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Apostila Atendente Na Área Da Saúde
Apostila Atendente Na Área Da Saúde
Equipes de Saúde
As relações pessoais em uma equipe podem ser conflituosas, as pessoas diferem suas iniciativas,
interesses e formas de agir.
Dentro de um serviço, há condições que criam oportunidade para o conflito, entre as quais
destacam-se as três a seguir:
1. Comunicação - a má comunicação está presente em grande parte dos conflitos nos
serviços; a falta de abertura e transparência administrativas, barreiras semânticas, o
excesso ou a falta de informação. Pouco diálogo gera pouca verdade e desconfiança,
fazendo surgir suspeitas e fantasmas nas relações pessoais.
2. Estrutura administrativa da equipe - tamanho da equipe, iniquidades na distribuição das
tarefas e dos benefícios, especialização do trabalho e burocratização aparecem com mais
frequência. Quanto maior a equipe e mais especializadas suas atividades, maior o potencial
de conflito. E conflitos são mais frequentes quando os membros do grupo são jovens e
menos acomodados à própria história da organização em que trabalham.
3. Dimensões de liderança, cultura e traços pessoais - estilos de lideranças autoritários e
paternalistas tendem a gerar mais conflitos do que os mais participativos. Culturas
heterogêneas com menos crenças coletivas também produzem mais conflitos do que os
grupos de maior homogeneidade. Os traços individuais de personalidade (individualistas,
autoritárias, com baixa-estima) também são muito característicos em relação aos conflitos
administrativos.
As pessoas têm interesses e lutam para que as decisões Ihes sejam favoráveis. Um grande número
de decisões baseia-se em interesses comuns ou convergentes: são as decisões relativas ao
desenvolvimento da equipe, à melhoria das condições de trabalho e ao aperfeiçoamento dos funcionários.
Como, em princípio, todos desejam o progresso da equipe, muitos interesses podem ser satisfeitos sem
prejudicar os de outros.
Os conflitos que mais frustram as pessoas e, por vezes, levam à colisão de interesses com as
equipes dirigentes ocorrem em relação a repartição dos resultados do trabalho, na forma de salários e
benefícios.
Existem duas maneiras de ver o conflito: negativa e positiva. Na perspectiva negativa, vê-se o
conflito como um fator de desarmonia na equipe: trata-se de comportamento irracional em relação a
objetivos coletivos e contrário em ao espírito de união que caracteriza a equipe. A sua ocorrência conduz a
um baixo desempenho e tensão entre as pessoas. Como um mal destrutivo, deve ser evitado e eliminado.
Reprimir gera reações e tensões causadoras de insatisfações e ineficiências; tentar esconder apenas
transfere o conflito para formas sutis, ou mesmo, para pelejas surdas.
Na perspectiva positiva, o conflito é natural, inevitável e, por vezes, necessário para melhorar o
desenvolvimento da equipe. Se o conflito é natural e inevitável, o melhor é aceitá-lo e buscar seu potencial
positivo. O conflito desperta as pessoas e melhora o desempenho da equipe. Para alguns até deve ser
estimulado: um grupo excessivamente harmonioso e pacífico tende a ser estático e apático em relação à
inovação.
A participação constitui uma forma dinâmica de restaurar o equilíbrio de poder e caminhar para
solução de conflitos reais. A prática da participação tem a vantagem de contribuir para as decisões de
processo e desenvolvimento, criando autonomia no local de trabalho, ajudando na cooperação e na
distribuição de informações e na solução de problemas da equipe.
A baixa participação enfraquece o comprometimento individual com o serviço e acentua a alienação
e o próprio potencial para conflitos. A alienação faz as pessoas perderem o sentido de pertencimento, além
de não se verem como parte ativa do processo de decisão e ação; tomam-se passivas, apáticas, submissas
e dependentes das chefias; despreocupam-se com a produtividade e encontram justificativas para o
pessimismo, a frustração e a acomodação.
A participação só se efetiva com a liberdade de falar e de ouvir. Permite as pessoas o uso de
recursos de criatividade e de vontade de contribuir, bem como desenvolve o seu sentido de pertencimento.
A decisão participativa é a tentativa de valorizar o que une as pessoas, e não o que as separa.
Por possuírem perspectivas e opiniões diversas, as pessoas têm um grande potencial para
divergências. Diferenças de perspectivas e de opiniões , quando não esclarecidas, facilitam mais
incompreensões e conflitos. A não-participação ressalta a separação, a distância e o reforço da divergência.
A participação ativa a consciência individual, defendendo-a da revolta interior, silenciosa e agressiva a
ideais comuns.
As pessoas não querem ser observadores passivos, mas atores ativos na realidade em que
trabalham. Na verdade, a maioria procura:
• O desempenho de um papel social relevante e reconhecimento pelos serviços desejados
pela Sociedade;
• Uma oportunidade de aprendizagem e progresso constantes;
• Possibilidade de influência nos destinos do serviço em que trabalha;
• Equidade e justiça entre o grau de contribuição e o grau de retribuição pelo trabalho
exercido.
Processo Intrapessoal
Como os sistemas usados para transmitir mensagens pelos meios de comunicação, existem duas
partes essenciais - o transmissor e o receptor. O transmissor passa por uma série de etapas interiores -
processo intrapessoal - baseado em suas necessidades e experiência de vida. Primeiramente, ele percebe
a si mesmo e a seu ambiente - ele faz uma idéia de quais são suas necessidades e qual é sua situação vital
naquele momento. Em segundo lugar, avalia esses dados comparando seus desejos internos ou
circunstâncias externas com suas experiências passadas. Em terceiro lugar, decide agir de acordo com isso
- escolhendo uma linha de ação segundo a qual espera satisfazer suas necessidades. Quarto, ele faz sinais
para o receptor - uma pessoa significativa da qual ele espera obter sua satisfação.
As pessoas não estudam deliberada ou conscientemente todos os passos tomados no processo de
comunicação. Grande parte do que acontece a elas e dentro delas ocorre fora de suas consciências. Por
exemplo, a pessoa se sente faminta e pede alimento ou vai à cozinha procurá-lo, qualquer uma das coisas
que tenha dado certo no passado. Sente um mal-estar e deseja um copo de leite. Não pára para pensar
porque talvez não pudesse fazê-lo mesmo que o tentasse. Sabe que um copo de leite a fez sentir-se melhor
em circunstância semelhante no passado, por isso tenta aliviar seu mal-estar atual da mesma maneira.
Processo Interpessoal
Análise Transacional
Na década de 1950, Eric Berne estabeleceu um ramo da psiquiatria social chamado análise
transacional. A análise transacional se tornou bastante popular, resultando em dois Best-sellers, o livro de
Berne e o livro de Harris. Os conceitos de análise transacional podem ser usados para descrever a
Pai
O Pai em cada um de nós é um registro do que vemos nossos próprios pais viverem e fazerem.
Não é necessariamente um registro exato - é simplesmente o modo como percebemos os nossos pais
desde a nossa infância. Em virtude de a experiência do indivíduo começar antes que ele compreenda as
palavras ou antes que ele compreenda por que um pai faz alguma coisa, ele simplesmente incorpora a seu
Pai o que ele acredita que seus pais pensem, sentem e fazem. Há dois conjuntos de atitudes distintos que
geralmente fazem parte do Pai em cada um de nós. Um é moralista, crítico e proibitivo; outro é estimulante,
protetor e consolador. Contudo, se uma pessoa não vivenciou nenhum desses tipos de pai, então seu Pai
será diferente. Um deles diz: "Não, não, não. Isso é mau, seja um bom menino". O outro diz: "Você parece
cansado. Deixe-me esfregar suas costas." As crianças têm um Pai dentro delas, assim como um Adulto e
uma Criança. Se algumas vezes você observou crianças brincando, já viu o dedo admoestador e o "Não,
não, não!"
Adulto
O Adulto é aquela parte de nós que encara os fatos e faz uma avaliação. É a parte da pessoa que é
prática, realista e que resolve problemas. Sua função está baseada no presente, no aqui e agora e não no
passado. É o mediador entre a Criança e o Pai, o diplomata. É o computador, a máquina processadora de
dados em nós, que obtém a informação do interior da pessoa e de fora, do mundo em que ela vive, para
tomar uma decisão ou fazer uma previsão ou simplesmente guardar informações para uso futuro. A parte
Adulta de nós faz perguntas como "Por quê? O quê? Como? Quando?". Diz coisas como: "Examinemos
isso mais de perto" ou "Não estou certo de ter todos os fatos", "Talvez eu não compreenda bem" ou "Vamos
lhe dar o benefício da dúvida".
Criança
A Criança em nós é o registro de nossas reações emotivas ao que vemos e ouvimos enquanto
crescemos, especialmente os pais. Contém nossa criatividade, espontaneidade e sentimentos agradáveis,
assim como nossos receios, raivais e rebeldias. Assim como no Pai, há dois tipos de atitudes na Criança
que resultam em tipos bastante diferentes de comportamento. A Criança adaptada modifica seu
comportamento em resposta ao Pai, obedecendo ou retirando suas objeções, segundo o que o Pai espera.
A Criança natural é livre e espontânea, na rebeldia ou na alegria, e se expressa em termos de sentimentos
ou necessidades. A Criança diz coisas como "Oba" ou "Estou com fome" ou "Vamos nos divertir'.
Cada um dos três - Pai, Adulto e Criança - é uma parte legítima, real e respeitada da pessoa.
Cada um deles tem sua função e finalidade, uma contribuição a fazer relativamente à pessoa como
um todo e à sua auto-realização e seu próprio papel na criação de uma vida integral e produtiva para o
indivíduo. Somente quando há um distúrbio no equilíbrio entre eles ou um conflito na maneira com que a
pessoa interage com outra é que há uma necessidade de mudança e de análise transacional.
Transações
Quando duas pessoas se encontram geralmente se interagem. Esta situação pode ser um simples
estímulo e resposta (E-R), ou um processo de comunicação muito complexo. O mais simples tipo de
transação é Adulto a Adulto, como um "Alô, como está você?" e "Estou bem, e você?". Enquanto a
transação for complementar ou paralela, a comunicação será boa. Adulto a Adulto, Criança a Criança, Pai a
pai; ou Criança a Pai, Pai a Criança, Adulto a Criança, Criança a Adulto, Pai a Adulto ou Adulto a Pai (veja
figura a seguir).
Quando ocorrem transações cruzadas, então a comunicação fracassa. O tipo mais comum de
transação cruzada, que também causa mais prejuízo, é se o estímulo é de Adulto para Adulto e a resposta é
de Criança para Pai. Por exemplo, o marido volta do trabalho e pergunta à esposa: "O jantar está pronto?"
Isto é um estímulo de Adulto para Adulto, pedindo uma informação. Se a esposa interpretar isto como uma
crítica injusta, porém, ela pode responder com raiva: "É só nisso que você pensa '- comer? Você nunca
pensa em mim?" Essa é uma resposta de Criança para Pai. Para resolver essa situação, alguém tem que
dar o braço a torcer. Ou o marido tem que passar a Pai consolador, dizendo algo como: "Ora, querida,
naturalmente eu me importo com você", ou a esposa tem de mudar para o Adulto cooperativo, dizendo
"Sinto muito, acho que estou cansada. Sim, o jantar está quase pronto." De outra forma, a comunicação
termina e teremos dois adultos encarando-se raivosa e silenciosamente.
Em resumo, a análise transacional é outra maneira de considerar comportamento, comunicação e
relações humanas. Quanto mais consciente a pessoa se torne de como e por que ela está interagindo com
outra, mais lhe será possível controlar e corrigir seu comportamento e melhorar as suas relações. Como
disse Harris no livro Eu estou OK - Você está OK, podemos não ser capazes de apagar o que está
registrado dentro de cada um de nós, mas podemos resolver desligá-lo.
Métodos de comunicação
As pessoas envolvidas em qualquer interação geralmente usam métodos tanto verbais quanto não-
verbais de comunicação. Os
métodos não-verbais que
discutiremos inicialmente são
extremamente importantes em
todas as comunicações e
especialmente na relação
enfermeira-paciente.
Rapport
Rapport, palavra
francesa, é um sentimento
harmonioso que têm duas
pessoas uma pela outra, um
respeito mútuo, aceitação e
compreensão. As expressões
populares descrevem a
experiência como "estando no
mesmo comprimento de onda",
"sintonizado com a outra
pessoa" e "em contato". Por
vezes se ouve a afirmação
sobre uma enfermeira: ela tem um bom rapport com seus pacientes. Contudo, não existe bom ou mau
rapport. Ou se tem rapport com alguém ou não se tem.
Empatia
Empatia é aquele grau de compreensão que permite a uma pessoa saber como a outra se sente em
uma situação particular. A empatia não é nem simpatia nem compaixão, porém combina alguma coisa de
ambas. A simpatia geralmente implica em ter pena da outra pessoa, como em: "Eu me sentiria mal se
estivesse em seu lugar." A compaixão geralmente implica naquela qualidade de amor ou ternura que faz
com que uma pessoa sofra juntamente com a outra. A empatia implica em conhecer e compreender os
sentimentos da outra pessoa, a situação em que ela está e em ter um sentimento positivo em relação a
essa pessoa. É baseada no conceito de amor fraternal - interesse pelo semelhante, respeito por ele como
indivíduo, conhecimento de suas necessidades e um sentimento de responsabilidade em ajudá-lo a
satisfazer suas necessidades. É desenvolvida aprendendo a ler os sinais não-verbais no comportamento
dos outros e a intenção da mensagem no processo de comunicação. Linguagem Corporal
Por meio da linguagem corporal, nos expressamos fisicamente pelo tom de voz, expressão facial,
gestos, tato ou contato físico, postura, posição, andar e assim por diante. A pessoa pode expressar amor e
compreensão pela maneira com que olha para outra pessoa. Uma enfermeira pode expressar sua
ansiedade ou irritação pela maneira com que entra no quarto de um paciente. Um supervisor ou médico
pode expressar reprovação por um franzir de sobrancelha ou um gesto. O paciente frequentemente pode
dizer que as pessoas que cuidam dele o respeitam ou não pela maneira com que realizam as tarefas físicas.
O paciente frequentemente presta mais atenção ao que é feito do que ao que é dito. Ele ouve os
passos da enfermeira se aproximando, procura ver qual é sua expressão facial, sente o seu contato quando
ela o vira na cama - e dessa maneira vê se ela se importa realmente com ele ou não.
Silêncio
Pelo silêncio, as pessoas podem expressar sentimentos diferentes com um grau variado de
utilidade. Ele pode variar de uma expressão de amor, respeito e simpatia a uma comunicação destrutiva,
hostil e causadora de ansiedade. Pode ser o silêncio frio, rejeitador, punitivo, que a pessoa recebe quando
chega em casa tarde do trabalho ou quando esquece um aniversário importante. Pode ser um silêncio
oposto àquele usado para comunicar o mais profundo amor e respeito - quando frequentemente as palavras
são desnecessárias.
Ouvir
Em enfermagem psiquiátrica, você pode ouvir a expressão "ouvir com terceiro ouvido", que é tirado
do livro do mesmo nome de Theodor Reik. Quer dizer ouvir com uma dimensão perceptiva adicional. É o "ler
nas entrelinhas". É pegar o significado subjacente da mensagem (intenção) e não confiar inteiramente no
significado óbvio ou superficial (conteúdo), Há muitas maneiras de medir a própria capacidade de ouvir e é
sempre surpreendente descobrir quando a pessoa ouve o que outra pessoa diz. A brincadeira de "telefone
sem fio" realmente demonstra o ponto. Uma pessoa começa a brincadeira murmurando algo à pessoa mais
próxima, mas que por sua vez passa isso para diante, até que a última pessoa a receber a mensagem
anuncia e voz alta o que ouviu. Depois de passar por menos de meia dúzia de distorções, a mensagem
frequentemente não é mais reconhecível.
Palavra Falada
A sexta maneira de se comunicar é a verbal, ou seja, pela palavra falada - uma maneira que serve
para reconhecer, amplificar, confirmar, contrastar ou contradizer outras mensagens verbais e não verbais. A
comunicação verbal é sempre acompanhada de expressão não-verbal. Nas relações humanas,
especialmente nas boas relações, as pessoas aprendem a confiar em algo mais do que as simples
palavras. Não é só o que é dito, mas a maneira como é dito - o tom de voz, a expressão facial e os gestos
do interlocutor - que transmite muito do significado para o ouvinte. Os pacientes são geralmente menos
sofisticados e mais parecidos a crianças, sendo assim mais sensíveis e particularmente ligados à
comunicação não-verbal.
Na nossa sociedade, porém, a comunicação verbal é extremamente importante para todas as
pessoas, doentes ou sadias. É pela comunicação verbal que a pessoa tenta partilhar algo de si mesmo com
muitas outras pessoas. É a mais alta forma de comunicação, como demonstra o complexo processo de
aprender, desenvolver e refinar a linguagem humana.
Comunicação Terapêutica
aos pacientes dominar o estranho e assustador mundo da doença. Assim como atende as necessidades
físicas do paciente por suas ações de enfermeira, ela atende suas necessidades emocionais e sociais por
sua comunicação ou relação com ele.
Frequentemente, a importância e o valor da comunicação verbal são excessivamente enfatizados,
enquanto que a expressão não-verbal é minimizada. Na enfermagem, quando não obtemos o tipo de
resposta ou intercâmbio verbal que esperamos do paciente, frequentemente sentimo-nos ansiosos ou
inadequados. Num esforço para aliviar nossa própria ansiedade, nós viramos a experiência ao contrário e
erroneamente dizemos, pensamos e agimos como se o paciente estivesse fora do contato. O paciente pode
saber o que está acontecendo à sua volta e ao mesmo tempo ser incapaz de comunicar isso aos outros. Por
exemplo, um paciente que teve um derrame pode não ser capaz de responder verbalmente e, no entanto,
estar agudamente consciente daquilo que as pessoas estão dizendo para ele ou sobre ele. Os pacientes
que não estão totalmente conscientes, por exemplo, antes ou depois de uma cirurgia ou em seguida a uma
lesão na cabeça, que tiveram uma febre alta ou que estão sobre grande stress, podem estar percebendo
muito bem as outras pessoas e aquilo que está acontecendo à sua volta, sem poderem comunicar sua
consciência verbalmente ou não.
Os pacientes inconscientes ou semiconscientes podem ter sensações e responder à maneira com
que são levantados, virados ou movidos. Por exemplo, eles podem resistir fisicamente e ficar com medo,
raiva ou aborrecidos pela ação da enfermeira. Os pacientes e suas doenças são por vezes discutidos em
sua presença como se eles não existissem como seres humanos, mas somente como doenças. Este tipo de
experiência pode ser extremamente traumática para o paciente, sua família ou até mesmo para
expectadores inocentes.
Um paciente portador de uma doença mental pode não ser capaz de responder por que o seu
mundo pessoal substitui temporariamente o mundo real, mas ele ainda sabe o que lhe é dito e como é dito, e
pode responder de modo não-verbal. Os pacientes podem frequentemente contar com detalhes o que Ihes
foi dito, como foram tratados e o impacto que isto teve sobre eles, após a recuperação de doenças médicas,
cirúrgicas e psiquiátricas. A capacidade dos pacientes de perceber o que está ocorrendo em sua volta não
deve nunca ser subestimada ou desconsiderada. Embora não consigam responder ou interagir nas
maneiras costumeiras, é possível que tenham alguma noção do que está acontecendo consigo mesmos e
de como as pessoas se sentem em relação a eles.
Para um paciente em um hospital, ou até mesmo para qualquer pessoa necessitando de ajuda,
nada é mais importante do que o tipo de relação que ele tem com as pessoas ao seu redor. Os pacientes ao
chegar às mãos da enfermeira, são pessoas em dificuldades, geralmente sérias, e estão procurando
segurança e conforto. A enfermeira fornece isso em sua relação terapêutica com eles, usando métodos de
comunicação tanto verbais como não-verbais. Em qualquer interação, a enfermeira ou ajuda o paciente a
atender suas necessidades e aumenta seu bem-estar ou interfere na sua satisfação e aumenta seu
desconforto - não há nenhuma posição neutra.
Hospita
al
O Hospital
H
O termo
t hospittal origina-se do latim hospifiu, que
quer dizer "local
" onde se
s hospedam e referência
m pessoas", em
a estabeleccimentos fundados pelo clero, a parttir do século o
IV d.C, cuja finalidade e era proverr cuidados a doentes e
oferecer abrigos a viajantes peregrin nos.
Hosspital é um m estabele ecimento prróprio para a
internação de doentes ou de ferid dos, que devve agir comm
hospitalidad
de e benevolência. (HOU UAISS, 2004))
Seg
gundo o Ministério da Sa aúde (MS), o hospital é
definido coomo "estabe elecimento ded saúde de estinado a
prestar asssistência sannitária em reegime de internação a
uma determ minada clientela, ou de nã ão internaçã
ão no caso
de outros seerviços."
Os Hospitaiss ou Esstabelecimen
ntos
Assistenciais de Saúde e (EAS), de acordo com m a
natureza da d Unidade, podem ser divididos ou
classificado
os de várias maneiras.
m
Classificações e Tipos
• Especia alidades
De acordo com as especialidades existeentes, o hosp pital pode se
er classificado
o como:
o Geral - Desstinado a pre estar assistência nas qua atro especiallidades médicas básicass
(clínica méd
dica, clínica-ccirúrgica, clín obstétrica e clínica pedia
nica gineco-o atra).
o Especializa ado - Com m assistênc cia em esspecialidades como maternidade,
m ,
neurocirurgia, etc.
• Resolutibilidade
o Hospital se ecundário - Geral ou especializado, com assistê
ência nas esp
pecialidadess
médicas báásicas. Gera
almente, oferece alto grrau de resolução de prroblemas de e
saúde de se
eus paciente
es no próprio hospital.
o Hospital terciário
t - Especializaado ou com m especialiidades. Des stina-se aoo
atendimento
o também emm outras áreas médicas além das especialidadess básicas.
• edade
Proprie
o Hospital público - Aq quele que in ntegra o patrimônio da União, Estados, Distritoo
Federal e municípios;; autarquias s, fundaçõees instituídas pelo podder público,,
empresas públicas
p e sociedade
s dee economia mista (pesssoas jurídica
as do direito
o
privado).
o Hospital prrivado ou particular
p - Integra o paatrimônio de uma pessoa a natural ou
u
jurídica de direito
d privad
do, não institu
uída pelo poder público.
Exa
attus Esc
cola de Profissõe
P es 144
Atendente na Área da Saúde
No Brasil, na área hospitalar, 80% dos estabelecimentos que prestam serviços ao Sistema Único de
Saúde (SUS) são privados e 75% da atenção ambulatorial é prestada pela rede de hospitais públicos.
Beneficência e Filantropia
Os hospitais privados podem ser não beneficentes - estes, mantidos com contribuições e doações
particulares, para prestação de serviços a seus associados (revertidos na manutenção e desenvolvimento
de seus objetivos sociais); podem prestar serviços a terceiros (SUS, convênios, etc.).
O hospital filantrópico presta serviços para a população carente, por intermédio do SUS,
respeitando a legislação em vigor. Sob a denominação de filantrópico, a pesquisa BNDES (Hospitais
Filantrópicos do Brasil, Série BNDES Social, volume 1 - Objetivos) diz "encontrou-se um conjunto de
instituições que compreende desde as tradicionais Santas Casas de Misericórdia, berço da rede hospitalar
brasileira, até instituições aparentemente lucrativas que, utilizando os mais diversos artifícios, adquirem a
natureza jurídica de filantrópicas."
No Brasil, o setor hospitalar filantrópico/beneficente é, atualmente, responsável por cerca de 1/3 do
parque hospitalar existente no país. São 1.917 unidades com, aproximadamente, 132 mil leitos, a maioria
prestadores de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme dados da pesquisa sobre Assistência
Médico-Sanitária.
Esta enorme rede, espalhada por todo o território nacional, apresenta uma grande heterogeneidade
nas suas estruturas gerenciais, tecnológicas, perfis e práticas assistências e, naturalmente, quanto à
clientela. Cumpre desde funções básicas e isoladas em termos de vinculação a redes de serviços,
particularmente no interior do país, até práticas médicas de última geração e elevado grau de complexidade,
sobretudo nos grandes centros urbanos, sendo alguns dos estabelecimentos referências tecnológicas e
assistenciais para a saúde no Brasil.
Dos hospitais filantrópicos, 40% possuem menos de 50 leitos, 73% menos de 100 leitos e somente
3,25% possuem mais de 300 leitos, concentrando-se nas regiões Sudeste (49,15%) e Sul (25,11 %). Os
filantrópicos, em sua grande maioria (80% dos hospitais e 67% dos leitos), estão localizados no interior do
país.
Considerações Gerais
Para que o paciente receba todos os cuidados de que necessita durante sua internação hospitalar
deve haver não só o envolvimento de diversos serviços integrados, mas também equipes de profissionais
competentes - Corpo Clínico, Equipe de Enfermagem, Serviço de Nutrição e Dietética, etc.
O ambiente hospitalar é considerado um local de trabalho insalubre onde pacientes e profissionais
estão expostos a agressões de diversas naturezas: agentes físicos (radiações de Raio X e radioativos),
agentes químicos (medicamentos e soluções) e agentes biológicos (microrganismos).
Unidade Ambulatorial
Ambulatório
É a unidade do EAS destinada a atender a população da área de abrangência, na modalidade de
consulta médica geral ou especializada, fonoaudiologia, psicologia, etc. com critério de promoção,
prevenção, recuperação e reabilitação de forma programada. O acesso ao ambulatório deverá ser facilitado
ao público de maneira que não interfira no movimento interno do estabelecimento.
Sala de Aerossol/Nebulização
Ambiente destinado à utilização de aparelhos para veiculação de medicamentos via inalatória.
Provido de pia e bancada. A desinfecção das máscaras após o uso deverá ser realizada com água,
sabão e imersão em hipoclorito de sódio conforme protocolo.
Sala de Curativos
Este ambiente é destinado a procedimentos contaminados. Provido de pia e bancada. Os
procedimentos assépticos só poderão ser realizados neste ambiente, após a desinfecção da mesma.
Consultório
Os consultórios de ginecologia-obstetrícia, proctologia e urologia deverão possuir banheiro anexo.
Sala de Triagem
Local destinado ao atendimento, seleção e encaminhamento do paciente, segundo a gravidade e
patologia. Dotada de lavatório.
Sala de Higienização
Ambiente dotado de chuveiro e lavatório, destinado a higienizar os pacientes, se necessário.
Sala de Gesso
Local dotado de pia com cuba profunda, destinada à imobilização com gesso ou similares.
Sala de Reanimação
Ambiente destinado à assistência imediata de pacientes graves. Deverá possuir as seguintes
instalações: pias equipadas para lavagem das mãos, posto de enfermagem e armário para materiais e
equipamentos estéreis, fluxômetros de oxigênio e ar comprimido, vacuômetros (preferencialmente dois
bicos de cada, na parede, ligeiramente acima da cabeceira da maca ou leito de reanimação), equipamento
de proteção individual - EPI, equipamentos de monitoramento cardíaco, oximetria, capnografia e de
reanimação ventilatória AMBU, máscara de Hudson ou reanimador manual Muller, cateteres de
oxiqênioterapia, máscara de oxigenação mecânica não-invasiva, respiradores para ventilação mecânica
invasiva, equipamentos de entubação (cânulas, laringoscópio, etc.), material cirúrgico de intervenção de
emergência (drenagem torácica, traqueostomia/cricostomia, punção abdominal), Raio X portátil, SNG,
frascos de drenagem, sondas vesicais e de aspiração traqueal, cateteres de acesso venoso central e
periférico, soros e drogas.
Sala de Sutura
Ambiente dotado de pia e bancada, destinada a realizar suturas em tecidos com perda de solução
de continuidade ou atividades afins.
Enfermaria
Área de internação coletiva destinada a prestar assistência médica de enfermagem.
Deverá possuir lavatório na área de ocupação dos leitos. A porta do banheiro deverá abrir para fora ou
permitir a retirada da folha, caso seja necessário.
Apartamento
Área da internação individual destinada à prestação de assistência médica e de enfermagem.
Deverá possuir lavatório na área de leitos. A porta do banheiro deverá abrir para fora ou permitir a retirada
da folha, caso seja necessário.
Alojamento Conjunto
Modalidade de acomodação de recém-nascido normal em berço contíguo ao leito da mãe.
Berçário
Área destinada à internação de recém-nascidos normais, patológicos e prematuros.
Berçário de Isolamento
Ambiente destinado à acomodação de recém-nascidos que, por algum motivo, necessitem ficar
isolados dos demais. Deverá ser provido de área de higienização exclusiva, lavatório ao lado do berço e
local para desprezo de secreções e excreções.
Endoscopia
Ambiente destinado à realização de exames endoscópicos (digestivos e brônquicos). Deverá
possuir sala de exame provida de recurso hídrico para lavagem de mãos; sala para lavagem de endoscópio
com pia e bancada; sala de recuperação pós-endoscopia, sala para emissão de laudos e função de
secretaria. A sala deverá estar dotada de equipamentos a que se destinam: broncoscopia ou endoscopia
digestiva alta ou baixa.
Centro Cirúrgico
Unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas, bem como à recuperação pós-
anestésica e pós-operatória imediata.
É composta das seguintes áreas: área de recepção de pacientes, áreas de escovação, salas de
cirurgias, área de prescrição médica, posto de enfermagem e serviços, sala de recuperação pós-anestésica
e áreas de apoio como: sanitários com vestiários para funcionários e médicos (barreira), DML, guarda de
equipamentos, guarda de material esterilizado e copa.
Centro Obstétrico
Unidade destinada a higienizar parturientes, assistir em trabalho de parto; partos normais, partos
cirúrgicos, realizar curetagem e prestar assistência médica e de enfermagem ao recém-nascido.
É composta das seguintes áreas: sala de exame, admissão e higienização de parturientes; sala
de pré-parto; área de escavação, sala de parto normal, sala de parto cirúrgico, área para assistência de RN
(recém-nato), área de prescrição médica, posto de enfermagem e serviços.
Áreas de Apoio: Sanitários com vestiários para funcionários, DML, guarda de equipamentos e
copa.
O acesso às áreas de preparo da parturiente e salas de pré-parto se encontra anterior ao vestiário
de barreira.
Sala de exame, admissão e higienização da parturiente: ambiente destinado a higienizar e assistir
parturientes em trabalho de parto. Deverá possuir lavatório próximo aos leitos e banheiro anexo.
Área para assistência de RN (recém-nascido)
Ambiente destinado à execução dos primeiros cuidados dos recém-nascidos e à sua identificação.
Apoio Técnico
Central de Material Esterilizado (CME)
No expurgo realiza-se a recepção, desinfecção, separação e lavagem dos materiais. A área de
preparo e esterilização destina-se a preparar e esterilizar os materiais e as roupas vindas da lavanderia.
Alguns hospitais ou áreas hospitalares (centro cirúrgicos, por exemplo) utilizam expurgos
descentralizados os quais remetem ao CME o material preparado e limpo, pronto para a esterilização.
O armazenamento e distribuição de roupas e materiais serão realizados n a área de guarda e
distribuição.
• Áreas de Apoio da CME
o Sanitários com vestiários (barreira para área limpa).
o Depósito de material de limpeza.
o Sala administrativa.
Lactário
Unidade com área restrita, destinada ao recebimento de materiais, à higienização e desinfecção de
insumos e mamadeiras, bicos e arruelas, esterilização, preparo, armazenamento exclusivo de formulações
lácteas.
Áreas que compõe o lactário: área para recepção e lavagem das mamadeiras, bicos e arruelas,
área de prescrição de fórmulas, área de paramentação, esterilização, área de preparo e envase de formular
lácteas, área para o armazenamento e distribuição de mamadeiras.
O lactário tem as seguintes áreas de apoio:
• DML (Depósito de Material de Limpeza)
• Sanitários e vestiário exclusivo para funcionários deste setor (barreira para área de
esterilização, preparo e envase).
Nutrição Enteral
A área destinada para preparo, envase, armazenamento e distribuição de nutrição enteral deve
seguir rigorosamente a resolução ou portaria do Ministério da Saúde para sua aprovação e funcionamento,
levando em consideração as normas e rotinas padronizadas para os processos que envolvem a nutrição
enteral.
Apoio Logístico
• Processamento de Roupa - Unidade destinada a atender as necessidades de suprimentos
de roupa limpa em todas as unidades do EAS. Seguirá o seguinte fluxo:
o Recepção, separação, pesagem e lavagem das roupas (área suja).
o Centrifugação - secagem de roupas - costura (quando necessário) - passar, dobrar,
separar, preparar, armazenar e distribuir as roupas lavadas (área limpa).
Recomenda-se que a lavanderia deva estar distante das unidades de internação
pelo grande ruído produzido.
Ambientes de Apoio
Salas ou áreas que dão suporte aos ambientes destinados às atividades-fins de uma unidade.
Recepção
Local que se encarrega de dar informações gerais e recepcionar o público encaminhando-os aos
diversos setores do hospital, viabilizando o seu atendimento. É composta de:
• Área de espera de pacientes e acompanhantes.
• Área para registro de pacientes.
• Sanitários para o público separado por sexo, com adaptação para deficientes e anexo à
sala de espera.
• Fonte de água potável (bebedouro).
Posto de Enfermagem
Localizado na área de internação, este ambiente é destinado à enfermagem e/ou médicos, para
execução de atividades técnicas específicas e administrativas. É composto de:
• Prescrição médica e enfermagem: área dotada de bancada destinada a registrar a
assistência médica e de enfermagem diária.
• Preparo da medicação: área dotada de pia e bancada destinada a promover a dispensação
de medicamentos.
Rouparia
Área provida de armários para guardar roupas. Necessária em todas as unidades em que se
processam a troca de roupas, como: ambulatório, internação geral, UTI, centro cirúrgico/obstétrico, unidade
de emergência / urgência e berçário.
Vestiário de Funcionários
Ambiente destinado à troca de roupa, higienização e guarda de pertences dos funcionários. Deverá
ser separado por sexo.
Vestiário
Ambiente destinado à troca de roupa, devendo ser separado por sexo. Deverá existir sempre que
houver necessidade de estabelecimento de barreira: centro cirúrgico, central de material, centro obstétrico,
ambulatorial e lactário, lavanderia, etc.
Quarto de Plantão
Ambiente destinado ao repouso, guarda de pertences, troca de roupa e higiene pessoal dos
plantonistas do EAS. A separação por especificação do profissional plantonista fica a critério do diretor do
EAS. Deverá ser separado por sexo e ter banheiro anexo.
Copa de Distribuição
Ambiente sob a direção do serviço de nutrição (SND) do EAS, destinado apenas à alimentação e
guarda de utensílios. Deverá estar presente nas diversas alas do EAS, para melhor organização do serviço.
Necrotério
Unidade ou ambiente destinado a guardar conservar o cadáver. Deverá possuir uma fonte de água,
ter fácil acesso ao exterior para embarque de carro funerário. Necessita existir quando houver internação
e/ou atendimento imediato.
Geral
• Circulação
A circulação vertical para movimentação de pacientes no EAS deve ser feita por meio de rampas e
elevadores, sendo permitida a circulação pelas escadas somente para funcionários e alunos (hospitais-
escolas, universitários de graduação e pós-graduação, etc.).
A inclinação das rampas deverá obedecer aos parâmetros contidos na portaria Nº 1884 de
11/11/1994 do Ministério da Saúde.
• Monta-Carga
A instalação de monta-cargas deve obedecer a norma NBR 7.192 da ABNT. São utilizados para o
transporte de alimentos, roupas e materiais devidamente acondicionados.
As portas dos monta-cargas devem abrir para recintos fechados e nunca diretamente para
corredores. . Em cada andar o monta-carga deve ser dotado de porta corta-fogo, automática e do tipo leve.
A instalação de elevadores deve obedecer a norma NBR-7.192 da ABNT, aos dispositivos legais do
Ministério do Trabalho e a portaria de n° 1884 de 11/11/1994 do Ministério da Saúde.
Considerações gerais:
• Audição
Quer algo mais inconveniente que alguém gritando em algum lugar do hospital? Para quem está
chegando é muito desagradável. A analgesia adequada do paciente, treinamento do pessoal daquela
unidade para manejar este tipo de situação, a divisão de áreas, a presença de familiares com o paciente,
etc., conseguem diminuir este impacto e, é claro, dar mais conforto àquele doente. Cozinhas, lanchonetes,
cantinas, área de descanso de funcionários, podem gerar ruídos acima do aceitável. Música ambiente,
volume adequado em determinadas áreas levam a diminuição do stress. No entanto, pode ser irritativa na
medida em que estimula indesejavelmente o sensório. Muitas vezes, o silêncio é a melhor música para os
ouvidos cansados.
• Olfação
O cheiro hospitalar era bem característico até alguns anos atrás. Atualmente, com a diminuição do
uso de clorofórmio e do éter, com tratamento dos gases gerados, com os produtos e equipamentos de
limpeza e higiene ambientais de última geração, com os cuidados na dispensação de materiais de curativos
e recipientes especiais e a frequente remoção do resíduo hospitalar, tem diminuído sensivelmente este
cheiro.
Mas não somente este cheiro incomoda. Cheiro de cozinha, lanchonete e banheiro também
contribuem para que esta mescla de odores se tomem nauseantes. Exaustores, aerodores (eólicos), molas
que mantém portas fechadas, podem contribuir e muito para diminuir esta sensação, tornando o ambiente
hospitalar mais receptivo.
Externamente, bueiros fétidos podem ter na re-drenagem a solução do problema. Ou a aplicação de
um totem envolvendo este ponto como uma chaminé, com aproveitamento natural do sistema Venturi e ao
mesmo temo expondo a marca da instituição, poderia resolver o inconveniente.
• Tátil e Térmica
A sensação de quente ou frio em edifícios depende de muitos fatores. Falta ou mau funcionamento
de equipamentos para climatização ambiental indesejáveis ou bem-vindas correntes de ar interferem na
sensação do bem-estar do paciente ou seu familiar.
Até mesmo as cores podem ajudar a transmitir estas sensações. Cores harmônicas com o fim que
se destina ao ambiente (acalmar, estimular, etc.) estão bem definidas no arsenal das tintas.
Resumo
Como podemos perceber vários fatores fazem parte do "a primeira impressão é a que fica". Não é a
finalidade deste capítulo construir reformas e construções hospitalares, pois estas estão bem definidas em
legislação, mas lembrar que pequenos investimentos podem trazer bons retornos ou evitar grandes
problemas, se realizados ordenados e persistentemente. Nem mesmo aqui cabe discutir o conteúdo
hospitalar e o seu corpo clínico. Apenas reforçar que nós, enquanto usuários, procuraremos sempre pelo
melhor, e, as vezes, pela primeira impressão que tivemos ou tivermos.
Administração de Medicamentos
Comentário Geral
Administração de
medicamentos é o processo de
preparo e introdução de
medicamentos no organismo
humano, visando obter efeitos
terapêuticos. Segue normas e rotinas
que uniformizam o trabalho em todas
as unidades de internação, facilitando
sua organização e controle.
Para administrar
medicamentos de maneira segura, a
enfermagem deve utilizar a regra dos
cinco certos: medicamento certo,
dose certa, paciente certo, via certa e
hora certa.
Para preparar os
medicamentos, faz-se necessário
verificar qual o método para se aviar
a prescrição, sistema de cartão, receituário, prescrição médica, folha impressa em computador.
Durante a fase de preparo, o profissional de enfermagem deve estar atendo para evitar erros,
assegurando ao máximo que o paciente receba corretamente a medicação. Isto é, teoricamente, justifica-se
porque o medicamento deve ser administrado por quem o preparou, exceto em algumas unidades
especiais, ou quando do uso de dose unitária, etc.
Medicamentos de organização e de assepsia que visam auxiliar o profissional nessa fase de
trabalho podem ser protocoladas como segue.
• Preparo
Protocolo
1. Lavar as mãos antes e após o preparo e a administração de medicamento.
2. Preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação.
3. Evitar distração, diminuindo o risco de erro.
4. Realizar o preparo somente quando tiver certeza do medicamento prescrito, dose e via de
administração.
5. Verificar o período de validade, alterações do seu aspecto e informações do fabricante para
preparar o medicamento; não administrar o medicamento sem esses cuidados prévios.
6. Observar no preparo de medicamentos a dose certa, técnica asséptica e a diluição.
7. Ler e conferir o rótulo do medicamento três vezes. Ao pegar o frasco, ampola ou envelope
com medicamento; antes de colocá-la no recipiente próprio para administração e ao re-
colocar na prateleira ou descartar a ampola, frasco ou outra embalagem.
8. Verificar integridade dos invólucros que protegem a seringa e a agulha.
9. Colocar a agulha na seringa com cuidado, evitando contaminar a agulha, o êmbolo, a parte
interna do corpo da seringa e sua ponta.
10. Desinfetar toda ampola com algodão embebido em álcool a 70% e no caso de frasco ou
ampola levantar a tampa metálica e desinfetar a borracha.
11. Proteger os dedos com algodão embebido em álcool ao descartar o gargalo da ampola ou
retirar a tampa metálica do frasco ou ampola.
12. Aspirar a solução da ampola para a seringa (no caso de frasco/ampola introduzir o diluente
e homogenizar o pó com líquido sem sacudir).
13. Proteger a agulha com o protetor próprio e o êmbolo da seringa com o próprio invólucro.
14. As medicações devem ser administradas sob prescrição médica, em casos de emergência
é aceitável fazê-las sob ordem verbal; as medicações usadas devem ser prescritas pelo
médico e checadas pelo profissional de enfermagem que fez as aplicações.
15. Identificar o medicamento preparado com o nome do paciente, número do leito, nome da
medicação, via de administração e horário.
16. Deixar o local de preparo de medicação limpo e em ordem, utilizando álcool a 70% para
desinfetar a bancada.
17. Utilizar bandeja ou carrinho de medicação devidamente limpos e desinfetados com álcool a
70%.
18. Quando da preparação de medicamentos para mais de um paciente, é conveniente
organizar a bandeja dispondo-os na sequencia de administração.
• Administração
Protocolo
1. Manter a bandeja ou carrinho de medicações sempre a vista, durante a administração,
nunca deixando-o junto ao paciente (lúcido).
2. Verificar nome do paciente.
3. Esclarecer o paciente sobre o medicamento que irá receber, quando lúcido.
4. Efetuar o registro do medicamento administrado, com a hora da realização.
5. Na injeção intramuscular utilizar de 1 a 5 ml para diluição e, se houver necessidade de
maior volume, separar em duas seringas e duas áreas para injeção.
6. Não deixar o medicamento na mesa de cabeceira de pacientes ou permitir que terceiros o
administrem. Em caso de pacientes conscientes e medicamento via oral, permanecer junto
ao paciente até que o mesmo degluta o medicamento.
7. Respeitar o espaço de tempo entre medicações, como prescrito.
8. Utilizar luvas sempre que houver a possibilidade de entrar em contato com secreções ou
sangue do paciente.
Notas:
1. Todo medicamento administrado deve ser registrado e rubricado na prescrição.
2. Nas aplicações parenterais é importante anotar o local de administração.
3. A omissão inadvertida de um medicamento deve ser registrada e comunicada à enfermeira
e/ou médico tão logo seja detectada ("circular" o horário da medicação conforme
convenção).
4. Se houver recusa pelo paciente (lúcido) ou seus familiares em aceitar a medicação, deve se
comunicar imediatamente à enfermeira e/ou médico.
5. Sempre que possível, avaliar a história prévia do paciente e a droga, incluindo efeitos
contrários, alergias e idiossincrasias, antes de dar a droga. Observar ainda, jejum,
condições do músculo (IM) e rede nervosa (EV), dificuldades de deglutição (VO): história de
gastrite, úlceras, etc, são dados que devem ser registrados.
Drogas e Doses
EV (EV) ou IV (IV)
Material
• Bandeja ou cuba rim. Seringa e agulha.
• Escalpes ou dispositivos teflonados, adequados ao calibre da veia do paciente.
• Algodão em bolinhas.
• Álcool a 70%.
• Garrote (para via endovenosa)
• Medicamento - ampola, frasco - ampola, etc. Luvas de procedimentos.
Ação
Observar os protocolos de preparo e de administração de medicamento Î lavar as mãos Î calçar
luvas Î identificar o material com fita adesiva Î fazer anti-sepsia da pele, com álcool a 70% Î observar a
angulação de administração de acordo com a via e comprimento da agulha (adequado à via do tipo de
medicamento, à idade do paciente e à sua estrutura física) Î se endovenosa garrotear acima do local de
injeção (10 cm) Î solicitar que o paciente feche a mão Î introduzir a agulha no tecido com bisei pra cima -
no caso EV, confirmar aspirando levemente, mostrando presença de sangue e confirmação de estar na luz
da veia Î no caso de via subcutânea e intramuscular a presença de sangue ao aspirar contra-indica a
injeção (pulsão de vaso - retirar e refazer a pulsão em outro local) Î soltar o garrote Î injetar conteúdo da
seringa lentamente Î retirar a agulha e comprimir o local da pulsão Î desprezar a seringa juntamente com
a agulha em recipientes próprios Î retirar as luvas Î lavar as mãos Î anotar.
Local
Braço, antebraço (prega do cotovelo) e dorso das mãos. Outros locais poderão ser utilizados
dependendo da necessidade, urgência, etc.
A medicação também pode ser veiculada por meio de cateteres intravenosos de curta/longa
permanência e flebotomia.
Realizar rodízio nos locais de aplicação, o que evita lesões nos tecidos paciente, decorrentes de
repetidas aplicações.
Observações
• Preferencialmente, o paciente deve estar sentado ou deitado ao receber injeção
endovenosa.
• O ângulo de introdução da agulha na pele deve ser entre 15 e 30 graus.
• Retirar o ar da seringa após a aspiração do medicamento evitando a embolia gasosa.
Venóclise
É a administração endovenosa de regular quantidade de líquido por meio de gotejamento
controlado, num período de tempo pré-determinado.
Trocar conjunto de equipo e acesso periférico a cada 48/72 horas, ou antes, se necessário.
Material
Igual EV acrescido de: frasco com o líquido a ser infundido, suporte, medicamentos, equipo, cateter
periférico (escalpe, gelco ou similar), acessórios outros como torneirinha e bomba infusora, quando
necessário.
Indicações de I.M.
Para injeção de medicamentos irritantes - por ser uma área menos dolorosa, pela existência de
número menor de terminações nervosas no tecido muscular profundo.
Materiais
• Iguais à EV (sem o garrote).
• Agulhas 25x7, 25x8, 30x7 e 30x8
Protocolo
1. Lavar as mãos.
2. Calçar luvas.
3. Orientar o paciente para manter uma posição que auxilie o relaxamento do músculo onde
será feita a injeção, evitando o extravasamento e minimizando a dor.
4. Limpar a área onde vai ser dada a injeção, com um algodão embebido em álcool, conforme
protocolo. Nos adultos, é preferível aplicar no quadrante superior externo das nádegas. Em
lactantes, ou crianças, o melhor é utilizar a face lateral externa das coxas.
5. Aspirar a medicação para a seringa, seguindo as instruções para produtos que necessitem
de preparação.
6. Dar a picada no local programado, enfiando profundamente a agulha, mantendo o músculo
com firmeza, num ângulo de 90 graus.
7. Antes de injetar o produto, puxar o êmbolo da seringa para trás, a fim de verificar se a
agulha não atingiu nenhum vaso sanguíneo. Se aparecer sangue na seringa, ou se a cor do
produto sofrer alteração, retirar a agulha e injetar em outro local, tendo o cuidado de repetir
a operação, para saber se nenhum vaso sanguíneo foi atingido.
8. Aplicar a injeção lentamente.
9. Retirar o conjunto de agulha e seringa em movimento único.
10. Fazer pressão por alguns instantes no local da administração, com um algodão embebido
em álcool.
11. Descartar seringa e agulha em recipiente para perfuro-cortantes.
12. Retirar luvas e lavar as mãos.
13. Anotar.
Observações:
• Observar os protocolos de preparo e de administração de medicamentos.
• Usar sempre seringas e agulhas descartáveis.
• Verificar o prazo de validade. Interromper a administração da injeção se o doente se queixar
de dor intensa no local.
• Colocar um saco de gelo, após a aplicação (ou a interrupção da administração), para
minimizar a sensação de dor no local da administração.
Locais
Deltóide, dorsoglúteo, ventroglúteo e ântero-Iateral da coxa (músculo vasto lateral).
Em crianças, pela proximidade do nervo ciático, a região dorsoglútea é contra-indicada. Utilizar o
quadrante superior externo, 5 em abaixo do ápice da crista ilíaca.
Região antero-Iateral da coxa(terço médio) pode ser utilizado para adultos, crianças e bebês.
Regiâo ventroglútea (sem grandes vasos e nervos) também é indicada para qualquer idade.
Observações:
Respeitar os volumes de solução preconizados - músculo deltóide 2 ml, no glúteo 4 ml e, na coxa, 3
ml (ou maiores conforme alguns autores).
Evitar áreas inflamadas, hipotróficas, com nódulos, paresias, plegias e outros, pois podem dificultar
a absorção do medicamento.
As complicações mais comuns desta via incluem o aparecimento de nódulos locais, abscessos,
necrose e lesão de nervo.
Em caso de injeção de medicamento irritante, trocar a agulha (após aspiração do medicamento para
a seringa) e utilizar técnica em Z - deslizamento da pele no local da injeção. Não massagear, pois pode
provocar lesão tecidual.
Nesta via, os medicamentos são administrados na pele (na derme). Geralmente no antebraço o
volume injetado é sempre muito pequeno (de 0,06 a 0,18 ml).
Indicação
Via indicada para a administração de vacina BCG e como auxiliar em testes-diagnóstico e de
sensibilidade.
Material
Semelhante à Endovenosa, utilizando-se seringa de 1 ml e agulha 10 x 5 e 13 x 4,5. Não necessita
de garrote.
Local
• Para BCG - região deltóide do braço direito
• Testes de sensibilidade - região escapular, face interna do antebraço.
Ação
Observar os protocolos de preparo e de administração Î Anti-sepsia no local com álcool a 70% Î Esticar a pele para
inserir a agulha Î bisei elevado para cima Î angulação a 15 graus Î Injetar o medicamento que não deve ultrapassar de 0,5 ml,
observando a formação da pápula (elevação da pele) Î Descartar seringa e agulha em recipiente próprio.
Indicação
Vacinas como a anti-rábica, hormônios (insulina) anticoagulantes (heparina) e outras drogas que
necessitem de absorção lenta e contínua.
Material
Agulha 10 x 5 - utilizar ângulo de 90 graus. Agulha 25 x 7 - utilizar ângulo de 45 graus.
Protocolo
1. Lavar as mãos.
2. Limpar a área onde será aplicada a injeção, com um algodão embebido em álcool a 70% (a
escolha dessa área deve obedecer às determinações da enfermagem ou médico), conforme
o protocolo.
3. Aspirar a medicação na seringa.
4. Fazer uma prega no tecido subcutâneo.
5. Antes de injetar o produto, puxar o êmbolo da seringa para trás, a fim de verificar se a
agulha não atingiu nenhum vaso sanguíneo. Se aparecer sangue na seringa, ou se a cor do
produto sofrer alteração, retirar a agulha e injetar em outro local, tendo o cuidado de repetir
a operação, para saber se nenhum vaso sanguíneo foi atingido.
6. Injetar o medicamento.
7. Pressionar o local da injeção (não massagear).
Observações
A medicação subcutânea (SC) deve ser feita longe de áreas vermelhas, cicatrizes, inflamações,
hérnias, feridas Cirúrgicas ou feridas de pele (escoriações).
Usar sempre seringas e agulhas próprias para injeções subcutâneas, descartáveis. Observar os
protocolos de preparo e de administração de medicamento.
Aplicar a injeção seguindo as instruções do laboratório e a orientação específica dada pelo médico.
Consiste em injetar a preparação medicamentosa no canal raquidiano, podendo ser por via
subaracnóidea ou intratecal e por via epidural ou peridural. O uso desta via deve-se ao fato da difícil
passagem dos medicamentos do sangue para o tecido nervoso, especialmente para a região do encéfalo.
Os medicamentos ao devem ser soluções aquosas neutras, isotônicas, rigorosamente estéreis e
apirogências. Não devem ter conservantes germicidas, pois podem lesar o tecido nervoso.
A via subaracnóidea se realiza entre as membranas pia-máter e aracnóidea, e a administração
epidural consiste na injeção no espaço entre a dura-máter e a parede do canal raquidiano. Dado o pequeno
volume NE a lentidão do movimento do líquido céfalo-raquidiano, as preparações injetadas devem
apresentar pH e tonicidade próximos dos valores fisiológicos.
Observação
Observar os protocolos de preparo e administração de medicamentos.
Protocolos
• Adesivos Transdérmicos
1. Lavar as mãos.
2. Escolher o local onde o adesivo vai ser
colocado, dando preferência a regiões
não sujeitas à movimentação
excessiva (parte superior do tórax,
barriga, nádegas ou mesmo a região
superior do braço) e que não tenham
pelos. Se houver necessidade, aplicar
a tricotomia local antes de colocar o
adesivo. A região não poderá estar
ferida, inflamada ou irritada.
3. Lavar e secar cuidadosamente o local
escolhido.
4. Retirar o produto da embalagem e
colocá-lo sobre a pele, sem tocar na
parte adesiva.
5. Pressionar o lado adesivo fortemente sobre a pele, mantendo a pressão durante 10 a 20
segundos.
6. Uma vez colocado o adesivo na pele, não tentar destacá-la, mantendo-o pelo tempo
recomendado ou orientado pelo fabricante.
7. Após o tempo recomendado de uso, retirar o adesivo, dobrando-o ao meio e embalando-o
bem, antes de descartá-lo no lixo.
• Colírios Oftálmicos
1. Lavar as mãos.
2. Puxar delicadamente a pálpebra inferior para baixo, usando o dedo indicador.
3. Pingar o colírio sem encostar o aplicador ao olho, usando as quantidades prescritas.
4. Fechar o olho devagar.
5. Após pingar o colírio e fechar o olho, colocar o dedo indicador no canto do olho que fica
próximo ao nariz, fazendo uma ligeira pressão, durante 1 a 2 minutos. Esse procedimento
evita que o medicamento escorra para os canais que comunicam os olhos com o nariz e a
garganta tomando a medicação mais efetiva e impedindo que ela seja absorvida pelo
organismo, o que poderia aumentar os riscos de efeitos adversos.
6. Lavar as mãos para remover possíveis resíduos do produto.
7. Em caso de conjuntivite, usar luvas para o procedimento.
8. Anotar
Observações:
Antes de aplicar os produtos, verificar o prazo de validade dos mesmos. Nunca utilizar
medicamentos com prazos de validade vencidos; verificar se o colírio não apresenta partículas em
suspensão e se a cor do mesmo não está alterada.
Quando dois ou mais produtos são receitados para os olhos, deixar um pequeno intervalo de pelo
menos 5 minutos entre a aplicação de cada um deles. Não aplicar simultaneamente os diferentes produtos.
Se a aplicação do colírio com os olhos abertos (como descrito acima) for difícil, principalmente em
crianças ou doentes (lúcidos) que tenham forte reflexo de piscar os olhos, o produto pode ser aplicado com
os olhos fechados. Nesse caso, o doente deve deitar-se, fechar os olhos e o colírio ser pingado no canto
interno do olho, abrindo-o em seguida, para que o produto penetre no saco conjuntival por ação da
gravidade. Utilizar o mesmo procedimento para o outro olho.
No caso do doente ter que utilizar colírio e pomada oftálmica num mesmo tratamento, pingar
primeiro o colírio e, após 5 minutos, fazer uso da pomada. Nunca inverter a ordem, uma vez que a pomada
adere à superfície ocular, promovendo uma barreira que impedirá o contacto do colírio com a área a ser
tratada.
Manter os frascos de colírio sempre bem fechados. Frascos contaminados utilizados por vários
pacientes podem provocar verdadeiros desastres.
• Comprimidos Sublinguais
1. Lavar as mãos.
2. Colocar o comprimido na boca, por baixo da língua e fechar a boca.
3. Se o paciente estiver lúcido, orientar para que retenha a saliva na boca, sem engolir, até
que o comprimido se dissolva completamente. Se após alguns minutos o doente sentir um
gosto amargo, é sinal de que o comprimido ainda não foi completamente absorvido e de
que deve permanecer retendo a saliva por mais algum tempo. Em pacientes comatosos,
colocar o comprimido e pingar algumas gotas de água ou soro fisiológico para facilitar a
absorção do mesmo.
4. Após a completa dissolução do medicamento, engolir a saliva e só então beber água.
5. Lavar as mãos.
6. Anotar.
• Enemas
1. Lavar as mãos e calçar as luvas.
2. Deitar o paciente sobre o lado esquerdo (lúcido), na cama, mantendo o joelho direito
flexionado em direção ao peito e a perna esquerda esticada. Se paciente comatoso, a
enfermagem deve posicioná-lo como indicado. Os braços devem ficar relaxados, apoiados
sobre a cama.
3. Introduzir a cânula do aplicador no reto.
4. Acionar o mecanismo do aplicador até que todo o seu conteúdo seja transferido para o
intestino.
5. Retirar a cânula do reto.
6. Manter o doente deitado até que o mesmo sinta forte vontade de
evacuar (lúcido). Em pacientes comatosos colocar comadre antes
de iniciar infusão do líquido para o intestino.
7. Higienizar o paciente após a evacuação (nos comatosos,
neurológicos sem controles de esfíncter colocar a comadre ao
iniciar o procedimento). Se paciente lúcido encaminhá-lo ao
banheiro.
8. Se o material (cânula, etc.) for descartável, desprezá-lo em local
apropriado; caso contrário encaminhá-lo para limpeza e desinfecção
(protocolo).
9. Trocar roupa de cama se necessário.
10. Retirar luvas e descartá-las em local apropriado.
11. Lavar as mãos.
12. Anotar.
• Gotas Nasais
1. Lavar as mãos.
2. Limpar o nariz e enxugá-lo com um lenço de papel. Ou aspirar, em
presença de muita secreção nasal.
3. Encher o conta-gotas com o medicamento.
4. Inclinar a cabeça para trás e colocar, nas narinas, o número de
gotas prescritas pelo médico, procurando não encostar o aplicador dentro do nariz.
• Gotas Auriculares
1. Lavar as mãos.
2. Sentar e inclinar a cabeça para o lado - ou deitar - deixando o ouvido afetado para cima
(decúbito lateral esquerdo ou direito conforme o ouvido a ser medicado, se o paciente não
estiver lúcido).
3. Segurar o lóbulo da orelha (a ponta da orelha) e puxá-lo delicadamente para cima e para
trás (em adultos), a fim de permitir que o produto chegue mais facilmente ao canal auditivo.
Em crianças, o lóbulo da orelha deve ser puxado para baixo e para trás.
4. Encher o aplicador e pingar o número de gotas prescrito pelo médico, tendo o cuidado de
não encostar o aplicador no conduto auditivo, pois este seria facilmente contaminado.
5. Permanecer segurando o lóbulo da orelha, na posição acima indicada, durante alguns
segundos.
6. Fazer uma bola de algodão e colocá-la no ouvido (tamponar), para evitar que o
medicamento escorra para fora do mesmo.
7. Fechar bem a embalagem do produto.
8. Lavar as mãos.
9. Anotar.
Observação:
Antes de usar o produto ele pode ser aquecido, esfregando o frasco com as palmas das mãos até
atingir a temperatura do corpo.
Não colocar o frasco do produto em "banho-maria", ou em água quente, pois as altas temperaturas
podem alterar as propriedades da medicação e causar queimaduras ao ser aplicado.
4. Fazer uma massagem delicada na pele, até o completo desaparecimento da medicação (no
caso dos cremes) ou até que o produto tenha sido bem espalhado sobre a superfície da
pele a ser tratada (pomadas não desaparecem, deixando o local engordurado).
5. Retirar as luvas e descartá-las.
6. Lavar as mãos.
7. Anotar.
Observações:
Na maioria dos casos, não se deve colocar nada sobre a região tratada.
Quando recomendado pelo médico ou enfermeiro, pode-se usar uma folha de filme plástico
transparente (o mesmo que é utilizado para embrulhar alimentos) sobre a região tratada, até o produto ser
absorvido pela pele. Não deixar o filme plástico por mais tempo do que o recomendado.
Jamais usar filmes plásticos sobre lesões úmidas que produzam líquidos, como acontece com as
feridas.
O uso prolongado pode causar exagerada absorção do produto, o que poderia produzir reações
indesejáveis.
Cremes são produtos não-oleosos, que não mancham as roupas. Devem ser preferidos para uso no
couro cabeludo, em outras áreas da pele que apresentem pêlos ou lesões úmidas.
Pomadas devem ser escolhidas para locais onde a pele estiver seca, íntegra.
Cremes e pomadas, quando utilizados corretamente, exercem apenas efeitos benéficos no local da
lesão a ser tratada. O uso em quantidades maiores do que as prescritas - ou por período de tempo
prolongado - pode causar reações indesejáveis no organismo do doente.
• Pomadas Oftálmicas
1. Lavar as mãos.
2. Posicionar o paciente (lúcido) sentado (colocando a cabeça bem inclinada para trás) ou
decúbito dorsal.
3. Puxar a pálpebra inferior para baixo, usando o dedo indicador.
4. Colocar a pomada oftálmica sem encostar o aplicador no olho, usando as quantidades
recomendadas pelo médico.
5. Fechar o olho devagar.
6. Após colocar a pomada e fechar o olho, movimentar o globo ocular em círculos, ou de um
lado para o outro, a fim de espalhar bem o produto por toda a superfície.
7. Limpar a área externa dos olhos com lenço ou compressa de gaze, caso o produto tenha
extravasado.
8. Lavar as mãos para remover possíveis resíduos do produto.
9. Anotar.
Observações:
As mesmas observações para os colírios devem ser respeitadas para a aplicação das pomadas
oftálmicas.
Manter as bisnagas de pomada sempre bem fechadas.
7. Retirar o aplicador e lavá-lo com água morna e sabão - submetê-lo ao protocolo de limpeza
e desinfecção; se descartável, desprezá-lo em local apropriado.
8. Após item 7, recolocá-lo dentro da embalagem do produto.
9. Retirar as luvas, descartá-las em local apropriado.
10. Lavar as mãos.
11. Anotar.
• Sprays Nasais
1. Lavar as mãos e calçar luvas.
2. Limpar o nariz e enxugá-lo com
um lenço de papel. Ou, aspirar
em presença de muita secreção
nasal.
3. Manter a cabeça na posição
vertical, sem, no entanto, incliná-
la para trás.
4. Retirar a tampa do frasco e
colocar o aplicador na narina,
procurando não encostá-lo nas
paredes do nariz.
5. Simultaneamente, apertar o
spray (o número de vezes
indicado pelo profissional) e, se o
paciente estiver lúcido, orientá-la
para inspirar 2 a 3 vezes, pelo nariz.
6. Manter o dedo apertando o spray até retirar o frasco do nariz (para evitar que as bactérias e
o muco do nariz penetrem eventualmente no frasco).
7. Repetir a operação na outra narina.
8. Tapar o frasco do produto.
9. Retirar as luvas, descartá-las.
10. Anotar.
Observações:
Não usar as gotas nasais ou o spray por mais de 2 ou 3 dias. No caso da prescrição ser por mais
tempo, não utilizar o conteúdo do mesmo frasco (gotas ou sprays) por mais de 1 semana, pois as bactérias
do nariz contaminam facilmente o produto.
Nunca utilizar medicação que tenha sido usada por outra pessoa, nem guardar sobras para uso
posterior.
• Supositórios
1. Lavar as mãos.
2. Calçar luvas.
3. Deitar o paciente sobre o lado esquerdo (lúcido), na cama, mantendo o joelho direito
flexionado em direção ao peito e a perna esquerda esticada. Se paciente comatoso, o
enfermeiro deve posicioná-lo como indicado. Os braços devem ficar relaxados, apoiados
sobre a cama.
4. Retirar o supositório da embalagem e colocá-lo no ânus, empurrando-o o mais profundo
possível.
5. Manter o paciente deitado por mais alguns minutos, após a colocação do supositório,
procurando retê-lo no intestino por, pelo menos, uma hora.
6. Higienizar o paciente, se necessário.
7. Descartar embalagem e luvas em locais apropriados.
8. Lavar as mãos.
9. Anotar.
Observações:
Alguns supositórios vêm com a recomendação de serem guardados em temperaturas baixas. O
ideal é guardar o produto em local seguro fora de refrigeradores e longe de fontes de calor.
No momento de administrar, se o produto estiver com uma consistência mole, colocar-lo por alguns
minutos no congelador ou dentro de um copo com água bem gelada (sem retirar da embalagem), até que
adquira novamente uma consistência firme.
• Suspensão Oral
1. Agitar bem o frasco do medicamento (uma vez que o produto contém partículas que se
depositam no fundo da embalagem.
2. Utilizar uma colher-medida de plástico, própria para esse tipo de medicamento e que,
geralmente, acompanha a embalagem do produto (alguns deles vêm com 1 copo-medida,
ao invés de colher).
3. Colocar o medicamento na colher (ou no copo), observando a quantidade recomendada: 2,5
ml, 5 ml, 7,5 ml, 10 ml, etc.
4. Com pacientes lúcidos, ofertar água após a ingestão do medicamento. Outros tipos de
bebida (sucos, refrigerantes, etc.) nem sempre podem ser tomados após a medicação.
5. Anotar.
Observação:
Esta via de administração oral está contra-indicada em pacientes comatosos ou com dificuldades de
deglutição. Neste caso, utilizar SNG para veiculação da medicação.
Exemplos:
• Macrogotas:
Volume total = 500 ml
Tempo de infusão = 8 horas em macrogotas 500 ml x 20 gotas = 10.000 gotas
8 horas = 8 x 60 (minutos) = 480 minutos
10.000 gotas dividido por 480 minutos = mais ou menos 20 gotas por minuto.
• Microgotas:
Volume total = 250 ml
Tempo de infusão = 24 horas em microgotas
250 ml x 60 microgotas (1 rnl) = 21.000 microgotas 24 horas = 24 x 60 (minutos) = 1.440 minutos
21.000 microgotas dividido por 1.440 minutos = mais ou menos 14 microgotas por minuto.
Observação:
Existem vários modos de calcular o número de gotas. Adote um e familiarize-se com ele.
Precauções
Histórico
Em 1970, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças
(CDC) de Atlanta, EUA, publicou o Manual intitulado "Técnicas de
Isolamento para Uso em Hospitais", o qual foi revisado em
1975. Categorias de Precauções de Isolamento eram
recomendadas, tais como: estrito, protetor, ferida e pele,
precauções entéricas, precauções com secreções e
precauções com sangue.
Precauções de contato
• Contato com um ou mais tipos de matéria orgânica.
Precauções em transmissões pelo ar ou aéreas
• Transmitidas pelo ar, em forma de partículas de pequeno tamanho (menor que 5 micra),
levadas pelo ar a grandes distâncias.
Precauções com gotículas (partículas)
• Também transmitidas pelo ar, porém alcançam curtas distâncias (partículas ou gotículas,
maiores que 5 micra).
Nota
Para todos os tipos de precauções por Rotas de Transmissão, no caso de diagnósticos pelo mesmo
microorganismo em pacientes diferentes, está prevista a possibilidade de compartilharem o mesmo quarto
ou enfermaria. Os pacientes, em caso de surto, só sairão desse quarto com alta para casa ou quando não
estiverem mais com possibilidades de estarem colonizados.
Precauções de Contato
Procedimentos que fazem parte desta precaução/Indicação
No cuidado de pacientes com infecção suspeita ou reconhecida de importância epidemiológica que
seja transmitida pelas mãos e pele, tais como infecção ou colonização por agente multirresistente, herpes
simples, abcessos, celulite, furunculose, piodermites, pediculose, escabiose, conjuntivites, contato entérico
(hepatite A, diarréia infecciosa), contato com secreções respiratórias (vírus sincicial respiratório,
parainfluenza, enterovírus), etc.
Protocolo
• Protocolo de Precaução Padrão, inclusive no transporte.
• Quarto do paciente: individualizado ou coorte.
• Equipamentos: individualizados.
• Desinfecção e esterilização conforme rotina e protocolos.
• Normas especiais para MRSA.
Notas
Há recomendação do CDC de quarto individual e
ar com pressão negativa para o quarto destes pacientes.
É recomendado ainda que as pessoas suscetíveis
ao sarampo e varicela não entrem no quarto.
Precauções Empíricas
Considerações Gerais
A medida preventiva mais importante na transmissão de doenças é a lavagem de mãos, esteja ou
não o paciente infectado, seguido do conhecimento sobre as principais rotas de transmissão das doenças,
que determinarão o uso dos EPls.
As precauções empíricas exigem decisão e, para tanto, é necessário o conhecimento das doenças
infecciosas e suas formas de transmissão (rotas).
Como auxílio à tomada de decisão, pode-se colocar à disposição do profissional de saúde, material
bibliográfico com informações básicas e rápidas através de manual impresso ou informatizado.
Imunodeprimidos /Imunossuprimidos
Desde 1983 permanece o conceito de que o importante é a lavagem das mãos e que os
imunodeprimidos se infectam com microrganismos da flora endógena. No entanto, existem situações
específicas que podem requerer avaliação individual para a indicação do cuidado em hospitais onde é difícil
a triagem. Há algumas sugestões interessantes na literatura, como segue:
• Separação de pacientes que, se inadvertidamente colocados juntos com outros infectados
teriam maior suscetibilidade à aquisição de infecções como:
o Leucopenia (Ieucócitos abaixo de 1000/ml) e neutropenia (neutrófilos abaixo de
500/ml).
Preparo do Quarto
1. Limpeza do piso, soleira e esquadria das janelas, bem como da moldura da porta
com água e sabão.
2. Limpeza das superfícies de todo mobiliário presente.
3. Móveis e equipamentos devem ser restritos ao mínimo indispensável.
Cuidados da equipe
1. Utilizar luvas para proteção quando do possível manuseio de matéria orgânica,
seguindo as Precauções Universais.
2. Descontaminar as superfícies quando houver contaminação com matéria orgânica,
utilizando hipoclorito de sódio a 0,5 % por 30 minutos ou outro desinfetante
padronizado, com posterior retirada da matéria orgânica com pano ou papel-toalha,
seguindo-se de limpeza com água e sabão.
3. Fornecimento de alimentos cozidos servidos em embalagens descartáveis, além de
líquidos estéreis.
Observação:
Estas normas deverão ser seguidas por todos os profissionais que entrarem em contato com os
pacientes submetidos a transplantes.
Moderadamente recomendado:
• Reeducar o pessoal periodicamente para os cuidados com o cateter.
• Utilizar cateter de menor diâmetro compatível.
• Evitar a irrigação a menos que seja necessária para prevenir obstrução.
• Limpeza do meato urinário quando necessário.
• Não trocar o cateter a intervalos arbitrariamente fixados.
Recomendado:
• Considerar técnicas alternativas de drenagem urinária antes de usar um cateter.
• Trocar o sistema coleto quando a esterilidade do sistema tiver sido violada.
• Separar os pacientes com sonda vesical infectados dos não-infectados.
• Evitar monitorização bacteriológica de rotina.
Moderadamente recomendado
• Nas cirurgias eletivas, a estadia hospitalar pré-operatória deverá ser a mais curta possível.
• Pacientes mal nutridos, em operações não urgentes, deverão receber nutrição parenteral ou
enteral antes da operação.
• A tricotomia não deverá ser feita, a menos que os pêlos no
local da operação sejam tão espessos que possam
interferir no procedimento cirúrgico.
• Se for necessária tricotomia, os pêlos deverão ser
removidos com tesoura ou creme depilatório, ao
invés do uso de lâminas.
• Preparar a área operatória lavando-a com uma solução
degerrnante (de dentro para fora).
• Para cirurgias maiores, em salas cirúrgicas, o paciente
deverá ser coberto com campos estéreis.
• Entre operações consecutivas, o tempo de 2 a 5
minutos para escovação das mãos poderá ser
aceitável.
• Os aventais cirúrgicos (descartáveis ou
reutilizáveis) deverão ser efetivos como barreira
a bactérias, mesmo quando úmidos.
• Para cirurgias ortopédicas sobre osso ou de
implante, utilizar 2 pares de luvas.
• A sala de cirurgia deverá sofrer 20 trocas de ar por hora, 4 destas com ar
fresco.
• Todas as portas da sala de cirurgia deverão ser mantidas fechadas, exceto para a
passagem de equipamentos, pessoal e do paciente.
• Reduzir o número de pessoas em salas cirúrgicas ao mínimo necessário.
• Limpar a sala entre as várias operações.
• Feridas do tipo infectadas ou sujas não deverão ser fechadas intencionalmente.
• Drenos deverão ser colocados por uma contra-incisão.
• Classificar as cirurgias a cada operação pelo potencial de contaminação.
• Levantar os índices de infecção, conforme o potencial de contaminação, periodicamente, e
divulgá-los ao departamento de cirurgia (vigilância sanitária).
• Estes índices deverão ser encaminhados aos cirurgiões para que eles os comparem entre
si. Os índices poderão ser codificados de modo que os seus nomes não apareçam.
Recomendado
• Em cirurgias eletivas, o paciente deverá ser banhado uma noite antes com sabão
degermante.
• Vestir sapatilhas ao entrar na sala de cirurgia.
• Contatar o paciente até 30 dias depois da alta para determinar os índices de infecção.
Observações
• Os produtos anti-sépticos utilizados deverão ter o aval da farmácia e CCIH (registro do
Ministério da Saúde - Divisão de Medicamentos - DIMED).
• O instrumental cirúrgico e equipamentos deverão ser esterilizados conforme protocolo de
Esterilização. Prevenção da Pneumonia Hospitalar
A infecção do trato respiratório é o segundo principal sítio da infecção hospitalar, variando de 13% a
18% do total dos casos. Destes, cerca de 20% a 75% estão associados à mortalidade e a maioria é de
pacientes internados em UTI, sob ventilação mecânica.
Fatores de Risco
Entubação das vias aéreas e ventilação mecânica - Os tubos traqueais agem como corpo
estranho, traumatizando a mucosa e desequilibrando a atividade ciliar traqueal e a flora bucal. A
manipulação do tubo endotraqueal para aspiração de secreções propicia a contaminação.
Outros fatores - Diminuição do nível de consciência, existência de SNG, vômitos, debilidade física,
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), cirurgia torácica ou abdominal, alta imobilidade prolongada no
leito e diminuição da resistência imunológica.
As ações gerais preconizadas para prevenir infecção do trato respiratório referem-se a cuidados que
auxiliam a mobilizar secreções pulmonares e evitar broncoaspiração.
Muito recomendado
As recomendações abaixo deverão ser realizadas por pessoas treinadas, de preferência
fisioterapeutas, com exceção dos itens 1, 3, 4, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 26, 27 e 28.
1. Antes da cirurgia, tratar as infecções pulmonares existentes, remover as secreções e parar
de fumar.
2. Antes da cirurgia, instruir o paciente sobre a necessidade de tossir, respirar fundo e
deambular precocemente depois do ato cirúrgico.
3. Controlar qualquer dor que impeça a tosse e a respiração profunda.
4. Antibióticos não devem ser usados para prevenir pneumonia pós-operatória.
5. Lavar as mãos após o contato com secreções ou com o paciente que esteja entubado ou
traqueostomizado.
6. Usar somente líquidos estéreis em nebulizadores ou umidificadores.
7. Água condensada em tubulação inalatória ou de respiradores deve ser desprezada sem
retomar ao reservatório.
8. Nebulizadores de parede (tipo Venturi) deverão ser trocados a cada 24 horas.
9. Os tubos e máscaras de oxigênio não deverão ser trocados entre os pacientes.
10. Produto descartável, ou de uso único, não deverá ser reutilizado.
11. Após o uso, todo equipamento deverá sofrer desinfecção (prévia), antes da esterilização ou
desinfecção final.
12. Equipamento respiratório que entra em contato com membranas mucosas (cânulas) deverá
sofrer desinfecção (prévia) antes de ser esterilizado ou receber desinfecção de alto nível.
13. Os circuitos respiratórios, nebulizadores ou umidificadores, não-descartáveis, deverão ser
esterilizados ou desinfetados.
14. Realizar culturas para monitorar o processo de desinfecção dos respiradores somente na
vigência de algum surto de pneumonia hospitalar ou altas taxas de infecção.
15. Culturas obtidas durante o uso do equipamento respiratório apresentam dificuldade para
interpretação dos resultados.
16. Traqueostomia deve ser realizada sob técnica asséptica, exceto em emergência.
17. Sempre substituir uma cânula de traqueostomia por outra estéril.
18. A aspiração dos tubos endotraqueais deverão ser realizadas conforme protocolo, utilizando-
se cateter estéril (sondas de aspiração), ou sistema fechado (trocável 24/24 horas ou em
presença de secreção. Com secreção espessa utilizar líquidos estéreis para fluidificar.
Moderadamente recomendado
1. No pós-operatório, utilizar manobras fisioterapêuticas para remover as secreções.
2. Líquidos para uso em nebulizadores, uma vez abertos, deverão ser desprezados dentro de
24 horas.
3. Preencher os reservatórios com líquidos estéreis, imediatamente antes do uso (não deixar
estagnado).
4. Sempre desprezar o líquido anterior antes de colocar um novo no reservatório.
5. Os recipientes umidificadores de oxigênio, de parede, devem ser tratados conforme
protocolo.
6. Circuitos respiratórios devem ser trocados e esterilizados ou desinfetados a cada 24 - 96
horas ou quando necessário pela presença de secreções.
7. Os componentes esterilizáveis dos respiradores deverão ser esterilizados ou desinfetados.
Se necessário, fazer a troca entre os pacientes.
8. Utilizar técnica asséptica e luvas estéreis para o curativo das traqueostomias recentes.
9. Utilizar técnica asséptica na troca dos tubos endotraqueais.
10. Pessoas com infecção respiratória não deverão cuidar de pacientes graves.
Recomendado
• Utilizar um espirômetro de incentivo para as instruções pré-operatórias e pós-operatórias.
• Recomendável o uso de filtros de umidificação (higroscópicos ou não); filtros bacterianos
não são recomendados (há recomendação de filtros de umidificação) nos circuitos de
respirador.
Observação
Pacientes com infecções respiratórias, potencialmente transmissíveis, deverão ser isolados.
Moderadamente recomendado
• Cateteres plásticos serão aceitáveis somente se asseguradas as trocas a cada 48-72 horas.
• Cateteres de aço inoxidável devem ser usados para infusões periféricas de rotina e os
plásticos apenas quando for imperativo um acesso vascular seguro.
• Para venopunções, a tintura de iodo a 1 % é preferida, mas poderão ser usados
clorhexidina a 2%, iodóforos ou álcool a 70%. O antisséptico deverá ser aplicado
generosamente e friccionado por pelo menos 30 segundos.
• Inspecionar o local e fazer o curativo a cada 48-72 horas para cateteres periféricos ou
centrais que necessitem permanecer por mais tempo.
• Equipos usados para hiperalimentação devem ser trocados rotineiramente a cada 24-48
horas.
• A irrigação do sistema para melhorar o fluxo deve ser evitada.
• Amostras de sangue não devem ser retiradas pelo cateter, exceto em emergência.
• Na suspeita de infecção relacionada ao cateter, limpar o sítio de inserção com álcool, deixar
secar, e só então removê-lo. Submeter o cateter a protocolo de retirada de cateter.
Recomendado
• Descartar os equipos depois da administração de sangue, produtos sanguíneos ou
emulsões lipídicas.
• Cultivar o líquido que tiver o sistema endovenoso descontinuado por causa da suspeita de
contaminação (protocolo).
• O risco de infecção cai quando profissionais treinados implantam e realizam a manutenção
de cateteres endovenosos.
Biossegurança
Protocolo
Sarampo - Se o profissional não teve a doença
nem foi imunizado (suscetível) com contato, num tempo
inferior a 72 horas deve receber a vacina contra o
sarampo.
Coqueluche com tosse - Deve confirmar o
diagnóstico e ser afastado por 5 dias após o início da
terapia específica.
Outras doenças - Encaminhar-se ao
departamento de Médico do Trabalho ou obter orientações com a Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar.
• O Setor de Pessoal deverá ser comunicado até 24 horas após a exposição acidental para
preenchimento do Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT).
2. O médico responsável pela assistência destas ocorrências deverá, com apoio do CCIH:
• Informar ao profissional exposto a chance de contaminação com Hepatite B ou C e AIDS,
conforme seu estado vacinal
• Orientar o uso de vacina ou imunoglobina conforme a situação epidemiológica para hepatite
B do funcionário exposto e do paciente.
• Preencher protocolo para acompanhamento epidemiolágico destes eventos, pois estes
dados poderão ser analisados no futuro. .
• Em caso de paciente internado, verificar situação epidemiológica para AIDS, Hepatites B ou
C. Exposição a doenças infecto-contagiosas.
Hepatite B
• O risco ocupacional varia de 0,5 a 43%.
• Recomenda-se que todos os profissionais de saúde, especialmente aqueles que têm
atividades em áreas críticas, sejam vacinados para o vírus da hepatite B.
• Para os profissionais de saúde com esquema vacina I incompleto, está recomendada a
realização de teste sorológico (anti-HBs) após a vacinação (um a seis meses após a última
dose) para confirmação da presença de anticorpos protetores.
• A gravidez e a lactação não contra-indicam a utilização da vacina para o vírus B.
Hepatite C
• O risco ocupacional ainda não é conhecido.
• O risco de transmissão do vírus da hepatite C está associado à exposição percutânea ou
mucosa à sangue ou outro material biológico contaminado por sangue.
• Não existe nenhuma medida específica eficaz para a redução do risco de transmissão após
exposição ocupacional ao vírus da hepatite C.
• Todo o caso de acidente deverá ser encaminhado à CCIH do hospital para que o mesmo
seja notificado e sejam tomadas as medidas específicas e acompanhamento sorológico.
Diarréias Infecciosas
• Observar sintomalogia em funcionários ou pacientes em contato com o portador de diarréia
com características infecciosas.
• Em surtos não-controlados ou causados por salmonella, sem fonte identificada, deve-se
colher coprocultura de toda a equipe hospitalar.
• Em caso de surto no berçário, funcionários e pessoas que tenham contato com o paciente
antes das medidas de precaução, deverão realizar coproculturas (3 amostras com intervalo
mínimo de 48 horas entre elas).
• Funcionário com coprocultura positiva, com ou sem clínica, deverá ser afastado das
atividades pelo período de no mínimo 2 meses; realizar copoculturas de controle; alta
ambulatorial após 3 exames negativos com intervalo de 48 horas entre eles.
• Justificam-se estes cuidados acima uma vez que a transmissão de Salmonella pode ser
prolongada em portador assintomático e as sequelas clínicas são severas em pacientes de
alto risco como recém-natos, idosos, imunocomprometidos e os gravemente doentes.
• Em geral, uma criteriosa higiene pessoal, principalmente a lavagem das mãos antes e
depois do contato com os pacientes, reduz grandemente o risco de transmissão de
patógenos entéricos, mas o uso de luvas plásticas descartáveis é fundamental para
controlar um surto.
• Boa higiene de rotina longe do trabalho diminui o risco de transmissão entre os contatos
familiares.
Os equipamentos de Proteção Coletiva são utilizados para minimizar a exposição dos trabalhadores
aos riscos e, em caso de acidentes, reduzir suas consequências.
Exames Diversos
Eletrocardiograma (ECG)
Definição
É o registro gráfico da atividade elétrica do músculo cardíaco por meio de um aparelho denominado
eletrocardiógrafo. Utilizado como auxiliar diagnóstico dos distúrbios anatômicos, metabólicos, iônicos e
hemodinâmicos, é considerado de grande valor para o diagnóstico das arritmias cardíacas.
Ação
• Colocar o paciente em decúbito supino com o tórax descoberto. Pedir ao paciente que retire
o relógio, se estiver usando.
• Umidificar a superfície de contato dos eletrodos com gelou álcool para melhorar a
condutividade.
• Para fazer o ECG é necessário treinamento da técnica, que é variável de acordo com o
modelo de
• eletrocardiógrafo. Deve-se tomar um cuidado especial para evitar a troca na posição dos
eletrodos, o que pode dificultar a interpretação do exame.
• Em casos da Unidade não ter o equipamento, solicitar um serviço que possa disponibilizar
tal exame (cardiologista, pronto socorro, etc.) Î preencher guia de solicitação Î Auxiliar na
realização do exame Î Fornecer papel-toalha para a remoção do gel Î Identificar o
paciente, sua idade e o horário da realização do exame Î Anotar quem realizou.
Observação
Algumas vezes é necessário realizar tricotomia dos locais no tórax, onde serão colocados os
eletrodos para facilitar a aderência dos mesmos.
Notas
• Se não souber realizar o exame, solicitar ao médico plantonista ou cardiologista a
realização do mesmo.
• Lembrar que eletrodos invertidos alteram o resultado do exame.
• Apresentar o exame realizado ao plantonista ou disponibilizá-lo para o solicitante.
• Encaminhar o ECG para o serviço de laudos após a sua identificação com o nome, a idade
do paciente e o horário de sua realização.
Ecocardiografia (Ecocardiograma)
(Doppler e Colordoppler)
Definição
É um exame complementar que utiliza o ultra-som para gerar imagens. É um dos principais
instrumentos de apoio à decisão clínica em cardiologia.
Compõe-se, basicamente, de 4 modalidades:
• Modo M (mede dimensões das câmaras cardíacas).
• Modo Bidimensional (além das medidas, proporciona uma visão da anatomia e da
movimentação das estruturas do coração).
• Doppler (mede o fluxo de sangue e os gradientes intracavitários).
• Doppler Colorido (auxilia na detecção do fluxo em pacientes com sopros, comunicações
intra-cardíacas).
Ação
• Colocar o aparelho na posição correta para a realização do exame, de acordo com o
médico que irá realizá-lo.
• Pedir aos pacientes que descubram o tórax, se lúcido. As pacientes devem utilizar uma bata
ou avental com a abertura para frente.
• Disponibilizar uma bisnaga de gel e papel-toalha para o médico que irá realizar o exame.
• Cuidar para que a temperatura da sala esteja confortável para o médico e para o paciente.
• Ajudar o paciente a subir na maca, especialmente se for idoso ou debilitado, e ajudar no
posicionamento adequado do paciente, geralmente em decúbito lateral.
• Colher os dados de identificação do paciente, inclusive com peso e altura.
Observações
Os médicos ecocardiografistas costumam realizar os exames com os pacientes e os aparelhos
posicionados de modo diferente.
É o exame mais importante para diagnosticar malformações congênitas.
Ecodoppler Vascular
Equipamento que também utiliza ultra-som, analisa anatomia e fluxo em artérias e veias do
pescoço, tórax, membros e abdome.
Utilizado para identificação de placas (ateroma), grau de estenose (obstrução parcial ou total) ou
dilatações (aneurismas) nas artérias.
Nas veias, avalia o fluxo e presença de trombose (coágulo dentro da veia) e presença ou não de
refluxo (insuficiência venosa que é a causa de varizes).
A limitação dos dois exames é a presença de osso ou de ar diante da estrutura a ser analisada.
Observações
Exames de veia cava inferior, veias ilíacas, veia porta, veia mesentérica superior, veias renais, aorta
abdominal e artérias ilíacas e renais. Necessitam preparo e jejum prévio.
Equipamentos móveis (portáteis) permitem a realização deste exame em pacientes em unidades de
internamento.
Arteriografia e Tomografia
Tomografia
Técnica radiográfica que permite obter a radiografia de determinado plano de um órgão.
Arteriografia
Radiografia das artérias que se obtém após injeção de material radiopaco na corrente sanguínea.
• Preparo para arteriografia renal, pulmonar, membros inferiores, etc. = jejum (drenar SNG
gastrostomia) + tricotomia inguinal.
• Preparo para tomografia = jejum (drenar SNG, gastrostomia).
Ação
Realizar o preparo prévio, inclusive com substâncias de contraste, conforme o prescrito ou orientado
Î Acompanhar o paciente para o exame com os equipamentos apropriados de transporte Î Aguardar a
realização do exame atentando para as necessidades de manutenção do paciente no local (drogas, bombas
infusoras, ventiladores mecânicos) Î Remover o paciente para a unidade de internação após o término do
exame.
Notas
• O paciente deve ser conduzido em maca.
• Se houver manutenção de bainhas pós-exame (arteriografia), impedir movimentos do
membro afetado.
• A não ser em caso de emergência, a solicitação, bem como autorizações de exames,
deverão ser obtidas com antecedência e o horário marcado no serviço do exame.
• Paciente com Ventilação Mecânica exige presença de Enfermeira ou Fisioterapeuta do
turno bem como médico do serviço solicitante do exame (cirúrgica, médica, torácica, etc.)
em determinados tipos de exames.
Exattus Escola de Profissões 57
Atendente na Área da Saúde
Quimioterapia
Comentários Gerais
As drogas citotóxicas são substâncias capazes de restringir a proliferação de células tumorais
atuando em diversas fases do ciclo celular. Entretanto, elas também atuam sobre o ciclo celular de células
normais, produzindo toxicidade.
As principais características que tornam estas substâncias perigosas são:
• Genotoxicidade;
• Carcinogenicidade;
• Teratogenicidade;
• Evidência de toxicidade mesmo após baixas doses.
O preparo de medicamentos citotóxicos envolve muito mais do que o manipulador dos mesmos,
pois a quimioterapia é baseada em regras internacionais e nacionais bastante rígidas e abrangentes.
O guia para o Preparo Seguro de Agentes Citotóxicos da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em
Oncologia – SOBRAFO- enumera vários itens para se obter a segurança desejada:
Área de manipulação
A manipulação deve ser feita sob fluxo laminar em área, grau A ou B(classe 1000) circundada por
grau C (classe 10.000).
• Deve ser contígua a sala de vestuário, tendo a primeira pressão positiva em relação a segunda.
• Deve possuir superfícies lisas, teto rebaixado, paredes laváveis e canto nados arredondados, a
fim de facilitar a limpeza.
• Deve ser feito controle microbiológico periódico.
• A limpeza deve ser feita ao final da manipulação e ao início deve ser verificada a condição de
limpeza e os registros.
• É proibido o uso de cosméticos, jóias e relógio de pulso, com o intuito de evitar contaminação
por partículas.
• Acesso restrito a pessoas treinadas e paramentadas.
• Deve haver um programa de validação e monitoração do controle ambiental e dos funcionários.
• Não é permitido o uso de ralo, mesmo sifonado.
Área de vestuário
• Deve ser fechada e, preferencialmente, com dois ambientes para troca de roupa, quando
necessário.
• Deve possuir portas alternadas e pressão positiva em relação à área externa.
• Os lavatórios devem possuir torneiras ou comando que dispensem o contato com as mãos para
o fechamento da água.
Equipamentos
Cabine de Segurança Biológica Classe II B2 (com 100% de exaustão externa, sem recirculação de
ar), refrigerador, gerador, ecram, sistema de vedação de produto manipulado, lava-olhos e chuveiro.
Envolve macacão impermeável e, geralmente, uso de duplo par de luvas, estéreis (muitas vezes
com descartes imediatos após o manejo em determinadas drogas); gorro, óculos com protetores laterais,
máscara. Em caso de descontaminação de área deve-se utilizar máscaras de proteção respiratória de
carvão ativo com filtro de partículas, pois as máscaras cirúrgicas não protegem contra a inalação de agentes
citotóxicos.
Atribuições do Farmacêutico
Esta área é regida pela resolução n° 288, de 21 de março de 1996; área extensa, onde as
recomendações aos farmacêuticos incluem, mas não se
restringem ao que segue:
• Processo de seleção e compra de
medicamentos e materiais;
• Participação na Equipe Multiprofissional
em Oncologia, se possível participando de
reuniões e discussões de casos clínicos e
atividades didáticas e científicas da
equipe; - avaliação farmacêutica da
prescrição médica;
• Manipulação de drogas citotóxicas em
ambiente e condições assépticas,
obedecendo critérios de segurança e
validação do processo;
• Treinamento e informação a todos os
profissionais envolvidos no manuseio de
drogas citotóxicas (limpeza, almoxarifado,
enfermagem, etc.);
• Determinação do prazo de validade das
preparações.
Procedimentos
Os procedimentos devem ser escritos,
minuciosamente, desde a seleção e compra de
medicamentos e materiais, incluindo identificação e
registros de erros de medicação.
Assistência ao Paciente
A análise de prescrição deve ser o momento de maior interferência do farmacêutico, principalmente
pela possibilidade de atuar em caráter preditivo, minimizando os erros.
Documentação
Tabelas, registros, protocolos de tratamento, controle da sala de preparação, padronização de
medicamentos e materiais e, se possível, registro de controle microbiológico.
Saúde Ocupacional
Realização obrigatória de exames médicos na admissão, periodicamente (se possível a cada 6
meses), na demissão, quando afastado (após retorno ao trabalho) e alteração de função.
Nota
Ainda, no referido guia, 5 anexos complementam as orientações:
1. Técnica de Preparo de Citotóxicos.
2. Treinamento do Manipulador.
3. Recebimento, Armazenamento e Transporte.
4. Conduta em Acidentes: Derrame, Quebra, Acidentes Pessoais.
5. Descarte de Resíduos Citotóxicos.
Infusão de Quimioterápicos
Protocolo
1. Utilizar equipos de soros, especiais para medicações fotossensíveis.
2. Nunca furar o frasco de soro com quimioterápicos.
3. Vigiar o acesso venoso, se for periférico, em busca de flebite; se ocorrer, refazer a punção em
outro local.
4. Em caso de extravasamento interromper imediatamente a infusão.
5. Os extravasamentos de drogas antineoplásicas devem receber o primeiro cuidado com gelo,
exceto os alcalóides da vinca que deve ser com água morna e Procedimentos e Conduta em
extravasamento de citotóxicos.
6. Observar o paciente durante a infusão de quimioterápicos quanto à: náusea, vômitos, volume
urinário, hipertermia, hipotensão, taquicardia, sudorese, palidez, intolerância ao antiemético.
Notas
De acordo com as normas de cadastramento de serviços de alta complexidade em tratamento do
câncer no SUS:
• Devem existir rotinas escritas, atualizadas a cada 4 anos, assinadas pelo responsável para
cada área;
• Os centros de tratamento de câncer devem garantir internação do paciente quando
necessária;
• Cada paciente deve ter um prontuário com todas as informações sobre sua doença e
tratamento a que se submeteu, devidamente assinado pelo responsável;
• Todo preparo de medicamentos antineoplásicos deve ser realizado pelo farmacêutico em
cabine de fluxo de ar laminar classe 11 82.
Vesicantes
Substâncias cujo extravasamento produz vesículas, destruição dos tecidos ou ambos.
• Vesicantes
Carmustina, dactinomicina, doxorubicina, epirrubicina, idarrubicina, mecloretamina, melfano,
mitomicina C, vinblastina, vincristina, vinorelbina.
Irritantes ou não-vesicantes
Substâncias capazes de produzir dor no local da punção ou ao longo da veia, com ou sem reação
inflamatória.
• Não-vesicantes ou irritantes
Cisplatina, dacarbazina, docetaxel, gemcitabina, mesna (não diluído), oxaliplatina, paclitaxel,
tiotepa.
Mínima irritação
Metotrexate, mitoxantrona.
Nenhuma irritação
L-asparaginase, bleomicina, carboplatina, ciclofosfamida, citarabina, cladribina, fludarabina,
fluorouracil, ifosfamida, interferon, irinotecan, leucovorina, mercaptoupurina, topotecan.
Protocolo
1. Instruir o paciente a relatar qualquer sintoma de dor, ardor, prurido, formigamento ou sinal
de rubor e edema durante a infusão do quimioterápico.
2. O uso de filme adesivo transparente pode ser útil para manter a área puncionada sob
constante observação.
3. Estabelecer novo local IV, ao invés de usar IV preexistente.
4. Selecionar uma veia grande, se possível longe de articulações, nervos ou tendões, como no
antebraço (aquecimento com água ou bolsa quente pode ajudar a dilatar as veias). Podem
ser utilizadas as veias das mãos, mas o extravasamento nessa área causa lesão grave.
5. Evitar dar "tapinhas" sobre a veia. Isso poderá lesioná-la, alem de ser dolorido. Para
enchimento venoso, pressionar o local da punção com o polegar, no sentido distal-proximal,
solicitando ao paciente movimentos de abrir e fechar as mãos.
6. Caso a primeira tentativa de punção não seja bem sucedida, recomenda-se a escolha de
outro vaso, distante do primeiro.
7. Recomenda-se que fármacos vesicantes sejam administrados antes dos não-vesicantes.
8. Não administrar drogas vesicantes em infusão contínua por "scalp" ou "jelco" por mais de
30 minutos.
9. Fazer punção venosa limpa, de preferência usando cateter intravenoso de calibre
apropriado ou "butterfly". Deixar visível o local de entrada da agulha, para que possa ser
vigiado durante a infusão.
10. Em caso de administração em "push" em veia periférica, injetar o quimioterápico no ejetor
lateral do equipo com lentidão suficiente para evitar cessação ou reversão do gotejamento.
Vigiar a ponta da agulha para verificar extravasamento e verificar retorno de sangue a cada
2-3 ml durante a injeção.
11. Fazer lavagem completa da via IV com, no mínimo, 50 ml de solução salina ou soro
glicosado a 5%.
12. Elevar o membro e manter pressão suave no sítio de punção venosa por 5 minutos após a
retirada da agulha.
13. Evitar veias puncionadas há mais de 24 horas, ainda que com bom retorno venoso.
14. Ao se administrar quimioterapia, por intermédio de um aparelho de acesso venoso
totalmente implantado, deve-se inserir uma agulha de ponta Huber diretamente na cúpula
do dispositivo em ângulo de 90 graus com a pele, até que entre em contato com o assoalho
do aparelho. Primeiramente deve-se aspirar o sangue, a fim de se certificar da localização
Nota
Deve-se deixar a mão uma bandeja de extravasamento em toda área de assistência onde se
administre quimioterapia a pacientes.
Cada área estabelecerá um procedimento de verificação mensal do conteúdo das bandejas. A
bandeja de extravasamento deve conter:
1. Solução tópica de dimetisulfóxido (DMSO) a 99%.
2. Seis frascos de 1 ml de injeção de hialuronidase a 150 U/ml em refrigerador.
3. Creme de hidrocortisona a 1 %.
4. Frasco de 10 ml de injeção de tiossulfato de sódio a 25%.
5. Frasco de 10 ml de água estéril para injeção.
6. Seringa de 10 ml (para o preparo de tiossulfato de sódio).
7. Agulhas de calibre 25 x 7.
8. Seringas de 3 ml.
9. Marcador de tinta preta indelével.
10. Compressa de gelo - no congelador.
11. Compressas de gaze estéreis e fita adesiva.
12. Tipóia.
Extravasamentos Vesicantes
1. Parar de injetar imediatamente.
2. Notificar o médico responsável.
3. Desconectar o equipo IV da agulha de punção venosa e tentar aspirar o máximo possível de
droga em seringa limpa.
4. O uso de qualquer outro antídoto que não o dimetisulfóxido (DMSO) requer prescrição médica.
Nota
• Os pacientes devem ser seguidos de perto de tal maneira a se tomar providências apropriadas.
• Se a necrose for inevitável, deve-se remover cirurgicamente a escara e realizar enxertia
imediata.
Observação
Todo lixo de quimioterápico é considerado resíduo químico especial, não devendo se manipulado
nem ser desprezado em qualquer lixo (somente em lixo próprio, devidamente rotulado). Os Resíduos
Sólidos dos Serviços de Saúde obedecem à legislação extensa a respeito do assunto.
Comentários Gerais
O Sistema Único de Saúde (SUS), que é o responsável por 90% da cobertura no país, atendeu no
ano de 2003 mais de 1,3 milhão de pessoas nesse tipo de procedimento (quimioterapia).
Farmácia Hospitalar
o Nos casos de rótulos com validade indeterminada, considerar 2 anos após a data de
esterilização. Não utilizar materiais após a data de vencimento, pois não há garantia de
esterilidade.
o Verificar, ainda, a integridade da embalagem de qualquer material antes de liberá-Io para uso.
o Evitar a incidência da luz nos materiais, altas temperaturas (estufas ou motores próximos ao
local de estocagem) e umidade excessiva, evitando a alteração e contaminação dos produtos.
o Não armazenar grandes quantidades de materiais nas unidades.
o Devolver sempre ao estoque o excedente, corretamente identificado.
A Farmácia Hospitalar pode ter, de acordo com a instituição a que pertence várias atribuições:
• Fornecimento de material industrializado sem manipulação (questionável a presença do
profissional para esta atribuição);
• Manipulação de produtos industrializados para dispensação de doses individuais;
• Industrialização de produtos medicamentosos e correlatos;
• Manejo artesanal de medicamentos e correlatos.
A aquisição de soluções parenterais de grande volume (SPGV), bem como de outros produtos
médico-hospitalares deve ser protocolada. A seleção de fornecedores qualificados garantem ao hospital a
prestação de um serviço da melhor qualidade.
O protocolo facilita o desempenho do Departamento de Compras, que com o auxílio da Farmácia
poderá realizar aquisições no mercado, em condições favoráveis à instituição, utilizando ou não as licitações
(instituições privadas).
A seleção de medicamentos e demais produtos médico-hospitalares é um processo dinâmico,
contínuo, multidisciplinar e participativo. Assegura ao hospital acesso aos medicamentos e SPGV
necessários. Adotando critérios de eficácia, segurança, qualidade e custo, promove a utilização racional dos
medicamentos.
Informações técnicas
Água - Procedência, tratamento e ensaios realizados pelo controle de qualidade.
Plásticos - Tipo de matéria-prima utilizada a suas características, ensaios realizados pelo controle
de qualidade.
Matéria-prima farmacêutica - Procedência, ensaios realizados no controle de qualidade
Produto acabado - Ensaios realizados no controle de qualidade, procedimentos de esterilização
(descrever), rotinas. Anexar a cópia de cada produto registrado na DIMED/SNVS/MS.
Armazenamento - Tipo necessário de embalagem, posição dos frascos, empilhamento máximo (na
indústria, no transporte, no armazenamento), condições gerais de estocagem recomendada.
Recebimento - O recebimento das SPGV, medicamentos e demais produtos médico-hospitalares
deverá ser acompanhado por pessoal técnico qualificado.
Amostragem - Por meio de técnica de amostragem serão observados em todos lotes entregues:
Identificação - Nome do produtor, concentração da solução, data da fabricação, data da validade, número de lote e
registro na DIMED/SNVS/MS.
Condições de acondicionamento - Aspecto externo das embalagens (danos na estrutura física
das caixas), presença de umidade, condições de fechamento das caixas de papelão, presença ou não do
lacre.
Condições de transporte - Temperatura durante o transporte e condições do mesmo, tipo de
veículo e cuidados na descarga.
Laudo técnico - Cada lote, individualmente, deverá vir acompanhado no momento da entrega, de
laudo técnico emitido pelo fabricante, segundo as normas da Farmacopéia Americana 213 Ed.
Testes variados - Serão efetuados testes de tração, volume, pH e integridade das embalagens
plásticas, para cada lote, individualmente, obedecendo à técnica de amostragem.
As unidades que não estiverem de acordo com o protocolo deverão ser imediatamente recusadas
no momento da recepção ou devolvidas posteriormente, mediante resultados de outros testes.
Registrar em livro próprio de controle.
Estocagem - Após a liberação pelo controle de qualidade/recepção das SPGV, as mesmas serão
encaminhadas ao Almoxarifado ou Central de Abastecimento Farmacêutico para armazenamento.
Neste local específico de armazenamento vários cuidados devem ser observados:
• Umidade
O armazenamento das SPGV deve ser em local seco, sobre estrados de madeira, devendo
os frascos ficar sob forma ordenada, obedecendo o afastamento do solo (estrados), os espaços
laterais necessários para circulação e manuseio e no mínimo a 15 em da parede.
Se for observada presença de umidade nas embalagens ou frascos ou qualquer outra
alteração, todas as unidades deverão ser separadas e encaminhadas ao controle de qualidade.
• Empilhamento
Deve ser organizado de forma a permitir uma boa ventilação entre as embalagens e fácil
identificação. Deve ser seguida a orientação do fabricante quanto ao número máximo de caixas
permitidas para o empilhamento.
• Cuidados de Manejo
Os processos de transporte interno e armazenamento nas unidades devem ser realizados de forma
a evitar choques violentos nas embalagens.
Comentários Gerais
A dispensação individual envolve a participação e responsabilidade específica do farmacêutico. Nas
instituições em que o sistema de Dispensação Individual (incluindo as Soluções Enterais e Parenterais) está
implantado, um protocolo geral deve ser rigorosamente seguido; naqueles em implantação ou em estudo
para tal, o protocolo deverá ser levado em conta. Vários fatores interferem na implantação e/ou
implementação de um sistema de distribuição de medicamentos, como:
• Ausência de supervisão técnica adequada;
• Característica hospitalar como complexidade, tipo de edificação e fonte mantenedora;
• Gestão eficiente de estoque;
• Existência de controle de qualidade de produtos e processos;
• Manual de normas e rotinas aplicável.
Prescrição
A prescrição médica para
dispensação em dose individual para
24 horas deve ser feita, sem rasuras,
em duas vias (carbonada ou
informatizada), perdendo sua
validade após este prazo. Deve
conter identificação e especificação
completa:
• Nome do paciente;
• Registro;
• Clínica;
• Data e hora da prescrição;
• Nome e posologia do
medicamento;
• Instruções e frequência de
administração;
• Nome, CRM (carimbo) e
assinatura do médico;
• Em caso de nutrição parenteral deverá ser informada a fórmula e a quantidade de frascos.
Observações
• Os medicamentos que não forem utilizados nas 24 horas, por alta, óbito ou transferência,
deverão ser devolvidos.
• As clínicas terão estoques apenas de medicamentos de emergência, que serão repostos
após o uso (em nome do paciente que usou).
Rotulagem
O rótulo dos frascos de Nutrição Enteral ou Parenteral deverá ser impresso e conter:
• Nome do paciente;
• Registro;
• Clínica e leito;
• Data e horário de preparo;
• Fórmula com a quantidade dos componentes;
• Gotejamento indicado;
• Prazo de validade e número sequencial do controle;
• Nome do responsável técnico pelo preparo.
Armazenamento
O armazenamento das Soluções Enterais e Parenterais deve ser feito sob refrigeração constante
entre 4 e 8°C e retirados, no máximo, 2 horas antes da administração, para atingir a temperatura ambiente.
O controle da temperatura da geladeira deve ser diário, por meio de termômetros que registrem
máxima e mínima, verificadas pelo menos 2 vezes ao dia e registradas em um mapa para controle das
oscilações.
Validade
As Soluções Parenterais terão sua validade por um período máximo de 72 horas.
Auto de Inspeção
O laboratório de preparo de Soluções Parenterais deverá receber periodicamente a visita de
técnicos do hospital, para a realização de um auto de inspeção em suas instalações, em que será cumprido
o roteiro para inspeção de indústrias farmacêuticas, conforme instrução da DIMED/MS.
Controle de Qualidade
O controle microbiológico e de pH das soluções deverá ser feito após cada solução preparada.
O transporte das soluções deve ser feito em recipientes térmicos exclusivos, de modo a garantir que
a temperatura se mantenha entre 2°C e 20°C, por um tempo superior a 12 horas, protegido da luz solar.
Culturas de rotina da superfície ou do ar ambiente não têm valor.
• Efetuar anti-sepsia com solução alcoólica durante 30 segundos no local a ser perfurado ou
cortado. Deixar secar.
• Em última necessidade, deixar a agulha no frasco de soro, mantendo-a sempre vedada com
tampa estéril ou algodão hidrófobo.
• Não utilizar o "corta-plast".
• Não utilizar tesoura para abrir o frasco.
• Em caso de problema, comunicar a CCIH.
Protocolo
• Verificar o número do lote, produtor e qual o material.
• Encaminhar o frasco-problema aos laboratórios de micologia e bacteriologia para cultura.
• Coletar amostras do material nas clínicas e unidade de internação em número
correspondente a 10% do total existente.
• Efetuar a cultura dos 50% dos frascos coletados.
• Efetuar o teste de violeta genciana.
Observação
Para cultura bacteriológica realizar a incubação em 5 (ou mais) tubos de tioglicolato por, pelo
menos, 7 dias.
Teste de Violeta Genciana: mergulhar os frascos em água com solução alcoólica de violeta
genciana a 1 % e deixar, no mínimo, por 6 horas. Se houver penetração do cortante, significa que há
microfuros.
Observações
• Esta normativa deve ser executada pela CCIH.
• Após sua realização deve ser preenchido um protocolo específico para controle.
Primeiros Socorros
Procedimentos iniciais:
Mantenha-se calmo, inspire confiança - evite pânico.
Parada Respiratória
Sinais Graves
Ausência de movimentos do tórax, arroxeamento da
face, inconsciência, imobilidade.
Causas
• Gases venenosos, vapores químicos ou falta de
oxigênio
• Afogamento
• Sufocação por saco plástico
• Choque elétrico
• Abalos violentos resultantes de explosão ou
pancadas na cabeça
• Envenenamento por ingestão de sedativos ou
produtos químicos
• Soterramento
• Sufocação por corpos estranhos nas vias aéreas do bebê, da criança, do adulto.
Estado de Choque
Sinais
Pele fria, sudorese, palidez de face, respiração fraca, visão turva, pulso fraco, semiconsciência,
vertigem ou queda ao chão.
Causas
• Queimaduras
• Ferimentos graves ou externos.
• Esmagamentos
• Perda de sangue
• Envenenamento por produtos químicos
• Ataque cardíaco
• Exposições extremas ao calor ou frio
• Intoxicação por alimentos
• Fraturas
Providências
Avaliar rapidamente o estado da vitima e estabelecer prioridades. Manter a vitima deitada, se
possível com as pernas elevadas 25 a 35 cm, afrouxar as roupas e agasalhar a vitima.
Desmaio
Sinais
• Palidez, suor, pulso e respiração fracos.
Providências
Sentar ou deitar a vítima. Abaixar a cabeça e realizar leve pressão sobre a nuca.
Hemorragia
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos. Não perca tempo.
Procedimentos
Faça pressão diretamente sobre a ferida para estancar a hemorragia. Nunca use torniquete para
hemorragia - exceto perna e/ou braço amputado, esmagado ou dilacerado.
Fraturas
O primeiro socorro consiste apenas em impedir o deslocamento das partes fraturadas, evitando
maiores danos.
Não desloque ou arraste a vítima até que a região suspeita de fratura tenha sido imobilizada, a
menos que haja perigo eminente (explosões, trânsito, etc.).
Entorses e Distensões
• Trate como se fosse fraturas.
• Aplique gelo e compressas frias no local.
Contusões
Providências
Repouso do local (imobilização), compressas frias.
Qualquer vítima que estiver inconsciente pode ter sofrido pancada na cabeça (concussão cerebral).
Ferimentos
A. Ferimentos Leves ou Superficiais
Procedimentos
Faça limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio cromo ou iodo e
cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao Pronto Socorro ou UBS.
Não tente retirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.
C. Ferimentos Perfurantes
São lesões causadas por acidente com vidros, metais, etc.
1. Farpas
Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze.
2. Atadura
Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho.
3. Bandagem
Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma
parte do corpo lesada.
Cuidados:
• A região deve estar limpa.
• Os músculos devem estar relaxados.
• Começar das extremidades dos membros lesados para o centro.
Importante:
Qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve ser
afrouxado imediatamente.
Torniquetes
São utilizados somente para controlar hemorragias nos casos em que a vítima teve o braço ou a
perna amputada ou esmagada.
Queimaduras
Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo e uma queimadura. Quando
o corpo entra em contato com:
• Chama, brasa ou fogo.
• Vapores quentes.
• Líquidos ferventes.
• Sólidos super aquecidos ou incandescentes.
• Substâncias químicas.
• Emanações radioativas.
• Radiações infra-vermelhas e ultra-violetas.
• Eletricidade.
Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a
"Choque de queimadura" e pode morrer se não receber
imediatamente os primeiros socorros.
Pequena Queimadura
A que atinge menos de 10% do corpo
1 ° GRAU - ex: raios solares.
2° GRAU - formação de bolhas na área atingida.
3° GRAU - atinge tecidos mais profundos.
Importante: O risco de vida (gravidade), está na extensão da superfície atingida devido ao estado
de choque e contaminação da área (infecção bacteriana).
Procedimentos:
Visa prevenir o estado de choque e contaminação.
Não faça:
• Não fure as bolhas
• Evite tocar a área queimada.
Transporte de Acidentados
Antes de providenciar a remoção da vítima:
• Controle hemorragias e respiração.
• Imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas.
• Procure puxar corretamente o ferido segundo a técnica para um local seguro afim de iniciar
os primeiros socorros.
• Ao levantar uma vítima de acidente, proceda com os cuidados adequados, preservando a
integridade da coluna cervical, solicitando sempre a ajuda de uma ou duas pessoas
presentes.
Envenenamento
Intoxicação grave causada por produtos nocivos ao organismo (drogas, gases, ervas venenosas,
produtos químicos, comidas diferentes, etc.) Ligue para C.C.1. (Centro de Controle de Intoxicações).
Sinais e Sintomas
Hálito característico, observar cor das mucosas, dor abdominal, tonturas, etc.
Procedimentos
1. Venenos Ingeridos
o Provoque o vômito.
o Dê o Antídoto Universal.
02 Partes de torradas queimadas.
01 Parte de leite de magnésia.
01 Parte de chá forte.
o Mantenha a vitima agasalhada.
o Respiração de Socorro (método Sylvester).
o Leve ao médico ou Hospital o recipiente com restos do veneno ou o rótulo. Ao ligar
para o C.C.I. tenha todos os dados da ocorrência: hora da ingestão, idade da
vítima, como ela se encontra no momento e, se possível, o nome do produto
ingerido. Não se esquecer de ter caneta e um papel para anotar possíveis condutas
imediatas a serem feitas.
2. Venenos Aspirados
Sinais e Sintomas
• Palidez de pele, cianose de lábios, falta de ar, perda dos sentidos.
Procedimentos:
• Areje o ambiente.
• Aplique respiração pelo método de Sylvester.
Corpos Estranhos
Pequenas partículas de vidro, madeira, poeira, carvão, areia ou limalha, grãos diversos, sementes
insetos mosquitos, formigas, moscas, besouros, etc. que podem penetrar nos olhos, nariz e ouvidos.
• Olhos
o Piscar os olhos para permitir que as lágrimas lavem e removam pequenas partículas. Não
tente retirá-los e nem esfregue os olhos com os dedos. Se não der certo, faça outros
procedimentos.
o Pálpebra sobre pálpebra.
o Irrigar o olho com soro fisiológico, água limpa com conta gotas, ou embaixo de uma torneira
abrir pouco deixando a água escorrer sobre o olho atingido.
o Quando o corpo estranho estiver no "branco" do olho e for terra ou areia, poder-se-a tentar
retirar delicadamente com um cotonete.
o Se o corpo estranho estiver fixo ao globo ocular não tente retirá-lo, coloque uma compressa
ou pano limpo ocluindo os dois olhos para evitar movimentos conjugados e leve a vítima ao
hospital imediatamente.
• Nariz
o Tente expelir o ar pela narina com corpo estranho fazendo certa pressão com a boca fechada
e o outro lado comprimido com o dedo.
• Ouvidos
o Não introduza nenhum instrumento pequeno, quando o corpo estranho for inseto coloque
algumas gotas de óleo caseiro dentro do ouvido atingido.
• Garganta
o Mantenha-se ao lado da vítima e de forma calma peça para que ela tussa várias vezes, com a
intenção de expelir o corpo estranho.
o Aplique alguns golpes com a mão em concha no meio das costas, com o tronco levemente
fletido para frente.
o Tentar Manobra de Heimlich.
o Não obtendo sucesso realizar respiração boca a boca com a vítima deitada em decúbito
dorsal até a chegada de socorro médico.
Convulsões
• Ataque de Epilepsia
o Se durar mais de 15 minutos chame um medico.
o Antes do socorro, proteja o corpo da vítima para que ela não se machuque contra objetos,
afastando-os.
o Não segure seus membros e aguarde socorro.
Perturbação Mental
• Situações em que as pessoas apresentam distúrbios de comportamento como
agressividade, perda de memória, agitação.
o É necessário agir com calma e paciência para controlar e conduzir adequadamente ao
atendimento médico de urgência.
Alcoolismo
A ingestão de álcool pode trazer sensações prazerosas. Com o excesso, pode provocar sérios
problemas para o individuo no seu meio familiar e social. Ingestão crônica causa cirrose, distúrbios
psicóticos e "delirium tremens".
Não faça:
• Não discuta com o doente.
• Não seja áspero ou autoritário.
• Não segure o doente, salvo para impedi-lo de ferir a si mesmo ou a outrem.
Parto Súbito
Parto é um ato natural
Procedimentos
• Chame um médico ou providencie transporte para um Hospital, quando possível.
• Higiene das mãos, tesoura, barbante e panos limpos.
• Cuidados com o recém-nascido, se o mesmo não estiver respirando aplique-lhe respiração
boca-boca.
• Mantenha a calma, converse com a parturiente transmitindo-lhe confiança.
• Acomode-a em decúbito dorsal elevando seu tronco.
• Cubra seu abdômen com um lençol limpo e esteja preparado para segurar o bebê se este
vier a nascer até a chegada ao Hospital mais próximo, caso você esteja levando a
parturiente num carro particular e o parto desencadear.
Não Faça:
• Não interfira no processo de parto.
• Não lave a película de cor esbranquiçada que cobre o corpo do recém-nascido. Ela protege
a pele.
• Nenhuma medida deve ser tomada com relação aos olhos, ouvidos, nariz e boca do bebê.
• Jamais puxe ou tracione o cordão umbilical ligado a mãe enquanto ela expulsa a placenta.
• Encaminhe sempre mãe e filho ao hospital, mesmo que ambos estejam bem.
Doenças no Bra
asil
A vida
v agitada nos grandess centros urb banos, a faltta de
exercícios físicos,
f o esttresse, a poluição, a alimmentação
rápida e rica
r em go ordura e aççúcar e o consumo
excessivo ded bebidas alcoólicas e ta abaco estãoo causando
diversas doenças
d no
os brasileiro os. Advindo os destes
problemas, são mais comuns,
c noss grandes ce entros
urbanos, doenças com mo o cânce er, o diabettes e
doenças do o coração,
Enq quanto isso, na zona rura al e nas perifferias das
grandes cid dades, aume entam os ca asos de doenças infeccio osas e
parasitáriass, em função das péssimas condiçõe es de higienee. A falta de
água tratad da e o deficiente sistema de esgo oto nas reg
giões norte e
nordeste do Brasil tem m sido a causa de vá árias doença as, como, por p
exemplo: có ólera, malária
a, diarréia e hanseníase..
ncipais Doe
Prin enças no Bra
asil
ncer
Cân
De acordo comm os últimos dados, verificou-se que o câncer a segunda do oença que mais
m mata noo
Brasil. O câ
âncer é caussado por uma a multiplicaçção excessivaa de células em determinadas regiõe es do corpo..
Se não trata
ados a tempo, podem se e espalhar pe elo corpo (metástase) e acometer
a vá
ários órgãos, provocando o
a morte do paciente. Os
O tipos de câncer
c mais comuns são o: câncer dee pele, cânccer de mama a, câncer dee
pulmão, câncer de próstata entre outros. Há um u fator gen nético no deesenvolvimen nto do cânc
cer, porém a
alimentaçãoo e os hábito
os de vida também estão o relacionado
os ao desenvvolvimento de câncer. Fuumantes, porr
exemplo, poossuem uma a maior probabilidade de desenvolverem o cânce er de pulmãoo. O diagnóstico rápido e
tratamentoss com quimiooterapia ainda são os reccursos dispon níveis mais usados
u no co
ombate ao cââncer.
Doeenças respirratórias
As doenças resspiratórias mais comuns são: bronqu uite, asma e pneumonia. Atingem priincipalmentee
os habitantes dos granndes centross urbanos, que respiram m um ar de péssima
p qua
alidade. O monóxido
m dee
carbono e o dióxido de carbono (gás carbônico)) são gases resultantes
r d queima de
da e combustíveeis fósseis e
são altamente prejudiciais ao sisteema respirattório do ser humano. A inalação dee gases poluuentes pode e
provocar o apareciment
a to destes tipo
os de doençaas.
Diabete
É uma doença causada porr fatores gen néticos e tam
mbém por háábitos alimen
ntares não addequados. A
obesidade, por exemplo o, pode dessencadear a diabete. As pessoas qu ue tem diabeete precisa de
d cuidadoss
rigorosos, pois
p correm o risco de terem probleemas como:: amputação o de órgãos causados porp necrose,,
cegueira, le
esões renaiss etc. O acoompanhamen nto das taxa as de açúca
ar no sangue e é fundame ental para o
paciente quue tem diabeete. O tratam
mento pode ser
s feito com m dietas em casos
c mais ssimples ou com
c injeçõess
de insulina, para casos mais gravess.
Exa
attus Esc
cola de Profissõe
P es 800
Atendente na Área da Saúde
AIDS
A AIDS é uma doença recente e que ainda não possui uma cura definitiva. É provocada pelo vírus
conhecido como HIV que é transmitido através de várias formas: relações sexuais, compartilhamento de
seringas, contato com sangue contaminado etc. Embora não haja cura, o soropositivo pode levar uma vida
normal tomando um coquetel de remédios que controla a presença do vírus no organismo. O vírus HIV é
mutante e, por isso, tem dificultado a criação de uma vacina ou de um remédio que o elimine definitivamente
do organismo. A utilização de preservativos em relações sexuais e o não compartilhamento de seringas
injetáveis ainda são as medidas mais eficientes para se evitar a doença.
Dengue
Esta doença é provocada pela picada do mosquito Aedes Aegypti. Foi considerada doença
epidêmica na década de 1980, fazendo centenas de vítimas fatais no Brasil. É uma doença que cresce na
época do verão, pois o mosquito precisa da umidade e de água parada para depositar os ovos. As
campanhas educativas têm surtido efeitos positivos na diminuição da doença. As recomendações para
diminuir a proliferação do mosquito transmissor são: não deixar água parada e eliminar os focos de
reprodução do mosquito.
Cólera
A cólera é uma doença típica de regiões que sofrem problemas de abastecimento de água tratada.
A sujeira e os esgotos a céu aberto ajudam no aumento de casos da doença. A região nordeste do Brasil é
a que mais sofre com este problema. Água limpa e tratada, tratamento de esgoto e condições ambientais
adequadas dificultam a proliferação da doença.
Hanseníase
Popularmente conhecida como lepra, a hanseníase é causada por uma bactéria conhecida como
Mycobacterium leprae. Esta doença causa lesões na pele, principalmente nos braços e pernas, podendo
também atingir as cartilagens e o sistema nervoso do paciente. O tratamento é feito com a utilização de
remédios, porém é de longa duração.
Hepatite
Já foram registrados e estudados três tipos de hepatites virais: A, B e C. O mais grave é o tipo C,
pois em estado avançado pode provocar câncer de fígado e cirrose. O contágio pode ocorrer através do
contato com sangue contaminado ou relações sexuais sem uso de preservativo. O vírus se instala no fígado
do doente e pode se manifestar muitos anos depois, quando a doença já está num estágio avançado. A
hepatite dos tipos A e B, mais comuns, podem ser transmitidas através de alimentos ou água contaminada.
Leishmaniose
Esta doença é causada por um protozoário que aparece nas vísceras, no intestino ou na pele da
pessoa infectada. A forma mais comum é a que se manifesta na pele do paciente. O hospedeiro transmissor
da doença é um inseto que ao picar o ser humano transmite o protozoário. Regiões de favelas ou áreas com
poucas condições de higiene favorecem o desenvolvimento do mosquito, facilitando a transmissão da
doença.
Sarampo
É uma doença infecto-contagiosa provocada por um vírus. É transmitida através de gotículas de
saliva contaminada que pode ser transmitida de uma pessoa contaminada para uma saudável. Em seu
estágio avançado, começa a aparecer manchas pequenas e avermelhadas na pele que, com o tempo,
começam a secar. As campanhas de vacinação têm feito diminuir este tipo de doença no Brasil. Sintomas
do sarampo: febre alta, mal estar, tosse, coriza, conjuntivite e falta de apetite.
Malária
O hospedeiro transmissor da malária é o mosquito Anopheles darling. A região amazônica é que
possui o maior número de casos da doença. A grande quantidade de rios e o clima quente e úmido
favorecem a proliferação do mosquito transmissor.
Vacinaç
ção e Enffermagem
m
Vac
cinas
Cuidados de en
nfermagem:
• Orientar a mãe sobrre a vacina.
• Verificar a validade do produto.
• Assegurar o armaze
enamento do
o produto.
• Conservvar em gelad
deira (4 a 8°C
C). É inativad
da quando exposta a raio
os solares.
• Aplicar preferencialm
mente no bra
aço direito na
a inserção do músculo deltóide.
• ar a aplicaçã
Registra ão em cartão
o de controle de vacinaçã
ão.
• Orientar a mãe sobrre a data da próxima vac
cina e campa
anhas.
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• Verificar a validade do produto.
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Vac
cina DT - Diffteria e Téta
ano
Esta a combinada contra a diffteria e o téta
a é a vacina ano. Ela pod
de ser para a vacinação de criançass
(DT) e adulttos (dT).
Exa
attus Esc
cola de Profissõe
P es 822
Atendente na Área da Saúde
• Dose: a vacina dupla infantil (DT) é indicada em crianças até seis anos e onze meses de
idade que tenham contra-indicação médica para receber o componente "pertussis" da
vacina tríplice (DPT). A vacina dupla adulto (dT) é indicada a partir de sete anos para
pessoas que não tenham recebido a DPT ou dupla infantil (DT), ou em estado imunitário
desconhecido.
• Via de aplicação: intramuscular profunda.
• Vacina dupla infantil: esquema tríplice (DPT)
• Vacina dupla adulto: duas doses com intervalo de 60 dias e uma terceira dose seis meses
após a segunda dose.
Cuidados de enfermagem:
• Orientar a mãe sobre a vacina.
• Verificar a validade do produto.
• Assegurar o armazenamento do produto.
• Conservar em geladeira (4 a 8°C). Não deixar congelar, pois o congelamento inativa o
produto.
• Aplicar em via intramuscular profunda em músculo deltóide, vasto-lateral da coxa ou glúteo.
• Registrar a aplicação em cartão de controle de vacinação.
• Orientar a mãe sobre a data da próxima vacina e campanhas.
Cuidados de enfermagem:
• Orientar a mãe sobre a vacina.
• Verificar a validade do produto.
• Assegurar o armazenamento do produto.
• Conservar em geladeira entre 4 e 8°C.
• Não contaminar o frasco, que não deve entrar em contato com
a boca da criança, utensílios e móveis.
• Aplicar outra dose se a criança regurgitar ou vomitar
imediatamente após a administração da vacina.
• Registrar a administração em cartão de controle de vacinação.
• Orientar a mãe sobre a data da próxima vacina e campanhas.
Vacina VS - Sarampo
Vacina de vírus atenuado.
• Dose: duas.
• Vias de administração: subcutânea.
Cuidados de enfermagem:
• Orientar a mãe sobre a vacina.
• Verificar a validade do produto.
• Assegurar o armazenamento do produto.
• Conservar em geladeira entre 4 e 8°C.
• Registrar a administração em cartão de controle de vacinação.
Vacina TI - Antitetânica
Vacina contra tétano - toxóide tetânico
• Doses: idem a vacina dupla adulto (dT)
• Vias de administração: intramuscular
Cuidados de enfermagem:
• Orientar a mãe sobre a vacina.
• Verificar a validade do produto.
• Assegurar o armazenamento do produto.
• Registrar a administração em cartão de controle de vacinação.
• Orientar a mãe sobre a data da próxima vacina e campanhas.
Observação: Nos casos de gestantes e ferimentos, a vacinação deve ser realizada com orientação
e acompanhamentos médicos.
Novas Vacinas
As novas vacinas devem ser administradas com orientação e prescrição médicas.
• Hepatite A
• Hepatite B
• Meningite AC
• Varicela
• Contra Haemophilus tipo B
• Antipneumocócica
• Antigripal
BCG
Ao nascer:
A vacina BCG é indicada principalmente para prevenir as formas graves da tuberculose, como a
forma miliar (tuberculose miliar) e a meníngea (meningite tuberculosa), mais frequentes em crianças
menores de um ano de idade. Por isso, deve-se vacinar o bebê ao nascer ou durante o primeiro mês de
vida, o mais precoce possível. Crianças que receberam BCG a 6 meses ou mais, nas quais está ausente a
cicatriz vacinal, indica-se a revacinação sem necessidade prévia da realização do teste tuberculínico (PPD).
Está indicada, também e o mais precocemente possível, para as crianças HIV positivas assintomáticas e
filhos de mães HIV positivas. Recomenda-se adiar a vacinação de crianças recém nascidas com peso
inferior a 2000g (devido a escassez do tecido cutâneo) e quando houver presença de afecções
dermatológicas extensas em atividade.
Outras situações:
A vacina BCG pode ser aplicada em qualquer idade. Segundo recomendação da Coordenação
Nacional de Pneumologia Sanitária, com objetivo de conferir maior proteção aos profissionais da área da
saúde que exercem atividades em hospitais e instituições onde haja permanência de pacientes com
tuberculose ou AIOS, frequentemente expostos, portanto à infecção, deve-se vacinar com BCG todos os
não reatores e fracos reatores ao teste tuberculínico, incluídos os novos profissionais admitidos nestes
serviços. Também, considerando-se a norma estabelecida pela Coordenação Nacional de Dermatologia
Sanitária, deve-se vacinar com BCG os comunicantes de casos de hanseníase com duas doses de vacina,
administradas com intervalo mínimo de seis meses, devendo-se considerar a presença de cicatriz vacinal
como primeira dose, independentemente do tempo transcorrido desde a aplicação que provocou seu
aparecimento.
Contra-indicação:
A vacina BCG é contra-indicada em casos de imunodeficiência congênita ou adquirida, inclusive
indivíduos HIV positivos que apresentem sintomas da doença. Não é recomendado o uso da BCG durante a
gravidez. Assim, havendo indicação de vacinar a mulher, deve-se aguardar o término de sua gestação.
Em campanhas:
No Brasil, existem duas campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite, por ano. Nestas
oportunidades, devem receber uma dose da vacina oral (Sabin) todas as crianças de zero a quatro anos de
idade, independente da situação vacinal.
Casos especiais:
Os indivíduos portadores de imunodeficiência adquirida ou congênita, inclusive AIDS, e seus
comunicantes domiciliares, suscetíveis, e os transplantados da medula óssea devem também ser protegidos
contra a poliomielite. Para estes casos, está à disposição a vacina inativada (Salk), nos centros de
referência para imunobiológicos especiais. As crianças assintomáticas com infecção pelo HIV podem
receber a vacina oral.
Substituição da DTP:
A vacina DTP deve ser substituída pela DT (dupla bacteriana infantil - contra difteria e tétano) em
casos de encefalopatia nos primeiros sete dias após o seu uso retirando-se assim o componente pertussis
para a continuidade do esquema. Nos casos de convulsões nas primeiras 72 horas e de síndrome
hipotônica - hiporresponsiva nas primeiras 48 horas, completar o esquema com a vacina DTP acelular,
disponível nos centros de referência para imunobiológicos especiais.
Os viajantes internacionais:
A Organização Mundial da Saúde, por intermédio do Regulamento Sanitário Internacional, exige dos
viajantes internacionais a vacinação contra a febre amarela para ingresso em países endêmicos,
comprovada através do Certificado Internacional de Vacinação. Indivíduos portadores de condições clínicas
especiais, impossibilitados de tomar a vacina, recebem um Certificado Internacional de Isenção de
Vacinação, mediante relatório médico. Aos viajantes que terão que se vacinar, a indicação é a partir dos 9
meses de idade, antecipada para 6 meses nos que se destinarão a áreas de alto risco. A vacinação deve ter
antecedência mínima de 10 dias antes da viagem. É indicada uma única dose, com reforço a cada 10 anos.
A dose de reforço tem validade imediata.
Precauções:
Aos indivíduos portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida inclusive AIDS, que residem
ou se deslocarão a área endêmica ou de transição, recomenda-se avaliação dos riscos X benefícios da
vacinação, junto ao médico assistente, considerando a situação clínica caso-a-caso. Como em qualquer
vacina viva viral, o seu uso por gestantes deve ser recomendado mediante avaliação do risco da exposição
à febre amarela.
Vacina Tríplice Viral (contra Sarampo, Rubéola e Caxumba), Vacina Dupla Viral (contra
Sarampo e Rubéola) e Vacina Contra Sarampo Monovalente.
O sarampo é a terceira doença prevenível por vacina a ser erradicada no Brasil (a primeira
foi varíola e a segunda foi a poliomielite). Sua erradicação ocorreu em 200,
mas o vírus continua circulando no mundo e para que não retorne ao
país, a única arma eficaz é a vacina. Para que mantenhamos esta
situação epidemiológica, é importante que todas as crianças
menores de 1 ano de idade (aos 9 meses) recebam uma
primeira dose vacinal contra a doença e aos 15 meses um
reforço. Caso a criança chegue aos 12 meses sem uma
dose de vacina contra o sarampo, deverá ser logo
vacinada, utilizando uma das 3 vacinas citadas, dando
prioridade à tríplice viral.
Precauções:
Estas vacinas não devem ser administradas em
caso de uso de imunoglobulina humana normal
(gamaglobulina), sangue total ou plasma nos 3 meses
anteriores. E, caso se administre qualquer destes produtos
nos 14 dias seguintes a vacinação, revacinar posteriormente.
Sendo uma vacina composta de vírus vivos atenuados,
recomenda-se que os portadores de imunodeficiência congênita ou
adquirida, inclusive AIDS, avaliem suas condições clínicas, junto ao
médico assistente, antes da vacinação.
Vacina Dupla Adulta (Dupla Bacteriana Tipo Adulto ou dT - contra Difteria e Tétano)
A vacina dT contém os toxóides diftérico e tetânico. Recomenda-se vacinar com a dT a população a
partir de 7 anos de idade para fazer o esquema básico, complementá-lo caso não concluído elou para
reforços, inclusive as mulheres em idade fértil, com atenção especial às gestantes.
Esquema básico:
O esquema básico contra difteria e tétano corresponde a 3 doses, considerando doses vacinas
anteriormente recebidas de DTP, DTP acelular, dupla infantil ou dupla adulto e, para a proteção contra o
tétano, também o toxóide tetânico. Assim, havendo doses anteriores de quaisquer destas vacinas, mas não
estando totalizadas 3 doses, recomenda-se dar continuidade.
Para o esquema completo com a dT, aplica-se 3 doses em intervalos de 2 meses (mínimo de 1
mês) ou 3 doses em intervalos de 2 a 6 meses, respectivamente, entre a primeira e a segunda dose e entre
a segunda e a terceira. Na gestante, iniciar o mais precoce possível a vacinação e aplicar doses até 20 dias,
no máximo, antes da data provável do parto. As doses que faltarem devem ser aprazadas para depois do
parto, na oportunidade em que vacinará também o bebê.
Reforços:
Para garantir a continuidade da proteção, após completar as 3 doses do esquema básico, é
necessário uma dose de reforço com a dT a cada 10 anos após a terceira dose. Este reforço deve ser
antecipado para 5 anos em caso de gestação ou acidentes graves com risco de tétano acidental (tratamento
profilático). Assim como para complementação do esquema básico, deve-se considerar todas as doses
anteriormente recebidas, de DTP, DTP acelular, dupla infantil, dupla adulta, ou toxóide tetânico, desde que
comprovadas, para administrar a dose de reforço.
Precauções:
Os indivíduos que apresentarem reação de hipersensibilidade local, tipo fenômeno de Arthus, após
a dose anterior de vacina contendo toxóide tetânico, usualmente têm altos níveis séricos de antitoxina e não
devem receber vacina com este conteúdo antes de decorridos 10 anos, mesmo que tenham sofrido um
ferimento não seja limpo ou superficial.. É contra-indicação à vacina os casos com história de Síndrome
Guillain Barré nas 6 semanas após a vacinação anterior contra difteria e/ou tétano.
Vacina Tríplice Viral (contra Sarampo, Rubéola e Caxumba), Vacina Dupla Viral (contra
Sarampo e Rubéola) ou Vacina contra Rubéola Monovalente
Vacinar as mulheres suscetíveis no pós-parto e pós-aborto imediatos para a prevenção da rubéola e
a síndrome da rubéola congênita.
Vacinação e amamentação:
É possível que o vírus vacinal seja eliminado através do leite materno e, nessa eventualidade,
poderá ocorrer apenas uma infecção subclínica, de leve intensidade, benigna, no recém-nascido.
Precauções:
Sendo uma vacina composta de vírus vivos atenuados, recomenda-se que os indivíduos portadores
de imunodeficiência congênita ou adquirida, inclusive AIOS, avaliem suas condições clínicas, junto ao
médico assistente, antes da vacinação.
Estas vacinas não devem ser administradas em caso de imunoglobulina humana normal
(gamaglobulina), sangue total ou plasma nos 3 meses anteriores. E, caso se administre qualquer destes
produtos nos 14 dias seguintes à vacinação, revacinar posteriormente.
Orientações Importantes
Dos Produtos
O calendário básico de vacinação corresponde ao elenco de vacinas indispensáveis ao controle de
doenças imunopreveníveis de um país. Os produtos são disponibilizados nos postos de vacinação da rede
pública em seu município e devem estar diariamente acessíveis à população.
É considerado contra-indicação absoluta para uso de uma vacina a história pregressa de reação
alérgica grave a dose anterior do mesmo produto ou um de seus componentes. A história da alergia, no
entanto, deve ser avaliada pelo médico assistente, uma vez que é de grande responsabilidade a contra-
indicação do uso de produtos imunobiológicos recomendados pelo Ministério da Saúde, em seu calendário
básico, objeto de controle nacional e internacional de doenças transmissíveis.
Indivíduo com imunodeficiência adquirida ou congênita deve procurar orientações do médico
assistente antes de ser vacinado. Nos centros de referência para imunobiolágicos especiais, são
disponibilizados produtos especiais para indivíduos que por razoes clínicas não possuam usufruir dos
oferecidos na rotina dos postos de vacinação.
A ocorrência de eventos adversos pós-vacinais relacionados com imunobiológicos administrados
nos postos de vacinação da rede pública é monitorada pelo Programa Nacional de Imunizações. Em casos
de quaisquer eventos, o posto de vacinação responsável pela aplicação de imunobiológico deve ser
informado, para que o individuo vacinado possa ter orientações adequadas sobre condutas. Os produtos
adquiridos pelo Programa são comprovadamente eficazes e seguros e os eventos pós-vacinais referidos em
geral são transitórios e benignos; já as doenças infecciosas, contra as quais esses imunobiológicos
protegem, são responsáveis por quadros clínicos graves, sequelas e mortes.
Do Compromisso de Vacinar
A prevenção de doenças infecciosas por cada cidadão é uma medida de controle de disseminação
destas enfermidades em sua comunidade. Desta forma, vacinar a si e aos de sua responsabilidade em
conformidade com as orientações do Ministério da Saúde, é um dever de todos.
É muito importante o atendimento às chamadas do Ministério da Saúde para as campanhas de
vacinação. Uma campanha de vacinação significa a necessidade imediata de controle epidemiológico de
uma ou mais doenças imunopreveníveis.
O cartão de vacinas é de direito do indivíduo vacinado e não deve, de hipótese alguma, ser retido
por quaisquer motivos ou serviços. Ele é um documento fundamental e isto deve ser sempre orientado aos
vacinados ou seus responsáveis.
Hepatite B
• Deve ser administrada em todos os profissionais suscetíveis que tiverem contato
ocupacional com sangue e líquidos corporais, ou com objetos contaminados com esses
materiais.
• A primeira dose é seguida da segunda dentro de um mês e a terceira é feita dentro de seis
meses.
• Está contra-indicada se ocorrer reação anafilática por um de seus componentes.
• Entende-se por indivíduo suscetível aquele que não tem anticorpos para hepatite.
Influenza
• Todos os profissionais de saúde são beneficiados com essa vacina, sendo recomendada
aos profissionais que entram em contato com pacientes potencialmente de alto risco,
profissionais com mais de 65 anos e indivíduos com doenças crônicas.
• A dosagem é única e anual e deve ser realizada antes da estação do inverno, que é o pico
da influenza, ou seja, deve ser realizada entre os meses de abril e maio.
• Está contra-indicada se ocorrer reação anafilática dos componentes, se já teve
hipersensibilidade às vacinas anteriores da influenza e no primeiro trimestre da gravidez.
Sarampo
• Deve ser administrada em todos os profissionais de saúde suscetíveis.
• São realizadas duas doses da vacina, com intervalo de um mês, em via subcutânea.
• É contra-indicada aos profissionais que apresentem reação anafilática aos componentes,
portadores de imunossupressão, aos que fizeram uso recente de imunoglobulinas.
Rubéola
• Também deve ser administrada em todos os profissionais de saúde suscetíveis.
• A dosagem é única em via subcutânea.
• É contra-indicada a reações anafiláticas aos componentes, administração recente de
imunoglobulinas, gravidez, imunossupressão.
Varicela
• Deve ser administrada em todos os profissionais de saúde suscetíveis.
• São duas doses via subcutânea, em intervalos de 4 a 8 semanas cada dose.
• Está contra-indicada a reações anafiláticas aos seus componentes, casos de tuberculose
em atividade ou não tratada, neoplasias malignas, imunodeficiência em profissionais da
área ou nos pais e irmãos, tratamento imunossupressor, gravidez, uso de corticóides,
administração recente de hemoderivados.
Caxumba
• Deve ser administrada em todos os profissionais de saúde suscetíveis.
• Dose única por via subcutânea.
• Tem contra-indicação em reações anafiláticas aos componentes, em administração recente
de imunoglobulinas, na gravidez, em imunossupressão.
Toxóides Tetânicos
• É indicada e obrigatória a todos os profissionais suscetíveis, visto que todos devem ter
concluído a série primária de vacinação da infância, os reforços, e também após ferimentos
sujeitos ao tétano.
• Deve ser administrado um reforço a cada 10 anos e toda vez que houver ferimentos
suscetíveis de tétano.
• Está contra-indicada no caso de reação anafilática ao toxóide tetânico, doença febril grave e
no primeiro trimestre da gravidez.
Observações:
o As vacinas são fornecidas pelo empregador, estando o profissional de saúde protegido por lei
para todos os casos.
o Devem ser aplicadas por ocasião da contratação.
o O profissional que está em dia com sua vacinação deve apresentar a caderneta toda vez que
for solicitada, para controle interno do empregador.
Veja algumas imunizações que podem e devem ser feitas após exposição pelo profissional:
Imunoglobulina para hepatite B (IGHB):
Indicada quando profissionais de saúde não foram imunizados e são fonte positiva para antígeno de
superfície da hepatite B, havendo exposição percutânea ou mucosa ao sangue ou líquidos corporais da
fonte. A primeira dose da vacina contra hepatite B deve ser administrada simultaneamente à exposição, e a
segunda e a terceira doses na sequencia normal.
Globulina imune:
Indicada aos profissionais de saúde expostos ao contágio com o sarampo. Dificilmente evita a
doença, mas modifica o vírus. Os profissionais de saúde devem ser afastados do contato com indivíduos
suscetíveis por um período de 21 dias após a exposição. A vacina contra o sarampo deve ser aplicada três
meses após a aplicação da globulina imune.
influenza tipo b
VOP (vacina oral contra pólio) 1ª dose Poliomielite (Paralisia Infantil)
VORH (Vacina Oral de
1ª dose Diarréia por Rotavírus
Rotavírus Humano) (3)
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e
Vacina Tetravalente (DTP + Hib) 2ª dose outras infecções causadas pelo Haemophilus
4 meses
influenza tipo b
VOP (vacina oral contra pólio) 2ª dose Poliomielite (Paralisia Infantil)
VORH (Vacina Oral de
2ª dose Diarréia por Rotavírus
Rotavírus Humano) (4)
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e
Vacina Tetravalente (DTP + Hib) 3ª dose outras infecções causadas pelo Haemophilus
6 meses
influenza tipo b
VOP (vacina oral contra pólio) 3ª dose Poliomielite (Paralisia Infantil)
Vacina contra hepatite B 3ª dose Hepatite B
dose
9 meses Vacina contra Febre Amarela (5)
inicial
Febre Amarela
dose
12 meses SRC (Tríplice Viral)
única
Sarampo, Rubéola e Caxumba
(1) A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-
nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da
primeira para a terceira dose.
(2) O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina Tetravalente e dois reforços com a Tríplice
Bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos.
(3) É possível administrar a primeira dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias de
idade (6 a 14 semanas de vida).
(4) É possível administrar a segunda dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias de
idade (14 a 24 semanas de vida). O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas.
(5) A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 09 meses de idade, que residam ou que irão viajar para área
endêmica (estados: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA,
MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar
contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem.
De 11 a 19 anos (primeira dT (Dupla tipo adulto) (2) 1ª dose Contra Difteria e Tétano
visita ao serviço de saúde) Febre Amarela (3) Reforço Contra Febre Amarela
SRC Tríplice Viral (4) Dose Única Contra Sarampo, Caxumba e Rubéola
1 mês após a 1ª dose
Hepatite B 2ª Dose Contra Hepatite B
contra a Hepatite B
1 meses após a 1ª dose
Hepatite B 3ª Dose Contra Hepatite B
contra a Hepatite B
2 meses após a 1ª dose
dT (Dupla tipo adulto) 2ª Dose Contra Difteria e Tétano
contra Difteria e Tétano
4 meses após a 1ª dose
dT (Dupla tipo adulto) 3ª Dose Contra Difteria e Tétano
contra Difteria e Tétano
A cada 10 anos, por toda dT (Dupla tipo adulto) (5) Reforço Contra Difteria e Tétano
a vida Febre Amarela Reforço Contra Febre Amarela
(1) Adolescente que não tiver comprovação de vacina anterior, seguir este esquema. Se apresentar documentação com esquema
incompleto, completar o esquema já iniciado.
(2) Adolescente que já recebeu anteriormente 03 (três) doses ou mais das vacinas DTP, DT ou dT, aplicar uma dose de reforço. É
necessário doses de reforço da vacina a cada 10 anos. Em caso de ferimentos graves, antecipar a dose de reforço para 5 anos após a
última dose. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.
(3) Adolescente que resida ou que for viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área
de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados
BA, ES e MG). Em viagem para essas áreas, vacinar 10 (dez) dias antes da viagem.
(4) Adolescente que tiver duas doses da vacina Tríplice Viral (SCR) devidamente comprovada no cartão de vacinação, não precisa
receber esta dose.
(5) Adolescente grávida, que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 5 (cinco) anos, precisa receber uma
dose de reforço. A dose deve ser aplicada no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose
de reforço deve ser antecipada para cinco anos após a última dose.
(1) A partir dos 20 (vinte) anos, gestante, não gestante, homens e idosos que não tiverem comprovação de vacinação anterior, seguir o
esquema acima. Apresentando documentação com esquema incompleto, completar o esquema já iniciado. O intervalo mínimo entre as
doses é de 30 dias.
(2) Adulto/idoso que resida ou que for viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR', AM, PA, GO e DF),
área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos
estados BA, ES e MG). Em viagem para essas áreas, vacinar 10 (dez) dias antes da viagem.