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B. B. Hamel - Smash
B. B. Hamel - Smash
ALEXA
Alguns dias depois, meu táxi parou em frente à minha casa. Papai não
estava, é claro, estava trabalhando até tarde. Prometeu que voltaria em breve
e com minha nova madrasta.
Desfiz as malas e deitei no meu quarto, feliz por estar em casa. Por
mais que eu estivesse com medo, assim que entrei no saguão familiar, me
senti instantaneamente melhor. Havia algo em casa que poderia melhorar
um pouco as coisas.
Por mais que quisesse negar, Lacey estava certa. Eu estava em uma
rotina, também ainda muito ligada a ele. Provavelmente poderia ter
encontrado um jeito mais rápido de me divorciar, só não me sentia
motivada. Claro, eu saí e encontrei pessoas durante todo o semestre,
ninguém me fez sentir bem, não desde Cole.
Eu não conseguia parar de pensar na primeira vez que o encontrei.
Era noite no resort, Lacey já havia desaparecido com seu advogado, ou talvez fosse um
produtor de cinema. De qualquer forma, decidi caminhar pela praia.
A lua estava brilhante e cheia, o que deveria ter ajudado com a minha visibilidade. Eu estava
ocupada demais olhando para a bela vista para notar a enorme rocha aos meus pés.
Cole. Alto, coberto de tatuagens, aquele sorriso presunçoso, como se pudesse dizer o que eu
pensava dele. Apareceu ao meu lado, suas mãos fortes no meu braço.
— Você está bem? — Murmurou no meu ouvido.
Eu estava tão envergonhada. Quando foi a última vez que realmente tropecei em algo? Era
como se fosse um romance horrível, em que a garota era apenas uma idiota desajeitada obcecada
por seu namorado brilhante. Levei um segundo antes de realmente dar uma boa olhada nele, quando
o fiz, fiquei sem fôlego.
Provavelmente porque ele me fez sentir como se não pudesse formular frases completas. Seu
queixo reto e risonhos olhos azuis eram o suficiente para me causar espasmos, sua estrutura alta e
musculosa e suas tatuagens só o tornavam ainda mais delicioso.
Foi completamente surreal.
— Sim.
Ele riu e me ofereceu seu braço. — Para proteção contra grandes rochas.
— Alexa.
— Eu aposto.
Não me lembro mais do que conversamos depois, só sei que foi por um
longo tempo. Eventualmente acabamos naquele pequeno agrupamento de
árvores em uma rede, nossos corpos colados.
Acho que nunca senti mais tensão em meu corpo antes ou depois. E é
claro que, exatamente no momento em que estava prestes a me jogar nele,
Lacey nos encontrou e me levou embora.
Depois daquela primeira noite, continuei a vê-lo por perto. Parecia que
todo mundo era seu amigo, todos conheciam Cole.
E depois de tudo que aconteceu entre nós, ele simplesmente
desapareceu no ar. Meu marido, o estranho.
Suspirei, me espreguiçando, quando de repente ouvi a porta da frente
abrir.
— Hora do espetáculo! — Murmurei para mim mesma.
— Querida? — A voz de papai chamou. — Você está em casa?
Eu abri minha porta e desci as escadas. — Oi pai! — Gritei.
— Alexa! — Ele sorriu imensamente e me abraçou assim que o
encontrei na cozinha. — Que bom que você está em casa.
— Também estou feliz, papai.
Quando me soltou, eu a vi de pé ao lado da mesa, sorrindo. A
reconheci pelas fotos, era ainda mais impressionante pessoalmente. Cindy
tinha longos cabelos loiros, olhos azuis brilhantes, estava vestida com
roupas caras, mas conservadoras.
Cindy não se parecia com o tipo usual do papai. Era da idade
apropriada, por um lado, também não estava mostrando mais pele do que
cobria. Ao contrário, exalava elegância e equilíbrio, desde o primeiro
segundo que nos conhecemos.
— Alexa — papai falou — esta é Cindy.
— Minha nova madrasta — falei.
Cindy riu. — Só Cindy, por favor. É muito bom conhecer você. Ouvi
muitas coisas boas.
Apertamos as mãos e imediatamente me esqueci de todas as coisas
negativas que li sobre ela na imprensa. Talvez fosse a “Rainha do Gelo”, a
mulher guerreira dominante, não me importava. Na minha cozinha, parecia
apenas uma pessoa normal.
— Estou tão feliz que vocês duas puderam finalmente se encontrar —
papai falou.
— Eu também — Cindy acrescentou, assentindo.
— Bem, era hora de eu conhecer a nova esposa do meu pai.
Ela riu, um pouco embaraçada. — Sinto muito Alexa. Nós deveríamos
ter convidado você.
— Eu sei — respondi. — Estou apenas dando ao papai um momento
difícil.
Meu pai franziu a testa. — Nós realmente sentimos muito, querida. É
só que, depois que a empresa de Cindy comprou a minha, as coisas
aconteceram muito rápido. E a imprensa não foi exatamente gentil com
nosso relacionamento.
Eu peguei um olhar sombrio no rosto de Cindy, rapidamente
desapareceu. Eu sabia do que papai falava, no entanto. Eu li alguns rumores
sobre os dois, diziam que ele era mantido por perto só porque era o novo
“brinquedinho” de Cindy ou algo assim. Aparentemente, o casamento deles
era um grande negócio e tinha o potencial de estragar toda a fusão.
Felizmente, até agora as coisas funcionaram. Mas eu diria que papai
estava estressado, depois de vê-lo por apenas alguns minutos. Não tão
estressado quanto costumava, ainda assim, havia linhas ao redor dos olhos e
parecia não estar dormindo o suficiente.
— Nós tivemos muita publicidade ruim — Cindy acrescentou. — Mas
valeu a pena.
Sorri quando ela beijou meu pai.
— Ok, chega! — Protestei, rindo.
Papai sorriu, sua nova esposa em seus braços.
Aparentemente as coisas ficariam bem. Eu estava tão nervosa por este
encontro, tão emocionada, mas Cindy parecia perfeitamente adorável.
— Meu filho deve chegar em breve — ela comentou. — Ela verificou
o relógio. — Está atrasado, como sempre.
— Querida, você esteve na Tailândia, certo?
— Papai, você sabe que eu estive. Você pagou pela coisa toda.
— Bem, é onde o filho dela esteve no último ano. Vocês dois podem
ter se encontrado.
Dei de ombros. — Eu fiquei apenas naquele resort. Mal vi o país.
Cindy acenou com a mão. — Ele estava na floresta ou algo igualmente
maluco, então duvido que saiba muito mais do que você.
Eu levantei uma sobrancelha. — O que ele estava fazendo lá?
— Treinamento, eu acho. Ele é um lutador de artes marciais mistas.
— Uau, que incrível!
— Suponho que sim.
Como se fosse uma deixa, o barulho alto do motor de uma motocicleta
rugindo filtrou pelas janelas abertas.
— Falando do diabo — Cindy comentou. — Aposto que é ele.
Assim que o ruído do motor atingiu o pico, de repente foi
interrompido. Eu segui Cindy e papai até a porta. Nós saímos para a varanda
da frente.
Nunca tive um irmão ou uma irmã antes. Devo admitir, que estava
ansiosa para conhecê-lo. Não sabia que Cindy tinha filhos ninguém o
mencionou na imprensa, embora não seja surpreendente. Sabia que meu pai
não era seu primeiro casamento.
Observei quando um homem alto e musculoso desceu de uma
motocicleta preta e prateada. Ele levantou a mão e tirou o capacete escuro.
Meus olhos se arregalaram e dei um passo para trás.
Aquela noite, quase um ano atrás, ressurgiu. A luz da lua através de
seu cabelo, o sorriso arrogante enquanto caminhava pela praia comigo.
— Alexa — Cindy me chamou — este é Cole, meu filho. — Eu não
conseguia falar. Não conseguia nem me mexer. Era ele. Meu estranho, meu
marido.
Meu meio-irmão.
Estava paralisada. Incapaz de me mover.
— Alexa — me cumprimentou, sorrindo enormemente e subindo a
escada da varanda em minha direção. — Prazer em conhecê-la!
Havia algo divertido em seus olhos. Definitivamente me reconheceu,
não havia dúvida, só fingiu para nossos pais.
— Uh, claro — respondi, apertando sua mão. Não tinha me
recomposto o suficiente para mais.
Tudo nele era tão familiar. Todos aqueles momentos voltaram. A dor
do meu corpo, nossos membros estendidos, a areia quente debaixo dos meus
pés enquanto ele ria e jogava conchas nas ondas.
Meu marido estava de volta.
Eu estava tão perto. Tão perto de ficar longe dele.
— Estou ansioso para conhecê-la melhor, meia-irmã — sussurrou. Eu
só podia encará-lo, com os olhos arregalados de pavor.
CAPÍTULO DOIS
COLE
— Só alguém que gosta de provar você — respondi com a boca cheia de se seu sabor.
— Merda! — Ela engasgou, agarrando meu cabelo. — Sério. Onde você aprendeu tudo isso?
— Você aprende coisas quando você vive tão intensamente quanto eu.
Foi uma boa pergunta. Por que ela? Poderia ter fodido uma nova garota a cada noite. Não
era como se fosse difícil, especialmente no maldito paraíso.
Porém, por alguma razão insana, no segundo em que senti o gosto dela, precisei de mais. Não
conseguia parar de fodê-la de novo e de novo e de novo. Eu amava o jeito que o suor escorria em
seus seios enquanto eu trabalhava seu corpo com força e asperamente, minha boca e dedos por toda
parte, não me importando com quão alto ela estava.
— Porque é o que desejo e sempre consigo o que quero — sussurrei para ela, pressionando
minha língua com mais força nela.
Semanas depois, na calada da noite, me lembraria do som que ela fazia
enquanto a mordiscava e escorregava outro dedo dentro dela.
Alexa. Eu lembraria desse nome quando as coisas ficassem difíceis.
Era tortura, às vezes, lembrando daquela boceta gostosa, sabendo que eu
nunca mais a veria de novo. Sabia que precisava apenas voltar à civilização
para esquecê-la, passar para uma nova estranha.
Mesmo assim, fiquei pensando, imaginando, onde estaria minha falsa
esposa. E se eu poderia provar sua boceta novamente.
No entanto, eu estava na Tailândia por um motivo. Depois que as férias
acabaram, peguei um ônibus para o campo, segui para a porra da selva, para
encontrar um dos maiores lutadores de Muay Thai de todo o país.
Foi a oportunidade de uma vida. Skad era lendário na comunidade de
lutas, aceitava apenas três estudantes todos os anos para um curso de
treinamento intensivo. Todos os seus alunos fizeram coisas especiais, sabia
que poderia catapultar minha carreira para o estrelato se conseguisse seu
treinamento.
Tive sorte. Ele deve ter visto a fita que lhe enviei, fui convidado
algumas semanas depois. Eu não tinha certeza do que ele viu em mim,
percebi que estava prestes a descobrir.
E era diferente de tudo que eu já experimentei. A palavra “intensivo”
não fazia justiça. Nós vivemos, respiramos, comemos, fodemos e brigamos.
Aprender as técnicas de Skad, treinando sob sua tutela, era o ar que
respirávamos e a comida que comíamos. Não havia celulares, nem internet,
nem televisão, nada.
Apenas violência e trabalho duro. E eu prosperei.
Eu era um homem forte antes de conhecer Skad. Cresci no octógono,
treinando desde tenra idade. Costumava entrar em brigas de rua só para
testar minhas habilidades. Estava invicto e tinha uma reputação de
agressividade violenta, uma reputação que amava e construí com amor e
dedicação.
Não era nada comparado ao homem que Skad me fez. Antes eu era
todo potencial inexplorado. Tinha muito mais dentro de mim, mas não
conseguia chegar lá. Skad aparou minhas arestas, me tornou mais rápido e
mais perigoso. Skad me transformou de um lutador talentoso em um
assassino mortal.
Tudo me custou apenas um único ano da minha vida.
Fiquei sem palavras. Depois que Cole falou que não me daria o
divórcio, que acreditava em mim, mas simplesmente não se importava,
fiquei completamente sem palavras.
Eu não estava nem zangada, no começo. Parecia um pesadelo, algum
tipo de piada de mau gosto que sequer assimilava. Terminamos a refeição e
fomos para casa sem muito mais. Eu mal notei o passeio de motocicleta.
Sozinha no meu quarto, comecei a cair na real.
O idiota acreditou em mim. Esteve brincando comigo o tempo todo.
Pior, ele não assinaria os papéis. Não facilitaria para mim, depois de
todo o estresse e preocupação que passei.
Minha chance de nos divorciarmos e terminar com todo o episódio
embaraçoso estava bem ali, ele se recusou a me ajudar.
Idiota. Cabeçudo arrogante, egoísta.
O que o fez pensar que poderia dizer não? Nós não éramos casados,
não realmente. Ok, nos casamos legalmente, mas o que significa? Não era
como se estivéssemos apaixonados ou tivéssemos qualquer tipo de conexão.
O homem desapareceu na selva assim que as férias terminaram, tornando
impossível qualquer tipo de relacionamento.
No entanto, de alguma forma, ele sentiu que poderia me chamar de
“esposa”, se mudar para minha casa e mandar em mim. Quem diabos ele
pensava que era?
Além de meu marido e do meu meio-irmão, é claro.
Eu estava praticamente fumegando quando me sentei na minha mesa,
percorrendo o Twitter.
“Algumas pessoas precisam entender LIMITES” tuitei. Eu estava tão
irritada que sucumbi a atos aleatórios de vagas reclamações na mídia social.
Odiava quando as pessoas diziam coisas realmente genéricas que visavam
pessoas específicas, não pude evitar.
“Às vezes o que você quer não é tão importante quanto você acredita
que é” tuitei em seguida. Me fez sentir um pouco melhor, mesmo que
ninguém soubesse do que eu falava. Na verdade, fazia parte. Eu gostava de
poder reclamar do meu segredo em público sem que ninguém tivesse noção
do que se tratava.
“Pare de ser tão arrogante. Você não é tão legal e as motos são
estúpidas. #mmaisforlosers3. Eu sorri antes de finalmente enviar.
Não mudou nada. Eu ainda estava na mesma situação de antes, exceto
que agora acabei de enviar algumas mensagens passivo-agressivas e
vagamente malcriadas para um bando de estranhos. Ainda assim, me fez
sentir um pouco melhor por desabafar. Talvez eu devesse ligar para Lacey.
Ela sabia tudo sobre a minha situação e, definitivamente, amava uma boa
sessão de merda. Se alguém iria gostar que eu fosse malvada a respeito de
Cole, era definitivamente ela. Além do mais, eu estava ansiosa para ouvi-la
se surpreender com minha situação insanamente absurda.
Alguns minutos depois, verifiquei meu feed novamente olhando
fixamente para o que via. Alguém curtiu o meu último tweet, não foi alguém
que eu reconheci.
Seu nome de usuário era FighterColeMMA.
Cerrei meus punhos. Não poderia ser ele. Cole não estaria me
perseguindo online, estaria?
Eu me levantei, decidindo não perder tempo. Abri a porta do meu
quarto e bati na porta dele. — Cole!
— Entre!
A porta se abriu e eu estava pronta para gritar, para dizer quão idiota
ele era, que não podia simplesmente se recusar a se divorciar de mim, tudo
acabou morrendo em meus lábios. Fiquei olhando enquanto continuava a
fazer seus abdominais.
Cole estava sem camisa e tinha um fino brilho de suor. Lembrei-me
daquele corpo muito bem de todos aqueles meses atrás. Tatuagens
serpenteavam sua pele, seus músculos rígidos e duros. Eu queria dizer que
idiota estava sendo, algo difícil quando também queria lamber cada
centímetro de seu torso exposto.
Ele terminou seu set e olhou para mim. — O que posso fazer por você,
esposa? Veio passar algum tempo em nosso leito conjugal?
Suas palavras me tiraram do meu estupor. — Você está me
perseguindo?
Ele me deu um olhar inocente. — O que você quer dizer?
— Twitter. Sei que você viu meus tweets.
— Não é minha culpa que seu perfil seja público.
Meu queixo caiu. Realmente era ele. Não acreditava que teria a ousadia
de curtir um tweet que estava claramente tirando sarro dele.
— Como me encontrou?
— Você usa seu nome verdadeiro.
Soltei um suspiro. Claro. Tudo o que precisava fazer era procurar pelo
meu nome.
— Então você se recusa a me conceder o divórcio e agora está me
perseguindo ciberneticamente.
— Não exatamente. É você que está me insultando publicamente.
— Eu não teria que agir assim se você me desse o divórcio.
Ele se levantou e se espreguiçou, sorrindo. — Por que me divorciaria?
Quero tentar fazer nosso casamento funcionar.
— Nós não temos um casamento.
— Me chame de antiquado, porém creio que o estado discordaria de
você.
— Legalmente, tudo bem. Cole, não somos casados e você sabe muito
bem.
— Eu não sei. Talvez pudéssemos tentar.
Cole atravessou a sala e eu praticamente senti minha boceta indo do
normal para gotejante em seis segundos. Ele era musculoso e suave, estava
levemente suado de uma maneira incrível. Não era justo. Como defenderia
meu argumento quando ele parecia tão gostoso?
Como me divorciaria dele quando fazia me sentir assim?
— Por que você está fazendo isso? — Sussurrei.
— Porque eu posso. — De repente ele agarrou minha cintura me
puxando para ele.
Eu não lutei.
— Porque eu quero — continuou falando em meu ouvido. Senti um
arrepio percorrer minha espinha. — Porque quero te foder de novo, Alex.
Fazer você sentir coisas que pensa que esqueceu. Eu quero ir mais longe.
— E eu só quero seguir em frente com a minha vida, de preferência
não sendo casada com meu meio-irmão.
Cole fez uma pausa depois riu e se afastou. Respirei fundo, desejando
que ele voltasse.
— Sim, é inconveniente.
— Sério, não podemos. Se alguém descobrir, nossos pais serão
prejudicados.
Ele caminhou até a cama e puxou a camisa sobre o peito. Eu gostaria
que não tivesse feito, porém facilitou minha vida para continuar
conversando com ele.
— Talvez eu não me importe mais com a carreira de Cindy.
Revirei meus olhos. — Típico. Rebele-se contra a mamãe.
— Não é do que se trata.
— Não é? Você quer continuar casado comigo para se vingar de sua
mãe.
— Você não sabe nada a meu respeito.
— Exatamente. Um dos motivos para não permanecermos casados.
Cole riu, sacudindo a cabeça. — Você é esperta, Alex, porém, continua
sendo minha esposa.
— O que terei que fazer para me divorciar? — Perguntei, desesperada
e com raiva.
Ele olhou para mim por um segundo. — Para começar, você tem que
vir assistir uma luta de MMA comigo.
Eu levantei minha sobrancelha. — Você está brincando? Não tenho
interesse em brincar sobre o assunto.
— É pegar ou largar.
— Tudo bem — concordei rapidamente. — Tudo bem. Levarei uma
amiga.
Ele deu de ombros. — Faça o que você quiser.
— Se é sua maneira de tentar provar que o MMA não é idiota, ficará
desapontado.
Cole me deu um sorriso perverso e se virou. — Duvido muito.
Cole estava certo. Ele sempre parecia estar certo quando se tratava do
que eu pensava.
A verdade era que vê-lo destruir aquele cara no ringue foi
aterrorizante. Eu fiquei pensando, eu conheço este cara, é meu meio-irmão,
é o meu marido. Parecia que estava assistindo a outra pessoa e precisava me
lembrar de quem ele era.
Enquanto seus punhos golpeavam e seus pés se moviam, me
perguntava se o conhecia de verdade.
Então a luta acabou e a multidão estava agitada novamente, senti a
mesma emoção da outra noite. Sabia que não importava o que fosse, eu me
sentia atraída por Cole, não podia negar. Fui atraída para ele
inexplicavelmente, como um planeta indo em direção a uma estrela. Eu só
precisava ter cuidado para ele não me engolir.
Mas, claro, sempre que eu estava perto dele, me perdia completamente.
Só queria mais e mais, sem pensar nas consequências. Não podia evitar, não
quando ele me tocava e, menos ainda, quando me beijava.
Por isso, quando Cole pressionou seus lábios nos meus naquele
vestiário vazio, eu sabia que o deixaria levar a mão por baixo do meu
vestido e sentir quão molhada estava.
— Sabia que era o que você queria — Cole sussurrou no meu ouvido.
Nós ficamos no meio da sala, seus lábios no meu ouvido, a mão entre
as minhas pernas. Calafrios percorreram minhas costas enquanto onda após
onda de prazer me atingia.
Já falei que queria que ficasse, só não fui completamente honesta com
ele. Não disse que o motivo de eu querer que ficasse era que não conseguia
parar de pensar naquelas noites, um ano atrás, quando ele me fez sentir
tanto.
Suspirei quando seus dedos habilmente passaram por baixo da minha
calcinha e encontraram meu clitóris. Mordi seu ombro quando começou a
movimentá-los em círculos furiosos.
— Calma aí — grunhiu. — Há muito mais para você, garota.
— Merda! Desculpe! — Cole riu e beijou meu pescoço, esfregando
minha boceta.
— Entendi. Você está morrendo de fome.
— Não — ofeguei. — De modo nenhum.
— Mentirosa. Quando vai descobrir?
— Descobrir o quê?
Seus dedos pararam e sua mão se afastou de mim. Deixei escapar um
pequeno gemido, o abafei, impedindo-me de implorar para ele não parar.
— Que sei exatamente o que você quer.
Cole me beijou novamente, sua língua e gosto entrando em minha
boca, deixando minha mente em círculos estonteantes.
Suas mãos estavam em mim novamente, subindo pelas minhas pernas,
segurando minha bunda, acariciando meus seios, tocando cada pedacinho de
pele exposta. Não pude deixar de me jogar nele, correspondendo ao beijo
com abandono. Precisava de sua mão de volta no meu clitóris, de volta ao
meu lugar, me enviando para o êxtase.
E então seus braços fortes me envolveram e me levantaram. — Ei! —
Gritei. Não era muito elegante.
Cole riu e me levou para o sofá, empurrando-me para as almofadas.
Ele me esmagou com seu corpo.
— Idiota. Não me amasse.
— Eu farei o que eu quiser — sussurrou em meu ouvido quando beijou
meu pescoço.
— Não, você vai… — Comecei a dizer, parando quando seus dedos
encontraram minha boceta novamente, meu vestido subindo ao longo dos
meus quadris. — Foda-se! — Resmunguei.
— Sei que você gosta. Sei que você não pode se conter quando esfrego
este pequeno clitóris.
— Cole — gemi.
— Eu me pergunto — voltando-se, desceu minha calcinha pelas
minhas pernas — para qual Cole você está falando. Seu marido ou seu
meio-irmão?
— Nenhum dos dois. — Engasguei quando abriu minhas pernas.
— Creio que ambos.
Seu rosto saiu de vista quando sua língua e boca encontraram minha
boceta.
Eu não podia discutir. Não conseguia dizer uma palavra, nem sequer
pensar, enquanto sua língua me lambia com a quantidade exata de pressão.
Seus dedos começaram a estocar lentamente em meu interior, dentro e fora,
enquanto sua língua sugava e lambia meu clitóris.
— Puta merda! — Ofeguei.
— Você tem um gosto incrível. Pensei nele por um ano.
— É incrível — Engasguei quando agarrei seu cabelo. Senti que
poderia arrancá-lo de seu couro cabeludo, mas ele continuou trabalhando
em mim.
Suas mãos fortes abriram minhas pernas ainda mais, estocando em
minha boceta, sugando meu clitóris, lambendo cada centímetro meu. Era
incrível, puro fogo, a maneira como fazia o seu trabalho.
Foi como me lembrava. Não havia mais nada além de sua boca e seus
dedos em meu clitóris, meu corpo todo tenso enquanto ondas de prazer me
invadiam.
Não acreditava que estava permitindo que lambesse meu clitóris e
fodesse minha boceta com os dedos em um camarim aleatório depois que o
vi destruir um homem em uma luta, não poderia pará-lo nem se quisesse.
Cole era uma força, um tsunami caindo sobre mim, rolando pelo meu corpo
e me levando muito além de mim.
— Esta porra de boceta — murmurou beijando meu clitóris — é
perfeita.
— Não pare — eu gemi. Não pude evitar. Eu imploraria para fazer o
que quisesse, desde que continuasse me fazendo sentir tão incrivelmente
bem.
Cole estendeu a mão e agarrou um punhado de meu cabelo. — Você
quer, não é? — Sussurrou em meu ouvido, puxando-me em sua direção.
— Sim, por favor — Gemi.
— Você quer que eu coma sua boceta até você gozar.
— Eu quero. Preciso. Muito.
— Eu sei. Você precisa de mim para te fazer gozar.
— Por favor, me faça gozar.
— Eu amo quando você implora, Alex.
Cole soltou meu cabelo e voltou a me lamber e chupar, desta vez mais
selvagem. Ele não estava mais se segurando e eu sabia. Puxei seu rosto
contra o meu clitóris enquanto empurrava meus quadris, sua língua e dedos
me fodendo.
Eu estava perdida. Sobrecarregada por suas mãos fortes, olhos, dentes
e língua, tudo junto enquanto me devorava. Ainda mais, neste momento, eu
sabia que era dele. Faria qualquer coisa por ele. Eu precisava dele. Cole
poderia me levantar e me jogar do outro lado da sala se quisesse, ou poderia
parar e me deixar implorando por mais. Eu estava totalmente sob seu
controle e era o que me deixava tão excitada.
— Você quer gozar para mim, não é? — Perguntou, seus dedos
empurrando dentro e fora da minha boceta.
Eu agarrei meus seios, arqueando minhas costas. — Sim, foda-se! Por
favor.
— Você quer gozar na minha boca?
— Oh Deus sim!
Seus dedos se moviam lentamente dentro e fora e eu queria gritar por
ele.
— Quero ouvir você pedir.
— Por favor, me faça gozar — gemi.
Sem outra palavra, ele retornou para minha boceta, sua língua e dedos
no ritmo dos meus quadris.
Sabia o que ele queria e também queria. Nós nos movimentamos
juntos, sua língua rolando ao longo do meu clitóris, minhas mãos
entrelaçadas em seus cabelos, pressionando sua boca com mais força contra
a minha boceta e então senti.
Bem ali, o orgasmo começou a crescer, um único ponto no fundo da
minha boceta que começou a me ultrapassar totalmente.
— Oh foda-se, Cole! — Gemi. Ele continuou furiosamente, suas mãos
fortes controlando meus quadris enquanto eu me contorcia, agarrando seu
cabelo. — Porra, eu vou gozar.
Senti o orgasmo explodir através de mim. Minhas costas arquearam,
meus músculos ficaram tensos, soltei um gemido alto quando comecei a
tremer. O gozo varrendo através de mim, puro, poderoso e incrível, tirando
tudo que não fosse alegria e mais alegria.
Então comecei a me acalmar devagar. Cole sentiu e abaixou o rosto e
os dedos para combinar comigo. Finalmente, soltei o cabelo dele, deitada de
costas.
Ele parou e sorriu para mim. — Eu amo o maldito barulho.
— Que barulho?
— Quando você goza. — Ele se afastou sentando-se na outra
extremidade do sofá, seus olhos nunca me deixando. Assisti quando tirou
seu calção, revelando seu pau grosso e duro.
Olhei-o e ele olhou de volta, segurando a base. — Olha como me deixa
duro.
— Eu sinto muito — respondi, sorrindo. — Deve ser difícil.
— Venha aqui.
Me ficando em cima dele, minha mão envolvendo sua ponta e
lentamente rolando ao longo de seu eixo. Ele gritou quando o beijei,
lentamente acariciando seu comprimento. Eu não tinha ideia de como se
encaixava naquele calção que usava para lutar, seu pênis era grande, grosso
e pesado, superando minha mão.
Desci o topo do meu vestido, revelando meus seios. Sorri quando ele
os agarrou, acariciando gentilmente meus mamilos enquanto eu continuava
em seu pênis.
— Seu maldito corpo é perfeito.
— Você gosta? — Perguntei.
— Coloque seus lábios em volta do meu pau. E vou adorar.
Eu sorri e corei, fazendo o que ordenou. Levantei minha bunda para o
ar enquanto lambia o seu comprimento da raiz até a ponta. Provei sal e
almíscar e adorei quando o seu pré-gozo escorregou na minha boca. Eu o
chupei com força, rolando minha língua em torno de sua cabeça, tomando
seu gosto salgado e pele.
— Porra, Alexa! — Cole grunhiu. — Você chupa pau como se tivesse
nascido para fazer isso.
Continuei, minha boca tomando o máximo que conseguia. Amei o jeito
que grunhiu de prazer, gemeu e gemeu. Eu queria fazê-lo se sentir tão bem
quanto me fazia, queria que sentisse o prazer que me dava. Eu o chupei o
mais forte que consegui.
Eu o puxei para fora da minha boca, pegando um punhado de saliva e
empurrando-o. Sorri, olhando-o nos olhos enquanto o engolia.
— Você gosta de me ver chupar seu pau? — Perguntei, corando.
— Eu gosto quando você fala sujo — respondeu, agarrando meu
cabelo.
Eu ofeguei quando me beijou. — Do que mais você gosta?
Cole moveu minha cabeça para baixo em direção ao seu pênis e abri
minha boca enquanto ele pressionava sua ponta entre meus lábios.
— Gosto quando você toma meu pau. Quando você me deixa foder
seus lábios perfeitos.
Ele empurrou na minha boca, lentamente entrando e saindo. Eu o
deixei foder minha boca porque sabia que ele amava, sabia que o deixava
louco. Eu queria chupar cada centímetro de seu pênis e engolir cada gota de
seu esperma.
— Eu amo esta boceta e esta bunda — Cole continuou fodendo meu
rosto. — Eu amo quão apertada você é e como cora quando falo sujo. Eu
amo que você tome meu pau sem reclamar.
Comecei a manipular seu pau com a minha mão, puxando-o enquanto
fodia minha boca. Ele gemeu quando comecei a chupá-lo com força,
trabalhando seu comprimento, minha língua rolando. Tentei levar seu pau
na minha garganta, não consegui, mal conseguia encaixar nele.
Eu continuei o deixando empurrar enquanto o chupava. O senti agarrar
meus seios enquanto seu pau continuava a entrar e sair dos meus lábios.
— Porra, menina — Cole gemeu. — Você quer que eu goze nesta linda
boquinha?
— Sim — respondi, ofegante, quando puxava minha cabeça para trás.
— Quero que você engula cada gota.
Voltei a chupá-lo com força e ele gemeu. Eu podia dizer que estava
perto, todo o seu corpo ficou tenso.
— Porra, Alexa, chupe meu pau! — Gritou.
E então gozou. Sua porra salgada encheu minha boca, continuei
sugando enquanto sua porra jorrava. Engoli tudo, assim como me pediu, não
parei. Seu corpo inteiro ficou tenso e enrijeceu enquanto atirava seu
esperma quente em minha garganta.
Finalmente terminou e eu lambi cada centímetro de seu pau pesado.
— Merda! — Xingou. — Foi incrível. — Cole me puxou para ele e
beijou minha boca rudemente. — Você tem pensado nisso desde que
cheguei, não é? — Perguntou.
— Nem um pouco — menti.
— Lá está você, mentindo para mim de novo.
Eu ri enquanto me sentava e colocava meu vestido de volta. — Nós
devemos ir.
— Acho que sim.
Me levantei, minha boceta ainda encharcada, meu corpo ainda doendo
por ele. Sabia que se eu ficasse mais tempo naquele quarto, imploraria para
ele me foder. Sabia que se permitisse que ele ficasse duro novamente, iria
acontecer.
Ele relutantemente puxou seu calção de volta e se levantou. — Não
tenha ideias — falei, sorrindo.
— Sobre o quê?
— Ainda quero o divórcio.
Cole riu, me puxando para ele. — Veremos. — Ele me beijou
profundamente e minha cabeça era uma bagunça, girando por toda a sala.
Chegamos em casa tarde. Eu não tinha ideia do que fiz, deixando meu
meio-irmão, meu marido, me fazer gozar daquele jeito. Pior, eu não sabia
por que precisava chupar seu pau. Eu estava um pouco envergonhada,
apesar de empolgada. Não sabia o que significava ou para onde iríamos, só
não podia esperar mais.
Porque Cole me fez sentir bem, oh bem pra caralho, foi tão bom que
deveria ser errado. É claro que era errado, o que eu tentava muito ignorar.
— Quieto — falei — Nossos pais estão dormindo.
— Quem se importa? — Ele resmungou no meu ouvido. — Não é
como se soubessem o que estávamos fazendo antes.
— Você ficará em casa para sempre agora? — Perguntei, ignorando
seu comentário. Estávamos do lado de fora das portas dos nossos quartos no
escuro.
— Talvez. Não decidi.
— O que está te impedindo?
— Não tenho certeza.
Suas mãos envolveram meus quadris me puxando contra ele. — Não
aqui — falei, abrindo a porta do meu quarto.
Cole sorriu enquanto me seguia para dentro. Eu já o sentia me
despindo novamente. Não podia deixá-lo ficar lá, não com nossos pais em
casa, porém não conseguia me controlar. Eu o queria muito. Voltei-me para
ele olhando para seu corpo sarado e seu sorriso delicioso quando fechou a
porta trancando-a.
Eu sabia o que significava.
Atravessou o quarto e me agarrou. Eu também sabia aonde iria e o
queria demais. Estava praticamente queimando por ele, uma enorme
pulsação entre minhas pernas, rastejando em ondas agonizantemente lentas
ao longo da minha espinha. Nós nos beijamos.
Juntos, caímos na cama.
Algo me parou. Havia algo estranho nas minhas costas, desconfortável.
— O que é isto? — Perguntei a ele.
— O quê?
Eu me movi. — Tem algo debaixo de mim.
Verifiquei sob minhas costas pegando um envelope pardo. — O que é?
— Cole perguntou, beijando meu pescoço.
— Não sei — respondi suavemente. — Tem meu nome nele.
“Alexa” estava escrito com caneta na frente em uma letra que não
reconheci. Foi endereçado à nossa casa e havia selo de postagem, então a
equipe provavelmente o colocou em meu travesseiro.
— Abra depois — Cole pediu.
Algo me obrigou a ignorá-lo. Rasguei a ponta e alcancei o interior.
Senti algo brilhante e suave tirei o que percebi serem fotografias
grandes.
O que vi lá quase me provocou um ataque cardíaco. — Cole —
chamei.
Ele parou de me beijar sentando-se ao ouvir o pânico em minha voz.
— O que houve? — Perguntou sério.
— Veja!
Eu segurei as fotografias. Em preto e branco, granulado e escuro, mas
ainda visível, nós dois nos beijando no telhado do salão de festas.
— O que mais? — Perguntou, de repente, todo profissional.
Mostrei-lhe o resto. Havia uma série de fotos nossas nos beijando,
parando apenas quando fomos interrompidos por Madison, a assistente.
O rosto de Cole lentamente escureceu. Cheguei à última fotografia e
notei algo escrito nas costas.
— Diz: “Cinco mil dólares, cinco da tarde, cinco dias.
— Chantagem. — Cole praguejou, levantando-se. Ele estava furioso.
— Quem faria algo assim? — Perguntei.
— Vamos — falou olhando para mim. — Nós dois sabemos quem foi.
Eu balancei a cabeça. — Realmente, não sei.
— Aquele pedaço de merda de paparazzo que nocauteei. Deve ter
tirado as fotos sem nem perceber o que era.
Balancei a cabeça lentamente. — E agora ele está chantageando você.
— Explica por que não deu queixa.
Balancei minha cabeça em choque total. Olhei através das fotos
novamente enquanto Cole andava pela sala, a fúria fluindo dele em ondas.
Sua raiva era palpável o que me assustou.
— Ele sabe o que estas fotos fariam. Elas arruinariam nossos pais.
— Eu sei.
— E, Cole, nosso casamento. Se ele pesquisar…
— Eu também sei.
Olhei para ele, apavorada. — O que nós faremos?
Cole parou de andar e olhou para mim. Eu nunca vi alguém tão sério
em toda a minha vida.
— Eu cuidarei de tudo.
— Cole…
Ele já havia se virado e saído do meu quarto. Levantei-me e o segui
para o corredor descendo as escadas.
— Cole, espere — pedi.
Me ignorando, abriu a porta da frente e saiu para a rua. Subiu em sua
moto.
Cole me deu uma última olhada enquanto dava ligava a motocicleta
entrando no tráfego.
Assisti enquanto desaparecia.
Quase aconteceu algo entre nós dois. De alguma forma, alguma coisa
havia quase mudado por causa do que aconteceu no camarim. Eu me senti
quase cruzando um limite.
As fotos nos trouxeram de volta. As coisas mudaram um pouco, mas
eu sabia que era verdade.
Como pude ser tão estúpida?
Balancei a cabeça, com medo, enquanto entrava em casa.
Estava com medo por meus pais e com medo do que Cole me fez
sentir. Também estava com medo por ele e o que ele faria.
Disquei seu número, recebi o correio de voz.
CAPÍTULO DEZ
COLE
Eu queria que Cole voltasse para casa. Ou, pelo menos, queria que
voltasse e talvez as coisas ficassem bem de novo.
Aquela noite no vestiário continuava voltando a minha mente. Parecia
tão eletrizante, tão certo, sabia que queria mais dele. Eu precisava de mais
dele, na verdade. E, ao chegarmos em casa quando estava prestes a
finalmente sentir o que seria receber seu pau grosso, senti-lo dentro de mim,
encontrei as merdas das fotos.
Aquelas fotos horríveis. É verdade que estávamos apenas nos beijando
e que não é grande coisa. Muita gente tinha fotos beijando outras pessoas no
Facebook.
A maioria não estava beijando seu meio-irmão. E não tinha a imprensa
escrutinando os empregos de seus pais.
Mesmo sem sexo, Cole me levava à loucura. As lembranças do tempo
que passamos juntos no paraíso se misturavam à noite no vestiário.
Então, quando finalmente chegou em casa, quando o barulho de sua
motocicleta finalmente surgiu do lado de fora, eu deveria ter ficado
animada. Desejar que me jogasse na minha cama e lambesse cada
centímetro do meu corpo.
Ao contrário, senti medo.
Assisti quando desceu da moto, sua mochila pendurada nos ombros.
Ele subiu a varanda e desapareceu da vista entrando na casa.
— Alexa? — Chamou, lá embaixo.
Eu não sabia porque me sentia relutante. Até o momento em que sua
motocicleta parou na frente, tudo que queria era que voltasse. Cole pode ser
problemático, a última coisa que eu precisava, grosseiro, rude e um idiota,
porém, me sentia melhor com ele por perto.
No momento as coisas estavam muito complicadas.
Eu o ouvi subir os degraus e observei quando empurrou minha porta.
Ele ficou ali com aquele sorriso delicioso nos lábios, seus olhos fixos nos
meus.
— Aí está você.
— Bem-vindo de volta.
— É bom estar em casa. — Entrou no meu quarto e sentou-se na minha
cama.
Me encostei na janela. — Como estava nosso amigo?
— Tudo bem — respondeu Cole, acenando com a mão. — Ele não vai
falar com ninguém. Mas sugeriu que eu investigasse a equipe, para
descobrir se talvez algum deles poderia estar envolvido.
Eu balancei a cabeça. Fazia sentido. Se não fossem os paparazzi,
deveria ser alguém ainda mais próximo. — Tudo bem — respondi.
Ele me encarou. — O que você tem?
Meu coração falhou uma batida. Cole provavelmente podia sentir
minha hesitação e meu nervosismo.
— Nada. Será que não deveríamos contratar alguém para ajudar?
— Posso lidar com o problema — ele retrucou.
— Tenho certeza. E se você não puder?
— Então nós pagamos.
— Você falou…
Cole se levantou, frustrado. — Sei o que falei.
Ele fechou a distância entre nós, olhando para mim com intensidade.
— Não podemos deixar essa merda estragar tudo, Cole — argumentei
suavemente.
— Não vai. Nós resolveremos. — Eu sentia o calor saindo dele.
— Você sabe o que ajudaria? — Perguntei.
De repente, Cole me agarrou pela cintura e me puxou para ele. Eu
tropecei e aterrissei bem em seu peito, respirando o seu cheiro. Eu senti a
emoção familiar correr pelo meu estômago, minha boceta já molhada
enquanto meu coração martelava em ritmo acelerado.
— O que foi, mana?
Olhei em seus olhos, a barba ao longo de seu queixo dando-lhe um
olhar vigoroso, queria morder o seu lábio. Era o que eu estava me tornando,
uma garota que mal conseguia se controlar na presença de um menino
bonito? Era tão patético e, no entanto, tão verdadeiro.
— Um divórcio poderia ajudar.
Cole sorriu. — Pensei que tivéssemos terminado com essa merda.
— Não até que tenhamos nos divorciado.
— Eu te falei. Não estou preparado. — Tentei me afastar, ele segurou
firme, me dando aquele olhar profundo. — Não sou do tipo de perseguir —
rosnou.
— O que você quer dizer?
— Você sabe o que eu quero dizer. E o que eu quero.
Balancei a cabeça, minhas bochechas ficaram vermelhas. Eu gostaria
de poder desviar o olhar.
— Só estou preocupada com nossos pais.
Cole me soltou e voltou para a porta. Eu acompanhei sua saída com
uma respiração aguda, sentindo sua ausência estranhamente no meu peito.
— Qualquer coisa que você quiser. Sabe onde me encontrar quando
mudar de ideia. — Fez uma pausa, a mão na maçaneta da porta, o rosto
ostentando um sorriso arrogante. — E sei que você vai.
Observei quando girou a maçaneta saindo do meu quarto. Eu queria
socá-lo ou jogar alguma coisa nele, ou talvez me jogar nele e deixá-lo me
fazer gritar. Cada novo passo era uma experiência frustrante atrás da outra.
Eu não estava fora do telefone por mais de vinte minutos quando Alexa
desceu as escadas. Havia terminado o último set do treino e bebia um pouco
de água, refrescando, quando desceu os degraus.
— Você está decente?
— É uma porra de ginásio em casa, não uma casa de banho —
respondi. Ela desceu os degraus e cruzou os braços.
— Nunca se sabe quando se trata de você.
— O quê? Você acha que estaria aqui treinando com o meu pau para
fora?
— Não — respondeu, sorrindo.
— Você gostaria, não é? Aposto que gostaria de me ver levantando
pesos completamente nu.
— Não, obrigada. Não posso imaginar nada pior, na verdade.
— O que posso fazer por você então?
Alexa se encostou em um aparelhe enquanto eu passava uma toalha na
minha testa. Percebi que estava olhando para os meus músculos e sorri,
optei por não dizer nada. Deixe-a olhar, sabia o que ela queria.
— Sobre a garçonete — começou.
— Finalmente pronta para me deixar fazer a minha coisa?
— Não, com certeza. Não depois que você enlouqueceu com o tal
repórter.
— Paparazzo. Se ele era um repórter eu sou o maldito papa.
— Tudo bem. Não quero que você assuste a garota.
— Por favor, princesa. Não assusto senhoras. Eu as seduzo.
Alexa começou a rir e eu sorri para ela, flexionando.
— Super atraente — Sorriu muito enquanto eu continuava a fazer
poses.
— Vamos, olhe para estas porras de armas — eu brinquei.
— Tenho certeza que ela estaria em cima se você apenas ficasse desse
jeito o tempo todo.
— Garota, não é tudo que eu tenho.
— Por favor, não mais. Você está me deixando louca — respondeu
sarcasticamente.
Sorri e parei, me aproximando dela e me encostando na parede. —
Qual é a sua ideia então?
— Da última vez conseguimos informações apenas sendo espertos e
perguntando por aí. Talvez devêssemos tentar uma abordagem semelhante.
— Ok, vá em frente.
— Bem, nós pegamos o nome da garota e eu fiz uma pequena
pesquisa. Marla Stone mora perto de nós. Já a procurei e obtive a maioria de
suas informações através do Facebook e Twitter.
— Maldita Internet — murmurei. — As pessoas colocam basicamente
qualquer coisa fodida lá.
— Bom para nós que o façam.
— Ok, então sabemos quem é a garota. E daí?
— Aí — Alexa pegou o celular e sorriu para mim — nós ligamos para
ela.
Antes que eu argumentasse, ela digitou e colocou o telefone no viva-
voz. Eu a olhei quando ele tocou, um sorriso surpreso brincando nos meus
lábios.
Alexa tinha bolas do caralho. Eu não sabia o que estava fazendo, mas
eu amava que estivesse tão disposta a ir em frente. Nenhuma besteira,
nenhuma discussão ou hesitação. Francamente, deixou meu pau um pouco
duro observá-la assumindo o controle.
Finalmente, no terceiro toque, uma jovem atendeu ao telefone. — Alô?
— Marla Stone? — Alexa perguntou. Ela disfarçou ligeiramente a voz,
falando um pouco mais baixo, fazendo-a parecer mais velha.
— Sim, mas não estou interessada.
— Marla — Alexa falou rapidamente — Aqui é Sheila Porter do Celeb
Web Daily. Você conhece o nosso site?
Houve uma pausa do outro lado. — Não. Nunca ouvi falar.
— Bem, Marla, já ouvimos falar de você. Ouvimos dizer que você
pode tirar algumas fotos de algumas pessoas famosas, de que é a garota
certa para esse tipo de coisa.
Ela ficou em silêncio por um segundo até pensei que realmente
funcionaria. Porém, depois de alguns batimentos cardíacos tensos, Marla
falou. —Eu não faço mais.
— Não? Nós pagamos muito bem.
— Não ligue de novo. Eu não faço tal tipo de coisa. Nunca fiz.
— Marla, você acabou de dizer...
Ela desligou.
Eu levantei minha sobrancelha para ela. — É isso aí?
— Porra! — Alexa xingou, abandonando sua voz falsa. — Pensei que
ela aceitaria.
— Foi uma boa tentativa. Por um segundo acreditei que morderia a
isca.
— Ela parecia muito nervosa, não é?
Balancei a cabeça. — Como se tivesse algo a esconder.
— Droga, droga, droga! — Alexa xingou. Eu ri de sua frustração.
— Ok, então você teve sua tentativa. Agora podemos tentar do meu
jeito?
— O que você tem em mente?
— Que devíamos fazer uma visitinha a Marla Stone.
Alexa olhou para mim por um segundo, sua sobrancelha arqueada, um
pequeno sorriso brincando em seus lábios. Ela parecia tão sexy. Eu queria
estender a mão e agarrá-la, puxá-la contra mim, morder aquele pequeno e
doce lábio, fodê-la ali mesmo no banco de musculação.
Ela apenas assentiu. — Ok. Faremos do seu jeito.
— Boa. Você vai gostar do meu jeito.
Alexa apenas revirou os olhos e voltou para o andar de cima.
A garota estava me deixando louco. Sabia o que queria e o quanto
queria, mas se esquivava toda vez que eu chegava perto demais daquela sua
deliciosa boceta.
Não importa. Seria minha em breve.
E, de qualquer maneira, estava me divertindo. Claro, estava tomando
muito do meu tempo e essa merda não era uma simples brincadeira. Teria
algumas consequências reais. Mesmo assim, tenho vivido por
consequências reais, para fazer coisas perigosas. Eu queria viver rápido,
nunca diminuindo a velocidade e queria trazer Alex para minha cavalgada.
Ou queria que ela me montasse. De qualquer maneira funcionaria
muito bem.
CAPÍTULO TREZE
ALEXA
Meu corpo inteiro parecia vibrar com fogo e luz por horas depois que,
finalmente, transei pela primeira vez com Cole.
Vinha crescendo há muito tempo. E parte de mim pensou que nunca
poderia fazer jus à imagem mítica que eu tinha dele na minha cabeça.
Na realidade a coisa real era muito diferente, muito melhor do que eu
imaginava.
Minha mente flutuava com os acontecimentos dos últimos dias quando
acordei cedo na manhã seguinte, uma dor chata e incrível entre as minhas
pernas. Cole desapareceu depois que subi e não voltou para casa, não fiquei
muito incomodada. Parecia o tipo de cara que agia assim de vez em quando,
provavelmente precisava pensar tanto quanto eu.
As coisas estavam muito mais complicadas agora. Eu pensei que, ao
finalmente ceder aos meus desejos simplificaria tudo, estava tão errada.
Desci as escadas com a intenção de seduzir Cole e, embora tenha
funcionado, não teve o efeito desejado. Queria que ele saísse da minha
mente para que pudesse me concentrar em outras coisas, ao contrário seu
pau grosso estocando dentro e fora de mim só piorou as coisas.
Eu o queria muito. Mesmo no início da manhã, horas depois de tê-lo
tocado pela última vez, ainda sentia seus lábios nos meus e ouvia suas
palavras sujas em meu ouvido. Ele foi obsceno e quase insultante, o que só
me deixou muito mais excitada.
Suspirei de novo, me estiquei e saí da cama. Fui ao banheiro, escovei
os dentes e lavei o rosto. Eu parei do lado de fora do quarto de Cole no
caminho para baixo, não ouvi nenhum som.
Era domingo de manhã e meu pai estava sentado à mesa da cozinha
tomando café preto e lendo o jornal.
— Bom dia! — Cumprimentei-o enquanto me servia.
— Bom dia, querida — respondeu. — Como está?
— Bem. — Sentei-me em frente a ele e cruzei as pernas por baixo.
Como se sentiria se soubesse sobre mim e Cole? Ficaria desapontado,
zangado?
— Quais são seus planos para hoje?
Dei de ombros, não tendo certeza. — Talvez vá dar uma volta ou algo
assim. Talvez veja Lacey.
— É uma boa ideia. Belo dia para um passeio.
— Sim. — Tomei meu café.
— Eu estava querendo perguntar a você… — Meu pai parou e desviou
o olhar.
— O que papai? — Perguntei. Ele geralmente não era tão tímido.
— Bem, eu estava me perguntando como as coisas estão entre você,
Cindy e Cole.
— Tudo bem, eu acho — respondi, levantando uma sobrancelha. —
Não posso dizer que vejo Cindy com frequência.
— E quanto a Cole?
— Está tudo bem. Sempre se exercitando.
— Você foi uma grande defensora de sua permanência.
— Só não parecia certo para expulsá-lo — murmurei.
— Foi muito bondoso de sua parte.
— Ele é da família agora, certo?
Papai assentiu pensativamente olhando para mim por um segundo
antes de falar. — Eu quero que sejamos uma família, sabe?
Senti meu coração começar a bater intensamente no meu peito. Papai
normalmente não era tão sentimental ou direto sobre esse tipo de coisa.
Normalmente, simplesmente não falava sobre coisas assim. Será que de
alguma forma sabia alguma coisa sobre Cole e eu? Não sei se ficaria tão
calmo, se bem que, novamente, as coisas estavam bem estranhas
ultimamente.
— Eu entendo — respondi lentamente.
— Bom. Então eu gostaria que você fizesse algo por mim.
— Claro, pai. O que seria?
— Almoçar com Cindy.
Senti um peso enorme sair dos meus ombros.
— Eu sei que você não a vê muito — meu pai continuou — adoraria
que você a conhecesse melhor, só um pouquinho.
— Claro — sorri. — Quando?
— Amanhã?
— Ok.
— Ótimo. — Ele sorriu enormemente. — É um alívio.
Levantei-me, tomando meu café. — Você sabe que também quero que
funcione, certo, papai?
— Claro que eu sei.
— Informe sobre os detalhes mais tarde então.
— Ok.
Acenei e saí voltando para o meu quarto.
Por alguma razão, senti como se tivesse evitado uma bala mesmo que
estivesse claro que ele não sabia nada sobre Cole e eu. Melhor ainda,
almoçar com Cindy amanhã significava que teria a oportunidade de
bisbilhotar o escritório dela.
Também seria uma oportunidade para confrontar Madison.
Por um segundo, considerei ligar para Lacey e convidá-la para o
pequeno esquema. Lacey estava ocupada com seu novo namorado barman,
o mesmo daquele evento republicano quando ela investigou para nós.
Também poderia parecer um pouco estranho se eu a levasse para almoçar
com minha madrasta.
Parei do lado de fora do quarto de Cole e bati. Ouvi um resmungo vago
e então abri a porta.
— Bom dia, Co — parei de repente.
Olhei para ele quando se virou sorrindo para mim. — Tudo bem?
Ele estava de pé junto à janela com nada além de cueca boxer preta
apertada. Eu via cada parte de seus músculos, cada ponto protuberante e seu
pau estava delineado pelo tecido justo. Rapidamente desviei o olhar,
envergonhada, embora não soubesse por quê. Ele me fodeu no dia anterior
e, ainda assim, me senti estranha ao vê-lo.
— Uh, só queria falar... — murmurei.
— Fale.
— Você pode colocar algumas roupas?
— Não, obrigado. Por que você não se despe?
— Meu pai está lá embaixo.
— Feche a porta então.
— Venha ao meu quarto quando estiver vestido. — Rapidamente
fechei a porta, voltando para o meu próprio quarto.
Não sabia porque meu coração estava batendo tão forte ou me sentia
tão nervosa. As coisas deveriam ser muito mais simples, muito mais fáceis.
Eu deveria tê-lo tirado do meu sistema.
Claro que não funcionou assim.
Ele bateu alguns minutos depois. — Entre!
Cole entrou e fechou a porta. Vestia uma camiseta branca apertada, um
short de ginástica e se sentou na beirada da minha cama. Eu estava
encostada nos travesseiros, tomando café e olhando para o meu laptop.
Fechei a tampa quando ele me olhou.
— E aí, mana? — Sorriu.
— Pare de me chamar assim. Especialmente depois… — Parei, não
sabendo como dizer as palavras.
— Depois que fodi você? Depois que eu te dei o melhor orgasmo de
sua vida? Depois que eu lambi, chupei e fodi sua boceta até que você gemer
gritando meu nome?
Um vermelho escarlate profundo cobriu meu rosto. — Exatamente.
Ele riu, sacudindo a cabeça. — Não sei como ainda se sente tão
envergonhada.
— Olha, eu quero falar sobre Madison.
— Quem?
— Madison — respondi frustrada. — A assistente. Nossa chantagista.
— Oh, ela — sorriu — Desculpe. Fui atraído pela lembrança dos meus
lábios nestes mamilos gostosos.
— Pare! — Ordenei dando-lhe um tapa.
Cole se arrastou para a cama ao meu lado, sorrindo o tempo todo. —
Ou o quê?
— Ou jogarei você no chão.
— Eu adoraria ver você tentar.
— O assunto é sério, ok?
Ele fingiu uma cara séria. — Ok, é sério.
— Vou almoçar com sua mãe amanhã.
Sua expressão ficou sombria. — Caramba, é realmente sério.
Sorri e empurrei. Ele era como uma parede de tijolos. Uma parede de
tijolos quente, musculosa e fodona. — Pare, idiota!
— Ok tudo bem. Você vai almoçar com Cindy. E daí?
— Então, estarei em seu escritório e terei a chance de conversar com
sua assistente.
Ele assentiu, entendendo. — Está bem então. Eu confio em você.
Olhei-o por um segundo. — Sério?
— Absolutamente!
— Você não vai me dizer como cuidaria do problema, como o meu
jeito é o caminho errado, toda a porcaria?
Cole sorriu, balançando a cabeça. — Não.
Pisquei, um pouco surpresa. Eu esperava que ele tornasse as coisas um
pouco mais difíceis. — Hã. Está bem então.
Ele se virou para mim. — Era tudo?
— Cole. — Coloquei minhas mãos em seu peito.
— O quê? Só quero ir para a parte boa agora.
— Não. Meu pai está bem lá embaixo.
— Se você ficar quieta, não teremos problema — falou suavemente.
Mordi meu lábio quando olhou nos meus olhos. Sabia o que ele queria
e minha boceta gulosa queria também. Suas mãos de repente encontraram
meus seios, apertando-os, enquanto seus lábios roçavam meu pescoço.
— Aonde você foi na noite passada? — Suspirei.
— Academia. Tenho que treinar — respondeu enquanto beijava meu
queixo e orelha, sua mão direita vagando lentamente ao longo do meu
corpo.
— Treinar para quê?
— Grande luta em breve, com aquele cara Trent.
Mordi meu lábio, sufocando um gemido quando seus dedos entraram
em minha calcinha encontrando meu clitóris, gentilmente acariciando e
rolando. Eu agarrei seus braços fortes, segurando-o com força.
— Bom. Apenas seja amável e silenciosa — sussurrou. — Deixe-me
fazer meu trabalho.
Cole esmagou minha boca com a sua, me beijando com força. Deixei
escapar um gemido suave em seus lábios enquanto seus dedos se dedicavam
ao meu clitóris e empurravam dentro de mim. Arqueei minhas costas
enquanto onda após onda de prazer me assolou.
Então ouvi uma batida na porta. — Querida? — Meu pai chamou. —
Você está aí?
— Merda! — Xinguei.
Cole mordeu o lábio, tentando não rir enquanto saía de mim. —
Esconda-se! — Sussurrei.
Ele me deu um sorriso enorme enquanto caminhava até a porta. Eu
pensei que ele estava prestes a abri-lo, rapidamente se encostou na parede.
— Estou indo — respondi.
— Sim, você está — Cole sussurrou.
Eu abri a porta. — Oi pai.
— Oi docinho. Então, amanhã uma da tarde. Encontre-a em seu
escritório. Tente chegar um pouco mais cedo.
— Ok. Parece bom. — Perguntei-me se sentia o cheiro de sexo em
mim e sabia o que eu queria. Cole estava a centímetros de mim, fazendo
caretas o tempo todo.
— Avise se você precisar de alguma coisa. — Meu pai continuou, tudo
que eu queria era que fosse embora. Não olhe para a parede. Você verá
Cole, pensei.
— Tudo bem — respondi.
— Obrigado novamente, querida. Por favor, tente se dar bem com ela.
— Tentarei, pai.
— Ok. — Ele se virou e caminhou pelo corredor. Esperei até que
desaparecesse, depois fechei a porta.
— Foi por pouco — Cole falou, alongando-se.
— Babaca! — Respondi, voltando para a minha cama. — Você poderia
ter sido um pouco mais sutil.
— Por quê? — Sorriu. — Foi muito divertido.
— Não importa — murmurei. — Saia daqui! Não podemos arriscar de
novo.
— Tem certeza? — Perguntou suavemente, vindo em direção à cama.
Eu podia ver seu pau duro através de seu short de ginástica largo.
— Absoluta.
Ele me deu um longo olhar e riu novamente. — Quem perde é você,
princesa.
— Não importa — murmurei quando ele se virou e saiu do meu quarto.
Assim que Cole se foi, deixei escapar um suspiro profundo. Eu estava
tão frustrada, especialmente com a tensão acumulada. Lentamente coloquei
minha mão dentro da minha calcinha e pensei no dia anterior, nos músculos
de Cole e seu pau grosso.
Eu gozei, sonhando com meu marido, meu meio-irmão, meu maior
problema.
Eu não tinha ido à empresa de papai, desde que foi comprada pela
empresa de Cindy. Era um prédio enorme no centro da cidade, todo
revestido de vidro com muita luz natural e escritórios abertos.
Era tudo o que uma empresa de tecnologia moderna deveria ser e
muito mais. As pessoas andavam por lá com roupas casuais, mal parecendo
mais velhas do que eu, todos pareciam empolgados por estarem lá. Vi
rapazes e senhoras sentados em pufes em salas de conferência, comendo em
uma lanchonete enorme, até mesmo malhando na academia.
Enquanto eu vagava, ninguém me incomodou, parecia que me
encaixava ou que as pessoas sabiam que eu era a enteada de Cindy.
Cheguei uma hora mais cedo e simplesmente olhei ao redor. Era
inacreditável que alguém pudesse trabalhar em um lugar como aquele, eu
estava observando as pessoas que pareciam felizes. Era o que o trabalho
contemporâneo deveria ser, o oposto total do ambiente de escritório
monótono. Havia cores, luzes e leveza, as pessoas não pareciam tão
apáticas, tão cansadas da vida como em outros escritórios.
Enquanto eu estava em frente a uma enorme pintura de crianças
jogando beisebol, ouvi saltos batendo no piso de mármore, vindo em minha
direção. Tanto quanto eu poderia dizer, a maioria das mulheres usava
rasteirinhas e roupas casuais, por isso fiquei um pouco surpresa ao ouvir os
saltos. Olhei para cima e a vi.
Madison caminhava em minha direção. Eu sabia que ela me
encontraria eventualmente e me levaria para Cindy, mesmo assim tive que
respirar fundo e com calma para não gritar com a vadia.
Era exatamente como me lembrava dela: afetada, tensa e séria. Seu
cabelo foi puxado para trás em um coque apertado e usava roupas elegantes
e caras. Ela sorriu, sem nenhum calor ou alegria. Eu me perguntei como se
encaixava com todos os outros, percebi que provavelmente não se
encaixava.
— Alexa — cumprimentou-me, parando na minha frente. — Sou
Madison, a assistente de Cindy.
— Eu sei. Lembro-me de você da festa beneficente.
Ela olhou para mim por um segundo. — Sim, nós nos encontramos lá.
Está certa.
Apertamos as mãos, embora eu não quisesse nem um pouco tocá-la.
Senti vontade de jogá-la por uma janela, percebi que precisava me acalmar.
Não era a hora de fazer qualquer movimento, ainda não.
Eu tinha um plano. Ele se baseava em surpresa e intimidação, pensei
que poderia dar certo.
— Venha por aqui — pediu. — Eu a levarei para o escritório de Cindy.
Nós andamos pelo corredor, Madison me deu uma rápida explicação
sobre as instalações a medida que passávamos por elas. Era rápida e
eficiente, se não um pouco brusca, devia admitir que admirava um pouco
sua competência. Tantas mulheres tentavam agir como homens no local de
trabalho, Madison simplesmente parecia ser ela mesma. Não estava
preocupada em parecer arrogante ou algo parecido. Cindy provavelmente
era do mesmo jeito.
Entramos no elevador e ela apertou o botão do sexto andar. — O
escritório de Cindy fica, na verdade, assim que se sai do elevador —
informou enquanto subíamos.
— Perfeito — Virei para ela. Era hora de fazer o meu movimento. —
Porque tenho algo a dizer.
Ela levantou e sobrancelha e sorriu. — Oh? O que seria?
— Eu sei que é você, Madison. As fotos, a chantagem. — Parei,
deixando que assimilasse. — Eu sei que é você.
Sua expressão mudou lentamente. Passou de passiva e divertida para
surpreso em meio segundo. — Do que você está falando? — Gaguejou.
— Encontramos sua fonte, a garçonete, ela nos contou que é você.
— Eu não sei do que você está falando.
Eu olhei para o painel do elevador. Nós estávamos a meio andar de
distância.
— Encontre-me na garagem às três. Segundo nível, fileira B.
— O quê? — Perguntou com a guarda baixa. Eu poderia dizer que
estava abalada.
— Encontre-me lá ou seu trabalho aqui estará terminado.
O elevador chegou ao andar com um ruído e as portas se abriram.
Madison me encarou por um segundo então se recompôs rapidamente.
— Bem — falou — por aqui.
Eu a segui em um corredor curto. A mesa dela ficava do lado de fora
de uma grande porta de vidro. Dentro eu via Cindy sentada em sua mesa.
Ela me acenou, sorrindo, embora estivesse no telefone.
— Até mais, Madison — falei amavelmente.
Ela não respondeu, simplesmente sentou-se à sua mesa enquanto eu
entrava no escritório de Cindy.
Tive que dar o braço a torcer para a garota. Deixei cair uma bomba
sobre sua cabeça do nada e ela se recompôs rapidamente. Eu presumia que
apareceria no estacionamento, não era idiota. Porém, tinha que ter cuidado
com ela.
Não sabia que surpresas poderia ter reservado para mim.
FIM
Notas
[←1]
Seniorite é um termo coloquial usado principalmente nos Estados Unidos e no Canadá
para descrever a menor motivação em relação aos estudos, exibidos por estudantes que
estão chegando ao final de suas carreiras no ensino médio, na faculdade e na pós-
graduação ou no final do ano letivo em geral.
[←2]
Cavalos = horses, puta = whores. As palavras parecem, então ela brinca com isso.
[←3]
MMA é para perdedores,
[←4]
E.R, seriado de televisão norte-americano (Plantão Médico).
[←5]
Duro e difícil em inglês podem ser expressados pela mesma palavra “HARD”, por isso
o jogo de palavras.
Table of Contents
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO CATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE