde

4. Máscaras e óculos de visar


• Usar quando houver risco de contaminação de mucosas da faze (olhos, boca, nariz) por
respingos de sangue ou outros fluidos corporais (principalmente em procedimentos com
punções liquóricas e arteriais, suturas e cirurgias).
5. Exposições acidentais a perfurocortantes
• Cuidados especiais devem ser tomados para prevenir acidentes com agulhas, escalpes,
lâminas, etc., expostos a sangue e fluidos corporais.
• As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas, removidas de seringas
descartáveis ou manipuladas de outras formas depois de usadas.
• Utilizar recipientes apropriados para transporte ou descarte de perfurocortantes, os
quais, para seu adequado fechamento, devem ser preenchidos apenas até 2/3 de sua
capacidade. Os recipientes devem ser desprezados, devidamente selados, no lixo
hospitalar.
Observações:
Profissionais de saúde, portadores de lesões de pele (ferimentos, dermatite, etc.), devem evitar o
contato, até que a lesão de pele tenha desaparecido:
• Contato direto com os pacientes, principalmente em situações de risco de exposição a
sangue e outros fluidos corporais;
• Contato com equipamentos contaminados.

Precauções conforme Rota de Transmissão

Precauções de contato
• Contato com um ou mais tipos de matéria orgânica.
Precauções em transmissões pelo ar ou aéreas
• Transmitidas pelo ar, em forma de partículas de pequeno tamanho (menor que 5 micra),
levadas pelo ar a grandes distâncias.
Precauções com gotículas (partículas)
• Também transmitidas pelo ar, porém alcançam curtas distâncias (partículas ou gotículas,
maiores que 5 micra).
Nota
Para todos os tipos de precauções por Rotas de Transmissão, no caso de diagnósticos pelo mesmo
microorganismo em pacientes diferentes, está prevista a possibilidade de compartilharem o mesmo quarto
ou enfermaria. Os pacientes, em caso de surto, só sairão desse quarto com alta para casa ou quando não
estiverem mais com possibilidades de estarem colonizados.

Precauções de Contato
Procedimentos que fazem parte desta precaução/Indicação
No cuidado de pacientes com infecção suspeita ou reconhecida de importância epidemiológica que
seja transmitida pelas mãos e pele, tais como infecção ou colonização por agente multirresistente, herpes
simples, abcessos, celulite, furunculose, piodermites, pediculose, escabiose, conjuntivites, contato entérico
(hepatite A, diarréia infecciosa), contato com secreções respiratórias (vírus sincicial respiratório,
parainfluenza, enterovírus), etc.

Protocolo
• Protocolo de Precaução Padrão, inclusive no transporte.
• Quarto do paciente: individualizado ou coorte.
• Equipamentos: individualizados.
• Desinfecção e esterilização conforme rotina e protocolos.
• Normas especiais para MRSA.

Exattus Escola de Profissões 42


Atendente na Área da Saúde

Precauções em Transmissões Via Aérea


Procedimentos que fazem parte desta precaução/Indicação
Paciente com suspeita ou confirmação de doenças que se transmitem pelo ar, com partículas estas
menores que 5 micra, as quais ficam suspensas no ar e são transmitidas a longa distância, como
tuberculose, sarampo, varicela, etc.
Protocolo
• Protocolo de Precaução Padrão ou Universal.
• Quarto do paciente: manter a porta do quarto fechada (isolar) podendo agrupar mais de um
paciente se estiverem no mesmo período
da doença.
• Equipamentos de proteção respiratória:
obrigatório para tuberculose e para
funcionários suscetíveis à varicela e
sarampo.
• Transporte do paciente: uso de máscara
no paciente.

Notas
Há recomendação do CDC de quarto individual e
ar com pressão negativa para o quarto destes pacientes.
É recomendado ainda que as pessoas suscetíveis
ao sarampo e varicela não entrem no quarto.

Precauções com Gotículas (partículas)


Procedimentos que fazem parte dessa
precaução/Indicação
Atenção aos pacientes com infecção, suspeita ou
reconhecida, de importância epidemiológica, e que sejam
transmitidas pelas gotículas de orofaringe (tosse, espirros
ou conversando) como Haemophylus influenza, Neisseria
meningítidis, Streptococus pneumoniae, rubéola,
caxumba, difteria, coqueluche, adenovírus, meningococo.
Aqui as partículas (gotículas) são maiores que 5 micra e a
transmissão via aérea é mais curta.
Protocolo
• Protocolo de Precaução Padrão ou Universal: ênfase para máscara para distâncias
menores que 1,5 m do paciente.
• Pessoas suscetíveis não devem entrar no quarto.
• Quarto do paciente: único ou coorte.
• Transporte do paciente: uso de máscara no paciente.
Notas
• Partículas: chama-se de partículas quando menor de 5 micras. São mais leves e levadas
pelo ar a grandes distâncias.
• Gotículas: chama-se de gotículas as partículas maiores que 5 micras, mais pesadas
portanto, produzidas por tosse, espirro, etc., transmitidas apenas a curtas distâncias (cerca
de 1,5 m).

Exattus Escola de Profissões 43


Atendente na Área da Saúde

Precauções Empíricas

Precauções Empíricas devem ser tomadas no caso de suspeita de determinadas infecções,


adotando a precaução por Rotas de Transmissão específica. Portanto, deve-se basear nas Precauções
acima citadas, para a patologia suspeita.
1. Colocar telas nas janelas e portas em zonas endêmicas.
2. Varicela: deve ser mantido isolamento até que todas as lesões transformem-se em crostas.
O período médio de incubação é de 10 -16 dias, variando entre 10 a 21 dias. Após a
exposição use imunoglobulina antivaricela zoster (VZIG) quando apropriado
(imunodeprimidos), e de alta para os suscetíveis, se possível. Coloque os pacientes
suscetíveis em precauções aéreas iniciando após 10 dias de exposição e mantendo-os até
21 dias após a última exposição (até 28 dias se foi administrado VZIG - imunodeprimidos).
Profissionais suscetíveis não devem entrar no quarto de pacientes em precauções, se
houver outro profissional imune.
3. Pacientes provenientes do Zaire com suspeita de febre hemorrágica devem ser colocados
em quartos individuais e acionado o serviço regional de vigilância sanitária.
4. O "Guideline for prevention of nosocomiel pneumonia" recomenda vigilância, vacinação,
antivirais, quartos privados com pressão negativa, para pacientes com suspeita ou
diagnóstico. Muitos hospitais apresentam dificuldades para implementar estas
recomendações. Se não houver quartos individuais suficientes considerar agrupamento em
coorte e evitar compartilhar o quarto com pacientes de alto risco.
5. Mantenha a criança em precauções até completar 1 ano de idade se houver múltiplos
internamentos, exceto se cultura de nasofaríngea e urina negativas após 3 meses de idade.
6. Por 9 dias após o início da tumefação das parótidas.
7. O curativo não cobre a ferida ou não contém a secreção adequadamente.
8. O curativo cobre e contém a secreção adequadamente.
9. Manter a precaução até o quinto dia de terapia efetiva.
10. lniciar as precauções na suspeita de tuberculose. Suspender as precauções somente
quando o paciente estiver em terapia efetiva, melhorando clinicamente, e possuir 3 exames
bacterioscópicos de escarro negativos em 3 dias consecutivos.
11. Evitar compartilhar o quarto com pacientes com fibrose cística que não estejam
colonizados.
Pessoas não colonizadas que prestem atendimento a pacientes com fibrose cística e tenham
contato com pacientes colonizados devem usar máscara caso aproximem-se a menos de 1 metro.

Considerações Gerais
A medida preventiva mais importante na transmissão de doenças é a lavagem de mãos, esteja ou
não o paciente infectado, seguido do conhecimento sobre as principais rotas de transmissão das doenças,
que determinarão o uso dos EPls.
As precauções empíricas exigem decisão e, para tanto, é necessário o conhecimento das doenças
infecciosas e suas formas de transmissão (rotas).
Como auxílio à tomada de decisão, pode-se colocar à disposição do profissional de saúde, material
bibliográfico com informações básicas e rápidas através de manual impresso ou informatizado.

Imunodeprimidos /Imunossuprimidos
Desde 1983 permanece o conceito de que o importante é a lavagem das mãos e que os
imunodeprimidos se infectam com microrganismos da flora endógena. No entanto, existem situações
específicas que podem requerer avaliação individual para a indicação do cuidado em hospitais onde é difícil
a triagem. Há algumas sugestões interessantes na literatura, como segue:
• Separação de pacientes que, se inadvertidamente colocados juntos com outros infectados
teriam maior suscetibilidade à aquisição de infecções como:
o Leucopenia (Ieucócitos abaixo de 1000/ml) e neutropenia (neutrófilos abaixo de
500/ml).

Exattus Escola de Profissões 44


Atendente na Área da Saúde

o Quimioterapia - pacientes que irão se submeter à quimioterapia deverão ser


avaliados pela equipe de tratamento, para estudo da possibilidade de indicação de
Quarto Individual, pois poderão se enquadrar no critério anterior. Situações de
unidades apenas de pacientes oncológicos devem ser discutidas separadamente,
pois existem muitas situações peculiares.
o Em situações em que a indicação é de consenso mundial, mesmo que nem sempre
comprovadas, como em Transplante de Medula Óssea e outros, a questão deve ser
discutida inclusive com a administração do hospital e as regras estabelecidas
devem ser seguidas a risca.
• O uso de aventais e máscara é desnecessário. No caso de imunodeprimidos inexistem
evidências de custo benefício com o uso de aventais apesar de indicados por alguns
pesquisadores para a diminuição das infecções.
• Pessoas com infecção não devem entrar no quarto dos pacientes.

Preparo do Quarto
1. Limpeza do piso, soleira e esquadria das janelas, bem como da moldura da porta
com água e sabão.
2. Limpeza das superfícies de todo mobiliário presente.
3. Móveis e equipamentos devem ser restritos ao mínimo indispensável.

Paramentação da equipe para adoção de isolamento


1. Retirar o avental branco.
2. Colocar a máscara.
3. Higienizar as mãos com PVP-l degermante por 30 segundos.
4. Utilizar solução anti-séptica para a lavagem de mãos ou álcool após a lavagem com
sabão comum (para cuidados usuais não há necessidade de anti-séptico com ação
residual), ou usar solução degermante para lavagem das mãos. Na ausência de pia
no local, usar álcool glicerinado (uso de álcool a 70% com glicerina, tipo soft-care
gel) e lavar as mãos tão logo seja possível.
5. Colocar o avental de contágio de mangas longas, preferencialmente do tipo fechado
na frente.
6. Utilizar álcool glicerinado gel para limpeza das mãos quantas vezes se fizer
necessário.
7. Restrição do trânsito de pessoal no interior do quarto.
8. Manter fechada a porta do recinto.
9. Retirar o avental de contágio ao deixar o quarto, mantendo-o na ante-sala, em
suporte próprio.

Cuidados da equipe
1. Utilizar luvas para proteção quando do possível manuseio de matéria orgânica,
seguindo as Precauções Universais.
2. Descontaminar as superfícies quando houver contaminação com matéria orgânica,
utilizando hipoclorito de sódio a 0,5 % por 30 minutos ou outro desinfetante
padronizado, com posterior retirada da matéria orgânica com pano ou papel-toalha,
seguindo-se de limpeza com água e sabão.
3. Fornecimento de alimentos cozidos servidos em embalagens descartáveis, além de
líquidos estéreis.
Observação:
Estas normas deverão ser seguidas por todos os profissionais que entrarem em contato com os
pacientes submetidos a transplantes.

Exattus Escola de Profissões 45


Atendente na Área da Saúde

Ambiente Hospitalar e Infecção

Conforme literatura internacional, as principais infecções hospitalares são as infecções urinárias,


cirúrgicas, pulmonares e as relacionadas a cateteres.
A prevenção destas infecções foi bastante discutida pelo CDC em Atlanta, EUA, que faz
recomendações de três graus de importância para evitá-las.
• Muito recomendado
• Moderadamente recomendado
• Recomendado

Prevenção de Infecção Urinária


Muito recomendado:
• Educação do pessoal para a técnica correta de inserção e cuidado da sonda.
• Sondar apenas quando necessário.
• Enfatizar a lavagem de mãos.
• Inserir a sonda com técnica asséptica e equipamento estéril.
• Fixar adequadamente o cateter.
• Manter o sistema urinário de drenagem, fechado.
• Obter amostras de urina assepticamente.
• Manter o fluxo da urina desobstruído.

Moderadamente recomendado:
• Reeducar o pessoal periodicamente para os cuidados com o cateter.
• Utilizar cateter de menor diâmetro compatível.
• Evitar a irrigação a menos que seja necessária para prevenir obstrução.
• Limpeza do meato urinário quando necessário.
• Não trocar o cateter a intervalos arbitrariamente fixados.

Recomendado:
• Considerar técnicas alternativas de drenagem urinária antes de usar um cateter.
• Trocar o sistema coleto quando a esterilidade do sistema tiver sido violada.
• Separar os pacientes com sonda vesical infectados dos não-infectados.
• Evitar monitorização bacteriológica de rotina.

Prevenção de Infecção Cirúrgica


Muito recomendado
• Toda infecção identificada deve ser tratada antes da cirurgia.
• Toda pessoa que entrar na sala de cirurgia durante uma operação deverá vestir máscara
que cubra completamente a boca e o nariz e um gorro que cubra os cabelos e os pêlos.
• A equipe cirúrgica deverá lavar suas mãos até os cotovelos com uma solução degermante
pelo tempo de 5 minutos antes do primeiro procedimento do dia. Usar escova de cerdas
moles para limpeza de pregas cutâneas, unhas.
• Depois de lavadas e secas com toalhas estéreis, as mãos deverão receber luvas estéreis.
• Toda equipe cirúrgica deverá calçar luvas estéreis e se perfuradas durante a operação
deverão ser trocadas logo que possível.
• A equipe cirúrgica deverá ser eficiente no manuseio dos tecidos, hemostasia e reduzir o
tempo da operação.
• O pessoal deverá lavar suas mãos antes e depois de fazer o curativo de uma ferida
cirúrgica.

Exattus Escola de Profissões 46


Atendente na Área da Saúde

• Tocar a ferida cirúrgica aberta apenas com luva estéril.


• Cultivar qualquer secreção de ferida suspeita de infecção.
• Antibioticoprofilaxia parental está recomendada: em situações onde o risco de infecção é
alto, ou mesmo com risco baixo, se a infecção ocorresse, haveria consequências sérias ou
ameaçadoras da vida como, por exemplo, cirurgias cardiovasculares ou ortopédicas
envolvendo o implante de prótese.
• Culturas de rotina do ar e do ambiente não devem ser feitas.
• O uso de esteiras anti-sépticas na entrada da sala de cirurgia não deverá ser praticado com
o propósito de controle de infecção.

Moderadamente recomendado
• Nas cirurgias eletivas, a estadia hospitalar pré-operatória deverá ser a mais curta possível.
• Pacientes mal nutridos, em operações não urgentes, deverão receber nutrição parenteral ou
enteral antes da operação.
• A tricotomia não deverá ser feita, a menos que os pêlos no
local da operação sejam tão espessos que possam
interferir no procedimento cirúrgico.
• Se for necessária tricotomia, os pêlos deverão ser
removidos com tesoura ou creme depilatório, ao
invés do uso de lâminas.
• Preparar a área operatória lavando-a com uma solução
degerrnante (de dentro para fora).
• Para cirurgias maiores, em salas cirúrgicas, o paciente
deverá ser coberto com campos estéreis.
• Entre operações consecutivas, o tempo de 2 a 5
minutos para escovação das mãos poderá ser
aceitável.
• Os aventais cirúrgicos (descartáveis ou
reutilizáveis) deverão ser efetivos como barreira
a bactérias, mesmo quando úmidos.
• Para cirurgias ortopédicas sobre osso ou de
implante, utilizar 2 pares de luvas.
• A sala de cirurgia deverá sofrer 20 trocas de ar por hora, 4 destas com ar
fresco.
• Todas as portas da sala de cirurgia deverão ser mantidas fechadas, exceto para a
passagem de equipamentos, pessoal e do paciente.
• Reduzir o número de pessoas em salas cirúrgicas ao mínimo necessário.
• Limpar a sala entre as várias operações.
• Feridas do tipo infectadas ou sujas não deverão ser fechadas intencionalmente.
• Drenos deverão ser colocados por uma contra-incisão.
• Classificar as cirurgias a cada operação pelo potencial de contaminação.
• Levantar os índices de infecção, conforme o potencial de contaminação, periodicamente, e
divulgá-los ao departamento de cirurgia (vigilância sanitária).
• Estes índices deverão ser encaminhados aos cirurgiões para que eles os comparem entre
si. Os índices poderão ser codificados de modo que os seus nomes não apareçam.

Recomendado
• Em cirurgias eletivas, o paciente deverá ser banhado uma noite antes com sabão
degermante.
• Vestir sapatilhas ao entrar na sala de cirurgia.
• Contatar o paciente até 30 dias depois da alta para determinar os índices de infecção.

Exattus Escola de Profissões 47


Atendente na Área da Saúde

Observações
• Os produtos anti-sépticos utilizados deverão ter o aval da farmácia e CCIH (registro do
Ministério da Saúde - Divisão de Medicamentos - DIMED).
• O instrumental cirúrgico e equipamentos deverão ser esterilizados conforme protocolo de
Esterilização. Prevenção da Pneumonia Hospitalar
A infecção do trato respiratório é o segundo principal sítio da infecção hospitalar, variando de 13% a
18% do total dos casos. Destes, cerca de 20% a 75% estão associados à mortalidade e a maioria é de
pacientes internados em UTI, sob ventilação mecânica.

Fatores de Risco
Entubação das vias aéreas e ventilação mecânica - Os tubos traqueais agem como corpo
estranho, traumatizando a mucosa e desequilibrando a atividade ciliar traqueal e a flora bucal. A
manipulação do tubo endotraqueal para aspiração de secreções propicia a contaminação.
Outros fatores - Diminuição do nível de consciência, existência de SNG, vômitos, debilidade física,
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), cirurgia torácica ou abdominal, alta imobilidade prolongada no
leito e diminuição da resistência imunológica.
As ações gerais preconizadas para prevenir infecção do trato respiratório referem-se a cuidados que
auxiliam a mobilizar secreções pulmonares e evitar broncoaspiração.

Muito recomendado
As recomendações abaixo deverão ser realizadas por pessoas treinadas, de preferência
fisioterapeutas, com exceção dos itens 1, 3, 4, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 26, 27 e 28.
1. Antes da cirurgia, tratar as infecções pulmonares existentes, remover as secreções e parar
de fumar.
2. Antes da cirurgia, instruir o paciente sobre a necessidade de tossir, respirar fundo e
deambular precocemente depois do ato cirúrgico.
3. Controlar qualquer dor que impeça a tosse e a respiração profunda.
4. Antibióticos não devem ser usados para prevenir pneumonia pós-operatória.
5. Lavar as mãos após o contato com secreções ou com o paciente que esteja entubado ou
traqueostomizado.
6. Usar somente líquidos estéreis em nebulizadores ou umidificadores.
7. Água condensada em tubulação inalatória ou de respiradores deve ser desprezada sem
retomar ao reservatório.
8. Nebulizadores de parede (tipo Venturi) deverão ser trocados a cada 24 horas.
9. Os tubos e máscaras de oxigênio não deverão ser trocados entre os pacientes.
10. Produto descartável, ou de uso único, não deverá ser reutilizado.
11. Após o uso, todo equipamento deverá sofrer desinfecção (prévia), antes da esterilização ou
desinfecção final.
12. Equipamento respiratório que entra em contato com membranas mucosas (cânulas) deverá
sofrer desinfecção (prévia) antes de ser esterilizado ou receber desinfecção de alto nível.
13. Os circuitos respiratórios, nebulizadores ou umidificadores, não-descartáveis, deverão ser
esterilizados ou desinfetados.
14. Realizar culturas para monitorar o processo de desinfecção dos respiradores somente na
vigência de algum surto de pneumonia hospitalar ou altas taxas de infecção.
15. Culturas obtidas durante o uso do equipamento respiratório apresentam dificuldade para
interpretação dos resultados.
16. Traqueostomia deve ser realizada sob técnica asséptica, exceto em emergência.
17. Sempre substituir uma cânula de traqueostomia por outra estéril.
18. A aspiração dos tubos endotraqueais deverão ser realizadas conforme protocolo, utilizando-
se cateter estéril (sondas de aspiração), ou sistema fechado (trocável 24/24 horas ou em
presença de secreção. Com secreção espessa utilizar líquidos estéreis para fluidificar.

Exattus Escola de Profissões 48


Atendente na Área da Saúde

Moderadamente recomendado
1. No pós-operatório, utilizar manobras fisioterapêuticas para remover as secreções.
2. Líquidos para uso em nebulizadores, uma vez abertos, deverão ser desprezados dentro de
24 horas.
3. Preencher os reservatórios com líquidos estéreis, imediatamente antes do uso (não deixar
estagnado).
4. Sempre desprezar o líquido anterior antes de colocar um novo no reservatório.
5. Os recipientes umidificadores de oxigênio, de parede, devem ser tratados conforme
protocolo.
6. Circuitos respiratórios devem ser trocados e esterilizados ou desinfetados a cada 24 - 96
horas ou quando necessário pela presença de secreções.
7. Os componentes esterilizáveis dos respiradores deverão ser esterilizados ou desinfetados.
Se necessário, fazer a troca entre os pacientes.
8. Utilizar técnica asséptica e luvas estéreis para o curativo das traqueostomias recentes.
9. Utilizar técnica asséptica na troca dos tubos endotraqueais.
10. Pessoas com infecção respiratória não deverão cuidar de pacientes graves.

Recomendado
• Utilizar um espirômetro de incentivo para as instruções pré-operatórias e pós-operatórias.
• Recomendável o uso de filtros de umidificação (higroscópicos ou não); filtros bacterianos
não são recomendados (há recomendação de filtros de umidificação) nos circuitos de
respirador.
Observação
Pacientes com infecções respiratórias, potencialmente transmissíveis, deverão ser isolados.

Prevenção da Infecção Relacionada a Cateteres


Muito recomendado
• Terapia endovenosa deverá ser utilizada apenas quando houver indicação diagnóstica ou
terapêutica.
• Lavar as mãos antes de inserir o cateter endovenoso; se central, utilizar um degermante.
• Fazer anti-sepsia do local antes da punção.
• Inserções de cateteres centrais ou que requeiram incisão da pele (dissecção) exigem
utilização de luvas e campos estéreis.
• Preferir sempre as veias dos membros superiores.
• Cateteres em membros superiores deverão ser trocados logo que possível. Somente usar
esta via em crianças conforme protocolo em Pediatria.
• Cateteres periféricos deverão ser trocados a cada 48-72 horas.
• Cateter centrar (longo) inserido através da veia periférica deve ser tratado como cateter
periférico.
• Fixar adequadamente o cateter, cobrir o ponto de entrada com gaze estéril e anotar a data
do procedimento em local de fácil visibilidade.
• Avaliar diariamente possíveis complicações relacionadas ao cateter: palpação local (por
cima da gaze); febre inexplicada ou dor à palpação, remover o curativo e inspecionar o
local.
• Remover o cateter central tão logo o seu uso seja dispensável ou na suspeita de infecção.
• Cateteres centrais não necessitam ser trocados rotineiramente (esta frequência de troca
não é conhecida), porém, sabe-se que o risco aumenta em 0,5 a 1 % por dia de
permanência.
• Troque os equipos (de soro) a cada 48 horas.
• Desinfetar as portas de entrada (equipos, acessos, etc.) antes da administração de
medicamentos e manter o sistema fechado durante a infusão.

Exattus Escola de Profissões 49


Atendente na Área da Saúde

• Trocar todo o sistema incluindo o cateter, se houver sinais de infecção, evidência ou


suspeita de bacteremia, celulite ou tromboflebite purulenta e realizar protocolo para retirada
de cateter.
• Na suspeita de contaminação do líquido, obedecer o protocolo para essa situação.
• Lavar as mãos antes de aditivar (acrescentar medicamentos) as soluções parenterais.
• Obedecer protocolo no preparo de solução parenteral e suas aditivações.
• Um rótulo adicional deverá ser colocado à solução parenteral aditivada, indicando os
componentes e sua dosagem, a data e hora da aditivação, o tempo de expiração e o nome
de quem realizou.
• Uma vez iniciadas, as soluções parenterais deverão ser completamente utilizadas ou
desprezadas dentro de 24 horas.
• Emulsões lipídicas deverão ser veiculadas em menos de 12 horas, em veias periféricas.

Moderadamente recomendado
• Cateteres plásticos serão aceitáveis somente se asseguradas as trocas a cada 48-72 horas.
• Cateteres de aço inoxidável devem ser usados para infusões periféricas de rotina e os
plásticos apenas quando for imperativo um acesso vascular seguro.
• Para venopunções, a tintura de iodo a 1 % é preferida, mas poderão ser usados
clorhexidina a 2%, iodóforos ou álcool a 70%. O antisséptico deverá ser aplicado
generosamente e friccionado por pelo menos 30 segundos.
• Inspecionar o local e fazer o curativo a cada 48-72 horas para cateteres periféricos ou
centrais que necessitem permanecer por mais tempo.
• Equipos usados para hiperalimentação devem ser trocados rotineiramente a cada 24-48
horas.
• A irrigação do sistema para melhorar o fluxo deve ser evitada.
• Amostras de sangue não devem ser retiradas pelo cateter, exceto em emergência.
• Na suspeita de infecção relacionada ao cateter, limpar o sítio de inserção com álcool, deixar
secar, e só então removê-lo. Submeter o cateter a protocolo de retirada de cateter.
Recomendado
• Descartar os equipos depois da administração de sangue, produtos sanguíneos ou
emulsões lipídicas.
• Cultivar o líquido que tiver o sistema endovenoso descontinuado por causa da suspeita de
contaminação (protocolo).
• O risco de infecção cai quando profissionais treinados implantam e realizam a manutenção
de cateteres endovenosos.

Exattus Escola de Profissões 50


Atendente na Área da Saúde

Biossegurança

Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização (diminuição) ou


eliminação de riscos inesperados às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento
tecnológico e prestação de serviços; riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do
meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

Rotinas com pessoal


Prevenção da disseminação de doenças infecciosas da equipe hospitalar para a comunidade e
pacientes
A prevenção aqui tem como foco o membro da equipe, portador de doença infecciosa, passível de
contaminação de terceiros:
Diarréia - Lavar as mãos cuidadosamente após usar o banheiro e antes do manejo de pacientes ou
equipamentos. Evitar trabalhar com crianças abaixo de 2 anos ou unidades de imunossuprimidos
Caxumba - O profissional deve ser afastado do trabalho até o término do período de transmissão;
observar os pacientes que tiveram contato.
Varicela - O profissional com varicela deve ser
afastado do trabalho até o término do período de
transmissão; observar os pacientes que tiveram contato.
Escabiose - O profissional deve ser afastado do
trabalho até 24 horas após início de terapia adequada.
Resfriado - O profissional deve lavar as mãos
cuidadosamente, usar a máscara e luvas de proteção para
contato direto com crianças menores que 2 anos de idade;
não entrar em contato com recém-natos, imunodeficientes
e portadores de cardiopatia congênita.
Herpes labial - Lavar as mãos, usar máscara,
evitar contato com recém-natos, imunodeficientes e
queimados.

Protocolo
Sarampo - Se o profissional não teve a doença
nem foi imunizado (suscetível) com contato, num tempo
inferior a 72 horas deve receber a vacina contra o
sarampo.
Coqueluche com tosse - Deve confirmar o
diagnóstico e ser afastado por 5 dias após o início da
terapia específica.
Outras doenças - Encaminhar-se ao
departamento de Médico do Trabalho ou obter orientações com a Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar.

Exposição a sangue e outros fluidos corporais


Protocolo
1. O funcionário exposto a sangue e outros fluidos corporais deverá realizar:
• Lavagem exaustiva com água e sabão, em caso de contaminação cutânea.
• Em caso de lesão de pele, aplicar uma solução anti-séptica (PVP-I, álcool iodado, álcool
glicerinado a 70%, clorhexidina a 2%), friccionando-a por pelo menos 30 segundos.
• Em caso de contaminação de mucosas, lavar com água (abundante) ou soro fisiológico.
• Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes, injeções locais) e a utilização de
soluções irritantes como éter, hipociorito ou glutaraldeído, são contra-indicados.
• Procurar imediatamente a Comissão ou Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, o Setor
de Medicina de Trabalho elou o Pronto Atendimento.

Exattus Escola de Profissões 51


Atendente na Área da Saúde

• O Setor de Pessoal deverá ser comunicado até 24 horas após a exposição acidental para
preenchimento do Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT).
2. O médico responsável pela assistência destas ocorrências deverá, com apoio do CCIH:
• Informar ao profissional exposto a chance de contaminação com Hepatite B ou C e AIDS,
conforme seu estado vacinal
• Orientar o uso de vacina ou imunoglobina conforme a situação epidemiológica para hepatite
B do funcionário exposto e do paciente.
• Preencher protocolo para acompanhamento epidemiolágico destes eventos, pois estes
dados poderão ser analisados no futuro. .
• Em caso de paciente internado, verificar situação epidemiológica para AIDS, Hepatites B ou
C. Exposição a doenças infecto-contagiosas.

Acidentes com Material Potencialmente Contaminado:


• HIV
• Hepatite B
• Hepatite C
• Diarréia Infecciosa
• ARSA (Anemia Refratária com Sideroblastos em Anéis)

Acidentes com Material Potencialmente Contaminado HIV


O risco ocupacional varia de 0,3 a 0,4%. O que fazer?
• Proceder como o Protocolo para Exposição a Sangue e outros Fluidos Corporais.
• A medicação do uso anti-retrovirais deve ser avaliada de acordo com a orientação médica
da CCIH e, quando indica da, deverá ser iniciada o mais rápido possível, sendo o ideal até
duas horas após o acidente. A duração da quimioterapia é de 4 semanas.
• Todo caso de acidente deverá ser encaminhado à CCIH do hospital, para que o mesmo seja
notificado e decidida ou não a utilização de anti-retrovirais, assim como para o
acompanhamento sorológico.

Testes para detectar a infecção pelo HIV


Há um risco de infecção menor que 1 % para profissionais de saúde de contrair o vírus HIV e as
ocorrências se devem à falta de medidas habituais de proteção, uma vez que apresenta vias de transmissão
específicas e medidas de proteção eficazes.
Testes para detectar soro-positividade contra HIV têm suas indicações e não devem ser realizados
de rotina, pois incorrem em problemas éticos, podem possibilitar falsos resultados e normalmente têm alto
custo (assunto regulamentado pelo MS).

São indicados em:


• Pessoas com risco de serem portadoras (auto-proteção) evitando a disseminação do vírus
(contatos) pertinentes à Saúde Pública - Informação e Orientação ao Portador;
• Manejo de infecções oportunistas, através de diagnósticos precoce, no curso de
tratamentos clínicos onde não há a resposta esperada - seja hospitalar ou ambulatorial.

Hepatite B
• O risco ocupacional varia de 0,5 a 43%.
• Recomenda-se que todos os profissionais de saúde, especialmente aqueles que têm
atividades em áreas críticas, sejam vacinados para o vírus da hepatite B.
• Para os profissionais de saúde com esquema vacina I incompleto, está recomendada a
realização de teste sorológico (anti-HBs) após a vacinação (um a seis meses após a última
dose) para confirmação da presença de anticorpos protetores.
• A gravidez e a lactação não contra-indicam a utilização da vacina para o vírus B.

Exattus Escola de Profissões 52


Atendente na Área da Saúde

• A maior eficácia na profilaxia da hepatite B com utilização de gamaglobulina hiperimune


(HBIG) poderá ser obtida dentro de 24 a 28 horas após o acidente e, se não vacinado, fazer
a primeira dose de vacina. Não há beneficio comprovado na utilização da HBIG após uma
semana do acidente.
• Todo caso de acidente deverá ser encaminhado à CCIH do hospital para que o mesmo seja
notificado e sejam adotadas medidas específicas e/ou acompanhamento sorológico.
• Em casos de não-vacinados de alto risco para contaminação acidental é recomendável
utilizar esquema de vacinação encurtado - 0, 4 e 8 semanas.
• Nos casos de não-vacinados com baixo risco de contaminação acidental é recomendável o
esquema de 0, 1 e 6 meses (dose completa, IM, preferencialmente no músculo deltóide).

Hepatite C
• O risco ocupacional ainda não é conhecido.
• O risco de transmissão do vírus da hepatite C está associado à exposição percutânea ou
mucosa à sangue ou outro material biológico contaminado por sangue.
• Não existe nenhuma medida específica eficaz para a redução do risco de transmissão após
exposição ocupacional ao vírus da hepatite C.
• Todo o caso de acidente deverá ser encaminhado à CCIH do hospital para que o mesmo
seja notificado e sejam tomadas as medidas específicas e acompanhamento sorológico.

Diarréias Infecciosas
• Observar sintomalogia em funcionários ou pacientes em contato com o portador de diarréia
com características infecciosas.
• Em surtos não-controlados ou causados por salmonella, sem fonte identificada, deve-se
colher coprocultura de toda a equipe hospitalar.
• Em caso de surto no berçário, funcionários e pessoas que tenham contato com o paciente
antes das medidas de precaução, deverão realizar coproculturas (3 amostras com intervalo
mínimo de 48 horas entre elas).
• Funcionário com coprocultura positiva, com ou sem clínica, deverá ser afastado das
atividades pelo período de no mínimo 2 meses; realizar copoculturas de controle; alta
ambulatorial após 3 exames negativos com intervalo de 48 horas entre eles.
• Justificam-se estes cuidados acima uma vez que a transmissão de Salmonella pode ser
prolongada em portador assintomático e as sequelas clínicas são severas em pacientes de
alto risco como recém-natos, idosos, imunocomprometidos e os gravemente doentes.
• Em geral, uma criteriosa higiene pessoal, principalmente a lavagem das mãos antes e
depois do contato com os pacientes, reduz grandemente o risco de transmissão de
patógenos entéricos, mas o uso de luvas plásticas descartáveis é fundamental para
controlar um surto.
• Boa higiene de rotina longe do trabalho diminui o risco de transmissão entre os contatos
familiares.

Biossegurança e o laboratório de análises clínicas (LAC)

Tendo em vista o alto número de amostras potencialmente contaminadas, manejadas em um turno


de trabalho em LAC, é altamente recomendável a adoção de medidas com o objetivo de reduzir ou eliminar
os riscos tanto para os técnicos, quanto para a comunidade e o meio ambiente.
• Os profissionais de saúde devem usar Equipamentos de Proteção Individual (EPI): avental
ou jaleco, luvas descartáveis, óculos de proteção, pipetadores manuais ou automáticos e,
quando necessário, protetor facial,
• É proibido comer e beber em ambientes onde se manipulam materiais e fluidos biológicos.
• Não se deve guardar alimentos e bebidas em armários, estantes, geladeiras ou
congeladores destinados a materiais e fluidos biológicos, reagentes e substâncias químicas.

Exattus Escola de Profissões 53


Atendente na Área da Saúde

• É proibido pipetagem com a boca.


• O descarte de materiais perfurocortantes deve ser feito em recipientes de paredes rígidas
contendo hipoclorito de sódio a 2% ou em caixas próprias para este fim.
• As agulhas não devem jamais ser reencapadas, entortadas, quebradas.
• As capelas de segurança biológica devem ser desinfetadas com álcool a 70%, sendo que
dentro das capelas deve permanecer apenas o material a ser utilizado.
• A formação e dispersão de aerossóis devem ser evitadas. A pipetagem, flambagem de
alças, abertura de frascos e ampolas, manipulação de seringas, agulhas, lancetas e outros
assemelhados podem gerar e propagar aerossóis.
• Centrífugas, agitadores e maceradores, quando manipulados sem as precauções e abertos
antes da parada total ou término da operação, também podem contaminar o ambiente
laboratorial.
• As placas de cultura jamais devem ser cheiradas.
• Observância rigorosa dos POP's.

Atitudes de risco para os funcionários


• Não lavar as mãos antes e após cada procedimento.
• Não usar luvas no manuseio de sangue ou fluidos corpóreos.
• Realizar reanimação respiratória boca a boca sem equipamento (intermediário) de barreira.
• Atendimento aos pacientes politraumatizados ou não, sem EPI.
• Não respeitar protocolos de limpeza e desinfecção de equipamentos e ambiente hospitalar.
• Usar luvas sem estar prestando assistência ao paciente.
• Manejar desnecessariamente agulhas.
• Falta de higiene e limpeza pessoal.
• Descarte de perfurocortantes em embalagens impróprias.

Medidas de prevenção coletiva

Os equipamentos de Proteção Coletiva são utilizados para minimizar a exposição dos trabalhadores
aos riscos e, em caso de acidentes, reduzir suas consequências.

São descritos como equipamentos de Proteção Coletiva:


Chuveiro de Emergência - Utilizado em caso de acidentes em que haja projeção de grande
quantidade de substâncias químicas, de sangue ou de outro material biológico sobre o profissional. O jato
de água deve ser forte para possibilitar a remoção imediata da substância, reduzindo os danos para o
indivíduo. A alavanca que aciona o equipamento deve estar instalada a uma altura que qualquer pessoa
possa acioná-la.
Lava-olhos - Equipamento utilizado em caso de acidentes na mucosa ocular. O jato de água deve
ser forte e dirigido aos olhos, para possibilitar a remoção imediata da substância, reduzindo os danos para o
indivíduo. Em geral, o lava-olhos é instalado junto dos chuveiros ou junto das pias.
Cuidados com perfurocortantes - Sinalização clara e objetiva no ambiente do hospital e suas
áreas dependentes.

Exattus Escola de Profissões 54


Atendente na Área da Saúde

Exames Diversos

No ambiente hospitalar, o diagnóstico ou o


acompanhamento evolutivo da doença (melhora ou piora do
quadro clínico) faz com que se utilize volumes crescentes de
exames, com equipamentos cada vez mais sofisticados.
Muitos equipamentos, no entanto, são básicos e
imprescindíveis ao bom funcionamento de um hospital,
baseando-se no tipo de tratamento a que se propõe ou
como complemento de outros tratamentos específicos.
As solicitações de exames devem obedecer a
convenção do hospital (protocolo), geralmente preenchidas
manualmente. Em hospitais informatizados proceder
conforme permissão do sistema instalado.

Raio X de Paciente no Leito


Ação
Nos exames de rotina deve-se encaminhar
previamente os pedidos preenchidos ao Serviço de Raio X
Î auxiliar os técnicos da radiologia a colocarem a chapa
sob o paciente para evitar acidentes com a desconexão de
equipos, arrancamento de cateteres, desconexão ou
tombamento de frascos de drenagem, etc. Î Proteger-se
no ato da emissão de raios Î Providenciar para que as radiografias sejam vistas pelo médico plantonista.
Notas
• Raio X de emergência geralmente dispensa o prévio envio da solicitação de exame.
Solicitar via telefone e entregar o pedido por escrito ao técnico na hora do exame - informar
tamanho do paciente e região a ser radiografada.
• Obedecer ao proto de retirada e devolução da chapa no Serviço de Raio X.

Ecografia Abdominal Definição


É um exame complementar que utiliza o ultra-som para obter imagens.
Ação
• Colocar o aparelho na posição correta para a realização do exame de acordo com o médico
que irá realizá-la.
• Disponibilizar uma bisnaga de gel e papel-toalha para o médico que irá realizar o exame.
• Ajudar o paciente a subir na maca, especialmente se for idoso ou debilitado, e ajudá-lo no
posicionamento adequado.
• Descobrir o abdome do paciente. Ele deve utilizar bata ou avental com a abertura para a
frente.
• Cuidar para que a temperatura da sala esteja confortável para o médico e para o paciente.
• Retirar gel da área examinada.
• Ajudar o paciente a se vestir ou vesti-lo.
• Colher os dados de identificação do paciente.
Notas
• Encaminhar solicitação do exame para realização dentro da Unidade, especificando a
urgência.
• Informar-se sobre a necessidade de qualquer preparo prévio ao exame ou infusão/ingestão
de líquidos para enchimento da bexiga vesical, etc.

Exattus Escola de Profissões 55


Atendente na Área da Saúde

Eletrocardiograma (ECG)
Definição
É o registro gráfico da atividade elétrica do músculo cardíaco por meio de um aparelho denominado
eletrocardiógrafo. Utilizado como auxiliar diagnóstico dos distúrbios anatômicos, metabólicos, iônicos e
hemodinâmicos, é considerado de grande valor para o diagnóstico das arritmias cardíacas.

Ação
• Colocar o paciente em decúbito supino com o tórax descoberto. Pedir ao paciente que retire
o relógio, se estiver usando.
• Umidificar a superfície de contato dos eletrodos com gelou álcool para melhorar a
condutividade.
• Para fazer o ECG é necessário treinamento da técnica, que é variável de acordo com o
modelo de
• eletrocardiógrafo. Deve-se tomar um cuidado especial para evitar a troca na posição dos
eletrodos, o que pode dificultar a interpretação do exame.
• Em casos da Unidade não ter o equipamento, solicitar um serviço que possa disponibilizar
tal exame (cardiologista, pronto socorro, etc.) Î preencher guia de solicitação Î Auxiliar na
realização do exame Î Fornecer papel-toalha para a remoção do gel Î Identificar o
paciente, sua idade e o horário da realização do exame Î Anotar quem realizou.

Observação
Algumas vezes é necessário realizar tricotomia dos locais no tórax, onde serão colocados os
eletrodos para facilitar a aderência dos mesmos.

Notas
• Se não souber realizar o exame, solicitar ao médico plantonista ou cardiologista a
realização do mesmo.
• Lembrar que eletrodos invertidos alteram o resultado do exame.
• Apresentar o exame realizado ao plantonista ou disponibilizá-lo para o solicitante.
• Encaminhar o ECG para o serviço de laudos após a sua identificação com o nome, a idade
do paciente e o horário de sua realização.

Ecocardiografia (Ecocardiograma)
(Doppler e Colordoppler)
Definição
É um exame complementar que utiliza o ultra-som para gerar imagens. É um dos principais
instrumentos de apoio à decisão clínica em cardiologia.
Compõe-se, basicamente, de 4 modalidades:
• Modo M (mede dimensões das câmaras cardíacas).
• Modo Bidimensional (além das medidas, proporciona uma visão da anatomia e da
movimentação das estruturas do coração).
• Doppler (mede o fluxo de sangue e os gradientes intracavitários).
• Doppler Colorido (auxilia na detecção do fluxo em pacientes com sopros, comunicações
intra-cardíacas).

Ação
• Colocar o aparelho na posição correta para a realização do exame, de acordo com o
médico que irá realizá-lo.
• Pedir aos pacientes que descubram o tórax, se lúcido. As pacientes devem utilizar uma bata
ou avental com a abertura para frente.

Exattus Escola de Profissões 56


Atendente na Área da Saúde

• Disponibilizar uma bisnaga de gel e papel-toalha para o médico que irá realizar o exame.
• Cuidar para que a temperatura da sala esteja confortável para o médico e para o paciente.
• Ajudar o paciente a subir na maca, especialmente se for idoso ou debilitado, e ajudar no
posicionamento adequado do paciente, geralmente em decúbito lateral.
• Colher os dados de identificação do paciente, inclusive com peso e altura.

Observações
Os médicos ecocardiografistas costumam realizar os exames com os pacientes e os aparelhos
posicionados de modo diferente.
É o exame mais importante para diagnosticar malformações congênitas.

Ecodoppler Vascular
Equipamento que também utiliza ultra-som, analisa anatomia e fluxo em artérias e veias do
pescoço, tórax, membros e abdome.
Utilizado para identificação de placas (ateroma), grau de estenose (obstrução parcial ou total) ou
dilatações (aneurismas) nas artérias.
Nas veias, avalia o fluxo e presença de trombose (coágulo dentro da veia) e presença ou não de
refluxo (insuficiência venosa que é a causa de varizes).
A limitação dos dois exames é a presença de osso ou de ar diante da estrutura a ser analisada.

Observações
Exames de veia cava inferior, veias ilíacas, veia porta, veia mesentérica superior, veias renais, aorta
abdominal e artérias ilíacas e renais. Necessitam preparo e jejum prévio.
Equipamentos móveis (portáteis) permitem a realização deste exame em pacientes em unidades de
internamento.

Arteriografia e Tomografia
Tomografia
Técnica radiográfica que permite obter a radiografia de determinado plano de um órgão.
Arteriografia
Radiografia das artérias que se obtém após injeção de material radiopaco na corrente sanguínea.
• Preparo para arteriografia renal, pulmonar, membros inferiores, etc. = jejum (drenar SNG
gastrostomia) + tricotomia inguinal.
• Preparo para tomografia = jejum (drenar SNG, gastrostomia).
Ação
Realizar o preparo prévio, inclusive com substâncias de contraste, conforme o prescrito ou orientado
Î Acompanhar o paciente para o exame com os equipamentos apropriados de transporte Î Aguardar a
realização do exame atentando para as necessidades de manutenção do paciente no local (drogas, bombas
infusoras, ventiladores mecânicos) Î Remover o paciente para a unidade de internação após o término do
exame.

Notas
• O paciente deve ser conduzido em maca.
• Se houver manutenção de bainhas pós-exame (arteriografia), impedir movimentos do
membro afetado.
• A não ser em caso de emergência, a solicitação, bem como autorizações de exames,
deverão ser obtidas com antecedência e o horário marcado no serviço do exame.
• Paciente com Ventilação Mecânica exige presença de Enfermeira ou Fisioterapeuta do
turno bem como médico do serviço solicitante do exame (cirúrgica, médica, torácica, etc.)
em determinados tipos de exames.
Exattus Escola de Profissões 57
Atendente na Área da Saúde

• Muitos pacientes necessitam de drogas sedativas durante o exame.


• Verificar cargas dos cilindros de oxigênio quando o transporte se der com Ventilação
Mecânica.

Exattus Escola de Profissões 58


Atendente na Área da Saúde

Quimioterapia

Comentários Gerais
As drogas citotóxicas são substâncias capazes de restringir a proliferação de células tumorais
atuando em diversas fases do ciclo celular. Entretanto, elas também atuam sobre o ciclo celular de células
normais, produzindo toxicidade.
As principais características que tornam estas substâncias perigosas são:
• Genotoxicidade;
• Carcinogenicidade;
• Teratogenicidade;
• Evidência de toxicidade mesmo após baixas doses.
O preparo de medicamentos citotóxicos envolve muito mais do que o manipulador dos mesmos,
pois a quimioterapia é baseada em regras internacionais e nacionais bastante rígidas e abrangentes.
O guia para o Preparo Seguro de Agentes Citotóxicos da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em
Oncologia – SOBRAFO- enumera vários itens para se obter a segurança desejada:

Estrutura Física (Com áreas distintas)

Área de lavagem de material


• Deve ser separado dentro da área limpa, sendo classificado como grau D (classe 100.000).
• Deve dispor de meios e equipamentos para limpeza dos materiais antes de sua entrada na
área de manipulação.

Área de manipulação
A manipulação deve ser feita sob fluxo laminar em área, grau A ou B(classe 1000) circundada por
grau C (classe 10.000).
• Deve ser contígua a sala de vestuário, tendo a primeira pressão positiva em relação a segunda.
• Deve possuir superfícies lisas, teto rebaixado, paredes laváveis e canto nados arredondados, a
fim de facilitar a limpeza.
• Deve ser feito controle microbiológico periódico.
• A limpeza deve ser feita ao final da manipulação e ao início deve ser verificada a condição de
limpeza e os registros.
• É proibido o uso de cosméticos, jóias e relógio de pulso, com o intuito de evitar contaminação
por partículas.
• Acesso restrito a pessoas treinadas e paramentadas.
• Deve haver um programa de validação e monitoração do controle ambiental e dos funcionários.
• Não é permitido o uso de ralo, mesmo sifonado.

Área de vestuário
• Deve ser fechada e, preferencialmente, com dois ambientes para troca de roupa, quando
necessário.
• Deve possuir portas alternadas e pressão positiva em relação à área externa.
• Os lavatórios devem possuir torneiras ou comando que dispensem o contato com as mãos para
o fechamento da água.

Equipamentos
Cabine de Segurança Biológica Classe II B2 (com 100% de exaustão externa, sem recirculação de
ar), refrigerador, gerador, ecram, sistema de vedação de produto manipulado, lava-olhos e chuveiro.

Exattus Escola de Profissões 59


Atendente na Área da Saúde

EPI - Equipamento de Proteção Individual

Envolve macacão impermeável e, geralmente, uso de duplo par de luvas, estéreis (muitas vezes
com descartes imediatos após o manejo em determinadas drogas); gorro, óculos com protetores laterais,
máscara. Em caso de descontaminação de área deve-se utilizar máscaras de proteção respiratória de
carvão ativo com filtro de partículas, pois as máscaras cirúrgicas não protegem contra a inalação de agentes
citotóxicos.

Exattus Escola de Profissões 60


Atendente na Área da Saúde

Atribuições do Farmacêutico
Esta área é regida pela resolução n° 288, de 21 de março de 1996; área extensa, onde as
recomendações aos farmacêuticos incluem, mas não se
restringem ao que segue:
• Processo de seleção e compra de
medicamentos e materiais;
• Participação na Equipe Multiprofissional
em Oncologia, se possível participando de
reuniões e discussões de casos clínicos e
atividades didáticas e científicas da
equipe; - avaliação farmacêutica da
prescrição médica;
• Manipulação de drogas citotóxicas em
ambiente e condições assépticas,
obedecendo critérios de segurança e
validação do processo;
• Treinamento e informação a todos os
profissionais envolvidos no manuseio de
drogas citotóxicas (limpeza, almoxarifado,
enfermagem, etc.);
• Determinação do prazo de validade das
preparações.

Procedimentos
Os procedimentos devem ser escritos,
minuciosamente, desde a seleção e compra de
medicamentos e materiais, incluindo identificação e
registros de erros de medicação.

Assistência ao Paciente
A análise de prescrição deve ser o momento de maior interferência do farmacêutico, principalmente
pela possibilidade de atuar em caráter preditivo, minimizando os erros.

Documentação
Tabelas, registros, protocolos de tratamento, controle da sala de preparação, padronização de
medicamentos e materiais e, se possível, registro de controle microbiológico.

Saúde Ocupacional
Realização obrigatória de exames médicos na admissão, periodicamente (se possível a cada 6
meses), na demissão, quando afastado (após retorno ao trabalho) e alteração de função.

Nota
Ainda, no referido guia, 5 anexos complementam as orientações:
1. Técnica de Preparo de Citotóxicos.
2. Treinamento do Manipulador.
3. Recebimento, Armazenamento e Transporte.
4. Conduta em Acidentes: Derrame, Quebra, Acidentes Pessoais.
5. Descarte de Resíduos Citotóxicos.

Exattus Escola de Profissões 61


Atendente na Área da Saúde

Infusão de Quimioterápicos

Protocolo
1. Utilizar equipos de soros, especiais para medicações fotossensíveis.
2. Nunca furar o frasco de soro com quimioterápicos.
3. Vigiar o acesso venoso, se for periférico, em busca de flebite; se ocorrer, refazer a punção em
outro local.
4. Em caso de extravasamento interromper imediatamente a infusão.
5. Os extravasamentos de drogas antineoplásicas devem receber o primeiro cuidado com gelo,
exceto os alcalóides da vinca que deve ser com água morna e Procedimentos e Conduta em
extravasamento de citotóxicos.
6. Observar o paciente durante a infusão de quimioterápicos quanto à: náusea, vômitos, volume
urinário, hipertermia, hipotensão, taquicardia, sudorese, palidez, intolerância ao antiemético.

Notas
De acordo com as normas de cadastramento de serviços de alta complexidade em tratamento do
câncer no SUS:
• Devem existir rotinas escritas, atualizadas a cada 4 anos, assinadas pelo responsável para
cada área;
• Os centros de tratamento de câncer devem garantir internação do paciente quando
necessária;
• Cada paciente deve ter um prontuário com todas as informações sobre sua doença e
tratamento a que se submeteu, devidamente assinado pelo responsável;
• Todo preparo de medicamentos antineoplásicos deve ser realizado pelo farmacêutico em
cabine de fluxo de ar laminar classe 11 82.

Prevenção e Conduta em Extravasamento de Citotóxicos

Os farmacêuticos utilizados na quimioterapia do câncer podem ser extremamente irritantes caso


extravasem ou infiltrem-se nos tecidos ao invés de permanecerem na vasculatura.

Vesicantes
Substâncias cujo extravasamento produz vesículas, destruição dos tecidos ou ambos.
• Vesicantes
Carmustina, dactinomicina, doxorubicina, epirrubicina, idarrubicina, mecloretamina, melfano,
mitomicina C, vinblastina, vincristina, vinorelbina.

Irritantes ou não-vesicantes
Substâncias capazes de produzir dor no local da punção ou ao longo da veia, com ou sem reação
inflamatória.
• Não-vesicantes ou irritantes
Cisplatina, dacarbazina, docetaxel, gemcitabina, mesna (não diluído), oxaliplatina, paclitaxel,
tiotepa.

Mínima irritação
Metotrexate, mitoxantrona.

Exattus Escola de Profissões 62


Atendente na Área da Saúde

Nenhuma irritação
L-asparaginase, bleomicina, carboplatina, ciclofosfamida, citarabina, cladribina, fludarabina,
fluorouracil, ifosfamida, interferon, irinotecan, leucovorina, mercaptoupurina, topotecan.

Os fármacos classificados como vesicantes podem causar necrose extensa. A doxorubicina, a


epirubicina e a mitomicina C fixam-se ao DNA, reciclam-se localmente e podem causar escarificação
progressiva do tecido por várias semanas, requerendo excisão e enxertia cutânea.
A fim de evitar este tipo de problema deve-se tomar todo cuidado em certificar-se de que esses
fármacos sejam administrados em veia intacta com um bom fluxo sanguíneo livre.
A droga pode vazar de sítios de punções anteriores recentes, ou de veias ocluídas por qualquer
causa como, por exemplo: roupas apertadas, massas obstrutivas ou coágulos.
O sítio de inserção não deve se localizar distalmente a uma punção venosa recente ou num braço
com circulação comprometida. Selecionar se possível, uma veia grande não-adjacente à articulação ou
estruturas que possam causar algum transtorno particular caso ocorra necrose de tecido (punho ou mão).
Recomenda-se a seguinte preferência venosa:
1. Veias do antebraço.
2. Dorso da mão.
3. Punho.
4. Fossa antecubital.

Protocolo
1. Instruir o paciente a relatar qualquer sintoma de dor, ardor, prurido, formigamento ou sinal
de rubor e edema durante a infusão do quimioterápico.
2. O uso de filme adesivo transparente pode ser útil para manter a área puncionada sob
constante observação.
3. Estabelecer novo local IV, ao invés de usar IV preexistente.
4. Selecionar uma veia grande, se possível longe de articulações, nervos ou tendões, como no
antebraço (aquecimento com água ou bolsa quente pode ajudar a dilatar as veias). Podem
ser utilizadas as veias das mãos, mas o extravasamento nessa área causa lesão grave.
5. Evitar dar "tapinhas" sobre a veia. Isso poderá lesioná-la, alem de ser dolorido. Para
enchimento venoso, pressionar o local da punção com o polegar, no sentido distal-proximal,
solicitando ao paciente movimentos de abrir e fechar as mãos.
6. Caso a primeira tentativa de punção não seja bem sucedida, recomenda-se a escolha de
outro vaso, distante do primeiro.
7. Recomenda-se que fármacos vesicantes sejam administrados antes dos não-vesicantes.
8. Não administrar drogas vesicantes em infusão contínua por "scalp" ou "jelco" por mais de
30 minutos.
9. Fazer punção venosa limpa, de preferência usando cateter intravenoso de calibre
apropriado ou "butterfly". Deixar visível o local de entrada da agulha, para que possa ser
vigiado durante a infusão.
10. Em caso de administração em "push" em veia periférica, injetar o quimioterápico no ejetor
lateral do equipo com lentidão suficiente para evitar cessação ou reversão do gotejamento.
Vigiar a ponta da agulha para verificar extravasamento e verificar retorno de sangue a cada
2-3 ml durante a injeção.
11. Fazer lavagem completa da via IV com, no mínimo, 50 ml de solução salina ou soro
glicosado a 5%.
12. Elevar o membro e manter pressão suave no sítio de punção venosa por 5 minutos após a
retirada da agulha.
13. Evitar veias puncionadas há mais de 24 horas, ainda que com bom retorno venoso.
14. Ao se administrar quimioterapia, por intermédio de um aparelho de acesso venoso
totalmente implantado, deve-se inserir uma agulha de ponta Huber diretamente na cúpula
do dispositivo em ângulo de 90 graus com a pele, até que entre em contato com o assoalho
do aparelho. Primeiramente deve-se aspirar o sangue, a fim de se certificar da localização

Exattus Escola de Profissões 63


Atendente na Área da Saúde

na veia. Deve-se, então, infundir imediatamente uma injeção em bolus de 25 ml de solução


salina antes que possa ocorrer coagulação, com a finalidade de garantir fluxo livre sem
edema ou desconforto local. Em seguida à infusão da medicação, deve-se lavar o aparelho
com 20 ml de solução salina e por fim com 10 ml de solução de heparina.
15. Evite puncionar membros irradiados edemaciados, com disfunção motora, etc.

Sinais e Sintomas de Extravasamento


Redução ou parada do fluxo de infusão.
• Aumento da resistência à infusão.
• Queixa do paciente.
• Edema e/ou eritema.
• Dor.

Nota
Deve-se deixar a mão uma bandeja de extravasamento em toda área de assistência onde se
administre quimioterapia a pacientes.
Cada área estabelecerá um procedimento de verificação mensal do conteúdo das bandejas. A
bandeja de extravasamento deve conter:
1. Solução tópica de dimetisulfóxido (DMSO) a 99%.
2. Seis frascos de 1 ml de injeção de hialuronidase a 150 U/ml em refrigerador.
3. Creme de hidrocortisona a 1 %.
4. Frasco de 10 ml de injeção de tiossulfato de sódio a 25%.
5. Frasco de 10 ml de água estéril para injeção.
6. Seringa de 10 ml (para o preparo de tiossulfato de sódio).
7. Agulhas de calibre 25 x 7.
8. Seringas de 3 ml.
9. Marcador de tinta preta indelével.
10. Compressa de gelo - no congelador.
11. Compressas de gaze estéreis e fita adesiva.
12. Tipóia.

Extravasamentos Vesicantes
1. Parar de injetar imediatamente.
2. Notificar o médico responsável.
3. Desconectar o equipo IV da agulha de punção venosa e tentar aspirar o máximo possível de
droga em seringa limpa.
4. O uso de qualquer outro antídoto que não o dimetisulfóxido (DMSO) requer prescrição médica.

Algumas Drogas e Extravasamento


Doxorubicina, Daunorubicina, Epirubicina e Mitomicina
• Aplicar solução tópica de DMSO a 99% numa área duas vezes maior que a afetada pelo
extravasamento, deixar secar com o ar, não cobrir e repetir 4 vezes por dia, no mínimo durante
7 dias.
• Elevar o membro em que ocorreu o extravasamento.
• Fazer um círculo com tinta indelével ao redor da área afetada.
• Se possível, obter uma fotografia colorida da área afetada no prazo de 4 horas.

Exattus Escola de Profissões 64


Atendente na Área da Saúde

Vincristina, Vinblastina ou Vinorelbina


• Aplicar compressa quente na área de extravasamento durante 1 hora, cuidando para evitar
lesão dos tecidos por calor excessivo.
• Injetar no subcutâneo (agulha 25) 1000 U de hialuronidase ao redor do local (sentido horário)
em doses divididas; caso o paciente não possa tolerar as injeções subcutâneas, anestesiar a
superfície da pele com anestésico local.
Mecloretamina
• Injetar 2,5 ml de tiossulfato de sódio 1/6 molar (1,6 ml de solução de tiossulfato de sódio a 25%
com 8,4 ml de água estéril), via IV; para ser de utilidade, isso deve efetuar-se imediatamente
após o extravasamento e de preferência por meio da mesma agulha, a fim de se certificar de
estar injetando no mesmo plano tecidual do extravasamento.

Extravasamentos de Outras Drogas


• Aplicar gelo envolvido numa toalha ou compressa fria na área durante 1 hora, cuidando para
evitar lesão por frio.
• Aplicar creme de hidrocortisona a 1% na área e cobrir com gaze estéril.
• Aplicar tipóia se o edema for significativo.

Nota
• Os pacientes devem ser seguidos de perto de tal maneira a se tomar providências apropriadas.
• Se a necrose for inevitável, deve-se remover cirurgicamente a escara e realizar enxertia
imediata.

Observação
Todo lixo de quimioterápico é considerado resíduo químico especial, não devendo se manipulado
nem ser desprezado em qualquer lixo (somente em lixo próprio, devidamente rotulado). Os Resíduos
Sólidos dos Serviços de Saúde obedecem à legislação extensa a respeito do assunto.

Comentários Gerais
O Sistema Único de Saúde (SUS), que é o responsável por 90% da cobertura no país, atendeu no
ano de 2003 mais de 1,3 milhão de pessoas nesse tipo de procedimento (quimioterapia).

Exattus Escola de Profissões 65


Atendente na Área da Saúde

Farmácia Hospitalar

A farmácia hospitalar dos anos


40 evoluiu, de simples oficinas ou
boticas hospitalares supridoras das
necessidades diárias (produção dos
próprios soros), para instalações semi-
industriais (produção de medicamentos)
e, posteriormente, para o atendimento
às necessidades do perfil assistencial
do hospital em relação aos
medicamentos e outros produtos
farmacêuticos.
Na fase moderna, a partir da
década de 80, a farmácia deixou de se
restringir aos aspectos técnico-
científicos ligados ao medicamento,
atuando também no gerenciamento das
atividades, buscando redução de
custos, racionalização de trabalho e
garantia do uso adequado dos
medicamentos.
Pode-se dizer que hoje a farmácia hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-
científica e administrativa, com desenvolvimento de atividades ligadas à produção, armazenamento,
controle, dispensação e distribuição de medicamentos (e correlatos) às unidades hospitalares, além de
orientação de pacientes internos e ambulatoriais, buscando eficácia terapêutica, redução de custos e
propiciando um vasto campo para ensino, pesquisa e aprimoramento profissional.

A Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) define como objetivos principais da


Farmácia Hospitalar:
• Contribuir para a qualidade de assistência prestada ao paciente, promovendo uso seguro e racional
de medicamentos e correlatos;
• Desenvolver em conjunto com a Comissão de Farmácia e Terapêutica a seleção de medicamentos
necessários ao perfil assistencial do hospital;
• Fornecer subsídios para avaliação de custos com assistência farmacêutica e para elaboração de
orçamentos.
Para isso deve apoiar-se em eficientes sistemas de informações, de controles, da manipulação
correta dos fatores de custo, além do planejamento e gerenciamento adequado do serviço.

Serviço de Farmácia Hospitalar

O Programa de Controle de Infecção Hospitala (PCIH) inclui a presença de farmacêuticos do


Serviço de Farmácia em Comissões de Controle de Infecção Hospitalar, como consultores. É o farmacêutico
a complementação fundamental na formação da equipe multiprofissional para atuar no controle das
infecções hospitalares, sendo importante sua presença para a implantação, principalmente da política de
controle de antimicrobianos.
Algumas de suas atividades mesclam-se com a dos outros profissionais da equipe, mas existem as
atribuições que lhe são próprias.

A Farmácia e Materiais Médico-hospitalares


Na aquisição de materiais médico-hospitalares importa observar algumas recomendações com
relação à embalagem do produto antes de sua liberação para uso. Se esta recepção for realizada pelo
Almoxarifado, deverá ser feita por pessoal treinado e sob supervisão da farmácia:

Exattus Escola de Profissões 66


Atendente na Área da Saúde

Número de registro no Ministério de Saúde (Divisão de Medicamentos - DIMED/MS);


• Processo de esterilização a que foi submetido;
• Data da esterilização;
• Prazo de validade da esterilização;
• Número do lote;

o Nos casos de rótulos com validade indeterminada, considerar 2 anos após a data de
esterilização. Não utilizar materiais após a data de vencimento, pois não há garantia de
esterilidade.
o Verificar, ainda, a integridade da embalagem de qualquer material antes de liberá-Io para uso.
o Evitar a incidência da luz nos materiais, altas temperaturas (estufas ou motores próximos ao
local de estocagem) e umidade excessiva, evitando a alteração e contaminação dos produtos.
o Não armazenar grandes quantidades de materiais nas unidades.
o Devolver sempre ao estoque o excedente, corretamente identificado.

A Farmácia Hospitalar pode ter, de acordo com a instituição a que pertence várias atribuições:
• Fornecimento de material industrializado sem manipulação (questionável a presença do
profissional para esta atribuição);
• Manipulação de produtos industrializados para dispensação de doses individuais;
• Industrialização de produtos medicamentosos e correlatos;
• Manejo artesanal de medicamentos e correlatos.

Soluções Parenterais de Grande Volume (SPGV), Medicamentos e Correlatos

A aquisição de soluções parenterais de grande volume (SPGV), bem como de outros produtos
médico-hospitalares deve ser protocolada. A seleção de fornecedores qualificados garantem ao hospital a
prestação de um serviço da melhor qualidade.
O protocolo facilita o desempenho do Departamento de Compras, que com o auxílio da Farmácia
poderá realizar aquisições no mercado, em condições favoráveis à instituição, utilizando ou não as licitações
(instituições privadas).
A seleção de medicamentos e demais produtos médico-hospitalares é um processo dinâmico,
contínuo, multidisciplinar e participativo. Assegura ao hospital acesso aos medicamentos e SPGV
necessários. Adotando critérios de eficácia, segurança, qualidade e custo, promove a utilização racional dos
medicamentos.

Cadastramento dos Fornecedores


O hospital deverá manter informações cadastrais pertinentes das empresas fornecedoras de
produtos médico-hospitalares.

Informações administrativas do laboratório


• Inscrição na DIMED/SNVS/MS, instalações físicas, recursos humanos e qualificação do
laboratório.

Informações técnicas
Água - Procedência, tratamento e ensaios realizados pelo controle de qualidade.
Plásticos - Tipo de matéria-prima utilizada a suas características, ensaios realizados pelo controle
de qualidade.
Matéria-prima farmacêutica - Procedência, ensaios realizados no controle de qualidade
Produto acabado - Ensaios realizados no controle de qualidade, procedimentos de esterilização
(descrever), rotinas. Anexar a cópia de cada produto registrado na DIMED/SNVS/MS.

Exattus Escola de Profissões 67


Atendente na Área da Saúde

Armazenamento - Tipo necessário de embalagem, posição dos frascos, empilhamento máximo (na
indústria, no transporte, no armazenamento), condições gerais de estocagem recomendada.
Recebimento - O recebimento das SPGV, medicamentos e demais produtos médico-hospitalares
deverá ser acompanhado por pessoal técnico qualificado.
Amostragem - Por meio de técnica de amostragem serão observados em todos lotes entregues:
Identificação - Nome do produtor, concentração da solução, data da fabricação, data da validade, número de lote e
registro na DIMED/SNVS/MS.
Condições de acondicionamento - Aspecto externo das embalagens (danos na estrutura física
das caixas), presença de umidade, condições de fechamento das caixas de papelão, presença ou não do
lacre.
Condições de transporte - Temperatura durante o transporte e condições do mesmo, tipo de
veículo e cuidados na descarga.
Laudo técnico - Cada lote, individualmente, deverá vir acompanhado no momento da entrega, de
laudo técnico emitido pelo fabricante, segundo as normas da Farmacopéia Americana 213 Ed.
Testes variados - Serão efetuados testes de tração, volume, pH e integridade das embalagens
plásticas, para cada lote, individualmente, obedecendo à técnica de amostragem.
As unidades que não estiverem de acordo com o protocolo deverão ser imediatamente recusadas
no momento da recepção ou devolvidas posteriormente, mediante resultados de outros testes.
Registrar em livro próprio de controle.
Estocagem - Após a liberação pelo controle de qualidade/recepção das SPGV, as mesmas serão
encaminhadas ao Almoxarifado ou Central de Abastecimento Farmacêutico para armazenamento.
Neste local específico de armazenamento vários cuidados devem ser observados:
• Umidade
O armazenamento das SPGV deve ser em local seco, sobre estrados de madeira, devendo
os frascos ficar sob forma ordenada, obedecendo o afastamento do solo (estrados), os espaços
laterais necessários para circulação e manuseio e no mínimo a 15 em da parede.
Se for observada presença de umidade nas embalagens ou frascos ou qualquer outra
alteração, todas as unidades deverão ser separadas e encaminhadas ao controle de qualidade.
• Empilhamento
Deve ser organizado de forma a permitir uma boa ventilação entre as embalagens e fácil
identificação. Deve ser seguida a orientação do fabricante quanto ao número máximo de caixas
permitidas para o empilhamento.
• Cuidados de Manejo
Os processos de transporte interno e armazenamento nas unidades devem ser realizados de forma
a evitar choques violentos nas embalagens.

Condições de Armazenamento de Medicamentos


A Organização Mundial de Saúde (OMS) define como condições normais de armazenamento os
parâmetros: locais secos, bem ventilados, com temperatura variando entre 15°C e 25°C, chegando a 30°C
em algumas zonas climáticas. A Farmacopéia Brasileira e o Regulamento de Medicamentos Genéricos
definem situações de temperatura:
• Em congelador: 0°C a menos °C
• Em refrigerador: 2°C a 8°C
• Local fresco: 8°C a 15°C
• Temperatura ambiente: 15°C a 30°C
• Local quente: 30°C a 40°C
• Calor excessivo: mais de 40°C

Exattus Escola de Profissões 68


Atendente na Área da Saúde

Dispensação de Dose Individual

Comentários Gerais
A dispensação individual envolve a participação e responsabilidade específica do farmacêutico. Nas
instituições em que o sistema de Dispensação Individual (incluindo as Soluções Enterais e Parenterais) está
implantado, um protocolo geral deve ser rigorosamente seguido; naqueles em implantação ou em estudo
para tal, o protocolo deverá ser levado em conta. Vários fatores interferem na implantação e/ou
implementação de um sistema de distribuição de medicamentos, como:
• Ausência de supervisão técnica adequada;
• Característica hospitalar como complexidade, tipo de edificação e fonte mantenedora;
• Gestão eficiente de estoque;
• Existência de controle de qualidade de produtos e processos;
• Manual de normas e rotinas aplicável.

Prescrição
A prescrição médica para
dispensação em dose individual para
24 horas deve ser feita, sem rasuras,
em duas vias (carbonada ou
informatizada), perdendo sua
validade após este prazo. Deve
conter identificação e especificação
completa:
• Nome do paciente;
• Registro;
• Clínica;
• Data e hora da prescrição;
• Nome e posologia do
medicamento;
• Instruções e frequência de
administração;
• Nome, CRM (carimbo) e
assinatura do médico;
• Em caso de nutrição parenteral deverá ser informada a fórmula e a quantidade de frascos.

Determinados medicamentos terão dispensação sob solicitação especial:


• Quimioterápicos;
• Antimicrobianos;
• Tuberculostáticos;
• Psicotrópicos;
• Entorpecentes;
• Medicamentos não-padronizados (formulário próprio);
• Antimicrobianos não-padronizados (justificativa por escrito para a farmácia ou ccih).

Observações
• Os medicamentos que não forem utilizados nas 24 horas, por alta, óbito ou transferência,
deverão ser devolvidos.
• As clínicas terão estoques apenas de medicamentos de emergência, que serão repostos
após o uso (em nome do paciente que usou).

Exattus Escola de Profissões 69


Atendente na Área da Saúde

Rotulagem
O rótulo dos frascos de Nutrição Enteral ou Parenteral deverá ser impresso e conter:
• Nome do paciente;
• Registro;
• Clínica e leito;
• Data e horário de preparo;
• Fórmula com a quantidade dos componentes;
• Gotejamento indicado;
• Prazo de validade e número sequencial do controle;
• Nome do responsável técnico pelo preparo.

Preparo de Enterais e Parenterais

O preparo intra-hospitalar de soluções de Nutrição Parenteral é de responsabilidade do


farmacêutico, conforme a legislação, e devem ser preparadas com cuidados estritos de assepsia, em sala
especial com os devidos anexos e equipamentos para sua operação.
Todos os equipamentos a serem utilizados no preparo da nutrição parenteral, de uso pessoal ou de
manejo dos produtos, deverão ser esterilizados (gorro, máscara, avental, campos cirúrgicos, luvas,
seringas, agulhas, equipos de transferência, utensílios de inox) e estar disponível em uma ante-sala para
utilização quando solicitado.
A dispensação deverá ser feita em cestilhos apropriados, evitando o mau manuseio e assegurando
que chegue ao paciente nas mesmas condições do preparo.
A cabine de Segurança Biológica deve ser específica para o fim a que se destina.
Hospitais que não possuam pessoal habilitado, além de instalações e equipamentos adequados,
devem buscar o seu fornecimento em serviços terceirizados.

Armazenamento
O armazenamento das Soluções Enterais e Parenterais deve ser feito sob refrigeração constante
entre 4 e 8°C e retirados, no máximo, 2 horas antes da administração, para atingir a temperatura ambiente.
O controle da temperatura da geladeira deve ser diário, por meio de termômetros que registrem
máxima e mínima, verificadas pelo menos 2 vezes ao dia e registradas em um mapa para controle das
oscilações.

Validade
As Soluções Parenterais terão sua validade por um período máximo de 72 horas.

Auto de Inspeção
O laboratório de preparo de Soluções Parenterais deverá receber periodicamente a visita de
técnicos do hospital, para a realização de um auto de inspeção em suas instalações, em que será cumprido
o roteiro para inspeção de indústrias farmacêuticas, conforme instrução da DIMED/MS.

Controle de Qualidade
O controle microbiológico e de pH das soluções deverá ser feito após cada solução preparada.
O transporte das soluções deve ser feito em recipientes térmicos exclusivos, de modo a garantir que
a temperatura se mantenha entre 2°C e 20°C, por um tempo superior a 12 horas, protegido da luz solar.
Culturas de rotina da superfície ou do ar ambiente não têm valor.

Cuidados na Administração de SPGV


• Inspecionar visualmente (contra fundo claro e escuro) todos os frascos utilizados, para
detectar a presença de partículas visíveis.

Exattus Escola de Profissões 70


Atendente na Área da Saúde

• Efetuar anti-sepsia com solução alcoólica durante 30 segundos no local a ser perfurado ou
cortado. Deixar secar.
• Em última necessidade, deixar a agulha no frasco de soro, mantendo-a sempre vedada com
tampa estéril ou algodão hidrófobo.
• Não utilizar o "corta-plast".
• Não utilizar tesoura para abrir o frasco.
• Em caso de problema, comunicar a CCIH.

Soluções Parenterais com Partículas Visíveis

Na presença de partículas visíveis em Soluções Parenterais, industrializadas ou artesanais, seguir


protocolo para identificar ou dirimir suspeitas/dúvidas.

Protocolo
• Verificar o número do lote, produtor e qual o material.
• Encaminhar o frasco-problema aos laboratórios de micologia e bacteriologia para cultura.
• Coletar amostras do material nas clínicas e unidade de internação em número
correspondente a 10% do total existente.
• Efetuar a cultura dos 50% dos frascos coletados.
• Efetuar o teste de violeta genciana.

Observação
Para cultura bacteriológica realizar a incubação em 5 (ou mais) tubos de tioglicolato por, pelo
menos, 7 dias.
Teste de Violeta Genciana: mergulhar os frascos em água com solução alcoólica de violeta
genciana a 1 % e deixar, no mínimo, por 6 horas. Se houver penetração do cortante, significa que há
microfuros.

Se positivo os itens acima:


• Remeter novas amostras e algum instituto credenciado, municipal ou estadual ou federal -
Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR). Instituto Nacional de Controle de Qualidade
em Saúde (INCQS), para esterilidade e pirogênios.
• Intermediar o uso do material no hospital até a obtenção dos resultados das amostras.
• Enviar comunicada à firma produtora.
Se negativo:
• Conclui-se ser problema de frasco isolado, provavelmente por armazenamento inadequado.

Observações
• Esta normativa deve ser executada pela CCIH.
• Após sua realização deve ser preenchido um protocolo específico para controle.

Exattus Escola de Profissões 71


Atendente na Área da Saúde

Primeiros Socorros
Procedimentos iniciais:
Mantenha-se calmo, inspire confiança - evite pânico.

Parada Respiratória
Sinais Graves
Ausência de movimentos do tórax, arroxeamento da
face, inconsciência, imobilidade.

Causas
• Gases venenosos, vapores químicos ou falta de
oxigênio
• Afogamento
• Sufocação por saco plástico
• Choque elétrico
• Abalos violentos resultantes de explosão ou
pancadas na cabeça
• Envenenamento por ingestão de sedativos ou
produtos químicos
• Soterramento
• Sufocação por corpos estranhos nas vias aéreas do bebê, da criança, do adulto.

Respiração Artificial Respiração de Socorro


Há três métodos de respiração de socorro: boca a boca, boca-nariz e método normal de respiração
artificial de Sylvester.

Estado de Choque
Sinais
Pele fria, sudorese, palidez de face, respiração fraca, visão turva, pulso fraco, semiconsciência,
vertigem ou queda ao chão.
Causas
• Queimaduras
• Ferimentos graves ou externos.
• Esmagamentos
• Perda de sangue
• Envenenamento por produtos químicos
• Ataque cardíaco
• Exposições extremas ao calor ou frio
• Intoxicação por alimentos
• Fraturas

Providências
Avaliar rapidamente o estado da vitima e estabelecer prioridades. Manter a vitima deitada, se
possível com as pernas elevadas 25 a 35 cm, afrouxar as roupas e agasalhar a vitima.

Exattus Escola de Profissões 72


Atendente na Área da Saúde

Desmaio
Sinais
• Palidez, suor, pulso e respiração fracos.

Providências
Sentar ou deitar a vítima. Abaixar a cabeça e realizar leve pressão sobre a nuca.

Parada do Coração Causas:


• Ataque Cardíaco
• Choque Elétrico
• Estrangulamento
• Sufocação
• Reações alérgicas graves
• Afogamento
Procedimento:
Massagem Cardíaca Externa.

Hemorragia
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos. Não perca tempo.
Procedimentos
Faça pressão diretamente sobre a ferida para estancar a hemorragia. Nunca use torniquete para
hemorragia - exceto perna e/ou braço amputado, esmagado ou dilacerado.

Hemorragia Interna Sinais


Pulso fraco, pele fria, suores abundantes, palidez intensa e mucosas descoradas, sede, tonturas.

Hemorragia Nasal (Epistaxe)


Procedimentos
Posicionar a cabeça para trás e comprimir a narina sangrante durante 5 minutos e soltar levemente.

Hemorragia dos Pulmães (Hemoptise)


Procedimentos:
Deitar a vitima em posição lateral, realizar compressas frias, se possível, aguardar a chegada do
socorro médico

Hemorragia do Estômago (Hematêmese)


Sinais
Enjôo (náusea), dor, vômitos com sangue escuro (borra de café).
Procedimentos
Colocar a vítima sentada ou deitada com a cabeça elevada. Compressas frias (Gelo) sobre o
epigástrico e aguardar socorro medico.

Lesões nos Ossos e Articulações Lesões na Espinha (Coluna) Providências


Cuidado no atendimento e no transporte (imobilização correta).

Fraturas
O primeiro socorro consiste apenas em impedir o deslocamento das partes fraturadas, evitando
maiores danos.

Exattus Escola de Profissões 73


Atendente na Área da Saúde

Não desloque ou arraste a vítima até que a região suspeita de fratura tenha sido imobilizada, a
menos que haja perigo eminente (explosões, trânsito, etc.).

Luxacões ou Deslocamentos das Juntas (braço, ombro)


• Tipóia.

Entorses e Distensões
• Trate como se fosse fraturas.
• Aplique gelo e compressas frias no local.

Contusões
Providências
Repouso do local (imobilização), compressas frias.
Qualquer vítima que estiver inconsciente pode ter sofrido pancada na cabeça (concussão cerebral).

Ferimentos
A. Ferimentos Leves ou Superficiais
Procedimentos
Faça limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio cromo ou iodo e
cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao Pronto Socorro ou UBS.
Não tente retirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.

B. Ferimentos Extensos ou Profundos


(Caso haja hemorragia, siga as instruções anteriores)
1. Ferimentos Abdominais Abertos
Procedimentos:
Evite mexer em vísceras expostas, cubra com compressa úmida e fixe-a com faixa, removendo a
vítima com cuidado ao pronto-socorro mais próximo.
2. Ferimentos Profundos no Tórax
Procedimentos
Cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar para o interior do tórax, durante
a inspiração.
Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da
vítima.
3. Ferimentos na Cabeça
Procedimentos
Afrouxe suas roupas, mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal, agasalhada, faça compressas
para conter hemorragias, removendo-a ao PS mais próximo.

C. Ferimentos Perfurantes
São lesões causadas por acidente com vidros, metais, etc.
1. Farpas
Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze.
2. Atadura
Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho.
3. Bandagem
Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma
parte do corpo lesada.

Exattus Escola de Profissões 74


Atendente na Área da Saúde

Cuidados:
• A região deve estar limpa.
• Os músculos devem estar relaxados.
• Começar das extremidades dos membros lesados para o centro.
Importante:
Qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve ser
afrouxado imediatamente.

Torniquetes
São utilizados somente para controlar hemorragias nos casos em que a vítima teve o braço ou a
perna amputada ou esmagada.

Queimaduras
Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo e uma queimadura. Quando
o corpo entra em contato com:
• Chama, brasa ou fogo.
• Vapores quentes.
• Líquidos ferventes.
• Sólidos super aquecidos ou incandescentes.
• Substâncias químicas.
• Emanações radioativas.
• Radiações infra-vermelhas e ultra-violetas.
• Eletricidade.
Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a
"Choque de queimadura" e pode morrer se não receber
imediatamente os primeiros socorros.

Pequena Queimadura
A que atinge menos de 10% do corpo
1 ° GRAU - ex: raios solares.
2° GRAU - formação de bolhas na área atingida.
3° GRAU - atinge tecidos mais profundos.
Importante: O risco de vida (gravidade), está na extensão da superfície atingida devido ao estado
de choque e contaminação da área (infecção bacteriana).
Procedimentos:
Visa prevenir o estado de choque e contaminação.
Não faça:
• Não fure as bolhas
• Evite tocar a área queimada.

Queimaduras Químicas (ácidos - soda cáustica, outros produtos químicos)


• Pequenas - Lavar o local com água corrente.
• Extensas - Retirar toda a roupa atingida e lavar abundantemente com água a região.
Não Faça:
• Não aplique unguentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias em
queimaduras.
• Não retire corpos estranhos ou graxas das lesões.
• Não fure as bolhas existentes.
• Não toque com as mãos na área afetada.

Exattus Escola de Profissões 75


Atendente na Área da Saúde

Queimadura nos Olhos


• Lavar os olhos com soro fisiológico.
• Vendar os olhos com gaze umedecida.
• Levar ao médico com urgência.

Transporte de Acidentados
Antes de providenciar a remoção da vítima:
• Controle hemorragias e respiração.
• Imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas.
• Procure puxar corretamente o ferido segundo a técnica para um local seguro afim de iniciar
os primeiros socorros.
• Ao levantar uma vítima de acidente, proceda com os cuidados adequados, preservando a
integridade da coluna cervical, solicitando sempre a ajuda de uma ou duas pessoas
presentes.

Ataque Cardíaco (Angina, Tromboses, Enfartes, etc.)


Sinais e Sintomas
Dor, respiração, suores, vômitos e outros sinais.
Providências
Mantenha a pessoa sentada ou deitada, desaperte-lhe as roupas, cubra-o se sentir frio, não tente
transportá-lo sem ajuda ou supervisão medica. Somente lhe dê algum medicamento se o mesmo já faz uso
e costuma tomar nas emergências.

Envenenamento
Intoxicação grave causada por produtos nocivos ao organismo (drogas, gases, ervas venenosas,
produtos químicos, comidas diferentes, etc.) Ligue para C.C.1. (Centro de Controle de Intoxicações).
Sinais e Sintomas
Hálito característico, observar cor das mucosas, dor abdominal, tonturas, etc.
Procedimentos
1. Venenos Ingeridos
o Provoque o vômito.
o Dê o Antídoto Universal.
ƒ 02 Partes de torradas queimadas.
ƒ 01 Parte de leite de magnésia.
ƒ 01 Parte de chá forte.
o Mantenha a vitima agasalhada.
o Respiração de Socorro (método Sylvester).
o Leve ao médico ou Hospital o recipiente com restos do veneno ou o rótulo. Ao ligar
para o C.C.I. tenha todos os dados da ocorrência: hora da ingestão, idade da
vítima, como ela se encontra no momento e, se possível, o nome do produto
ingerido. Não se esquecer de ter caneta e um papel para anotar possíveis condutas
imediatas a serem feitas.
2. Venenos Aspirados
Sinais e Sintomas
• Palidez de pele, cianose de lábios, falta de ar, perda dos sentidos.
Procedimentos:
• Areje o ambiente.
• Aplique respiração pelo método de Sylvester.

Exattus Escola de Profissões 76


Atendente na Área da Saúde

• Remova-o imediatamente para um Hospital.

3. Envenenamento Através da Pele


• Lavar abundantemente por 15 minutos em água corrente.

4. Contaminação dos Olhos


• Lave com água ou soro fisiológico mantendo as pálpebras abertas até chegar ao Hospital.

Acidentes Provocados pelo Calor


• Insolação
Ação dos raios solares, sobre um a pessoa, por tempo
prolongado (praia, campo, mesmo nas grandes cidades)
• Internação
Ação do calor sobre pessoas que trabalham em ambientes
fechados a altas temperaturas.
Exemplo: caldeiras, fornos, etc. Sinais e Sintomas
Pele quente e vermelha, posteriormente, palidez facial,
sudorese intensa, respiração rápida, batedeira, vertigens e agitação.
Procedimentos:
Deve-se visar diminuir a temperatura do corpo. Retire a
vítima do local, umedeça a cabeça e o tronco com água fria, ofereça
líquidos a vontade.

Acidentes pelo Frio


Sinais e Sintomas
Limitação dos movimentos dos membros, palidez facial, pele fria, cianose, lábios e extremidades,
dores articulares sem inconsciência e vertigens.
Procedimentos
Deve-se visar aquecer a parte atingida com um banho morno, roupas quentes, exercícios, etc.

Corpos Estranhos
Pequenas partículas de vidro, madeira, poeira, carvão, areia ou limalha, grãos diversos, sementes
insetos mosquitos, formigas, moscas, besouros, etc. que podem penetrar nos olhos, nariz e ouvidos.
• Olhos
o Piscar os olhos para permitir que as lágrimas lavem e removam pequenas partículas. Não
tente retirá-los e nem esfregue os olhos com os dedos. Se não der certo, faça outros
procedimentos.
o Pálpebra sobre pálpebra.
o Irrigar o olho com soro fisiológico, água limpa com conta gotas, ou embaixo de uma torneira
abrir pouco deixando a água escorrer sobre o olho atingido.
o Quando o corpo estranho estiver no "branco" do olho e for terra ou areia, poder-se-a tentar
retirar delicadamente com um cotonete.
o Se o corpo estranho estiver fixo ao globo ocular não tente retirá-lo, coloque uma compressa
ou pano limpo ocluindo os dois olhos para evitar movimentos conjugados e leve a vítima ao
hospital imediatamente.
• Nariz
o Tente expelir o ar pela narina com corpo estranho fazendo certa pressão com a boca fechada
e o outro lado comprimido com o dedo.

Exattus Escola de Profissões 77


Atendente na Área da Saúde

• Ouvidos
o Não introduza nenhum instrumento pequeno, quando o corpo estranho for inseto coloque
algumas gotas de óleo caseiro dentro do ouvido atingido.

• Garganta
o Mantenha-se ao lado da vítima e de forma calma peça para que ela tussa várias vezes, com a
intenção de expelir o corpo estranho.
o Aplique alguns golpes com a mão em concha no meio das costas, com o tronco levemente
fletido para frente.
o Tentar Manobra de Heimlich.
o Não obtendo sucesso realizar respiração boca a boca com a vítima deitada em decúbito
dorsal até a chegada de socorro médico.

Mordidas de Cobras Venenosas


Descubra a cobra que picou a vítima e leve-a para identificação, se possível.
O soro antiofídico polivalente pode ser usado com vantagens, quando a cobra for cascavel,
jararaca, urutu, jararacuçu, cotiara.

Diferenças entre venenosos e não-venenosos Venenosos



Fosseta lacrimal, cabeça triangular, olhos pequenos, cauda afinando abruptamente,
escamas com desenhos irregulares, 02 presas no maxilar superior.
Não-venenosos
• Cabeça arredondada, olhos grandes, cauda longa e afinando gradativamente, dentes
pequenos e mais ou menos iguais, não tem fosseta lacrimal.

Picadas de Escorpião, Lacraia, Centopéia e Aranhas


• Procure um medico imediatamente.
• Na ausência ou falta do médico, aplique o soro especifico se possível dentro da primeira
hora da mordida.
• Coloque compressa de álcool sobre o local da picada.
• Aplique, também, gelo ou compressas frias.
• Mantenha a vítima em repouso.

Mordidas de Animais Raivosos


• Quem for mordido por um animal, deve suspeitar de raiva e mantê-lo em observação até
prova em contrário. (10 dias).
• Mesmo vacinado o animal pode, as vezes, apresentar a doença.
• Todas as mordidas de animais devem ser vistas por medico.
Procedimento imediato:
o Lave a ferida com água e sabão.
o Pincele com mercúrio-cromo ou similar.
o Encaminhe a um médico.

Picadas e Ferroadas de Insetos


• Pessoas alérgicas podem sofrer reações graves.
Procedimento:
o Retire o "ferrão" do inseto. Pressione o local.
o Aplique gelo ou lave em água fria.
o Procure socorro médico.

Exattus Escola de Profissões 78


Atendente na Área da Saúde

Convulsões
• Ataque de Epilepsia
o Se durar mais de 15 minutos chame um medico.
o Antes do socorro, proteja o corpo da vítima para que ela não se machuque contra objetos,
afastando-os.
o Não segure seus membros e aguarde socorro.

• Convulsões Febris em Crianças


Ocorre subitamente quando a temperatura do corpo atinge 39 a 40·C
o Dê um banho frio e mantenha uma toalha de água com álcool sobre o corpo, levando-a
rapidamente ao PS.

Perturbação Mental
• Situações em que as pessoas apresentam distúrbios de comportamento como
agressividade, perda de memória, agitação.
o É necessário agir com calma e paciência para controlar e conduzir adequadamente ao
atendimento médico de urgência.

Alcoolismo
A ingestão de álcool pode trazer sensações prazerosas. Com o excesso, pode provocar sérios
problemas para o individuo no seu meio familiar e social. Ingestão crônica causa cirrose, distúrbios
psicóticos e "delirium tremens".
Não faça:
• Não discuta com o doente.
• Não seja áspero ou autoritário.
• Não segure o doente, salvo para impedi-lo de ferir a si mesmo ou a outrem.

Parto Súbito
Parto é um ato natural
Procedimentos
• Chame um médico ou providencie transporte para um Hospital, quando possível.
• Higiene das mãos, tesoura, barbante e panos limpos.
• Cuidados com o recém-nascido, se o mesmo não estiver respirando aplique-lhe respiração
boca-boca.
• Mantenha a calma, converse com a parturiente transmitindo-lhe confiança.
• Acomode-a em decúbito dorsal elevando seu tronco.
• Cubra seu abdômen com um lençol limpo e esteja preparado para segurar o bebê se este
vier a nascer até a chegada ao Hospital mais próximo, caso você esteja levando a
parturiente num carro particular e o parto desencadear.

Não Faça:
• Não interfira no processo de parto.
• Não lave a película de cor esbranquiçada que cobre o corpo do recém-nascido. Ela protege
a pele.
• Nenhuma medida deve ser tomada com relação aos olhos, ouvidos, nariz e boca do bebê.
• Jamais puxe ou tracione o cordão umbilical ligado a mãe enquanto ela expulsa a placenta.
• Encaminhe sempre mãe e filho ao hospital, mesmo que ambos estejam bem.

Exattus Escola de Profissões 79


Atenden
A nte na Á
Área da
a Saúde
e

Doenças no Bra
asil

A vida
v agitada nos grandess centros urb banos, a faltta de
exercícios físicos,
f o esttresse, a poluição, a alimmentação
rápida e rica
r em go ordura e aççúcar e o consumo
excessivo ded bebidas alcoólicas e ta abaco estãoo causando
diversas doenças
d no
os brasileiro os. Advindo os destes
problemas, são mais comuns,
c noss grandes ce entros
urbanos, doenças com mo o cânce er, o diabettes e
doenças do o coração,
Enq quanto isso, na zona rura al e nas perifferias das
grandes cid dades, aume entam os ca asos de doenças infeccio osas e
parasitáriass, em função das péssimas condiçõe es de higienee. A falta de
água tratad da e o deficiente sistema de esgo oto nas reg
giões norte e
nordeste do Brasil tem m sido a causa de vá árias doença as, como, por p
exemplo: có ólera, malária
a, diarréia e hanseníase..

ncipais Doe
Prin enças no Bra
asil

Doe enças do ap parelho circuulatório


Estee tipo de doença faz partep do gruupo que ma ais mata em m nosso paíss. Podemos s citar como o
exemplos: derrame,
d hip
pertensão e infarto. São doenças que se desenvvolvem no co orpo humano o em função o
de compon nentes genétticos associados ao estilo de vida e hábitos de d alimentação. O fumo, a bebida a
alcoólica, o estilo de vid
da sedentárioo e estressan
nte estão com
mo causas principais
p desstes tipos de
e doenças. A
alimentação o com excesso de gorduras animais, carboidratos s e sal també
ém prejudica
am o sistema a circulatório
o
o coração, podendo
p proovocar tais do
oenças.

ncer
Cân
De acordo comm os últimos dados, verificou-se que o câncer a segunda do oença que mais
m mata noo
Brasil. O câ
âncer é caussado por uma a multiplicaçção excessivaa de células em determinadas regiõe es do corpo..
Se não trata
ados a tempo, podem se e espalhar pe elo corpo (metástase) e acometer
a vá
ários órgãos, provocando o
a morte do paciente. Os
O tipos de câncer
c mais comuns são o: câncer dee pele, cânccer de mama a, câncer dee
pulmão, câncer de próstata entre outros. Há um u fator gen nético no deesenvolvimen nto do cânc
cer, porém a
alimentaçãoo e os hábito
os de vida também estão o relacionado
os ao desenvvolvimento de câncer. Fuumantes, porr
exemplo, poossuem uma a maior probabilidade de desenvolverem o cânce er de pulmãoo. O diagnóstico rápido e
tratamentoss com quimiooterapia ainda são os reccursos dispon níveis mais usados
u no co
ombate ao cââncer.

Doeenças respirratórias
As doenças resspiratórias mais comuns são: bronqu uite, asma e pneumonia. Atingem priincipalmentee
os habitantes dos granndes centross urbanos, que respiram m um ar de péssima
p qua
alidade. O monóxido
m dee
carbono e o dióxido de carbono (gás carbônico)) são gases resultantes
r d queima de
da e combustíveeis fósseis e
são altamente prejudiciais ao sisteema respirattório do ser humano. A inalação dee gases poluuentes pode e
provocar o apareciment
a to destes tipo
os de doençaas.

Diabete
É uma doença causada porr fatores gen néticos e tam
mbém por háábitos alimen
ntares não addequados. A
obesidade, por exemplo o, pode dessencadear a diabete. As pessoas qu ue tem diabeete precisa de
d cuidadoss
rigorosos, pois
p correm o risco de terem probleemas como:: amputação o de órgãos causados porp necrose,,
cegueira, le
esões renaiss etc. O acoompanhamen nto das taxa as de açúca
ar no sangue e é fundame ental para o
paciente quue tem diabeete. O tratam
mento pode ser
s feito com m dietas em casos
c mais ssimples ou com
c injeçõess
de insulina, para casos mais gravess.

Exa
attus Esc
cola de Profissõe
P es 800
Atendente na Área da Saúde

AIDS
A AIDS é uma doença recente e que ainda não possui uma cura definitiva. É provocada pelo vírus
conhecido como HIV que é transmitido através de várias formas: relações sexuais, compartilhamento de
seringas, contato com sangue contaminado etc. Embora não haja cura, o soropositivo pode levar uma vida
normal tomando um coquetel de remédios que controla a presença do vírus no organismo. O vírus HIV é
mutante e, por isso, tem dificultado a criação de uma vacina ou de um remédio que o elimine definitivamente
do organismo. A utilização de preservativos em relações sexuais e o não compartilhamento de seringas
injetáveis ainda são as medidas mais eficientes para se evitar a doença.

Dengue
Esta doença é provocada pela picada do mosquito Aedes Aegypti. Foi considerada doença
epidêmica na década de 1980, fazendo centenas de vítimas fatais no Brasil. É uma doença que cresce na
época do verão, pois o mosquito precisa da umidade e de água parada para depositar os ovos. As
campanhas educativas têm surtido efeitos positivos na diminuição da doença. As recomendações para
diminuir a proliferação do mosquito transmissor são: não deixar água parada e eliminar os focos de
reprodução do mosquito.

Cólera
A cólera é uma doença típica de regiões que sofrem problemas de abastecimento de água tratada.
A sujeira e os esgotos a céu aberto ajudam no aumento de casos da doença. A região nordeste do Brasil é
a que mais sofre com este problema. Água limpa e tratada, tratamento de esgoto e condições ambientais
adequadas dificultam a proliferação da doença.

Hanseníase
Popularmente conhecida como lepra, a hanseníase é causada por uma bactéria conhecida como
Mycobacterium leprae. Esta doença causa lesões na pele, principalmente nos braços e pernas, podendo
também atingir as cartilagens e o sistema nervoso do paciente. O tratamento é feito com a utilização de
remédios, porém é de longa duração.

Hepatite
Já foram registrados e estudados três tipos de hepatites virais: A, B e C. O mais grave é o tipo C,
pois em estado avançado pode provocar câncer de fígado e cirrose. O contágio pode ocorrer através do
contato com sangue contaminado ou relações sexuais sem uso de preservativo. O vírus se instala no fígado
do doente e pode se manifestar muitos anos depois, quando a doença já está num estágio avançado. A
hepatite dos tipos A e B, mais comuns, podem ser transmitidas através de alimentos ou água contaminada.

Leishmaniose
Esta doença é causada por um protozoário que aparece nas vísceras, no intestino ou na pele da
pessoa infectada. A forma mais comum é a que se manifesta na pele do paciente. O hospedeiro transmissor
da doença é um inseto que ao picar o ser humano transmite o protozoário. Regiões de favelas ou áreas com
poucas condições de higiene favorecem o desenvolvimento do mosquito, facilitando a transmissão da
doença.

Sarampo
É uma doença infecto-contagiosa provocada por um vírus. É transmitida através de gotículas de
saliva contaminada que pode ser transmitida de uma pessoa contaminada para uma saudável. Em seu
estágio avançado, começa a aparecer manchas pequenas e avermelhadas na pele que, com o tempo,
começam a secar. As campanhas de vacinação têm feito diminuir este tipo de doença no Brasil. Sintomas
do sarampo: febre alta, mal estar, tosse, coriza, conjuntivite e falta de apetite.

Malária
O hospedeiro transmissor da malária é o mosquito Anopheles darling. A região amazônica é que
possui o maior número de casos da doença. A grande quantidade de rios e o clima quente e úmido
favorecem a proliferação do mosquito transmissor.

Exattus Escola de Profissões 81


Atenden
A nte na Á
Área da
a Saúde
e

Vacinaç
ção e Enffermagem
m

Vac
cinas

Os programas de vacinação visam a extensão o da


cobertura vacinal
v para
a a proteçãão comunitá ária de todaa a
população.
A enfermagem
e atua nesta área tanto no
n atendimen nto
público, noss postos de saúde, com
mo no atendim mento privad
do,
clínicas de vacinação. Faremos
F algumas considderações gerais
sobre os aggentes imuniizantes que fazem partee de nosso dia-a-
d
dia, vias ded aplicação, dose, cu uidados de enfermage em e
calendário atual
a de vacinas.

Vaccina BCG (contra tuberc


culose)
Vaccina BCG liofizada, obbtida pela atenuação do
Mycrobacte
erium bovis.
• Via de aplicação:
a in
ntradérmica.
• Dose: única
ú de 0,1 ml.

Cuidados de en
nfermagem:
• Orientar a mãe sobrre a vacina.
• Verificar a validade do produto.
• Assegurar o armaze
enamento do
o produto.
• Conservvar em gelad
deira (4 a 8°C
C). É inativad
da quando exposta a raio
os solares.
• Aplicar preferencialm
mente no bra
aço direito na
a inserção do músculo deltóide.
• ar a aplicaçã
Registra ão em cartão
o de controle de vacinaçã
ão.
• Orientar a mãe sobrre a data da próxima vac
cina e campa
anhas.

Vaccina DPT - Tríplice


T (contra tétano, difteria
d e coqueluche)
Vaccina tríplice é uma asssociação de e toxóide diftérico, Bord
detella pertu
ussis inativa
ada, toxóide
e
tetânico.
• Via de aplicação:
a in
ntramuscular profunda.
• Dose: três.

Cuidados de en
nfermagem:
• Orientar a mãe sobrre a vacina.
• Verificar a validade do produto.
• Assegurar o armaze
enamento do
o produto.
• Conservvar em gela
adeira (4 a 8°C). Não deixar
d conge
elar, pois o congelamen
nto inativa o
produto
o.
• Aplicar em via intram
muscular pro
ofunda em músculo
m vasto
o-lateral da ccoxa ou glúte
eo.
• ar a aplicaçã
Registra ão em cartão
o de controle de vacinaçã
ão.
• Orientar a mãe sobrre a data da próxima vac
cina e campa
anhas.

Vac
cina DT - Diffteria e Téta
ano
Esta a combinada contra a diffteria e o téta
a é a vacina ano. Ela pod
de ser para a vacinação de criançass
(DT) e adulttos (dT).

Exa
attus Esc
cola de Profissõe
P es 822
Atendente na Área da Saúde

• Dose: a vacina dupla infantil (DT) é indicada em crianças até seis anos e onze meses de
idade que tenham contra-indicação médica para receber o componente "pertussis" da
vacina tríplice (DPT). A vacina dupla adulto (dT) é indicada a partir de sete anos para
pessoas que não tenham recebido a DPT ou dupla infantil (DT), ou em estado imunitário
desconhecido.
• Via de aplicação: intramuscular profunda.
• Vacina dupla infantil: esquema tríplice (DPT)
• Vacina dupla adulto: duas doses com intervalo de 60 dias e uma terceira dose seis meses
após a segunda dose.

Cuidados de enfermagem:
• Orientar a mãe sobre a vacina.
• Verificar a validade do produto.
• Assegurar o armazenamento do produto.
• Conservar em geladeira (4 a 8°C). Não deixar congelar, pois o congelamento inativa o
produto.
• Aplicar em via intramuscular profunda em músculo deltóide, vasto-lateral da coxa ou glúteo.
• Registrar a aplicação em cartão de controle de vacinação.
• Orientar a mãe sobre a data da próxima vacina e campanhas.

Vacina VOP - Poliomielite


Vacina oral que contém três tipos de polivírus atenuados.
• Dose: três

Cuidados de enfermagem:
• Orientar a mãe sobre a vacina.
• Verificar a validade do produto.
• Assegurar o armazenamento do produto.
• Conservar em geladeira entre 4 e 8°C.
• Não contaminar o frasco, que não deve entrar em contato com
a boca da criança, utensílios e móveis.
• Aplicar outra dose se a criança regurgitar ou vomitar
imediatamente após a administração da vacina.
• Registrar a administração em cartão de controle de vacinação.
• Orientar a mãe sobre a data da próxima vacina e campanhas.

Vacina VS - Sarampo
Vacina de vírus atenuado.
• Dose: duas.
• Vias de administração: subcutânea.

Cuidados de enfermagem:
• Orientar a mãe sobre a vacina.
• Verificar a validade do produto.
• Assegurar o armazenamento do produto.
• Conservar em geladeira entre 4 e 8°C.
• Registrar a administração em cartão de controle de vacinação.

Exattus Escola de Profissões 83


Atendente na Área da Saúde

• Orientar a mãe sobre a data da próxima vacina e campanhas.

Vacina TI - Antitetânica
Vacina contra tétano - toxóide tetânico
• Doses: idem a vacina dupla adulto (dT)
• Vias de administração: intramuscular

Cuidados de enfermagem:
• Orientar a mãe sobre a vacina.
• Verificar a validade do produto.
• Assegurar o armazenamento do produto.
• Registrar a administração em cartão de controle de vacinação.
• Orientar a mãe sobre a data da próxima vacina e campanhas.

Observação: Nos casos de gestantes e ferimentos, a vacinação deve ser realizada com orientação
e acompanhamentos médicos.

Novas Vacinas
As novas vacinas devem ser administradas com orientação e prescrição médicas.
• Hepatite A
• Hepatite B
• Meningite AC
• Varicela
• Contra Haemophilus tipo B
• Antipneumocócica
• Antigripal

Vacina dos Adultos


A vacina anti-hepatite B é indicada a profissionais como enfermeiras, técnicos e auxiliares de
enfermagem, cirurgiões e dentistas que possam ter contato com sangue ou secreções.
A vacina contra difteria e tétano deve ser repetida a cada 10 anos a partir dos 15 anos.
Para facilitar o entendimento sobre a vacina a ser administrada de acordo com a idade, deve-se
observar os calendários básicos de vacinação de acordo com os órgãos competentes da área da saúde
local.

BCG
Ao nascer:
A vacina BCG é indicada principalmente para prevenir as formas graves da tuberculose, como a
forma miliar (tuberculose miliar) e a meníngea (meningite tuberculosa), mais frequentes em crianças
menores de um ano de idade. Por isso, deve-se vacinar o bebê ao nascer ou durante o primeiro mês de
vida, o mais precoce possível. Crianças que receberam BCG a 6 meses ou mais, nas quais está ausente a
cicatriz vacinal, indica-se a revacinação sem necessidade prévia da realização do teste tuberculínico (PPD).
Está indicada, também e o mais precocemente possível, para as crianças HIV positivas assintomáticas e
filhos de mães HIV positivas. Recomenda-se adiar a vacinação de crianças recém nascidas com peso
inferior a 2000g (devido a escassez do tecido cutâneo) e quando houver presença de afecções
dermatológicas extensas em atividade.

Outras situações:
A vacina BCG pode ser aplicada em qualquer idade. Segundo recomendação da Coordenação
Nacional de Pneumologia Sanitária, com objetivo de conferir maior proteção aos profissionais da área da

Exattus Escola de Profissões 84


Atendente na Área da Saúde

saúde que exercem atividades em hospitais e instituições onde haja permanência de pacientes com
tuberculose ou AIOS, frequentemente expostos, portanto à infecção, deve-se vacinar com BCG todos os
não reatores e fracos reatores ao teste tuberculínico, incluídos os novos profissionais admitidos nestes
serviços. Também, considerando-se a norma estabelecida pela Coordenação Nacional de Dermatologia
Sanitária, deve-se vacinar com BCG os comunicantes de casos de hanseníase com duas doses de vacina,
administradas com intervalo mínimo de seis meses, devendo-se considerar a presença de cicatriz vacinal
como primeira dose, independentemente do tempo transcorrido desde a aplicação que provocou seu
aparecimento.

Contra-indicação:
A vacina BCG é contra-indicada em casos de imunodeficiência congênita ou adquirida, inclusive
indivíduos HIV positivos que apresentem sintomas da doença. Não é recomendado o uso da BCG durante a
gravidez. Assim, havendo indicação de vacinar a mulher, deve-se aguardar o término de sua gestação.

Vacina contra Hepatite B


Aplicar a primeira dose dentro das primeiras 12 horas de vida ou, pelo menos, antes da alta
hospitalar, a fim de prevenir a infecção perinatal pelo vírus da hepatite B (transmissão vertical).
No Brasil, deve ser vacinada contra a hepatite B a população menor de 2 anos de idade, à exceção
dos estados da Amazônia legal, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal, onde está
recomendada a vacinação dos menores de 20 anos. Em todo o país, devem ser vacinados os grupos de
risco para hepatite B, em qualquer idade. O esquema básico constitui em 3 doses, com intervalo de 30 dias
da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose. Em caso de atraso da
segunda dose, o intervalo mínimo para a terceira deve ser de no mínimo 2 meses. O Programa Nacional de
Imunizações está implementando gradativamente a vacinação em todo o país para a faixa etária menor de
20 anos. A vacina pode ser aplicada em qualquer idade e simultaneamente com outra vacina do calendário
básico.
Esta vacina encontra-se também disponível nos centros de referência para imunobiológicos
especiais, durante todo o ano, para indivíduos portadores de condições clínicas específicas.

Vacina Oral contra a Poliomielite (VOP ou Sabin)


Na rotina:
O Brasil já tem a poliomielite erradicada, assim como a Região das Américas e do Pacífico
Ocidental, mas a doença ainda ocorre em alguns países do mundo. Assim, o esquema básico deve ser
garantido a todas as crianças menores de 5 anos de idade no território nacional e, além disso, é importante
que os viajantes internacionais, em qualquer idade, que se deslocam a país com circulação viral, garantam
uma dose de reforço antes da partida e, caso não tenham comprovação do esquema básico' completo, que
o recebam, preferentemente antes da exposição. Da mesma forma, aqueles que chegam do exterior,
provenientes de algum dos citados países, devem receber uma dose da vacina oral, imediatamente após
sua chegada e, posteriormente, os menores de 15 anos necessitam certificar-se, num posto de vacinação,
da complementação do esquema básico, considerando, para isto, os documentos comprobatórios
individuais apresentados (cartões de vacina), desde que claramente registrados, independentemente do
país que os emitiu.

Em campanhas:
No Brasil, existem duas campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite, por ano. Nestas
oportunidades, devem receber uma dose da vacina oral (Sabin) todas as crianças de zero a quatro anos de
idade, independente da situação vacinal.

Casos especiais:
Os indivíduos portadores de imunodeficiência adquirida ou congênita, inclusive AIDS, e seus
comunicantes domiciliares, suscetíveis, e os transplantados da medula óssea devem também ser protegidos
contra a poliomielite. Para estes casos, está à disposição a vacina inativada (Salk), nos centros de
referência para imunobiológicos especiais. As crianças assintomáticas com infecção pelo HIV podem
receber a vacina oral.

Exattus Escola de Profissões 85


Atendente na Área da Saúde

Vacina DTP (Tríplice Bacteriana - Contra Difteria, Tétano e Coqueluche)


A vacina DTP é um produto indicado para crianças até os 6 anos de idade, tendo em vista seu
componente pertussis contra a coqueluche. Após esta faixa etária, a vacina a ser utilizada é a dT (dupla
bacteriana tipo adulto - contra difteria e tétano).
Profilaxia:
Choro persistente e febre alta pós-vacinação anterior com DTP.
Recomenda-se administrar antitérmico/analgésico profilático, de preferência o paracetamol (15
mg/Kg via oral), no momento da vacinação com DTP e com intervalos regulares durante as 24 a 48 horas
seguintes, quando após uso anterior da vacina houve choro persistente e incontrolável nas primeiras 48
horas, por 3 ou mais horas, e/ou temperatura de 39,5°C ou mais, sem outra causa identificável, nas
primeiras 48 horas. Do tétano, em casos de ferimentos graves. Em caso de ferimento com alto risco de
tétano, antes dos 7 anos de idade, seguir o esquema terapêutico profilático.

Substituição da DTP:
A vacina DTP deve ser substituída pela DT (dupla bacteriana infantil - contra difteria e tétano) em
casos de encefalopatia nos primeiros sete dias após o seu uso retirando-se assim o componente pertussis
para a continuidade do esquema. Nos casos de convulsões nas primeiras 72 horas e de síndrome
hipotônica - hiporresponsiva nas primeiras 48 horas, completar o esquema com a vacina DTP acelular,
disponível nos centros de referência para imunobiológicos especiais.

Vacina contra Haemophilus Influenzae tipo B


Caso, a partir dos 12 meses de idade, a criança não tenha recebido as 3 doses básicas, deverá
receber uma única dose, o mais precoce possível, nos casos: menores de 4 anos em 2001 e menores de 5
anos em 2002.

Importância de se vacinar precocemente:


A incidência da meningite por Haemophilus influenza tipo b nos países em desenvolvimento é mais
alta durante o primeiro ano de vida, mais especialmente nos menores de 6 meses de idade, por isso a
grande importância de se observar o esquema básico, vacinando-se oportunamente. A doença é pouco
comum depois dos 5 anos de idade. Esta vacina está disponível nos centros de referência para
imunobiológicos, durante todo o ano, para indivíduos portadores de condições clínicas especiais.

Vacina contra Febre Amarela


Vacinar a população residente na região, endêmica brasileira e os viajantes que para lá se dirigem,
a partir dos 6 meses de idade. Na área de transição, vacinar a população residente e aqueles que para lá se
dirigem, a partir dos 9 meses de idade, antecipando para a partir dos 6 meses em ocasiões de surtos. A
vacina contra febre amarela pode ser aplicada simultaneamente com qualquer vacina do calendário básico.
Para aplicação de outras vacinas também constituídas de vírus vivos atenuados, caso não administrados no
mesmo dia, deve-se observar um intervalo mínimo de duas semanas, a exceção de vacina oral contra a
poliomielite.

Os viajantes internacionais:
A Organização Mundial da Saúde, por intermédio do Regulamento Sanitário Internacional, exige dos
viajantes internacionais a vacinação contra a febre amarela para ingresso em países endêmicos,
comprovada através do Certificado Internacional de Vacinação. Indivíduos portadores de condições clínicas
especiais, impossibilitados de tomar a vacina, recebem um Certificado Internacional de Isenção de
Vacinação, mediante relatório médico. Aos viajantes que terão que se vacinar, a indicação é a partir dos 9
meses de idade, antecipada para 6 meses nos que se destinarão a áreas de alto risco. A vacinação deve ter
antecedência mínima de 10 dias antes da viagem. É indicada uma única dose, com reforço a cada 10 anos.
A dose de reforço tem validade imediata.

Precauções:
Aos indivíduos portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida inclusive AIDS, que residem
ou se deslocarão a área endêmica ou de transição, recomenda-se avaliação dos riscos X benefícios da
vacinação, junto ao médico assistente, considerando a situação clínica caso-a-caso. Como em qualquer

Exattus Escola de Profissões 86


Atendente na Área da Saúde

vacina viva viral, o seu uso por gestantes deve ser recomendado mediante avaliação do risco da exposição
à febre amarela.

Vacina Tríplice Viral (contra Sarampo, Rubéola e Caxumba), Vacina Dupla Viral (contra
Sarampo e Rubéola) e Vacina Contra Sarampo Monovalente.
O sarampo é a terceira doença prevenível por vacina a ser erradicada no Brasil (a primeira
foi varíola e a segunda foi a poliomielite). Sua erradicação ocorreu em 200,
mas o vírus continua circulando no mundo e para que não retorne ao
país, a única arma eficaz é a vacina. Para que mantenhamos esta
situação epidemiológica, é importante que todas as crianças
menores de 1 ano de idade (aos 9 meses) recebam uma
primeira dose vacinal contra a doença e aos 15 meses um
reforço. Caso a criança chegue aos 12 meses sem uma
dose de vacina contra o sarampo, deverá ser logo
vacinada, utilizando uma das 3 vacinas citadas, dando
prioridade à tríplice viral.

Precauções:
Estas vacinas não devem ser administradas em
caso de uso de imunoglobulina humana normal
(gamaglobulina), sangue total ou plasma nos 3 meses
anteriores. E, caso se administre qualquer destes produtos
nos 14 dias seguintes a vacinação, revacinar posteriormente.
Sendo uma vacina composta de vírus vivos atenuados,
recomenda-se que os portadores de imunodeficiência congênita ou
adquirida, inclusive AIDS, avaliem suas condições clínicas, junto ao
médico assistente, antes da vacinação.

Vacina Dupla Adulta (Dupla Bacteriana Tipo Adulto ou dT - contra Difteria e Tétano)
A vacina dT contém os toxóides diftérico e tetânico. Recomenda-se vacinar com a dT a população a
partir de 7 anos de idade para fazer o esquema básico, complementá-lo caso não concluído elou para
reforços, inclusive as mulheres em idade fértil, com atenção especial às gestantes.

Esquema básico:
O esquema básico contra difteria e tétano corresponde a 3 doses, considerando doses vacinas
anteriormente recebidas de DTP, DTP acelular, dupla infantil ou dupla adulto e, para a proteção contra o
tétano, também o toxóide tetânico. Assim, havendo doses anteriores de quaisquer destas vacinas, mas não
estando totalizadas 3 doses, recomenda-se dar continuidade.
Para o esquema completo com a dT, aplica-se 3 doses em intervalos de 2 meses (mínimo de 1
mês) ou 3 doses em intervalos de 2 a 6 meses, respectivamente, entre a primeira e a segunda dose e entre
a segunda e a terceira. Na gestante, iniciar o mais precoce possível a vacinação e aplicar doses até 20 dias,
no máximo, antes da data provável do parto. As doses que faltarem devem ser aprazadas para depois do
parto, na oportunidade em que vacinará também o bebê.

Reforços:
Para garantir a continuidade da proteção, após completar as 3 doses do esquema básico, é
necessário uma dose de reforço com a dT a cada 10 anos após a terceira dose. Este reforço deve ser
antecipado para 5 anos em caso de gestação ou acidentes graves com risco de tétano acidental (tratamento
profilático). Assim como para complementação do esquema básico, deve-se considerar todas as doses
anteriormente recebidas, de DTP, DTP acelular, dupla infantil, dupla adulta, ou toxóide tetânico, desde que
comprovadas, para administrar a dose de reforço.

Precauções:
Os indivíduos que apresentarem reação de hipersensibilidade local, tipo fenômeno de Arthus, após
a dose anterior de vacina contendo toxóide tetânico, usualmente têm altos níveis séricos de antitoxina e não

Exattus Escola de Profissões 87


Atendente na Área da Saúde

devem receber vacina com este conteúdo antes de decorridos 10 anos, mesmo que tenham sofrido um
ferimento não seja limpo ou superficial.. É contra-indicação à vacina os casos com história de Síndrome
Guillain Barré nas 6 semanas após a vacinação anterior contra difteria e/ou tétano.

Vacina Tríplice Viral (contra Sarampo, Rubéola e Caxumba), Vacina Dupla Viral (contra
Sarampo e Rubéola) ou Vacina contra Rubéola Monovalente
Vacinar as mulheres suscetíveis no pós-parto e pós-aborto imediatos para a prevenção da rubéola e
a síndrome da rubéola congênita.

Orientações às mulheres vacinadas:


Deve ser orientada a prevenção de gravidez por um período de 30 dias após o recebimento da
vacina, no entanto, não se recomenda aborto em caso de vacinação de mulheres gestantes, uma vez que
não há comprovação de riscos para o feto, há apenas um risco teórico. Vigilância ativa em vários países
desenvolvidos não encontrou nenhum caso de síndrome de rubéola congênita seguindo-se à vacinação
inadvertida pouco antes da gravidez ou durante período gestacional. Não há evidências de que a vacina
contra rubéola seja teratogênica, no entanto, como qualquer vacina viral, o uso por gestantes deve ser
evitado.

Vacinação e amamentação:
É possível que o vírus vacinal seja eliminado através do leite materno e, nessa eventualidade,
poderá ocorrer apenas uma infecção subclínica, de leve intensidade, benigna, no recém-nascido.

Precauções:
Sendo uma vacina composta de vírus vivos atenuados, recomenda-se que os indivíduos portadores
de imunodeficiência congênita ou adquirida, inclusive AIOS, avaliem suas condições clínicas, junto ao
médico assistente, antes da vacinação.
Estas vacinas não devem ser administradas em caso de imunoglobulina humana normal
(gamaglobulina), sangue total ou plasma nos 3 meses anteriores. E, caso se administre qualquer destes
produtos nos 14 dias seguintes à vacinação, revacinar posteriormente.

Vacina contra Influenza (Gripe)


Vacinar contra influenza, na ocasião da campanha nacional
de vacinação do idoso, em geral no primeiro quadrimestre do ano,
com uma única dose anual. Na oportunidade, atualizar a situação
vacinal da população nesta faixa etária, especialmente
com a vacina dupla bacteriana tipo adulto (contra
difteria e tétano) e, em condições de exposição e
risco, também contra febre amarela.
Esta vacina está disponível nos centros de
referência para imunobiológicos, durante todo o ano, para
indivíduos portadores de condições clínicas especiais.

Vacina contra Pneumococos


(Antipneumocócica)
Na ocasião da campanha nacional de vacinação
do idoso, deve-se vacinar contra pneumococos a
população idosa nos hospitais, casas de repouso,
asilos e casas geriátricas, com uma única dose e
reforço após 5 anos.
Esta vacina está disponível nos centros de referência
para imunobiológicos, durante todo o ano, para indivíduos
portadores de condições clínicas especiais.

Exattus Escola de Profissões 88


Atendente na Área da Saúde

Orientações Importantes

Dos Produtos
O calendário básico de vacinação corresponde ao elenco de vacinas indispensáveis ao controle de
doenças imunopreveníveis de um país. Os produtos são disponibilizados nos postos de vacinação da rede
pública em seu município e devem estar diariamente acessíveis à população.
É considerado contra-indicação absoluta para uso de uma vacina a história pregressa de reação
alérgica grave a dose anterior do mesmo produto ou um de seus componentes. A história da alergia, no
entanto, deve ser avaliada pelo médico assistente, uma vez que é de grande responsabilidade a contra-
indicação do uso de produtos imunobiológicos recomendados pelo Ministério da Saúde, em seu calendário
básico, objeto de controle nacional e internacional de doenças transmissíveis.
Indivíduo com imunodeficiência adquirida ou congênita deve procurar orientações do médico
assistente antes de ser vacinado. Nos centros de referência para imunobiolágicos especiais, são
disponibilizados produtos especiais para indivíduos que por razoes clínicas não possuam usufruir dos
oferecidos na rotina dos postos de vacinação.
A ocorrência de eventos adversos pós-vacinais relacionados com imunobiológicos administrados
nos postos de vacinação da rede pública é monitorada pelo Programa Nacional de Imunizações. Em casos
de quaisquer eventos, o posto de vacinação responsável pela aplicação de imunobiológico deve ser
informado, para que o individuo vacinado possa ter orientações adequadas sobre condutas. Os produtos
adquiridos pelo Programa são comprovadamente eficazes e seguros e os eventos pós-vacinais referidos em
geral são transitórios e benignos; já as doenças infecciosas, contra as quais esses imunobiológicos
protegem, são responsáveis por quadros clínicos graves, sequelas e mortes.

Da Aplicação e Doses dos Produtos


Para vacinas aplicadas na mesma oportunidade, utilizar diferentes locais de aplicação. Na ocasião
da vacinação com a DTP ou com a dT, preferir não aplicar qualquer outra vacina no mesmo membro. As
vias de administração recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações podem ser alteradas, desde
que em conformidade com as orientações da bula da vacina em questão, definidas pelo seu laboratório
produtor. Doses anteriores de qualquer vacina do calendário básico, desde que devidamente registradas no
cartão de vacinas, devem ser sempre consideradas na ocasião da complementação dos esquemas. A
observação do número de doses de cada vacina, do intervalo entre elas e da via de administração são itens
que garantem sua eficácia e, assim, a proteção do individuo vacinado.

Da Oualidade dos Produtos


Os cuidados com a conservação e a manipulação adequada dos produtos, em consonância com as
normas nacionais, estão diretamente relacionados com a sua eficácia.
Os produtos imunobiológicos oferecidos na rede pública passam pelos testes de controle de
qualidade do seu laboratório produtor e do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde -
INCQS/FIOCRUZ.

Do Compromisso de Vacinar
A prevenção de doenças infecciosas por cada cidadão é uma medida de controle de disseminação
destas enfermidades em sua comunidade. Desta forma, vacinar a si e aos de sua responsabilidade em
conformidade com as orientações do Ministério da Saúde, é um dever de todos.
É muito importante o atendimento às chamadas do Ministério da Saúde para as campanhas de
vacinação. Uma campanha de vacinação significa a necessidade imediata de controle epidemiológico de
uma ou mais doenças imunopreveníveis.

Do Registro das Imunizações


Cada dose de vacina aplicada no país deve ser devidamente registrada no cartão de vacinas (para
conhecimentos e acompanhamento pelo vacinado ou seu responsável) e em controles próprios do serviço
de vacinação, incluindo informações como data, tipo de imonobiológico, lote, laboratório produtor e
identificação do vacinador.

Exattus Escola de Profissões 89


Atendente na Área da Saúde

O cartão de vacinas é de direito do indivíduo vacinado e não deve, de hipótese alguma, ser retido
por quaisquer motivos ou serviços. Ele é um documento fundamental e isto deve ser sempre orientado aos
vacinados ou seus responsáveis.

Imunizações Recomendadas aos Profissionais de Saúde

Hepatite B
• Deve ser administrada em todos os profissionais suscetíveis que tiverem contato
ocupacional com sangue e líquidos corporais, ou com objetos contaminados com esses
materiais.
• A primeira dose é seguida da segunda dentro de um mês e a terceira é feita dentro de seis
meses.
• Está contra-indicada se ocorrer reação anafilática por um de seus componentes.
• Entende-se por indivíduo suscetível aquele que não tem anticorpos para hepatite.

Influenza
• Todos os profissionais de saúde são beneficiados com essa vacina, sendo recomendada
aos profissionais que entram em contato com pacientes potencialmente de alto risco,
profissionais com mais de 65 anos e indivíduos com doenças crônicas.
• A dosagem é única e anual e deve ser realizada antes da estação do inverno, que é o pico
da influenza, ou seja, deve ser realizada entre os meses de abril e maio.
• Está contra-indicada se ocorrer reação anafilática dos componentes, se já teve
hipersensibilidade às vacinas anteriores da influenza e no primeiro trimestre da gravidez.

Sarampo
• Deve ser administrada em todos os profissionais de saúde suscetíveis.
• São realizadas duas doses da vacina, com intervalo de um mês, em via subcutânea.
• É contra-indicada aos profissionais que apresentem reação anafilática aos componentes,
portadores de imunossupressão, aos que fizeram uso recente de imunoglobulinas.

Rubéola
• Também deve ser administrada em todos os profissionais de saúde suscetíveis.
• A dosagem é única em via subcutânea.
• É contra-indicada a reações anafiláticas aos componentes, administração recente de
imunoglobulinas, gravidez, imunossupressão.

Varicela
• Deve ser administrada em todos os profissionais de saúde suscetíveis.
• São duas doses via subcutânea, em intervalos de 4 a 8 semanas cada dose.
• Está contra-indicada a reações anafiláticas aos seus componentes, casos de tuberculose
em atividade ou não tratada, neoplasias malignas, imunodeficiência em profissionais da
área ou nos pais e irmãos, tratamento imunossupressor, gravidez, uso de corticóides,
administração recente de hemoderivados.

Caxumba
• Deve ser administrada em todos os profissionais de saúde suscetíveis.
• Dose única por via subcutânea.
• Tem contra-indicação em reações anafiláticas aos componentes, em administração recente
de imunoglobulinas, na gravidez, em imunossupressão.

Exattus Escola de Profissões 90


Atendente na Área da Saúde

Toxóides Tetânicos
• É indicada e obrigatória a todos os profissionais suscetíveis, visto que todos devem ter
concluído a série primária de vacinação da infância, os reforços, e também após ferimentos
sujeitos ao tétano.
• Deve ser administrado um reforço a cada 10 anos e toda vez que houver ferimentos
suscetíveis de tétano.
• Está contra-indicada no caso de reação anafilática ao toxóide tetânico, doença febril grave e
no primeiro trimestre da gravidez.

Vacina Antipneumocócica (Polivalente 23)


• Essa vacina está indicada aos profissionais de saúde sob risco maior de desenvolver a
doença pneumocócia e suas complicações (como portadores de asplênio anatômica ou
funcional, doença falciforme, síndrome nefrótica, fístulas de líquido cefalorraquidiano,
imunossupressores e neoplasias malignas), e em indivíduos com mais de 65 anos.
Portanto, só deve ser administrada quando o profissional de saúde apresentar um alto risco
de suscetibilidade.
• A dosagem é única e anual.
• Está contra-indicada em casos de gravidez.

Observações:
o As vacinas são fornecidas pelo empregador, estando o profissional de saúde protegido por lei
para todos os casos.
o Devem ser aplicadas por ocasião da contratação.
o O profissional que está em dia com sua vacinação deve apresentar a caderneta toda vez que
for solicitada, para controle interno do empregador.

Imunizações do Dia Seguinte

Alguns profissionais de saúde acabam se expondo a determinadas doenças transmissíveis, sem


que ao menos se descuidem. Para isso, algumas imunoglobulinas podem ser administradas, embora a
administração nem sempre evite a doença, mas podem impedir o desenvolvimento de complicações mais
graves ou severas ao profissional, caso ele venha a desenvolver a infecção.

Veja algumas imunizações que podem e devem ser feitas após exposição pelo profissional:
Imunoglobulina para hepatite B (IGHB):
Indicada quando profissionais de saúde não foram imunizados e são fonte positiva para antígeno de
superfície da hepatite B, havendo exposição percutânea ou mucosa ao sangue ou líquidos corporais da
fonte. A primeira dose da vacina contra hepatite B deve ser administrada simultaneamente à exposição, e a
segunda e a terceira doses na sequencia normal.

Globulina imune:
Indicada aos profissionais de saúde expostos ao contágio com o sarampo. Dificilmente evita a
doença, mas modifica o vírus. Os profissionais de saúde devem ser afastados do contato com indivíduos
suscetíveis por um período de 21 dias após a exposição. A vacina contra o sarampo deve ser aplicada três
meses após a aplicação da globulina imune.

Imunoglobulina para varicela-zóster (IGVZ):


Indicada a gestantes ou profissionais de saúde imunossupressores suscetíveis, que foram expostos
à infecção por varicela zóster. A vacina evita a doença ou pode atenuar sua gravidade e prolonga o período
de incubação para 28 dias. A vacina contra varicela deve ser administrada dentro de cinco meses após a
aplicação da IGVZ. Para os recém-nascidos filhos de mães com sinais e sintomas de varicela, a vacina
IGVZ deve ser aplicada cinco dias antes do parto ou até mesmo dois dias após o parto.

Exattus Escola de Profissões 91


Atendente na Área da Saúde

Considerações Gerais em Vacinação


Não vacinar em casos de:
• Febre (a partir de 37,5°C);
• Doenças agudas;
• História de reação alérgica à dose anterior da vacina ou a algum de seus componentes.

Exattus Escola de Profissões 92


Atendente na Área da Saúde

Observação Importante: devido a grande evolução na pesquisa da área vacinal, é fundamental


que o leitor esteja atento às mudanças do calendário de vacinas pelo site do Ministério de Saúde:
www.portal.saude.gov.br
Calendário Básico de Vacinação da Criança
Idade Vacinas Doses Doenças Evitadas
Dose
BCG – ID Formas Graves de Tuberculose
Ao nascer Única
Vacina contra hepatite B(1) 1ª dose Hepatite B
1 mês Vacina contra hepatite B 2ª dose Hepatite B
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e
Vacina Tetravalente (DTP + Hib)
1ª dose outras infecções causadas pelo Haemophilus
(2)
2 meses

influenza tipo b
VOP (vacina oral contra pólio) 1ª dose Poliomielite (Paralisia Infantil)
VORH (Vacina Oral de
1ª dose Diarréia por Rotavírus
Rotavírus Humano) (3)
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e
Vacina Tetravalente (DTP + Hib) 2ª dose outras infecções causadas pelo Haemophilus
4 meses

influenza tipo b
VOP (vacina oral contra pólio) 2ª dose Poliomielite (Paralisia Infantil)
VORH (Vacina Oral de
2ª dose Diarréia por Rotavírus
Rotavírus Humano) (4)
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e
Vacina Tetravalente (DTP + Hib) 3ª dose outras infecções causadas pelo Haemophilus
6 meses

influenza tipo b
VOP (vacina oral contra pólio) 3ª dose Poliomielite (Paralisia Infantil)
Vacina contra hepatite B 3ª dose Hepatite B
dose
9 meses Vacina contra Febre Amarela (5)
inicial
Febre Amarela

dose
12 meses SRC (Tríplice Viral)
única
Sarampo, Rubéola e Caxumba

VOP (vacina oral contra pólio) Reforço Poliomielite (Paralisia Infantil)


15 meses
DTP (Tríplice bacteriana) 1º reforço Difteria, tétano, coqueluche
4-6 anos DTP (Tríplice bacteriana) 1º reforço Difteria, tétano, coqueluche
SRC (Tríplice Viral) Reforço Sarampo, Rubéola e Caxumba
10 anos Vacina contra Febre Amarela Reforço Febre Amarela

(1) A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-
nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da
primeira para a terceira dose.
(2) O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina Tetravalente e dois reforços com a Tríplice
Bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos.
(3) É possível administrar a primeira dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias de
idade (6 a 14 semanas de vida).
(4) É possível administrar a segunda dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias de
idade (14 a 24 semanas de vida). O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas.
(5) A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 09 meses de idade, que residam ou que irão viajar para área
endêmica (estados: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA,
MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar
contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem.

Exattus Escola de Profissões 93


Atendente na Área da Saúde

Calendário de Vacinação do Adolescente (1)


Idade Vacinas Doses Doenças Evitadas
Hepatite B 1ª dose Contra Hepatite B

De 11 a 19 anos (primeira dT (Dupla tipo adulto) (2) 1ª dose Contra Difteria e Tétano
visita ao serviço de saúde) Febre Amarela (3) Reforço Contra Febre Amarela
SRC Tríplice Viral (4) Dose Única Contra Sarampo, Caxumba e Rubéola
1 mês após a 1ª dose
Hepatite B 2ª Dose Contra Hepatite B
contra a Hepatite B
1 meses após a 1ª dose
Hepatite B 3ª Dose Contra Hepatite B
contra a Hepatite B
2 meses após a 1ª dose
dT (Dupla tipo adulto) 2ª Dose Contra Difteria e Tétano
contra Difteria e Tétano
4 meses após a 1ª dose
dT (Dupla tipo adulto) 3ª Dose Contra Difteria e Tétano
contra Difteria e Tétano
A cada 10 anos, por toda dT (Dupla tipo adulto) (5) Reforço Contra Difteria e Tétano
a vida Febre Amarela Reforço Contra Febre Amarela

(1) Adolescente que não tiver comprovação de vacina anterior, seguir este esquema. Se apresentar documentação com esquema
incompleto, completar o esquema já iniciado.
(2) Adolescente que já recebeu anteriormente 03 (três) doses ou mais das vacinas DTP, DT ou dT, aplicar uma dose de reforço. É
necessário doses de reforço da vacina a cada 10 anos. Em caso de ferimentos graves, antecipar a dose de reforço para 5 anos após a
última dose. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.
(3) Adolescente que resida ou que for viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área
de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados
BA, ES e MG). Em viagem para essas áreas, vacinar 10 (dez) dias antes da viagem.
(4) Adolescente que tiver duas doses da vacina Tríplice Viral (SCR) devidamente comprovada no cartão de vacinação, não precisa
receber esta dose.
(5) Adolescente grávida, que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 5 (cinco) anos, precisa receber uma
dose de reforço. A dose deve ser aplicada no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose
de reforço deve ser antecipada para cinco anos após a última dose.

Calendário de Vacinação do Adulto e Idoso


Idade Vacinas Doses Doenças Evitadas
dT (Dupla tipo adulto) (1) 1ª dose Contra Difteria e Tétano
A partir de 20 anos Febre Amarela (2) Dose Inicial Contra Febre Amarela
SRC Tríplice Viral (3) Dose Única Contra Sarampo, Caxumba e Rubéola
2 meses após a 1ª dose
dT (Dupla tipo adulto) 2ª Dose Contra Difteria e Tétano
contra Difteria e Tétano
4meses após a 1ª dose
dT (Dupla tipo adulto) 3ª Dose Contra Difteria e Tétano
contra Difteria e Tétano
A cada 10 anos, por toda
dT (Dupla tipo adulto) (4) 2ª Dose Contra Difteria e Tétano
a vida
Febre Amarela Reforço Contra Febre Amarela
60 anos ou mais Influenza (5) Dose anual Contra influenza ou Gripe
Pneumococo (6) Dose Única Contra Pneumonia causada pelo pneumococo

(1) A partir dos 20 (vinte) anos, gestante, não gestante, homens e idosos que não tiverem comprovação de vacinação anterior, seguir o
esquema acima. Apresentando documentação com esquema incompleto, completar o esquema já iniciado. O intervalo mínimo entre as
doses é de 30 dias.
(2) Adulto/idoso que resida ou que for viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR', AM, PA, GO e DF),
área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos
estados BA, ES e MG). Em viagem para essas áreas, vacinar 10 (dez) dias antes da viagem.

Exattus Escola de Profissões 94


Atendente na Área da Saúde
(3) A vacina tríplice viral - SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola) deve ser administrada em mulheres de 12 a 49 anos que não tiverem
comprovação de vacinação anterior e em homens até 39 (trinta e nove) anos.
(4) Mulher grávida que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 05 (cinco) anos, precisa receber uma
dose de reforço. A dose deve ser aplicada no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose
de reforço deverá ser antecipada para cinco anos após a última dose.
(5) A vacina contra Influenza é oferecida anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso.
(6) A vacina contra pneumococo é aplicada durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso nos indivíduos que convivem em
instituições fechadas, tais como casas geriátricas, hospitais, asilos e casas de repouso, com apenas um reforço cinco anos após a
dose inicial.

Exattus Escola de Profissões 95

Você também pode gostar