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Capitulo 15 /Estraturas Poliméricas Miccogratia sleteinica de iio mostrando a estrutura de esferulite em amosira de borracha natu ce dobrada com aproximad: L. alitos lamelares com cadeia ‘centro; eles aparecem na forma de Tinhas brancas nesta micrografi Ampliagio de 30.00%, (Fotografia fornecida por P. J. Phillips. Publicada inicialmente com R. Barinikas ¢ R. M. ichhom, Engineering Dielectrics, Vol IIS, Electrical Properties of Solid Insulating Materia Structure and Electrical Behavior Copyright ASTM, 1916 Race Sircei, Philadelphia, PA 19103, Reimpresso sob permission) folecular Por que Estudar as Estruturas Poliméricas? ‘Um nvimero relativamente grande de caractoristieas 2, Grau de ligaeses cruzadas — em relacio a rigides ‘quimicas e estruturais afeta as propriedades ¢ 05 dos matoriais com caracteristicas de borracha (Se¢ao comportamentos dos materiais poliméricos. Algumas dessus 16.8). 3. Quimica dos polimeros — em relagao as temperaturas de fusio e de transigio vitrea (Seeao 16.5). dade dos polimeros se ido, rigidez, resistencia e 10 ¢ 16.4). em relagiio a sua dutilidade (Secies 1 Objetivos de Aprendizado Apis estudlar este capitulo, voee deverd ser capaz 1. Descrever uma molécula de potimero tipica em termes dia estrutura da sa acl e,além disso, dizer camo a mmolécula pode ser gerada pela repetiego de unidades mero. 2, Desenhar as estruturas do mero para o polities loreto de polivinila, © politetratluoroetileno, 0 polipropileno ¢ o poliestreno. 4, Para um poliaro lcular os pesos de mokéeutas ¢ pelo peso, bem como 0s graus de polimerizagio médios pelo niimera de moléculas e pelo peso. 4. Citar © deserever suciniamenie: {a) os quatro tipos gerai encontradas nos pal 5. Deserever sue talino em materiais 6. Deseroverfesbocar na forma de diagramas, de maneira dura esferubitica para um polimero, Supine dS ase sSEnnnnmniyc nn nnecnsneoonnns tana ta taeanananaetaeeaananaeanaesatneaanaeetanaaaey 15.1 INrRopuGAO 0s polimeros que ocorrem naturalmente, aqueles que sio deri sados de plantas ¢ animais, &m sido usados por muitos séculos; esses matetiais incluem a madeira, a borracha, 0 algodio, a 1, 0 couro ea seda, Outros polimeros naturais, como as protefnas, as tavimas, 0s amidos e a celulose, so importantes em processos biolégicos ¢ fisiolégicos, nas plantas e nos anima. Ferramen- las modemnas de pesquisa cientifica tornaram possfvel a deter- ninaco das esiratoras moleculares deste grupo de materiis, bem «como o desenvolvimento de numerosos polimeros, 03 quais s80 sintetizados a partir de moléculas orginicas pequenas. Muitos dos plisticos, borrachas e materiais fibrosos que nas so Gteis nos dins de hoje consistem em polimeros sintéticos. De fato, desdeo fim da Segunda Guerra Mundial, o campo dos materais foi vir tualmente revolucionedo pelo advento dos polfmeros sintéticos, ‘0s materiais sintéticos podem ser produzidos de maneira bara- 4a, £5 suas propriedades podem ser edministradas num ntvel emque muitas delas sao superiores as suas contrapartes naturais Emalgumas aplicagdes, peras metélicase de madeira foram subs- fituidas por plésticos, que possuem propriedades satisfatdrias e dem ser produzidos a custos mais baixos. Coo ocorre com os metas ¢ com os materiais eerémicos, as ropriedades dos polimeros esto relacionadas de maneira com- plexa aos elementos estruturais do material. Este capitulo explora ‘sestruturas molecular e cristalina dos polimeros;o Cap. 16 dis- ‘ute as relagées entre a estrutura e algumas das propriedades ff- sicas © quimicas desses materiais, juntamente com aplicacdes {picas e métodos de conformacio, 15.2 Monécuas DE HiprocarBonrtos Uma vez que a maioria dos polimeros possui origem organics, iremos agora revisar de maneira sucinta alguns dos principais ¢oncetos bésicos relacionados &estrutura das sues motéculas, Em primeiro lugar, muitos materiais orginicos so hidrocarbo: 2etos; sto €, 0 compostos por hidogenio e por carbono. Ade~ ‘mis, as igagdes intramoleculares so covalentes. Cada étomo ée-carbono possui quatro elétrons que podem participar em li- {88es covalentes, enquanto cada dtomo de hidrogénio possi apenas um elétron de ligacio. Uma ligaco covalente nica ou Simples existe quando cada um dos dois tomes de ligagio conti- bui com um elétron, como esti representado esquematicamente na Fig, 2.10 para uma molécula de metano (CH). As ligagdes duplas e triplas entre dois atomos de carbono envotvem compartlharnento de dois e tes pares de elétrons, respectivamnen- te. Por exemplo, no etileno, que tem a formula quimica C,H, 0s dois tomos de carbono esto ligados entre si por meio de uma ligagio dupla, cada étomo ainda esté ligado por meio de uma ligagdo simples a dois &tomos de hidrogénio, como pode serre- presentado pela seguinte frmula estrutural af ov HOH ‘onde —e = representam, respectivamente, as ligages covalentes simples e dupla. Um exemplo de uma ligagio tripla pode ser encontrado no acetileno, CoH, —C=C-H Asmoléculas com ligagdes covalentes duplasetriplas siocha- madas de insaturadas; isto & cada dtomo de carbono nfo esté ligado ao niimero méximio de outros étomos que é possivel (ou seja, quatro), No caso de uma molécula insaturada, uma ligagio ddupla pode ser considerada como sendo composta por duas li ‘gacdes simples. Uma transferéncia na posigdo ao redor do sto- mo de carbono de uma dessas ligagdes simples permite a adigdo de uim outro étomo ou grupo de étomos para a molécula origi- nal, Obviamente, em um hidrocarboneto saturado, todas as li- -gagdes so simples (¢saturadas),e neahumn étomo adicional pode set unido sem a remocao de uin outro que jf este ligado, Alguns dos hidrocarbonetos sitaples pertencem 3 familia das parafinas; as moléculas parafinicas, com o aspecto de cadeias, incluem 0 metano (CHL), 0 etano (C,H), 0 propano (C3H,) €0 butano (CyHlc). As composigdes ¢ estruturas moleculares para as moléculas parafinicas estéo na Tabela 15.1. As ligagdes covalentes em cada molécula sao fortes, porém entre as molécu- las distintas existem apenas as fracas ligagdes de hidrogénio de van der Waals, de forma tal que esses hidrocarbonetos t@m pontos de fusio de ebulicio relativamente baixos. Entretanto, as temperaturas de ebulicZo aumentam em fungdo de um aumento do peso molecular (Tabela 15.1). ‘Compostos hidrocarbonetas com urna mesma composigao po- dem possuir atranjos atémicos diferentes, um fenéimeno conhe- ‘Tabela 15.1 Composigées e Estruturas Moleculares para Alguns dos ‘Compostos Parafinicas: C,H.» Ponto de Nome Composigao Estratura Ebulig ¢ He etaro a Hen asa 4 HH uh HHH Propane cat H-C-6-6-H 21 hhh Buran Cao -05 Pentano Gila 361 Hexano Cath oo ido por isomerismo, Por exemplo, existem dois isémeros para 6 butano; 0 butano normal tem a esteutara 4 RR H-C-C— Pid t HHHH emuanto a ocala do isobutanoé representa da sepinte mans H | H-C-H H | I I Bee oe HOH OH Algumas das propriedades fisicas dos hidrocerbonetos into de- pender de seu estado isomérico; por exemplo, as temperaturas ‘de ebuligo para o butano normal ¢ para o isobutano sio de —0,5 © -12,3°C GI,1 ¢9.9°P), respectivament, Existe uma variedade de outros grupos orgtiicos, muitos das uais esto envolvidos em estruturas poliméricas, Alguns destes grupos mais comuns esto apresentados na Tabels 15.2, onde os sim bolos Re R’ representamradicais orginicos, ou seja, grupos de éo- ‘mos que permanecem como uma unidadetinica e que mantém sua identidade durante as reagGes quimicas. Sao exemplos de radicais hidrocarbonetos que se figam através das ligagGes simples 0s gru- pos CH,, GH, ¢ C,H, (metil, etl e fenila, respectivarente). 15.3 Mo.écunas Dos PoLiMERos ‘As moléculas dos polfmeros so gigantescas em comparaso com asmoléeulas de hidrocarbonetos até aqui mencionadas; em vrta- ‘de do sea tamanho, clas so chamadas fregientemente de macro- moléculas. Dentro de cada molécula, os omos esto igados entre si através de ligagdes interatomicas covalentes, No caso da maio- ria dos polimeros, essas moléculas se encontram na forma de ca deias longas e flexiveis,cujo esqueleto principal consisteem uma série de étomos de carbono; muitas vezes, cada étomo de carbone se liga através de ligagdes simples a dois étomos de carbono ata centes, em ambos os seus lads, o que pode ser representado es quematicamente em duas dimensoes, conforme abaixo: ,itil —C-C-0-C (eee Cada um dos dois elétrons de valéncia adicionais presentes em cada étomo de carbono pode estar envolvido em ligagies lat rais com étomos ou radicais que estejam posicionsdos adjacen tes cadcia. Obviamente,ligagdes duplas tanto na cadeis como Iaterais também so possiveis Essas longas moléculas so compostas por entidades esiu- turais conhecidas por unidades mero, as quais se repetem si- ccessivamente 20 longo da cadeia. O termo “mero” tem sua oti ‘gem na palavra grega meros, que significa parte; um tinico mero 6 chamado de mondmero; 0 tetmo polimero foi criado part significar muitos meros. O “mero” representa a unidade quest» repete na cadeia de um politiero, enquanto 0 terme “monbme- ro" 6 usado para se referir# uma molécula que consiste em um ‘itico mero. 15.4 A Quimica Das MOLEcULAS Dos Po.imeros Considere novamente.ohidrocarbonetoetileno (C,H), queée™ ‘us & temperatura e pressdo ambientes, com a seguinte estnut® molecular: HOH | rr | HH ‘Tabela 15.2 Alguns Grupos Hidrocarbonetos Mais Co Bat Esteuturas Polimérieas 6 Unidade Composto Familia Caracteristica Representativo i Alcoois R~OH HCO Alcoo! metic, H teres Bier dimetttico Acidos Acido acétion Aleidos Formaldeido Hidrocarbonetos aromticas Fenol ‘So 0 gs etileno for submetido cataliticamente as condigbes spropriadas de temperatura e presséo, ele ir se transformar em, Politileno (PE), que por sua ver consiste ema um material poli nfsco sélido, Esse processo tem seu infeio quando um mero ati- ‘oe forma pela reagio entre um espécimeiniciador ou catalisa- dor R-) ea unidade mero doeileno, conformie mostrado. seguir: eee TMs # HOH HO “A cadeia polimérica se forma entio pela adigio seqlencial de ‘nidades monoméricas de polietileno nesse centro iniciador mero |] atv. O sitio ativo, ou elétron nio-emparelhado (representado “| _Por*), étransferido para cada mondmero da extremidade suces- sivo a medida que este se liga & cadeia, [sso pode serrepresenta- o esquematicamente da seguinte maneira 1s.) ICAI ea eas AT CHERn ToT (15.2) i HA HH HH HH © resultado final, ap6s a adigao de muites unidades ‘monoméricas de etleno, éa molécula de polietileno; uma porgdo de uma molécala de polietileno esté mostrada na Ea Fig. 15.la. Essa representacdo ndo esté estritamente correta, no sentido em que o angulo entre os étomos de carbono ligados atta vs de ligacies simples nao & de 180° como esté mostrado, mas, cencontra-se préximo de 109°. Um modelo tridimensional mais, preciso seria aquele em que os étomos de carbono formassem, um pero em ziguezague (Fig. 15.16), onde o comprimento da igagio C—C fosse da ordem de 0,154 nm, Nessa discussio, a representacio das moléculas dos polimeros é freqilentemente simplificada pela uilizagao do modelo com cadeia linear, Se todos 0s dtomos de. hidrogénio no polietileno fo- rem substituidos por étomos de flor, o polimero resul- tante ¢ 0 politetrafluoroetileno (PTFE); as estruturas do seu mero da sua cadeia esto mostradas na Fig. 15.2a, O poli- tetrafluoroetileno (cujo nome comercial é Teflon) pertence i fa- mflia dos polimeros conbecidos por fluorocarbonos. O cloreto de polivinila (PVC), um outro polimero comumen- te encontrado, possui uma estrutura que é uma pequena vatiago daquela apresentada pelo poiictileno, onde oil ME timo em cada quatro &tomos de hidrogénio é substituido por um tomo de Cl. Além disso, a substituigdo de cada étomo de Cl por um grapo metila, CH,, ai H no PVC produz o polipropileno (PP). As estruturas das cadeias @ do cloreto de polivinila e do potipropileno também esto repre- sentadas na Fig, 15.2. A Tabela 15.3 lista as estrutaras dos me- 10s para alguns dos polimeros mais comuns, Como se pode ob- servar, alguns deles, como por exemplo o néilon, o polister ¢ 0 policarbonato, so relativamente complexas. As estruturas dos ‘meros para um grande niimero de polfmeros relativamente co- ruins so fornecidas no Apéndice D. Quando todas as tnidades repetidas ao longo de uma cadeia do do mesmo tipo, o polimero resultante échamado homopoli- ‘ero. Nao existe qualquer restrigdo na sintese de polimeros que mpega aformagao de compostos que nZo sejam homopolimeras; «,narealidade, as cadeins podem ser compostas por duas ou mais unidades mero diferentes, formando 0 que ¢ conhecido por copolimero (ver Secao 15.9) ‘As unidades mero discutidas até o momento possuem duas ligagdes ativas que podem ser ligadas covatentemente a outras ‘unidades mero, como esté indicado acima para 0 etileno; esse tipo de mero é chamado de bifuuneional; isto 6, ele pode se ligar ‘a duas outras unidades durante a formacdo da estrutura molecu 18:1 Para o polite, (a) wma represen. lagdo esquemitica das esteuturas do mero e de cadeiae (b) uma perspectiva ds molécula, in ‘cando a estrutura principal em ziguezague, Pig. 18.2 Bstrotuas do mero e da eadeia para (a) po- lietrafluoroatileno, (4) cloreto de polivinilae c) po- lipropilen, lar bidimensional em forma de cada, Entretanto, outros mers como fenol-formaldeido (ver Tabele 15.3), sio trifuncionais le’ possuem trés ligagdes ativas, a patir das quais resulta uma estrutura tridimensional da rede molecular, como serd discutido posteriormente neste capitulo, 15.5 Peso MOLECULAR Pesosmoleculares' extremamente elevados sto encontrados nos polimeras com cadeias longas. Durante 0 processo de poimer- TOs temnos massa molecule, “massa molar” “mass molecular elatv! 30 algunas vezes usados so, ua ealidade temmcs rus upropiads do que “Pes molec” no context da discuss atl — dea, estamos dando ce ms ‘endo com pesos. Enuetanto,o tein pose molecular éeneomtrado com mitt frequdaca na Iteratura sobre plimeros,e por ese motivo ele set ilizdo ® Tongo de todo este iro, ‘tobela 15.3 Uma Lista das Estruturas dos Meros para 10 dos Mate iais Poliméricas Mais Comuns roinere PolitetraMuoroetiteno (PTFE) Polipropiteno (PP) Poliestieno (PS) 7 Fenol-formaldeido aguelite) Poliexametileno adipamida (nditon 6,6) Poliesiteno tereftalato (PET, um poliéster) By rence aman (sat rcammantnmte tm \ H H Esta Reeds eo Hu Patten é 4 ti Ct pina V6) é y cH, | fon, on Sa if Cr) Ve CH | 4 ° PL RETR Se eee hlakda Lab Afi fie g ri mS bobo 1 bd boy q a a 4 F \ 314 Esteuturas Polimetioas a 0a a : oa| 2 02 ° 3 ol Ba is os Os OS HO a Cae) Peso malecular(10 ga) o Peso molec (10 ge) o Fig. 15.3 Distrbuiges hipotéticas do tamanko das moléeulss de um polimero com base nas fragSes do (a) ximero de moléculas ¢ do (5) peso des rmoléeulas zagio, om que essas grandes macromoléculas sao sintetizadas a partir de motéculas menores, as diferentes cadeias de polimeros no irdo crescer até 0 mesmo comprimento; isso resulta era uma distribuigo dos comprimentos das cadeias, ou dos pesos mole- culares. Normalmente, especifica-se um peso molecular médio, {que pode ser determinado pela medicio de diversas proprieda- des fisicas,tais como a viscosidade e a pressdo osmética Existem vérias maneiras segundo as quais 0 peso molecular édio pode ser definido, O peso molecular médio pelo miimero de moléculas, #7, éobtido pela clssficagio das cadeias em uma série de faixas de tamanhos, seguida pela determinagéo da fra fo das cadeias que se encontram dentro de cada faa de tama- hos (Fig. 15.3a). Esse peso molecular médio pelo nfimero de rmoléculas & expresso como hy = ExiM, (1S.3a) conde M, representa o peso molecular médio (no meio) da faixa de tamanhos i, ¢ x, representa a frag do nimero total das ca deias que se encontram dentro da faixa de tamanhos carrespon- dente, ‘Umpeso molecular médio pelo peso, M,, se baseia na fragao ‘em peso das moléculas que se encontram dentro das véris faixas de tamanho (Fig. 15.36), Ble calculado de acordo com a relagéio (15.38) onde, novamente, M, representa o peso molecular médio (ne meio) dentro de uma faixa de tamanhos, enquanto w representa a ago em peso das moléculas dentro do mesino intervalo de tamanhos. Os calculos tanto para 0 peso molecular médio pelo niimero de moléculas como para o peso molecular médio pelo ‘peso estfo executados no Problema-Exemplo 15.1. Uma distr- ‘buigio tipica de pesos molecuiares, juntamente com esses pesos rmoleculares médios, esté mostrada na Fig. 15.4 ‘Uma forma alternativa para expressar o tamanho médio da ccadeia de um polimero através do seu grau de polimerizacéo, ‘n, que representa o niimero médio de unidades mero em uma ca- Hi, = 20M, deia, So possiveis graus de polimerizagao médios pelo nimero cde moléeulas (1, pelo peso (n,), conform a seguir: (154) (15.4b) onde if, ¢ If, so, respectivamente, os pesos moleculares mé- «os peld nimero de moléculas e pelo peso, conforme definides antes, enquanto 77 representa o peso molecular do meso. Para uum copolimero (que possui duas ou mais unidades mero dite rentes), 0 valor de 7 é determinado a partir da expressao (155) nm Lim Nessa expressio, je m, sfo, respectivamente, a fracio da eadeia © 0 peso molecular do mero j - Mita pat nner co moles, uantisade do pimeco—> Peso molesar—> Fig. 18.4 Distibuigto de pesos moleculares para um polimers tipo Esteuturas Poliméricas 315 PROBLEMA-EXEMPLO 15.1 —E ee ‘Considere que as distribuigdes de pesos moleculares mostradas na Fig, 15.3 sejam para o cloreto de polivinila, Para esse material calcule (a) © peso molecular médio pelo mimero de moléculas;(b) o grau de polimerizagio médio pelo németo de moléculas; ¢ {(o10 peso molecular médio pelo peso souucio {a) 0s dados necessérios para esse cdleulo, conforme tirados da Fig. 15.3a, esto apresentados na Tabela 15.4a. De acordo com ag, 15.32, a soma de todos os produtos x/¥, (da coluna mais a diteita na tabela) fornece o peso molecular médio pelo mimero de oléculas, que nesse caso equivale a 21,150 g/mol. Tabela 15.44 Dados Usados para os Célcutos do Peso Molecular Médio pelo Néimero de Moléculas no Problema- Exemplo 15.1 Paixas de Pesos ‘Média M, Moleculares (g/mol) ——_ (g/mol) 5.000-10.000 7500005 10,000-15.000 12500 G16 15,000-20.000 17500 022 20.000-25.000 22500027 28,000-30.000 7500 020 30.000-35,000 32500 9.08 35.000-40.000 37500002 i, = 70150 Tabela 15.4 Dados Usados para os Céleulos do Peso Molecular Médio pelo Peso no Problema-Exemplo 15.1 Faixas de Pesos ‘Média M, Moleculares (g/mol) (g/mol, wM, 5.000-10.000 7500 002 150 10.000-15.000 12500 0,10 1250 15.000-20.000 17500 0,18, 3150 20,000.25.000 22500 029 6525 25.000-30.000 27500026 7150 30.000.35.000 32.500 O13 ans 35:000-40.000 3750002 150 M,= B20 (©) Para deteeminar o grau de polimerizagio médio pelo nimero de moléculas (Eq. 15 4), torna-se necessério, om primeiro lugar, caleular o peso molecular do mero. No caso do PVC, cada mero consiste em dois étomos de carbono, rés étomos de hidrogenio um dnico dtomo de cloro (Tabela 15.3). Akém disso, os pesos atOmicos do C, He Cl so, respectivamente, 12,01, 1,01 © 35,45 g/mol. Dessa forma, para 0 PVC al (12,01 g/mol) + 3(1,01 gimal) + 35, 50 g/mol g/mol 21.150 g/t01 _ yg m 6250g/mol~ {6 A Tabola 15.4b apresenta 0s dados para o peso molecular médio pelo peso, conform tirados da Fig. 15.30. Os prodiutos WM, Para. 03 vérios intervalos de tamanhos esto tabulados na coluna mais & dreta na tabela. A soma desses produtos (Eg. 15.3) fornece um valor de 23.200 g/mol para M,, 316 ® cadela principal (cfvulos ceios) No caso de (a) 0 tomo mais is On : ngs () C7 UR op 15.5 Representagdes esquemticas de como a forma das cadeias de polftneros #inluenciada pelo pasicionamento des étomos de earbono de ta pode se localiza em qualquer pasigdo sobre o cfsculo em lina traceala ainda assim sender um Angulo de 109° com a figaco entre os dois outros dtomos, Sho gerads segatentos de cadeia em linha retae reto cits quando os dtomos da cadeia principal esto loalizados conforme esti mostrado em (6) e (@), tespectivamente. (Reinipresso corn pecmissio de rooks/Cole Publishing Company, uma divisio da International Thomson Publishing Inc; fax aos Estados Unidos (804) 730-22 ‘and Engincering of Materials, 3le por D. Askeland, © 1994.) ‘Varias caracteristicas dos polimeros so afetadas pela mag- nitude do peso molecular. Uma dessas earacteristicas € a tempe ratura de fusdo ou de amolecimento; a temperatura de fuso au- rmenta em fungio de um aumento do peso molecular (para valo- res de M de até aproximadamente 100,000 gimol). A tempera- tura ambiente, os polimeros com cadeas muito curtas (com pe sos moleculares da ordem de 100 gimol) existem na forma de Iiquidos oa gases. Aqueles com pesos moleculares de aproxima damente 1000 g/mol sdo sélidos pastosos (tais como a cera parafinica) e resinas moles. Os polimeros sotidos (algumas ve~ es chamados de polimeros de alto peso molecular), que sto 0s de maior interesse neste livro, possuem normalmente pesos noleculares que varia entre 10,000 e varios milhdes de g/mol. 15.6 FORMA MOLECULAR Nio existe qualquer razo para se supor que as moléculas das cadeias de polimero sejam estritamente retilineas, no sentido em que um arranjo dos tomas da cadeia principal (Fig. 15.16) em Ziguozague seja desconsiderado. As ligagdes simples na cadeia sifo capazes de softer rotacio e torgio em trés dimensdes, Con- sidere 0s étomos da cadcia mostrados na Fig. 15.Sa; um tereeito ‘tomo de carbono pode se localizar em qualquer posigao sobre ‘o cone de revolucio e ainda subtender um ngulo de aproxima- damente 109° em relagio & ligacdo entre os outros dois étomos, ‘Um segmento de cadeia reilineo resulta quando dtomos suces- siyos da cadeia ficam posicionados como esté mostrado na Fig, 15.5b. Por outro ldo, 2 torgdo ea dobra da cadeia so posstveis quando existe uma rotagao dos étomos da cadcia para outras posigGes, como est ilustrado na Fig. 15.5c.* Dessa forma, uma ‘molécula composta por uma tnica cadeia formada pelos muitos ‘tomos que compdem essa cadeia pode assumnir uma forma se- ‘elhante aquela que estérepresentvla esqueraticamente na Fig 15.6, apresentando uina grande quantidade de dobras,torgdes & contoredes? Ainda, a distincia de ura extremidade& outa exte- ‘midade da cadeia do polimero, , esté indicada nesta figura; essa distincia € muito menor do que o comprimento total da cadeia Os polfmeros consistem em grandes niimeros de cadeias ‘moleculares, cada uma das quais pode se dobrar, espiralar¢ se "Para alguns polmero, a rotago dos Siomos de carbono da cade principal

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